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Capítulo 26................94
Módulo 109 ......... 111
Módulo 110 .......... 116
AT
Módulo 111 ..........121
222
M Módulo 112 ..........126
a
Módulo 113 ..........130
Módulo 114 ..........135
sic
Fí
UÍ
Q
O
BI
O
LP
IS
H
FI GEO
L
S
C
SO
FÍ
S
RE
1. Experiência de Torricelli 96
2. Vasos comunicantes 99
3. Princípio de Pascal 100
4. Força de empuxo 102
5. Condições de flutuabilidade 104
6. Conceitos básicos de hidrodinâmica 107
7. Organizador gráfico 110
Módulo 109 – Experiência de Torricelli 111
Módulo 110 – Vasos comunicantes 116
Módulo 111 – Princípio de Pascal 121
Módulo 112 – Força de empuxo I 126
Módulo 113 – Força de empuxo II 130
Módulo 114 – Noções de hidrodinâmica 135
A grandiosidade dos submarinos e dos navios causa fascínio em muitas pessoas. Quando nos
damos conta do tamanho desses aparatos tecnológicos — como, por exemplo, um submarino den-
tro da imensidão do mar —, nem paramos para pensar que o material de que eles são feitos é, em
sua maior parte, aço e, em alguns casos, para suportar maior pressão e alcançar maior profundida-
de, titânio. Apesar do tamanho, conseguem ora emergir, ora imergir no oceano, chegando à profun-
didade de 300 m (maioria dos submarinos atuais) com o funcionamento de seus tanques de lastro
e motores muito potentes, e também podem ser movidos a energia nuclear. Os princípios funda-
mentais das condições de flutuabilidade dos corpos em líquidos serão estudados neste capítulo.
1. Experiência de Torricelli
26
221
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
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Quase vácuo
da de ar que, como os líquidos, por causa da ação gravitacio- (vapor de Hg)
nal, exerce pressão em todos os pontos de sua superfície; di-
ferentemente da gravidade, que é uma grandeza vetorial, isto
h = 76 cm
é, além de seu valor numérico, precisa de direção e sentido
para ficar bem caracterizada. A grandeza pressão é escalar e
atua igualmente em todas as direções. A B
tabilizado. Ao medir a coluna de mercúrio por meio da superfície rio é de 13,6 · 103 kg/m³, podemos calcular a pressão atmosféri-
livre do líquido, ele encontrou o valor de 76 cm ao nível do mar. ca em Pascal (Pa) da seguinte forma:
pA = patm ca da água, que é igual 1 · 103 kg/m3, e a pressão atmosférica
26
pB = μHg ∙ g ∙ h valendo 1,0 · 105 N/m2, teremos:
pA = pB patm = μágua ∙ g ∙ h
221
patm = μHg∙ g ∙ h 1,0 · 105 = 1 · 103 · 10 · h
patm = 13,6 ∙ 103 ∙ 10 ∙ 0,76 h = 10 m
patm ≈ 1,01 ∙ 105 N/m2 Desse resultado concluímos que, se ele tivesse escolhi-
Para simplificar os cálculos, será adotado para a pressão do a água para realizar o experimento, deveria usar um tubo
atmosférica no nível do mar o valor de 1,0 atm (1,0 · 105 N/m2 muito grande, maior que 10 m de comprimento, o que na épo-
ou 1,0 · 105 Pa). ca deveria ser muito difícil de conseguir.
Nos exercícios, é muito comum a pressão atmosférica Com isso, pode-se expressar a pressão atmosférica tam-
Física
ser representada em centímetro de mercúrio ou milímetro de bém pela coluna de água que ela pode equilibrar ao nível do
mercúrio. Portanto, ao nível do mar e a 0 °C, a pressão atmos- mar. Essa unidade de medida muito utilizada na engenharia é
férica vale 76 cmHg ou 760 mmHg. conhecida como m.c.a. (metro de coluna de água).
Por que utilizar mercúrio em vez de água? Torricelli já ti-
nha ideia de que a força exercida pela atmosfera não era tão patm = 1,0 atm
pequena, por isso ele recorreu a um líquido bem mais denso patm = 1,0 · 105 N/m2 = 1,0 · 105 Pa
para suas experiências. Ele acreditava que, para usar a água, patm = 76 cmHg = 760 mmHg
teria de usar um tubo de vidro bem maior. Quanto maior? Se
APRENDER SEMPRE 17
97
pB = patm + μ ∙ g ∙ h
par = patm + μ ∙ g ∙ h
par = 1 ∙ 105 + 1∙103 · 10 ∙ 3
par = 1 ∙ 105 + 0,3 ∙ 105
Se a medida h for igual a 3,0 m (medida em relação à su- par = 1,3 ∙ 105 N/m2
perfície livre do líquido), qual será a pressão do ar contido no
interior do tubo?
Dados 02.
Massa específica da água 1 g/cm3, g = 10 m/s2 e pressão A pressão atmosférica varia com a altitude de forma
atmosférica 1 · 105 N/m2 que, a cada 100 m de altitude, a pressão diminui em 1 cmHg.
Sabendo que, no nível do mar, a pressão é de 76 cmHg, cal-
Resolução cule a pressão atmosférica, em Pa, numa cidade situada a
2 000 m de altitude. Considere que 76 cmHg corresponda
Ar a 1,0 · 105 Pa.
Resolução
2 000 m ⇒ 76 – 20 = 56 cmHg
h
cmHg Pa
76 1 · 105
56 p
p ≈ 7,4 · 104 Pa
A B
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A pressão atmosférica ocorre por causa da grande quantidade de gases retidos ao redor da Terra
221
pela força da gravidade. Em outras palavras, a pressão atmosférica é causada pelo peso da camada de
ar que atua sobre uma determinada área de superfície; portanto, quanto mais afastado for um ponto da
superfície da Terra, menor é a pressão atmosférica sobre ele.
Física
Em elevadas altitudes
Aqui, a força da gravidade
na atmosfera é menos intensa,
e as moléculas do ar ficam distantes
umas das outras.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Perto da superfície
Os gases da atmosfera
se deformam com a força
da gravidade e se concentram,
conforme indica o desenho.
Quanto mais próximo do nível
do mar e do centro da Terra,
maior a pressão atmosférica.
Nível do mar
98
221
O experimento de Magdeburgo consistia
em tentar separar, com auxílio de um grupo
de cavalos, dois hemisférios ocos de bronze
que formavam uma esfera, da qual se extraía
o ar provocando um vácuo. O físico alemão
Von Guericke realizou, em público, esse expe-
rimento na cidade de Magdeburgo, na Alema-
Física
nha, para mostrar a existência do vácuo, por
isso construiu uma máquina que retirou gran- O líquido permanece no mesmo nível em todos os tubos interligados.
de quantidade de ar de dentro dos hemisfé-
rios, a máquina pneumática. O físico também B. Vasos comunicantes com
queria comprovar, por meio desse experimen- dois líquidos distintos
to, a existência de uma força exercida pela at-
mosfera que mantinha muito bem unidos os Se colocarmos dois líquidos que não se misturam, tam-
dois hemisférios. bém ocorrerá o equilíbrio, mas esse equilíbrio virá com uma
hB
hA Líquido A
A B
Líquido B
99
patm + μA ∙ g ∙ hA = patm + μB ∙ g ∙ hB
Famoso experimento de Von Guericke μA ∙ hA = μB ∙ hB
mesma pressão (patm). Pelo teorema de Stevin, eles devem Manômetro em forma de U para medir a pressão
estar na mesma horizontal, como mostra a figura. do gás dentro do recipiente.
No manômetro da figura, a pressão no ponto A é igual à Como g é a aceleração da gravidade (para pequenos valo-
26
pressão no ponto B, portanto a pressão do gás em A é igual res de h, é constante), com valor ao nível do mar de 9,81 m/s2 e
à pressão atmosférica mais a pressão da coluna de mercúrio o líquido incompressível (μ = constante), o termo da equação
221
B A
Líquido B
100
Resolução
As pressões hidrostáticas em A e em B são iguais.
pA = pB
patm + μA ∙ g ∙ hA = patm + μB ∙ g ∙ hB
μA ∙ hA = μB ∙ hB
1,6 ∙ 100 = μB ∙ 80
μB = 2 g/cm3 = 2 ∙ 103 kg/m3
“O coração tem razões que a própria razão
desconhece”.
O autor dessa conhecida frase foi Blaise
3. Princípio de Pascal Pascal, um brilhante matemático, filósofo e
Tomemos um líquido homogêneo, incompressível, de pesquisador. Aos 19 anos, inventou a máqui-
massa específica μ, em equilíbrio dentro de um recipiente, na aritmética, uma calculadora mecânica que
conforme mostrado na figura. permitia a qualquer um somar, subtrair, dividir
e multiplicar, mesmo sem ter qualquer conhe-
A cimento aritmético.
Profundamente religioso, tomou conheci-
h mento dos trabalhos de Torricelli (1608-1647)
com seu experimento sobre a pressão atmos-
B
férica e começou uma série de experimentos,
que o levariam a provar a existência do vácuo.
Pascal aplicou-se nos estudos de matemá-
tica e física, escrevendo, em 1653, o Tratado
Nos dois pontos, A e B (indicados na figura), as pressões do equilíbrio dos líquidos, no qual explicou a lei
são pA e pB, respectivamente. Pelo teorema de Stevin, temos: da pressão. Foi uma importante contribuição
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para a física.
pB = pA + μ ∙ g ∙ h
Ele também produziu importantes teore- Como ocorre conservação da energia, o trabalho da força
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mas em geometria progressiva. Outra obra F1 para deslocar o êmbolo do lado direito da prensa por uma
sua é o Tratado sobre as potências numéricas, distância d1 deve ser igual ao trabalho da força F2 para deslo-
221
em que trata da questão dos “infinitamente car o êmbolo do lado esquerdo por uma distância d2.
pequenos”. Alguns de seus estudos em geo-
metria levaram mais tarde à descoberta do T1 = T2
cálculo por Leibniz e Isaac Newton.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/ F1 · d1 = F2 · d2
blaise-pascal.jhtm>. Acesso em: 26 abr. 2015. Adaptado.
Física
Nota-se que a área do êmbolo e a força aplicada nele são
diretamente proporcionais e que o deslocamento sofrido pelo
A. Prensa hidráulica êmbolo e a força aplicada nele são inversamente proporcionais.
Uma das aplicações do princípio de Pascal é o da prensa Para finalizar, é interessante conhecer o quanto de sua
hidráulica. Ela consiste em uma máquina capaz de multiplicar força está sendo multiplicada pela prensa hidráulica. Esse
forças, conservando a energia do sistema. A prensa é consti- dado é obtido quando se determina a vantagem mecânica,
tuída por dois êmbolos de tamanhos diferentes em um vaso que é um número adimensional calculado pela razão entre a
comunicante como o da figura seguinte. força final e a força aplicada.
F2
Este vídeo mostra como construir um braço mecânico
utilizando o princípio de Pascal.
101
em uma força F2 distribuída em uma área A2. Disso, pode-
mos escrever: 01.
No êmbolo menor de uma prensa hidráulica, atua uma
∆pB = ∆pA força F, vertical, para baixo, que mantém equilibrado, no
êmbolo maior, um objeto de massa 60 kg. Calcule o valor
Como a pressão é: da força F sabendo que a área do êmbolo maior é 6 vezes a
área do êmbolo menor.
p= F Dado: g = 10 m/s2
A
temos para a prensa hidráulica: Resolução
F1 F2
=
F1 F2 A1 A 2
=
A1 A 2 F = m⋅ g
A1 6 ⋅ A1
Agora, analisaremos os deslocamentos dos êmbolos em
função da força exercida em cada um. 60 ⋅ 10
F=
6
F = 100 N
Área A2 F1
d2
F1
A1
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Nessa figura, as forças horizontais F3 e F4 têm a mesma
intensidade, por isso a resultante
na direção horizontal é nula.
Na vertical, as forças F1 e F2 não se equilibram e a re-
sultante é diferente de zero, porque a parte inferior do corpo
está submetida a uma pressão maior. Considerando A1 e A2
as áreas da base inferior e superior do cubo, respectivamen-
te, temos:
F1 – F2 = (p1 – p2) ·A
F1 – F2 = ∆p · A
102
F1 – F2 = μlíq. · g · Vcubo
4. Força de empuxo
Ao colocar o cubo dentro de um líquido, notamos que o ní-
A. Teorema de Arquimedes vel do líquido sobe. A massa do líquido deslocado é calculada
Você já deve ter percebido que, quando um objeto está por μlíquido · Vcubo.
dentro da água, temos a impressão de que ele ficou mais leve.
Como sabemos que sua massa permanece constante e a ace- F1 – F2 = μlíq. · g
leração da gravidade também, então ele não está mais leve,
logo só nos resta supor que água está exercendo uma força, Nessa equação, F1 – F2 representa a resultante das forças
dirigida para cima, impedindo que o corpo afunde. Ao tentar que atuam no corpo, e mlíquido · g representa o peso do líquido
empurrar uma bola plástica dentro da água, percebemos cla- deslocado. Portanto:
ramente essa força atuando. É uma força vertical, para cima,
que recebe o nome de empuxo E . F1 – F2 = Plíq. deslocado
O líquido tende a aplicar força em toda a superfície de um
corpo, como se pode ver na figura a seguir. F1 – F2 é a resultante das forças que o líquido faz no corpo
e é chamada de empuxo (E).
