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INSTITUTO D.

PEDRO II
PROJETO SOCIAL BRIGADISTA MIRIM
COORDENAÇÃO GERAL
“Formando Cidadãos”

CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTOR - CFI

MANUAL DO ALUNO
(Histórico do Projeto Brigadista Mirim, Deveres do Instrutor, Juramento do Instrutor, Hinos e Canções,
Defesa Civil, Segurança Pública, Emergência com Produtos Perigosos, Capelania, Libras, História das
Forças Armadas, Chefia e Liderança, Hierarquia Militar, Código Fonético Internacional)

VOLUME ÚNICO
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________Nº:______________

NOME DA BRIGADA:___________________________________________________________________

MUNICÍPIO:______________________________________DATA:________/_________/______________

COORDENADOR GERAL: Manoel Alves da Cunha – Ten-Cel - TEL: 988456861/981389051

São Luís-MA
2017
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DO PROJETO BRIGADISTA MIRIM
1 - O QUE É O PROJETO BRIGADISTA MIRIM?
É um projeto socioeducativo que utiliza a disciplina militar como forma de melhorar o comportamento das
crianças, adolescentes e jovens, contribuindo para a formação cidadão e prevenindo contra as drogas e a
violência.
2 - COMO SURGIU O PROJETO NO MARANHÃO?
O Projeto Brigadista Mirim foi implantado no Estado do Maranhão no dia 19 de julho de 2015, pelo
Tenente-Coronel Manoel Alves da Cunha, do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, na Associação dos
Moradores do bairro Vicente Fialho, em São Luís. Devido aos excelentes resultados alcançados, o Projeto
Brigadista Mirim, em pouco tempo, ganhou respeito e credibilidade da sociedade maranhense. Atualmente,
o projeto brigadista mirim conta com mais de vinte brigadas, mais de setecentos alunos, e estar presente nos
seguintes municípios: São Luís, Paço do Lumiar, Vitória do Mearim, Viana, Cajari, Matinha, Olinda Nova e
Pedro do Rosário.
3 - QUAL A BASE LEGAL DO PROJETO?
- Declaração Universal dos Direitos Humanos: “A criança tem o direito de ser compreendida e protegida,
e deve ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia
e normal e em condições de liberdade e dignidade”.
- Constituição Federal - Art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
- Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069/90: Art. 4º: É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
4 - QUAL A JUSTIFICATIVA?
Estatísticas comprovam que todos os anos mais de vinte mil jovens com idade entre 15 e 24 anos são
assassinados no Brasil por envolvimento com as drogas.
Por outro, a Constituição Federal no Art. 144 diz que a segurança pública é dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos. Sendo assim, os municípios maranhenses necessitam de atividades que envolvam
crianças e adolescentes, visto que a violência e o uso de drogas não estão restritos aos grandes centros
urbanos. 5 - QUAIS OS OBJETIVOS DO PROJETO?
- Desenvolver o espírito prevencionista em crianças e adolescentes, buscando a formação de adultos mais
conscientes e comprometidos com a segurança pública, o meio ambiente, a cidadania e a paz social,
oportunizando, durante a execução do projeto, uma convivência saudável, com base na hierarquia e
disciplina, tolerância e solidariedade humana.
⦁ Promover a interação e um convívio salutar entre as crianças e adolescentes, em um ambiente de
cooperação, amizade, respeito aos pais, aos professores, aos mais velhos e às autoridades;
⦁ Disponibilizar conhecimentos sobre hierarquia e disciplina, civismo, patriotismo, primeiros socorros, ética,
cidadania e direitos humanos, prevenção de acidentes domésticos, prevenção e combate a incêndio,
educação no trânsito, salvamento e defesa civil.
⦁ Instruir as crianças e adolescentes para que jamais utilizem de meios violentos ou qualquer tipo de droga
que gere dependência química, seja licita ou ilícita.
6 - COMO FUNCIONA O PROJETO?
As atividades do projeto acontecem aos sábados ou domingos, no turno da manhã ou da tarde, por meio de
parceria com a comunidade, instituições públicas ou privadas. O projeto tem duração de 10 meses, sendo
renovado mediante a concordância das partes envolvidas. Os pais adquirem o fardamento dos filhos e
contribuem com uma taxa de R$ 20,00 (vinte) reais mensais para custear o material didático e as passagens
dos instrutores. Os alunos são agrupados em pelotões de acordo com a faixa etária: Pelotão Charlie -
crianças de 6 a 11 anos; Pelotão Bravo - adolescentes de 12 a 17 anos e Pelotão Alfa - Jovens de 18 a 28
anos.
7 - QUAL A METODOLOGIA DE ENSINO?
A metodologia aplicada no processo de ensino/aprendizagem acontece em um ambiente construtivista, em
que o adolescente participa ativamente do próprio aprendizado, mediante pesquisa, desenvolvimento do
raciocínio lógico, de habilidades e competências que os tornem cidadãos capazes de interferir em sua
realidade social.
Os conteúdos são apresentados por meio de exposição dialogada, debates, pesquisas, visitas técnicas,
estudos dirigidos e dinâmica de grupo, além de atividades prática. Recursos: apostilas e manuais elaborados
pela coordenação geral do projeto, apoio audiovisual, computadores, data show, revistas e jornais. A
formação dos brigadistas acontece num período de 10 meses e, ao final, os alunos recebem o certificado de
“Brigadista Mirim”.
8 - QUAL O MECANISMO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO?
Os resultados das ações desenvolvidas referem-se a todas as fases do projeto, os quais serão identificados
por meio de: registros, entrevistas, relatórios, reuniões, fichas de avaliação, observações, análise de
desempenho e mudanças no comportamento decorrente da atuação da criança e do jovem na comunidade,
em especial a avaliação dos próprios alunos e familiares.
9 - QUAIS AS METAS E OS RESULTADOS ESPERADOS?
Acredita-se que com as atividades do projeto poderemos alcançar uma melhora no comportamento dos
jovens, em casa e na escola, em torno de 30% em até 4 meses, de 60% em até 8 meses e de 80% em até 12
meses.
10 - QUEM FINANCIA O PROJETO?
Os recursos financeiros para custear as despesas do projeto são oriundos de contribuições dos pais, doações
dos parceiros e dos membros da Coordenação Geral.
11 - COMO ESTAR ORGANIZADO PROJETO?
Coordenação Geral, Coordenação Regional, Coordenação Municipal, Coordenação Local, Instrutores,
Monitores e Brigadistas Mirins.
12 - QUAL O PERFIL DOS INSTRUTORES?
Militares e ex-militares das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, professores,
capelães, pastores, acadêmicos, profissionais liberais, etc.
13-COORDENADORES E INSTRUTORES SÃO REMUNERADOS?
Não. Todos eles são voluntários. No entanto, as despesas com passagens, hospedagem e alimentação são
custeadas pelo projeto.
14 – QUEM ADMINISTRA O PROJETO?
O Projeto Brigadista Mirim é administrado pelo Instituto D. Pedro II, por meio de uma Coordenação Geral.
15 – QUAIS OS CURSOS OFERECIDOS PELO PROJETO?
- C.F.B. (Curso de Formação de Brigadista): para crianças de 6 a 10 anos de idade (4 meses).
- C.F.M. (Curso de Formação de Monitor): para adolescentes a partir de 11 anos de idade (4 meses).
- C.F.I. (Curso de Formação de Instrutor): para monitores a partir de 14 anos de idade (4 meses).
16-COMO IMPLANTAR O PROJETO EM MEU BAIRRO?
- Entrar em contato com a Coordenação Geral – Fones: 981389051/988456861/987876320;
- Disponibilizar espaço físico (escola, igreja, associação, ginásio, etc.);
- Convocação da comunidade para reunião de apresentação do projeto;
- Início das inscrições e aula inaugural em até de 30 dias.
- Valor da inscrição: R$20,00. Valor da contribuição mensal: R$ 20,00.

Capítulo II
DEVERES DO INSTRUTOR
1 - Tratar os brigadistas e monitores sob seu comando com educação e respeito.
2 - Explicar em minúcias cada movimento, executando-o ao mesmo tempo e evitar conservar os alunos por
muito tempo em uma só posição ou na execução dos exercícios.
3 - Fazer com que os alunos aprendam cada movimento antes de passar para o seguinte e imprimir
gradualmente a devida precisão e uniformidade.
4 - O local do treinamento deverá ser apropriado para a execução dos exercícios, se possível não
apresentando buracos e irregularidades no solo, bem como, incidência de sol em excesso e chuva.
5 - À medida que a instrução avançar, agrupar os alunos segundo o grau de adiantamento. Os que mostrarem
pouca aptidão na execução dos movimentos deverão ficar sob a direção dos melhores monitores.
6 - Não ridicularizar ou tratar com aspereza os que mostrarem pouca habilidade. Cuidado com brincadeiras e
gracejos na hora de exercer comando, mantendo uma postura adequada e um ambiente agradável, devendo
chamar o aluno pelo nome de guerra ou número, não sendo permitido uso de apelidos.
7 - Ter paciência e interesse para com os problemas dos alunos, não sendo permitidos pressão psicológica,
xingamentos, palavrões, termos humilhantes ou ofensivos e não regulamentares.
8 - Não utilizar a ordem unida como instrumento ditatorial e de rudeza ou meio de humilhar o brigadista ou
exigir dele mais do que atenção, dedicação e disciplina ou como método para castigá-lo.
9 - Usar voz firme, porém respeitosa. Voz firme não é sinônimo de voz áspera e nem de voz gritada. Possuir
maneiras agradáveis, porém firme, no trato com os brigadistas e tratá-los com consideração e respeito.
10 - Não deixar que os brigadistas e monitores suportem mais de trinta minutos em rígida atenção e
concentração. Quando forem necessários longos períodos de instrução deve haver intervalos e momentos de
menor concentração, observando o intervalo de tempo de trinta a quarenta e cinco minutos de exercícios.
11 - Os brigadistas e monitores são voluntários e devem ser respeitados com tal. Se eles não quiserem
participar ou obedecer às ordens, ou não se comportar adequadamente durante as instruções o instrutor não
poderá puni-los com flexão, canguru, pulinho de galo, polichinelo, rolar para direita/esquerda rolar na água,
na lama, na areia ou outro exercício que possa causar danos físicos ou psicológicos ou constrangimentos, e o
fato deverá ser comunicado por escrito ou verbalmente à coordenação local da brigada ou à coordenação
geral do projeto brigadista Mirim para que tome as devidas providências junto aos pais ou responsáveis.
12 - Por questão de respeito e ética, não toque em seus alunos, a não ser que seja para corrigir uma posição
ou ensinar algum exercício e sempre comandar com postura e na posição de sentido para impor mais
respeito na ordem unida e executar juntamente com o pelotão os comandos para que os brigadistas possam
ver no seu monitor alguém que conhece o que está falando.
13 – O instrutor deve dar os comandos com energia e sempre ser o exemplo, pois, o pelotão é o espelho do
comandante e quando for apresentar ou passar o comando do pelotão para outro monitor ou instrutor, fazer
com que o pelotão fique de frente para quem vai receber o comando, para que o brigadista saiba quem estará
no comando a partir da apresentação ou passagem do comando.
14 - Quando o instrutor estiver em dúvida sobre algum procedimento em relação ao pelotão de brigadista,
este só poderá tomar qualquer decisão depois de buscar orientação do mais antigo ou da coordenação local
da brigada ou da coordenação geral.
15 – Prestar atenção ao que se faz, para fazer bem feito, ser prestativo e honesto.
16 – O instrutor deve amar a família, a Pátria e cuidar do meio ambiente.
17 - Respeitar e obedecer os pais, professores, os mais velhos, coordenadores, autoridades militares, civis e
religiosas, tratando a todos com educação e respeito.
18 - Estar sempre preparado para socorrer as pessoas, animais e bens.
19 – Ser educado, falar sempre a verdade, não se envolver em brigas e confusões.
20 - Cultivar a paz, a amizade, a solidariedade e o companheirismo.
21 – Ser obediente, disciplinado, comportado em casa, na escola, na rua e no projeto.
22 – Ser amigo e educado com as crianças, os idosos, os enfermos e os deficientes.
23 - Zelar pela higiene e apresentação pessoal, mantendo o uniforme completo, limpo e engomado.
24 – Manter a barba e bigode raspados, unhas curtas, cabelos cortados no padrão militar (máquina 2 e 1).
25 - Evitar todos os vícios e atos indignos, não faltar ou chegar atrasado às instruções, reuniões e formaturas.
26 - O instrutor que descumprir estas normas ou causar, de forma dolosa ou culposa, danos à saúde física ou
psíquica, ou danos materiais a qualquer brigadista ou colega será automaticamente afastado do projeto e
responderá pelos seus atos nas esferas administrativa, cível ou criminal, conforme o caso.

Capítulo III
A) - JURAMENTO DO INSTRUTOR
PERANTE A BANDEIRA DO BRASIL, E PELA MINHA HONRA. PROMETO REGULAR MINHA
CONDUTA PELOS PRECEITOS DA MORAL E DA ÉTICA.CUMPRIR RIGOROSAMENTE AS
ORDENS DAS AUTORIDADESE E DOS MEUS SUPERIORES.E DEDICAR-ME AO SERVIÇO
DE INSTRUTOR DO PROJETO BRIGADISTA MIRIM.
BRASIL!
B) – HINOS E CANÇÕES
Hino Nacional Brasileiro HINO À BANDEIRA
Letra de: Joaquim Osório Duque Estrada Salve, lindo pendão da esperança, Salve,
Música de: Francisco Manuel da Silva símbolo augusto da paz! Tua nobre presença
à lembrança, A grandeza da Pátria nos traz.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, De um povo
heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios Recebe o afeto que se encerra
fulgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Em nosso peito juvenil, Querido símbolo
da terra, Da amada terra do Brasil!
Se o penhor dessa igualdade, Conseguimos conquistar com
braço forte, Em teu seio, o liberdade, Desafia o nosso peito Em teu seio formoso retratas, Este céu de
a própria morte! puríssimo azul, A verdura sem par destas
matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
O pátria amada, Idolatrada, Salve, Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vivido, De amor e de Recebe o afeto que se encerra
esperança a terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e Em nosso peito juvenil, Querido símbolo
da terra, Da amada terra do Brasil!
límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza, Es belo, es forte, impávido Contemplando o teu vulto sagrado,
colosso, E teu futuro espelha essa grandeza! Terra adorada, Compreendemos o nosso dever; E o Brasil,
Entre outras mil, Es tu, Brasil, O Pátria amada! Dos filhos por seus filhos amado, Poderoso e feliz há de
deste solo es mãe gentil, Pátria amada, Brasil! ser.

Deitado eternamente em berço esplendido, Ao som do mar Recebe o afeto que se encerra Em nosso
e a luz do céu profundo, Fulguras, o Brasil, florão da peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da
América, Iluminando ao sol do Novo Mundo! amada terra do Brasil!

Do que a terra mais garrida, Teus risonhos, lindos campos Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos
tem mais flores; Nossos bosques, tem mais vida, Nossa vida momentos de festa ou de dor, Paira sempre,
no teu seio mais amores. sagrada bandeira, Pavilhão da Justiça e do
Amor!
O Pátria amada, Idolatrada, Salve, Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo, O lábaro que ostenta Recebe o afeto que se encerra Em nosso
estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula; Paz no futuro peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da
e gloria no passado! amada terra do Brasil!

Mas se ergues da justiça clava forte, Veras que um filho teu OBS.: A letra do Hino à Bandeira foi
não foge a luta, Nem teme quem te adora a própria morte! escrita por Olavo Bilac e a música
composta por Franciso Braga. Ele foi
Terra adorada, Entre outras mil, Es tu, Brasil, O Pátria apresentando pela primeira vez em 9 de
amada! Dos filhos deste solo es mãe gentil, Pátria amada, novembro de 1906.
Brasil!
HINO DA INDEPENDÊNCIA HINO DO ESTADO DO MARANHÃO
Letra; Evaristo da Veiga Letra: Antônio Batista Barbosa de Godóis
Música: Antônio Carlos dos Reis Rayol
Música: D. Pedro I Entre o rumor das selvas seculares, Ouviste um dia no espaço azul vibrando,
O troar das bombardas nos combates, Após um hino festival soando(2x),
Após um hino festival soando.
Já podeis, da Pátria filhos, REFRÃO!
Ver contente a mãe gentil; Salve pátria, pátria amada, Maranhão, Maranhão berços de heróis, Por
Já raiou a liberdade divisa tens a glória, Por nome, nossos avós(2x), Por numes, nossos avós,
No horizonte do Brasil. Era a guerra, a vitória, a morte e a vida, E com a vitória a glória entrelaçada,
Caía do invasor a audácia estranha, Surgia do direito a luz dourada (2x),
Brava gente brasileira! Surgia do direito a luz dourada
Longe vá... temor servil: REFRÃO!
Ou ficar a pátria livre Salve pátria, pátria amada, Maranhão, Maranhão berços de heróis, Por
Ou morrer pelo Brasil. divisa tens a glória, Por nome, nossos avós(2x), Por numes, nossos avós,
Reprimiste o flamengo aventureiro, E o forçaste a no mar buscar guarida, E
dois séculos depois dissestes ao luso: - A liberdade é o sol que nos dá vida
Os grilhões que nos forjava, (2x), A liberdade é o sol que nos dá vida
REFRÃO!
Da perfídia astuto
Salve pátria, pátria amada, Maranhão, Maranhão berços de heróis, Por
ardil... Houve mão mais
divisa tens a glória, Por nome, nossos avós(2x), Por numes, nossos avós,
poderosa: Zombou deles o Quando às irmãs os braços estendeste, Foi com a glória a fugir no seu
Brasil. semblante, Sempre envolta na tua luz celeste, Pátria de heróis, tens
Brava gente brasileira! caminhado avante (2x), Pátria de heróis, tens caminhado avante.
REFRÃO!
Longe vá... temor servil:
Salve pátria, pátria amada, Maranhão, Maranhão berços de heróis, Por
Ou ficar a pátria livre
divisa tens a glória, Por nome, nossos avós(2x), Por numes, nossos avós,
Ou morrer pelo Brasil. E na estrada esplendente do futuro, Fitas o olhar altiva e sobranceira, Dê-te
o porvir as glórias do passado, Seja de glória tua existência inteira (2x)
Seja de glória tua existência inteira
Não temais ímpias REFRÃO!
falanges, Que apresentam Salve pátria, pátria amada, Maranhão, Maranhão berços de heróis, Por
face hostil; Vossos peitos, divisa tens a glória, Por nome, nossos avós(2x), Por numes, nossos avós.
vossos braços São Muralhas
do Brasil. HINO DO CBMMA
Ombro a ombro marcharemos sem cansaço, Como elos todos juntos somos
Brava gente brasileira! um, De mãos dadas desfraldar nossa bandeira, Um soldado devotado ao
Longe vá... temor servil: bem comum
Ou ficar a pátria livre Refrão
Ou morrer pelo Brasil. Vidas por vidas é o nosso grande lema, Salvaguardas anjos da população,
Sou bombeiro sou, forjado pelo fogo, Vanguardeiro deste imenso
Maranhão.
Parabéns, ó brasileiro,
Irmanados estaremos sempre prontos, Em bem servir ao meu Brasil e ao
Já, com garbo varonil,
Maranhão, Ser bombeiro é sempre ter o braço forte, Ser bombeiro é sempre
Do universo entre as agir com o coração.
nações Resplandece a do Refrão
Brasil. Vidas por vidas é o nosso grande, lema, Salvaguardas anjos da população,
Sou bombeiro sou forjado pelo fogo, Vanguardeiro deste imenso Maranhão.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil: Não importa as tormentas das jornadas, Nem o fogo nem a grande
Ou ficar a pátria livre inundação, Ao tremular a auriverde mãe bandeira, Estamos prontos a
Ou morrer pelo Brasil. cumprir nossa missão.
Refrão!
Vidas por vidas é o nosso grande, lema, Salvaguardas anjos da população,
Sou bombeiro sou forjado pelo fogo, Vanguardeiro deste imenso Maranhão.
CANÇÃO DA INFANTARIA CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra: Guilherme de Almeida.
Nós somos estes infantes, Cujos peitos amantes Música: Spartaco Rossi.
Nunca temem lutar; Vivemos, Morremos, Para o
Brasil nos consagrar! Nós, peitos nunca Você sabe de onde eu venho? Venho do morro, do
vencidos, De valor desmedidos, No fragor da Engenho, Das selvas, dos cafezais, Da boa terra do
disputa, Mostremos, Que em nossa Pátria temos, coco, Da choupana onde um é pouco, Dois é bom,
Valor imenso, No intenso Da luta.
três é demais, Venho das praias sedosas, Das
montanhas alterosas, Dos pampas, do seringal, Das
REFRÃO!
És a nobre Infantaria, Das armas a rainha, Por margens crespas dos rios, Dos verdes mares bravios
ti daria A vida minha, E a glória prometida, Nos Da minha terra natal.
campos de batalha, Está contigo, Ante o inimigo, REFRÃO!
Pelo fogo da metralha! És a eterna majestade, Por mais terras que eu percorra, Não permita Deus
Nas linhas combatentes, És a entidade, Dos mais que eu morra Sem que volte para lá; Sem que leve
valentes. Quando o toque da vitória Marcar por divisa Esse "V" que simboliza A vitória que virá:
nossa alegria, Eu cantarei, Eu gritarei: És a Nossa vitória final, Que é a mira do meu fuzil, A
nobre Infantaria! ração do meu bornal, A água do meu cantil, As asas
do meu ideal, A glória do meu Brasil.
Brasil, te darei com amor, Toda a seiva e vigor, Eu venho da minha terra, Da casa branca da serra
Que em meu peito se encerra, Fuzil! Servil! Meu E do luar do meu sertão; Venho da minha Maria
nobre amigo para a guerra! Cujo nome principia Na palma da minha mão,
Ó! meu amado pendão, Sagrado pavilhão, Que a Braços mornos de Moema, Lábios de mel de
glória conduz, Com luz, Sublime Amor se Iracema
exprime, Se do alto me falas, Todo roto por Estendidos para mim. Ó minha terra querida Da
balas! Senhora Aparecida E do Senhor do Bonfim!
REFRÃO!
REFRÃO!
És a nobre Infantaria, Das armas a rainha, Por Você sabe de onde eu venho? E de uma Pátria que
ti daria A vida minha, E a glória prometida, Nos eu tenho No bôjo do meu violão; Que de viver em
campos de batalha, Está contigo, Ante o inimigo, meu peito Foi até tomando jeito De um enorme
Pelo fogo da metralha! És a eterna majestade, coração. Deixei lá atrás meu terreno, Meu limão,
Nas linhas combatentes, És a entidade, Dos mais meu limoeiro, Meu pé de jacarandá, Minha casa
valentes. Quando o toque da vitória Marcar pequenina Lá no alto da colina, Onde canta o sabiá.
nossa alegria, Eu cantarei, Eu gritarei: És a
nobre Infantaria! REFRÃO!
Venho do além desse monte Que ainda azula o
horizonte, Onde o nosso amor nasceu; Do rancho
Canção Fibra de Herói que tinha ao lado Um coqueiro que, coitado, De
Letra: Teófilo de Barros Filho saudade já morreu. Venho do verde mais belo, Do
Música: César Guerra Peixe. mais dourado amarelo, Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas Que se ajoelham
Se a Pátria querida for envolvida Pelo inimigo, deslumbradas, Fazendo o sinal da Cruz!
na paz ou na guerra Defende a terra Contra o
perigo. REFRÃO!
Por mais terras que eu percorra, Não permita Deus
Com ânimo forte se for preciso Enfrenta a morte que eu morra Sem que volte para lá; Sem que leve
Afronta, se lava com fibra de herói De gente por divisa Esse "V" que simboliza A vitória que virá:
brava. Nossa vitória final, Que é a mira do meu fuzil, A
ração do meu bornal, A água do meu cantil, As asas
REFRÃO! do meu ideal, A glória do meu Brasil.
Bandeira do Brasil, Ninguém te manchará
Teu povo varonil, Isso não consentirá
Bandeira idolatrada, Altiva a tremular, Onde a
liberdade É mais uma estrela A brilhar. (Repete)
CANÇÃO DO EXÉRCITO (SOLDADO) HINO DA MARINHA (CISNE BRANCO)
Nós somos da Pátria a guarda, Fiéis soldados, Por ela Qual cisne branco que em noite de lua Vai
amados. Nas cores de nossa farda Rebrilha a glória, deslizando num lago azul O meu navio também
Fulge a vitória. flutua Nos verdes mares de Norte a Sul.

Em nosso valor se encerra Toda a esperança Que um REFRÃO!


povo alcança. Quando altiva for a Terra Rebrilha a Linda galera que em noite apagada Vai navegando
glória, Fulge a vitória. num mar imenso Nos traz saudades da terra amada
Da pátria minha em que tanto penso.
REFRÃO!
A paz queremos com fervor, A guerra só nos causa Quanta alegria nos traz a volta À nossa Pátria do
dor. Porém, se a Pátria amada For um dia ultrajada coração Dada por finda a nossa derrota Temos
Lutaremos sem temor. (Bis)! cumprido nossa missão.

Como é sublime Saber amar, Com a alma adorar REFRÃO!


A terra onde se nasce! Amor febril Pelo Brasil Linda galera que em noite apagada Vai navegando
No coração Nosso que passe. num mar imenso Nos traz saudades da terra amada
Da pátria minha em que tanto penso.
E quando a nação querida, Frente ao inimigo, Correr
perigo, Se dermos por ela a vida Rebrilha a glória, Qual linda garça que aí vai cortando os ares Vai
Fulge a vitória. Assim ao Brasil faremos Oferta igual navegando Sob um belo céu de anil.
De amor filial. E a ti, Pátria, salvaremos! Minha galera Também vai cortando os mares. Os
Rebrilha a glória, Fulge a vitória. verdes mares. Os mares verdes do Brasil.

REFRÃO!
A paz queremos com fervor, A guerra só nos causa
dor. Porém, se a Pátria amada For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor. (Bis)!

