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Responsabilidade Civil

 Perspectiva histórica e evolução

1- Pressuposição genérica dominante acerca do instituto:

 Se converge em 3 elementos:
Dano (prejuízo), Culpa, Reparação (Indenização)
 Sem dano não há que se falar em reparação/indenização. A noção de
dano é indissociável de quaisquer teorias da responsabilidade civil.
 “Dano in re ipsa”
“Trata-se de dano moral presumido. Em regra, para a configuração do
dano moral é necessário provar a conduta, o dano e o nexo causal.
Excepcionalmente o dano moral é presumido, ou seja, independe da
comprovação do grande abalo psicológico sofrido pela vítima.”

2- A vingança privada:
 Em tempos remotos a vingança foi reconhecida pelo Direito
para que a justiça se concretizasse. Reação imediata do
ofendido contra o ofensor sem qualquer noção de culpa.
Bastava tão somente a existência do dano.

3- Domínio estatal (público) da vingança privada:

 Em um dado momento a vingança privada passa a sofrer


interferências do domínio estatal/público. Sendo possível assim
a vingança privada desde que o poder público nela interferisse
passando por seu crivo, necessitando de sua autorização,
porém, exercida ainda pela própria vítima.
 Lei de Talião
 Proporcionalidade para a resolução dos prejuízos.

4- Composição voluntária:

 Reparação do prejuízo dada de forma pecuniária à quem o


sofreu. “Troca do sangue pelo ouro”.
 Conceito de obrigação pela prestação pecuniária que seria
prestada pelo ofensor ao ofendido
 Encerrava-se na opção do ofendido, dependendo da sua
escolha em prestação pecuniária ou vingança privada a
composição voluntária não ocorreria.
5- Composição obrigatória:
 Obrigação do ofendido a aceitar a prestação que o ofensor tivesse de
lhe prestar.
 Lei das Doze Tábuas. Objetivamente estabeleceu a compensação
para determinados prejuízos.
 Encerra a vingança privada

6- Período Romano:
 Roma consegue distinguir indenização civil de reparação criminal,
mundos distintos. A reparação criminal estaria atrelada aos delitos
públicos e a civil aos delitos privados, especialmente praticados contra
os bens do patrimônio da pessoa.

7- Lei de Aquilia:
 Séc. III A.C
 Responsabilidade Aquiliana.
 Seu principal postulado. Passa-se a colocar em pauta o seguinte
questionamento: O que fundamentalmente causou o dano? A sua
perspectiva é averiguar a causa fundamental dos prejuízos sofridos.
 Inicia-se com a lei de Aquilia uma investigação e os primeiros
delineamentos em torno do elemento culpa.

Responsabilidade Civil – Da Culpa à doutrina do risco

1- Código Civil Francês/ Código de Napoleão (1804).

 Culpa como elemento determinante para fixar a responsabilização


civil.
 Principal postulado: Culpa
 Neste código preponderava a ideia de culpa para se reconhecer a
responsabilização civil, no entanto, no próprio código havia casos
em que a culpa não era analisada.

2- Crise da Responsabilidade subjetiva


 Fatores de fragilização
O avanço tecnológico e econômico. A revolução industrial impôs uma
reflexão, a preocupação existente era, como tutelar direitos do
ofendido em um dinamismo cuja comprovação da culpa é
absolutamente impossível ou onerosa.
 Soluções alternativas:

2.1 Responsabilidade contratual. A culpa é indiferente, coloca-se


em relevância a devida prestação contratual.
2.2 Culpa presumida. Aquele que foi lesado não possui a
necessidade de se investir de um ônus probatório.

Para a ideia de causalidade, pouco importa se a conduta é


qualificada como culposa ou não.

3- Teoria Objetiva
 Fundamento: Doutrina do risco
 Afasta-se a ideia de que alguns acontecimentos são mera
fatalidade.
 O risco apresenta-se como opção e não como fatalidade.
 Corrige o déficit de reparação que não era alcançado com a teoria
subjetiva.
 O risco é uma compreensão antevista pelo prestador de serviços.
 Influencia os trabalhos legislativos no Brasil.

4- Necessidade do estabelecimento do conceito de Responsabilidade:


 É um dever jurídico secundário. O instituto se estabelece quando
um dever jurídico pré-existente não foi cumprido.
 O não cumprimento importa em sanções.
 Possui dimensão individual, quando há investigação de culpa.

5- Brasil
 Constituição Federal
 CDC. Teoria Objetiva. Subjetiva Art. 14 § 4°
 Código Civil. Art. 186 Responsabilidade Extracontratual. Art. 289 e
seguintes Responsabilização contratual
Teoria Objetiva Imputação Teoria Subj.

Noção de causalidade? Noção de Causalidade?


Ato Ilícito? Ato Ilícito?
Pressuposto Objetivo Pressuposto Subjetivo

 Pressuposto objetivo é o Risco


 Pressuposto subjetivo é a Culpa

 Na teoria objetiva não há ato ilícito. Art. 927 C.C

 Na subjetiva há a existência de ato ilícito Art. 186 C.C

 Constatação de um vínculo entre um agente e um fato ocorrido ao


qual deu causa.

 Imputação dialogará com as teorias objetiva e subjetivas. Na


subjetiva avalia-se os elementos volitivos que determinam a
conduta do agente.

 Doutrina do Risco Teoria Objetiva

Questão:
AÇÃO INDENIZATÓRIA PRÓTESE MAMÁRIA. INFECÇÃO HOSPITALAR
PACIENTE DEBILITADO. INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA. RECUPERAÇÃO LENTA.

1- Qual teoria legitimaria o dever de indenizar? Fundamente.

2- Na perspectiva do hospital, como afastar a pretensão indenizatória?


Fontes e Princípios da Responsabilidade Civil

1. Fontes da Responsabilidade Civil

1.1. Para a Teoria Subjetiva: O ato ilícito. Em razão deste ato ilícito Art. 186
C.C extrai-se o dever indenizatório e a aplicação da responsabilidade
civil.

1.2. Para a Teoria Objetiva: O risco.

2. Princípios

2.1. Da Culpabilidade:
 Consagra o menosprezo ao dever de cuidado, isto é, interessa ao
princípio da culpabilidade a observância de um modo de agir com
o qual se poderia evitar o resultado danoso, o prejuízo
experimentado. Coloca-se em evidência os elementos que
determinaram a vontade do agente.

2.2. Da Causalidade:
 A noção de causalidade não está unicamente embutida na
responsabilidade Aquiliana. Na objetiva a causalidade está
presente no risco da atividade. A causalidade para a teoria
subjetiva será respaldada pela noção de culpa, para a teoria
objetiva visualiza-se não o risco em si, mas a causa do risco
(Atividade explorada).

2.3. Da relação entre risco e vantagem:


 Toda atividade exercida trará um beneficial e alguém que é
responsável pelo seu custeio. Aquele que custeia o serviço merece
ser indenizado.
 Havendo defeito na prestação de serviço deve ser investigada a
causalidade.
 Esta relação vai justificar de forma implacável a responsabilidade
civil.