Assim, E = Plíq. deslocado
E = μlíq. · g · Vsubmerso
APRENDER SEMPRE 20
26
01. Resolução
221
Num aquário cheio de um líquido de densidade 1,8 g/cm3, O raio da bola pode ser calculado por:
encontra-se um corpo de volume 1 500 cm3, que está total- C = 2·π·R
mente imerso. Dada a aceleração da gravidade de 10 m/s2,
0,7
qual o empuxo sofrido pelo corpo? R= ≈ 0,11 m
2 ⋅ 3,14
Resolução O volume da bola é dado por:
E = μlíq. · g · Vsubmerso
V = 4 ⋅ π ⋅ R3
Física
E = 1,8 ·103 · 10 · 1,5 · 10–3
3
E = 27 N
4
V = ⋅ 3,14
14 ⋅ 0,113
02. 3
Uma bola de futebol oficial tem uma circunferência de V ≈ 5,6·10–3 m3
70 cm e massa de 450 g. Quando mergulhada totalmente num
recipiente cheio de água, ela recebe uma força, para cima, O empuxo é dado por:
denominada empuxo. Calcule a intensidade dessa força. E = μlíq. · g · Vsubmerso
103
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Quando pegamos um corpo e o prendemos a um dinamô- Nesse caso, o corpo ficará sujeito a uma resultante de
metro, obtemos o peso real dele. Se mergulharmos esse cor- forças apontada para baixo, que o fará descer até o fundo do
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Peso aparente(Pap)
Peso real (P)
P
P>E
mcorpo · g > μlíq · g · Vsub
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Para calcular o peso aparente, caso não ocorra a situação Lembrando que: mcorpo = μcorpo · Vcorpo e Vcorpo = Vsub
anteriormente descrita, basta encontrar a diferença entre o
peso real e o empuxo. Assim:
μcorpo · Vsub > μlíq · Vsub
Pap = P – E μcorpo > μlíq
A seguir, serão analisadas as consequências para o corpo Para exemplificar tal situação, temos o caso de um navio
nas situações de peso aparente maior que zero, menor que naufragado, como observado na figura a seguir.
zero e igual a zero.
01.
Um objeto de massa 20 kg e volume de 15 · 103 cm3
104
Resolução
Pap = P – E A densidade do navio naufragado é maior que a densidade da água do mar.
Pap = m · g – μlíq · g · Vsub
Pap = 20 · 10 – 1 · 103 · 10 · 15 · 10–3 B. Empuxo igual ao peso do corpo (E = P)
Pap = 200 – 150
Pap = 50 N Nesse caso, o corpo ficará em equilíbrio estático, no pon-
to em que foi abandonado: FR = 0.
26
μcorpo · Vsub = μlíq · Vsub interessante:
μcorpo = μlíq
221
E
Para exemplificar tal situação, temos o caso do submari-
no em equilíbrio, como observado na figura a seguir.
Física
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105
Quando o empuxo é maior que o peso, o corpo sobe (E > P).
P<E
mcorpo · g < μlíq · g · Vsub
Assim:
μcorpo · Vsub < μlíq · Vsub
μcorpo < μlíq
no interior de um líquido.
Disponível em:
<http://www.planetseed.com/files/
uploadedfiles/Science/Notes/float/en/fands05/
EMI-16-190
A resultante entre o empuxo e o peso apontando para cima acelera index.html>. Acesso em: 23 jul. 2015.
a bola até que ela atinja a superfície e entre em equilíbrio.
D. Centro de empuxo
26
APRENDER SEMPRE 22
10 cm
T = 40 N Alternativa correta: B
6. Conceitos básicos de Na tubulação seguinte, temos um líquido que escoa em
26
regime permanente, ou seja, a vazão permanece constante.
hidrodinâmica
221
Além do estudo da hidrostática ou estática dos fluidos, fa- A1
remos um breve estudo sobre a dinâmica dos fluidos ou hidro- v1 A2
dinâmica. Essa parte da Física, surgida no início do século XVIII, v2
encarregou-se de estudar o movimento dos fluidos (líquidos e
gases) e teve como grandes estudiosos Euler e Bernoulli. Eles
utilizaram as leis de Newton e a conservação da energia e do
L1 L2
momento para estudar o movimento dos fluidos.
Física
Considerando que as partículas que compõem o líquido
A. Vazão atravessam as seções A1 e A2 num mesmo intervalo de tempo,
Considere uma tubulação (como na figura seguinte). temos:
A seção transversal A dessa tubulação é atravessada por um Z = constante
volume de líquido em um determinado tempo ∆t.
Portanto:
107
dade do fluido que escoa no interior deste tubo. Imagine esse
líquido atravessando a tubulação de comprimento L, com ve-
locidade constante, como na figura.
B. Teorema de Bernoulli
Esse teorema mostra uma das equações mais importan-
L
tes do movimento dos fluidos. Para demonstração do teore-
O volume deslocado num intervalo de tempo ∆t é calcu- ma de Bernoulli, considera-se um líquido ideal, aquele que é
lado por: incompressível e sem viscosidade em regime permanente de
∆V = A · L escoamento. Com isso, desprezam-se as perdas de energia
durante o escoamento do líquido e considera-se que a veloci-
Mas: dade de um ponto permaneça sempre constante.
L = v · ∆t Bernoulli percebeu, em seus experimentos, que, du-
rante o escoamento de líquidos ideais, a energia cinética se
Logo: transforma em potencial gravitacional e vice-versa. Para de-
∆V = A · v · ∆t monstração do teorema de Bernoulli, considere um líquido
incompressível, massa específica µ em regime permanente
A ⋅ v = ∆V de escoamento na tubulação (figura seguinte). Suponha que
∆t
o sistema esteja em um local cuja aceleração da gravidade
Portanto: seja g. Vamos analisar o deslocamento de uma porção do
fluido de uma região, em que o tubo é mais espesso, para
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A1 d2
F1 h2
h1
d1
Física
Nível de referência
Na figura, v1 é a velocidade com que o fluido atravessa
a seção A1, e v 2 é a velocidade com que o fluido atravessa a
seção A2. As alturas do fluido em relação ao nível de referência
são h1 e h2, respectivamente.
A força F1 realiza um trabalho para fazer o fluido
passar
por A1 e, da mesma forma, uma força contrária F2 age sobre
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
T1 = F1 · d1 e T2 = F2 · d2
26
Asa do avião e o teorema de Bernoulli µ ⋅ v12 µ ⋅ v 22
p1 + µ ⋅ g ⋅ h1 + = p2 + µ ⋅ g ⋅ h2 +
221
Em razão do seu estado de repouso em relação à Terra 2 2
e à forma da asa de um avião, o ar, quando atinge a asa,
toma dois caminhos, 1 e 2, conforme a figura. 1 ⋅ 10
103 ⋅ 22 1 ⋅ 10
103 ⋅ 82
5 ⋅ 10
105 + µ ⋅ g ⋅ 0 + = p2 + 1 ⋅ 10
103 ⋅ 10⋅5 +
10
2 2
Caminho 1 502 000 = p2 + 82 000
v1
p2 = 420 000 = 4,2 · 105 Pa
Física
Ar
v2
Caminho 2
Veja as aplicações do teorema de Bernoulli.
Para chegar ao final da asa, a porção de ar que passa Disponível em:
pelo caminho 1 percorre uma distância maior que a porção <http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/
seguida pelo caminho 2. Considerando v1 e v2 as velocida- hidrodin.html>. Acesso em: 23 jul. 2015.
des dessas porções de ar e que elas devem chegar juntas
Ar
v1 h = h1 – h2
v2
Caminho 2 h1
F2 v2
109
h2
APRENDER SEMPRE 23
v2 = 8 m/s
Chamando h2 – h1 de h, temos a equação de Torricelli para o escoamento de fluidos através de orifícios.
26
v = 2⋅ g ⋅h
221
Observação
Essa equação pode ser demonstrada igualando-se a energia potencial gravitacional com a energia cinética.
APRENDER SEMPRE 24
Resolução
Física
7. Organizador gráfico
A. Fluidos
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Hidrostática Hidrodinâmica
Teorema de
Teoria de Princípio Lei de Bernoulli
Stevin de Pascal Arquimedes Fluido em
movimento
µ ⋅ v12 µ ⋅ v 22
∆p1 = ∆p2 p1 + µ ⋅ g ⋅ h1 + = p2 + µ ⋅ g ⋅ h2 +
Força de Peso 2 2
Experiência de Vasos Medidas
Torricelli (patm) comunicantes de pressão empuxo aparente
µ1 · h1 = µ2 · h2 Teorema de
Prensa E = µlíq · Vsub · g Pap = P – E Torricelli
Barômetro hidráulica
v= 2 ⋅ g ⋅ h
pfluído = patm + µ · g · h Manômetro F1 F2
=
A1 A 2
T 1 · d1 = T 2 · d 2
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Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 109
26
Experiência de Torricelli
221
Exercícios de Aplicação
01. 03. PUC-PR
Ao nível do mar, um barômetro de mercúrio indica 76 cm, Algumas pessoas que pretendem fazer um piquenique
Física
equivalente à pressão de 1,0 · 105 Pa. À medida que se sobe param no armazém, no pé de uma montanha, e compram
do nível do mar para o alto da serra, ocorre uma queda gradual comida, incluindo sacos de salgadinhos. Elas sobem a mon-
de 1 cmHg da pressão atmosférica para cada 100 m de su- tanha até o local do piquenique. Quando descarregam o ali-
bida, aproximadamente. Pode-se concluir daí que a pressão mento, observam que os sacos de salgadinhos estão inflados
atmosférica numa cidade a 900 m de altitude em relação ao como balões. Por que isso ocorre?
nível do mar vale, em pascais: a. Porque, quando os sacos são levados para cima da mon-
a. 8,8 · 104 tanha, a pressão atmosférica nos sacos é aumentada.
b. 8,2 · 104 b. Porque a diferença entre a pressão do ar dentro dos
111
d. Incorreto. Quanto maior a altitude, menor a pressão.
02. UEG-GO e. Incorreto. A diferença de pressão ocasiona uma força
Em 15 de abril de 1875, na França, o balão Zenith voou a resultante para fora dos sacos, empurrando o plástico
uma altitude de 8 600 m. Dois dos seus tripulantes morreram para fora.
em decorrência das mudanças funcionais promovidas pela Alternativa correta: B
altitude. Sobre esses tipos de mudanças numa pessoa sau- Habilidade
dável e normal, é correto afirmar que:
Apresentar conclusões a partir da experiência de Torricelli.
a. os efeitos apenas serão sentidos em altitudes supe-
riores a 8 000 m, quando a frequência respiratória au-
menta drasticamente.
b. o que ocasionou a morte dos dois tripulantes foi um
efeito conhecido como hipoxia, ou seja, o alto forneci-
mento de oxigênio.
c. os efeitos se devem essencialmente à diminuição da
pressão atmosférica, o que é consequência da dimi-
nuição da densidade do ar.
d. já em baixas altitudes, próximas de 1 000 m, surge
uma série de distúrbios, como dificuldade de respirar,
taquicardia, náusea, vômito e insônia.
Resolução
À medida que a altitude aumenta, também aumenta dis-
tância média de separação entre as partículas que compõem
o ar atmosférico e, portanto, sua densidade diminui. A conse-
quência disso é a diminuição da pressão atmosférica.
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Alternativa correta: C
Exercícios Extras
26
Em 1643, o físico italiano Evangelista Torricelli (1 608-1 647) O fato de um centímetro cúbico de mercúrio pesar aproxi-
realizou sua famosa experiência, medindo a pressão atmosféri- madamente 14 vezes mais do que um centímetro cúbico de
ca por meio de uma coluna de mercúrio, inventando, assim, o água permite concluir que a pressão atmosférica é capaz de
barômetro. Após esta descoberta, suponha que foram muitos sustentar uma coluna de água cuja altura mais aproximada
os curiosos que fizeram várias medidas de pressão atmosféri- é igual a:
ca. Com base na experiência de Torricelli, pode-se afirmar que o Dado: 1 atm = 760 mmHg
maior valor para a altura da coluna de mercúrio foi encontrado: a. 0,7 m
Física
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, o aluno terá contato com a experiência de Torricelli e deverá saber que a altura da coluna de mercúrio é direta-
mente proporcional à pressão atmosférica. Para isso, o professor deve intensificar seus esforços para que o aluno compreenda
que a pressão atmosférica equilibra a pressão na coluna de mercúrio. Assim, quanto maior a altitude em relação ao nível do
mar, menor é a pressão atmosférica do local. O professor pode realizar um projeto interdisciplinar com o professor de Biologia e
realizar atividades físicas em locais onde a pressão atmosférica é menor.
Na web
Informações sobre como o organismo reage às diferenças de altitude.
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Exercícios Propostos
26
Da teoria, leia o tópico 1. b. à medida que o líquido sobe, a pressão aumenta no
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento interior do canudo.
c. a pressão exercida nos líquidos é transmitida igual-
mente a todos os seus pontos.
06. UFRGS-RS d. a massa específica do líquido a ser aspirado é menor
A ideia da existência da pressão atmosférica surgiu no que a densidade do ar.
século XVII. Até então, o comportamento dos fluidos era ex- e. a pressão interna da boca mais a pressão do líquido a
plicado com base na teoria aristotélica, segundo a qual a ser aspirado é maior que a pressão atmosférica.
Física
natureza tem “horror ao vácuo”. Por exemplo, de acordo com
essa teoria, um líquido não escorre do recipiente, a menos 10. UFRJ
que entre ar no lugar do líquido que sai. Se o ar não puder Para a alegria dos habitantes de Ruão, na França, em 1648
entrar e, por hipótese, o líquido sair, vai formar-se vácuo no Pascal realizou, em público, várias experiências espetaculares,
interior do recipiente, portanto, como a natureza tem horror com o intuito de investigar a pressão atmosférica. No decorrer
ao vácuo, o líquido não sai. Torricelli duvidou dessa teoria das experiências, verificou-se que a mesma pressão atmosféri-
e a refutou através de um célebre experimento com o qual ca que equilibra uma coluna de água de 10 m de altura é capaz
demonstrou, entre outras coisas, que a natureza não tem de equilibrar uma coluna de vinho tinto de 15 m de altura.