HINO DO SOLDADO DO FOGO Rija luta aos heróis aviventa, Inflamando em seu
Letra: Ten. Sérgio Luiz de Mattos peito o valor, Para frente que importa a tormenta.
Música: Cap. Antônio Pinto Júnior. Dura marcha de sóis ou rigor? Nem um passo
daremos atrás, Repelindo inimigos canhões,
Contra as chamas e lutas ingentes Voluntários da morte na paz, São na guerra
Sob o nobre alvirrubro pendão. indomáveis leões.
Dos soldados do fogo valentes, é na paz, a sagrada
missão. E se um dia houver sangue e batalha. REFRÃO!
Desfraldando a auriverde bandeira, Nossos peitos são Missão dupla o dever nos aponta:
férreas muralhas, Contra audaz agressão estrangeira. Vida alheia e riquezas salvar, E, na guerra
punindo uma afronta, Com valor pela pátria lutar.
Capítulo IV
REFRÃO!
Missão dupla o dever nos aponta: CANÇÕES DE TREINAMENTO FÍSICO MILITAR
Vida alheia e riquezas salvar, E, na guerra punindo
uma afronta, Com valor pela pátria lutar. Acorda Maria Bonita. Acorda vem fazer o café. O
dia já vem raiando. E o Brigadista já estar de pé;
Aurifulvo clarão gigantesco, Labaredas flamejam no Essa não, essa não. Minha língua tá no chão. Essa
ar, Num incêndio horroroso e dantesco, A cidade sim, essa sim; Mas eu vou até o fim. Oh Romeu
parece queimar, Mas não temem da morte os cadê a sua namorada/tá ali é só olhar pra
Bombeiros, Quando ecoa d´alarme o sinal retaguarda. Bicho danado pra ajudar na corridinha.
Ordenando voarem ligeiros, A vencer o vulcão E a descidinha, é a descidinha. Bicho danado pra
infernal. fazer calo na mão. É a flexão, é a flexão. Ei, você
que tá olhando! Vem, vem ver quem tá passando!
REFRÃO! Tá passando, tá passando! Com moral e vibração!
Disciplina elevada! É muito operacional!
Existem! Aqueles! Que querem mas não podem Você pensa que é esperto. O Instrutor é muito mais
Existem! Aqueles! Que podem mas não querem Ele desce de rapel. Coisa que você não faz.
Eu quero, eu posso, eu sei que vou vencer...
BRASIL, acima de tudo, abaixo somente de Deus. O Instrutor sai na frente, com um pique diferente
Corre muito sem parar, alegrando muita gente. O
A tropa avança enquanto o bicho berra. É DEUS, Instrutor quando corre, ele bota pra chegar. Ele chega
no céu Instrutor aqui na terra. muito longe, chega até o Ceará.

Corridinha mixuruca, que não dá nem pra cansar O Instrutor não precisa de avião. Nem paraquedas pra
Nesse passo, nesse passo, vou até o Ceará. fazer infiltração. E no combate ele é mesmo de arrasar
Corridinha mixuruca, que não dá nem pra cansar E não tem quem faça ele parar.
Nesse passo, nesse passo, volta ao mundo eu vou
dar Olha só quem vai passando, com moral e vibração.
É o Instrutor, o melhor da região!
Faço parte de um Tropa. Que tem fibra e moral. Lampião subiu a serra, Com sapatos de algodão. A
Disciplina elevada. Muito operacional. serra pegou fogo e Lampião caiu no chão!
Lampião desceu a serra, Fez um baile em Cachoeira
Somos homens da mochila, Capacete e cantil. Convidou moça donzela Pra dançar a noite inteira.
Nossa força combativa É por amor ao meu Brasil. Mas quando a noite veio, Não quiseram descansar
Com quarenta brigadistas Eles dançaram até raiar!
Na Brigada não entra quem quer. Só quem pode e Fui convidado para um forró lá em Santeiro. A festa
já tradição. O Instrutor quando cai, cai de pé. E estava boa, estava boa a brincadeira. Seu Cachangá
quando se levanta é pela vibração. Se é pra correr, era o tocador, e só tocava pisa na fulô, Pisa na fulô,
se é pra ralar. Eu cumpro essa missão, Nem que eu pisa na fulô, pisa na fulô e não maltrata o meu amor.
tenha que suar. Eu vi menina que nem tinha 15 anos, agarrar seu par e
também sair dançando. Até vovó pegou na mão de
Olê mulher rendeira! Olê mulher renda! Tu me vovô e disse meu velhinho vamos pisar na fulô. Pisa
ensina a fazer renda, Que eu te ensino vidas salvar. na fulô, pisa na fulô, pisa na fulô mas não maltrata o
A noite é minha amiga, A chuva, minha meu amor.
companheira. Nesse solo que tu pisas, Eu ralei a
noite inteira. É pau, é pedra é osso duro de roer. É o Instrutor
desfilando pra você.
Eu vibro com a Tropa Que cumpre sua missão. No Um, dois, três, quatro. Instrutor é um barato.
ar, no mar, na terra. De viatura ou de avião. Quatro, três, dois, um. Mas não é pra qualquer um.
Quem é que tá passando? É o Brigadista Mirim.
Só, só, PQD, PQD. Defesa Civil
O que é que ele é?
AUsa
DEFESA CIVIL
boina, But e Brevê NO MUNDO: as primeiras ações dirigidas
É o melhorparadaa região.
defesa da
Mas população foram
eu acho que realizadas
não.
nos
Napaíses
área deenvolvidos
estágio com a Segunda Guerra Mundial. Mas O primeiro
eu achopaís
queasim.
preocupar-se
Que não, quecomnão,
a segurança
que não. de
sua população foi a Inglaterra
Ele ralou e PQD um dia se tornou que após os ataques sofridos entre 1940 e 1941,
Que sim, que sim, que sim. quando foram lançadas
toneladas
Ele saltoudedomilhares
avião de bombas sobre as principais cidades e centros industriais ingleses, causando
milhares de perdas de vida
E agora usa boina e Bute marron na população civil, institui aTem
CIVIL DEFENSE
alguém cansado(Defesa
aí? Civil). Hoje, em todo o
mundo, a Defesa
Só, só, PQD, PQDCivil, se organiza em sistemas abertos - Nãocom a participação dos governos locais e a
senhor!
população no desencadeamento
Usa boina, But e Brevê das ações preventivas e de resposta
-Aqui não tem aos cansaço,
desastres.muito menos covardia
AAcorda
DEFESA MariaCIVIL
Bonita NO BRASIL - A Defesa Civil foi -criada Aqui sóemtem
vários países da
guerreiro para atender
melhor aos problemas
categoria.
internos resultantes
Acorda vem fazer o cafédas guerras. No Brasil, surgiu após a ocorrência de várias catástrofes do passado que
encontraram o poder
O dia já vem raiando público e a comunidade despreparada para enfrentá-los.
Eu queria estar agora Na década de 70, várias
ocorrências (incêndio
E o Brigadista já estardodeEdifício
pé Joelma e Andraus, causador de várias
No comércio do mortes)
vizinho marcaram o despreparo dos
órgãos e comunidades para enfrentar uma situação adversa. Surgiu, então,
Tomando uma limonada a ideia da Defesa Civil, como
órgão
Sou Instrutor e tenho orgulho de ser. Ou um suco geladinho.
Eu corro, vibro e ralo em homenagem a você. Acorda Maria Bonita
Tomara que caia uma chuva bem fininha Acorda vem fazer o café
E molhe a minha roça pra eu colher muita farinha O dia já vem raiando
Tomara que chova até de madrugada E o Brigadista já estar de pé
E molhe a minha horta que tem muita beterraba Sou Brigadista e tenho orgulho de ser.
Tomara que chova amanhã o dia inteiro Eu corro, vibro e ralo em homenagem a você.
E molhe o meu quintal que tá cheio de limoeiro.
CAPÍTULO IV
DEFESA CIVIL

Histórico da Defesa Civil - As primeiras ações, estruturas e estratégias de proteção e segurança dirigidas a
população, tanto no Brasil e como no resto do mundo, foram realizadas nos países envolvidos na Segunda
Guerra Mundial. O primeiro país a preocupar-se com a segurança de sua população foi à Inglaterra que
institui a CIVIL DEFENSE (Defesa Civil), após os ataques sofridos entre 1940 e 1941, quando foram
lançadas toneladas de milhares de bombas sobre as principais cidades e centros industriais ingleses,
causando milhares de perdas de vida na população civil. No Brasil o tema começou a ser tratado em 1942,
após o afundamento dos navios militares Baependi, Araraquara e Aníbal Benévolo no litoral de Sergipe e do
vapor Itagiba torpedeado pelo submarino alemão U-507, no litoral do estado da Bahia. A notícia dos
afundamentos e morte de 36 passageiros civis, entre eles mulheres e crianças, e 20 tripulantes, no dia 17 de
agosto, fez com que a população brasileira fosse às ruas exigindo do governo uma resposta imediata aos
ataques. Seguindo o exemplo da Inglaterra, o governo federal preocupado com a segurança da população
cria em 1942, o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, a obrigatoriedade do ensino da defesa passiva em
todos estabelecimentos de ensino, oficiais ou particulares, existentes no país, entre outras. Em 1943, a
denominação de Defesa Passiva Antiaérea é alterada para Serviço de Defesa Civil, sob a supervisão da
Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil, do Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Este órgão é
extinto em 1946, bem como, suas Diretorias Regionais criadas nos Estados, Territórios e no Distrito Federal.
O Brasil começou a se estruturar em função de fortes chuvas que assolaram a região Sudeste entre 1966 e
1967, provocando enchentes no Estado da Guanabara e deslizamentos na Serra das Araras, no Rio de Janeiro
e Caraguatatuba em São Paulo. Foi constituído um Grupo de Trabalho, no âmbito do Estado da Guanabara,
com a finalidade de estudar a mobilização dos diversos órgãos estaduais em casos de catástrofes.
O SINPDEC - A Defesa Civil no Brasil está organizada sob a forma de sistema: o Sistema Nacional de
Proteção e Defesa Civil centralizado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), órgão do
Ministério da Integração Nacional, responsável pela sua articulação, coordenação e supervisão técnica e
constituído pelos órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e pelas entidades públicas e privadas.
A DEFESA CIVIL NO MARANHÃO - No Maranhão apesar da incidência periódica dos desastres
naturais provocados por chuvas intensas e por estiagem somente em 19 de outubro de 1973 foi criada pelo
Decreto nº 5.150 a Defesa Civil Maranhense e mediante o Decreto nº 8.055, de 11 de agosto de 1981, foi
reorganizada, passando a denominar-se “Comissão Estadual de Defesa Civil” – CODECIMA.
Em 1º de outubro de 1990 com a promulgação da Constituição Estadual, através do Artigo 116, atribuiu ao
Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, o estabelecimento e a execução da política estadual de defesa
civil, articulada com o Sistema Nacional de Defesa Civil.
ALGUNS CONCEITOS EM DEFESA CIVIL
Defesa Civil: Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar
desastres e minimizar seus impactos para a população e restabelecer a normalidade social. Desastre:
Resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável,
causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais.
Situação de emergência: Situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que
impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.
Estado de calamidade pública: Situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que
impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.
Ações de socorro: Ações imediatas de resposta aos desastres com o objetivo de socorrer a população
atingida, incluindo a busca e salvamento, os primeiros socorros, o atendimento pré-hospitalar e o
atendimento médico e cirúrgico de urgência, entre outras estabelecidas pelo Ministério da Integração
Nacional.
Ações de assistência às vítimas: Ações imediatas destinadas a garantir condições de incolumidade e de
cidadania aos atingidos, incluindo o fornecimento de água potável, a provisão e meios de preparação de
alimentos, o suprimento de material de abrigamento, de vestuário, de limpeza e de higiene pessoal, a
instalação de lavanderias, banheiros, o apoio logístico às equipes empenhadas no desenvolvimento dessas
ações.
Ações de restabelecimento de serviços essenciais: Ações de caráter emergencial destinadas ao
restabelecimento das condições de segurança e habitabilidade da área atingida pelo desastre, incluindo a
desmontagem de edificações e de obras de arte com estruturas comprometidas, o suprimento e distribuição
de energia elétrica, água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem das águas pluviais,
transporte coletivo, trafegabilidade, comunicações, abastecimento de água potável e desobstrução e remoção
de escombros, entre outras estabelecidas pelo Ministério da Integração Nacional.
Ações de reconstrução: Ações de caráter definitivo destinadas a restabelecer o cenário destruído pelo
desastre, como a reconstrução ou recuperação de unidades habitacionais, infraestrutura pública, sistema de
abastecimento de água, açudes, pequenas barragens, estradas vicinais, prédios públicos e comunitários,
cursos d’água, contenção de encostas, entre outras estabelecidas pelo Ministério da Integração Nacional.
Ações de prevenção: Ações destinadas a reduzir a ocorrência e a intensidade de desastres, por meio da
identificação, do mapeamento e do monitoramento de riscos, ameaças e vulnerabilidades locais, incluindo a
capacitação da sociedade em atividades de defesa civil, entre outras estabelecidas pelo Ministério da
Integração Nacional.
DESABRIGADO: Pessoa cuja habitação foi afetada por dano ou ameaça de dano e que necessita de abrigo
provido pelo Sistema.
DESALOJADO: Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação, em
função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que, não
necessariamente, carece de abrigo provido pelo Sistema.
Classificação dos Desastres:
Naturais - São desastres naturais os causados por processos ou fenômenos naturais que podem implicar em
perdas humanas ou outros impactos à saúde, danos ao meio ambiente, à propriedade, provocam interrupção
dos serviços e distúrbios sociais e econômicos.
Tecnológicos - São desastres tecnológicos aqueles originados de condições tecnológicas ou industriais,
incluindo acidentes, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou atividades humanas específicas,
que podem implicar em perdas humanas ou outros impactos à saúde, danos ao meio ambiente, à
propriedade, interrupção dos serviços e distúrbios sociais e econômicos.
Prevenção – tem por objetivo reduzir a ocorrência e a intensidade de desastres naturais ou humanos, por
meio da avaliação e redução das ameaças e/ou vulnerabilidades, minimizando os prejuízos socioeconômicos
e os danos humanos, materiais e ambientais.
Mitigação – tem por objetivo reduzir causas ou consequências, no caso de desastres, a um mínimo aceitável
de riscos ou danos.
Preparação – tem por objetivo minimizar os efeitos de desastres, por meio da difusão de conhecimentos
científicos e tecnológicos e da formação e capacitação de recursos humanos para garantir a minimização de
riscos de desastres.
Resposta – compreende o conjunto de ações desenvolvidas imediatamente após a ocorrência de desastre e
caracterizadas por atividades de socorro e de assistência às populações vitimadas e de reabilitação do
cenário do desastre, objetivando o restabelecimento das condições de normalidade.
Recuperação – tem por finalidade iniciar a restauração da área afetada, para permitir o retorno dos
moradores desalojados.
Reconstrução – conjunto de ações desenvolvidas após as operações de resposta ao desastre e destinadas a
recuperar a infraestrutura e. restabelecer os serviços públicos.

Capítulo V
Segurança Pública
A origem da polícia no Brasil - Polícia é um vocábulo de origem grega (politeia), e passou para o latim
(politia), com o mesmo sentido: "governo de uma cidade, administração, forma de governo". No entanto,
com o passar do tempo, assumiu um sentido particular, "passando a representar a ação do governo, enquanto
exerce sua missão de tutela da ordem jurídica, assegurando a tranquilidade pública e a proteção da sociedade
contra as violações e malefícios". No Brasil, a ideia de polícia surgiu em 1500, quando D. João III resolveu
adotar um sistema de capitanias hereditárias, outorgando uma carta régia a Martim Afonso de Souza para
estabelecer a administração, promover a justiça e organizar o serviço de ordem pública, como melhor
entendesse, em todas as terras que ele conquistasse. Registros históricos mostram que, em 20 de novembro
de 1530, a Polícia Brasileira iniciou suas atividades, promovendo Justiça e organizando os serviços de
ordem pública.
A estrutura policial brasileira. Em terras brasileiras, o modelo policial seguiu o medieval português, no
qual as funções de polícia e judicatura se completavam. A estrutura era composta de figuras como o
Alcaide-Mor (juiz ordinário com atribuições militares e policiais), pelo Alcaide Pequeno (responsável pelas
diligências noturnas visando prisões de criminosos), e Quadrilheiro (homem que jurava cumprir os deveres
de polícia). O Alcaide Pequeno coordenava o policiamento urbano, auxiliado pelo escrivão da Alcaidaria e
por quadrilheiros e meirinhos (antigo oficial de Justiça). As diligências noturnas – combinadas em reuniões
diárias na casa do Alcaide Pequeno – eram acompanhadas pelo escrivão, que registrava as ocorrências
enquanto quadrilheiros e meirinhos diligenciavam pela cidade, seguindo as instruções recebidas nas
reuniões. Pelo Alvará Régio de 10 de maio de 1808, D. João criou o cargo de Intendente Geral de Polícia da
Corte e nomeou o desembargador Paulo Fernandes Viana para exercer o cargo, iniciando-se, assim, uma
série de grandes modificações no organismo policial. Viana criou, pelo Aviso de 25 de maio de 1810, o
Corpo de Comissários de Polícia, que só se tornou realidade por força de uma portaria do Intendente Geral
de Polícia, Francisco Alberto Teixeira de Aragão, em novembro de 1825.
Segurança Pública na Constituição Federal: Art. 144, da C.F/1988. A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia
rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de
bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em
carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao
patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao
patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de
maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.

POLÍCIA CIVIL
A Polícia Civil do Estado do Maranhão é uma das polícias do Maranhão, órgão do sistema de segurança
pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência
específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de
natureza militar.
DELEGACIA DE POLÍCIA - A Polícia Civil do Estado do Maranhão, dirigida pelo Delegado Geral da
Polícia Civil, desenvolve os serviços públicos da sua competência, basicamente, através das delegacias
policiais. As principais delegacias especializadas reprimem o tráfico de entorpecentes, o roubo e o furto,
inclusive de automóveis, as fraudes ou defraudações, sendo certa a inclusão das delegacias de homicídios
dentre essas unidades pela importância do bem jurídico protegido que é a vida humana. A Polícia Civil do
Maranhão conta com as seguintes delegacias especializadas: Delegacia do Adolescente Infrator, Delegacia
de Roubos e Furtos, DRCASP – Coisa Pública, Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Delegacia
Especial da Mulher, Delegacia de Acidentes de Trânsito, Delegacia de Costumes,Delegacia de Homicídios,
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Delegacia do Consumidor, Delegacia do Idoso,
Delegacia do Meio Ambiente, Delegacia Fazendária.
Delegado de Polícia - Escrivão de Polícia - Investigador de Polícia
1° Classe 1° Classe 1° Classe
2° Classe 2° Classe 2° Classe
3° Classe 3° Classe
3° Classe

POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO


A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a
preservação da ordem pública no Estado do Maranhão. Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército
Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são
denominados Militares dos Estados.
História - A Polícia Militar do Maranhão foi criada em 1836, com a denominação de "Corpo de Polícia da
Província do Maranhão"; constituída por um Estado-maior e quatro companhias de infantaria. O efetivo total
era de quatrocentos e doze policiais. Ao longo do tempo a corporação recebeu as seguintes denominações:
Corpo de Segurança Pública, Corpo de Infantaria, Corpo Militar do Estado, Batalhão Policial do Estado,
Força Policial Militar do Estado, Brigada Auxiliar do Norte, Polícia Militar do Maranhão. A primeira turma
de oficiais PM, com Curso de Formação de Oficiais (CFO), também formou-se em 1966, na Academia de
Polícia Militar de Minas Gerais. Em 1993 foi criada a Academia de Polícia Militar do Maranhão, que então
passou a formar seus próprios oficiais, tendo a primeira turma vinte e nove aspirantes-a-oficial formados em
22 de dezembro de 1995. A corporação está subdividida em Comando de Policiamento de Área -
Interior (CPA-I), com as unidades do interior; Comando de Policiamento de Área – Metropolitano
(CPA-M), com as unidades da Capital e região metropolitana; e Comando de Policiamento
Especial (CPE), com as unidades especializadas.
CANÇÃO DA POLICIA MILITAR DO MARANHÃO
Deu-nos a pátria querida. Como sagrada missão. Pelo bem do Maranhão. Oferecer nossas vidas
Essa tricolor bandeira. Que na paz nos agasalha. Há de ser nossa mortalha. Na arrancada derradeira
O futuro há de exaltar. Heroicos feitos de glória. Que estão gravados na historia. Da Polícia Militar
Se a caserna nos ensina. Qual o dever do soldado. Nas fileiras lado a lado. Marchemos com disciplina
Certos do nosso valor. Sem recear o perigo. Ao enfrentar o inimigo. Com marcial destemor.
O futuro há de exaltar. Heroicos feitos de glória. Que estão gravados na história. Da Policia Militar.

CAPÍTULO VI
PRIMEIROS SOCORROS
1 – Primeiros Socorros: É o tratamento imediato e provisório dado a uma vitima de trauma ou doença, fora
do ambiente hospitalar, com o objetivo de evitar o agravamento das lesões ou até mesmo a morte,
estendendo até que a vitima esteja sob cuidados médicos.
2 – Socorrista: É toda pessoa, capacitada ou não, disposta a prestar o atendimento emergencial às vítimas,
quer seja de mal clínico ou traumático. O Socorrista deve se preocupar em:
- Manter as funções vitais; Evitar o agravamento das Lesões; Providenciar assistência médica.
3 – Parada Cardíaca: Supressão súbita e inesperada dos batimentos cardíacos.
4 – Morte Clinica: Uma vitima está clinicamente morta, quando cessa a respiração e o coração deixa de
bater.
5 – Morte Biológica: Uma vitima esta biologicamente morta, quando as células do cérebro morrem.
Corresponde a morte encefálica.
6 – Coma Diabético: Pode aparecer em diabéticos diagnosticados ou não submetidos a diferentes e sérios,
stress, infecções, traumatismos, cirurgias, gravidez, uso de corticóides, diabéticos inadequadamente tratados.
7 – Choque Insulínico: Provocada por uma quantidade excessiva de insulina no sangue, levando
ao esgotamento rápido da glicose do sangue, ocorrendo comprometimento das células do sistema.
8 – Emergência Médica: Estado crítico provocado por uma ampla variedade de doenças cuja causa não
inclui violência sobre a vitima.
9 – Trauma: Estado crítico provocado por um agente externo cuja causa pode incluir violência
sobre a vitima
MECÂNICA DO TRAUMA - QUEDAS, FERIMENTOS PENETRANTES
QUEDAS: As vitimas de quedas também podem sofrer múltiplos impactos. Nestes casos, para avaliar
adequadamente a mecânica do trauma, o socorrista deve observar a altura da queda, a superfície sobre a qual
a vitima está caída e determinar qual foi a primeira parte do corpo a tocar o solo. Normalmente, quedas
maiores de que três vezes a altura da vitima são graves.
- Vitima cai em pé: Normalmente sofre primariamente fratura de calcanhar, de tíbia/fíbula, de fêmur e
pélvis. Secundariamente há uma compressão na coluna, provocando fratura desta nos segmentos lombar e
torácico.
- Vitima cai sobre as mãos: Fratura de punho, seguindo-se lesões nas áreas que primeiro tiveram contato
com o solo.
- Vitima cai de cabeça: Afeta todo o movimento, peso do tronco, pélvis e pernas são concentrados sobre a
cabeça e a coluna cervical da vitima.
FERIMENTOS PENETRANTES:
Os princípios da física como o da Inércia, Ação e reação e da Conservação da energia, são muito
importantes ao estudarmos a mecânica do trauma em ferimentos penetrantes. A energia cinética que um
objeto penetrante transfere para o corpo da vítima é representada por: Energia Cinética = massa X
(velocidade)².
2
Em outras palavras, a energia não pode ser criada nem destruída, mas pode ser transformada. Assim, quando
o projétil de uma munição penetra um tecido, a energia cinética é necessariamente transformada para que ele
se desacelere e pare.
3 – Avaliação Geral do Paciente
O processo de avaliação geral do paciente divide-se em cinco fases distintas, a saber:
1 – Avaliação/Dimensionamento da cena;
2 – Avaliação Inicial;
3 – Avaliação Dirigida (trauma ou emergência médica);
4 – Avaliação física detalhada (opcional);
5 – Avaliação ou assistência continuada.
3.1 – Avaliação/Dimensionamento da cena
Todo atendimento inicia-se com a avaliação do cenário, incluindo:
1- Revisão das informações;
2- adoção de medidas de proteção individual;
3- verificação das condições de segurança:
- Segurança Pessoal;
- Segurança do paciente;
- Segurança de terceiros.
4- observação dos mecanismos de traumas ou a natureza da doença;
5- verificação do numero de vitimas e da necessidade do acionamento de recurso adicionais.
3.2 – Avaliação Inicial
É um processo ordenado que serve para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameaçam a vida a
curto prazo. Será executada na seguinte sequência:
1- Forme uma impressão Geral do Paciente;
2- Avalie o Nível de Consciência (AVDI);
3- Avalie a permeabilidade das vias aéreas e a Coluna Cervical;
4- Avalie a respiração (VOS);
5- Avalie a Circulação;
6- Decida a prioridade para transporte do paciente (Escala CIPE).
A - Nível de Consciência
A – Alerta;
V – Verbal;
D – Dor;
I – Irrespondível (não tem resposta possível).
B - Escala CIPE
Crítico: Parada respiratória ou cardiorrespiratória; Instável – Inconsciente ou choque descompensado:
Pulsos centrais fracos - Alteração do nível de consciência - Diminuição do débito urinário - Hipotensão
Potencialmente Instável: Choque compensado ou lesão isolada - Aumento da frequência cardíaca -
Perfusão sistêmica ruim.
Estável: Paciente com lesões menores.
3.3 – Avaliação Dirigida
É um processo ordenado para obter informações, descobrir lesões ou problemas médicos que, se não
tratados poderão ameaçar a vida do paciente. É dividida em três etapas: Entrevista; Sinais Vitais; Exame
Físico.
Regras Gerais que se aplicam na avaliação dirigida:
1 – Avaliar sem causar dano adicional;
2 – Observar condutas e/ou comportamento do paciente e estar atento a qualquer alteração nas condições do
paciente;
3 – Suspeitar de lesão na coluna vertebral, sempre que a vitima sofrer um trauma;
4 – Informar ao paciente que vai examiná-lo e a importância ( o porquê) de fazê-lo;
5 – Aferir corretamente os sinais vitais;
6 – Seguir corretamente a sequência no exame físico da cabeça aos pés.
Sinal – É tudo aquilo que o socorrista pode observar ou sentir na vítima enquanto a examina.
Sintoma – É tudo aquilo que o socorrista não consegue identificar sozinho, o paciente necessita contar sobre
si mesmo.
Aferição dos Sinais Vitais
1- Pulso – Expansão e relaxamento das paredes das artérias.
Valores Normais:
Adulto – 60 a 100 bpm;
Criança – 80 a 140 bpm;
Lactentes – 85 a 190 bpm.
2- Respiração – Ato de respirar (ventilação).
Valores Normais:
Adulto – 12 a 20 rpm;
Criança – 20 a 40 rpm;
Lactentes – 40 a 60 rpm.
Principais pulsos:
1 - Temporal;
2 - Carotídea;
3 - Femoral;
4 - Poplítea;
5 - Radial e Ulnar;
6 - Tibial anterior ou Posterior.
Aferição dos Sinais Vitais (cont.)
3- Temperatura – É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano.
- Geralmente fica entre 36,6 e 37º Celsius.
- Com relação a coloração, a pele poderá estar (causa provável):
- Branca (Pálida); Choque, ataque cardíaco, hemorragia, colapso circulatório, choque insulínico.
- Avermelhada (Ruborizada); Acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, ataque cardíaco, coma
diabético.
- Azul ou arroxeada (Cianótica); Deficiência respiratória, arritmias, falta de oxigenação, doenças
pulmonares, certos envenenamentos.
4- Pressão Arterial: É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias.
- Sistólica – Pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do coração (sístole).
- Diastólica – Pressão remanescente nas artérias quando o coração fica relaxado (diástole).
- PA Sistólica – 100 a 150 mmHg.
- PA Diastólica – 60 a 90 mmHg.
- Exame Físico
- Na ordem: Pescoço-Crânio-Face (ouvidos e pupilas)-Tórax-Membros Superiores-Abdome-Quadril-
Membros Inferiores-Dorso.
- Assistência Continuada: A avaliação ou assistência continuada é usualmente utilizada pelas equipes de
socorro pré-hospitalar durante o transporte do paciente até a unidade hospitalar, devendo verificar
periodicamente os sinais vitais e manter uma constante observação do aspecto geral do paciente.
- Recomendamos uma reavaliação a cada quinze minutos para pacientes estáveis e a cada cinco minutos no
caso de pacientes instáveis.
* No caso de trauma, o socorrista deve aplicar o colar cervical e, em seguida, avaliar a necessidade de
oxigênio suplementar. No caso de uma emergência médica não se faz necessária a imobilização. Em caso de
parada respiratória ou respiração inadequada (abaixo de 8 movimentos respiratórios por minuto) iniciar
ventilação positiva com oxigênio a 100%. Se o paciente encontra-se inconsciente ou está alerta com
respiração rápida e superficial (acima de 24 movimentos respiratórios por minuto), iniciar oferta de oxigênio
em alta concentração através do uso de máscara facial com reservatório de oxigênio (regular o fluxômetro de
12 a 15 litros por minuto).
4 – Reanimação Cardiopulmonar
Conceitos Importantes:
Parada Respiratória: Supressão súbita dos movimentos respiratórios, que poderá ou não, ser acompanhada
de parada cardíaca.
Cianose: Coloração azulada da pele e das mucosas, causada pela falta de uma adequada oxigenação nos
tecidos.
Técnicas de Abertura das Vias Aéreas:
Antes de realizar uma manobra:
1 – Em vitimas que respiram, ainda que com dificuldade, não aplicar nenhuma manobra, deve-se apenas
estimulá-las a tossir.
2 – Assumir lesões associadas de cervical em todos os casos de trauma.
3 – Evitar a hiperextensão do pescoço ou qualquer movimento da cabeça e pescoço com a finalidade de
prevenir maior dano à coluna vertebral.
4 – O empurre mandibular (manobra modificada) é a única manobra recomendada para ser realizada em
vítima inconsciente com possibilidade de lesão na coluna.
Manobra de Extensão da Cabeça ou Elevação Mandibular (Emergência Médica)
1 – Colocar a vítima em decúbito dorsal horizontal e posicionar-se ao seu lado, na altura dos ombros;
2 – Colocar uma das mãos na testa, para estender a cabeça para trás, e a ponta dos dedos indicador e o médio
da outra mão por baixo da mandíbula para levantá-la.