2.4. Do caráter extraordinário do risco


 Toda atividade humana envolve riscos. Dirigir um automóvel,
praticar um esporte, até andar a pé envolve o risco de sofrer
danos.[43] O próprio fato de ocorrer um acidente qualquer é a
comprovação de que a atividade em questão envolvia algum risco.
O ordenamento jurídico, ao regular a responsabilidade civil, define
o modo como esses riscos deverão ser distribuídos. Ao estabelecer
a responsabilidade subjetiva, o legislador atribui à vítima os riscos
envolvidos em dada situação, a não ser que haja dolo ou culpa de
quem deu causa ao dano.[44] Ao estabelecer a responsabilidade
objetiva, por outro lado, o direito desloca da vítima para uma outra
pessoa o ônus de arcar com os riscos da situação. Uma justificativa
para esse tratamento diferenciado dos riscos envolvidos nas mais
diversas situações da vida é a idéia de risco extraordinário
(besondere Gefahr, na doutrina alemã),[45] isto é, um risco acima
do normal.[46] O caráter extraordinário do risco pode ser
determinado pela grande probabilidade da ocorrência de danos,
pelo valor elevado dos prejuízos potenciais ou pelo
desconhecimento do potencial danoso da situação ou atividade
regulada.[47]

2.5. Da prevenção
 Relaciona-se com as duas, mas sua observância maior é na Teoria
objetiva

Questão:

a) ACIDENTE DE TRÂNSITO. FAIXA DE PEDESTRE. ATROPELAMENTO.


DANO MATERIAL. BICICLETA.
Teoria Subjetiva
b) ACIDENTE DE TRÂNSITO. VELOCIDADE SUPERIOR Á PERMITIDA.
COLISÃO. TRANSPORTADORA DE ALIMENTOS. DANO MATERIAL.
Teoria Objetiva e subjetiva em relação ao funcionário.
DIA 24/09 PROVA
ESPÉCIES DE CULPA

1- Noções de culpa
Se assenta na falta na falta de observação em um dever de cuidado. Projeta um
resultado não esperado, mas previsto (era possível que ocorresse).

2- Qualificação da culpa: qual o proveito para a responsabilização civil?


A indenização vai estabelecer de igual forma. A questão da proporcionalidade
orienta o instituto da responsabilidade civil. Dessa forma, mede-se a indenização
na medida do dano.

3- Culpa contratual x culpa extracontratual


Na primeira, em termos de resp. civil se sucede a partir de um descumprimento
do dever contratual, isto é, um dano causado por conta do descumprimento
obrigacional.
Na segunda, por sua vez, caracteriza-se pela violação de um ato lícito.

4- Culpa grave x leve x levíssima.


a) Culpa grave – consiste na grosseira falta de um dever de cuidado ou de
observação que qualquer homem médio poderia ter.
b) Culpa Leve – o evento danoso poderia ter sido evitado apenas com prudência
ordinária.
c) Culpa Levíssima – é qualificada como a necessidade de um ato extraordinário
ou da disposição de uma técnica ímpar ou conhecimento singular para que se
evitasse o dano.

5- Culpa presumida x Culpa contra a legalidade


Culpa presumida foi uma tentativa de contornar a problemática da
comprovação da culpa e a sua dificuldade. Culpa in re ipsa. Constata-se
simplesmente pelo fato. O fato enseja o dever de indenizar dispensando
qualquer prova.

Culpa contra a legalidade: Estabelece simplesmente pela violação de uma


lei
6- Culpa in eligendo x Culpa in vigilando x culpa in custodiando
Art. 932 CC
Culpa in eligendo: Art. 932, III CC
Culpa in vigilando: Art. 932, I CC
Culpa in custodiando: Aqueles que estão sob sua custódia, cuidado.

http://direito.folha.uol.com.br/blog/culpa-in-eligendo-e-in-vigilando-por-
que-os-pais-pagam-pelo-bullying-das-filhas

7- Culpa Concorrente
A compreensão é de que: quando a vitima contribui para o ato danoso, o
ato do agente por si só é necessário, mas não suficiente para ocorrência
do evento danoso. A indenização será medida na proporção da culpa.
Responsabilidade Subjetiva- Nexo Causal

Há responsabilidade civil sem culpa, porém inexiste sem nexo de


causalidade.

1- Conceito: Nexo causal é uma figura elementar para a responsabilidade


subjetiva. É o vínculo necessário que concorreu para a produção de
um resultado em face de uma conduta imputável.
A conduta deve ser objeto de um juízo de expurgo. Retira-se a conduta
do acontecimento, ainda assim subsistiria a ocorrência do dano? Se
ao excluir a conduta o dano desaparece, ali estará presente o nexo
causal.
Só é causa aquilo que dá existência a um segundo fato.
Nexo de causalidade
 Conduta/Evento Dano/Resultado

2- Causalidade Simples
Identificação

Causalidade Múltipla
Identificação + Teorias:
 Equivalência dos antecedentes
Ligado ao Direito Penal.

 Causalidade adequada: Aplicada pelo Código Civil


O que fundamentalmente produziu o dano? Causa determinante.
Onde se acha a interferência decisória para o acontecimento.
É a teoria segundo a qual para que um fato seja considerado como
causador, no sentido de responsável de outro, é mister não só que
realmente haja sido o motivo da verificação do segundo como que
normalmente assim suceda.
3- Causalidade múltipla ≠ Concausa
A concausa é indiferente para o Direito Civil, por si jamais geraria o
resultado e se não existisse o resultado também não existiria, apenas
reforça o ocorrido.

4- Solidariedade

Importa investigar quantos agentes estão potencialmente envolvidos


no resultado danoso. Se for possível imputar a cada um, uma
interferência decisória no resultado, a responsabilidade é solidária.

Culpa levíssima quase sempre estará atrelada à omissão.

 O problema da omissão como nexo de causalidade

- Existe responsabilidade sem culpa

- Não existe responsabilidade sem causa

- Nexo causal sob o prisma da teoria da equivalência dos


antecedentes

- Nexo causal sob a teoria da causalidade adequada

(Ambas se propõem a explicar condutas positivas/comissivas)

- A causalidade adequada na perspectiva da conduta omissa

* Se nada se faz, nada resulta?

* Ausência de interferência na causa em curso!

Quando há obrigação?

-
-
-
Responsabilidade Civil Subjetiva- Excludentes do nexo causal
1- Fato exclusivo da última
Condição determinante para o evento danoso

2- Fato de terceiro
Qualquer pessoa alheia a vítima ou o aparente agente, a quem se imputa
um dever de agir diverso. O fato de terceiro é mascarado pela teoria da
aparência, pois sugere que aparentemente o causador do dano era um,
mas em verdade, era outro. Hipótese de excludente de causalidade.