113
07. UnB-DF
Ao nível do mar, o experimento de Torricelli para medir a a. Calcule a razão dágua/dvinho entre as densidades da água
pressão atmosférica usando o mercúrio metálico, cuja densi- (dágua) e do vinho (dvinho).
dade é igual a 13,6 g/cm3, apresenta uma coluna de mercúrio b. Se o vinho tivesse sido fornecido por um comercian-
de 76 cm. Em um local de Brasília, situado 1 000 m acima do te desonesto, que lhe acrescentara água, o resultado
nível do mar, o mesmo experimento apresenta uma coluna seria uma coluna de vinho misturado maior, menor ou
de mercúrio igual a 67 cm. Calcule, em decímetros, a altura igual a 15 m? Justifique sua resposta.
da coluna nesse local de Brasília se, em vez do mercúrio me-
tálico, fosse usado o mercurocromo, cuja densidade é igual 11. UEPG-PR
a 0,99 g/cm3. Despreze a parte fracionária de seu resultado, A figura a seguir ilustra a experiência idealizada por Evan-
caso exista (considere g = 9,8 m/s2). gelista Torricelli com o intuito de avaliar a pressão atmosféri-
ca. Com base na análise das posições dos pontos A, B, C e D,
08. UEG-GO assinale o que for correto.
A pressão atmosférica no nível do mar vale 1,0 atm. Se uma
pessoa que estiver nesse nível mergulhar 1,5 m em uma pisci-
na, estará submetida a um aumento de pressão da ordem de: A
Dado: g = 10 m/s2; μ = 1 g/cm3; 1 atm = 1 · 105 N/m2
a. 25%
b. 20%
c. 15%
B
d. 10%
C
09. UFRGS-RS D
Comumente, utilizam-se canudos para tomar sucos ou
refrigerantes. O líquido sobe por meio do canudo porque:
EMI-16-190
a. ao aspirar o líquido, a pressão atmosférica na superfí- 01. A pressão no ponto B é igual à pressão no ponto C.
cie é maior que a pressão no interior do canudo. 02. A pressão no ponto A equivale à pressão atmosférica.
04. A pressão no ponto D equivale à pressão atmosférica III. Barômetros como o de Torricelli permitem, por meio da
26
porque o ponto D está submetido à maior pressão. medida da pressão atmosférica, determinar a altitude
08. A pressão no ponto A é muito maior que a pressão no de um lugar.
221
Êmbolo
Vácuo
1 (dentro)
Ar
Água
4
2
(mesmo nível)
Séculos mais tarde, ao construir os chafarizes de Floren-
ça, os florentinos descobriram que a água recusava-se a su-
3 bir, por sucção, mais do que 10 metros. Perplexos, os constru-
tores pediram a Galileu que explicasse esse fenômeno. Após
brincar dizendo que talvez a natureza não abominasse mais
o vácuo acima de 10 metros, Galileu sugeriu que Torricelli e
Viviani, então seus alunos, obtivessem a explicação; como
Considere que o fole está pressionado em uma posição sabemos, eles a conseguiram! Com os conhecimentos de
fixa e que o líquido está estacionado no interior do tubo verti- hoje, explique por que a água recusou-se a subir mais do que
114
vezes menor que a do mercúrio, a altura da coluna de mitimos que o ar penetre no copo e a pressão atmos-
água será aproximadamente igual a 10,3 m. férica atue, também, de dentro para fora.
32. Quando se introduz a agulha de uma seringa numa
26
Pino
veia do braço, para se retirar sangue, este passa da
veia para a seringa, por causa da diferença de pres-
221
são entre o sangue na veia e o interior da seringa.
64. Sendo correta a informação de que São Joaquim se Tubo
situa a uma altitude de 1 353 m e que Itajaí está ao Tampa da
nível do mar (altitude = 1 m), podemos concluir que a panela
pressão atmosférica é maior em São Joaquim, já que
ela aumenta com a altitude.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
Física
16. Fuvest-SP
Para impedir que a pressão interna de uma panela de
pressão ultrapasse um certo valor, em sua tampa há um
dispositivo formado por um pino acoplado a um tubo ci- Note e adote:
líndrico, como esquematizado na figura. Enquanto a força π=3
resultante sobre o pino for dirigida para baixo, a panela 1 atm = 105 N/m2
está perfeitamente vedada. Considere o diâmetro interno
115
EMI-16-190
Módulo 110
26
Vasos comunicantes
221
Exercícios de Aplicação
01. 03. Unesp (adaptado)
Dois líquidos imiscíveis, de massas específicas 2,0 g/cm3 Na figura, o tubo aberto em forma de U contém dois líqui-
Física
e 3,0 g/cm3, estão num tubo aberto, em forma de U, conforme dos não miscíveis, A e B, em equilíbrio. As alturas das colunas
a figura. Calcule a altura da coluna x. de A e B, medidas em relação à linha de separação dos dois lí-
quidos, valem 50 cm e 80 cm, respectivamente. Sabendo que
a massa específica de A é 2,0 · 103 kg/m3, assinale a alterna-
tiva que representa a massa específica do líquido B.
x
3,0 cm
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
80 cm B 50 cm
Resolução
μ1 · h1 = μ2 · h2
A
2 · x = 3 · 3 ⇒ x = 4,5 cm
a. 1,25 kg/m3
b. 1,25 · 10 kg/m3
c. 1,25 · 102 kg/m3
d. 1,25 · 103 kg/m3
e. 1,25 · 104 kg/m3
02. UFV-MG
Resolução
Os recipientes esquematizados foram interligados e despe-
jou-se líquido num deles. Sabendo que todos eles estão abertos
116
80 cm B 50 cm
A
1 2
B C A
D
Aplicando a lei de Stevin, temos:
p1 = p2
a. pA = pB > pC > pD
patm + μA · g · h1 = patm + μB · g · h2
b. pA > pB = pC > pD
c. pA < pB = pC > pD μA · h1 = μB · h2
d. pA = pB < pC < pD 2 · 103 · 0,5 = μB · 0,8
e. pA < pB = pC < pD μB = 1,25 ·103 kg/m3
Alternativa correta: D
Resolução
Habilidade
Mesmo líquido:
Efetuar cálculos que envolvem o teorema de Stevin e/ou
pA < pB = pc < pD o princípio de Pascal.
Alternativa correta: E
EMI-16-190
Exercícios Extras
26
04. UEL-PR 05. FPS-PE
221
Para medir a pressão p exercida por um gás contido num Em um experimento de Física, um estudante utilizou um
recipiente, utilizou-se um manômetro de mercúrio, obtendo- óleo vegetal com densidade desconhecida, o qual foi coloca-
se os valores indicados na figura a seguir. do em um tubo em U, juntamente com uma coluna de água
pura, cuja densidade vale 1 g/cm3. As colunas de óleo e água
atingem o equilíbrio e permanecem em repouso, ocupando a
configuração indicada na figura abaixo. Determine a densida-
Hg de do óleo utilizado neste experimento.
Física
Gás 170 mm
10 cm Óleo
Água
27 cm
20 mm 20 cm
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, o aluno teve contato com a aplicação do teorema de Stevin no vasos comunicantes. O professor deve focar a
ideia de que pontos, no mesmo nível, apresentam a mesma pressão e que, no dia a dia do aluno, ele encontra os vasos comuni-
cantes em instalações hidráulicas na distribuição de água de uma cidade. Ao utilizar esse exemplo em suas aulas, não deixar de
117
frisar que o sistema de distribuição trabalha com água em movimento, e alguns conceitos básicos serão vistos mais adiante, no
estudo da hidrodinâmica. Não se esquecer de ressaltar os usos dos vasos comunicantes nos manômetros, nas mangueiras de
nível utilizadas pelos pedreiros etc. Sempre alertar os alunos a respeito das unidades a serem usadas. Esse é um conteúdo no
qual, em vários momentos, é necessária a conversão de unidades para a realização dos exercícios.
Na web
Vídeo de demonstração do teorema de Stevin, por meio do uso de um manômetro construído com equipamentos do dia a dia.
Neste site, você encontrará uma sugestão de trabalho com um experimento que mostra o funcionamento do sifão.
06. Vunesp
Água Água
O sifão é um dispositivo que permite transferir um líquido
de um recipiente mais alto para outro mais baixo, por meio,
por exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo líquido. Na
Física
R
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
08. UFJF-MG
AB A figura mostra um tubo em forma de U, aberto nas extre-
midades, contendo água e mercúrio em equilíbrio. Sendo h1
0,4 m a diferença de alturas dos níveis de água nos dois ramos, x a
profundidade da coluna de água no ramo da direita, h2 a dife-
rença de alturas entre os níveis de mercúrio nos dois ramos do
tubo e sabendo-se que a pressão atmosférica é patm, calcule:
1,2 m
h1
Água x Água
h2
118
Mercúrio
07. Udesc
Certa quantidade de água é colocada em um tubo em for- 75,0 cm
R 25,0 cm
ma de U, aberto nas extremidades. Em um dos ramos do tubo,
adiciona-se um líquido de densidade maior que a da água e am-
bos não se misturam. Assinale a alternativa que representa cor-
retamente a posição dos dois líquidos no tubo após o equilíbrio.
a.
Figura I Figura II
26
a um manômetro de tubo aberto contendo mercúrio de densi- Pode-se observar, no desenho, um sistema de três vasos
dade 13,6 g/cm3 e, na figura II, um tubo capilar com a sua extre- comunicantes cilíndricos F, G e H distintos, abertos e em re-
221
midade superior fechada está mergulhado em um recipiente pouso sobre um plano horizontal na superfície da Terra. Colo-
aberto contendo mercúrio. Nessas condições, a pressão exer- ca-se um líquido homogêneo no interior dos vasos, de modo
cida pelo gás, em 105 pascal, é de, aproximadamente: que não haja transbordamento por nenhum deles. Sendo hF,
a. 1,4 d. 2,9 hG e hH o nível das alturas do líquido em equilíbrio em relação
b. 1,8 e. 3,2 à base nos respectivos vasos F, G e H, então a relação entre as
c. 2,5 alturas em cada vaso que representa este sistema em equilí-
brio estático é:
Física
10. PUC-MG (adaptado)
A figura representa duas caixas-d’água, abertas para o
ar, interligadas por um cano com uma válvula de passagem.
F G H
A caixa da esquerda está cheia. Quando a válvula é aberta, a
caixa da direita começa a encher até que o nível da água nas
duas caixas seja o mesmo.
Desenho ilustrativo fora de escala
13. Vunesp
Com um máximo de expiração, um estudante soprando
de um lado de um manômetro, cujo líquido manométrico é
É correto afirmar: a água, produz um desnível do líquido de aproximadamente
a. Ao final do processo, a pressão no fundo da caixa à es- 65,0 cm entre os dois ramos de tubo manométrico. Nessas
querda será menor que no início. condições, pode-se afirmar que a pressão exercida pelos pul-
b. Durante o processo, a pressão no fundo da caixa à es- mões do estudante é de:
querda permanece constante. Dado: 1 Pa = 1 pascal = 1 (kg · m/s2)/m2
c. Ao final do processo, a pressão no fundo da caixa à
direita será maior que a pressão no fundo da caixa à
esquerda.
d. Durante o processo, a pressão no fundo da caixa à di-
119
reita diminui. 65, 0 cm
11.
Um tubo em U, longo, aberto nas extremidades, contém
mercúrio de densidade 13,6 g/cm3. Em um dos ramos coloca-
se água, de densidade 1,0 g/cm3, até ocupar uma altura de
32 cm. No outro ramo coloca-se óleo, de densidade 0,8 g/cm3,
que ocupa altura de 6,0 cm.
a. 6,50 Pa d. 6,50 · 103 Pa
b. 6,50 · 10 Pa e. 6,50 · 104 Pa
c. 6,50 · 102 Pa
14. UFPE
32 cm Água Um tubo em forma de U com seção reta circular igual a
Óleo 6,0 cm
1,0 cm2 contém dois líquidos miscíveis, A e B, separados por
um diafragma preso a um pino, que impede a mistura dos lí-
quidos, como mostra a figura.
Mercúrio
b. 28 e. 15
c. 24
As densidades dos dois líquidos são dA = 5,0 g/cm3 e funcionamento desse manômetro, analise as alternativas e
26
dB = 0,5 g/cm3. Qual o módulo da força resultante sobre o assinale o que for correto.
diafragma, em unidades de 10–4 N, devida apenas às forças
221
40 cm
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
conforme ilustrado na figura. Uma das extremidades está co- ração entre os níveis de Hg no tubo.
nectada à válvula de saída de gás do botijão. Com relação ao Dê a soma dos números dos itens corretos.
EMI-16-190
Módulo 111
26
Princípio de Pascal
221
Exercícios de Aplicação
01. UFMG 02. UERJ
As massas m1 e m2, colocadas nos pratos de balança, nos Um adestrador quer saber o peso de um elefante. Uti-
Física
dois vasos comunicantes (figura), estão em equilíbrio. O diâ- lizando uma prensa hidráulica, consegue equilibrar o ele-
metro D2 é o dobro de D1. Os êmbolos têm massas desprezíveis. fante sobre um pistão de 2 000 cm2 de área, exercendo
m1 m2
uma força vertical F equivalente a 200 N, de cima para
baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área é igual a
25 cm2.