Manobra de Impulsão/Empurre Mandibular ou Manobra Modificada (Trauma)


1 – Colocar a vítima em decúbito dorsal horizontal e posicionar-se, de joelho e alinhado a vítima, acima da
parte superior da cabeça;
2 – Com os cotovelos na mesma superfície que a vítima e com uma mão de cada lado da cabeça do mesmo,
colocar as pontas dos dedos indicador e médio sob o ângulo da mandíbula;
3 – Com os dedos posicionados, impulsionar a mandíbula para cima, mantendo a cabeça estabilizada com a
palma das mãos. Não elevar ou realizar rotação da cabeça da vítima, pois a proposta desta manobra é manter
a via aérea aberta sem mover a cabeça ou o pescoço.
Técnicas de Ventilação de Suporte:
• Boca-Máscara;
• Boca-a-Boca;
• Boca-Nariz, e
• Boca-estoma.
Devemos considerar os seguintes parâmetros da Associação Americana do Coração (AHA):
• Lactente: de 0 a 1 ano;
• Criança: de 1 a 12 anos;
Adulto: todos os maiores de 12 anos
Devemos considerar os seguintes parâmetros da Associação Americana do Coração (AHA):
• Lactente: de 0 a 1 ano;
• Criança: de 1 a 12 anos;
• Adulto: todos os maiores de 12 anos
TÉCNICA DE RCP
O primeiro passo é localizar o ponto de compressão, que se situa exatamente no terço inferior do esterno,
acima de sua ponta mole, onde se junta ao abdome:

LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE COMPRESSÃO

Técnicas de RCP em Adulto (dois socorristas)


1 – Verifique o estado de consciência da vítima, ative o serviço de Emergência Médica, posicione
corretamente a vítima;
2 – Abra as vias aéreas e verifique a respiração;
3 – Se a vítima respira, coloque-a em posição de recuperação. Se não respira, mensure e introduza a cânula
orofaríngea apropriada. Utilizando um reanimador manual, providencie 2 ventilações lentas (1,5 a 2
segundos por ventilação). Observe a elevação do tórax e permita a saída do ar entre as ventilações. Se
possível, use oxigênio acoplado ao reanimador (12 a 15 ppm);
4 – Verifique a presença de pulso carotídeo. Se a respiração está ausente, mas há pulso, continue o socorro
promovendo uma ventilação a cada 5 segundos (12 rpm);
5 – Se não houver pulsação, o segundo socorrista deverá iniciar a RCP promovendo 30 compressões
torácicas externas seguidas de 2 ventilações lentas do primeiro socorrista (ciclos de 15 x 2). Parar as
compressões durante a ventilação;
6 – Depois de 4 ciclos de 30 compressões por 2 ventilações, revise o pulso da vítima. Se não houver o
retorno do pulso continue com os ciclos de 15 x 2, iniciando pelas compressões torácicas;
7 – Se a vítima está respirando ou se reassume efetivamente a respiração e a pulsação, coloque-a na posição
de recuperação e inicie seu transporte com monitoramento constante.
5 – Obstruções das Vias Aéreas por Corpos Estranhos (OVACE):
CONCEITO: É a obstrução súbita das VA superiores causadas por corpo estranho.
CAUSAS:
• Pela Língua - Pela Epiglote - Por Corpos Estranhos - Por Danos aos Tecidos - Por Patologias
(enfermidades).
Manobra de desobstrução:
• Manobra de compressão subdiafragmática (manobra de Heimlinch).
• Esta manobra força o ar dos pulmões a criar uma tosse artificial capaz de expelir o corpo estranho,
que está obstruindo as VA.
OVACE EM ADULTO

1 – Pergunte: você está engasgado?


2 – Confirmada a obstrução das VA, posicione por detrás da vítima e inicie as manobras de compressão
abdominal subdiafragmática. Substitua as compressões abdominais por compressões torácicas nas vítimas
muito obesas ou com gravidez avançada.
3 – Repita as compressões até ocorrer a desobstrução ou a vítima perder a consciência, caso a perca acionar
imediatamente o Serviço de Emergência Médica;
4 – Posicione a vítima deitada sobre o solo e abra sua boca utilizando a técnica de levantamento da língua e
mandíbula. Caso visualize o corpo estranho tente removê-lo fazendo uma limpeza com seu dedo em forma
de gancho;
5 – Abra as vias aéreas e promova uma ventilação lenta. Se o ar não passa, reposicione a cabeça da vítima e
trate de ventilar novamente;
6 – Se a vítima continua obstruída, execute 5 compressões abdominais, repita os passos 4 a 6 até ocorrer a
completa desobstrução das VA;
7 – Se a vítima está respirando ou se reassume efetivamente a respiração, coloque-a na posição de
recuperação e inicie seu transporte para o hospital com monitoramento constante.
OVACE EM CRIANÇA
1 – Confirme se há obstrução das VA, inicie as manobras de compressão abdominal subdiafragmática;
2 – Repita as compressões até ocorrer a desobstrução ou a vítima perder a consciência, caso a perca acionar
imediatamente o Serviço de Emergência Médica;
3 – Posicione a vítima deitada sobre o solo e abra sua boca utilizando a técnica de levantamento da língua e
mandíbula. Caso visualize o corpo estranho tente removê-lo fazendo uma limpeza com seu dedo em forma
de gancho;
4 – Abra as vias aéreas e promova uma ventilação lenta. Se o ar não passa, reposicione a cabeça da vítima e
trate de ventilar novamente;
5 – Se a vítima continua obstruída, execute 5 compressões abdominais, repita os passos 3 a 5 até ocorrer a
completa desobstrução das VA;
6 – Se a vítima está respirando ou se reassume efetivamente a respiração, coloque-a na posição de
recuperação e inicie seu transporte para o hospital com monitoramento constante.
OVACE EM LACTENTE
1 – Confirme se há obstrução completa das VA, inicie as manobras de desobstrução promovendo 5 golpes
entre as escápulas e, em seguida, executando 5 compressões torácicas no bebê;
2 – Continue repetindo o passo 2 até ocorrer a completa desobstrução ou a vítima perder a consciência, caso
a perca acionar imediatamente o Serviço de Emergência Médica;
3 – Posicione a vítima e abra sua boca utilizando a técnica de levantamento da língua e mandíbula. Caso
visualize o corpo estranho tente removê-lo com o dedo mínimo;
4 – Abra as vias aéreas e promova uma ventilação bem lenta. Se o ar não passa, reposicione a cabeça da
vítima e trate de ventilar novamente;
5 – Se a vítima continua obstruída, execute 5 golpes entre as escápulas, gire o bebê e faça 5 compressões
torácicas, repita os passos 3 a 5 até ocorrer a completa desobstrução das VA;
6 – Se a vítima está respirando ou se reassume efetivamente a respiração, coloque-a na posição de
recuperação e inicie seu transporte para o hospital com monitoramento constante.
6 – Traumas e Emergências Médicas
A – Hemorragia e Estado de Choque:
É a perda de sangue interna ou externa, causada por corte, rompimento ou laceração dos vasos
sanguíneos.
Tipos de Hemorragias:
Arterial (Pulsátil, Vermelho Vivo);
Venosa (Lento e contínuo, Vermelho Escuro);
Capilar (Lento na cor do sangue venoso, em proporção menor).
Sinais e Sintomas:
Agitação;
Palidez;
Sudorese Intensa;
Pele Fria;
Pulso Rápido;
Hipotensão (PA Sistólica abaixo de 90mmHg);
Sede;
Fraqueza.
Técnicas de contenção:
Compressão Direta;
Elevação do Membro;
Compressão dos Pontos Arteriais.

Exemplo de Técnica de contenção em ferimento no tórax e abdômen:

Tratamento:
• Ligar para o CBM, informando a respeito de hemorragia;
• Monitorar Respiração e Circulação;
• Tratar o Choque;
• Afrouxar roupas apertadas;
• Estar preparado para o vômito;
• Não dar nada de comer ou beber.
OBS. 1 - Pálpebras descoloridas, pálidas, indicam possibilidade de hemorragia grave.
2 - Não por tampões no ouvidos, pois o sangue poderia coagular, devendo apenas cobri-lo, deitando a vitima
do lado do sangramento.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO:
Falta de oxigenação adequada para todas as partes do corpo. Causas: Falha do coração - Perda de líquidos -
Dilatação excessiva dos vasos sanguíneos. Sinais e Sintomas: Respiração rápida e superficial - Pulso rápido
e fraco - Pele pálida e úmida - Face pálida e cianótica – Sede.
• Queda na Pressão Arterial.
• Tratamento:
• 1 – Posicionar a vítima deitada;
• 2 – Elevar os membros inferiores;
• 3 – Manter a respiração e circulação;
• 4 – Controlar hemorragias externas;
• 5 – Administrar oxigênio suplementar;
• 6 – Imobilizar fraturas, se necessário;
• 7 – Prevenir a perda de calor corporal;
• 8 – Não dar nada de comer ou beber:
• 9 – monitorar e transportar para um hospital.
B – Trauma em Ossos e Crânio:
É a ruptura total ou parcial de um osso.
I) Classificação das fraturas:
a) Quanto à extensão da fratura:
Incompleta – Os ossos ainda permanecem interconectados.
Completa – Separação completa dos ossos.
b) Quanto à exposição do foco da fratura:
Fechada (simples) – A pele não foi perfurada, pelas extremidades ósseas;
Aberta (exposta) – Atravessa a pele ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso
fraturado até a pele.
II) Sinais e Sintomas: Deformidade e dor; Sensibilidade; Crepitação óssea; Edema e alteração de
coloração; Impotência funcional; Fragmentos expostos. Luxação; Somente nas articulações.
Entorse.

Fechada (simples) Aberta (exposta)


III) Métodos de Imobilização:
Talas Rígidas ou Talas Moldáveis;
Talas Infláveis ou Talas de Tração;
Colares Cervicais ou colete de Imobilização Dorsal;
Ked ou Pranchas Rígidas;
Ataduras e Bandagens.
IV) Tratamento:
• Informar o que será feito a vitima;
• Expor o local (as roupas serão cortadas e removidas);
• Controlar hemorragias e cobrir feridas;
• Não tentar colocar fragmentos ósseos de volta a cavidade, nem tente removê-
las;
• Usar curativos estéreis;
• Observar o pulso distal, a imobilidade e sensibilidade e a perfusão;
• Usar talas rígidas e confortáveis;
• Imobilizar, movimentando o mínimo possível;
• Imobilizar todo o osso fraturado, uma articulação acima e uma abaixo;
• Revisar sempre a presença do pulso e a função nervosa, assegurando que a
imobilização está adequada e não atinge a circulação;
• Prevenir ou tratar o choque.

Trauma de Crânio: Lesões na cabeça fazem suspeitar de uma condição neurológica de urgência. Podem
causar hemorragias externas na cavidade craniana que, se não corrigidas de imediato, podem levar a vítima
ao choque e progredirem até a morte.
Sinais e Sintomas
• Ferimentos na cabeça.
• Tontura, sonolência e inconsciência.
• Hemorragia pelo nariz, boca ou ouvido.
• Alteração do ritmo respiratório.
• Hematoma nas pálpebras.
• Saída de líquido cefalorraquidiano pelos ouvidos.
• Vômitos e náuseas.
• Falta de controle das funções intestinais.
• Paralisia.
• Perda de reflexos.
• Desvio de um dos olhos.
• Diâmetro das pupilas desiguais.
Tratamento
• Imobilizar a coluna cervical.
• Evitar movimentos bruscos com a cabeça do acidentado.
• Caso haja o extravasamento de sangue ou líquido por um dos ouvidos, facilitar esta saída.
• Prevenir estado de choque.
• Ministrar oxigênio.
• Transportar a vítima em maca com urgência ao hospital.
Situação em que as pupilas podem ser encontradas:
Midríase (Parada cardio-respiratória)

Miose (Envenenamento, Intoxicação, Excesso uso de Drogas)

Anisocoria (Traumatismo Craniano)


C – Queimaduras: São lesões produzidas nos tecidos de revestimento do organismo e pode acontecer por
ação de agentes térmicos (Calor e Frio), produto químico (Substância Ácida), eletricidade (Materiais
Energizados e Descargas Atmosféricas), radiação (Materiais Radiativos), etc.
I) Classificação das Queimaduras, quanto a profundidade:
De 1º Grau – Atinge a epiderme (camada mais superficial da pele). Característica-dor local e vermelhidão da
área atingida.
De 2º Grau – Atinge a epiderme e a derme. Característica-Dor intensa, vermelhidão e formação de bolhas
(Mais Dolorida).
De 3º Grau – Atinge todas as camadas da pele (tecidos), incluindo o tecido gorduroso, os músculos, vasos e
nervos, podendo chegar até os ossos. Característica-Pouca dor, devido à destruição das terminações nervosas
da sensibilidade, pele seca, dura e escurecida ou esbranquiçada, ladeada por áreas de vermelhidão.

Primeiro Grau Segundo Grau Terceiro Grau


II) Gravidade de uma queimadura:
• Deve-se considerar os seguintes aspectos para mensurar a gravidade de uma queimadura:
• Grau da queimadura;
• Porcentagem de SCTQ (Superf. corporal total queimada);
• Localização da queimadura;
• Complicações que a acompanham;
• Idade da vitima;
• Enfermidades anteriores da vitima..
Para calcular em um adulto a porcentagem aproximada de superfície de pele queimada, tomamos em
conta os seguintes dados, considerando as partes em relação ao todo:
• Cabeça e Pescoço 9%
• Membros superiores 9% (cada um)
• Tórax e abdome 18%
• Costas 18%
• Membros Inferiores 18% (cada um, incluindo nádegas)
• Para as crianças, a porcentagem é a seguinte:
• Cabeça 18%
• Membros superiores 9% (cada um)
• Tórax e abdome 18%
• Costas e nádegas 18%
• Membros Inferiores 14% (cada um, incluindo nádegas)
• É considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro grau) que atinja
15% do corpo ou mais.
• Queimaduras Graves
– Queimaduras de segundo e terceiro grau, 10% de SCQ se idade < 10 ou >50
– Queimaduras de segundo e terceiro grau, 20% de SCQ em qualquer idade
– Queimaduras na face, mãos, pés genitália, períneo e grandes articulações.
– Queimaduras de terceiro grau com 5% da SCQ
– Queimaduras elétricas e químicas
– Lesões por inalação e nas extremidades corpóreas
– Queimaduras circunferenciais
Fonte American Burn Association
Tratamento:
• Inicialmente deter o processo da lesão;
• Avaliar a vítima e manter as VA permeáveis, observando a frequência e a qualidade da respiração;
• Cobrir toda a área queimada, após expô-la. Usar curativo estéril. Não obstruir a boca e nariz. Não
aplicar nenhum creme ou pomada;
• Providenciar cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrindo-os com curativo úmido;
• Cuidado para não juntar os dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis;
• Prevenir o choque e transportar.
OBS – Em casos de queimaduras menores, lavar a área atingida com água fria ou usar água corrente por
vários minutos para resfriar o local.
D – Intoxicação e Envenenamento:
Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo (drogas, gases, ervas venenosas, produtos
químicos, comidas diferentes, etc.)
SINAIS E SINTOMAS - Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, tonturas, etc.
A - VENENOS INGERIDOS: - Provoque o vômito. - Dê o Antídoto Universal: 02 PARTES DE
TORRADAS QUEIMADAS, 01 PARTE DE LEITE DE MAGNÉSIA, 01 PARTE DE CHÁ FORTE.
Procedimentos: - Mantenha a vítima agasalhada; -Manter as VA permeáveis; -Leve ao médico ou Hospital o
recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para o C.C.I. tenha todos os dados da ocorrência: hora
da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido
não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.
B - VENENOS ASPIRADOS: - Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.
Procedimentos: Areje o ambiente. - Manter as VA permeáveis; - Remova imediatamente para um Hospital.
C - ENVENENAMENTO ATRAVÉS DA PELE
Procedimentos: - Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente.
D - CONTAMINAÇÃO DOS OLHOS
- Lave com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.
E – Convulsão (epilepsia e convulsão febril).
Epilepsia: Doença neurológica convulsiva crônica. Manifesta-se por perda súbita da consciência,
geralmente acompanhada de convulsões tônico-crônicas.
Convulsão Febril – Ocorrem somente em algumas crianças menores de 6 anos, desencadeadas durante
hipertermias. É rara entre 2 a 6 anos e não ocorre abaixo dos 2 meses.
Sinais e Sintomas de uma crise convulsiva:
Perda da consciência;
Rigidez do corpo, especialmente do pescoço e extremidades;
Pode apresentar leves tremores pelo corpo;
Pode ocorrer cianose ou até parada respiratória, podendo ocorrer perda do controle urinário e fecal;
Pode ocorrer confusão mental e amnésia em relação ao episódio após a crise;
Tratamento:
Posicionar a vitima no piso ou em uma maca;
Proteger a vitima de objetos ao seu redor;
Afrouxar as roupas apertadas;
Posicionar adequadamente a cabeça da vitima;
Vigiar a respiração e administrar oxigênio suplementar;
Dar suporte emocional e transportar para o hospital.
Estado de Choque: São distúrbios devido à condição física, falha do coração e da circulação que se seguem
a ferimentos graves com perda de sangue.
I) Sinais e Sintomas: Hemorragia; Falha dos Batimentos cardíacos; Oxigenação inadequada; Cianótico, frio
e suor; Pulsação e respiração, rápida e fraca; A vitima pode se encontrar agitada ou em coma e inconsciente;
II) Tratamento:
• Estanque a hemorragia imediatamente, caso haja;
• Coloque a vitima numa posição confortável de maneira que a cabeça fique um pouco abaixo das
demais regiões do corpo;
• Afrouxe toda roupa apertada;
• Mantenha a vítima aquecida com cobertores ou casacos, evitando que o seu corpo perca calor.

F – Parto de Emergência
Parto é um ato natural - chame um médico ou providencie transporte para um Hospital, quando possível.
Procedimentos: Higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos. Cuidados com o recém-nascido, se o
mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração boca-boca. Mantenha a calma, converse com a
parturiente transmitindo-lhe confiança. Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco. Cubra seu
abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este vier a nascer, até a chegada ao
Hospital mais próximo, caso você esteja levando a parturiente num carro particular e o parto desencadear.
não faça: não interfira no processo de parto, não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do
rn. ela protege a pele, nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos ouvidos, nariz e boca do
bebê. Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado à mãe enquanto ela expulsa a placenta. encaminhe
sempre mãe e filho ao hospital mesmo que ambos estejam bem.
Fases do Trabalho de Parto:
Primeira Fase: Inicio das contrações e término. O feto entra no canal de parto.
Segunda Fase: A hora em que o feto entra no canal de parto até o nascimento.
Terceira Fase: Do nascimento até a completa expulsão da placenta. 25 cm= 1 palmo. Distância do 1° ao 2°
clamp = 4 dedos
7 – Resgate e Transporte de Acidentados
RESGATE: É o salvamento que se realiza para tirar ou livrar (de ruína ou perigo) uma vítima qualquer.
TRANSPORTE: É o ato de conduzir vítimas de um lugar para o outro por meio de diversas formas.
ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA O TRANSPORTE:
1 – Procure tranquilizar a vítima e tente permanecer calmo;
2 – Demonstre serenidade para que a vítima sinta que a situação está sob controle. Sua calma diminuirá o
temor e o pânico;
3 – Apoie cada parte do seu corpo ao levantá-la;
4 – Cuidado com suspeita de lesão de coluna.
TÉCNICAS DE TRANSPORTE EMERGENCIAL:
CAPÍTULO VII
USO CORRETO DA BANDEIRA NACIONAL
A bandeira é o símbolo representativo, a marca identitária de um país, estado, município, empresa,
organizações não governamental, educacional, religiosa, associativa e similar, esportiva, cultural. Portanto,
de todas(os) cidadãs e cidadãos. Dessa maneira, deve(m) ser utilizada(s) com respeito, especialmente a
Bandeira do Brasil. No Brasil, são Símbolos Nacionais além da Bandeira Nacional: o Hino Nacional, as
Armas Nacionais (Brasão)1 e o Selo Nacional. A Bandeira Nacional pode/deve ser utilizada em eventos
públicos ou particulares, desde que seja respeitada de acordo com a Lei 5.700. A insígnia não é objeto de
decoração e, “não é apenas um pedaço de pano pintado; é o símbolo do que a nação representa, seus valores,
seus ideias” (COUTINHO, 2013). Aprende-se ou deve-se ensinar/educar nas escolas públicas e particulares,
na Educação Infantil e nos Ensinos Fundamental e Médio – não apenas por ser lei, mas como parte da
construção do cidadão(ã) -, respeitar a Bandeira e os demais Símbolos Nacionais. No Ensino Superior,
procedimentos de civilidade, de cerimonial, de protocolo, de etiquetas social e profissional, são
compartilhados no curso de Ralações Públicas. Na atualidade, os eventólogos aprendem o ofício no curso
(superior) de Tecnologia em Eventos. Percebe-se em eventos e organizações que têm bandeiras hasteadas –
em nível nacional -, deslizes, desconhecimentos de atos ritualísticos e hierárquicos, das disposições de
outras flâmulas em composição com a Bandeira Nacional. Ou seja, tais “gafes” podem proceder pela
ausência – entre várias outras ações de relacionamento, de sintonia entre organização e seus diversos grupos
de interesse -, de relações públicas ou eventólogo.
Cenários à direita e à esquerda
Para a confecção, a reprodução e a disposição da Bandeira Nacional existem algumas observações a serem
apropriadas e executadas. Nessa ocasião, busca-se desmistificar o que significa estar à direita e à esquerda
da Bandeira Nacional, com as disposições de outras flâmulas. Exemplos visuais serão disponibilizados para
ocasiões com dispositivos ímpar e par; com bandeiras municipal, estadual, institucional (situações com
apenas uma (1) das organizações). A Bandeira Nacional ocupa lugar de honra em território brasileiro (exceto
nas Embaixadas ou Consulados). Regra Geral: com o número ímpar de insígnia, fica centralizada. Apenas
duas bandeiras, à direita. Quando disposta individualmente em posição central ou à direita do cenário, do
qual se realiza o evento. Com dispositivos pares (a partir de quatro bandeiras), mais próximo do centro e à
direita. O espaço destinado a Bandeira Nacional deve ser destacado e de fácil visualização, não podendo ser
encoberta, mesmo que parcialmente, por pessoas sentadas em suas Mediações” (BRASIL, 1971). Nesse
sentido, “considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a posição à direita de uma pessoa colocada
junto ao mesmo e voltada para a rua, para a plateia ou, de modo geral, para o público que observa o
dispositivo” (BRASIL, 1971), ou “direita e esquerda de um dispositivo é a direita e a esquerda de uma
pessoa colocada de costas para o prédio [,] palco [ou auditório], onde estão as bandeiras, e de frente para a
rua, plateia ou público (SÃO PAULO, 1982).
Dispositivos clássicos

Cenário 1 – Duas bandeiras: letra (A) – a Bandeira de Pernambuco (estado), à esquerda da Bandeira
Nacional. Cenário 2 – Número ímpar: a Bandeira de Pernambuco (estado) à direita da Bandeira Nacional; a
Bandeira da Unicap (Universidade ou de empresa) à esquerda da Bandeira Nacional. Cenário 3: número par,
a partir de quatro dispositivos. a Bandeira do Recife (município) à direita da Bandeira Nacional; a de
Pernambuco à esquerda da Bandeira Nacional e a da Unicap à esquerda da Bandeira de Pernambuco.
Dispositivos Fechados Nacionais

Cenário 4 – Duas bandeiras: letra (A) – a Bandeira de Pernambuco (estado), à esquerda da Bandeira
Nacional. Ou apenas ela aberta (distendida), centralizada e acima da “autoridade” centralizada à mesa.
Cenário 5 – Poderá ser utilizada em estabelecimentos educacionais; escritórios; reuniões científicas. Cenário
6: à direita da tribuna ou púlpito.
Cenário 7: Bandeiras à direita da mesa diretiva.