 Art. 186 C.C. Ato ilícito, omissão voluntária. Esse não agir,
interferência que se tomada poderia ter evitado o resultado danoso
também está fundamentada no pressuposto da imputabilidade. Só
cabe destacar a omissão se esta foi consciente. Isto é, era possível
afirmar que o agente tinha consciência que acaso ele interviesse
ele poderia ter evitado a ocorrência do dano/prejuízo

3- Caso fortuito ou força maior


Ambas são imprevisíveis. A força maior é inevitável e o caso fortuito não.
Para efeitos de responsabilidade civil pouco importa essa diferenciação,
está fora do domínio do homem, não a que se cogitar interferência
humana. Nada seria capaz de afastar a ocorrência do resultado danoso.

Art.12 CDC

Excludentes de nexo causal equivalem-se as excludentes de culpa.

Responsabilidade subjetiva- O dano

Não há que se falar em responsabilidade civil sem a existência de um dano.

Espécies de dano:
- Dano patrimonial
Não necessariamente está atrelado à bens corpóreos pode se dar também
quando há lesão a imagem. Pode configurar-se mediante o atingimento de bens
materiais e também imagem e reputação das pessoas. Sua apuração sempre
será econômica.
Dentro dos danos patrimoniais/materiais há também os Danos emergentes, que
seriam os danos constatados de imediato, aqueles que se colocam sob um
primeiro olhar.
Lucro cessantes são outra forma de dano e se caracterizam como frustração a
aquilo que legitimamente se expectava ganhar. São delineados pela
jurisprudência com uma média mensal de faturamento dos últimos semestres,
trimestres ou anuais a depender da atividade exercida.

Perda de uma chance. Matriz doutrinária com acolhida da jurisprudência no


direito brasileiro. Para sua aplicação a chance deve ser real, isto é, deve
ultrapassar o juízo de uma mera conjectura, além de um mero juízo de
probabilidade a ponto de convencer o homem médio que a chance perdida teria
realmente se realizado. Ex: Show do Milhão
https://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-
web/sistj?visaoId=tjdf.sistj.acordaoeletronico.buscaindexada.apresentacao.Visa
oBuscaAcordaoGet&numeroDoDocumento=826336
https://www.conjur.com.br/2005-nov-
10/pergunta_mal_feita_show_milhao_indenizacao

- Dano Moral
Admite-se a caracterização deste dano toda ocorrência capaz de influir
negativamente no sentimento e na psique humana, desde que não considerada
causa hodierna para as quais as experiências do homem estão sujeitas e,
portanto, consideradas como meros aborrecimentos, isto é, dentro do padrão de
normalidade aceitável dada a consciência do que se pode tolerar.

Questões

1- Indique a forma mais primitiva de reparação de dano e explique o seu


fundamento.
2- Explique em que consistiu a primeira interferência do Estado na reparação
de dano entre particulares.
3- Qual a contribuição do direito romano para a evolução da
responsabilidade civil?
4- Qual fundamento a lei de Aquilia trouxe para a responsabilização civil?
Explique sua proposição teórica para legitimar a reparação do dano.
5- Quais são e porque surgiram soluções alternativas ao fundamento da
responsabilidade civil aquiliana?
6- Qual é o postulado ou doutrina que justifica a aplicação da
responsabilidade civil objetiva?
7- Há o elemento nexo de causalidade nas responsabilidades subjetiva e
objetiva? Explique.
8- Quais são os elementos que na responsabilidade subjetiva caracterizam
a culpa?
9- Por que a imputabilidade pode ser defendida como pressuposto para a
culpa?
10- Como o CC e o CDC organizam ou aplicam as responsabilidades objetiva
e subjetiva?
11- Quais são as excludentes que podem afastar a responsabilidade
objetiva?
12- Em que consistem as teorias da equivalência dos antecedentes e da
causalidade adequada? Qual é adotada pelo CC e pelo CDC?
13- O que são concausas? Quais interferências produzem na
responsabilidade subjetiva?
14- Como discernir a culpa grave, leve e levíssima?
15- Para o STJ o discernimento entre os graus de culpa é importante? Por
quê?
16- Como a teoria do fato de terceiro pode afastar a responsabilização civil?
17- Como deve ser compreendido o fato exclusivo da vítima para fins de
afastamento da responsabilização civil?
18- O que são danos emergentes?
19- Como conceituar e quais os parâmetros na jurisprudência para promover
a indenização por lucros cessantes?
20- É possível a cumulação entre diferentes gêneros de danos?
21- Quais elementos devem integrar a elaboração do conceito de dano
moral?
22- Qual o critério ou procedimento utilizado pelo STJ para fixar os danos
morais?
23- A necessidade de notificação prévia a inscrição de devedores nos
cadastros restritivos pode ser afastada? Explique.
24- Como diferenciar o dano moral do dano estético? Há relação entre eles?
25- Como caracterizar segundo a jurisprudência os danos materiais pela
perda de uma chance?
26- A concorrência do comportamento da vítima pode afetar a
responsabilização civil que se tenta imputar ao agente?
27- Qual a relação que deve se estabelecer entre o comportamento omisso
do agente e o dano produzido para efeitos de responsabilização civil?
28- No âmbito da responsabilidade subjetiva qual é a importância que se
apura perante o agente de quem se espera o domínio de técnica singular
ou habilidade extraordinária para evitar a ocorrência do dano.
29- A teoria do Direito Civil alcança alguma diferença para o caso fortuito e
força maior?
30- A responsabilidade civil ainda que à primeira vista se estabeleça por uma
conduta culposa pode se prejudicar face a alguma conduta de
inobservância ao regramento legal pela vítima?

Responsabilidade Civil por Abuso de Direito (Objetiva)

1 Conceitos preliminares

1.1 Direito Subjetivo


 Facultas agendi. Ao pensar no direito subjetivo de ação primeiro
observamos a vontade humana, mas também voltada para a
satisfação de um interesse. Interesse esse que advém de um
poder jurídico atribuído por uma norma.
 “O direito subjetivo, por sua vez, constitui-se de permissões dadas
por meio do direito objetivo” Material Estratégia.

1.2 Direito Objetivo


 “É o conjunto de normas jurídicas que regulam o comportamento
humano, de modo obrigatório, estabelecendo uma sanção no caso
de sua violação (jus est norma agendi)”

1.3 Situação Jurídica


-Sujeito
-Interesse (Norma)
-Bem (objeto da norma)

2 Postulados do Direito Civil

2.1 Autonomia da vontade


 Pacta sunt servanda. Relativização da sua aplicação no Código
Civil de 2002.
2.2 Boa-fé
 Funda-se em um padrão de comportamento que não é censurada
à sociedade. É um postulado que entrega uma relativização para a
autonomia da vontade.

3 Justiça Social e Constitucionalização do Direito


 É uma marca da Constituição de 1988 e é hoje cara para o Direito
Civil, tão cara que é amplamente utilizada para relativização da
Autonomia da vontade.

4 A responsabilidade (objetiva) por abuso do Direito


Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. CC

 Critério finalístico objetivo, isto é, não importa consciência de


imputabilidade, medição de culpa. Basta, portanto que ao exercer um
direito atinja algum dos critérios econômicos, sociais, da boa-fé ou
bons costumes. Houve excesso há a necessidade de reparação.

