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Se converge em 3 elementos:
Dano (prejuízo), Culpa, Reparação (Indenização)
Sem dano não há que se falar em reparação/indenização. A noção de
dano é indissociável de quaisquer teorias da responsabilidade civil.
“Dano in re ipsa”
“Trata-se de dano moral presumido. Em regra, para a configuração do
dano moral é necessário provar a conduta, o dano e o nexo causal.
Excepcionalmente o dano moral é presumido, ou seja, independe da
comprovação do grande abalo psicológico sofrido pela vítima.”
2- A vingança privada:
Em tempos remotos a vingança foi reconhecida pelo Direito
para que a justiça se concretizasse. Reação imediata do
ofendido contra o ofensor sem qualquer noção de culpa.
Bastava tão somente a existência do dano.
4- Composição voluntária:
6- Período Romano:
Roma consegue distinguir indenização civil de reparação criminal,
mundos distintos. A reparação criminal estaria atrelada aos delitos
públicos e a civil aos delitos privados, especialmente praticados contra
os bens do patrimônio da pessoa.
7- Lei de Aquilia:
Séc. III A.C
Responsabilidade Aquiliana.
Seu principal postulado. Passa-se a colocar em pauta o seguinte
questionamento: O que fundamentalmente causou o dano? A sua
perspectiva é averiguar a causa fundamental dos prejuízos sofridos.
Inicia-se com a lei de Aquilia uma investigação e os primeiros
delineamentos em torno do elemento culpa.
3- Teoria Objetiva
Fundamento: Doutrina do risco
Afasta-se a ideia de que alguns acontecimentos são mera
fatalidade.
O risco apresenta-se como opção e não como fatalidade.
Corrige o déficit de reparação que não era alcançado com a teoria
subjetiva.
O risco é uma compreensão antevista pelo prestador de serviços.
Influencia os trabalhos legislativos no Brasil.
5- Brasil
Constituição Federal
CDC. Teoria Objetiva. Subjetiva Art. 14 § 4°
Código Civil. Art. 186 Responsabilidade Extracontratual. Art. 289 e
seguintes Responsabilização contratual
Teoria Objetiva Imputação Teoria Subj.
Questão:
AÇÃO INDENIZATÓRIA PRÓTESE MAMÁRIA. INFECÇÃO HOSPITALAR
PACIENTE DEBILITADO. INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA. RECUPERAÇÃO LENTA.
1.1. Para a Teoria Subjetiva: O ato ilícito. Em razão deste ato ilícito Art. 186
C.C extrai-se o dever indenizatório e a aplicação da responsabilidade
civil.
2. Princípios
2.1. Da Culpabilidade:
Consagra o menosprezo ao dever de cuidado, isto é, interessa ao
princípio da culpabilidade a observância de um modo de agir com
o qual se poderia evitar o resultado danoso, o prejuízo
experimentado. Coloca-se em evidência os elementos que
determinaram a vontade do agente.
2.2. Da Causalidade:
A noção de causalidade não está unicamente embutida na
responsabilidade Aquiliana. Na objetiva a causalidade está
presente no risco da atividade. A causalidade para a teoria
subjetiva será respaldada pela noção de culpa, para a teoria
objetiva visualiza-se não o risco em si, mas a causa do risco
(Atividade explorada).
2.5. Da prevenção
Relaciona-se com as duas, mas sua observância maior é na Teoria
objetiva
Questão:
1- Noções de culpa
Se assenta na falta na falta de observação em um dever de cuidado. Projeta um
resultado não esperado, mas previsto (era possível que ocorresse).
http://direito.folha.uol.com.br/blog/culpa-in-eligendo-e-in-vigilando-por-
que-os-pais-pagam-pelo-bullying-das-filhas
7- Culpa Concorrente
A compreensão é de que: quando a vitima contribui para o ato danoso, o
ato do agente por si só é necessário, mas não suficiente para ocorrência
do evento danoso. A indenização será medida na proporção da culpa.
Responsabilidade Subjetiva- Nexo Causal
2- Causalidade Simples
Identificação
Causalidade Múltipla
Identificação + Teorias:
Equivalência dos antecedentes
Ligado ao Direito Penal.
4- Solidariedade
Quando há obrigação?