Cenário 8: na parte posterior da mesa diretiva. A Bandeira Nacional não poderá ser encoberta, mesmo que
parcialmente, por qualquer componente da mesa de trabalho. A Bandeira Nacional assim como as demais
deve(m) ser apresentada(s) em bom estado de uso: não estar rasgada ou suja; cores originais e dimensões
proporcionais de acordo com a Lei n. 5.700, de 2 de setembro de 1971. Ainda de acordo com a
Regulamentação, 19 de novembro é o Dia da Bandeira Nacional. Nessa data, será hasteada e arriada às 12
horas e 18 horas, respectivamente; normalmente ocorrem às 8 horas e 18 horas. Hasteada à noite, é
necessário que esteja devidamente iluminada. Outras informações poderão ser consultadas entre outras:
– Manual de Eventos da Câmara dos Deputados: um guia para realizadores, gestores de espaços e
fornecedores de serviços (2013)
– Manual de Organização de Eventos do Senado Federal (2013)
Referências
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 5.700, 1971.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5700.htm>.
CONSTANTINO, Coutinho. Bandeira: símbolo da pátria – ou o Brasil é maior do que eles! Veja, São Paulo,
8 set. 2013. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/democracia/bandeira-
simbolo-da-patria-ou-o-brasil-e-maior-do-que-eles/>. Acesso em: 12 nov. 2013.
SÃO PAULO. Companhia Energética de São Paulo. Símbolos nacionais e do estado de São Paulo, 1982.

DISPOSIÇÃO E USO CORRETO DA BANDEIRA NACIONAL EM MASTROS LADO A LADO


Este tutorial refere-se somente a quanto à disposição e ao uso correto das bandeiras dispostas em mastros,
ou seja, em campo aberto. Antes de mais nada deve-se lembrar que jamais a Bandeira Nacional pode ser
menor que as demais. Ela deve sempre ter tamanho igual ou superior às que estiverem dispostas ao seu
lado. Antes de colocarmos as bandeiras nos mastros, devemos saber a de importância das mesmas, mas
este assunto virá posteriormente.

DISPOSIÇÃO DAS BANDEIRAS NACIONAIS


Já deve ter ouvido falar que a Bandeira Nacional deve sempre ficar a centro das demais. Correto!? Mas a
verdade é que nem sempre tem como ela ficar ao centro, como no caso de se ter que hastear duas ou quatro
bandeiras, por exemplo. Veja algumas situações logo abaixo. Nossos exemplos se baseiam em 4 bandeiras,
com a seguinte de importância: Bandeira do Brasil, Estado, Cidade e Desbravadores.
1 - Utilizando duas bandeiras:
Em relação ao observador a bandeira do Brasil fica à esquerda em altura igual ou superior à bandeira do
estado. No caso se tivéssemos somente a bandeira do Brasil e a do município, ficaria da mesma forma.
Veja na ilustração abaixo como deve ficar dispostas as bandeiras do Brasil e estado.

2 - Utilizando três bandeiras:


Em relação ao observador (quem está observando), a bandeira do Brasil fica ao centro, depois vem a
bandeira do estado á esquerda e em seguida vem a do município à direita.
3 - Utilizando quatro bandeiras:
Em relação ao observador, a bandeira do Brasil fica mais a centro-esquerda. Em seguida vem as
bandeiras na seguinte ordem: Brasil, Estado, município e desbravadores. Observe a ilustração abaixo:

4 - Como se faz a contagem?


As bandeiras são colocadas em ordem de importância da seguinte forma:
Dispositivo (que hasteia as bandeiras)
04 - 02 - 01 - 03 - 05
Público (quem observa as bandeiras)
Lembrando que bandeira 01 é a do Brasil. Coloca-se uma bandeira em uma extremidade e depois na
outra extremidade e assim por diante. Sempre a menor bandeira fica à direita de quem observa. Regrinha
para facilitar: Ao se hastear muitas bandeiras você pode seguir o seguinte critério. Se o numero de
bandeiras for “par” comece a contar pela direita. Ex: 01 – 02. Se o numero de bandeiras for ”impar”
comece a contar a partir da esquerda. Ex: 02 - 01 – 03. Dessa forma a bandeira menir sempre vai ficar à
direita do observador.
5 - Ordem de importância das bandeiras estaduais
A listagem abaixo mostra a ordem de importância dos estados brasileiros.
1. Brasil 14. Espírito Santo
2. Bahia 15. Piauí
3. Rio de Janeiro 16. Rio Grande do Norte
4. Maranhão 17. Santa Catarina
5. Pará 18. Alagoas
6. Pernambuco 19. Sergipe
7. São Paulo 20. Amazonas
8. Minas Gerais 21. Paraná
9. Goiás 22. Acre
10. Mato Grosso 23. Mato Grosso do Sul
11. Rio Grande do Sul 24. Rondônia
12. Ceará 25. Distrito Federal
13. Paraíba 26. Amapá
27. Roraima
Segue abaixo a ordem correta da disposição das bandeiras estaduais em mastros conforme regra.
26-24-22-20-18-16-14-12-10-08-06-04-02-01-03-05-07-09-11-13-15-17-19-21-23-25-27
DISPOSIÇÃO DAS BANDEIRAS INTERNACIONAIS
Fonte: www.universodesbravador.com.br
Saudações Civis
As pessoas devem estar de pé, em silêncio e com respeito, a bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa
a frente ou objeto atrapalhando o visualização. Por lei, escolas públicas e particulares são obrigadas a hastear a
bandeira nacional pelo menos uma vez por semana.

Em Linha de Mastro (nº par de bandeiras)


A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro-direita do dispositivo, ou seja, a esquerda do observador
(consulte figura acima). Sempre do lado direito deverá estar com uma bandeira a menos. Por ordem de
importância países, estados, municípios e instituições, sempre da direita pra esquerda. Ex.: na figura acima se
fossemos hastear bandeiras seria nesta ordem: Estados Unidos, Brasil, Município
e Instituição.

Em Recinto Fechado
Neste caso deverá ser usada em mastro à direita da mesa ou desfraldada na posição central em cima
do presidente da sessão. A bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa à frente ou objeto
atrapalhando o visualização.

Em Linha de Mastro (nº ímpar de bandeiras)


A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro com número igual de bandeiras para cada lado.
A Bandeira nunca deve ser menor, sempre igual ou maior que as outras, caso seja hasteada com outros
países deve ser do mesmo tamanho para não ser considerado desrespeito.
A noite a bandeira deve estar iluminada.
Não é permitido hastear sem iluminação.

Em Desfiles Militares
Posição de descansar, ombro-armas e em continência. A Bandeira Nacional, quando hasteada junto com outras,
deve ser a primeira a chegar ao topo do mastro e a última a descer.
Saudações Militares
Abater espadas, continência individual e apresentar armas. A Bandeira em mau estado de conservação deve ser
entregue à unidade militar ou representação mais próxima para ser incinerada.

Reproduzida e Desfraldada
A bandeira nacional pode ser reproduzida (figura avião) ou desfraldada em prédios, paredes em salas de
reuniões entre outros lugares. Em hipótese nenhuma a bandeira pode ser desfraldada ou reproduzida na posição
vertical.

Em Funeral e Luto Oficial


Pode ser colocada sobre ataúdes, cobrindo o caixão, mas é proibido que seja enterrada. Só em caso de falecimento d
leva o presidente a decretar luto oficial, somente assim a bandeira pode ser hasteada a meio-mastro.

Desfiles Civis
Não pode ser conduzida na posição vertical. Deve estar desfraldada ou em mastros. Ocupará uma posição à
frente ou à direta de outra bandeira, em caso de mais de duas bandeiras, se posicionará no centro, à frente das demais.

Composições Artísticas
Em flâmulas, panóplias, escudos, desenhos, deve ser igual ou maior que as outras bandeiras. Deve estar em destaque e
Significado da Bandeira do Brasil
O que é Bandeira do Brasil:

A Bandeira do Brasil é o símbolo máximo de representação da nação brasileira perante os outros países.
A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, um losango amarelo no centro, uma esfera azul
celeste dentro do losango, e uma faixa branca com a frase "Ordem e Progresso". Na bandeira brasileira ainda
estão 27 estrelas que representam os 26 estados e o Distrito Federal do país. A atual versão da bandeira
brasileira foi apresentada em 19 de novembro de 1889, através do Decreto nº 4, quatro dias após a
proclamação da República no Brasil, substituindo a antiga bandeira imperial do país. O desenho da bandeira
foi de Décio Vilares, com inspiração na bandeira do Império.
Significado das cores da bandeira do Brasil

As cores oficiais da bandeira brasileira são o verde, amarelo, azul e branco, com a frase "Ordem e
Progresso". Originalmente, simbolizavam as cores das casas reais da família de D. Pedro I. No entanto, ao
longo dos anos os brasileiros associaram outros significados para cada uma das cores:
 "branco", significa o desejo pela paz. "azul", simboliza o céu e os rios brasileiros. "amarelo", simboliza as
riquezas do país. "verde", simboliza as matas (a rica floresta brasileira).
A frase "Ordem e Progresso" foi baseada nos estudos do filosofo francês fundador do positivismo, Augusto
Comte. Significado das estrelas da bandeira do Brasil.
No dia 11 de maio de 1992 a bandeira brasileira passou a ter 27 estrelas (formato atual), inserindo os estados
do Amapá, Tocantins, Roraima e Rondônia. Antes de 1992, a bandeira brasileira tinha 23 estrelas,
representando os 23 estados brasileiros da época. De acordo com o Decreto de Lei nº 5.443, de 28 de maio
de 1968, sempre que um novo estado for criado no Brasil, uma nova estrela deverá ser inserida na bandeira
brasileira. A primeira versão da bandeira do Brasil tinha 21 estrelas, que representavam os estados
do: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (atual Paraíba),
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte. As estrelas da bandeira
brasileira representam os estados brasileiros e o Distrito Federal. A disposição e tamanho de cada estrela foi
estabelecida a partir da visão do céu da cidade do Rio de Janeiro na noite de 19 de novembro de 1889. A
única estrela que está acima da faixa branca do "Ordem e Progresso" representa o estado do Pará, que na
época era o maior território próximo ao eixo equatorial.
Dia da Bandeira
O Dia da Bandeira é comemorado todos os anos em 19 de novembro. Foi essa a data, em 1889, que
aconteceu a instituição da bandeira republicana nacional como bandeira oficial do Brasil. Mesmo sendo
considerada uma data de extrema importância para o país, não é um feriado nacional no Brasil.
Leis sobre a Bandeira do Brasil
No Brasil existem alguns regras e leis referentes à utilização da bandeira nacional:
Em todos os órgãos públicos, a bandeira deverá ser hasteada todos os dias de manhã e recolhida ao final da
tarde. A bandeira não deverá ficar hasteada durante a noite, a não ser que esteja bem iluminada. A bandeira
brasileira não deve ser desrespeitada, conforme garante o artigo 31 da lei nº 5.700, de 1º de Setembro de
1971: "São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto proibidas:
I - Apresentá-la em mau estado de conservação.
II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições.
III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, ou
como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar.
IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda".
CAPÍTULO VIII
A ORIGEM DA SAUDAÇÃO MILITAR

A saudação entre pessoas é um hábito que acompanha a humanidade desde seus primórdios. Ela pode ter
vários significados. De modo geral, denota que uma pessoa reconhece a outra ou que está iniciando um
reconhecimento. Informalmente, pode significar um cumprimento por amizade, por apreço ou simplesmente
por respeito ou, ainda, uma reverência a título de boas vindas. Quando a formalidade exige, a saudação
assume um aspecto protocolar, que deve seguir algumas regras. Na vida civil, o aperto de mão se consagrou
como a forma de cumprimento por excelência. No ambiente militar a saudação assumiu a forma da
continência e das saudações com armas, em sinal do respeito e da cortesia existentes entre os membros das
forças militares.
Confira a origem dessa saudação!
NA IDADE MÉDIA
Desde a antiguidade, com gestos variados e sem seguir um padrão definido, os pares de uma corporação
militar apresentaram maneiras diversas de saudarem uns aos outros. Na Roma antiga, a clássica saudação
dos romanos de erguer o braço com a mão estendida, que era comum entre todos os cidadãos civis, também
se reproduzia no exército, mas não há registros históricos de que ela representasse uma cortesia militar
específica. Somente na Idade Média surgiu a continência na forma como a conhecemos. Vivendo em uma
sociedade isolada, afeita a símbolos e insígnias que identificavam a notoriedade de um integrante da nobreza
feudal, os cavaleiros medievais deviam honrar a própria posição e a posição do soberano ao qual se ligavam.
Assim, da mesma forma que revelavam pronta disposição para defender a honra com a vida, se dispunham a
reconhecer com reverência os iguais em condição. De acordo com alguns historiadores, um dos rituais dos
cavaleiros consistia em olharem nos olhos daqueles que comungavam da mesma posição que eles, numa
demonstração de respeito e de amizade, reafirmando que compartilhavam do mesmo status. Para que os
olhos se encontrassem, era necessário que ambos levantassem os visores dos elmos, o que teria feito surgir a
continência, um gesto que também passou a ser usado como sinal de respeito ao rei, quando a ele o cavaleiro
se dirigia. Outros historiadores acreditam que o gesto teria surgido como uma demonstração de boa vontade
entre os cavaleiros, que apresentavam as mãos desarmadas em altura visível. De fato, as duas correntes
coincidem quando afirmam que aquela saudação significa o mesmo respeito mútuo que hoje a continência
representa.
SAUDAÇÕES COM ARMAS
Outra forma de saudação militar são as salvas de tiros com armas de pequeno calibre ou com canhões que
utilizam pólvora seca. Os disparos são feitos como forma de celebrar ocasiões ou de prestar homenagens em
cerimônias militares. De acordo com os historiadores, esse tipo de saudação militar teria origem naval,
surgindo quando, ao se aproximarem da costa de outra nação que não fosse a própria, os navios militares
disparavam os canhões em direção ao alto mar, sem atingir qualquer alvo, até não restar munição,
demonstrando dessa forma que estavam se desarmando e que não tinham intenções hostis. Outros hábitos
similares de demonstrar desarmamento foram incorporados ao regimento militar, a exemplo da apresentação
da espada com a ponta voltada para baixo e da remoção do capacete, todos em demonstração de boa vontade
e de não hostilidade.

CAPÍTULO IX
AGENTES EXTINTORES
A escolha de um ou outro agente extintor a ser utilizado em determinada situação de combate ao fogo
decorre de uma análise criteriosa de fatores importantes. Os agentes extintores, utilizados nos extintores
portáteis de incêndio, são substâncias capazes de eliminar um princípio de incêndio, atuando sobre o fogo,
resfriando-o, abafando-o ou ambos simultaneamente. As substâncias mais comuns são: água, espuma, pó
químico e dióxido de carbono. Esses agentes extintores são expelidos do extintor de incêndio por um agente
propelente que, normalmente, pode ser: ar comprimido, dióxido de carbono (CO2) ou nitrogênio (N2). O
agente extintor deve:
a) Atingir o fogo, sem que o operador precise se aproximar demasiadamente das labaredas.
b) Penetrar na base do fogo, sendo mais eficaz.
c) Fazer uma nuvem protetora para resguardar a pessoa que está manuseando o extintor.
2.2.1 Água
A água é o agente extintor mais indicado para o fogo classe A, ou seja, todo e qualquer fogo em que o
material combustível queime em superfície, profundidade e deixe resíduos. Em determinadas situações
poderá ser utilizada, também, em fogo classe B. Vejamos ambas as situações: A água, em jato pleno ou na
forma de chuva, atua sobre o material em combustão pela ação do resfriamento – indicada para uma situação
em que se deseja combater fogo em materiais sólidos, ou seja, classe A. Quando a água for utilizada na
forma de neblina, além de resfriar, ela age por abafamento. Dessa forma, pode, também, ser utilizada em
fogo classe B, desde que o combustível esteja restrito a um recipiente e não tenha como extravasar do
mesmo. A água e o combustível líquido não se misturam. Se o combustível em chamas estiver derramado no
chão, a água irá lavar o chão e levar este combustível, ainda em chamas, para outros lugares, criando
situações que poderão ser mais perigosas. É expressamente proibido utilizar água ou espuma em fogo classe
C, ou seja, em equipamentos elétricos energizados, pois, da forma em que a água se encontra dentro do
extintor de incêndio, ela é condutora de eletricidade. A água também não deve ser empregada em produtos
que, pelo contato entre eles, produzam uma reação química capaz de gerar gases inflamáveis e calor, por
exemplo: carburetos, sódio metálico, pó de alumínio, pó de magnésio, entre outros.
2.2.2 Espuma
A espuma é um agente extintor que pode ser utilizado tanto em fogo da classe A, como em fogo da classe B,
devido as suas propriedades de abafamento e resfriamento. A espuma é formada pela reação química entre
dois produtos que, quando se misturam, geram uma espuma química (o sulfato de alumínio e o bicarbonato
de sódio). O extintor de incêndio é dividido em duas câmaras. Na câmara externa, vai uma solução aquosa
de sulfato de alumínio. Na outra câmara, há um tubo plástico com furos na extremidade superior colocado
dentro da primeira câmara e, dentro deste, há uma solução aquosa de bicarbonato de sódio mais o alcaçuz
(elemento responsável por dar maior estabilidade à espuma). Como já mencionamos anteriormente, é
proibido usar a espuma em fogo classe C, ou seja, em equipamentos elétricos energizados, pois tem grande
quantidade de água na sua composição e, portanto, ela é condutora de eletricidade. A espuma também não é
indicada para combater fogo em combustíveis gasosos, tais como: GLP, metano, butano propano, entre
outros. O extintor portátil de espuma está em desuso, mas sistemas automáticos de espuma são muito
utilizados e indicados quando o risco incêndio envolve grandes quantidades de líquidos inflamáveis,
armazenados em tanques e reservatórios, riscos que exigem grande quantidade de agente extintor. Os
sistemas automáticos de espuma tem grande aplicação em refinarias e indústrias químicas, navios petroleiros
e outros.
2.2.3 Pó químico seco
O pó químico seco é utilizado com grande eficiência para combater fogo da classe B e da classe C, pois age
por abafamento, ou seja, ele forma uma cortina de pó químico sobre a superfície, expulsando o oxigênio da
proximidade com o fogo. O pó químico seco pode ser: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou
cloreto de sódio, sendo que o mais utilizado é o bicarbonato de sódio. O pó químico, para ser utilizado em
extintores de incêndio, deve ter a característica de ser não higroscópico, ou seja, não pode absorver água,
pois, se assim acontecer, ele empedra dentro do extintor de incêndio, perdendo toda a sua característica de
pó e o agente propelente não conseguirá, quando acionada a válvula, expeli-lo para fora do extintor de
incêndio.
Cuidados com o pó químico
O pó químico seco é muito bom para extinguir fogo da classe C, mas, quando utilizado em locais onde
existem equipamentos eletrônicos energizados, poderá ocasionar danos e, até mesmo, inutilizar os
equipamentos que não foram atingidos pelo fogo. Quando utilizado em empresas alimentícias, ele poderá
contaminar a produção de alimentos. Quando aplicado em locais fechados, poderá ser causa de asfixia nas
pessoas.
Técnicas de prevenção e extinção do fogo
Hoje em dia, o pó químico seco está sendo substituído por outro tipo de pó: o pó químico tipo ABC (tri-
classe). O pó químico tipo ABC (como o próprio nome diz) é um pó químico que, além da característica de
abafamento, apresenta a característica de penetração, podendo ser utilizado nas três classes de incêndio (A,
B e C) com bastante eficiência. O pó químico tri-classe, conhecido como pó químico ABC, é o fosfato de
monoamônio (NH4H2PO4). A desvantagem do pó químico ABC, em relação ao pó químico seco, é que ele
é mais corrosivo. Nos incêndios classe D (materiais pirofóricos), devemos utilizar pó químico especial
recomendado para o tipo de material em que deverá ser combatido o fogo.
2.2.4 Gás carbônico (CO2)
O gás carbônico é um gás inerte, ou seja, ele não alimenta as chamas como acontece com o oxigênio. Ele
age sobre o fogo expulsando o oxigênio da proximidade das chamas, atuando, nesse caso, por abafamento,
mas também ele opera sobre a superfície do material em combustão, resfriando-o. Assim, esse agente
extintor age por abafamento e resfriamento simultaneamente. É indicado para o combate de fogo da classe B
e da classe C.
O CO2 tem duas grandes vantagens sobre o pó químico: ele não atua como elemento corrosivo nos
equipamentos eletrônicos e nem contamina produtos alimentícios.
2.3 Equipamentos portáteis de combate a incêndio
Os equipamentos portáteis de combate a incêndio são conhecidos como extintores portáteis de incêndio. São
utilizados quando é necessário realizar uma rápida e imediata intervenção de combate a um princípio de
incêndio. Os extintores portáteis de incêndio são recipientes metálicos dentro dos quais está o agente
extintor e o agente propelente (Figura 2.4).

Figura 2.4: Tipos de extintores de incêndio - Fonte: CTISM


Os equipamentos portáteis de combate a incêndio, desde a sua fabricação, carga, recarga, manutenção e
descarte, deverão seguir as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim sendo,
conforme determinações da ABNT, todo extintor de incêndio deve ter, em seu bojo, rótulos com as
seguintes informações:
a) Classe de incêndio a que se destina (Figura 2.5).

Figura 2.5: Especificação do tipo de classe de fogo em extintores portáteis de incêndio - Fonte: CTISM

b) Recomendações de manutenção.
c) Procedimentos de como utilizar o equipamento.
d) Selo ABNT com os seguintes dados:
• A data da recarga.
• A data do vencimento do teste hidrostático.
• Número de identificação.