4.1 Trata-se de ato ilícito?


 Não, em verdade o Código quer dizer é que há uma transgressão no
modo de se exercer o direito.
4.2 Há culpa?
 Não, o Código adota o critério finalístico objetivo independente de
culpa ou não.
4.3 Caracterização
 Fins sociais econômicos sociais, boa-fé, bons costumes.

5 Referência Jurisprudencial

Cobrança Ilegítima ≠ Cobrança Indevida

Aula 10/09

Disciplina das indenizações nos EUA e a aplicação no Direito Brasileiro

1- Classificação das indenizações

1.1 Actual Damages: Danos devidamente comprovados. Tudo aquilo que se


comprovou em toda a extensão deve ser reparado, toda extensão do
dano compreendida. Danos emergentes no Direito Brasileiro.

1.2 Nominal Damages: Danos que não tiveram expressão pecuniária, mas
deve se reconhecer uma indenização por um valor simbólico.
1.3 General Damages: Danos não comprovados, isto é, presumidos.
Exemplo: A morte de um ente querido. No Direito Brasileiro Dano in re
ipsa.

1.4 Special Damages:


 Lucros Cessantes
 Indenização pela perda de uma chance

1.5 Punitive Damages: Categoria a parte de todas as outras, pois, este


conceito pode ser adicionado a qualquer outra categoria de dano, isto é,
posso reconhecer a existência de todos os danos reconhecidos, para
além destes estão os Punitive Damages.
Caráter Punitivo; Categoria à parte de todas as demais indenizações.

2 Punitive Damages

2.1 Outras denominações:


 Smart Money
 Penal Damages
 Added Damages

2.2 Fundamento:
 O primeiro fundamento é o de punir o ofensor, em razão dessa
punição nasce a advertência a ele.
 Advertir o ofensor para que ele não incorra novamente na mesma
conduta lesiva.
 Estabelecer um padrão de exemplo para terceiros

2.3 Argumentos favoráveis


 A reparação do dano não é suficiente para o ofendido. É vontade do
ofendido ver o ofensor sendo punido.
 Não basta compensar o dano. A reparação não é suficiente. É preciso
punir o ofensor.
 Aplaca sentimento de vingança

2.4 Argumentos contrários


 Ausência de previsão legal/dogmática
 Rejeição no Art. 16 do CDC e 944 §2° CC

2.5 Pressupostos e valoração do Punitive Damages


 State Farm
 Reconhecimento de dolo, fraude ou grave negligência na conduta do
ofensor.
 Constatação de que o dano trata de Dano econômico ou físico. Alguns
danos não possuem valor econômico apenas se promove uma
compensação.
 Gore VS BMW
 Para a suprema corte o grau de reprovação da conduta deve ser levado
em consideração na indenização.

2.6 Doutrina Brasileira


 Destaca que é desejável que as indenizações no país levem em
consideração o caráter punitivo uma vez que a mera compensação
isoladamente raciocinada para cada caso concreto jamais terá força
para promover a adequação dos serviços prestados.
 Os danos morais no Brasil, portanto, devem ser valorados segundo
também o caráter punitivo no sentido de reprimir ou inibir para o
ofensor nova ocorrência na conduta censurada ao tempo em que
cumpre o padrão de advertência para que outros não incidam no
mesmo erro.
 Ainda o caráter punitivo tanto deve ser considerado para
responsabilidade subjetiva baseada na culpa, mas também para a
responsabilidade objetiva baseado na doutrina do risco.

2.7 STF e STJ


 Para o STJ os danos morais já abarcam naturalmente o fundamento
da punição. Não se legitima especialmente pela ausência de previsão
legal que haja indenização expressa em caráter aditivo aos danos
morais já contemplados na decisão. Com isso, minimiza-se a chance
de favorecer o ofendido com o locupletamento ilícito ou
enriquecimento sem causa.
 Para o STF apesar da ausência de previsão do caráter punitivo da
indenização os valores que em respeito à dignidade da pessoa
humana as decisões judiciais devem trazer expressamente o caráter
punitivo. Há o caráter punitivo que deve estar na fundamentação da
decisão judicial.
Aula 11/09
Responsabilidade pelo fato da coisa

1. Prisma de apuração quanto ao objeto


A responsabilidade serve para coisas animadas e inanimadas.

2. Sobre quem recai a responsabilidade?


2.1. Relação do sujeito com o objeto
Tanto faz se a relação se trata de relação dominial ou possessória.

2.2. Qualidade da relação do sujeito com o objeto.


2.2.1 Proveito econômico ou equivalente
Há fruição em relação à coisa?

2.2.2 Sem proveito econômico

2.3. Relações especiais


Nestes casos há uma diferença em relação à relação do sujeito com o
objeto. Nestas relações a responsabilidade é exclusiva do possuidor
imediato. Possuidor Precário.

2.3.1 Adquirente em reserva de domínio ou em alienação fiduciária


2.3.2 Contrato de locação
A responsabilidade é em um regime de corresponsabilidade, pois
entende-se que ambos têm proveito em torno do imóvel. Ambos têm
poder de controle. A natureza da responsabilidade é objetiva.

3. Natureza da responsabilidade
3.1. Ponderação sobre culpa?
Responsabilidade objetiva
3.2. Suficiência legitimadora para o respectivo dever de indenizar
Necessidade de atribuir o dano a coisa, nexo de causalidade. Teoria da
causalidade adequada.

4. Outras responsabilidades
4.1. Danos Decorrentes da ruína de prédio ou construção

Art. 937. Responsabilidade objetiva. Dispositivo com natureza híbrida em


relação a responsabilidade. Apesar da responsabilidade há um espectro
de defesa para o dono da construção, como a necessidade de o reparo
ser manifesta, não sendo, não há responsabilização.
Natureza da responsabilidade? Híbrida.
4.2. Danos Decorrentes de objetos lançados ou decaídos de “casa”
Art. 938. Não identificado poderá recair sobre o condomínio.

4.3. Responsabilidade por demandar cobranças de dívida de forma ilegítima

4.3.1 Ainda não vencida

 Espera-se o termo de vencimento, excluem-se os juros e demais


encargos no período da cobrança e quem houver demandado será
condenado a promover o pagamento em dobro das custas do
processo.

4.3.2 Dívida paga


 Paga em dobro. Repetição indébita.