121
m1 1 200 = Pelefante
=
m2 4 25 2000
Pelefante = 1,6 · 104 N
EMI-16-190
03. Enem
26
Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldades de locomoção, é utilizado, em ônibus e automóveis, o elevador
hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica, para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra
221
mais larga, e dessa forma acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área da cabeça
do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba. Desprezando o atrito e considerando uma ace-
leração gravitacional de 10 m/s2, deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de rodas de 15 kg sobre a plataforma
de 20 kg. Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido para que o cadeirante seja elevado com velocidade
constante?
a. 20 N d. 1 000 N
b. 100 N e. 5 000 N
Física
c. 200 N
Resolução
F1 = P = m · g
F1 = (65 + 15 + 20) · 10
F1 = 1 000 N
No elevador, como a pressão é a mesma, tem-se:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
p1 = p2
F1 F2
=
A1 A 2
1000 F2
=
5 ⋅ A2 A2
F2 = 200 N
Alternativa correta: C
Habilidade
Efetuar cálculos que envolvem o princípio fundamental da hidrostática e/ou o princípio de Pascal.
Exercícios Extras
122
a. 0,5 N
b. 2,0 N
c. 8,0 N
d. 500,0 N Admita que os cilindros estejam totalmente preenchidos
e. 800,0 N por um líquido. O volume do cilindro II é igual a quatro vezes o
volume do cilindro I, cuja altura é o triplo da altura do cilindro
II. A razão entre as intensidades das forças, quando o sistema
está em equilíbrio, corresponde a
a. 12
b. 6
EMI-16-190
c. 3
d. 2
Seu espaço
26
Sobre o módulo
221
Neste módulo, o professor deve mostrar as diversas aplicações do princípio de Pascal no cotidiano, por exemplo nos freios
de automóveis, direção hidráulica etc. Uma sugestão de encaminhamento didático para o estudo da prensa hidráulica é partir do
princípio da conservação da energia, pois o trabalho realizado de um lado da prensa é igual ao trabalho realizado do outro lado.
Na web
Experimentando a hidrostática
Física
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/925/index.html>. Acesso em: 26 mar. 2016.
123
c. energia e força.
d. força. Êmbolo
e. pressão, força e trabalho. menor
P
07. Unirio-RJ Êmbolo
maior
A figura a seguir mostra uma prensa hidráulica cujos êm-
bolos têm secções A1 = 15 cm2 e A2 = 30 cm2. Sobre o primeiro
êmbolo, aplica-se uma força F igual a 10 N, e, desta forma,
mantém-se em equilíbrio um cone de aço de peso P, colocado
sobre o segundo êmbolo. O peso do cone vale:
O peso P vale:
F
a. 20 N
b. 30 N
c. 60 N
d. 500 N
A1 A2 e. 750 N
a. 5N
b. 10 N
c. 15 N
EMI-16-190
d. 20 N
e. 30 N
09. ITA-SP Cilindro
26
principal
Considere a prensa hidráulica da figura.
Cilindro
Carga de peso
221
do freio
F 2,0 · 103 N I
Tambor
A B do freio
Sapata
II
Física
III
Pa
O êmbolo circular B tem raio 5 vezes maior do que o êm-
bolo circular A. Considerando desprezíveis os pesos dos êm-
bolos, verifique qual é a opção falsa.
a. A prensa hidráulica é uma aplicação da Lei de Pascal
que afirma que: “os líquidos transmitem integralmen-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
para cima ou para baixo, sem atrito, e perfeitamente ajusta- b. Pascal (situação I), Arquimedes (situação II) e Stevin
dos às paredes dos reservatórios. Sobre o êmbolo cilíndrico (situação III)
está um corpo de peso P. c. Stevin (situação I), Torricelli (situação II) e Pascal
(situação III)
d. Pascal (situação I), Stevin (situação II) e Torricelli
(situação III)
e. Stevin (situação I), Arquimedes (situação II) e Torricelli
(situação III).
12. Enem
Um brinquedo chamado ludião consiste em um peque-
no frasco de vidro, parcialmente preenchido com água, que
A força que deve ser aplicada no êmbolo quadrado para é emborcado (virado com a boca para baixo) dentro de uma
elevar esse corpo deve ter intensidade mínima igual a: garrafa PET cheia de água e tampada. Nessa situação, o frasco
a. (π · P)/4 d. (2 · P)/π fica na parte superior da garrafa, conforme mostra a figura 1.
b. (4 · P)/π e. P/π
c. (π · P)/2
11. UEPB
Os precursores no estudo da hidrostática propuseram
princípios que têm uma diversidade de aplicações em inúme-
ros “aparelhos” que simplificam as atividades extenuantes
e penosas das pessoas, diminuindo muito o esforço físico,
como também encontraram situações que evidenciam os
efeitos da pressão atmosférica. A seguir, são apresentadas as
EMI-16-190
26
baixo, como mostrado na figura 2. zes maior que o diâmetro d1 do primeiro, qual a razão entre a
Ao apertar a garrafa, o movimento de descida do frasco força aplicada ao pedal de freio pelo pé do motorista e a força
221
ocorre porque: aplicada à pastilha de freio?
a. diminui a força para baixo que a água aplica no frasco. a. 1/4
b. aumenta a pressão na parte pressionada da garrafa. b. 1/2
c. aumenta a quantidade de água que fica dentro do frasco. c. 2
d. diminui a força de resistência da água sobre o frasco. d. 4
e. diminui a pressão que a água aplica na base do frasco.
15. AFA-SP
Física
13. UFSM-RS A figura representa um macaco hidráulico constituído de
Um certo medicamento, tratado como fluido ideal, preci- dois pistões, A e B, de raios RA = 60 cm e RB = 240 cm, res-
sa ser injetado em um paciente, empregando-se, para tanto, pectivamente. Esse dispositivo será utilizado para elevar a
uma seringa. uma altura de 2 m, em relação à posição inicial, um veículo
de massa igual a 1 tonelada, devido à aplicação de uma força.
Despreze as massas dos pistões, todos os atritos e considere
que o líquido seja incompressível.
125
a disco de um automóvel. Ao se pressionar o pedal do freio, d. 16 e 125 · 103 J.
este empurra o êmbolo de um primeiro pistão que, por sua
vez, através do óleo do circuito hidráulico, empurra um segun- 16. ITA-SP
do pistão. O segundo pistão pressiona uma pastilha de freio Com uma prensa hidráulica, ergue-se um automóvel de mas-
contra um disco metálico preso à roda, fazendo com que ela sa 1,0 t, num local onde a aceleração da gravidade é de 10 m/s2.
diminua sua velocidade angular. Qual a intensidade da força necessária para manter o automóvel
erguido se o êmbolo maior tem área de 2,0 · 103 cm2, e o menor,
Óleo de 10 cm2?
Pastilha freio Pedal
de freio de freio F
d2 d1
Disco de freio
EMI-16-190
Módulo 112
26
Força de empuxo I
221
Exercícios de Aplicação
01. UFMG 03. Unemat-MT
Um corpo mergulhado num líquido sofre um empuxo de Um objeto de volume 26 cm3 encontra-se totalmente imer-
Física
baixo para cima igual: so em um líquido de densidade igual a 1 000 kg/m3. O valor do
a. ao peso do corpo. empuxo do líquido sobre o objeto será de:
b. ao dobro do peso do corpo. Dado: g = 9,8 m/s2
c. à metade do peso do corpo. a. 0,2548 N
d. a zero. b. 28,84 N
e. ao peso do líquido deslocado. c. 254,8 N
d. 2 884 N
Resolução
e. 2 900 N
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
26
04. 05. PUC-MG
221
Um cilindro sólido e homogêneo está totalmente imer- Uma bola plástica cheia de ar está presa no fundo de uma
so em água e dela recebe uma força de empuxo de 40 N. piscina. Essa bola se solta e sobe até a superfície. A bola se
Assinale, entre as alternativas, aquela que corresponde desloca em direção à superfície, porque:
à força de empuxo que esse mesmo cilindro recebe ao a. a água da piscina faz uma força sobre a bola denomi-
estar totalmente imerso no álcool, cuja densidade vale nada empuxo.
0,8 g/cm3. Dados: aceleração da gravidade = 10 m/s2 e densi- b. o empuxo da água será maior que o peso da bola en-
dade da água igual a 1 g/cm3 quanto ela estiver submersa.
Física
a. 30 N c. enquanto a bola estiver flutuando na superfície da
b. 32 N água, seu peso será maior que o empuxo.
c. 34 N d. a densidade da bola e a da água são iguais.
d. 36 N
e. 38 N
Na web
Vídeo sobre densidade e empuxo por meio de situações divertidas produzidas pelo site:
<http://177.71.183.29/acessa_fisica/index.php/acessafisica/Midias/Audiovisual/
Os-Curiosos-Densidade>. Acesso em: 13 jul. 2015.
127
Jogos sobre fluidos
Disponível em: <http://ambiente.educacao.ba.gov.br/fisicaecotidiano/conteudos/
view/fluidos/fluidos_view.html>. Acesso em: 21 jul. 2015.
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=LLZHjY5r-pY>.
EMI-16-190
Exercícios Propostos
26
cou o objeto no dinamômetro e a leitura foi de 20 N com o ob- 08. A pressão que uma força exerce sobre um objeto é direta-
jeto suspenso no ar, 10 N quando totalmente imerso na água e mente proporcional à área sobre a qual a força é aplicada.
13 N quando totalmente imerso no líquido de densidade des- 16. Quando um corpo é imerso em um líquido, uma for-
conhecida. Consultando seu livro de Física, anotou o valor da ça, na direção vertical, é exercida sobre o corpo, e o
densidade da água, que vale 1,0 g/cm3. Fez os cálculos e en- módulo dessa força é diretamente proporcional ao
controu para a densidade do líquido desconhecido o valor de volume do líquido deslocado.
Dado: g = 10 m/s2 Dê a soma dos números do itens corretos.
a. 1,3 g/cm3 d. 0,7 g/cm3
b. 0,9 g/cm 3
e. 0,6 g/cm3 11. UFPel-RS
c. 0,8 g/cm 3
Duas esferas de ferro de mesmo volume, uma maciça e
outra oca, estão mergulhadas completamente num líquido.
08. Urca-CE Baseado em seus conhecimentos sobre hidrostática, com re-
Conta-se que Heron, rei da cidade grega Siracusa no sé- lação à situação descrita, é correto afirmar que:
culo III a.C., mandou aos ourives da Corte certa quantidade de a. os empuxos sofridos pelas esferas serão diferentes, po-
ouro, para que ele lhe fizesse uma nova coroa. Quando rece- rém as pressões a que estarão submetidas serão iguais.
beu a encomenda pronta, o rei desconfiou que sua coroa não b. tanto os empuxos como as pressões a que ficarão
fora feita de ouro puro. Ele encarregou Arquimedes para con- submetidas serão iguais, mesmo para profundidades
ferir a composição de sua coroa. Arquimedes aferiu o peso da diferentes, já que possuem o mesmo volume.
coroa no ar, cujo valor obtido foi 7,84 N, e na água, cujo valor c. as duas esferas sofrerão o mesmo empuxo, e estará
obtido foi 6,84 N, e determinou o valor da densidade da coroa, submetida a uma maior pressão aquela que estiver
constatando que era diferente daquela da densidade do ouro. em uma profundidade maior.
O valor da densidade da coroa encontrado por Arquimedes foi: d. sofrerá o maior empuxo a esfera oca, e as pressões a
Observações: considere a aceleração da gravidade, que estarão submetidas serão iguais, visto que am-
g = 10 m/s 2, e a densidade da água, d = 1,00 · 10 3 kg/m 3. bas são de ferro.
a. 7,84 · 103 kg/m3 d. 1,00 · 103 kg/m3 e. sofrerá o maior empuxo a esfera maciça, e as pres-
EMI-16-190
b. 6,84 · 10 kg/m
3 3
e. 19,3 · 103 kg/m3 sões a que estarão submetidas dependerão das mas-
c. 2,00 · 103 kg/m3 sas específicas das esferas.
12. Unicamp-SP (adaptado) 15. Vunesp
26
Os balões desempenham papel importante em pesqui- As figuras 1 e 2 representam uma pessoa segurando uma
sas atmosféricas e sempre encantaram os espectadores. pedra de 12 kg e densidade 2 · 103 kg/m3, ambas em repou-
221
Bartolomeu de Gusmão, nascido em Santos, em 1685, é so em relação à água de um lago calmo, em duas situações
considerado o inventor do aeróstato, balão empregado como diferentes.
aeronave. Em temperatura ambiente, Tamb = 300 K, a densi-
dade do ar atmosférico vale ρamb = 1,26 kg/m3. Quando o ar
Puxa! Uma pedra Ufa! De repente
no interior de um balão é aquecido, sua densidade diminui, tão grande e tão leve! ficou pesada!
sendo que a pressão e o volume permanecem constantes.
Com isso, o balão é acelerado para cima à medida que seu
Física
peso fica menor que o empuxo. Assinale a alternativa que
representa o empuxo que atua num balão tripulado de volu-
me total V = 3,0 · 106 litros.
a. 3,78 ·100 N
b. 3,78 · 102 N
c. 3,78 · 104 N
Figura 1 Figura 2
d. 3,78 · 107 N
e. 3,78 · 1010 N
129
de módulo, no máximo, igual a três vezes o módulo do peso A figura representa um cilindro flutuando na superfície da
do brinquedo. Sabe-se que a relação entre a densidade do água, preso ao fundo do recipiente por um fio tenso e inex-
brinquedo e a densidade da água ρágua é ρ = 1 . tensível.
ρágua 3
Força de empuxo II
221
Exercícios de Aplicação
01. 02.
A figura mostra uma esfera de massa 5 kg e de massa A figura mostra um sistema em equilíbrio. Sabendo que
Física
específica 3 g/cm3, totalmente submersa num líquido de g = 10 m/s2, a intensidade da força F = 7,5 N, a massa da
massa específica 0,8 g/cm3. Um fio vertical sustenta a esfera barra igual a 5 kg, a massa do corpo igual a 10 kg e o volume
para que ela não toque o fundo do recipiente. Sendo nesse do corpo 4 · 10–3 m3, calcule a massa específica do líquido
local g = 10 m/s2, calcule a intensidade da força de tração contido no recipiente.
nesse fio.
