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Curso: Psicologia
2018
SÃO GONÇALO
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Resumo
Este artigo aborda as teorias do Max Webber, Émile Durkheim e Carl Gustav Jung
sobre a sociedade como um coletivo e como afeta um indivíduo, fazendo uma análise
aonde elas se aproximam e se diferem, com o objetivo de um maior entendimento das
mesmas. Desenvolvendo-se um estudo das teorias sobre o tipo ideal do Webber,
consciência coletiva do Durkheim e inconsciente coletivo do Jung, por meio da leitura
bibliográfica dos autores e dos artigos citados.
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TIPO IDEAL - WEBER
Percebemos que o tipo ideal nada mais é do que uma construção mental do
pesquisador, que priorizará aspectos que deseja estudar, dado ao objeto ou
fenômeno. Devemos ter em mente que os tipos Ideais, não reproduzem a realidade
tal como ela é em si mesma, devido ao simples fato de ser uma seleção de aspectos
individualizados, enfatizados assim como Ideais.
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CONCIENCIA COLETIVA DURKHEIM
Todo indivíduo e suas ações são influenciadas fortemente pela consciência individual
e coletiva. Mas também é importante frisar que mesmo nas decisões consideradas
extremamente individuais como o suicídio, ainda sim, são influenciadas pelas
condições sociais. Isto é, o coletivo.
Podemos pegar como exemplo de Durkheim, o seu livro “Suicídio” ao qual expõe as
possíveis causas para o aumento do suicídio e as identifica, suicídio anômico, como
a falta de um encaixe entre as representações individuais e coletivas. (DURKHEIM
1982)
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A consciência coletiva coage ou constrange os indivíduos a se comportarem em
acordo com as regras da sociedade vigente. Habilitando as mentes e orientando a
conduta de cada indivíduo. Para Durkheim a consciência coletiva encontra-se acima
de cada pessoa e estando externa a elas. E por isto, os fenômenos individuais devem
ser explicados a partir da coletividade e não o contrário.
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INCONSCIENTE COLETIVO - JUNG
A camada mais profunda foi chamada por Jung de inconsciente coletivo, não sendo
de natureza individual, mas universal. Detendo conteúdos e modos de
comportamentos que são os mesmo em todos os lugares, em todas as pessoas.
O inconsciente coletivo não é um sistema pessoal. Mas detém amplitude com o mundo
e aberto ao mundo. Nele, estamos mais ligados com o mundo. Com facilidade, nele
se esquece quem somos na realidade, ao qual podemos dizer que “perdendo-se em
si mesmo”, seria uma caracterização adequada ao inconsciente coletivo.
ARQUÉTIPOS
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gerando fenômenos de possessão, citado anteriormente no inconsciente coletivo. No
caso de uma possessão pela anima, por exemplo, o paciente quer transformar-se por
autocastração numa mulher chamada Maria.
Há boas razões para supormos que os arquétipos sejam imagens inconscientes dos
próprios instintos, representam o modelo básico do comportamento instintivo. Instintos
são forças que prove movimento, que perseguem suas metas essenciais antes da
conscientização, não detendo aqui influencia alguma do consciente. Para Jung, a
atividade humana é em grande escala influenciada por instintos
Como poderemos provar a existência dos arquétipos? A fonte principal está nos
sonhos. Outra fonte de acesso ao material necessário é a imaginação. O sonho
muitas vezes contém fantasias tendentes a se tornarem conscientes. A sequência de
fantasias que vêm à tona alivia o inconsciente e representa um material rico de formas
arquetípicas.
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QUE RELAÇÃO PODEMOS ESTABELECER ENTRE A CONSTRUÇÃO DO
HOMEM E SUAS ATITUDES NO CONTEXTO SOCIAL, COM BASE NOS AUTORES
AQUI SOLICITADOS?
Weber identificava a construção do homem via “tipo ideal”. Isto é, ele necessitava
acentuar, apenas abordar um lado; ser parcial, quanto a quantidade de fenômenos
isolado exibidos na sociedade, mas que ao mesmo tempo os aspectos estudados se
espalhavam largamente, por todas as direções. O tipo ideal de Weber era simplista
nos dados pesquisados da sociedade, mas generalizado quanto a classificação.
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de cada pessoa e externa a elas. E por isto, os fenômenos individuais devem ser
explicados a partir da coletividade e não o contrário.
Para Jung a humanidade detém o inconsciente coletivo. Tal aspecto não é de natureza
individual, mas universal. Possui conteúdos e modos de comportamentos que são os
mesmo em todos os lugares, em todas as pessoas. Não desenvolvido
individualmente, mas herdado, detendo formas preexistentes, arquétipos.
O tipo ideal nada mais é do que “uma construção mental do pesquisador”, que “prioriza
aspectos que “deseja estudar”, dado ao objeto ou fenômeno. Os conceitos são
construídos a partir do sujeito e nunca do objeto de estudo. Pois é o sujeito, o principal
ator no processo de mudança social, necessitando assim compreender o significado
que as pessoas atribuem aos seus comportamentos e consequente, compreender a
sociedade.
Já Jung entende que o Inconsciente Coletivo não é um sistema pessoal (tipo ideal).
Mas detém amplitude com o mundo e aberto ao mundo. Nunca individual, mas
universal. Detendo conteúdos e modos de comportamentos que são os mesmo em
todos os lugares, em todas as pessoas. Contrária a Consciência Coletiva que depende
do convívio do indivíduo com os outros, para que haja compressão sobre o que fala,
exibe e\ou expõe. Tendo em vista que o Inconsciente coletivo são expressões
simbólicas do drama interno e inconsciente, que a consciência procurar relacionar aos
acontecimentos invisíveis do inconsciente.
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Conclusão
Pode-se inferir que as teorias do “tipo ideal” de Max Weber, a “consciência coletiva”
de Émile Durkheim e “inconsciente coletivo” do Carl Gustav Jung, com o objetivo de
um aprofundamento maior sobre suas ideias e aonde elas diferem e se aproximam.
Referências
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002
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QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia
Gardênia de. Um toque de clássicos: marx, durkheim e weber. 2. ed., rev. e ampl Belo
Horizonte, MG: Ed. UFMG, 2002.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. WMF Martins Fontes, São Paulo,
2010.
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