4.3.3 Excesso de cobrança


 Restituição irá se circunscrever em relação aos valores a maior.
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2354
1. Estabelecia-se sem noção de culpa com uma mera idéia de revide.
Vingança privada. A noção do elemento culpa sequer havia sido cogitada.
2. A vingança privada era mantida, mas a ideia de proporcionalidade é
aplicada pela primeira vez, Lei de Talião, olho por olho dente por dente.
Ainda não há a consciência de que a reparação do dano possa ser
estabelecida em pecúnia.
3. O Direito romano consegue segmentar os planos de desenvolvimento
teórico para a apuração da responsabilidade civil e penal, cria-se a
consciência que o direito punitivo se fundamenta em elementos distintos
do direito reparatório. A punição no Direito Penal e a reparação no Direito
Civil.
4. Adota-se a orientação dominante doutrinária de que o elemento culpa
nasce ainda que em uma perspectiva inicial com a Lex Aquilia, pois ela
traz consigo a ideia de causa fundamental do dano, de forma que o
elemento culpa responderia fundamentalmente a causa do dano.
Portanto, pela primeira vez a responsabilidade civil encontra um elemento
justificador como requisito fundante da responsabilidade, ideia proposta
na Lex Aquilia e é consagrado no CC Napoleônico que inspirou até
mesmo o Código pátrio de 1916.
5. Apesar da grande difusão da responsabilidade Aquiliana a humanidade
se deparou com uma problemática com a evolução da sociedade. Em
alguns casos a prova da culpa era extremamente difícil ou onerosa. Com
isso, há uma preocupação com a reparação do dano em si e não com a
sua causa. As alternativas foram: a inversão do ônus da prova, a
responsabilidade contratual, a culpa presumida e o abuso de direito.
6. Doutrina do risco integral/ Teoria do risco. Essa doutrina se justifica
exatamente por acometer a quem explora uma atividade e dela se
beneficia.
7. Há responsabilidade sem culpa, mas nunca sem o nexo de causalidade.
A causalidade como liame, vinculo, entre o dano produzido e o ato. Na
responsabilidade objetiva a causalidade está dentro do próprio risco.
8. Falta de cuidado, omissão voluntária, negligência, imprudência, imperícia.
9. Imputável é aquele a quem se reconheça o pleno discernimento,
percepção e consciência da prática do suposto evento danoso.
10. A responsabilidade no CDC é toda objetiva, exceto a dos profissionais
liberais e no CC está presente no artigo...
11. Caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima e fato de terceiro.
12. A causalidade adequada é a teoria adotada por ambos. Apurar qual a
causa que teve poder de interferência decisória no evento danoso.
13. São causas marginais que orbitam a ocorrência do evento danoso, mas
não são consideradas decisivas na conduta do agente.
14. Culpa grave é erro grosseiro injustificável que ninguém incorreria, a leve
falta atenção que poderia ser observada pelo homem comum e a
levíssima só com o domínio de habilidade extraordinária ou conhecimento
específico.
15. É importante para efeitos não de responsabilização mas para o STJ em
face de danos morais, a depender da culpa a extensão indenizatória pode
ser maior.
16. Na relação entre vítima,ofendido e ofensor imputa-se a um terceiro.
17. Pode ter culpa do ofensor mas a conduta da vítima rompe com a
causalidade adequada.
18. Danos emergentes se identificam no presente de forma imediata e os
lucros cessantes os projetados para o futuro caracterizados por aquilo que
a pessoa deixa de ganhar.
19. COPIAR

Exercícios

1.Indique a forma mais primitiva de reparação de dano e explique seu


fundamento.
A primeira forma de retribuição era pela forma privada. Esta se estabelecia alheia
a noção de culpa não existia proporcionalidade. A proporcionalidade aparece
com a lei de Talião, apesar de existir a retribuição privada, o Estado meio que
controlava os atos. Na teoria objetiva o elemento culpa era de conhecimento dos
privativistas, mas se preocupou em formular uma teoria que legitimasse a
retribuição.

2.Explique em que consistiu a primeira interferência do Estado na reparação de


danos entre particulares
A vingança privada prevalece subsiste, mas a evolução se dá com a ideia de
proporcionalidade, isto é, o mesmo dano feito pelo agressor este sofria pelo
ofendido.
Num terceiro momento existe a compensação financeira de forma voluntária pelo
ofensivo. Com a composição obrigatória o revide contra o agressor se extingue,
dessa forma, a ideia de reparação de dano se estabelece como regra.
3.Qual a contribuição do direito Romano para a evolução Responsabilidade Civil.
O DR consegue segmentar os planos de desenvolvimento teórico para apuração
a Resp. civil e penal. Através dele se cria a consciência que o direito punitivo se
fundamenta em elementos distintos do direito reparatória.

4.Qual o fundamento a lei de Aquilia trouxe para a Responsabilização Civil.


Explique a sua proposição teórica para legitimar a reparação do Dano.

A culpa para fins do reconhecimento da responsabilidade civil nasce, ainda que


numa perspectiva embrionária, com a lei de aquilia. A doutrina denomina resp.
subjetiva como aquiliana porque esta traz a baia qual a causa fundamental do
dano. Este foi uma alocacão pertinente para o desenvolvimento da resp.
aquiliana, de forma que, a visualização do elemento culpa responderia
fundamentalmente a causa do dano. Desde a primeira vez, é que a resp. civil
encontra um elemento justificador da responsabilidade. Consagra-se no código
napoleônico.

5.Quais são, e por que surgiram, soluções alternativas ao fundamento da


Responsabilização Civil aquiliana.

São soluções alternativas:


1)Inversão do ônus da prova – para efeitos da responsabilização o ofendido
estava dispensado do ônus de provar a culpa. Por outro lado, o ofensor que
deveria estabelecer comprovação nesse sentido.
2)Responsabilidade contratual – passou a se colocar como uma via importante
para efeitos da responsabilidade civil sem, necessariamente, considerar o
elemento culpa.
3)Culpa presumida – há situações que milita a presunção de culpa. Esta acaba
criando uma obrigação para o ofensor em desconstituí-la, nesse caso, o ônus da
prova é dele. Não é que a culpa seja indiferente (este existe), mas há presunção
de culpa porque a lei destacou.
4)Abuso de direito - o ato ilícito não decorre da transgressão de uma regra, mas
se configura porque o direito, apesar de legitimo, houve um estrapolamento.

6.Qual é o postulado ou doutrina que justifica a aplicação da Responsabilidade


Civil objetiva.
Teoria do risco integral. Esta se justifica exatamente por acometer a quem
explora uma atividade e dela se beneficia e se há proveito, então há dever de
indenizar.

7.Há elemento nexo de causalidade nas responsabilidades subjetivas e objetiva.


Explique.

Há responsabilidade sem culpa, mas NUNCA responsabilidade sem nexo de


causalidade. Esta fundada na culpa irá investigar os elementos que caracterizam
a culpa (falta de cuidado, imprudência, negligencia, omissão voluntária). A
causalidade como vinculo entre o dano produzido e o ato. Na resp. objetiva a
causalidade esta inserida no próprio risco, pois aquele que explora a atividade
tem o poder de previsão dos danos que podem acontecer.

8.Quais são os elementos que na Responsabilidade Subjetiva caracterizam a


culpa.

Falta de cuidado, omissão voluntária, negligencia, imprudência...

9.Por que a imputabilidade pode ser defendida como pressuposto para a culpa.

Imputabilidade é aquele a quem se reconheça o pleno discernimento, percepção


e consciência da prática do ato que (supostamente) se produziu o dano.

10.Como o código civil e o CDC organizam ou aplicam as responsabilidades


objetivas e subjetivas.