F
1m 2m
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Resolução
MT = MP + MF
T · 1 = P · 0,5 + F · 2
T = 50 · 0,5 + 7,5 · 2 = 40 N
T + E + Pc
Resolução
40 + μlíq · g · Vs = mc · g
E + T = PE ⇒ T = mE · g – μlíq · g · vs
40 + μlíq · 4·10–3 · 10 = 10 · 10
5
T = 5 · 10 – 0,8 · 103 · · 10 4 · 10–2 · μlíq = 100 – 40
130
3·103
T = 50 – 40 ⇒ T = 36,67 N μlíq = 60 −2 = 15 · 102
3 4·10
μlíq = 1,5 · 103 kg/m3
EMI-16-190
03. Unicamp-SP
26
Uma boia de sinalização marítima muito simples pode ser construída unindo-se dois cilindros de mesmas dimensões e de
densidades diferentes, sendo um de densidade menor e outro de densidade maior que a da água, tal como esquematizado na
221
figura. Submergindo-se totalmente esta boia de sinalização na água, quais serão os pontos efetivos mais prováveis de aplicação
das forças peso e empuxo?
Densidade Densidade
menor maior
ABC
Física
a. Peso em B e Empuxo em B c. Peso em C e Empuxo em B
b. Peso em C e Empuxo em A d. Peso em B e Empuxo em C
Resolução
A força peso é aplicada no centro de massa do conjunto que está deslocado para o lado do cilindro que tem maior densidade
⇒ ponto C.
O empuxo é aplicado no centro geométrico da parte submersa do sólido. Já que a boia será totalmente submersa, o empuxo
Alternativa correta: C
Habilidade
Compreender as condições de flutuabilidade de corpos em fluidos.
131
Exercícios Extras
04. Vunesp 05. UFRJ
Duas esferas, A e B, maciças e de mesmo volume, são to- Um bloco de gelo em forma de paralelepípedo, com altura
talmente imersas num líquido e mantidas em repouso pelos h, flutua na água do mar. Sabendo que as bases do bloco per-
fios mostrados na figura. Quando os fios são cortados, a esfera manecem horizontais, que 15 cm de sua altura estão emer-
A desce até o fundo do recipiente, e a esfera B sobe até a su- sos e que as densidades do gelo e do líquido são respectiva-
perfície, onde passa a flutuar parcialmente imersa no líquido. mente 0,90 e 1,03, em relação à água, o valor de h é:
a. 62 cm
b. 85 cm
c. 119 cm
d. 133 cm
A B
Este módulo foi dedicado ao estudo das condições de flu- quando um submarino altera sua densidade na água.
tuabilidade de um corpo com o objetivo de mostrar a relação
Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/~Romero/
entre o empuxo ou densidade e o peso desse corpo.
objetosaprendizagem/Rived/12Hidrostatica/
animacao/anim.html>. Acesso em: 21 jul. 2015.
Na web
Objeto de aprendizagem do PHET para simular a flutuação
Física
em fluidos.
Gigantes da Engenharia – Submarinos (para o professor)
Disponível em: <http://www.labvirt.fe.usp.br/
simulacoes/fisica/sim_empuxo_blocoemola. Disponível em: <https://www.youtube.com/
htm>. Acesso em: 21 jul. 2015. watch?v=v7QJExReNSg>. Acesso em: 21 jul. 2015.
132
Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 5, 5.A., 5.B., 5.C. e 5.D. de 1 500 m3 e que sua massa (sem lastro) é de 1 300 ton (to-
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento neladas), o volume de água necessário para que o submarino
permaneça totalmente submerso e em equilíbrio é igual a:
06. UERN
Um corpo de massa 400 g, volume 60 cm3, encontra-se
totalmente imerso num aquário com água apoiado no fundo.
A
A força normal exercida pelo fundo do aquário sobre o corpo
é de:
Considere: g = 10 m/s2 e dágua = 1 g/cm3.
a. 2,4 N c. 4,6 N
b. 3,4 N d. 5,6 N
B
07. UFV-MG
Para poder emergir e submergir (afundar), um submarino
utiliza tanques de lastro. Esses tanques ficam vazios quando
o submarino está na superfície da água e se enchem de água
do mar, de modo a permitir sua submersão. As figuras A, B e C C
ilustram, respectivamente, situações em que um submarino
encontra-se na superfície, submergindo e totalmente sub-
merso. Sabendo que a água do mar tem densidade de apro- a. 300 m3 c. 500 m3
EMI-16-190
26
Em um experimento realizado para determinar a densi- A pessoa da figura retira da água, com auxílio de uma
dade da água de um lago, foram utilizados alguns materiais associação de polias (talha simples), uma carga de 50 kg
221
conforme ilustrado: um dinamômetro D com graduação de que ocupa um volume de 20 L. A densidade da água é de
0 N a 50 N e um cubo maciço e homogêneo de 10 cm de 1,0 · 103 kg ∕m3, a aceleração da gravidade local é de 10 m/s2,
aresta e 3 kg de massa. Inicialmente, foi conferida a cali- e a ascensão se dá com velocidade constante.
bração do dinamômetro, constatando-se a leitura de 30 N
quando o cubo era preso ao dinamômetro e suspenso no
ar. Ao mergulhar o cubo na água do lago, até que metade do
seu volume ficasse submersa, foi registrada a leitura de 24 N
Física
no dinamômetro.
133
do o resto “escondido” – faz referência a uma situação física. Jornal A Tarde, 21 out. 2007.
Assinale a alternativa cujos dados se relacionam corretamen-
te com essa situação. Um navio submarino pode viajar a profundidade constan-
a. O poder das pontas e a rigidez dielétrica te, subir ou descer, dependendo da quantidade de água que
b. Arquimedes e o teorema do empuxo armazena no seu interior. Referindo-se a um submarino que
c. Pascal e o princípio da prensa hidráulica viaja a uma profundidade constante, é correto afirmar:
d. Newton e o princípio da ação e reação a. A densidade do submarino é maior que a densidade
e. A lei de Stevin e a diferença de pressão da água do mar.
b. A densidade da água do mar é maior que a densidade
10. do submarino.
A figura mostra uma barra cilíndrica e homogênea apoiada c. A força de empuxo aplicada pela água do mar é maior
num suporte. O corpo, de massa 12 kg e volume 5 · 10–3 m3, que o peso do submarino.
preso por um fio num dos extremos da barra, encontra-se total- d. O peso do submarino é maior que a força de empuxo
mente imerso num líquido de massa específica 2 g/cm3. Sendo aplicada pela água do mar.
g = 10 m/s2, calcule a intensidade da força F para que o sistema e. A força de empuxo aplicada pela água do mar tem o
permaneça em equilíbrio. mesmo módulo do peso do submarino.
F 13. UFRN
1m 1m
Um balão de ar quente é constituído por um saco de te-
cido sintético, chamado envelope, o qual é capaz de conter ar
aquecido. Embaixo do envelope, há um cesto de vime, para
o transporte de passageiros, e uma fonte de calor, conforme
ilustra a figura. Para que o balão suba, aquece-se o ar no in-
terior do envelope e, com isso, inicia-se a flutuação do balão.
Essa flutuação ocorre porque, com o aquecimento do ar no
EMI-16-190
interior do envelope:
a. Determine a razão entre as densidades da água do
26
15. Unifor-CE
Para determinar a densidade de um óleo lubrificante, o
engenheiro realizou um experimento no canteiro de obra, utili-
Envelope zando um corpo de massa 100,0 g e volume 2,0 · 102 cm3, co-
Física
EMI-16-190
Módulo 114
26
Noções de hidrodinâmica
221
Exercícios de Aplicação
01. 03. PUC-RS
Um reservatório de água possui 5 m de altura e, na sua Para resolver a questão, leia o texto e selecione as pala-
Física
base inferior, encontra-se uma torneira. Desprezando-se as vras para preencher as lacunas.
forças resistivas, considerando g = 10 m/s2 e o reservatório Ao observar como a água escoa verticalmente e sem tur-
totalmente cheio de água, calcule a velocidade de saída da bulência de uma torneira parcialmente aberta, pode-se notar
água quando a torneira for aberta. que esse líquido assume a forma de um filete que se estreita
à medida que se afasta da torneira.
Resolução
Esse fenômeno ocorre porque a área da secção transver-
v = 2·g·h = 2·10·5 = 100 sal do filete de água deve diminuir quando a _________ do fluido
v = 10 m/s aumenta para que a _________ seja constante.
135
Habilidade
1 Reconhecer características e propriedades de fluidos em
movimento, identificando suas consequências.
04. UFR-RJ 14
221
Vazão (L/min)
módulo 2 · V. A primeira mangueira apresenta: 8
a. a metade da área transversal da segunda. 6
b. o dobro da área transversal da segunda.
4
c. um quarto da área transversal da segunda.
Física
Seu espaço
Sobre o módulo
A hidrodinâmica é uma parte da mecânica estudada no ensino superior por vários cursos e, neste módulo, ela é apresentada
por meio de noções básicas e conceitos fundamentais cobrados pelos vestibulares. Acreditamos que, dessa maneira, o aluno
terá, sinteticamente, algumas noções sobre a equação da continuidade, o teorema de Bernoulli e suas aplicações, bem como o
teorema de Torricelli.
Na web
136
Neste link, o professor tem acesso a um objeto de aprendizagem sobre fluidos, e em especial, fluido em movimento.
EMI-16-190
Exercícios Propostos
26
Da teoria, leia os tópicos 6, 6.A, 6.B e 6.C. Porta 2 Porta 1
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
20 m
06. Câmara
Um reservatório de água tem 80 cm de altura, em sua base 5m
inferior encontra-se uma torneira. Considerando g = 10 m/s2 e o re-
servatório totalmente cheio de água, calcule a velocidade de saída
Física
da água quando a torneira for aberta. Despreze as dissipações.
137
c. 11 minutos.
09. UFSM-RS d. 16 minutos.
Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de sec- e. 21 minutos.
ção reta de 100 cm2, passa água com uma vazão de 7 200 litros
por hora. A velocidade de escoamento da água nesse cano, em 12. UEL-PR
m/s, é: O voo de um avião depende do acoplamento de vários
a. 0,02 d. 20 fatores, dentre os quais se destaca o formato de suas asas,
b. 0,2 e. 200 responsáveis por sua sustentação no ar. O projeto das asas
c. 2 é concebido de tal maneira que, em um mesmo intervalo
de tempo, uma corrente de ar passando acima da asa tem
10. de percorrer um caminho maior que uma corrente de ar que
Num conduto de vazão constante, a velocidade de escoa- passa abaixo dela. Desde que a velocidade do avião seja
mento de um líquido é inversamente proporcional à área de adequada, isso permite que ele se mantenha no ar. Assinale
sua secção transversal. a alternativa que identifica corretamente a razão para que
Esse é o enunciado isso aconteça.
a. do teorema de Bernoulli. a. A velocidade do ar acima da asa é maior do que abaixo
b. do teorema de Torricelli. da asa, ocasionando uma pressão maior acima da asa.
c. da equação da continuidade. b. A velocidade do ar acima da asa é menor do que abaixo
d. do teorema de Venturi. da asa, ocasionando uma pressão menor acima da asa.
e. do teorema de Pascal. c. A velocidade do ar acima da asa é maior do que abai-
xo da asa, ocasionando uma pressão maior abaixo
11. Enem da asa.
Eclusa é um canal que, construído em águas de um rio d. A densidade do ar acima da asa é menor do que abaixo
com grande desnível, possibilita a navegabilidade, subida ou da asa, ocasionando uma pressão menor abaixo da asa.
descida de embarcações. No esquema, está representada a e. A densidade do ar acima da asa é maior do que abai-
EMI-16-190
descida de uma embarcação, pela eclusa do porto Primavera, xo da asa, ocasionando uma pressão maior abaixo
do nível mais alto do rio Paraná até o nível da jusante. da asa.
13. ITA-SP 15. Cesgranrio-RJ
26
Durante uma tempestade, Maria fecha as janelas do seu Um tanque cilíndrico possui área de base 1 m2 e altura 2 m
apartamento e ouve o zumbido do vento lá fora. Subitamente e encontra-se inicialmente vazio. Uma torneira é ligada na parte
221
o vidro de uma janela se quebra. Considerando que o vento superior desse tanque com o intuito de enchê-lo de água. Saben-
tenha soprado tangencialmente à janela, o acidente pode ser do que a velocidade de saída da água da torneira é de 0,8 m/s e
mais explicado pelo(a): sua área de secção transversal é de 2 cm2, calcule o intervalo de
a. princípio de conservação da massa. tempo gasto para encher completamente esse tanque.
b. equação de Bernoulli.
c. princípio de Arquimedes. 16. Unicamp-SP
d. princípio de Pascal.
Física
EMI-16-190
221
AT 222
Capítulo 20..............140
Módulo 55 ............154
M
Módulo 56 ............157
a
Módulo 57 ........... 160
sic
Fí
UÍ
Q
O
BI
O
LP
IS
H
FI GEO
L
S
C
SO
FÍ
S
RE
1. Introdução 142
2. Breve histórico dos
modelos cosmológicos 142
3. Medidas astronômicas 143
4. Estrelas 144
5. Sistema Solar 145
6. Galáxias 150
7. Nascimento, vida e morte das estrelas 150
8. Leis de Kepler 151
9. Organizador gráfico 153
Módulo 55 – Noções de astronomia I 154
Módulo 56 – Noções de astronomia II 157
Módulo 57 – Leis de Kepler 160
A astronomia é uma das ciências mais antigas de que se tem conhecimento. Todos os fenômenos que
ocorrem no céu como, por exemplo, as fases da Lua, os eclipses e os cometas sempre intrigaram o ser
humano. O fascínio por essa ciência é muito grande desde os primórdios dos tempos. Para os povos da
Antiguidade, a preocupação era entender os fenômenos observados a olho nu e relacioná-los diretamen-
te com seu dia a dia. Atualmente, a preocupação é construir equipamentos para investigar a composição
dos planetas do Sistema Solar e observar a presença de condições que possam abrigar vida em outros
sistemas. Essa busca que para muitos parece inútil favorece grandemente o desenvolvimento de novas
tecnologias, que são, na maioria das vezes, utilizadas para fins militares, porém, com o passar do tempo,
são absorvidas pelas indústrias de consumo e transformam-se em produtos utéis para o uso cotidiano.