Figura 2.6: Rótulos – classe de incêndio, etiqueta ABNT e indicativa de garantia - Fonte: CTISM
Como dito anteriormente, os extintores portáteis de incêndio são projetados para serem utilizados de forma
rápida e imediata no combate ao princípio de incêndio, mas, para que os equipamentos portáteis de combate
ao princípio de incêndio sejam realmente efi cazes, alguns fatores deverão ser observados. Dentre esses
fatores podemos enumerar que:
a) Seja feita uma distribuição e uma localização (segundo norma técnica vigente) destes equipamentos pela
empresa.
b) A distribuição dos extintores portáteis deverá ser realizada segundo as classes de incêndio e, portanto,
levando-se em consideração os agentes extintores mais adequados aos riscos de incêndio de cada setor.
c) O acesso a esses equipamentos deverá ser feito de forma rápida.
d) Serão colocados em locais onde exista a menor probabilidade do fogo bloquear o seu acesso.
e) A manutenção destes equipamentos deverá ser criteriosa, seguindo as normas técnicas vigentes.
f) Os trabalhadores deverão conhecer, profundamente, as técnicas de combate ao princípio de incêndio e,
também, estar bem treinados na utilização dos equipamentos.
2.4 Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio
A norma brasileira que determina os parâmetros mínimos exigíveis de inspeção, de manutenção e de recarga
de extintores de incêndio é a NBR 12962:1998
– Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio.
2.4.1 Inspeção
Segundo a NBR 12962:1998, a inspeção é um exame periódico que se realiza no extintor de incêndio com a
finalidade de verificar se este permanece em condições de operação. Essa inspeção deverá ser realizada por
pessoa capacitada.
A inspeção no extintor de incêndio poderá ser efetuada no próprio local onde ele se encontra. A frequência
com que deve ser realizada depende das condições dos locais onde o extintor de incêndio está instalado.
Logicamente, a frequência das inspeções será determinada conforme as necessidades presentes em cada
local e deverá ser estipulada por profissional habilitado. Em ambientes mais agressivos, as inspeções
deverão ser realizadas com maior frequência que em locais menos agressivos. As inspeções consistem,
basicamente, em uma verificação visual (Figura 2.7) na qual o indivíduo responsável pela inspeção deverá
considerar alguns itens:
a) O acesso ao extintor de incêndio deverá estar sempre desobstruído e livre de obstáculos.
b) Verificar se existe algum indício de vazamento do agente extintor (água ou pó químico), observando-se,
normalmente, o chão próximo ao extintor.
c) Os extintores de gás carbônico devem ser pesados de tempos em tempos, conforme a necessidade, para
verificar a sua carga nominal. Segundo a NBR 12962:1998, o espaço de tempo entre uma pesagem e outra
não pode ultrapassar seis meses.
Pessoa capacitada: Qualquer pessoa que tenha recebido treinamento para tal.
Profissional habilitado: Profissional formado em uma das engenharias que o habilite na elaboração e
execução deste tipo de projeto. As inspeções consistem, basicamente, em uma verificação visual (Figura 2.7)
na qual o indivíduo responsável pela inspeção deverá considerar alguns itens:
a) O acesso ao extintor de incêndio deverá estar sempre desobstruído e livre de obstáculos.
b) Verificar se existe algum indício de vazamento do agente extintor (água ou pó químico), observando-se,
normalmente, o chão próximo ao extintor.
c) Os extintores de gás carbônico devem ser pesados de tempos em tempos, conforme a necessidade, para
verificar a sua carga nominal. Segundo a NBR 12962:1998, o espaço de tempo entre uma pesagem e outra
não pode ultrapassar seis meses.
No caso da pesagem dos extintores de gás carbônico, estes não deverão estar com peso menor que 10% da
sua carga nominal. Caso isso aconteça ele deverá ser mandado para manutenção e recarga.
d) Verificar danos ao casco do extintor devido a quedas e a batidas que possam ter ocorrido de forma
acidental ou não.
e) Verificar indícios de corrosão externa no casco do extintor.
f) Falta de algum elemento como: lacre, rótulo com instruções de utilização e manutenção, selo ABNT
indicativo com o prazo de validade, prazo do teste hidrostático.
g) Verificar a falta de algum componente ou, até mesmo, se o componente está em perfeitas condições de
uso.
h) Verificar a pressão interna dos extintores de incêndio nos manômetros, quando existirem.
i) Verificar peças frouxas ou quebradas, entupimento de bicos ou mangueiras.
Figura 2.7: Visualização de extintores - Fonte: CTISM
O objetivo das inspeções é verificar possíveis problemas nos equipamentos de combate a incêndios. Os
problemas deverão ser solucionados de maneira rápida e eficiente para que os extintores de incêndio estejam
sempre em condições de uso. Algumas correções poderão ser feitas no próprio local onde os equipamentos
estão, desde que não envolvam partes pressurizadas do equipamento. Quando envolve manutenções que
devem ser realizadas em partes pressurizadas, esse equipamento deverá ser encaminhado para local e pessoa
capacitada.
2.4.2 Manutenção
De acordo com a NBR 12962:1998, a manutenção é um serviço efetuado no extintor de incêndio, cuja
finalidade é corrigir qualquer irregularidade que possa comprometer a eficiência deste equipamento quando
da sua utilização no combate a um princípio de incêndio. A manutenção envolve procedimentos de
desmontagem do extintor de incêndio, substituição de componentes defeituosos, teste hidrostático (quando
requerido), recarga, substituição das etiquetas por outras com os novos prazos de validade e, quando
necessário, até mesmo a pintura do casco. A manutenção dos extintores de incêndio está divida em três
níveis:
2.4.2.1 Manutenção de primeiro nível
A manutenção de primeiro nível é realizada no momento da constatação do problema por uma inspeção.
Deverá ser realizada por pessoa capacitada e poderá ser efetuada no mesmo local onde se encontra o extintor
de incêndio instalado, não havendo a necessidade de removê-lo para uma empresa especializada. A
manutenção de primeiro nível é realizada por pessoa capacitada e somente naqueles componentes do
extintor de incêndio que não estejam sujeitos à pressão. Caso contrário, poderá causar sérios acidentes.
Conforme a NBR 12962:1998, a manutenção de primeiro nível consiste em:
a) Limpeza dos componentes aparentes.
b) Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão.
c) Colocação do quadro de instruções.
d) Substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão por componentes
originais.
e) Conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com dióxido de carbono.
2.4.2.2 Manutenção de segundo nível
A manutenção de segundo nível deve ser realizada por profissional capacitado em local apropriado e com
equipamentos adequados, pois atua junto aos componentes pressurizados do equipamento de combate a
incêndio. Segundo determinação da NBR 12962:1998, na manutenção de segundo nível deverá ser
executada:
a) A desmontagem completa do extintor.
b) A verificação da carga.
c) A limpeza de todos os componentes.
d) A verificação das partes internas e externas quanto à existência de danos ou corrosão.
e) A substituição de componentes, quando necessário, por outros originais.
f) A regulagem das válvulas de alívio e/ou reguladora de pressão, quando houver.
g) O controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem um dos seguintes problemas:
• Crista da rosca danificada.
• Falhas nos filetes da rosca.
• Flancos da rosca desgastados.
h) A verificação do indicador de pressão conforme NBR 15808:2010.
i) A fixação dos componentes roscados com torque recomendado pelo fabricante.
j) A pintura do casco conforme NBR 7195:1995 e colocação do quadro de instruções, quando necessário.
k) A verificação da existência de vazamento nos componentes e no casco.
l) A colocação do lacre, identificando o executor do serviço.
m) O exame visual dos componentes plásticos – com o auxílio de lupa com aumento de, pelo menos, 2,5
vezes – os quais não podem apresentar rachaduras ou fissuras.
2.4.2.3 Manutenção de terceiro nível
Essa manutenção é feita conforme as determinações da NBR 13485:1999. Manutenção de terceiro nível
(vistoria) em extintores de incêndio. Essa norma determina que o profissional capacitado deve proceder uma
revisão completa do extintor de incêndio, incluindo a realização do ensaio hidrostático. O ensaio hidrostático
é um teste realizado em componentes do extintor de incêndio sujeitos à pressão permanente ou momentânea,
utilizando-se normalmente a água como fluido, que tem como principal objetivo avaliar a resistência do
componente a pressões superiores à pressão normal de carregamento ou de funcionamento do extintor,
definidas em suas respectivas normas de fabricação. Em um serviço de manutenção de terceiro nível, deverá
ser realizado(a):
a) Ensaio hidrostático do casco do extintor e do cilindro de gás propelente, quando houver.
b) Ensaio hidrostático da válvula de descarga e da mangueira.
c) Remoção da pintura existente e aplicação de novo tratamento superficial do cilindro e dos componentes,
segundo a NBR 7195:1995, sempre que necessário. A pintura do casco deve ser removida antes da
realização do ensaio hidrostático.
d) Recarga do extintor de incêndio conforme especificado na NBR 12962:1998. Na manutenção de terceiro
nível, quando houver necessidade de troca de componentes, esta deverá ser feita por componentes originais
ou por componentes, legalmente, reconhecidos pelo fabricante do extintor. Caso ocorra a impossibilidade de
qualquer dessas situações, o vistoriador fica impedido de realizar o serviço de manutenção, devendo
informar ao dono do extintor de incêndio que o serviço não poderá ser executado e o extintor deverá ser
descartado.
Técnicas de prevenção e extinção do fogo
Mesmo que o extintor seja novo ou tenha sido aprovado em uma vistoria de terceiro nível, ele deve ser
vistoriado, obrigatoriamente, em um prazo máximo de cinco anos, contados a partir da sua data de
fabricação, quando novo, ou a partir da data da última vistoria ou quando apresentar qualquer uma das
seguintes situações:
a) Sinal de corrosão no casco.
b) Sinal de defeito no funcionamento da válvula (gatilho).
c) Necessidade de reparos nas partes soldadas.
d) Sinais de deformação do casco e/ou em partes sujeitas à pressão permanente ou momentânea. Como
garantia da realização do ensaio hidrostático naqueles componentes do extintor que, normalmente, estão
submetidos à pressão, deverá ser marcado por puncionamento, em um local do recipiente, que não esteja
sujeito à pressão: o ano da realização do ensaio hidrostático, o logotipo da empresa vistoriadora e o termo
VIST (abreviatura de vistoriado). É, também, de responsabilidade da empresa vistoriadora a emissão de um
relatório que servirá como garantia do serviço executado e determinará a responsabilidade pelo serviço
executado. Esse relatório deverá conter as seguintes informações:
a) Data do ensaio e identificação do responsável técnico.
b) Identificação do recipiente (número de série e carga do agente extintor).
c) Logotipo da empresa e ano de fabricação do recipiente ou da última vistoria.
d) Pressão do ensaio hidrostático realizado.
e) Aprovação ou motivo da reprovação do extintor.
2.4.3 Recarga
Considera-se recarga dos extintores de incêndio a reposição ou a substituição da carga nominal do agente
extintor e/ou a reposição e carga do agente propelente. O agente extintor à base de pó químico, utilizado em
uma recarga, deve ter certificado de garantia de que foi fabricado, conservado e manuseado, segundo
determinação de normas pertinentes. Toda empresa responsável pela manutenção e recarga de extintores de
incêndio, a base de pó químico, deve seguir as recomendações de armazenamento e manuseio recomendadas
pela empresa fabricante do pó químico. Da mesma forma, a água utilizada como agente extintor, nos
extintores de água e de espuma, deve ser potável, segundo determinação da NBR 12962:1998, item 5.1.2,
alínea “e”. Nos extintores de incêndio que utilizam a água como agente extintor, esta deverá ser trocada num
prazo máximo de cinco anos e, nos extintores à base de espuma química e de carga líquida, deve-se proceder
à troca anual.
3.2 Norma Regulamentadora NR 23 (Proteção contra incêndios)
A Norma Regulamentadora NR 23:1978 – Proteção contra incêndios, do Ministério do Trabalho e Emprego,
é uma das normas que determina as diretrizes básicas da prevenção de incêndios, a qual toda e qualquer
empresa deve se enquadrar para planejar e executar um Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI)
eficiente.
3.2.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a
legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
3.2.2 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.
3.2.3 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles
que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.
3.2.4 As aberturas, as saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando a direção da saída.
3.2.5 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.
3.2.6 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil
abertura do interior do estabelecimento. Além da NR 23, outra norma que deve ser estudada é a Norma
Brasileira – NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio, não esquecendo que cada
município tem suas diretrizes, as quais são estipuladas no Código de Posturas do município e, portanto,
deverão ser analisadas,
conjuntamente, com as demais legislações sobre o assunto.
3.3 Norma Brasileira – NBR 12693 (Sistemas de proteção por extintores de incêndio). A Norma Brasileira
– NBR 12693:2010 tem como principal objetivo determinar as condições mínimas exigíveis para a
realização de projetos e instalação de sistemas de proteção por extintores portáteis de incêndio e/ou sobre
rodas. Essas determinações devem ser seguidas, caso contrário a empresa poderá ser notificada, multada
e/ou sofrer um processo de interdição até que cumpra as determinações da legislação vigente no país. Esta
norma, NBR 12693:2010, além das determinações mínimas exigidas aponta, também, alguns conceitos
importantes para a sua interpretação, tais como: a distância máxima em metros que o extintor poderá ser
carregado do ponto onde está fixado até qualquer outro ponto da área de proteção deste extintor.
3.3.2 Determinação da quantidade de extintores
Para fazermos o projeto e a distribuição dos extintores de incêndio, é importante sabermos a diferença que
existe entre os equipamentos de combate ao fogo. Segundo a NBR 12693:2010, os extintores de incêndio
são classificados de acordo com a massa total do extintor. Faz parte da massa total do extintor: o recipiente,
o agente extintor e os acessórios. Ao levar em consideração esses itens, os extintores de incêndio são
classificados como:
• Extintores portáteis.
• Extintores sobre rodas.
São considerados extintores portáteis aqueles equipamentos com massa total até 20 kg. Os extintores sobre
rodas são aqueles manuseados e transportados por um único operador e que têm massa total superior entre
20 kg e 250 kg. Outros dois fatores importantes para a realização do projeto são: a determinação da carga
nominal e a capacidade extintora equivalente dos extintores de incêndio. A carga nominal de um extintor de
incêndio é definida como a quantidade de agente extintor presente dentro dele e é medida em litros ou
quilogramas. A capacidade extintora mínima é definida como sendo a quantidade necessária de agente
extintor (presente em um só ou em vários extintores) capaz de suprimir um princípio de incêndio. Essa
quantidade é determinada a partir de testes em laboratório. A capacidade extintora deve respeitar a
quantidade estabelecida pela NBR 12693:2010.
3.3.3 Distribuição dos extintores pela área da empresa, conforme a classe de fogo
A localização dos extintores de incêndio, na área interna das edificações ou na área externa (estacionamento,
área de carga e de descarga, entre outras) da empresa, deve seguir rigorosamente o projeto elaborado por
profissional habilitado. Conforme indicado na Figura 3.1, na instalação dos extintores portáteis de incêndio,
algumas recomendações da NBR 12693:2010 devem ser observadas:
a) Os extintores portáteis, quando fixados em paredes ou colunas, devem ser fixados com suportes que
tenham a capacidade de resistir, no mínimo, três vezes o peso total do extintor.
b) A alça de manuseio do extintor de incêndio, quando este estiver fixado em paredes ou colunas, não pode
ultrapassar a altura máxima de 1,60 metros a contar do piso acabado.
c) A parte inferior do extintor deve ficar no mínimo a 0,10 metros do piso acabado, mesmo que apoiado em
suporte.

Figura 3.1: Posicionamento do extintor de incêndio em parede - Fonte: CTISM


d) O extintor de incêndio não pode ficar solto nem em contato direto com o piso para não correr o risco de
sofrer batidas e consequentes quedas que poderão danificá-lo. Além disso, o extintor portátil de incêndio,
ficando em contato direto com o solo, poderá sofrer um processo de deterioração por corrosão devido à
possível umidade do solo.

Figura 3.2: Posicionamento do extintor no piso - Fonte: CTISM


3.3.4 Sinalização do local onde se encontra o extintor de incêndio
A sinalização dos locais onde se encontram os extintores de incêndio é muito importante, pois, se
facilitarmos essa visualização, os trabalhadores irão saber onde buscar o equipamento em caso de
necessidade. A sinalização do local deve seguir as seguintes determinações:
a) Nas áreas industriais e depósitos, deve existir, no piso, uma marcação sob o extintor, a fim de evitar que
seu acesso seja obstruído. Essa marcação deve ter as seguintes dimensões e cores:
• Área pintada de vermelho de 70 × 70 centímetros.
• Borda amarela de 15 cm de largura.

Figura 3.3: Marcação no piso das instalações industriais - Fonte: CTISM

b) Na sinalização de parede, é recomendada a utilização de setas indicativas vermelhas, com bordas


amarelas, situadas acima do extintor, indicando o tipo de agente extintor recomendado para aquele local.

Figura 3.4: Sinalização de extintores posicionados em parede - Fonte: CTISM


c) Na sinalização de colunas, deve ser pintada uma faixa vermelha com borda amarela em todo o contorno
da coluna, na qual deve ser pintada, na cor branca, a letra E no centro da faixa vermelha. Caso preferir,
poderá ser
pintado, em todos os lados da coluna, um circulo vermelho, com bordas amarelas, e, no centro, em cor
branca, a letra E. Tanto a faixa quanto o círculo pintado na coluna devem ser pintados numa altura em que
se possa ter a melhor visualização possível a partir de vários pontos da empresa.

Figura 3.5: Sinalização de extintores em colunas - Fonte: CTISM]


a) As cores utilizadas na identificação dos locais, onde serão colocados os extintores de incêndio, devem
obedecer às diretrizes previstas na NBR 7195:1995.
O êxito no emprego dos extintores dependerá de:
• fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
• distribuição apropriada dos aparelhos;
• inspeção periódica da área a proteger;
• manutenção adequada e eficiente;
• pessoal habilitado no manuseio correto.
Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu interior, chamada de capacidade
extintora e que é especificada em norma.
Água:
É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do seu
baixo custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição
química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque
elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer
transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.
Pó B/C e A/B/C:
Os pós B/C e A/B/C são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto
de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por abafamento e por
quebra da reação em cadeia. O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer
evitando assim a solidificação no interior do extintor. Para o combate a incêndios de classe “D”, utilizamos
pós à base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia e grafite seco.
Gás Carbônico (CO2):
Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem
cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por
abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento. Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um
agente extintor apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis
(centrais telefônicas e computadores).
Espuma:
A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. Química, se resultou da
reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio; mecânica, se a espuma foi
produzida pelo batimento da água, EFE (extrato formador de espuma) e ar. A rigor, a espuma é mais uma
das formas de aplicação da água, pois constitui-se de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas
por película de água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por
abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.

Extintor de Pó Químico Seco Pressurizado


Carga 1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg
Aplicação incêndios classes “B” e “C”. Classe
Extintor de Gás Carbônico (CO2 ) Alcance médio do jato 5 metros
Carga 2 , 4 e 6 kg Tempo de descarga 15 seg para extintor de 4kg, 25 seg para
Aplicação incêndios classes “B” e “C”. extintor de 12 Kg
Alcance do jato 2,5 metros Funcionamento: O pó sob pressão é expelido quando o gatilho é
Tempo de descarga 25 segundos acionado.
Funcionamento: O gás é armazenado
sob pressão e liberado quando acionado
o gatilho.
Cuidados: Segurar pelo punho do
difusor, quando da operação.
Extintor de Água (Pressurizado)
Carga 10 litros
Aplicação incêndio Classe “A” Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado)
Alcance médio do jato 10 metros Carga 9 litros (mistura de água e EFE)
Tempo de descarga 60 segundos Aplicação incêndio Classe “A” e "B"
Funcionamento: a pressão interna expele Alcance médio do jato 5 metros
a água quando o gatilho é acionado. Tempo de descarga 60 segundos
Funcionamento: A mistura de água e EFE já está sob pressão,
sendo expelida quando acionado o gatilho; ao passar pelo
esguicho lançador, ocorrem o arrastamento do ar atmosférico e
o batimento, formando a espuma.

Extintor de Gás Carbônico (CO2 )


Carga 2 , 4 e 6 kg
Capacidade extintora 5B:C
Aplicação incêndios classes “B” e “C”.
Alcance do jato 2,5 metros
Tempo de descarga 25 segundos
Funcionamento: O gás é armazenado sob pressão e liberado quando acionado o gatilho.
Cuidados: Segurar pelo punho do difusor, quando da operação.

CAPÍTULO X
SALVAMENTO AQUÁTICO

O conceito de salvamento aquático compreende-se todas as operações realizadas em rios, lagoas, represas,
mar, enchentes, piscinas e outros mananciais de água, visando à prevenção da integridade física de pessoas
que se envolvam em ocorrências em que a água seja o agente causador de acidentes.
Prevenção de Afogamentos
Abrange todas as medidas necessárias para se prover a segurança de banhistas de modo a se evitar
afogamentos. Nos dias mais quentes, a população de forma geral procura piscinas, rios, lagoas, represas e
praias para se banhar ou mesmo andar de barcos, esquecendo muitas vezes dos perigos de afogamentos que
sempre surgem para aqueles que, além de não saberem nadar, são imprudentes e não respeitam as normas de
segurança. Em locais de maior afluência popular, como represas e praias, o Corpo de Bombeiros designa
Guarda-vidas para prevenção de afogamentos e para a realização de salvamentos. Na periferia das cidades,
especialmente as crianças, quase sempre sem o conhecimento dos pais, procuram qualquer buraco que tenha
água para nadar, e é principalmente nesses locais mais isolados que o Policial Militar deve intervir, visando
à segurança da população, através da interdição da área de perigo. Basicamente uma adequada prevenção de
afogamentos se faz através de sinalização e orientação, treinamento, observação dos banhistas, emprego de
equipamentos adequados, advertências e campanhas educativas e de esclarecimento.
AFOGAMENTO

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho
respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.
Sinais e Sintomas - Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas,
vômito, distensão abdominal, tremores, cefaleia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em
casos especiais pode haver apneia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cardiorrespiratória.
Prevenção
1.Para Bebês - Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximos a qualquer superfície
líquida.
2.Para Crianças - Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua
própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em
águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.
3.Para Adultos - Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções
normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas.
Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam
desconhecidas. Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não
contra a mesma, se não conseguir escapar deve chamar por socorro.
Primeiros Socorros no Caso de Afogamento
Objetivo - Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que
a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico
especializado.
Meios - Suporte Básico de Vida (SBV) a fim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte
Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas.
Socorrista - Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima
e socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas
fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até
um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apneia, uma parada
cardiorrespiratória (PCR) e saber prestar reanimação cardiopulmonar (RCP).
Sinalização
É um eficiente meio de prevenção de afogamentos, que pode ser feito através do uso de placas de
advertência dos riscos existentes no local, através de gestos dos Guarda-vidas indicando um local seguro
para o banhista se deslocar geralmente associado ao uso de sinais sonoros por apito.
Treinamento
O Guarda-vidas deve treinar constantemente, procurando manter-se técnica e fisicamente em condições de, a
qualquer momento, retirar da água pessoas que estejam se afogando, aplicar os primeiros socorros e
encaminhá-las ao hospital nos casos mais graves.
Observação dos Banhistas
O técnico em salvamento aquático (guarda-vida) deve procurar um bom local para realizar a observação de
sua área de trabalho, onde tenha maior visão, em local de destaque, em cadeirões ou elevação na orla da
água, e sempre que possível, fazer uso de equipamentos que lhe aumente o campo de visão como, por
exemplo, o binóculo.
Emprego de Equipamentos Adequados
São equipamentos individuais obrigatórios para uma boa atuação do Guarda-vidas: o flutuador tipo life-belt
(salsichão), o par de nadadeiras e o apito. São equipamentos de que deve dispor o setor de trabalho: o
cadeirão, a prancha de salvamento, o rádio transceptor. Em lagoas, piscinas, proximidades de atracadouros,
piers, etc., bóias circulares de salvamento com cabo retinida são equipamentos também eficientes. São
equipamentos de apoio eficientes para um grupo de setores ou praias: botes com motor de popa, motos
aquáticas, jet-boats, lanchas, helicópteros.
Campanhas Educativas e de Esclarecimentos
É sabido que alguns banhistas não cumprem os avisos de perigo, que em virtude disto, devem ser advertidos
sobre as áreas demarcadas, podendo ser orientados no sentido de:
1. tomar banho na parte rasa;
2. nunca tomar banho de mar após as refeições;
3. não bancar o “durão” e gritar por socorro enquanto tiver forças;
4. acatar as advertências dos Guarda-vidas;
5. não nadar próximo às rochas (costeiras), às pontes, aos barcos, aos diques, aos atracadouros etc;
6. no mar, caso seja surpreendido por uma corrente de retorno, nadar com calma e paralelo à praia, até sair
da correnteza;
7. quando tiver câimbra, permanecer parado, flexionando e esfregando o músculo atingido;
8. caso caírem de uma embarcação, tirar os sapatos e as roupas mais pesadas, mantendo a calma;
9. após ingerir bebida alcoólica não entrar na água. Nos períodos anteriores às temporadas de verão, deve-se
organizar campanhas de esclarecimentos à população, por meio da imprensa falada escrita e televisionada,
as quais recorrem às autoridades para esclarecimentos à população sobre os perigos existentes no mar e
represas, e o que poderá ocorrer com os casos de insolação, choque térmico, e nadar após as refeições.
Conhecimentos Técnicos Básicos
Para que um Guarda-vidas tenha condições de exercer a profissão, necessário se faz conhecer as
características morfodinâmicas da praia e os riscos específicos das lagoas, rios e represas, etc., onde for
atuar, assim como as condições do tempo, as condições das águas, conhecimento sobre o atendimento
emergencial ao afogado, técnicas de judô aquático e técnica de salvamento.

EQUIPAMENTOS DE BUSCA E SALVAMENTO AQUÁTICO

O equipamento mínimo para uma operação aquática, para fins de busca e/ou resgate de vítimas de
afogamento, bem como objetos diversos facilitam as atividades aquáticas, porém a falta de equipamentos e
embarcação, seja ela qual for pode prejudicar ou inviabilizar a operação, ou ainda tornar impossível sua
execução, colocando em risco a vida dos socorrista e vítima.
Material Básico de Mergulho
A fim de atender as ocorrência básicas de salvamento aquático, foi criada uma bolsa na qual estão reunidos
os principais equipamentos para este tipo de trabalho. A bolsa é confeccionada, de acordo com a
especificação Nº CCB – 286/421/04, em tela de nylon de alta resistência, de modo a suportar o peso dos
materiais a serem utilizados na operação enchente que são: 01 par de botas de borracha, 01 conjunto de
material básico de mergulho (máscara, nadadeira, Snorkel, macacão de neoprene), colete salva-vidas, capa
de chuva, mosquetão, bolsa de salvamento com cabo de nylon e flutuador, lanterna com bateria de 6 Volts, e
possui telas de escoamento para saída dos líquidos ( água ), dando maior conforto ao socorrista bem como
maior segurança.

Flutuador Salva-Vidas
É confeccionado em espuma microporosa de PVC, com células fechadas, resistentes a intempéries. Tem
dimensões de 930mm de comprimento, 140mm de largura e 80mm de espessura, e possui uma
flutuabilidade de 160Kg positivos. É transpassado por um cadarço de nylon de 25mm de largura,
apresentando em uma de suas extremidades um mosquetão, e, na extremidade oposta duas argolas que
possibilitem o fechamento do salva-vidas em torno da vítima, como um cinto. Também é provido de uma
corda de polietileno com 2600mm de comprimento, a qual liga o salva-vidas (salsichão) a um suspensório
feito com cadarço de nylon com 50mm de espessura, que serve para ser preso ao corpo do socorrista que
realizará o salvamento. O ideal é que todas as peças e partes integrantes do flutuador suportem, sem
rompimento ou rasgamento, o arraste de uma pessoa com peso de aproximadamente 120 Kg em meio
líquido (conforme especificação N° DFP-308/142 do CB).

Materiais de apoio ao Salvamento Aquático


URSA
Viatura tipo resgate, porém equipada com material para atendimento pré-hospitalar para afogamentos e
outros acidentes típicos de praia (traumas provocados por costeiras, acidentes com animais marinhos, etc).
Normalmente tripulado por dois Guarda-Vidas treinados para socorros de urgência e apoio no mar. Deve
também estar equipada com equipamentos para ocorrências mais complexas como cabos para costeiras,
mochilas com recipiente do O2, para atendimento rápido na faixa de areia, entre outros.
Bote Inflável
Ou bote de resgate inflável, é a embarcação padrão dos Guarda-Vidas, devido a sua versatilidade. Equipado
com um motor de popa, de fácil manutenção e operação, recomenda-se potência de 25 à 40 HP. É operado
por dois Guarda- Vidas treinados e habilitados para tal. Bote com convés coberto. Devem ser concebidos
para enfrentar tarefas de prevenção e salvamento aquático:

Bote Inflável com casco rígido para salvamento (misto)


A especificação n° DFP-247/222/91 do CB fixa as condições mínimas exigidas para a aquisição de bote
inflável com casco rígido para salvamento

Bote inflável com casco rígido para salvamento (misto)

Bote inflável para salvamento em corredeira (Rafting)


Moto Aquática
Embarcação de rápida intervenção, manobra ágil, tem porém, um custo de manutenção mais elevado em
relação ao bote. Recomenda-se o reboque de um cesto ou uma prancha adequada para o transporte da vítima.
É operado por dois Guarda-Vidas treinados e habilitados, podendo ser, caso a situação exigir, operado por
somente um Guarda-Vidas. Possui 02 cilindros, 02 tempos, com proteção catódica e contra eletrólise,
através de anodo de sacrifício na camisa do cilindro. A potência mínima ideal é de 80 HP a 6250 RPM. A
cilindrada mínima é de 700 CC. A lubrificação é feita através de injeção de óleo, sendo que a refrigeração é
feita a água. O tipo de combustível é a gasolina e a admissão é feita por válvula de palheta. Quanto ao
sistema de comando, a transmissão é direta do motor, com mancal central do eixo de transmissão apoiado
em rolamentos, protegidos por retentores. A partida é elétrica, e o sistema de contato pode ser codificado ou
não codificado. Quanto às dimensões, o comprimento mínimo é de 3 metros, a largura mínima é de 1,10
metros, a altura máxima é de 1,10 metros, o peso seco máximo é de 290 kg, e a capacidade mínima de
combustível são 50 litros sem reserva; a capacidade de pessoas é para 3. O casco é feito de fibra prensada.

Moto-aquática
Destaca-se atualmente, o emprego da moto-aquática na prevenção e até mesmo nos salvamentos aquáticos.
Helicópteros
A aeronave no emprego do serviço de Guarda-Vidas oferece uma série de vantagens, tanto em salvamentos
de difícil realização, como na prevenção, por seu impacto perante o banhista, fácil visualização e
principalmente agilidade e velocidade. Deve ser tripulada por dois Guarda-Vidas equipados e preparados
para uma intervenção rápida eficiente. Além dos materiais já citados, também são utilizados nos serviços
gerais de salvamento aquático barcos de vários tipos. A denominação “barco” abrange os tipos de
embarcações de pequeno porte. O Corpo de Bombeiros, para emprego em operações aquáticas, utilizasse de
barcos com estrutura de liga metálica de alumínio, fiber-glass e borracha sendo que, usualmente a viatura
Auto Salvamento (AS) é equipada com um barco de casco no formato de um “V”. Utilizado,
constantemente, em serviços de proteção, busca, inundação etc, o barco deve possuir equipamentos de
segurança para cada um dos seus usuários. As necessidades mínimas para proteção dos usuários são: extintor
de incêndio, bóias salva-vidas, corda flutuante, maleta de pronto-socorro, remos sobressalentes e
equipamentos outros, a critério dos usuários, contanto que não causem uma sobrecarga ao barco.
Quando a propulsão do barco for realizada por motor de popa deve se levar corrente ou corda de segurança
amarrado nele e no barco, a fim de evitar a perda do motor que poderá se soltar do espelho da popa devido à
vibração do seu funcionamento; deve, ainda, levar reserva de combustível.
Para trabalhos especiais de proteção ou buscas, o Corpo de Bombeiros dispõe de outros barcos, com
características específicas. Os barcos, sejam quais forem suas dimensões e formatos, devem possuir
especificações que satisfaçam, principalmente, às seguintes exigências:
1. Flutuabilidade - tendência a pairar sobre a superfície da água;
2. Estabilidade - permanência sobre a superfície da água em posição correta, equilíbrio e segurança;
3. Navegabilidade - deslocamento sobre a superfície da água;
4. Manobrabilidade - movimento fácil em todas as direções, mesmo em situações adversas (marola,
correnteza, redemoinho, vento forte etc).
Barco de Alumínio (CHATA)
Construído em alumínio, liga naval, fundo chato, sem quilha, para trabalho em água doce ou salgada, sob o
barco existem flutuadores. Na popa, possui um dispositivo para acoplamento do motor de popa, possui
olhais para fixação de corda espia e sua capacidade é de até quatro pessoas. Nas laterais, possui suportes
para colocação de forquetas. Deve vir com remos (par), par de forquetas e estrados de madeira usados em
operação de salvamento.