-
-
-
Responsabilidade Civil Subjetiva- Excludentes do nexo causal
1- Fato exclusivo da última
Condição determinante para o evento danoso
2- Fato de terceiro
Qualquer pessoa alheia a vítima ou o aparente agente, a quem se imputa
um dever de agir diverso. O fato de terceiro é mascarado pela teoria da
aparência, pois sugere que aparentemente o causador do dano era um,
mas em verdade, era outro. Hipótese de excludente de causalidade.
Art. 186 C.C. Ato ilícito, omissão voluntária. Esse não agir,
interferência que se tomada poderia ter evitado o resultado danoso
também está fundamentada no pressuposto da imputabilidade. Só
cabe destacar a omissão se esta foi consciente. Isto é, era possível
afirmar que o agente tinha consciência que acaso ele interviesse
ele poderia ter evitado a ocorrência do dano/prejuízo
Art.12 CDC
Espécies de dano:
- Dano patrimonial
Não necessariamente está atrelado à bens corpóreos pode se dar também
quando há lesão a imagem. Pode configurar-se mediante o atingimento de bens
materiais e também imagem e reputação das pessoas. Sua apuração sempre
será econômica.
Dentro dos danos patrimoniais/materiais há também os Danos emergentes, que
seriam os danos constatados de imediato, aqueles que se colocam sob um
primeiro olhar.
Lucro cessantes são outra forma de dano e se caracterizam como frustração a
aquilo que legitimamente se expectava ganhar. São delineados pela
jurisprudência com uma média mensal de faturamento dos últimos semestres,
trimestres ou anuais a depender da atividade exercida.
- Dano Moral
Admite-se a caracterização deste dano toda ocorrência capaz de influir
negativamente no sentimento e na psique humana, desde que não considerada
causa hodierna para as quais as experiências do homem estão sujeitas e,
portanto, consideradas como meros aborrecimentos, isto é, dentro do padrão de
normalidade aceitável dada a consciência do que se pode tolerar.
Questões
1 Conceitos preliminares
5 Referência Jurisprudencial
Aula 10/09
1.2 Nominal Damages: Danos que não tiveram expressão pecuniária, mas
deve se reconhecer uma indenização por um valor simbólico.
1.3 General Damages: Danos não comprovados, isto é, presumidos.
Exemplo: A morte de um ente querido. No Direito Brasileiro Dano in re
ipsa.
2 Punitive Damages
2.2 Fundamento:
O primeiro fundamento é o de punir o ofensor, em razão dessa
punição nasce a advertência a ele.
Advertir o ofensor para que ele não incorra novamente na mesma
conduta lesiva.
Estabelecer um padrão de exemplo para terceiros
3. Natureza da responsabilidade
3.1. Ponderação sobre culpa?
Responsabilidade objetiva
3.2. Suficiência legitimadora para o respectivo dever de indenizar
Necessidade de atribuir o dano a coisa, nexo de causalidade. Teoria da
causalidade adequada.
4. Outras responsabilidades
4.1. Danos Decorrentes da ruína de prédio ou construção
Exercícios
9.Por que a imputabilidade pode ser defendida como pressuposto para a culpa.
A caracterização do ato ilicito (art. 186 e 187) a resp. objetiva com a presunção
de culpa presumida (art. 927 e 931). No CDC a responsabilidade em regra é
objetiva, salvo os profissionais liberais.
22.Qual o critério ou procedimento utilizado pelo STJ para fixar os danos morais.
29.A teoria do direito civil alcança alguma diferença para o caso fortuito e força
maior?
Ambas são imprevisíveis, mas apenas a força maior seria inevitável por conta de
elementos da natureza.
2- Fundamento
Tem como fundamento a redistribuição dos riscos do contrato
As partes anteveem a impossibilidade de arcar com os ônus do
risco contratual.
5- Plano Dogmático
5.1 CDC
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço
independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do
fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do
dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários
seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a
incorporação.
5.2 C.C
Doutrina cita artigo que consegue dar contribuição.