1. Introdução Coube aos povos da Mesopotâmia, cerca de
20
A maioria dos povos de que se tem notícia fez observações 4 000 a.C., estabelecer que o dia dura 12 horas e a noite
astronômicas sistemáticas e muitos deles deixaram registros. dura 12 horas. Cada hora foi dividida em 60 minutos e cada
222
Os chineses, os mesopotâmicos e os gregos, por exemplo, regis- minuto foi dividido em 60 segundos. Foram também os
traram fenômenos observados no céu há pelo menos 4 000 a.C. povos da Mesopotâmia que notaram a presença de astros
Eles sabiam prever eclipses por meio de observatórios rudimen- errantes no céu, ou seja, corpos celestes que mudavam de
tares feitos com rochas e diferenciar as estrelas dos planetas, por posição com o decorrer do tempo em relação aos astros fi-
causa da mudança de posição dos planetas em relação a elas. xos (estrelas). Hoje sabemos que esses astros errantes são
Com o desenvolvimento da agricultura, os filósofos anti- os planetas. Naquela época eram conhecidos cinco astros
gos necessitaram desenvolver calendários para o cultivo e a errantes (os que eram visíveis a olho nu: Mercúrio, Vênus,
Física
colheita dos alimentos. Isso os levou a perceber a duração do Marte, Júpiter e Saturno) e, obviamente, a Lua e o Sol. Esses
ano e de suas quatro estações. Com isso, podiam prever épo- astros errantes eram considerados deuses. Criaram, então,
cas de chuvas, fazendo adequadamente os calendários para a semana de sete dias, em que cada dia era dedicado a um
o plantio e a colheita dos alimentos. deus, conforme a tabela a seguir.
Mercúrio
Vênus
Lua
Sol
Terra Marte
Júpiter
Essa imagem, uma composição de fotos espaçadas
de 5 a 7 dias – do final de outubro de 2011 (na parte
superior direita) até o começo de julho de 2012 (na parte
Saturno inferior esquerda), traça o movimento retrógrado do
avermelhado planeta Marte no céu noturno da Terra.
elas as responsáveis pelos movimentos de todo o sistema. Após as culares em torno de pontos centrais, os quais circundavam a
estrelas fixas, não haveria movimento, nem espaço, nem tempo. Terra em órbitas chamadas de deferentes.
20
Esfera das estrelas
Marte
222
Saturno Lua
Vênus Terra
Epiciclo Saturno
de Júpiter Mercúrio
Deferente
de Marte Sol
Marte
Sol
Física
Júpiter
Vênus Júpiter
Mercúrio
Modelo heliocêntrico de Copérnico. Note que a Lua gira em
Terra torno da Terra, o que facilita a explicação dos eclipses.
Lua
143
Essa ilustração mostra com mais detalhe as contribuições de Ptolomeu.
Veja que a Terra fica um pouco deslocada do centro da deferente. É importante notar que, até esse momento, a Igreja
Católica não se opunha ao heliocentrismo. Isso começou a
Com essas modificações, o problema do movimento re- ocorrer quando alguns adeptos desse modelo, como Gior-
trógrado dos planetas estava resolvido; originavam-se, po- dano Bruno (1548-1600), usaram essa teoria para criticar
rém, cálculos muito complicados, restringindo esse modelo a filosofia escolástica da Igreja. Segundo Bruno, o Universo
a poucos estudiosos. seria infinito e composto de muitos sóis; assim, cada estre-
la que vemos no céu representa um sol que poderia conter
B. O sistema de Copérnico um sistema de planetas, os quais poderiam abrigar vidas,
Ao estudar o Almagesto, Nicolau Copérnico interessou- como acontece com o nosso planeta. A partir daí, os adeptos
-se pelos modelos cosmológicos e seus estudos o levaram a do heliocentrismo sofreram muita perseguição por parte da
conhecer os trabalhos de Aristarco de Samos (310-230 a.C.). Inquisição e, em 1600, Bruno foi condenado à morte e aca-
Ele defendia a ideia de que o Sol seria muito maior que a Terra bou sendo queimado vivo. Em 1663, Galileu foi condenado
e a Lua e, portanto, deveria ficar no centro do Universo, o que à prisão domiciliar até o fim de sua vida.
o ajudava a explicar também os eclipses. Para explicar o dia e
a noite, Copérnico dizia que a Terra girava uma vez por dia em
torno de seu próprio eixo.
Com seus estudos, Copérnico propôs um modelo helio- 3. Medidas astronômicas
cêntrico (Hélios significa Sol em grego), em que o Sol estaria Estamos acostumados a medir distâncias entre dois pon-
imóvel no centro e todos os outros planetas, incluindo a Terra, tos aqui na Terra. Essas distâncias variam de milímetros até
girariam em órbitas circulares em torno dele. Copérnico costu- quilômetros. Para os astros, essas unidades de medida são
mava argumentar: “No meio de tudo reside o Sol. Quem na ver- inviáveis, pois a distância entre duas galáxias pode ser tão
dade, neste belíssimo tempo, colocaria a tocha em qualquer grande que a luz, com velocidade de 300 000 km/s, leva bi-
EMI-16-19
outro lugar ou em lugar melhor do que naquele onde possa lhões de anos para percorrê-la. Para isso, criaram-se na astro-
iluminar o todo ao mesmo tempo?” nomia algumas unidades de medida mais adequadas.
A. Unidade astronômica (UA) 4. Estrelas
20
A distância média da Terra ao Sol é de 149,6 · 106 km. Com o passar de milhões ou bilhões de anos, a matéria
Essa distância passou a ser denominada unidade astronô- presente em uma dada região do espaço começa a juntar-se
222
mica, assim a distância média da Terra ao Sol é de 1 UA. O sob a ação da atração gravitacional, fazendo que os gases,
planeta Marte, por exemplo, dista do Sol 227,9 · 106 km, que principalmente o hidrogênio, concentrem-se, formando um
corresponde à distância de 1,523 UA. corpo. Se a massa desse corpo for aproximadamente 81 ve-
zes a massa de Júpiter, ele se tornará uma estrela. Júpiter é
1 UA ≈ 1,5 · 108 km ou 1 UA ≈ 1,5 · 1011 m um planeta gasoso e só não se tornou uma estrela porque não
tem massa suficiente para isso.
No momento em que a quantidade de gases é suficiente
Física
e–
01. 2
1 H
A galáxia de Andrômeda dista 2,5 milhões de anos-luz 3
2 He
da Terra. Expresse essa distância em quilômetros. Se, em ve 1
1 H
uma situação hipotética, uma nave espacial realizasse 1
1 H
essa viagem com a velocidade da luz, quantos anos demo-
1
1 H
γ 4
2 He
raria a viagem de ida e volta? 1
H
1
1
1 H 1
H
Resolução ve
1
20
massa é uma das equações mais famosas da Física. planetas-anões e cometas.
Os planetas são agrupados em duas categorias, de acordo
222
E = ∆m · c2 com a diferença de tamanho, massa e composição. Os plane-
tas internos ou telúricos (semelhantes à Terra) são os quatro
Em que: planetas interiores do Sistema Solar — Mercúrio, Vênus, Terra
• E é a energia obtida na reação nuclear; e Marte; os planetas externos ou jovianos (semelhantes a Jú-
• ∆m é a diferença entre as massas antes e após a rea- piter) são os “gigantes gasosos”, que se encontram depois de
ção nuclear; Marte — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
• c é a velocidade da luz no vácuo (3 · 108 m/s).
Física
NASA
No capítulo 20 do setor 221, essa fórmula será mais bem
explorada.
A. O Sol
A vida na Terra está ligada ao Sol. Sem a energia emi-
tida por essa estrela, não haveria vida vegetal nem animal
no nosso planeta. Além de o Sol ser a nossa principal fonte
145
ISTOCK / GETTY IMAGES
planetas (oficialmente, pois, desde agosto de 2006, Plutão Vênus dista do Sol, em média, 108 208 930 km; é o se-
gundo planeta mais afastado do Sol e o sexto em tamanho.
Esse planeta rochoso apresenta atmosfera, cuja pressão na • Número de luas → 1
20
NASA
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
NASA / JPL
Lua
Vênus
A Terra tem um satélite natural: a Lua, da qual dista
Dados de Vênus 384 400 km. O raio equatorial da Lua é 1 737,4 km. Esse saté-
• Massa → 4,87 · 1024 kg lite natural gira ao redor da Terra com período de translação de
• Densidade → 5,24 g/cm3 27 dias, 7 horas e 43 minutos; seu período de rotação é igual
• Aceleração da gravidade → 8,87 m/s2 ao de translação. A aceleração da gravidade na superfície da
• Raio → 6 051,8 km Lua é de 1,6 m/s2.
• Período de rotação → 243,02 dias terrestres
• Período de translação → 224,7 dias terrestres D. Marte
• Número de luas → 0 Marte dista do Sol, em média, 227 936 640 km; é o quarto
• Temperatura média → 462 °C planeta mais afastado do Sol e o sétimo em tamanho. Esse
planeta rochoso apresenta atmosfera muito rarefeita e sua
C. Terra pressão na superfície é 0,01 atm.
Foi visitado por muitas sondas americanas.
IMAGE SCIENCE AND ANALYSIS LABORATORY / NASA / JOHNSON SPACE CENTER
146
NASA
Terra
Marte
A Terra dista do Sol, em média, 149 597 890 km; é o tercei-
ro planeta mais afastado do Sol e o quinto em tamanho. Esse Dados de Marte:
planeta apresenta atmosfera, cuja pressão na superfície é de • Massa → 6,42 · 1023 kg
1 atm. • Densidade → 3,93 g/cm3
Dados da Terra • Aceleração da gravidade → 3,71 m/s2
• Massa → 5,97 · 1024 kg • Raio → 3 389,5 km
• Densidade → 5,513 g/cm3 • Período de rotação → 1,03 dia terrestre
• Aceleração da gravidade → 9,80665 m/s2 • Período de translação → 687 dias terrestres
• Raio equatorial → 6 371,00 km • Número de luas → 2
EMI-16-19
20
Entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter, existe uma
faixa muito espessa de asteroides contendo corpos minúscu-
222
los e também corpos grandes, com diâmetro de até 1 000 km.
Física
Saturno
Dados de Saturno
• Massa → 5,68 · 1026 kg
• Densidade → 0,69 g/cm3
ISTOCK / GETTY IMAGES
NASA / JPL
147
NASA / JPL / SPACE SCIENCE INSTITUTE
Urano
Dados de Urano
• Massa → 8,68 · 1025 kg
• Densidade → 1,27 g/cm3
• Aceleração da gravidade → 8,87 m/s2
Júpiter • Raio → 25 362 km
• Período de rotação → 17,24 horas
Dados de Júpiter • Período de translação → 84,02 anos terrestres
• Massa → 1,90 · 1027 kg • Número de luas → 2 790
• Densidade → 1,33 g/cm3 • Temperatura média → –216 °C
• Aceleração da gravidade → 24,79 m/s2
• Raio → 69 911 km I. Netuno
• Período de rotação → 9,925 horas Netuno dista do Sol, em média, 4 498 252 900 km; é o
• Período de translação → 11,8565 anos terrestres oitavo planeta mais afastado do Sol e o quarto em tamanho.
• Número de luas → 63 Netuno é outro planeta gasoso que foi descoberto graças a
• Temperatura média → – 148 °C previsões matemáticas. Por ser menor que Urano e estar mais
afastado, não era possível detectá-lo com os telescópios da
G. Saturno época, porém, com as observações sistemáticas feitas sobre
Saturno dista do Sol, em média, 1 426 725 400 km; é o Urano, perceberam-se irregularidades em sua órbita. Então,
sexto planeta mais afastado do Sol e o segundo em tamanho. com cálculos refinados descobriu-se que deveria existir outro
EMI-16-19
Saturno é um planeta gasoso e apresenta um complexo sis- planeta além de Urano, fato que posteriormente foi comprova-
tema de anéis, facilmente visível com pequenos telescópios. do em observações feitas com telescópios mais avançados.
Atualmente são conhecidos cinco planetas-anões:
20
Diâmetro
Massa Distância Período
222
equatorial
Nome aproximada do Sol orbital
aproximado
(kg) (UA) (anos)
(km)
Ceres 975 0,96 · 1021 2,77 4,6
Plutão 2 306 13,1 · 1021 39,48 248,1
Haumea 1 500 4,2 · 10 21
43,34 285,4
Física
Entre 1 600
Makemake 3,0 · 1021 45,79 309,9
e 2 000
NASA / JPL
Netuno
Dados de Netuno
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
No caso de Plutão, seu maior satélite, Caronte, é excessi- tacional. O próximo passo agora seria encontrar
vamente grande comparado a ele. Isso faz com que o centro o tal Nono Planeta. Com seus cálculos ainda não
de massa do sistema esteja fora de Plutão e, assim, Caronte é possível localizar a sua posição, mas é possível
não orbita exatamente Plutão, mas ambos formam um siste- encontrá-lo em sua órbita; o problema é que ela
ma que orbita seu centro de massa (CM). é muito excêntrica. Se o planeta estiver no pe-
riélio, é provável que já tenha sido fotografado
por algum telescópio, mas, se ele estiver no afé-
lio, será necessária uma minuciosa busca com os
maiores telescópios do mundo.