Barco de Alumínio (CHATA)


Barco de Alumínio (HIDRO V)
Construído em alumínio, liga naval, fundo semi V, para trabalho em água doce ou salgada, sob o barco
existem flutuadores. Na popa, possui um dispositivo para acoplamento do motor de popa, possui olhais para
fixação de corda espia e sua capacidade é de até quatro pessoas. Nas laterais, possui suportes para colocação
de forquetas. Peso de 55 kg, comprimento 3,60 m, de largura de boca 1,35 m, altura de bordo 0,45 m. Deve
vir com remos (par), par de forquetas e estrados de madeira usados em operação de salvamento.
Barco de Alumínio (Hidro V)
Motor de popa
Quando a propulsão do barco não for manual, com uso de remos ela é realizada através motores à explosão,
entre os quais aquele que se acopla na popa do barco e, por isso, é denominado motor de popa.Muitas são as
marcas, tipos e modelos de motores de popa com características específicas.

Motor de popa
Garatéiax
Aparelho para abordagem e busca, que consiste em três ou quatro ganchos tipos anzóis formando um só
conjunto, ligado a uma vara de três a quatro metros de comprimento em uma corda comum. Deve ser usada
como último recurso pois causa danos ao resgatado.

Garatéia
Colete salva-vidas
É um equipamento de proteção individual à submersão, constituído por uma parte que envolve o tronco e
duas semiporções aplicadas sobre os ombros, confeccionado de material flutuante ou por sistema inflável.

Lanterna subaquática
Dependendo do tipo de operação e condição de visibilidade na água, poderá ser utilizada pelo socorrista.
LOCALIZAÇÃO DE VÍTIMA AFOGADA

Ao chegar no local, a guarnição de busca e salvamento deve obter das testemunhas oculares do afogamento
ou acidente caso haja, a melhor referência para a localização do corpo da vítima afogada. No mínimo duas
testemunhas devem ser indagadas, e se possível, traçarem uma linha reta imaginária que as liguem com o
último ponto que visualizaram a vítima, prolongando essas linhas a referências existentes no lado oposto, em
relação de onde se encontram. O corpo da vítima de afogamento, normalmente, estará entre trinta e quarenta
metros ao redor do lugar onde ela submergiu. Quando existe correnteza o corpo da vítima poderá ser
arrastado para primeira cavidade ou turbilhão mais profundo, tudo isto dependendo da força da correnteza
ou obstáculos existentes no fundo do rio ou mar.
Busca de Vítima Afogada
Quando a prevenção falha e o acidente de afogamento ocorre, o socorrista deve intervir o mais rápido
possível para evitar que a vítima aspire uma quantidade maior de água e dessa forma tenha seu quadro
clínico agravado, conforme vimos anteriormente nos Graus de Afogamento. Entretanto não raras vezes o
acidente se dá tão rapidamente que é simplesmente impossível para o socorrista chegar à tempo na vítima, e
assim sendo essa vítima submerge e vai para o fundo, quando na maioria das vezes a água é escura e a
visibilidade reduzida ou até mesmo nula. Cabe salientar que o quanto antes o socorrista alcançar a vítima,
maiores serão as chances de sobrevida do afogado. Para tanto, aplica-se também o princípio da Golden
Hour, onde todos os esforços devem ser envidados para o correto socorro dentro da primeira hora da
ocorrência, sendo que algumas técnicas de busca serão apresentadas a seguir:
Busca tipo “Cordão Humano”
No local mais próximo ao avistamento da submersão, posicionam-se o maior número possível de socorristas
dispostos ombro-a-ombro, munidos de uma corda que sairá das mãos do homem que estiver em uma das
extremidades e irá até as mãos do homem que está na outra. O socorrista mais antigo deverá comandar os
mergulhos, determinando a direção a ser seguida, geralmente acompanhando a correnteza no local, se
houver, ou paralelo à praia. Após dado o comando todos os socorristas efetuam o mergulho, em apnéia,
percorrem uma distância determinada pelo encarregado da operação e sobem ao mesmo tempo, retornando
aproximadamente um metro para que então seja iniciado novo mergulho e assim sucessivamente. Caso o
número de socorristas no local seja reduzido a ponto de impossibilitar tais manobras, deve-se efetuar
mergulhos nos arredores de onde a vítima foi vista pela última vez, e a partir daí, ampliando-se o campo de
pesquisa. Cabe salientar que na medida do possível deve-se utilizar máscara facial para que sejam efetuadas
tais buscas, sendo extremamente vedado o uso de óculos de natação, sob pena do socorrista sofrer um
barotrauma.
Operações de Mergulho
Outra forma de fazer a busca pela vítima de afogamento consiste em operações de mergulho, com área
determinada, e tipo de busca definida pelo supervisor do mergulho, porém não abordaremos tal tipo de busca
por fugir do foco desse manual, sendo encontrado no Manual de Mergulho. Contudo, é sabido que para as
operações de mergulho serem iniciadas é gasto um tempo precioso , portanto é necessário que antes do
sistema de busca com mergulhadores, e até mesmo durante a montagem do esquema, outros socorristas
realizem a busca nos moldes descritos acima.
GRAUS DE AFOGAMENTO

Afogamento Grau 1
As vítimas que apresentam esse grau de afogamento, aspiraram uma quantidade mínima de água, suficiente
para produzir tosse. Geralmente têm um aspecto geral bom, e a ausculta pulmonar normal ou com sibilos ou
roncos, sem o aparecimento de estertores sendo que seu nível de consciência é bom com a vítima
apresentando lucidez, porém podem estar agitadas ou sonolentas. Tais vítimas sentem frio e têm suas
frequências cardíacas e respiratórias aumentadas devido ao esforço físico, estresse do afogamento e também
pela descarga adrenérgica. Não apresentam secreções nasais e bocais e podem ainda estar cianóticas devido
ao frio e não devido à hipóxia.
TRATAMENTO:
- Verificação dos sinais vitais;
- Fazer a vítima repousar;
- Tranquilizar;
- Aquecer; e
- Conduzir ao hospital caso necessário.
Afogamento Grau 2
É apresentado pelas vítimas que aspiram quantidade de água suficiente para alterar a troca gasosa ( O2 –
CO2). São vítimas lúcidas, agitadas ou desorientadas, e se for constatada cianose, nos lábios e dedos, temos
o comprometimento do sistema respiratório. Verifica-se também o aumento das frequências cardíacas e
respiratórias, sendo notada também a presença de estertores durante a auscultação pulmonar de intensidade
leve a moderada, em alguns campos do pulmão.
TRATAMENTO:
- Verificação dos sinais vitais;
- Aquecimento corporal;
- Apoio psicológico;
- Tratar estado de choque; e
- Atendimento médico especializado.
Afogamento Grau 3
Neste grau de afogamento a vítima aspira uma quantidade importante de água, apresentando sinais de
insuficiência respiratória aguda, com dispnéia intensa (dificuldade respiratória), cianose de mucosas e
extremidades, estertoração intensa, indicando um edema pulmonar agudo, e também a presença de secreção
nasal e bocal. Deve-se tomar cuidados com as vítimas no que tange à vômitos, pois pode ser um fator de
agravamento caso não sejam tomadas medidas para evitar a aspiração. Para evitar que haja aspiração de
vômito, deve-se virar a cabeça da vítima para o lado. No grau 3 a vítima apresenta nível de consciência de
agitação psicomotora ou torpor (acorda se estimulado intensamente) e apresenta também taquicardia
(frequência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto), contudo sem hipotensão arterial (pressão arterial
sistólica menor que 90mmHg).
TRATAMENTO:
- Verificação dos sinais vitais;
- Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm, devido à dispnéia;
- Aquecimento corporal;
- Tratar o estado de choque; e
- Atendimento médico especializado.
Afogamento Grau 4
Afogamento de grau 4 assemelha-se muito com o de grau 3, no que tange à quantidade de água aspirada,
porém o nível de consciência pode variar de agitação ao coma sendo que a vítima quando em coma não
desperta mesmo com estímulo doloroso intenso. A vítima apresenta taquicardia e também um quadro de
hipotensão ou choque. Cabe lembrar que as diferenças entre o grau 3 e o grau 4 só serão importantes para o
atendimento hospitalar, sendo que para o socorrista o procedimento não difere muito de um caso para o
outro.
TRATAMENTO:
- Verificar sinais vitais;
- Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm;
- Aquecer a vítima;
- Tratar o estado de choque; e
- Atendimento médico especializado.
Afogamento Grau 5
Nos casos de afogamento em grau 5, a vítima apresenta-se em apnéia (parada respiratória), contudo
apresenta pulso arterial, indicando atividade cardíaca. Apresenta um quadro de coma leve a profundo
(inconsciente) com cianose intensa grande quantidade de secreção oral e nasal.
TRATAMENTO:
- Verificação dos sinais vitais;
- Efetuar ventilação na vítima (boca a boca, AMBU);
- Aquecer a vítima;
- Tratar o estado de choque; e
- Atendimento médico especializado.
Afogamento Grau 6
Trata-se da Parada Cardiorrespiratória, representada pela apneia e pela ausência de batimentos cardíacos.
TRATAMENTO:
- Efetuar Reanimação Cardiopulmonar;
- Em se obtendo sucesso na RCP deve-se aquecer a vítima;
- Tratar o estado de choque; e
- Atendimento médico especializado.

SALVAMENTO DE AFOGADOS

Mesmo com a prevenção adequada, as pessoas, por negligências, imprudência, imperícia, ou por más
condições físicas e mal súbito que podem causar paradas cardíacas e respiratórias, desmaios e câimbras, ou,
ainda, em razão de acidentes com barcos, podem encontrar-se em situações de perigo, de tal maneira que se
não forem prontamente socorridas poderão afogar-se. Quando menos se espera, a vítima entra em pânico,
debatendo-se na superfície de forma quase incontrolável e, por causa do instinto de conservação, segura-se
com todas as suas forças a qualquer pessoa ou objeto que apareça ao seu alcance. Portanto, quem não estiver
treinado para esse tipo de salvamento ao se aproximar da vítima em desespero será agarrado por ela e,
provavelmente morrerá. Nesses casos, antes de entrar na água, o socorrista deve diligenciar para que outras
pessoas possam auxilia-lo. Procurar fazer uso de meios de fortuna: formar uma corrente dando-se as mãos
uns aos outros, estender à vítima uma vara ou corda, bem como lhe lançar objetos flutuantes, umas boias,
madeira e estepe de automóvel. Caso alguém seja um bom nadador ou mesmo que já tenha sido instruído
anteriormente de como proceder o salvamento aquático, daquele cuja vida dependerá exclusivamente de sua
intervenção. O socorrista deve correr pela margem procurando chegar próximo da vitima retirando
rapidamente sapatos, roupas e nadar até perto dela. Caso o socorrista note que a vítima está calma, deve
avisar que vai ajudá-la devendo seguir as orientações; em seguida transportar a vítima até a margem, tendo o
cuidado de manter seu rosto fora d’água nesse percurso e, após, aplicar as técnicas de primeiros socorros, se
necessário. Caso a vítima esteja em desespero, debatendo-se na superfície, então dificilmente o socorrista
poderá acalmá-la de imediato e, nesses casos há necessidade do emprego de técnicas especiais para o
salvamento. Basicamente, o socorrista procurará sempre se aproximar da vítima de tal forma a poder agarrá-
la pelas costas. Há, porém situações imprevistas em que a despeito do socorrista haver mergulhado com o
objetivo de emergir, girando a vítima para apanhá-la de costas, esta poderá virar-se e agarrá-lo de diversas
formas. Necessário se faz que o socorrista conheça as técnicas de desvencilhamento na água, para dominar a
vítima, isto é, saiba o judô aquático. Nos casos em que a vítima se encontra em desespero e já prestes a se
afogar, quando, provavelmente já aspirou muita água, a aplicação dos primeiros socorros é a providência
mais urgente, podendo o socorrista iniciá-la já no transporte para a margem. Dependendo o caso, deve ser
feita a retirada da água engolida, aplicando-se a reanimação cardiorrespiratória com o encaminhamento da
vítima até o hospital, para exames posteriores.
PRIMEIROS SOCORROS EM UM AFOGAMENTO
1o - Ao chegar na areia, coloque o afogado em posição paralela a água, de forma que o socorrista fique com
suas costas voltada para o mar, e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo.
* A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal.
* A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda
o início da ventilação e oxigenação do paciente, além de facilitar a ocorrência de vômitos.
* Cheque a resposta da vítima perguntando, "Você está me ouvindo?"

2o - Se houver resposta da vítima ela está viva, e indica ser um caso de resgate ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque
em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento.

Avalie então se há necessidade de chamar o CRA (ambulância) e aguarde o socorro chegar.


Se não houver resposta da vítima (inconsciente) - Ligue 193 ou peça a alguém para chamar os Bombeiros.
3o - Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa, e estenda
o pescoço;

4o - Cheque se existe respiração - ver, ouvir e sentir - ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se
movimenta.

Se houver respiração é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e


aplique o tratamento apropriado para grau.
5o - Se não houver respiração - inicie a ventilação boca-a-boca - Obstrua o nariz utilizando a mão (esquerda)
da testa, e com os dois dedos da outra mão (direita) abra a boca e inicie a primeira ventilação boca-a-boca
observando a elevação do tórax, e logo em seguida a seu esvaziamento faça uma segunda ventilação,

6o - Palpe o pulso arterial carotídeo ou cheque sinais de circulação (movimentos ou reação à ventilação) -
Coloque os dedos (indicador e médio) da mão direita no "pomo de adão" e escorregue perpendicularmente
até uma pequena cavidade para checar a existência ou não do pulso arterial carotídeo ou simplesmente
observe movimentos na vítima ou reação a ventilação feita.
7o - Se houver pulso, é uma de parada respiratória isolada - grau 5, mantenha somente a ventilação com 12 a
16 vezes por minuto até o retorno espontâneo da respiração.
Se não houver pulso ou sinais de circulação, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen
localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos, retire a mão da testa e coloque-a no
tórax e a outra por sobre a primeira e inicie 15 compressões cardíaca externa.

A velocidade destas compressões deve ser de 100 vezes em 60 segundos. Em crianças de 1 a 9 anos utilize
apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando 2 ventilações e 15 compressões, e não pare até
que:
A - Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de lado e aguarde
o socorro médico solicitado;

B - Você entregue o afogado a uma equipe médica; ou


C - Você fique exausto.
Assim, durante a RCP, fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que
será importante na decisão de parar ou prosseguir nas manobras. Existem casos descritos de sucesso na
reanimação de afogados após 2 horas de manobras e casos de recuperação sem danos ao cérebro até 1 hora
de submersão.
* Sempre inicie todo processo com apenas um socorrista, para então após 2 a 3 ciclos completos de RCP,
iniciar a alternância com dois socorristas.
* Os socorristas devem se colocar lateralmente ao afogado e em lados opostos.
* Aquele responsável pela ventilação deve cuidar da verificação do pulso no período da compressão e
durante a parada para reavaliação, e de manter as vias aéreas desobstruídas.
* Em caso de cansaço realize a troca rápida de função com o outro.
* Mesmo com dois socorristas, a relação da RCP será 2:15.
* Após os primeiros 4 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de
circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 3 a 5 minutos.
A RCP deve ser realizada no local do acidente, pois é aonde a vítima terá a maior chance de sucesso. Nos
casos do retorno da função cardíaca e respiratória acompanhe a vítima com muita atenção, durante os
primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não esta fora de risco de uma nova parada
cardiorrespiratória.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
* Nos casos onde não houver efetividade da manobra de ventilação boca-a-boca, refaça a hiperextensão do
pescoço e tente novamente. Caso não funcione, pense em obstrução por corpo estranho e execute a manobra
de Heimlich.
* As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação boca-a-boca.
* O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca de 21% de O2 em sua composição. Em cada
movimento respiratório gastamos cerca de 4% desse total, restando 17% de O2 no ar expirado pelo
socorrista. Esta quantidade de O2 é suficiente para a ventilação boca-a-boca ser considerado o mais eficiente
método em ventilação artificial de emergência.
QUANDO VALE A PENA TENTAR A RCP EM AFOGAMENTO?
O tempo é fator fundamental para um bom resultado na RCP, e os casos de afogamento apresentam uma
grande tolerância a falta de oxigênio, o que nos estimula a tentar a RCP além do limite estabelecido para
outras patologias. Inicie a RCP em:
1 - Todos os afogados em PCR com um tempo de submersão inferior à 1 hora - Três fatos juntos ou isolados
explicam o maior sucesso na RCP de afogados - o "Reflexo de mergulho", a continuação da troca gasosa de
O2 - CO2 após a submersão, e a hipotermia. O Centro de Recuperação de Afogados (CRA) tem registrado
13 casos de PCR com submersão maior do que 7 minutos, sendo 8 com mais de 14 minutos ressuscitados
com sucesso.
2 - Todos os casos de PCR que não apresentem um ou mais dos sinais abaixo;
* Rigidez cadavérica
* Decomposição corporal
* Presença de livores
QUANDO PARAR AS MANOBRAS DE RCP EM AFOGADOS?
1° - Se houver resposta e retornar a função respiratória e os batimentos cardíacos;
2° - Em caso de exaustão dos socorristas, ou;
3° - Ao entregar o afogado a uma equipe médica.
Assim, durante a RCP, fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que
será importante na decisão de parar ou prossegui-las. Existem casos descritos de sucesso na reanimação de
afogados após 2 horas de manobras. Para a equipe médica, a ressuscitação deve ser encerrada apenas
quando a vítima estiver com temperatura corporal acima de 34oC e mantiver-se com ritmo em assistolia.
Caso contrário a ressuscitação deverá ser mantida.
RESGATE EM UM AFOGAMENTO

O RESGATE deve ser feito por fases consecutivas: observação, entrada na água, abordagem da vítima,
reboque da vítima e o atendimento da mesma.
A) Fase de Observação - implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do
local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate. O socorrista deve tentar o
socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade
de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. Em casos de dispor de um barco para
o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará
muito agitada.
B) Fase de entrada na água - o socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer
em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo
no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza
respectivamente.
C) Fase de Abordagem - esta fase ocorre em duas etapas distintas:
1.Abordagem Verbal - ocorre a uma distância média de três metros da vítima. O socorrista vai identificar-
se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando
uma aproximação sem riscos.
2.Abordagem Física - o socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista
se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do
socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo
passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo
do afogado de forma que este fique fora da água.
D) Fase de Reboque - o nado utilizado será o 'Over arms' também conhecido como nado militar, ou nado de
sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No mar,
será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições
para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a
vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao
socorrista de repensar o salvamento). Caso existam surfistas na área, o socorrista deve pedir-lhes ajuda.
Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a
vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de
vômito.
E) Fase de Atendimento - nos primeiros socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de
diferentes tipos de líquidos (água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não
havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao
estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes. Vale frisar que o líquido que
costuma ser expelido após a retirada da água provém do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída
deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações. Caso o
acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo
Raquimedular (TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.

CAPÍTULO XI

CORPO DE BOMBEIROS
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão (CBMMA) é uma Corporação cuja missão
primordial consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas,
salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado do Maranhão. Ele é Força Auxiliar e Reserva
do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes
são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988.
Histórico - O Corpo de Bombeiros do Maranhão foi instituído em 1901, mas efetivamente estruturado
em 1903. Em 1926 foi incorporado à Polícia Militar. No período ditatorial do Estado Novo foi desvinculado
da PM, voltando a ser reintegrado em 1959. Pela Constituição Estadual de 1989 a Corporação adquiriu
autonomia da Polícia Militar, efetivamente consolidada em 1992.
RESUMO HISTÓRIA DO CORPO DE BOMBEIROS
1 – NO MUNDO
DATA DE CRIAÇÃO: ANO 27 a.C
CIDADE: ROMA
CRIADO POR: IMPERADOR AUGUSTO
NOME QUE FOI DADO: “VIGILLES” (VIGILANTES CONTRA O FOGO)
- 2 – NO BRASIL
DATA DE CRIAÇÃO: 2 DE JULHO DE 1856
CIDADE: RIO DE JANEIRO
CRIADO POR: DOM PEDRO II
NOME QUE FOI DADO: CORPO DE BOMBEIROS PROVISÓRIO DA CORTE
OBS.: OS PRIMEIROS UNIFORMES DOS BOMBEIROS FORAM CONFECCIONADOS PELA
ESPOSA DO IMPERADOR D. PEDRO II, A IMPERATIZ MARIA TERESA LEOPOLDINA.
O DIA 2 DE JULHO É O DIA NACIONAL DOS BOMBEIROS BRASILEIROS.
3 – NO MARANHÃO
DATA DE CRIAÇÃO: 10 DE DEZEMBRO DE 1903
CIDADE: SÃO LUÍS
CRIADO POR: VICE-GOVERNADOR ALEXANDRE COLARES MOREIRA JUNIOR
NOME QUE FOI DADO: SEÇÃO DE BOMBEIROS
OBS.: 10 DE DEZEMBRO É O DIA DO BOMBEIRO MARANHENSE. DIA 4 DE MAIO É O DIA
INTERNACIONAL DOS BOMBEIROS. O PRIMEIRO COMANDANTE FOI UM OFICIAL DO CORPO
DE INFANTARIA DO ESTADO, O ALFEREES ANIBAL DE MORAES SOUTO. A SEÇÃO TINHA UM
EFETIVO DE 37 MILITARES. ALÉM DO COMANDANTE, UM 1º SARGENTO, DOIS 2º
SARGENTOS, UM FURRIEL, DOIS CABOS E 30 SOLDADOS. - NO DIA 2 DE JULHO É
COMEMORADO EM TODO O BRASIL O DIA NACIONAL DOS BOMBEIROS - D. PEDRO II É
CONSIDERADO O PATRONO DOS CORPOS DE BOMBEIROS DO BRASIL - LEMA: VIDAS
ALHEIAS E RIQUEZAS SALVAR - O TELEFONE DE EMERGÊNCIA: 193 - BRASÃO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO MARANHÃO E PRIMEIRAS VIATURAS

Brasão do CBMMA Primeiras Viaturas dos Bombeiros

GUARDA MUNICIPAL
A Guarda Municipal é a denominação utilizada no Brasil para designar as instituições que podem ser
criadas pelos municípios para colaborar na segurança pública utilizando-se do poder de polícia delegado
pelo município através de leis complementares. Algumas administrações locais têm utilizado a denominação
Guarda Civil Municipal para designar o órgão em cidades do interior e Guarda Civil Metropolitana para as
grandes capitais do Brasil. A denominação "Guarda Civil" é oriunda das garbosas Guardas Civis dos
Estados, extinta durante a ditadura militar. As Guardas Municipais apresentam-se como uma alternativa à
segurança pública no Brasil. Em outros países – a exemplo dos Países
Baixos, Espanha, Bélgica, Portugal, Itália e França, bem como nos Estados Unidos e no Reino Unido – as
administrações municipais possuem forças locais que atuam na segurança de seus cidadãos. É tão clara a
intenção do constituinte de admitir uma atividade de polícia pelas guardas municipais, que houve por bem
inseri-las no art. 144, § 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Assim a atuação das guardas se resume a uma
atividade comunitária de segurança urbana, e apoiando os órgãos policiais estaduais e federais quando
solicitadas. As Guardas Municipais têm a função principal de proteger os bens, serviços e instalações, nos
termos da lei. A GCM, como é conhecida, pode ainda auxiliar os outros órgãos de segurança pública, tais
como: a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia Civil, Polícias
Militares e os Corpos de Bombeiros Militares. Quanto ao porte de arma, estão autorizadas a usá-las (Lei
10.826/2003, art.6º, III, IV, §.1º e §.3º).

POLÍCIA FEDERAL
O Departamento de Polícia Federal (DPF), ou simplesmente Polícia Federal (PF), é uma
instituição policial brasileira, subordinada ao Ministério da Justiça, cuja função, de acordo com
a Constituição de 1988, é exercer a segurança pública para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas, bem como dos bens e interesses da União, exercendo atividades de polícia
marítima, aeroportuária e de fronteiras, repressão ao tráfico de entorpecentes, contrabando e descaminho, e
exercendo com exclusividade as funções de polícia judiciária da União. A sede da Polícia Federal fica
situada em Brasília, no Distrito Federal, havendo unidades descentralizadas (superintendências regionais)
em todas as capitais dos estados da federação, bem como delegacias e postos avançados em diversas cidades
do país.
Atribuições: A Polícia Federal possui amplas atribuições, tanto de polícia administrativa quanto de polícia
judiciária. Suas atribuições são definidas não só na Constituição, mas, sobretudo em difusa legislação
infraconstitucional. De acordo com o artigo 144, parágrafo 1º, da Constituição brasileira de 1988, são
atribuições da Polícia Federal: Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei. Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
o contrabando e o ‘descaminho. Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
Também são atribuições da Polícia Federal: combate ao terrorismo, garantir a segurança dos Chefes de
Estado estrangeiros e chefes de Organismos Internacionais em visita ao Brasil. Prevenir e reprimir os crimes
cibernéticos e Combate à pedofilia. Ser a representante exclusiva da Interpol no Brasil, reprimindo o crime
internacional e busca por foragidos internacionais. Prevenir e reprimir os crimes praticados contra os
povos indígenas. Repressão ao desvio de recursos públicos. Investigar e reprimir o crime de lavagem de
dinheiro. A Polícia Federal detém o chamado ciclo completo de polícia. Isso significa que a PF tem
atribuições tanto de polícia ostensiva, como judiciária. Tal como a maioria das polícias de países
desenvolvidos, a PF exerce as funções preventiva, investigativa e repressiva, nos assuntos de sua
competência. Alguns exemplos de policiamento ostensivo realizado pela Polícia Federal são: a polícia de
imigração, o patrulhamento de fronteiras, a polícia marítima, a prevenção aos crimes contra os povos
indígenas e a segurança institucional (proteção das instituições da república). Outra função de polícia
preventiva também prestada pela PF é a segurança pessoal dos chefes de estado estrangeiros em visita ao
Brasil.
Histórico - A origem do Departamento de Polícia Federal remonta ao período do Estado Novo (1937-1945),
no governo de Getúlio Vargas, quando este, no dia 28 de março de 1944, altera a denominação da antiga
Polícia Civil do Distrito Federal (atual Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro) para Departamento
Federal de Segurança Pública (DFSP), por meio do Decreto-Lei nº 6.378. A mudança de nomenclatura foi
motivada pela necessidade de uma polícia com atuação em todo o território nacional. Visava assim, fazer
com que a polícia do Rio de Janeiro pudesse atuar nos outros estados brasileiros. Assim, em 1960 houve
uma fusão do DFSP com o outro órgão de segurança pública da cidade de Brasília, a Guarda Especial de
Brasília (GEB) - responsável por manter a ordem no território da construção de Brasília - mantendo-se o
nome de DFSP. A Constituição de 1967, no seu artigo 210 mudou o nome do órgão de DFSP
para Departamento de Polícia Federal. Com a Lei nº 4.878, de 3 dezembro de 1965, cria-se o estatuto dos
policiais federais. Apesar de herdar a estrutura do DFSP, sempre houve a pretensão dos diretores militares
da Polícia Federal em aprimorá-la, transformando-a numa instituição nos moldes do FBI norte
americano transformando todos os cargos da carreira policial federal em cargos de nível superior.

