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Antes de se chegar a um melhor entendimento a respeito do sistema solar, muitos modelos foram propostos
para explicar as observações que se realizavam e apresentar uma teoria que reproduzisse o movimento dos
astros. Cada modelo propunha uma estrutura diferente para o sistema solar e veremos aqui apenas os que
foram mais aceitos durante um certo tempo.
SISTEMA GEOCÊNTRICO
O modelo que predominou por mais tempo foi o Sistema Geocêntrico,
com a Terra ocupando o centro do Universo, e tudo o mais girando ao
seu redor. Esse sistema foi idealizado por Ptolomeu no século II d.C.
a partir da observação do movimento diário dos astros, e este modelo
foi usado até o século XVI. Admitindo-se que, quanto mais distante da
Terra estivesse o astro, mais tempo levaria para dar uma volta em
torno dela, estabeleceu-se a seguinte ordem de colocação: Terra,
Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. As estrelas
estariam englobando tudo.
Apesar de razoável, esse modelo apresentava alguns inconvenientes: na época acreditava-se que o céu era
um local perfeito, e portanto os astros deveriam realizar movimentos perfeitos. No entanto, entre as estrelas
fixas, as quais realmente realizavam movimentos bastante uniformes, encontravam-se 7 astros que fugiam
completamente dessa regra: eram os chamados Astros Errantes (planetas). Neste caso, o Sol e a Lua
também eram chamados de planetas.
O movimento retrógrado (de leste para oeste) apresentado pelos planetas superiores ocorre quando estão
próximos do fenômeno conhecido como oposição. Como sua velocidade é menor que a da Terra, o
movimento angular aparente visto daqui tornasse negativo. O planeta descreve um pequeno anel entre as
estrelas, porque sua órbita e a da Terra não são exatamente coplanares. Esse efeito somente foi explicado
mais tarde, quando Copérnico afirmou corretamente que a velocidade dos planetas diminui com a distância
ao Sol.
SISTEMA HELIOCÊNTRICO
No século XVI, o polonês Copérnico (1473-1543) procurou uma
maneira de simplificar essa representação, e propôs o sistema
heliocêntrico, isto é, o Sol passaria a ocupar a posição de
centro do mundo, e a Terra seria apenas mais um dos planetas
que giravam em torno do Sol. Essa idéia não era absolutamente
original, considerando que já havia sido apresentada
anteriormente por Aristarco e por Nicolau de Cusa. Mesmo no
antigo Egito, por volta do século XIV a.C., Amenófis IV propôs o
Sol no centro do mundo, mas nesse caso o motivo parece ter
sido unicamente religioso, sem nenhum fundamento científico.
Copérnico teria sido o primeiro a dar uma forma científica ao sistema heliocêntrico.
Com o Sistema Heliocêntrico, o movimento aparentemente desorganizado dos planetas pode ser explicado
como sendo resultado de uma simples soma vetorial de velocidades. Também nesse sistema, o movimento
dos planetas era suposto circular e uniforme, como convinha (conforme os dogmas da época) a qualquer
movimento perfeito.
A ordem dos planetas em torno do Sol foi estabelecida da mesma forma como no caso geocêntrico: quanto
maior o período da órbita, mais distante o planeta deveria estar do Sol.
A primeira prova irrefutável de que a Terra não era o centro de todos os movimentos celestes veio com
Galileu no início do século XVII, quando ele apontou uma luneta ao planeta Júpiter e pode perceber que 4
astros (mais tarde chamados de satélites galileanos de Júpiter) descreviam com certeza, órbitas em torno de
Júpiter e não da Terra.
TERRA
Em função da distância do Sol, de sua massa e das condições de origem, a Terra possui características
especiais de temperatura, água no estado líquido e quantidades adequadas de nitrogênio e oxigênio em sua
atmosfera, o que tornou possível o desenvolvimento da vida em sua superfície.
Constituição da Terra
A Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em torno do Sol, junto aos demais astros do Sistema Solar.
Uma grande parte da Terra é coberta pelos mares e oceanos – é a chamada
hidrosfera. A camada mais externa, a atmosfera, é formada por gases. O
oxigênio existente na atmosfera e a água líquida tornam possível a vida em
nosso planeta. Essa vida, representada pelos seres humanos, animais e
vegetais, forma a biosfera.A parte sólida da Terra é a litosfera ou crosta
terrestre. Ela recobre tanto os continentes quanto o assoalho marinho e, de
acordo com sua constituição, é dividida em sial (composta basicamente de
silício e alumínio, encontrada nos continentes) e sima (composta de silício e
magnésio, encontrada sob os oceanos). No interior da Terra acredita-se que
existam duas camadas formadas por diferentes materiais rochosos: o manto e
o núcleo, constituído basicamente de níquel e ferro (nife).
Planeta em mutação
A aparência de nosso planeta sofre constantes transformações. Algumas das mudanças ocorrem de forma
repentina e violenta, como no caso dos terremotos e das erupções vulcânicas. Outros processos duram
milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer montanhas e mudar completamente o
aspecto da superfície da Terra. Além disso, a ação das águas dos rios, das chuvas e dos mares, as geleiras
e os ventos modificam profundamente o relevo terrestre.
A grande viajante
A Terra gira em torno do Sol, em um movimento contínuo chamado de translação. O caminho que percorre
tem a forma de uma elipse e é denominado órbita terrestre. O tempo que a Terra leva para percorrer sua
órbita é conhecido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e nove minutos. Além disso, a Terra gira ao
redor de seu próprio eixo, como se fosse um pião. A esse movimento dá-se o nome de rotação.