Disponível em: <http://www.caltech.edu/news/caltech-researchers-
find-evidence-real-ninth-planet-49523>. Acesso em: 1 abr. 2016.
CALTECH/R. HURT (IPAC)
NASA
Dados de Plutão
• Massa → 1,3 . 1022 kg
• Densidade → 2,0 g/cm3
• Aceleração da gravidade → 0,81 m/s2
• Raio → 1 151 km
• Período de rotação → 6,39 dias terrestres
• Período de translação → 247,92 anos terrestres Ilustração dos seis objetos conhecidos mais distantes do Sistema
EMI-16-19
20
ser refutada. A publicação original desse trabalho pode ser “estrelas cadentes”.
encontrada em inglês no link:
222
ISTOCK / GETTY IMAGES
Disponível em: <http://iopscience.iop.org/
article/10.3847/0004-6256/151/2/22>.
Acesso em: 25 jan. 2016.
Física
Disponível em: <http://www.caltech.edu/news/
caltech-researchers-find-evidence-real-ninth-
planet-49523>. Acesso em: 24 fev. 2016.
149
te para não se desintegrar totalmente, ele cairá no solo e pas-
sará a chamar-se meteorito; assim, as rochas provenientes
do espaço que são encontradas na Terra são meteoritos.
Meteorito
Cometa
Em Meteorologia (ciência que estuda a atmosfera e os
L. Meteoroides, meteoros e meteoritos fenômenos atmosféricos), o termo meteoro é mais amplo e é
Viajando pelo espaço, observa-se um número muito aplicado a qualquer fenômeno óptico ou acústico que se pro-
grande de rochas, desde minúsculos fragmentos até grandes duz na atmosfera terrestre, como o vento, a chuva, o arco-íris,
rochas. Esses asteroides pequenos são chamados de meteo- os raios etc.
roides e, média, são menores que 10 m de diâmetro. Observação
Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra, ele Os dados referentes ao Sistema Solar foram obtidos no site
passa a sofrer o atrito com o ar por causa da sua grande ve- da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, dos
EMI-16-19
locidade, e esse atrito o faz “queimar-se” emitindo um rastro EUA, na sigla em inglês). Disponível em: <https://www.nasa.
luminoso e, na maioria das vezes, desintegra-se no céu. Esse gov/topics/solarsystem/index.html>. Acesso em: 25 jan. 2016.
ções de fusão nuclear. Nesse momento, nasce uma estrela.
20
atravessar toda a Via Láctea. O Sol está a cerca de 30 000 anos-luz estrela azulada e esbranquiçada envolta por uma casca
do centro da Via Láctea. de gás mais frio, formando uma nebulosa planetária.
Essa pequena estrela terá massa semelhante à do Sol,
mas tamanho comparável ao da Terra, portanto será ex-
tremamente densa (1 centímetro cúbico de seu interior
terá massa em torno de 100 toneladas). Essa estrela
pequena e densa é chamada de anã-branca, e será o
NASA/ JPL/ CALTECH
mais estrelas e é muito mais brilhante que a nossa galáxia. núcleo que ela passará a transformar o carbono em
oxigênio, expandindo-se novamente até consumir seu
estoque de carbono. A estrela ficará nessa sequência
de expansão e contração, originando elementos cada
PAULINE BARMBY (HARVARD-
SMITHSONIAN CFA) ET AL.,
suficiente para produzir elevadas temperaturas e pressões nal. Em razão dessa contração, o campo gravitacional
no interior dessa porção de massa gasosa, iniciam-se as rea- nas proximidades desse corpo se torna elevadíssimo,
a ponto de a própria luz não conseguir escapar de sua
20
gravidade. Além disso, toda luz que passar nas suas
proximidades será atraída. Ocorre, então, um buraco Elipse
222
negro, que é o final das estrelas de grande massa. A elipse apresenta dois focos, F1 e F2, e a soma das dis-
tâncias a um ponto qualquer, d1 e d2, é sempre constante.
Assim, é fácil construir uma elipse usando um barban-
APRENDER SEMPRE 26 te. Em uma pequena placa de madeira, fixe dois pregos,
que corresponderão aos focos.
01. Corte um pedaço de barbante maior que a distância en-
Qual é a diferença entre galáxia e estrela? tre esses pregos (focos) e amarre neles as extremidades
Física
do barbante.
Resolução Com um lápis, estique o barbante e trace a elipse.
Estrela é um astro que emite luz proveniente de rea-
ções nucleares que ocorrem em seu interior. Galáxia é um
aglomerado de milhões ou bilhões de estrelas.
02.
É possível ver um buraco negro? Explique.
03.
Se não é possível ver um buraco negro, como é conhe- Assim, podemos entender de maneira simplificada que
cida a existência dele? elipse é uma “circunferência achatada”. A metade da dis-
tância entre a maior extremidade é o semieixo maior (a),
Resolução a metade da distância entre a menor extremidade é o se-
Os astrofísicos notam que certas estrelas executam mieixo menor (b) e a distância entre o centro da elipse e o
órbitas em torno de um centro que não é visível. Para a foco é a distância focal da elipse (c).
estrela executar essa órbita, é necessário que exista uma
força de atração gravitacional dirigida para o centro. Assim, B2
deve existir ali um corpo invisível causando essa atração.
151
Esse corpo seria o buraco negro. Distância
focal b Semieixo
c menor
A1 A2
8. Leis de Kepler F1 F2
Na Idade Moderna (1453-1789), um astrônomo dinamar- a
quês, Tycho Brahe (1546-1601), estudou detalhadamente Semieixo
em seu observatório a variação da posição dos astros no céu. maior
B1
Essas anotações foram usadas pelo seu assistente, Johannes
Kepler (1571-1630), para formular suas três leis do movi-
mento planetário em torno do Sol. Excentricidade
Nos desenhos das órbitas dos planetas que você en-
A. Primeira lei de Kepler contrará neste capítulo, a elipse é didaticamente muito
“achatada”, para evidenciar a primeira lei de Kepler; na rea-
Todo planeta gira ao redor do Sol em órbita elíptica. lidade, porém, o “achatamento” da maioria das órbitas é tão
Nela, o Sol ocupa um de seus focos. pequeno que seria imperceptível em um desenho. A esse
“achatamento” dá-se o nome de excentricidade.
Ele pode ser calculado pela razão entre a distância fo-
cal e o semieixo maior.
Sol e= c
a
Planeta
Quanto maior a excentricidade, mais “achatada” será a
O movimento circular é um caso particular do formato elipse, consequentemente, quanto menor a excentricida-
EMI-16-19
elíptico, em que os focos são coincidentes e estão localiza- de, menos “achatada” ela será.
dos no centro da circunferência.
A excentricidade pode assumir valores entre 0 e 1; com
20
v aumenta
excentricidade 0, a elipse degenera-se em uma circun- A
ferência e, com excentricidade 1, ela se degenera em um
D
222
segmento de reta. Veja que, com excentricidade 0,1, não se Sol vmín.
consegue perceber visualmente a diferença de uma elipse Periélio A1 A2 Afélio
e uma circunferência. Ao aumentar a excentricidade, ela irá
se "esticar", tendendo a uma reta, como no exemplo da ex- vmáx.
Planeta C
centricidade igual a 0,9. B
a v diminui
c
Física
a
c
F F’ d1 d2
e = 0,9
Urano 0,047
A constante k depende da massa do Sol e do planeta.
Netuno 0,012 Como a massa do Sol é muito maior que a massa dos plane-
tas do Sistema Solar, podemos dizer que a constante depen-
de basicamente da massa do Sol e será a mesma para todos
B. Segunda lei de Kepler os planetas do Sistema Solar.
Observação
O segmento que liga o planeta ao Sol varre áreas iguais Essa fórmula também é válida para outros sistemas pla-
em intervalos de tempos iguais. netários e também para planetas e seus satélites, porém com
outros valores para a constante.
Sol
∆t1 A1 A2 ∆t2
Cuidado: o senso comum diz que as estações do ano
estão relacionadas à órbita elíptica da Terra, ou seja, quando
a Terra está próxima do Sol (periélio) ocorre o verão e, quan-
Planeta do ela está mais afastada (afélio), ocorre o inverno. Essa
explicação está totalmente errada, pois, na realidade, as
estações do ano estão relacionadas à inclinação do eixo da
A1 A
= 2 Terra em relação ao seu plano de translação ao redor do Sol.
∆t1 ∆t2 Para saber mais, acesse:
20
A. Cosmologia
222
ISTOCK / GETTY IMAGES
Física
Cosmologia
Modelos cosmológicos
Saturno Lua
Mercúrio Vênus Terra
Vênus
Lua
Mercúrio
Sol Marte
Terra
Sol
Jupiter
Saturno
Aristarco de Samos
Júpiter
Nicolau Copérnico
Giordano Bruno
Galileu Galilei
Geocêntrico Heliocêntrico
Geocêntrico
Sistema Solar
Aristóteles
Planetas Planetas Planetas
Cláudio Ptolomeu Asteroides
internos externos anões
153
EMI-16-19
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 55
20
Noções de astronomia I
222
Exercícios de Aplicação
01. 03.
A Grande Nuvem de Magalhães é a galáxia mais próxima A Via Láctea tem a forma de um disco cujo diâmetro é
Física
02.
Expresse a distância da Terra à Grande Nuvem de Maga-
lhães em unidades astronômicas.
Resolução
Cada UA equivale a aproximadamente 1,5 · 108 km; assim:
1,5 ⋅ 1018
d≈
1,5 ⋅ 108
d ≈ 1,0 ⋅ 1010 UA
EMI-16-19
Exercícios Extras
20
04. UEL-PR contrariado séculos depois, principalmente
222
Nas origens do estudo sobre o movimento, pelos estudos realizados por Galileu, Kepler e
o filósofo grego Aristóteles (384/383-322 a.C.) Newton.
dizia que tudo o que havia no mundo pertencia
ao seu lugar natural. De acordo com esse mo- Com base no texto e nos conhecimentos sobre cosmogo-
delo, a Terra apresenta-se em seu lugar natural nia, é correto afirmar que a concepção aristotélica apresenta
abaixo da água, a água abaixo do ar, e o ar, por um universo:
sua vez, abaixo do fogo, e acima de tudo um a. acêntrico.
Física
local perfeito constituído pelo manto de estre- b. finito.
las, pela Lua, pelo Sol e pelos demais planetas. c. infinito.
Dessa forma, o modelo aristotélico explicava o d. heliocêntrico.
motivo pelo qual a chama da vela tenta esca- e. policêntrico.
par do pavio, para cima, a areia cai de nossas
mãos ao chão, e o rio corre para o mar, que se 05.
encontra acima da terra. A mecânica aristoté- O modelo de Aristóteles, embora muito preciso na época,
lica também defendia que um corpo de maior não podia explicar algumas observações. Cite uma observa-
Seu espaço
Sobre o módulo Para mostrar o movimento retrógrado dos planetas, use
Neste primeiro tópico de noções de astronomia, é im- esta simulação:
portante mostrar aos alunos os dois principais modelos pla-
Disponível em: <http://gruposputnik.com/
netários, fazendo uma paralelo e contextualizando-os histo-
Paginas_com_Flash/Retrograde%20Motion.
ricamente. Evidencie para eles que a questão central dessa htm>. Acesso em: 24 fev. 2016.
discussão é o referencial, que ficou mais bem entendido após
os trabalhos de Galileu sobre relatividade do movimento. Simulador de excentricidade
Se possível, usar esta simulação, que mostra o efeito da
Disponível em: <http://gruposputnik.com/Paginas_
troca de referenciais.
com_Flash/Planetary%20Orbit%20Simulator%20
155
Disponível em: <http://gruposputnik.com/ %28NAAP%29.htm>. Acesso em: 24 fev. 2016.
Paginas_com_Flash/Epicycles%20Demo.
htm>. Acesso em: 24 fev. 2016. Disponível em: <http://gruposputnik.
com/Paginas_com_Flash/Eccentricity%20
Demonstrator.htm>. Acesso em: 24 fev. 2016.
Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 1, 2, 2.A, 2.B, 3, 3.A e 3.B. cientistas. Ela é de difícil observação, devido à quantidade
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento de partículas existentes ao seu redor. Essa estrela tem mas-
sa 200 vezes maior que a do Sol e seu brilho pode chegar a
40 milhões de vezes o brilho do Sol. Sua distância até a Terra
06. é de aproximadamente 45 mil anos-luz. Expresse a distân-
Diferencie a teoria geocêntrica da heliocêntrica. cia em metros dessa estrela até a Terra.
07. 08.
EMI-16-19
Em 2004, astrônomos da Universidade da Flórida des- Com relação ao exercício anterior, calcule a distância da
cobriram a estrela LBV 1806-20, a maior já observada pelos estrela até a Terra em unidades astronômicas.
09.
20
Os povos da Mesopotâmia, cerca de 4 000 a.C., estabeleceram que o dia dura 12 horas e a noite dura 12 horas. Cada hora
foi dividida em 60 minutos e cada minuto foi dividido em 60 segundos. Foram também os povos da Mesopotâmia que notaram
222
a presença de astros errantes no céu, ou seja, astros que mudavam de posição com o decorrer do tempo em relação aos astros
fixos (estrelas). Hoje sabemos que esses astros errantes são os planetas. Naquela época eram conhecidos apenas cinco astros
errantes (os que eram visíveis a olho nu): Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno e, obviamente, a Lua e o Sol. Esses astros
errantes eram considerados deuses. Foi, então, que criaram a semana de sete dias, em que cada dia era dedicado a um deus,
conforme a tabela a seguir.
10. 14.
Explique o que é ano-luz e expresse essa medida em km. Qual a distância da Terra ao Sol em UA? Justifique.
11. 15.