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é uma instituição policial federal ostensiva brasileira, subordinada
ao Ministério da Justiça, cuja principal função é garantir a segurança com cidadania nas rodovias federais e
em áreas de interesse da União. Assim, combate as mais variadas formas
de crimes nas rodovias federais do Brasil e também monitora e fiscaliza o trânsito de veículos, bens e
pessoas. Até 1990, era subordinada ao antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
Com a publicação da Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, passou a ser subordinada ao Ministério da Justiça
(Brasil). Suas competências são definidas pela Constituição Federal no artigo 144, pela Lei nº 9.503/97
(Código de Trânsito Brasileiro), pelo Decreto nº 1.655, de 3 de outubro de 1995 e pelo seu regimento
interno. A denominação patrulheiro não mais existe desde 1998. O cargo de PRF se divide em4 Classes:
Terceira (padrões I, II e III), Segunda (padrões I, II, III, IV, V e VI), Primeira (padrões I, II, III, IV, V e VI)
e Especial (padrões I, II e III). A partir de 2008, o ingresso no cargo de PRF exige como requisito o diploma
em curso de Nível Superior reconhecido pelo MEC. A Polícia Rodoviária Federal foi criada em 1928 no
governo do presidente Washington Luís, com a denominação de "Polícia das Estradas". Está presente em
todas as unidades da federação e é administrada pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF),
com sede em Brasília/DF. Atualmente a PRF possui mais de quatrocentos postos de fiscalização nos mais
diversos municípios brasileiros. Apesar do trabalho uniformizado, o DPRF não é uma instituição militar - a
hierarquia existente dentro do órgão é totalmente baseada nas funções de chefia, que podem ser ocupadas
por qualquer policial. Pode acontecer, por exemplo, de um policial da Segunda Classe ser chefe de um da
Classe Especial. Da mesma forma, um policial que já exerceu uma função de chefia pode, se for do seu
interesse, retornar às atividades da área operacional. A PRF, assim como outras polícias, também é dotada
de unidades de policiamento especializados, como o Núcleo de Operações Especiais (NOE), cujos
integrantes recebem treinamento especializado para atuar em ações específicas - como em Operações de
Controle de Distúrbios, Ações Táticas, Anti e Contra Bombas, Tiro de Precisão, ações em área de caatinga
etc. As Equipes de Patrulha (RONDA) contam com Policiais altamente qualificados para as mais diversas
situações encontradas nas rodovias federais, sendo que muitos desses agentes possuem especializações do
mesmo nível dos que trabalham nos Núcleos de Operações Especiais (NOE).

POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL


A Polícia Ferroviária Federal (PFF) é o órgão policial responsável pelo policiamento
ostensivo das ferrovias federais do Brasil. Foi criada em 1852 pelo Imperador Dom Pedro II, inicialmente
com a denominação de “Polícia dos Caminhos de Ferro", com a responsabilidade de cuidar das riquezas do
Brasil, que eram transportadas em trilhos de ferro. Ela foi a primeira corporação policial especializada do
país. A Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990 criou o Departamento de Polícia Ferroviária Federal - DPFF.
Hoje em dia, poucos brasileiros conhecem a PFF, como é chamada. Seu contingente é de aproximadamente
1.200 agentes, muitos deles cedidos de outros órgãos de governo, sendo poucos os membros, de fato,
policiais ferroviários. Em 04 de agosto de 2011 a Lei nº 12.462 foi sancionada dando direito aos
profissionais de segurança pública ferroviária a passarem a integrar o Departamento de Polícia Ferroviária
Federal do Ministério da Justiça. A história da Polícia Ferroviária confunde-se com a de sua coirmã a Polícia
Rodoviária Federal, pois, também, eram até 1996 considerados patrulheiros rodoviários em regime celetista,
oriundos do DNER que era uma autarquia civil de administração das estradas e rodovias federais.
A Constituição brasileira de 1988 traz em seu artigo 144, parágrafo 3º, texto em que dispõe sobre a Polícia
Ferroviária Federal como instituição constitucional permanente, dentre os órgãos da segurança pública do
país: § 3º - A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela união e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
Privatização das Ferrovias Brasileiras - Com a privatização das ferrovias brasileiras em 1996, o seu
efetivo foi reduzido de 3.200 para 1.200 policiais em todo o país, para fiscalizar cerca de 26 mil quilômetros
de trilhos, destinados ao transporte de cargas.
Principal Função - Sua principal função é proteger a malha ferroviária do país, atuando na prevenção de
atos de vandalismo e crimes de todos os tipos. Entretanto, atualmente a Policia Ferroviária Federal não
existe de fato, não há o órgão fisicamente formado e não existe quadro de funcionários.
Plano de Carreira - Há um projeto de lei do Senado, o de Nº 150, de 2003, que propõe a criação de um
plano de carreira para a Polícia Ferroviária, com os cargos de: Agente de Polícia Ferroviária Federal;
Inspetor de Polícia Ferroviária Federal.
Capítulo XII
História das Forças Armadas Brasileiras
Constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Força Aérea, são instituições nacionais, permanentes e
regulares que têm como missão constitucional zelar pela defesa da Pátria, pela garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa destes, da lei e da ordem.[1] As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares estaduais e distritais são descritos como forças reservas e auxiliares constitucionais do Exército
Brasileiro.[1] As forças armadas são forças federais subordinadas ao Ministério da Defesa.[2] O Comandante
Supremo das Forças Armadas é o Presidente da República. Em termos de efetivo, tem o terceiro maior
do continente americano e o segundo maior da América Latina. O número de militares na ativa (ready-to-
fight) em 2014 era de 327 000, a 17ª maior tropa do mundo. Em 2015 era considerada a 22ª melhor do
mundo, segundo pesquisa. As Forças Armadas do Brasil são divididas em 3 ramos: Marinha do Brasil -
Exército Brasileiro - Força Aérea Brasileira.
O Exército Brasileiro - Organização: O Exército está enquadrado no Ministério da Defesa, ao lado
da Marinha e da Força Aérea, desde 1999 na estrutura do Governo do Brasil. No topo da organização está o
Comandante Supremo, posto civil exercido pelo Presidente da República. Abaixo dele está o Comandante
do Exército. Em seguida estão os maiores escalões organizacionais nas chefias dos órgãos de direção geral,
setorial e operacional. A direção geral é atribuída ao Estado-Maior do Exército e os órgãos de direção
setorial e operacional são: Subordinado ao Comando de Operações Terrestres, o braço operacional do
exército é denominado Força Terrestre. Ele é constituído pelas divisões de exército, brigadas, unidades de
combate e de apoio ao combate, os quais estão agrupados de forma regionalizada em comandos militares.
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão houve a Transferência da corte portuguesa para o
Brasil (1808-1821). Em 1810, foi criada a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro. O curso tinha a
duração de sete anos. Com a ascensão de D. Pedro II, as forças armadas continuaram se desenvolvendo, no
entanto em 1865, ao eclodir a Guerra do Paraguai, o Brasil não estava em condições de enfrentar o inimigo.
Isso ocorreu devido ao fato de o Império negligenciar o preparo de suas forças armadas. O exército imperial
contava com apenas 16.834 oficiais e praças, disseminados pelas províncias num território de tamanho
continental. Foi o Duque de Caxias quem reorganizou o exército de forma eficiente. O marechal Hermes da
Fonseca, ao assumir a pasta da Guerra em 1906, deu vigoroso impulso à reforma da estrutura militar do país.
Estabeleceu o serviço militar obrigatório, por sorteio, e reorganizou o exército.
Marinha - A Marinha do Brasil é a responsável pelas operações navais e para a guarda de águas
territoriais brasileiras. É a mais antiga das forças armadas brasileiras, e a maior marinha da América
Latina. A Marinha também possui um grupo de elite de forças especiais, especializado em retomar navios e
instalações navais, o Grupamento de Mergulhadores de Combate, tal unidade é especialmente treinada para
proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa. Treinados como "Força de Pronta
Atuação", os fuzileiros navais contam atualmente com cerca de 15 mil homens, todos voluntários e
concursados, sendo sua principal unidade o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, a missão
do Corpo de Fuzileiros Navais é garantir a projeção do poder naval em terra, por meio de desembarques
realizados em conjunto com navios e efetivos da Marinha. Origem: A Marinha traça a sua origem na frota
mercenária do Almirante Thomas Cochrane e nos pequenos navios e tripulações portuguesas que protegiam
as primeiras colônias costeiras de saqueadores por via marítima.
Força Aérea - A Força Aérea Brasileira é a responsável direta pela defesa aeroespacial do território
brasileiro. Foi formada quando as unidades aéreas do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil foram
unificadas em uma única força militar, inicialmente chamada "Força Aérea Nacional". As unidades
unificadas transferiram seus equipamentos, instalações e pessoal para a nova força armada. A FAB é a maior
força aérea na América Latina,[44] com cerca de 700 aeronaves tripuladas em serviço, além de contar, em
23 de Março de 2007, com um efetivo de 65.610 pessoas[45] , além de um adicional civil de 7.500 pessoas
contratadas pela força aérea. A Força Aérea brasileira é a maior força aérea da América Latina em
contingente, número de aviões e poder de fogo.. O maior e mais importante programa, da FAB nos últimos
anos é o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), a parte operacional do SIPAM é conhecido por
SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). O SIVAM é uma enorme rede de radares, sensores e pessoal
integrados para guardar e proteger a Floresta Amazônica e seus recursos.
Capítulo XIII
Libras
Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais - As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das
comunidades surdas. Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente
mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas
gramaticais próprias. Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas
pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico. O que é denominado de
palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais. O que
diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. Assim, uma pessoa
que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua, como o Francês, Inglês etc.
Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais. A
LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. As Línguas de Sinais
não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura
nacional. Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os
regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.
Convenções da LIBRAS. A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão representados na
Língua Portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA, INSTRUTOR. A datilologia (alfabeto manual): usada
para expressar nomes de pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinal, estará representada pelas
palavras separadas por hífen. Ex.: M-A-R-I-A, H-I-P-Ó-T-E-S-E. Os verbos: serão apresentados no
infinitivo. Todas as concordâncias e conjugações são feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO. As
frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português. Ex.: VOCÊ GOSTAR CURSO? (Você
gosta do curso?). Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de apontação. Apontar em
LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente aceito. Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer
os sinais de forma solta, é necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.
QUEM SÃO OS SURDOS? São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço- visual como
principal meio de conhecer o mundo, em substituição à audição e à fala. A maioria das pessoas surdas, no
contato com outros surdos, desenvolve a Língua de Sinais. Já outros, por viverem isolados ou em locais
onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição
familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala). Deficiência Auditiva Termo técnico usado na
área da saúde e, algumas vezes, em textos legais, refere-se a uma perda sensorial auditiva. Surdo-Mudo
Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em
certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio. * O fato de
uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência, totalmente
desagregada da surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Fato é a total possibilidade de um
surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é
possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício. * Por isso, o
surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização,
impedindo-o de emitir sons. Fora isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo. Apague esta ideia! Surdez:
dificuldade parcial ou total no que se refere à audição Mudez: problema ligado à voz. O que é a deficiência
auditiva? É apenas uma perda sensorial, por isto as pessoas com problemas de audição têm potencialidade
igual a de qualquer ouvinte.
DESMISTIFICANDO OS ESTEREÓTIPOS: Nem todo surdo é mudo; Nem todos os surdos fazem
leitura labial; Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais; Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo
fortemente e/ou falar em voz alta. A Língua de Sinais não é universal.
LEI DE LIBRAS - Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a LÍNGUA BRASILERA DE
SINAIS - LIBRAS e dá outras providências.
Art. 1º - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo Único. Entende-se como LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora. Com estrutura gramatical
própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil.
Art. 2º - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços
públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS -
LIBRAS como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3º - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde
devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as
normas legais em vigor.
Art. 4 - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal
devem garantir a inclusão nos cursos de formação de educação especial, de fonoaudióloga e de magistério,
em seus níveis médio e superior, do ensino da língua brasileira de sinais - libras, como parte integrante dos
parâmetros curriculares nacionais - PCNS. Conforme legislação vigente.
Parágrafo Único. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS não poderá substituir a modalidade
escrita da Língua Portuguesa.
Art. 5 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002; 1810 da
Independência e 1140 da República. Fernando Henrique Cardoso Paulo Renato Souza Texto Publicado no
D.O.U. de 25.4.2002.
SURDEZ - Surdez á a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a pessoa que não percebe sons acima 26 dB é portadora de surdez. A
surdez pode ser: • Leve: as pessoas podem não se dar conta que ouvem menos: somente um teste de audição
(audiometria) vai revelar a deficiência. E a perda acima de 25 a 40 decibéis (D.B.); • Moderada: É a perda de
41 a 55 (D.B.). Os sons podem ficar distorcidos e na conversação as palavras se tornam abafadas e mais
difíceis para entender, particularmente quando têm várias pessoas conversando em locais com ruído
ambiental ou salas onde existe eco. A pessoa só consegue escutar os sons muito altos como o som ambiente
de urna sala de trabalho e tem dificuldade para falar ao telefone. • Severa: a perda de 71 a 90 (D.B.). Para
ouvir, a pessoa precisa de um som tão alto quanto o barulho de uma impressora rotativa (até 80 decibéis). •
Surdez profunda: É a perda Acima de 91 (D.B.). A pessoa só ouve ruídos como os provocados por uma
turbina de avião (120 decibéis) disparo de revolver (150 decibéis) e tiro de canhão (200 decibéis).
PREVENÇÃO DA SURDEZ: - Proteção à maternidade, através de assistência pré-natal, e parto assistido
adequadamente: - Cuidados adequados ao recém-nascido, proporcionando amparo afetivo e ambiente
propício para seu desenvolvimento; - Vacinação completa das crianças: - Tratamento médico a todas as
doenças da infância; - Evitar os casamentos consanguíneos; - Alimentação e estimulação adequada na etapa
pré-escolar: Diagnóstico precoce de todos os distúrbios no desenvolvimento. O Alfabeto de Libras (Língua
Brasileira de Sinais) teve sua origem ainda no Império. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou
no Rio de Janeiro com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O material trazido pelo conde, que era
surdo, foi adaptado e deu origem à Libras. Este sistema foi amplamente difundido e assimilado no Brasil. No
entanto, a oficialização em lei da Libras só ocorreu um século e meio depois, em abril de 2002 - nesse
período, o Brasil trocou a monarquia pela república, teve seis Constituições e viveu a ditadura militar. Fonte:
www.cts.org.br
Capítulo XIV
Capelania
Origem –A origem de Capelania segue diferentes caminhos. A Encyclopaedia Britânica (em inglês) registra
o que resumimos a seguir: Na França costumava-se levar uma relíquia de capela ou oratório de São Martin
de Tours, preservada pelo rei da França, para o acampamento militar, em tempos de guerra. A relíquia era
posta numa tenda especial que levava o nome de capela. Um sacerdote era mantido para o ofício religioso e
aconselhamento. A ideia progrediu e mesmo em tempo de paz, a capela continuava no reino sempre com um
sacerdote que era o conselheiro. O costume passou a ser observado também em Roma. Em 1789, esse ofício
foi abolido na França, mas restabelecido em 1857, pelo Papa Pio IX. A esta altura, o sacerdote que tomava
conta da capela, que era chamado capelão, passava a ser o líder espiritual do Soberano Rei e de seus
representantes. O serviço costumava estender-se também a outras instituições: Parlamento, Colégios,
Cemitérios e Prisões. Assim, surgia a figura da capela. Aliás, o Código de Direito Canônico em vigência,
promulgado pelo Papa João Paulo II, regulamenta a instituição e o funcionamento de Capelas, dos Cânones
1223 a 1229.
CAPELANIA NO BRASIL - No Brasil, o ofício de capelania começou também na área militar, em 1858,
com o nome de Repartição Eclesiástica, evidentemente só com a Igreja Católica. O serviço foi abolido em
1899. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em 1944, o serviço foi restabelecido com o nome de
Assistência Religiosa das Forças Armadas. Na mesma época foi criada também a Capelania Evangélica para
assegurar a presença de Capelães Evangélicos na FEB. O grande Capelão Evangélico que marcou época
durante a Segunda Guerra Mundial, foi o Pastor João Filsen Soren, que era pastor da Primeira Igreja Batista
do Rio de Janeiro, e depois que voltou, são e salvo, ainda permaneceu no pastorado daquela igreja por mais
de 50 anos. Faleceu recentemente (2002). Pena que não nos deixou um livro sobre o assunto.
O QUE É CAPELANIA? Capelania é dar assistência espiritual a Regimentos Militares, Escolas,
Hospitais, Presídios, Asilos, Favelas, enfim, a carentes de tal ministério. Não com fins proselitistas, ou seja,
fomentação de sectarismo, mas simplesmente levar fé; esperança e amor. Capelania é levar fé as pessoas.
O QUE É CAPELÃO? A palavra capelão quer dizer padre encarregado, só que para nós evangélicos é
uma autoridade eclesiastica que dar Assistência Espiritual a Regimentos Militares, Escolas, Hospitais e
Irmandade. PARA QUE CAPELANIA? Para levar esperança, esperança é esperar o que se deseja.
Capelania é para expressar de forma sobrenatural a viva esperança descrita na Bíblia. A esperança consola
Sl 146:5, ela é dada por Deus assim como a fé 1º Pe 1:3.
COMO FAZER CAPELANIA? Se capelania é levar fé, levar esperança, como fazer? fazer com amor. Dar
assistência espiritual sem amor não é capelania; é emoção Não tem legalidade bíblica. É preciso ter amor Jo
3:16, e 1º Jo 3, 16 só pode fazer capelania quem tiver amor em seu coração.
ONDE FAZER CAPELANIA? Nos Hospitais, Presídios, Orfanatos, Asilos, Favelas, População de Ruas,
etc; OUTROS CONCEITOS - Já a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, sem entrar em aspectos
históricos, assim define a palavra capela: “Antigamente, igreja ou oratório sem qualificação paroquial…
compartimento reservado ao culto, um local privado”. E daí, a palavra capelão, segundo a mesma
enciclopédia, quer dizer: “Sacerdote encarregado do serviço religioso em uma igreja não paroquial, uma
capela de comunidade religiosa, um hospital, colégio, liceu, exército, prisão etc.”. O costume vem de tempos
remotos, quando senhores contratavam um pároco para rezar missas em suas capelas particulares.
PRINCÍPIO DE ORGANIZAÇÃO - O trabalho de capelania deve ser desenvolvido sem qualquer
conotação sectária, com estrito respeito à fé de cada indivíduo e de cada funcionário no contexto da
instituição. Ele deve limitar-se à assistência espiritual, sem olhar o credo da pessoa atendida.
Como pessoa devidamente habilitada nesta área, o capelão geralmente integrará a comissão interdisciplinar
da instituição, atuando no mesmo pé de igualdade com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais,
nutricionistas, terapeutas e ouvidores, e sempre deverá ter posições imparciais.
O trabalho de capelania não deve jamais entrar nas outras áreas que escapam à natureza espiritual do
atendimento. Uma das áreas mais próximas do atendimento espiritual é a do psicólogo. O capelão não deve
entrar nesta área. “Estive enfermo e Me visitastes” Mateus 25:36. O Ministério da Capelania é uma obra
muito importante. No hospital, a mente e o coração estão geralmente mais abertos à mensagem do
Evangelho. Quando o Senhor Jesus aqui viveu o seu ministério englobava o homem em sua totalidade
(corpo, alma e espírito) não podemos ser negligentes e deixar de seguir seus passos. Hoje, a ciência médica
reconhece que a paz espiritual do paciente, pode contribuir muito para sua recuperação física. A palavra
Capelania não é um termo dos tempos modernos. Esta palavra teve origem nas Forças Armadas do Exército
Francês em 1776. Conta-se que na França, um oficial Sgt. Martinho ao encontrar um homem abandonado na
rua debaixo de chuva e frio, cortou sua Capa e o cobriu num ato de solidariedade, humanismo, caridade,
ajuda e amor ao próximo. Ao morrer, esta capa foi levada como uma relíquia para a igreja para ser venerada.
Esta igreja recebeu o nome de "Igreja da Capa". Daí que surgiram as derivações Capela, Capelão e
Capelania.
Capítulo XV
Chefia e Liderança
Diferença Entre Chefe E Líder: Como Liderar - Chefe é aquele conhecido por dar ordens diretas e
incontestáveis, obrigando as pessoas a cumprirem sem considerar que muitas vezes aspectos relativos às
condições humanas estão envolvidos. No entanto chefe é a pessoa que comanda e nunca aceita ser
contrariado, tem tendência a comandar e controlar seus subordinados impõe ordens e é autoritário. Também
é conhecido por centralizar o poder e pensar apenas nos resultados e lucros. Os chefes são temidos e não
respeitados, seus funcionários geralmente são pessoas que não se sentem abertos a relatar problemas e muito
menos pedir conselhos quando têm dúvidas. Ele nunca incentiva ou motiva, já que acha que realizar um
trabalho excelente é dever do funcionário e, quando isso não é visto, ele faz questão de apontar os erros,
jogando a responsabilidade em cima de sua equipe quando algo não dá certo e se vangloria quando um
objetivo é alcançado. O Líder é conhecido como aquele que orienta as pessoas a fazerem de bom grado
aquilo que é proposto, geralmente pedindo e não impondo além de estar aberto a considerar contestações
para sua análise. Sua postura é mais democrática, ou seja, mais voltada à participação de todos. Assume a
função de fazer com que uma organização funcione adequadamente, delega poder por compreender que a
empresa é maior que ele e pode ajudá-lo em sua função.
É muito diferente a conduta de um chefe e de um líder:
- O líder aconselha, o chefe determina;
- O líder inspira entusiasmo, o chefe impõe pelo medo;
- O líder diz "nós", o chefe diz "eu";
- O líder foca nas pessoas, o chefe nas tarefas;
- O líder contempla o futuro, o chefe o passado;
- O líder eleva cada colaborador à líder no que faz, o chefe centraliza as decisões;
- O líder se preocupa com a missão, valores e pessoas, o chefe com resultados imediatos e aparentes.
Se a equipe a ser conduzida por um Líder deixa de considerá-lo como tal, ele deve rever alguns conceitos,
que seria primeiramente fazer um check-up de si mesmo envolvendo sua imagem, postura, aparência,
crenças, hábitos e também aprimoramento, conhecimento, entender de pessoas e como se relacionar com
elas. Para motivar seus colaboradores o bom Líder deve: conhecer cada integrante de sua equipe e assim
estimular a automotivação; Propor desafios por meio do estabelecimento de metas bem definidas a partir da
análise do mercado onde a sua equipe está inserida; Oferecer promoção, prêmios, plano de carreira,
participação em cursos, auxílio nos estudos é uma forma de gratificação e ascensão profissional; Estar
próximo da equipe e valorizá-la é muito importante, assim como o diálogo frequente e aberto entre a equipe
e o líder reduz os ruídos da comunicação e os boatos de corredores. A equipe também se motiva a partir do
momento em que percebe que é respeitada e quando se sentem importantes para o funcionamento de uma
organização, não apenas como executores de tarefas, mas como seres humanos que têm a capacidade de
contribuir com os processos, é fundamental que o líder comemore com a sua equipe os êxitos conquistados.
Capítulo XVI
Hierarquia Militar
A hierarquia militar é a base da organização das Forças Armadas e das Forças Auxiliares e compõe a
cadeia de comando a ser seguida por todos os integrantes das forças em sua estrutura organizacional.
No Brasil, a constituição prevê que o Presidente da República exerce o comando supremo das Forças
Armadas. De acordo com o Estatuto dos Militares (Lei 6.880, de 9 de dezembro de 1980), os militares estão
distribuídos em duas classes: oficiais, classificados por postos; e praças, classificadas por graduações. Essas
classes se subdividem em outras de acordo com o nível de responsabilidade e qualificação profissional. A
cada grau hierárquico corresponde uma insígnia regulamentar.
MILITAR: É a pessoa que serve ou exerce uma atividade profissional nas Forças Armadas ou nas Forças
Auxiliares.
FORÇAS ARMADAS: São compostas pela Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força
Aérea Brasileira (FAB) e são responsáveis pela defesa do país contra invasão estrangeira. No Brasil,
a constituição prevê que o Presidente da República exerce o comando supremo das Forças Armadas e
promove os oficiais. Os praças são promovidos pelos comandantes de cada Força Armada.
MARINHA DO BRASIL: É a responsável pela defesa e patrulhamento das fronteiras marítimas (mares e
rios) brasileiras contra invasão estrangeira.
EXÉRCITO BRASILEIRO: É responsável pela defesa e patrulhamento das fronteiras terrestres brasileira
contra invasão estrangeira.
FORÇA AÉREA BRASILEIRA: É responsável pela defesa e patrulhamento do espaço aéreo brasileiro.
FORÇAS AUXILIARES: São compostas pelas Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. São
responsáveis pela segurança pública de cada Estado. As polícias militares e corpos de bombeiros militares
são Forças Auxiliares e Reservas do Exército Brasileiro, pois seguem as doutrinas e os regulamentos desta
Força Armada. Além disso, podem ser convocadas para atuarem em conjunto com o Exército em caso de
guerra.
DO INGRESSO NAS FORÇAS AUXILIARES: Somente por meio de concurso público para jovens do
sexo masculino ou feminino, a partir dos 18 anos de idade. A Constiuição de cada Estado prevê que
o Governador exerce o comando supremo da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros Militar, e promove os
oficiais. Os praças são promovidos pelo comandante ou secretário de segurança pública, conforme
legislação de cada Estado da Federação. No Estado do Maranhão, atualmente quem promove os praças é o
Secretário de Segurança Pública (anteriormente era o Comandante da PMMA e o do CBMMA).
CLASSIFICAÇÃO DOS MILITARES:
1 – Quanto ao nível de atuação: Militares Federais: os integrantes das Forças Armadas, com atuação em
todo Território Brasileiro - Militares Estaduais: os integrantes das Forças Auxiliares (PM e CBM), com
atuação no âmbito de cada Estado da Federação.
2 – Quanto ao tipo de militar: Oficiais – militares com patentes ou posto de 2º tenente, 1º tenente, capitão,
major, tenente-coronel, coronel e general.
Praças - militares com graduação de soldado, cabo, 3º sargento, 2º sargento, 1º sargento e subtenente;
Praças Especiais - militares declarados aspirantes-a-oficial, após conclusão do curso de formação de
oficiais (CFO) e alunos dos cursos de soldado, cabo e sargento.
3 – Quanto aos círculos hierárquicos: círculo de oficiais e círculo de praças.
I – Círculo de Oficiais: Círculo de oficiais-generais: general de exército, general de divisão e general de
brigada; Círculo de oficiais superiores: coronel, tenente-coronel e major; Círculo de oficiais intermediários:
capitão; Círculo de oficiais subalternos: 1º tenente, 2º tenente e aspirante.
II – Círculo de Praças: Círculo de subtenentes e sargentos - Círculo de cabos e soldados.
Obs.: PATENTE: trata-se de qualquer grau dos militares na hierarquia (Coronel, Major, Capitão, Sargento,
Soldado, etc.). As PATENTES militares são divididas em dois grupos, que são os POSTOS e as
GRADUAÇÕES. POSTO ocorre quando o militar é oficial: (General, Coronel, Tenente-Coronel, Major,
Capitão, Tenente ou Aspirante). GRADUAÇÃO são as conferidas às praças: (Subtenente, Sargento, Cabo e
Soldado).
Forças paramilitares - são associações civis, armadas e com estrutura semelhante à militar. Todo grupo ou
associação com fins político-partidários, religiosos ou ideológicos, formado por membros armados, que
usam táticas e técnicas policiais e/ou militares para a consecução de seus objetivos, pode ser classificado
como paramilitar. Em determinados casos, alguns dos membros de forças paramilitares também fazem parte
das forças militares regulares. No Brasil, associações paramilitares são proibidas, segundo a Constituição
Federal de 1988.
PATENTES DAS FORÇAS ARMADAS E DO PROJETO BRIGADISTA MIRIM
CIRCULO DE OFICIAIS GENERAIS
Força Aérea
Marinha do Brasil Exército Brasileiro Projeto Brigadista Mirim
Brasileira