A caracterização do ato ilicito (art. 186 e 187) a resp. objetiva com a presunção
de culpa presumida (art. 927 e 931). No CDC a responsabilidade em regra é
objetiva, salvo os profissionais liberais.

11.Quais são as excludentes que podem afastar a responsabilidade objetiva.

Caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima e fato de terceiro.


12.Em que consistem as teorias da equivalência dos antecedentes e da
causalidade adequada. Qual é a adotada pelo CC e pelo CDC?

A causalidade adequada é a teoria adotada por ambos. Mas no CDC a discussão


é ociosa, pois de acordo com o art. 3º

13.O que são concausas. Quais interferências produzem na responsabilidade


subjetiva?
Concausas são causas marginais que orbitam o elemento danoso, mas não são
consideradas decisivas na conduta do agente. Ela é uma circunstancia
preexistente, por exemplo, uma pessoa que vai para uma cirurgia e morre por
conta de uma coagulação. O Resultado morte decorre de um ato até mesmo da
própria vítima.

14.Como discernir a culpa grave, leve e levíssima.


a.Culpa grave – consiste na grosseira falta de um dever de cuidado ou de
observação que qualquer homem médio poderia ter.
b.Culpa Leve – o evento danoso poderia ter sido evitado apenas com prudência
ordinária.
c.Culpa Levíssima – é qualificada como a necessidade de um ato extraordinário
ou da disposição de uma técnica ímpar ou conhecimento singular para que se
evitasse o dano.

15.Para o STJ, o discernimento entre os graus de culpa é importante?

Não para efeitos de responsabilização, mas em se tratando em danos morais a


extensão indenizatória é maior.

16.Como a teoria do fato de terceiro pode afastar a Responsabilização Civil.


17.Como deve ser compreendido o fato exclusivo da vítima para fins de
afastamento da responsabilização civil.

Na relação entre vitima, ofendido e ofensor.


18.O que são danos emergentes?

Se identifica de forma imediata. Já os lucros cessantes são aquilo que a pessoa


deixa de ganhar.

19.Como conceituar e quais os parâmetros na jurisprudência para promover a


indenização por lucros cessantes?
20.É possível a acumulação entre diferentes gêneros de danos?

Sim. dano moral, material e estético.

21.Quais elementos devem integrar a elaboração do conceito de dano moral.

Perturbação a psique humana, abalo psicológico, ofensa a direito da


personalidade. É aquilo que é intolerável as experiências ordinárias.

22.Qual o critério ou procedimento utilizado pelo STJ para fixar os danos morais.

Primeiro o STJ usa um caso paradigma e depois diz se eleva ou diminui a


conduta do agente. Ve também a capacidade econômica da vítima e do ofensor
para evitar enriquecimento sem causa.

23.A necessidade de notificação prévia a inscrição de devedores nos cadastros


restritivos pode ser afastada? Explique.

Sim, pode. No caso do devedor contumaz, que é aquele que cotidianamente


deixa de pagar suas contas.

24.Como diferenciar o dano moral do dano estético. Há relação entre eles?

Dano estético é exterior, permanente, irreparável. A vitima é obrigada a conviver


com aquela marca física para sempre, não há exigência de que esta marca física
seja ostensiva
25.Como caracterizar, segundo a jurisprudência, os danos materiais pela perca
de uma chance.

Possibilidade de um ganho concreto. Deve estar acima de uma mera conjectura.


A probabilidade determina indenização pela perca de uma chance.

26.A concorrência do comportamento da vítima pode afetar a responsabilização


civil que se tenta imputar ao agente.
Sim, pela teoria da causalidade adequada. Apura-se o comportamento da vítima
sendo ele determinante para o evento danoso pouco importa.

27.Qual é a relação que deve se estabelecer entre o comportamento omisso do


agente e o dano produzido para efeitos de Responsabilização Civil.

Não importa considerar apenas a omissão em si.

28.No âmbito da responsabilidade subjetiva, qual a importância que se apura


perante o agente de quem se espera o domínio de técnica singular ou habilidade
extraordinária para evitar a ocorrência do dano.

Para medir a indenização, sim.

29.A teoria do direito civil alcança alguma diferença para o caso fortuito e força
maior?

Ambas são imprevisíveis, mas apenas a força maior seria inevitável por conta de
elementos da natureza.

30.A Responsabilidade Civil ainda que a primeira vista se estabeleça uma


conduta culposa pode se prejudicar face a alguma conduta de inobservância ao
regramento legal pela vista.
Sim, quebrando a causalidade afasta-se a responsabilização.
2° Unidade

Responsabilidade Civil- Cláusula de não indenizar

1- Natureza Jurídica da cláusula

 Trata-se de cláusula de natureza patrimonial. Marcada por


mentalidade absolutamente privativista em que o Pacta sunt
Servanda está presente.
 Respeito à autonomia da vontade.
 Instituto que essencialmente afasta a pretensão indenizatória.

2- Fundamento
 Tem como fundamento a redistribuição dos riscos do contrato
 As partes anteveem a impossibilidade de arcar com os ônus do
risco contratual.

3- Requisitos de validade para aplicação:


 Não pode violar matéria de ordem pública, direta ou
indiretamente.
 Só pode alcançar obrigações laterais ou acessórias e não
obrigação principal

4- Cláusula de não indenizar ≠ Cláusula limitadora ou excludente de


responsabilidade
 Cláusula de Não indenizar decorre de natureza privativista
 Excludente de responsabilidade decorre de lei

5- Plano Dogmático

5.1 CDC
 Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço
independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do
fornecedor.
 Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do
dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários
seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a
incorporação.

 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas


contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade
do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas
relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa
jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações
justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da
quantia já paga, nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas,
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou
sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do
consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro
negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o
contrato, embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação
do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja
conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas
ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao
consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por
benfeitorias necessárias.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem
que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a
que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou
equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse
das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos
esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das
partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente
ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que
contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não
assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.

5.2 C.C
 Doutrina cita artigo que consegue dar contribuição.
 Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas
transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula
qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
 Vedação à clausula excludente de responsabilidade

6- Considerações doutrinárias acerca da admissão da cláusula dos negócios


jurídicos.
 Defende-se a clausula de não indenizar para contratos de grande
vulto financeiro, em que ambas ocupem posições econômicas
privilegiadas.

Matéria da AMC:
Responsabilidade Civil
Conceito, histórico
Conduta, dano e nexo causal
Causas excludentes de nexo causal
Teoria da Responsabilidade objetiva e subjetiva
Responsabilidade e não Responsabilidade
Fato próprio, de terceiro, da coisa e abuso de direito
Cláusula de não indenizar
Data da Prova: 12/11
Dia 10 reposição

Análise econômica da Responsabilidade Civil

1- A interferência da linguagem da economia no campo da ciência jurídica:


 Pois em alguns casos os elementos próprios do campo jurídico são
insuficientes para contornar ou solucionar os problemas inerentes
das relações de consumo.