A atmosfera
A Terra é rodeada por uma camada gasosa contínua chamada atmosfera. A atmosfera é formada por uma
mistura de gases, principalmente oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono e vapor d’água.
Essa camada nos protege das radiações nocivas do
Sol e controla a temperatura do planeta. Os mares e
oceanos formam uma extensa camada de água
líquida, interrompida apenas pelos continentes, a
que se dá o nome de hidrosfera.
A hidrosfera e a atmosfera constituem a parte fluida
do planeta, cujas partículas (líquidas e gasosas)
podem movimentar-se livremente umas em relação
às outras.
Tropopausa: É a zona limite, ou camada de
transição, entre a troposfera e a estratosfera da
atmosfera da Terra. A tropopausa é caracterizada
por pouca ou nenhuma mudança na temperatura à
medida que a altitude aumenta.
Estratosfera: É a camada atmosférica entre a troposfera e a mesosfera. A estratosfera se caracteriza por um
ligeiro aumento de temperatura com o aumento de altitude e pela ausência de nuvens. A camada de ozônio
da Terra está localizada na estratosfera. O ozônio, um isótopo do oxigênio, é crucial para a sobrevivência dos
seres vivos na Terra. A camada de ozônio absorve uma grande quantidade da radiação ultravioleta
proveniente do Sol impedindo-a de atingir a superfície da Terra. Somente as nuvens mais altas, os cirrus,
cirroestratus e cirrocúmulos, estão na estratosfera inferior.
Mesosfera: É a camada atmosférica entre a estratosfera e a ionosfera. A mesosfera é caracterizada por
temperaturas que rapidamente diminuem à medida que a altitude aumenta.
Ionosfera: É uma das camadas mais altas da atmosfera da Terra. Ela contém muitos íons e elétrons livres
(plasma). Os íons são criados quando a luz do Sol atinge os átomos e arranca alguns elétrons. A ionosfera
está localizada entre a mesosfera e a exosfera. Ela é parte da termosfera. As auroras ocorrem na ionosfera.
Exosfera: É a camada mais externa da atmosfera da Terra. A camada mais inferior da exosfera é chamada
de "nível crítico de escape", onde a pressão atmosférica é muito baixa, uma vez que os átomos do gás estão
muito amplamente espaçados, e a temperatura é muito baixa.
Termosfera: É uma classificação térmica. Ela é a camada da atmosfera localizada entre a mesosfera e o
espaço exterior. Na termosfera a temperatura aumenta com a altitude. A termosfera inclui a exosfera e parte
da ionosfera.
Polos Terrestres (Geográficos e Magnéticos)
A Terra possui dois pólos geográficos, Norte e Sul. A Terra possui também um
campo magnético. Tudo se passa como se a Terra fosse um imenso ímã,
atraindo para perto de si partículas eletrizadas existentes no espaço em torno
de nosso planeta.
Devido ao campo magnético terrestre ocorrem as auroras polares (austral e
boreal). Estes fenômenos são provocados por partículas atômicas (prótons e
elétrons), provenientes do Sol e que são capturadas pelo campo magnético,
sendo levadas para as proximidades dos pólos magnéticos da Terra onde
interagem com os gases da atmosfera terrestre, provocando um fluxo
luminoso.
O interior do planeta
As marés
A força gravitacional que age sobre a Terra é a causa do efeito das marés, principalmente nas luas nova e
cheia, pois é neste período que os astros Terra, Lua e Sol estão alinhados, ou seja, a força gravitacional
devido à Lua e ao Sol somam-se. No entanto nas luas minguante e crescente a posição do Sol e Lua formam
um ângulo de noventa graus, prevalecendo assim a força devido a Lua, embora a atração do Sol (maré solar)
minimize a maré lunar com pouca intensidade. Tal fenômeno faz com que as águas dos oceanos de todo
planeta “subam” devido à atração gravitacional da lua. A onda formada pelas marés é mais alta próxima a
Lua, devido à atração, isso faz com que as águas nos pólos baixem para convergir no ponto próximo a Lua,
porém, no lado oposto da Terra, a inércia excede (em módulo) a força devido a Lua, conforme princípio da
ação-reação proposto por Newton, causando assim a mesma elevação nas águas nesse lado oposto. O que
isso quer dizer? Quer dizer que, devido à lei de ação e reação da terceira lei de Newton (além da força
centrifuga), a maré irá subir do outro lado da Terra tanto quanto sobe no lado que está próximo a lua. A Terra
não pode se mover em direção a esta força, mas fluídos como o ar atmosférico e águas o fazem, no entanto
não percebemos, exceto por observadores que estão na costa. Sugestão: ver vídeos sobre o fenômeno das
marés.
Pontos cardeais
Diferentes climas
A Terra recebe energia do Sol, na forma de radiação.
Nosso planeta é quase esférico, e a quantidade de luz que recebe depende do ângulo que os raios solares
formam com a superfície da Terra. O Equador e os Trópicos recebem maior quantidade de luz, por isso são
zonas de clima quente. Ao contrário, as zonas polares recebem muito pouca radiação e por isso são zonas
de clima frio. Assim, a distinta incidência dos raios solares sobre a superfície faz com que a Terra apresente
cinco zonas climáticas.