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas
transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula
qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
Vedação à clausula excludente de responsabilidade
Matéria da AMC:
Responsabilidade Civil
Conceito, histórico
Conduta, dano e nexo causal
Causas excludentes de nexo causal
Teoria da Responsabilidade objetiva e subjetiva
Responsabilidade e não Responsabilidade
Fato próprio, de terceiro, da coisa e abuso de direito
Cláusula de não indenizar
Data da Prova: 12/11
Dia 10 reposição
5- Possível solução
Prevenção: Sua proposta tem a preocupação de diminuir as
demandas de responsabilização civil e se diminuídas, haverá
menos impacto no custo de produção.
Aumentar o critério punitivo no dimensionamento da indenização.
Aumentar as hipóteses de exclusão e responsabilidade por fato da
vítima, apesar da responsabilidade objetiva.
Responsabilidade no CDC
1- Considerações iniciais
Perspectiva Histórica:
Foi apontada pela primeira vez em 15 de março de 1962 por John
F Kennedy respeitando a segurança, a informação e o direito de
escolha.
1988 Art. 48 ADCT e Art.5 XXXII CF
Perspectiva Dogmática
2- CDC
2.1 Fundamento geral
Art. 8°
Transgressão da lei de segurança (Segurança do consumidor) ---
Responsabilização
2.2 Sistema/Disciplina da responsabilização
2.2.1 Regra Geral: Responsabilidade objetiva
2.2.2 Exceção: Profissional liberal.
3- Origem do dano
1- Sistemas de responsabilização:
Decorre de ato ilícito (Art.188) ou de descumprimento contratual.
6- Âmbito de proteção:
Interesses negativos guardados pelos contratantes para a
realização de um contrato. Interesse de um contrato justo que
confirme as expectativas da fase pré-contratual.
7- Hipóteses de incidência
Falseamento da realidade das coisas
Negociações paralelas
8- Reparação do dano
8.1 Teoria Positiva: é afastada nos tribunais. A responsabilidade pelos
danos que seriam auferidos se o contrato se concretizasse
8.2 Teoria Negativa. As despesas realizadas para se obter o contrato, sem
prejuízo da possibilidade de indenização por danos morais.
Responsabilidade civil do incapaz
1- Direito Romano
Status civitatis: a capacidade civil para assumir direitos e
obrigações só era reconhecida ao cidadão romano, os que não
eram possuíam autonomia mitigada.
Status libertatis: escravos não possuíam direitos e obrigações,
tratados como objetos. A plena capacidade era deferida ao
cidadão romano não escravo.
Status familiae e Pater familiae: capacidade reconhecida ao
cidadão romano não escravo e que não tinha qualquer
dependência de poder familiar. Não podia ser subordinado no
âmbito familiar a qualquer pessoa que fosse. Pater familiae é o
poder familiar como fundamento distintivo para quem almejava
a plena capacidade de adquirir direitos e obrigações.
2- Abandono afetivo
2.1 Inadequação da expressão: Se aplica não por não nutrir sentimento
de amor e afeto. Impossibilidade da obrigação de amar alguém.
Fundamento Moral: Moral coletiva no sentido de que há a
expectativa de que os pais ou que detenha a guarda promova
a ele um cuidado. O pai pode ou não amar o filho, mas é
obrigado a cuidar.
Interesse tutelado: O interesse da criança, ao seu
desenvolvimento ao seu máximo. Independentemente de afeto.
Indenização por falta de cuidado adequado.
Art. 226 e 227 §7° CF
ECA 53 e 56
3- Natureza da responsabilização
3.1 Afastamento da responsabilidade objetiva: Não há que se falar em
teoria do risco, portanto responsabilidade subjetiva.
3.2 Caracterização da responsabilidade:
Culpa objetiva
Culpa subjetiva (STJ)
Capacidade econômica deve ser observada em relação à indenização.
Distanciamento geográfico.
4- Dimensão do dano
1) Infringência do interesse da criança. Qual foi o grau? Quão prejudicial
foi essa falta de cuidado para a criança?
1. Disposição constitucional
a. Art. 133, CF. Inviabilidade dos advogados no exercício da profissão pelos
atos e manifestação da profissão não se compreende calunia e desacato.
2. Base legal
a. Art. 159, CC
b. Art. 32, da lei 8.906/94 (estatuto da adv)
c. Art. 14, par. 4 do CDC.
Todos guardam relação com a responsabilização subjetiva.