2- A mudança substancial nos polos das relações de comércio após a


Revolução Industrial
 Com o advento da Revolução Industrial a comprovação da culpa
tornava-se demasiadamente difícil, desta forma outras
alternativas foram criadas.
 Com a Responsabilidade objetiva é possível alcançar uma
aparente paridade entre os polos, no entanto, em uma
perspectiva econômica a responsabilidade objetiva causa um
impacto nocivo no mercado, pois é uma distribuição do custo de
produção entre todos os consumidores.

3- Definição do objeto da análise econômica da responsabilidade civil


 É a decisão judicial que produz indenizações e que passa a ser
repassada no custo de produção
4- Indenização x Custo de produção
 A indenização sempre será considerada no custo de produção.
 O custo de produção traz consigo o fator da indenização

5- Possível solução
 Prevenção: Sua proposta tem a preocupação de diminuir as
demandas de responsabilização civil e se diminuídas, haverá
menos impacto no custo de produção.
 Aumentar o critério punitivo no dimensionamento da indenização.
 Aumentar as hipóteses de exclusão e responsabilidade por fato da
vítima, apesar da responsabilidade objetiva.
Responsabilidade no CDC

1- Considerações iniciais
 Perspectiva Histórica:
Foi apontada pela primeira vez em 15 de março de 1962 por John
F Kennedy respeitando a segurança, a informação e o direito de
escolha.
1988 Art. 48 ADCT e Art.5 XXXII CF
 Perspectiva Dogmática

2- CDC
2.1 Fundamento geral
 Art. 8°
Transgressão da lei de segurança (Segurança do consumidor) ---
Responsabilização
2.2 Sistema/Disciplina da responsabilização
2.2.1 Regra Geral: Responsabilidade objetiva
2.2.2 Exceção: Profissional liberal.

3- Origem do dano

3.1 Fato do produto ou do serviço Art. 12 a 14 CDC


- Caracterização:
Qualquer identificação de defeito imanente ao produto ou serviço.
Defeito é toda manifestação da atividade ou do bem que é exterior a eles
mesmos a ponto de repercutir na esfera patrimonial ou extracontratual
colocando em risco a segurança que legitimamente o consumidor espera na
qualidade de seu destinatário.
- Solidariedade ou subsidiariedade?
Responsabilidade subsidiaria para o comerciante. Art. 12 c/c 13.
- Prazo de reparação
Art. 27 CDC 5 ANOS. Prazo prescricional.
3.2 Vício do produto ou do serviço Art. 18 a 20
- Caracterização
O vício não coloca em risco a segurança do consumidor.
- Solidariedade ou subsidiariedade
Responsabilidade solidária
- Prazo de reparação
Prazo de 30 dias Decadencial
Bens não duráveis 30 dias
Bens duráveis 90 dias
- Teoria do Risco do desenvolvimento:
Produtos que são colocados no mercado como projetos piloto, ainda que
tenham avisos na embalagem este não tem o condão de afastar a
responsabilidade.
OBS: Excludentes:
Fato exclusivo da vítima, de terceiro. Defeito não existe ou não foi colocado
no mercado e caso fortuito ou força maior.

Fortuito interno é aquele risco que a atividade se sujeita em razão da própria


natureza. Nesse caso não afasta a responsabilidade.
No CDC apenas o fortuito externo tem força para afastar a responsabilidade
civil.
Responsabilidade Civil pré-contratual:
 A jurisprudência acolhe a responsabilidade pré-contratual. Art.422
CC

1- Sistemas de responsabilização:
 Decorre de ato ilícito (Art.188) ou de descumprimento contratual.

2- Primeiros debates acerca da possibilidade da responsabilização pré-


contratual:

 Direito Romano: Não era possível perquirir uma responsabilidade


contratual. Se não há contrato não há cogitação de dano para um
contrato inexistente ou nulo.

 Ihering (Séc. XIX):O primeiro a desenvolver esta primeira


formulação teórica. Para ele independentemente de haver a
conclusão do contrato danos podem ser experimentados pelas
partes na fase pré-contratual. O direito contratual se filia na
autonomia da vontade e liberdade de contratar, esses elementos
volitivos devem estar presentes desde antes da formação do
contrato por isso o direito não deve ignorar estes danos causados
na fase pré-contratual.

 Primeira formulação teórica: Culpa in contraendo. Contratação


em curso, processo de contratação e neste processo já é possível
observar importantes elementos para o direito contratual. A
liberdade de contratar e a autonomia da vontade, por essa razão,
eventuais danos experimentados ainda nessa fase contratual
devem ser reparados, atraindo-se, portanto, o instituto da
responsabilidade civil.
Exigia-se no primeiro momento a comprovação da culpa para esta
forma de responsabilização.

 Segunda formulação teórica: Em verdade a preocupação que o


direito deveria ter é com o padrão de comportamento, esperado por
todos e é objetivo. Afastando-se a responsabilidade pré-contratual
marcada pela culpa definindo assim a responsabilidade como
objetiva. Art. 422 CC. Princípio da boa-fé objetiva
3- Como justificar a responsabilidade pré-contratual?
 O princípio da boa-fé exposto no CC é marcado doutrinariamente
pelo dever de lisura na negociação, espera-se uma postura de
correção dos contratantes. Pensa-se que a liberdade de contratar
deve ser orientada por um padrão de comportamento objetivo no
sentido de que as pessoas atuem segundo a verdade sem
objetivos pré-dispostos a prejudicar o outro.
Interesse negativo dos contratantes que consiste no interesse de
se obter um contrato que não contrarie as expectativas confiadas
por um ao outro, ou seja, o interesse em não ser enganado.

4- Teoria negocial x Teoria legal


 Negocial: Entende que a responsabilidade pré-contratual mesmo
que não decorrente de um contrato formalizado ainda assim estaria
inserida no âmbito do direito das obrigações e, portanto, não se
poderia ignorar que nesta fase os contratantes estão obrigados a
cumprir com as suas proposições.
 Legal: Esta teoria entende que os fundamentos da
responsabilidade pré-contratual são de ordem objetiva, isto é,
decorrem da lei ainda que se reconheça a existência de um vinculo
obrigacional, sobretudo porque reconheça-se fala também de resp.
pré-contratual para os danos decorrentes de um contrato nulo.
Teoria Adotada Pelo Direito Brasileiro.

5- Contrato preliminar ≠ Ruptura do contrato


 Contrato preliminar traz em si o estágio da contratação e isso
porque o contrato preliminar traz obrigações que se cumpridas
darão ensejo ou permitirão a concepção de um segundo contrato.
Em alguns casos o segundo contrato é consequência natural da
conclusão exitosa do contrato preliminar.
 Pode ser traduzida como ruptura da possibilidade de um contrato.
O contrato ainda não é uma realidade. Aqui sim as razões de
ruptura impactam nos elementos contidos na liberdade de contratar
no sentido de que muito embora franqueada a todos os
contratantes houve um desvio, comportamento inidôneo de um dos
contratantes possibilita a ruptura embasada do contrato. Se dessa
ruptura se suceder um dano a responsabilidade civil será
implacável.