O que é unidade astronômica? Expresse 1 ano-luz nessa A estrela visível a olho nu mais próxima da terra, exceto o
unidade. Sol, é a Alfa, que se localiza na constelação de Centauro. Essa
estrela dista da Terra 4,3 anos-luz. Se for enviada uma sonda
12. para aquela estrela com velocidade escalar média de 10% da
A luz do Sol demora 8 minutos e 18 segundos para chegar velocidade da luz no vácuo e considerando que sua trajetó-
à Terra, qual seria, então, a distância entre o Sol e a Terra em ria seja retilínea, qual seria a duração dessa viagem em anos
156
minutos-luz? terrestres?
a. 8,30 minutos-luz d. 8,14 minutos-luz
b. 8,28 minutos-luz e. 8,12 minutos-luz 16.
c. 8,18 minutos-luz Outra unidade de medida para grandes distâncias usa-
das na astronomia é o parsec, cujo símbolo é (pc). Faça uma
13. PUCCamp-SP pesquisa, descubra seu valor e calcule a distância em pc da
Andrômeda é uma galáxia distante 2,3 · 106 anos-luz da estrela LBV 1 806-20 até a Terra.
Via Láctea, a nossa galáxia. A luz proveniente de Andrômeda, Dado
viajando à velocidade de 3,0 · 105 km/s, percorre a distância A distância da estrela LBV 1 806-20 até a Terra é 45 mil
aproximada até a Terra, em km, igual a: anos-luz.
a. 4 · 1015 d. 7 · 1021
b. 6 · 1017
e. 9 · 1023
c. 2 · 1019
EMI-16-19
Módulo 56
20
Noções de astronomia II
222
Exercícios de Aplicação
01. UFPE (adaptado) 03.
Em relação ao Universo, assinale V (verdadeira) ou F (fal- Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Inter-
Física
sa) nas afirmações a seguir. nacional classificou Plutão como planeta-anão. Isso acon-
( ) Entre todas as galáxias, a Via Láctea é a que mais nos teceu porque:
interessa, pois nela está situado o Sistema Solar. a. seu raio é menor que o de todos os outros planetas.
( ) O planeta mais afastado do Sol é Plutão. b. ele não é gravitacionalmente dominante em sua órbita.
( ) Gravitando entre as órbitas de Marte e Júpiter encon- c. sua densidade é menor que a de todos os outros pla-
tram-se os pequenos astros denominados asteroides. netas.
( ) Os únicos planetas que não apresentam luas são d. sua órbita é irregular.
Mercúrio e Vênus. e. não apresenta lua.
02.
Sabe-se que o Sol transforma, a cada segundo, 600 mi-
157
lhões de toneladas de hidrogênio em 596 milhões de tone-
ladas de hélio. Essa diferença de massa (4 milhões de tone-
ladas) é convertida em energia. Calcule a energia em joules
liberada pelo Sol a cada segundo.
Dado: c = 3 · 108 m/s
Resolução
E = ∆m · c2
E = 4 · 109 · (3 · 108)2
E = 3,6 · 1026 J
EMI-16-19
Exercícios Extras
20
Ao olhar para o céu noturno, não é raro vermos estrelas Sobre o Sistema Solar e as teorias a ele relacionadas, dê a
cadentes. Esse fenômeno é causado por corpos celestes que soma dos números dos itens corretos.
entram na atmosfera terrestre e se desintegram, devido à alta 01. A teoria de um Sistema Solar geocêntrico foi proposta
temperatura que resulta do atrito desses corpos com o ar. Ao pelo astrônomo grego Ptolomeu e, mais tarde, con-
entrar na atmosfera, esses astros são denominados: testada por Nicolau Copérnico.
a. cometas. 02. A teoria heliocêntrica foi defendida por Galileu Galilei,
b. meteoroides. que aceitou as ideias propostas por Nicolau Copérnico.
Física
Seu espaço
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Sobre o módulo
Esta aula é muito teórica, por isso, para não ficar cansativa para os alunos, forme grupos e peça-lhes que leiam a teoria na
própria sala e respondam aos exercícios de aplicação. Vá tirando as dúvidas dos alunos grupo a grupo.
Outra opção é exibir o vídeo: O universo – a formação do Sistema Solar e pedir-lhes que complementem os ensinamentos
em casa, lendo a teoria e fazendo os exercícios.
EMI-16-19
Exercícios Propostos
20
Da teoria, leia os tópicos de 4 a 8. 13.
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento A galáxia de Andrômeda, possui formato espiral e está lo-
calizada a cerca de 2,54 milhões de anos-luz de distância da
Terra. Seu raio é de, aproximadamente, 110 mil anos-luz e é a
06. galáxia espiral mais próxima da Via Láctea. Se um feixe de luz
Explique de que maneira uma estrela emite luz. puder atravessar, em linha reta, toda a galáxia de Andrômeda,
ele levará um tempo de:
07. a. 55 mil anos.
Física
Os cometas podem ser considerados mensageiros do es- b. 110 mil anos.
paço. Eles percorrem grandes distâncias e só se extinguem c. 220 mil anos.
quando colidem com algum astro ou quando passam, muitas d. 254 mil anos.
vezes, próximos das estrelas. Por que os cometas se extin- e. 2,54 · 106 anos.
guem quando passam muitas vezes próximos de uma estrela?
14.
08. Pesquise o tamanho da estrela Eta Carinae e explique o
Cite a diferença entre meteoro, meteorito e meteoroide. que possivelmente ocorrerá com ela após a etapa supernova.
159
Sol deve tornar-se gigante vermelho. Quando isso acontecer, ocasião do Big Bang.
ele vai formar um buraco negro? Explique sua resposta. a. Calcule a velocidade do próton, em km/s, relativamen-
te ao solo, no instante da colisão.
11. b. Calcule o percentual dessa velocidade em relação à
O planeta Júpiter, que contém apenas gases, poderá no velocidade da luz, considerada, para esse cálculo,
futuro ser uma estrela? Explique sua resposta. igual a 300 000 km/s.
c. Além do desenvolvimento científico, cite outros dois
12. interesses que as nações envolvidas nesse consórcio
A maior parte dos cometas está localizada além da órbita teriam nas experiências realizadas no LHC.
de Netuno, a mais de 30 UA. Uma pequena parte desses co-
metas entra no Sistema Solar interno, numa órbita bem elípti-
ca, o que os deixa bem próximos do Sol e, depois, bem longe.
O final provável desses cometas é uma colisão com o Sol ou
com algum dos planetas gigantes. Sabendo que a distância
da Terra ao Sol é de 1,5 · 108, a localização da maioria dos
cometas em quilômetros é:
a. 1,5 · 108 d. 4,5 · 109
b. 2,5 · 108 e. 3,5 · 109
c. 4,5 · 108
EMI-16-19
Módulo 57
20
Leis de Kepler
222
Exercícios de Aplicação
01. Unicamp-SP 02. UFRGS-RS
A primeira lei de Kepler demonstrou que os A elipse, na figura, representa a órbita de um planeta em
Física
planetas se movem em órbitas elípticas e não torno de uma estrela S. Os pontos ao longo da elipse represen-
circulares. A segunda lei mostrou que os plane- tam posições sucessivas do planeta, separadas por intervalos
tas não se movem a uma velocidade constante. de tempo iguais. As regiões alternadamente coloridas repre-
PERRY, Marvin. Civilização ocidental: uma história concisa. sentam as áreas varridas pelo raio da trajetória nesses inter-
São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 289. Adaptado. valos de tempo. Na figura, em que as dimensões dos astros e o
tamanho da órbita não estão em escala, o segmento de reta SH
É correto afirmar que as leis de Kepler: representa o raio focal do ponto H, de comprimento p.
a. confirmaram as teorias definidas por Copérnico e são
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
20
Em seu livro O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry Rx = 10 ⋅ RT
imaginou haver vida em certo planeta ideal. Tal planeta teria Sendo:
TT = 1 ano
222
dimensões curiosas e grandezas gravitacionais inimagináveis
na prática. Pesquisas científicas, entretanto, continuam sen- Pela 3a lei de Kepler, obtemos:
do realizadas e não se descarta a possibilidade de haver mais Rx3 RT 3
=
planetas no Sistema Solar, além dos já conhecidos. Tx2 TT 2
Imagine um hipotético planeta, distante do Sol 10 vezes
(10 ⋅ RT )
3
mais longe do que a Terra se encontra desse astro, com mas- RT3
=
sa 4 vezes maior que a terrestre e raio superficial igual à me- Tx2 12
Física
tade do raio da Terra. Considere a aceleração da gravidade na 1000
superfície da Terra expressa por g. =1
Tx2
Esse planeta completaria uma volta em torno do Sol em
Tx2 = 1 000
um tempo, expresso em anos terrestres, mais próximo de:
a. 10 Tx = 1 000
b. 14 Tx » 32 anos
c. 17
d. 28 Alternativa correta: E
Exercícios Extras
04. Unesp
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior, em tamanho, do Sistema Solar. Hoje, são conhecidos mais de
sessenta satélites naturais de Saturno, sendo que o maior deles, Titã, está a uma distância média de 1 200 000 km de Saturno
e tem um período de translação de, aproximadamente, 16 dias terrestres ao redor do planeta.
Tétis
Saturno
161
Titã
Fora de escala
Tétis é outro dos maiores satélites de Saturno e está a uma distância média de Saturno de 300 000 km.
Considere:
1a lei de Kepler – lei das órbitas 2a lei de Kepler – lei das áreas 3a lei de Kepler – lei dos períodos
Planeta
Sol Sol Sol
∆t A2 ∆t periélio p a
A1 afélio
F2 F1
r = a + p e r2 = K
3
2 T
05.
EMI-16-19
Cite dois motivos que explicam por que a órbita elíptica não causa as estações do ano.
Seu espaço
20
Sobre o módulo
222
EMI-16-19
Exercícios Propostos
20
Da teoria, leia o tópico 8. e. pela presença da Lua em órbita ao redor da Terra, exer-
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento cendo influência no período de translação da Terra ao
redor do Sol.
Física
Distância Período de Periodo de
Distância
média ao translação translação
média Trânsito de Vênus
centro de em torno em torno
ao Sol N
Júpiter do Sol de Júpiter
Júpiter 7,8 · 108 km — 11,8 anos — 19
Ápice
Ganimedes — 5 · 105 km — 7 dias 20 21
22 02
Io — 2 · 105 km — T1 23 0h
07. Fuvest-SP
Considere um satélite artificial em órbita circular. Dupli-
cando a massa do satélite sem alterar o seu período de revo-
lução, o raio da órbita será: Início: 19h09
Ápice: 22h29 S
Fim: 01h49
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a. o mesmo período de rotação em torno do Sol.
b. menor período de rotação em torno do Sol.
a. duplicado. c. menor velocidade angular média na rotação em torno
b. quadruplicado. do Sol.
c. reduzido à metade. d. menor velocidade escalar média na rotação em torno
d. reduzido à quarta parte. do Sol.
e. o mesmo. e. menor frequência de rotação em torno do Sol.
A sonda Galileu havia terminado sua tarefa de capturar A terceira lei de Kepler diz que “o quadrado do período
imagens do planeta Júpiter quando, em 29 de setembro de de revolução de um planeta (tempo para dar uma volta em
222
2003, foi lançada em direção ao planeta depois de orbitá-lo torno do Sol) dividido pelo cubo da distância do planeta ao
por um intervalo de tempo correspondente a 8 anos terres- Sol é uma constante”. A distância da Terra ao Sol é equiva-
tres. Considerando que Júpiter está cerca de 5 vezes mais lente a 1 UA (unidade astronômica).
afastado do Sol do que a Terra, é correto afirmar que, nesse
intervalo de tempo, Júpiter completou, em torno do Sol: Terra Marte
Cinturão de
a. cerca de 1,6 volta. asteroides
b. menos de meia volta.
Física
14. UFSM-RS
0,0 1,0 2,0 3,0
Os avanços nas técnicas observacionais têm permitido aos
astrônomos rastrear um número crescente de objetos celestes Unidades astronômicas
que orbitam o Sol. A figura mostra, em escala arbitrária, as ór-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
bitas da Terra e de um cometa (os tamanhos dos corpos não a. Entre Marte e Júpiter existe um cinturão de asteroi-
estão em escala). Com base na figura, analise as afirmações: des (veja figura). Os asteroides são corpos sólidos
que teriam sido originados do resíduo de matéria
existente por ocasião da formação do Sistema Solar.
Se, no lugar do cinturão de asteroides, essa matéria
tivesse se aglutinado formando um planeta, quanto
Sol Terra Cometa duraria o ano desse planeta (tempo para dar uma
volta em torno do Sol)?
b. De acordo com a terceira lei de Kepler, o ano de Mer-
cúrio é mais longo ou mais curto que o ano terrestre?
16. ITA-SP
I. Dada a grande diferença entre as massas do Sol e do Considere dois satélites artificiais S e T em torno da Terra.
cometa, a atração gravitacional exercida pelo cometa S descreve uma órbita elíptica com semieixo maior a e T, uma
sobre o Sol é muito menor que a atração exercida pelo órbita
circular de raio a, com os respectivos vetores posição
Sol sobre o cometa. r S e r T com origem no centro da Terra. É correto afirmar que:
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II. O módulo da velocidade do cometa é constante em a. para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por r S
todos os pontos da órbita. é igual à varrida por r T .
III. O período de translação do cometa é maior que um b. para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por r S
ano terrestre. é maior que a varrida por r T .
Está(ão) correta(s): c. o período de translação de S é igual ao de T.
a. apenas I. d. apenas II e III. d. o período de translação de S é maior que o de T.
b. apenas III. e. I, II e III. e. se S e T têm a mesma massa, então a energia mecâni-
c. apenas I e II. ca de S é maior que a de T.
EMI-16-19