6- Âmbito de proteção:
 Interesses negativos guardados pelos contratantes para a
realização de um contrato. Interesse de um contrato justo que
confirme as expectativas da fase pré-contratual.
7- Hipóteses de incidência
 Falseamento da realidade das coisas
 Negociações paralelas

8- Reparação do dano
8.1 Teoria Positiva: é afastada nos tribunais. A responsabilidade pelos
danos que seriam auferidos se o contrato se concretizasse
8.2 Teoria Negativa. As despesas realizadas para se obter o contrato, sem
prejuízo da possibilidade de indenização por danos morais.
Responsabilidade civil do incapaz

1- Direito Romano
 Status civitatis: a capacidade civil para assumir direitos e
obrigações só era reconhecida ao cidadão romano, os que não
eram possuíam autonomia mitigada.
 Status libertatis: escravos não possuíam direitos e obrigações,
tratados como objetos. A plena capacidade era deferida ao
cidadão romano não escravo.
 Status familiae e Pater familiae: capacidade reconhecida ao
cidadão romano não escravo e que não tinha qualquer
dependência de poder familiar. Não podia ser subordinado no
âmbito familiar a qualquer pessoa que fosse. Pater familiae é o
poder familiar como fundamento distintivo para quem almejava
a plena capacidade de adquirir direitos e obrigações.

2- Incapacidade no Código Civil Brasileiro


2.1. Incapacidade absoluta: Somente os menores de 16, com o
advento do estatuto da pessoa com deficiência.
2.2. Incapacidade relativa: maiores de 16 e menores de 18, ébrios
habituais, viciados em tóxicos, pródigos, aqueles que por causa ou
razão transitória não puderem exprimir a sua vontade.

 Fundamento: A preocupação é a capacidade de discernimento


entre o lícito e o ilícito.

3- Natureza da responsabilidade civil do incapaz


A responsabilidade é objetiva Art. 933
3.1 Responsabilidade objetiva e crítica à teoria do risco

A capacidade de exercício pressupõe a capacidade de gozo, isto é, é


possível possuir um Direito, mas não o exercer plenamente.

Capacidade de gozo ≠ Capacidade de exercício

3.2 Caráter subsidiário


 Para fins de configuração da responsabilidade subsidiária,
admite-se juízo sobre a culpa?
Não há essa possibilidade, para todos os efeitos,
independentemente da responsabilidade subsidiaria para o
responsável a responsabilidade será objetiva.

4- A equidade como medida da indenização


Não é possível comprometer a sua subsistência futura, deixa-lo sem
condições de sustento. É possível alcançar o seu patrimônio, mas não
será possível deixa-lo à margem. A reparação estará no limiar entre a
dignidade e subsistência do menor e a reparação, podendo ser integral
ou não.
5- Jurisprudência acerca da expressão “em sua companhia” (=vigilância)

Companhia não é somente física, é também educacional, por um


entendimento jurisprudencial.

Responsabilização por abandono efetivo.

1- Direito e moral como paradigmas de organização social:


 Direito e moral se apresentam como regras de conduta e se
distinguem na forma com que reagem quando tais regras são
quebradas.

2- Abandono afetivo
2.1 Inadequação da expressão: Se aplica não por não nutrir sentimento
de amor e afeto. Impossibilidade da obrigação de amar alguém.
 Fundamento Moral: Moral coletiva no sentido de que há a
expectativa de que os pais ou que detenha a guarda promova
a ele um cuidado. O pai pode ou não amar o filho, mas é
obrigado a cuidar.
 Interesse tutelado: O interesse da criança, ao seu
desenvolvimento ao seu máximo. Independentemente de afeto.
Indenização por falta de cuidado adequado.
 Art. 226 e 227 §7° CF
 ECA 53 e 56

3- Natureza da responsabilização
3.1 Afastamento da responsabilidade objetiva: Não há que se falar em
teoria do risco, portanto responsabilidade subjetiva.
3.2 Caracterização da responsabilidade:
 Culpa objetiva
 Culpa subjetiva (STJ)
Capacidade econômica deve ser observada em relação à indenização.
Distanciamento geográfico.

4- Dimensão do dano
1) Infringência do interesse da criança. Qual foi o grau? Quão prejudicial
foi essa falta de cuidado para a criança?

2) Violação de um poder-dever inerente à autoridade do pai/da mãe.


Ocorreu por omissão voluntária ou se deu pelos elementos analisados
na culpa subjetiva, tais como a capacidade econômica e a localização
entre o pai e o filho por exemplo.
3) Violação unilateral do princípio do duplo referencial de forma unilateral.
Por vontade do pai ou da mãe.
4) O julgador deve avaliar por quanto tempo se verificou este abandono.

Aula do dia 05 de novembro de 2018

1. Disposição constitucional
a. Art. 133, CF. Inviabilidade dos advogados no exercício da profissão pelos
atos e manifestação da profissão não se compreende calunia e desacato.

2. Base legal
a. Art. 159, CC
b. Art. 32, da lei 8.906/94 (estatuto da adv)
c. Art. 14, par. 4 do CDC.
Todos guardam relação com a responsabilização subjetiva.

3. Fundamento em relação ao cliente – a natureza dessa relação é de consumo.


Portanto, o fundamento paira em torno da vulnerabilidade técnica (jurídica) do
cliente.
4. Natureza da relação – de consumo, pois é uma prestação de serviço.
5. Fundamento em relação ao advogado – buscar o resultado mais favorável ao
cliente.
6. Imputabilidade –
a. Adv. Autônomo sempre haverá imputabilidade.
b. Adv. Empregado nem sempre haverá imputabilidade, pois esta é
lançada ao adv. Empregador.
7. Obrigação do advogado é de “meio” e não de resultado. O advogado deve se
empenhar na causa adotando o melhor zelo, acuidade e técnica possíveis para
alcançar o resultado.
a. O resultado provável não significa resultado favorável
necessariamente, segundo a doutrina, no entanto, toda técnica
possível para se aproximar do resultado favorável mesmo se
distanciando do resultado provável.
8. Consulta e pareceres – sujeita-se a responsabilização civil, pois trata-se de uma
diretriz profissional dando uma orientação do que fazer ou não fazer de modo
que a adesão do cliente ao parecer emitido significa absoluta confiança no
trabalho remunerado e na perspectiva jurisprudencial a advocacia consultiva
deve ser com vistas permanente para deslocar ou reduzir riscos.
9. Hipóteses de responsabilização
a. Perda de prazo.
i. A responsabilidade
civil do advogado é de
defeito do serviço,
enquanto o dano é
produzir em cima do
patrimônio do cliente.
b. O adv. Que recebe procuração
e deixa de promover a ação.
i. Excludente: Culpa
exclusiva do cliente,
caso o cliente não leve
os documentos ao
advogado, por
exemplo.
c. Falta de orientação do cliente
para a produção de prova oral.
d. Ausência de indicação ao
cliente das provas possíveis de
serem produzidas.
10. Lide temerária
a. Trata-se de hipótese de resp.
civil marcada pelo dono (culpa
grave). Lide temerária.
b. Quando o cliente e o advogado
agem com proposito de causar
dano.

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