Almirante Marechal Marechal-do-Ar Instrutor Nível X

Almirante-de-Esquadra General de Exército Tenente-Brigadeiro Instrutor Nível IX

Vice-Almirante General de Divisão Major-Brigadeiro Instrutor Nível VIII

Contra-Almirante General de Brigada Brigadeiro Instrutor Nível VII


CIRCULO DE OFICIAIS SUPERIORES

Capitão de Mar e Guerra Coronel Coronel Instrutor Nível VI

Capitão de Fragata Tenente-Coronel Tenente-Coronel Instrutor Nível V

Capitão de Corveta Major Major Instrutor Nível IV


CIRCULO DE OFICIAIS INTERMEDIÁRIOS

Capitão-Tenente Capitão Capitão Instrutor Nível III

CIRCULO DE OFICIAIS SUBALTERNO

Primeiro Tenente Primeiro Tenente Primeiro Tenente Instrutor Nível II

Segundo Tenente Segundo Tenente Segundo Tenente Instrutor Nível I


CIRCULO DE PRAÇAS ESPECIAIS

Guarda-Marinha Aspirante Aspirante Instrutor Especial


CIRCULO DE PRAÇAS

Suboficial Subtenente Suboficial Monitor Nível IV

Primeiro-Sargento Primeiro-Sargento Primeiro-Sargento Monitor Nível III

Segundo-Sargento Segundo-Sargento Segundo-Sargento Monitor Nível II

Terceiro-Sargento Terceiro-Sargento Terceiro-Sargento Monitor Nível I

Cabo Cabo Cabo Brigadista Nível II

Brigadista Nível I
Marinheiro/Soldado Soldado Soldado

FORÇAS AUXILIARES - OFICIAIS SUPERIORES

Coronel PM/BM Tenente-coronel PM/BM Major PM/BM


Oficial Intermediário Oficiais Subalternos

Capitão PM/BM Primeiro-tenente PM/BM Segundo-tenente PM/BM


Praça Especial Praça

Aspirante PM/BM Subtenente PM/BM


Praças graduados da Polícia Militar

1° Sargento 2° Sargento 3° Sargento Cabo Soldado


PM/BM PM/BM PM/BM PM/BM PM/BM
Praças graduados do Corpo de Bombeiros Militar

INSÍGNIAS DE COMANDANTE GERAL DA PM E DO CBM

PM CBM
Comandante-geral - É a denominação do cargo máximo das forças militares estaduais (polícias
militares e corpos de bombeiros militares brasileiros). Para o cargo de Comandante-geral é escolhido, entre
os coronéis da própria corporação, não necessariamente o mais antigo, mas aquele que desfruta da completa
confiança do Governador, além é claro, de estreito relacionamento político com o governo executivo.
Principais atribuições de um Comandante-geral: Ao Comandante-Geral compete a administração, o
comando e o emprego da Corporação, cabendo-lhe: organizar, dirigir, coordenar, controlar e fiscalizar as
atividades da PM ou CBM, visando ao fiel cumprimento das suas missões e encargos; ssumir a função,
elaborar seu plano de comando, de acordo com as diretrizes e programas do Governo do Estado; assessorar o
Secretário de Estado da Segurança Pública em assuntos que digam respeito às ações e operações policiais-
militares; Nomear comissões e grupos de trabalhos, estabelecendo suas incumbências; movimentar oficiais
e praças e afastá-los de suas funções, respeitadas disposições legais; declarar aspirantes-a-oficial e promover
praças às graduações subsequentes; presidir as reuniões da Comissão de Promoções de Oficiais; manter
intercâmbio com as demais Instituições Militares e Policiais; Imprimir a todos os seus atos a máxima
correção, pontualidade e justiça; determinar a instauração de processos e de procedimentos administrativos,
definir os cursos a serem realizados anualmente na corporação; zelar pela rigorosa observância
dos uniformes constantes em regulamento; expedir regimentos internos, normas gerais de ação, diretrizes,
planos gerais e setoriais, instruções e ordens.
Capítulo XVII
Código Fonético Internacional
É o código internacional de sinais, chamado de Código Q, foi aprovado em 21 de Dezembro de 1959, na
Convenção Internacional de Telecomunicações em Genebra. Desenvolvido no início do século XX, o código
internacional “Q” tinha o propósito de facilitar as comunicações entre os navios britânicos. Com o tempo, o
código passou a ser utilizado como padrão entre comunicações de rádio em todo o mundo. Muitas pessoas
conhecem parte do código, utilizando-o, inclusive em conversas por telefone, internet ou outros meios
telemáticos. Todavia, trata-se de um “dicionário” extenso que deve ser dominado por qualquer operador de
rádio, civil ou militar.
Função - A função do código fonético e código Q é simplificar, dar maior fluidez, e principalmente o
entendimento entre operadores de radiocomunicação em qualquer idioma, pela substituição de informações
por um conjunto de três letras, sempre iniciadas pela letra Q. O Código Q é adotado internacionalmente
por Forças Armadas e trata-se de uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra "Q".
Um total de quarenta e cinco códigos Q aparecem na "lista de abreviações para serem usadas na
radiocomunicação".
ALFABETO FONÉTICO CÓDIGO “Q”
A – Alfa X – X-Ray QAP – Na escuta.
B – Bravo Y – Yankee QRA – Nome
C – Charlie Z – Zulu QRG – Frequência, Canal.
D – Delta Numerais QRL – Ocupado.
E – Echo 1 – Primeiro QRM – Interferência provocada por outra
F – Fox 2 – Segundo estação.
G – Golf 3 – Terceiro QRN – Interferência provocada por estática.
H – Hotel 4 – Quarto QRT – Parar de transmitir.
I – India 5 – Quinto QRU – Mensagem.
J – Juliet 6 – Sexto QRV – Estou a disposição.
K – Kilo 7 – Sétimo QRX – Aguarde um instante.
L – Lima 8 – Oitavo QRZ – Quem está chamando?
M – Mike 9 – Nono QSA = Intensidade de sinais (1- muito fraca; 2-
N – November 0 – Negativo fraca; 3- regular; 4- boa; 5- ótima).
O – Oscar 00 – Negativo dobrado QSB – Sinal oscilando.
P – Papa 000 – Negativo triplo QSL – Entendido, OK.
Q – Quebec QTA – Mensagem QSO – Comunicado, Notícia.
R – Romeo cancelada. QSP – Ponte, Retransmissão de mensagem
S – Sierra QTC – Mensagem urgente. QTO – Banheiro.
T – Tango QSJ – Dinheiro. QTR – Horas.
U – Uniforme QTH – Local, Endereço K3 – Alimento, comida, lanche, almoço, jantar
V – Victor Macaco preto – Telefone
QTO – Banheiro. Capítulo VII
W– Whisky QTR – Horas. TKS (Thanks) - Obrigado

CAPÍTULO XVIII
PRODUTOS PERIGOSOS
Produtos perigosos são os de origem química, biológica ou radiológica que apresentam um risco potencial à
vida, à saúde e ao meio ambiente, em caso de vazamento. O grande avanço tecnológico, cada vez mais
rápido, tem aumentado a quantidade e a variedade de produtos químicos em uso o que, por sua vez, aumenta
a possibilidade e a gravidade dos acidentes. Como exemplos podemos citar os combustíveis, lubrificantes,
defensivos agrícolas, cloro (para uso de produtos de limpeza e tratamento de água), tintas, vernizes, resinas,
ácido sulfúrico (insumo industrial para diversos produtos.

INCIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS


Tais incidentes podem acontecer, basicamente, de duas maneiras:
· derramamento acidental;
· depósito clandestino.
O derramamento acidental pode acontecer em decorrência de um acidente ou incêndio em instalações ou
veículos; falha em processo ou equipamento industrial; ação deliberada.
As consequências de um derramamento são a potencial contaminação do ambiente - ar, solo, águas -
passando daí para os seres vivos - plantas, animais e pessoas. Esta contaminação ambiental ocorre também
quando produtos perigosos sem utilidade são abandonados ou despejados sem quaisquer precauções.
Há que contar sempre com a ignorância de algumas pessoas que, em muitas ocasiões, pode criar ou agravar
uma situação de risco.

COMO IDENTIFICAR PRODUTOS PERIGOSOS


É muito difícil, senão impossível, mesmo para um técnico, identificar, num relance, se um determinado
líquido, pó, fumaça ou sólido é um dos chamados produtos perigosos. A imprudência (ou azar) de algumas
pessoas, tocando, inalando ou até mesmo ingerindo um destes produtos, acaba com a dúvida, com o
aparecimento dos sinais e sintomas de queimaduras ou intoxicações.
Cada produto recebeu um número de quatro algarismos, sendo agrupados em nove classes, conforme a
similaridade:
Simbologia

Classe 1 – Explosivos

Classe 2 – Gases

Classe 3 - Líquidos inflamáveis

Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas a combustão espontânea; Substâncias que, em


contato com a água, emitem gases inflamáveis.

Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos

Classe 6 - Substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes

Classe 7 - Materiais radioativos


Classe 8 – Corrosivos

Classe 9 - Substâncias perigosas diversas

Um produto como sódio é identificado por um rótulo referente à classe:

e um painel com o número que identifica o produto:

Nota: a especificação do risco detalha o "comportamento" do produto, que no caso do sódio significa "sólido
inflamável que, em contato com a água, libera gases inflamáveis".
Finalmente, a identificação dos produtos perigosos é feita pela aplicação de um rótulo (pictórico) e um painel
(numérico) em portas de salas ou depósitos, áreas de processamento, tanques, tambores, garrafas e veículos
transportadores para indicar precisamente qual é o produto.

Para o cidadão comum, detalhes relativos a subclasses ou especificações de risco são de pouca relevância, mas é
importante saber reconhecer em um local ou veículo a existência de um produto perigoso para:
a. garantir sua própria segurança.
b. proteger outras pessoas.
c. alertar as autoridades em caso de acidente.

QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE


Se você se deparar com um acidente que envolva produto perigoso, tente, se possível e seguro, identificar o
produto envolvido para informar às autoridades. Se não, chame assim mesmo:
Corpo de Bombeiros 193;
Defesa Civil Municipal 199.
Se for numa rodovia:
Federal, Polícia Rodoviária Federal
Estadual, Polícia Rodoviária Estadual
Depois de transmitido o pedido de socorro, trate de proteger-se:
Afaste-se do local, andando contra o vento;
Alerte outras pessoas presentes para fazer o mesmo;
Se não puder se afastar, não coma, não beba, não fume!;
Se estiver num veículo todo metálico, feche janelas e aberturas de ventilação;
Se receber ordem de afastar-se, faça isto sem demora;
Em casa, se for necessário, feche portas e janelas e vede as frestas com fita adesiva ou toalhas úmidas,
desligue condicionadores de ar, feche tantas portas internas quanto possível;
Se você suspeitar que há vapores tóxicos no ambiente, respire em sorvos curtos através de um pano ou
toalha;
Evite contato físico com qualquer líquido derramado, vapor ou poeira, mantenha-se completamente vestido,
com mangas compridas, calças compridas, sapatos e meias (embora a roupa comum ofereça uma proteção
mínima);
Se você suspeitar (ou estiver certo) que foi contaminado, procure socorro médico imediatamente; considere
que suas roupas estão também contaminadas;
Para fazer uma descontaminação inicial, retire todas as roupas e ponha-as diretamente em um saco plástico
que será fechado com um nó apertado. Peça instruções às autoridades quanto ao que fazer com este material;
Em seguida, se você souber que o produto envolvido não reage com a água tome um prolongado banho de
chuveiro, impedindo que as primeiras águas que escorram do alto da cabeça atinjam seus olhos, as mucosas do
nariz, entrem na boca e nos ouvidos.

CAPÍTULO XIX
ORDEM UNIDA
HISTÓRICO - Desde o início dos tempos, quando o homem se preparava para combater, ainda com armas
rústicas e formações incipientes, já estava presente a Ordem Unida, padronizando procedimentos,
movimentos e formas de combate disciplinando homens, seja nas falanges, seja nas legiões. FREDERICO II,
Rei da PRÚSSIA, governante do século XVIII, dava grande importância à Ordem Unida, e determinava que
diariamente seus súditos executassem movimentos a pé firme e em marcha com a finalidade de desenvolver,
principalmente, a disciplina e o espírito de corpo. Dizia FREDERICO II: “A prosperidade de um Estado tem
por base a disciplina dos seus Exércitos". Extraído do Manual de Ordem Unida do Exército Brasileiro (– C-
22-5).
CONCEITO DE ORDEM UNIDA - São procedimentos e exercícios específicos, padronizados, enérgicos e
marciais, que visam um melhor controle sobre um determinado grupo de pessoas, estando estes parados, em
deslocamentos ou em apresentações, de maneira que demonstrem harmonia nos movimentos, em quaisquer
circunstâncias.
Obs.: A melhor apresentação da brigada decorre de treinamentos contínuos.
OBJETIVOS DA ORDEM UNIDA DE ACORDO COM O MANUAL DE ORDEM UNIDA DO
EXÉRCITO BRASILEIRO
a. Proporcionar aos homens e às unidades, os meios de se apresentarem e de se deslocarem em perfeita
ordem, em todas as circunstâncias estranhas ao combate. b. Desenvolver o sentimento de coesão e os reflexos
de obediência, como fatores preponderantes na formação do soldado. c. Constituir uma verdadeira escola de
disciplina. d. Treinar oficiais e graduados no comando de tropa. e. Possibilitar, consequentemente, que a tropa
se apresente em público, quer nas paradas, quer nos simples deslocamentos de serviço, com aspecto enérgico
e marcial.
DIVISÃO DA INSTRUÇÃO DE ORDEM UNIDA
a. Instrução individual - na qual se ministra ao militar a prática dos movimentos individuais, preparando-o
para tomar parte nos exercícios de instrução coletiva.
b. Instrução coletiva - na qual é instruída a fração, a subunidade e a unidade, segundo planejamento
específico.
DISCIPLINA
A disciplina é a força principal dos exércitos. A disciplina, no sentido militar, é o predomínio da ordem e da
obediência, resultante de uma educação apropriada. A disciplina militar é, pois, a obediência pronta,
inteligente, espontânea e entusiástica às ordens do superior. Sua base é a subordinação voluntária do indivíduo
à missão do conjunto, do qual faz parte. A disciplina é o espírito da unidade militar. O objetivo único da
instrução militar é a eficácia no combate. No combate moderno, somente tropas bem disciplinadas, exercendo
um esforço coletivo e combinado, podem vencer. Sem disciplina, uma unidade é incapaz de um esforço
organizado e duradouro. Exercícios que exijam exatidão e coordenação mental e física ajudam a desenvolver
a disciplina. Estes exercícios criam reflexos de obediência e estimulamos sentimentos de vigor da corporação
de tal modo que toda a unidade se impulsiona, conjuntamente, como se fosse um só homem. A Ordem Unida
não tem somente por finalidade fazer com que a tropa se apresente em público com aspecto marcial e
enérgico, despertando entusiasmo e civismo nos espectadores, mas, principalmente, a de constituir uma
verdadeira escola de disciplina e coesão. A experiência tem revelado que, em circunstâncias críticas, as tropas
que melhor se portaram foram as que sempre se destacaram na Ordem Unida. A Ordem Unida concorre, em
resumo, para a formação moral do soldado. Assim, deve ser ministrada com esmero e dedicação, sendo justo
que se lhe atribua alta prioridade entre os demais assuntos de instrução.
CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO DA ORDEM UNIDA
- As instruções de Ordem Unida deverão ser ministradas desde os primeiros dias da criação da brigada;
- Para evitar vícios de origem, prejudicial às instruções e difíceis de serem corrigidas. Esta atividade deverá
merecer especial atenção por parte do instrutor responsável por esta; - A execução correta das posições e dos
movimentos deverá ser o fim principal das instruções; - O local deverá ser apropriado para a execução dos
exercícios, se possível não apresentando buracos e irregularidades no solo, bem como, incidência de sol e
chuva; - Poderá a Brigada participar de desfiles cívicos ou apresentações públicas, inclusive com banda ou
fanfarra.
NÃO UTILIZAR A ORDEM UNIDA COMO:
Como Instrumento ditatorial e de rudeza à disposição de seus instrutores; - Meio de humilhar o brigadista ou
exigir dele mais do que atenção, dedicação e disciplina; - Método para castigar o brigadista.
MÉTODOS E PROCESSOS DE INSTRUÇÃO DOS EXERCÍCIOS:
O ensino da Ordem Unida para o novo brigadista deverá ser inicialmente, individual. O brigadista tendo
compreendido o objetivo a atingir em cada movimento, deverá executa-lo, sempre auxiliado pelo instrutor ou
monitor, que deverá conhecer o temperamento, a coordenação motora e o grau de aprendizagem de cada aluno
brigadista e atender a tais fatores; - A instrução coletiva só deverá ser iniciada, após o aluno brigadista ter
conseguido desembaraço na execução individual dos movimentos; - As instruções deverão ter um
desenvolvimento gradual, isto é, começar pelas partes mais simples, atingindo, progressivamente, as mais
difíceis; - Os exercícios deverão ser metódicos, precisos, frequentes e ministrados em sessões de curta duração.
Assim conduzidos, tornar-se-ão de grande valor para o desenvolvimento do autocontrole e do espírito de
coesão da Brigada ou do Pelotão. Constitui grande erro realizar sessões de Ordem Unida delonga duração.
DEVERES E QUALIDADES DO INSTRUTOR
Para que os exercícios de ordem unida sejam bem aproveitados, o instrutor deverá:
- Estar com o mesmo uniforme previsto para a tropa e constituir sempre um exemplo de apresentação;
-Explicar em minúcias cada posição ou movimento, executando-o ao mesmo tempo. Em seguida, determinar a
execução pelos movimentos sem ajudá-los, somente tocando para corrigir naqueles que sejam incapazes de
fazê-lo por si mesmos;
- Evitar conservar os instruídos por muito tempo em uma só posição ou na execução de movimentos;
- Fazer com que aprendam cada movimento antes de passar para o seguinte;
- Imprimir gradualmente a devida precisão e uniformidade;
- À medida que a instrução avançar, agrupar os elementos segundo o grau de adiantamento. Os que mostrarem
pouca aptidão ou retardo na execução deverão ficar sob a direção dos melhores instrutores;
- Não ridicularizar ou tratar com aspereza os que se mostrarem deficientes ou revelarem pouca habilidade. O
instrutor deverá fiscalizar cuidadosamente a instrução, a fim de assegurar-se que os monitores tratam os
elementos com a devida consideração;
- Possuir maneiras agradáveis, mas firme, no trato com os brigadistas;
- Ter paciência e interesse para com os problemas dos brigadistas, evitando xingamentos, termos humilhantes e
não regulamentares;
- Deve ter experiência no trato com os brigadistas. É essencial que os elementos selecionados como instrutores
ou monitores possuam ou desenvolvam as seguintes qualidades:
- Experiência no trato com os brigadistas;
- Personalidade que inspire confiança e estimule o interesse pela instrução;
- Conhecer a fundo o assunto a ser ministrado; - Ser executante perfeito;
- Preparar previamente os monitores sobre o assunto que irá ministrar;
- Ter psicologia para lidar com os juvenis e adolescentes.

DICAS PARA INSTRUTORES E MONITORES


Seguem algumas dicas que poderão ser utilizadas para melhor ensino da Ordem Unida:
- Usar voz firme, porém respeitosa. Voz firme não é sinônimo de voz áspera e nem de voz gritada;
- Desenvolver ambiente de amizade e cooperação;
- Estar com o mesmo uniforme previsto para a tropa e constituir sempre um exemplo de apresentação;
- A atenção e concentração são responsáveis pela boa execução dos comandos. Mas o brigadista não deve ter
que suportar mais de 30 minutos em rígida atenção e concentração. Quando forem necessários longos
ensaios, deve haver intervalos e momentos de menor concentração. Outra boa sugestão para o intervalo de
tempo é de 30 à 40 minutos de exercícios;
- À medida que a instrução avançar, agrupar os brigadistas segundo o grau de adiantamento. Os que
mostrarem pouca aptidão ou dificuldade na execução deverão ser treinados sob a direção do instrutor,
enquanto que os demais, que tem facilidade de assimilar os exercícios, poderão ficar sob a direção deum
monitor ou auxiliar do instrutor;
- O instrutor deverá fiscalizar cuidadosamente as instruções, a fim de assegurar-se de que o monitor ou
auxiliar do instrutor tratam seus brigadistas com a devida consideração;
- Todo comando deve ser executado, no exato instante, da enfática entonação da sílaba tônica da palavra de
ordem.- A diferença de idade entre brigadistas do mesmo Pelotão dificulta a execução da Ordem Unida. Se
este problema for detectado, a solução é: Os maiores seguem o limite de passos e braços dos menores;
- O tom de voz gritado não ajuda a conseguir obediência. Tom de voz alto, claro e bem diccionado alcança
melhores resultados;
- Cuidado com brincadeiras e gracejos na hora de exercer o comando. Mantenha, no entanto, ambiente
agradável;- Por questão de respeito e ética, não toque em seus alunos, a não ser que seja para corrigir uma
posição ou ensinar algum exercício;
- Ter a presença do Coordenador ou representante da Coordenação, sempre que possível, acompanhando os
exercícios de ordem unida.
COMO COMANDAR - É exigido de quem comanda postura, pois, dela depende a execução de seus
comandos: 1º. Sempre comandar na posição de sentido para impor mais respeito na Ordem Unida;
2º. Executar juntamente com o pelotão os comandos para que os brigadistas possam ver no seu instrutor,
alguém que conhece o que está falando;
3º. Quando em deslocamento acompanhar a 1/3 à retaguarda do pelotão (ex.: 10 fileiras, o instrutor vai na
6 ou 7 fileira) para observar o máximo do pessoal;
4º. Dar os comandos com energia e sempre ser o exemplo, pois, o grupo é o espelho do guia;
5º. Quando for passar o comando para outro instrutor ou monitor, fazer com que o pelotão fique de frente
para o mesmo, para que o brigadista saiba quem estará no comando a partir da apresentação.
GENERALIDADES
Os termos usados em ordem unida têm um sentido preciso em que são exclusivamente empregados, quer
na linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas. Daí a necessidade das definições que se seguem:
COLUNA: É a disposição de um pelotão, cujos elementos estão atrás um do outro, qual quer que sejam
suas formações e distâncias;
COLUNA POR UM:
É a formação de um pelotão em que os elementos são colocados um atrás do outro seguidamente e
guardando entre si a distância regulamentar. Conforme número dessas colunas justapostas, tem-se as
formações, de Coluna por 1, 2, por 3, etc.;
DISTÂNCIA: É o espaço entre dois elementos, colocados um atrás do outro ou ao lado do outro e
voltados para mesma frente. Entre duas companhias ou pelotões a distância se mede em metros ou
passos, contados do último elemento da companhia ou pelotão da frente ao primeiro do imediato. Esta
regra continua a aplicar-se ainda que a companhia ou pelotão da frente se escalone em frações sucessivas.
Entre dois homens a pé a distância é de 80 centímetros e o espaço compreendido entre eles na posição de
sentido é medida pelo braço estendido, pontas dos dedos tocando o ombro ou mochila do companheiro da
frente.
A ‘DISTÂNCIA’ é diferente do ‘INTERVALO: Distância refere-se ao espaço entre brigadistas,
posicionados um atrás do outro e intervalo entre brigadistas um ao lado do outro.
EM FORMA - Brigadistas dispostos em posicionamento de Ordem Unida ou Marcha, alinhados em
forma e sob comando.
ENTRAR EM FORMA – Comando dado para que o (s) brigadista(s) entre (m) em forma e passe (m) a
estar sob comando de Ordem Unida ou Marcha. A entrada é pela lateral e retaguarda do Pelotão que
estiver mais próxima, podendo ser pela esquerda ou pela direita. O único autorizado a entrar diretamente
na frente do Pelotão será o xerife do pelotão ou aquele que estiver na TESTA, os demais brigadistas
deverão entrar pela retaguarda da Tropa.
FORA DE FORMA - Comando para que o (s) brigadista (s) saia (m) de forma e deixe (m) de estar sob
comando de Ordem Unida ou Marcha. A saída se faz pela lateral mais curta do Pelotão, podendo ser pela
esquerda ou pela direita. O único autorizado a sair pela frente do Pelotão será o xerife ou aquele que
estiver na TESTA, os demais brigadistas deverão sair pela retaguarda do pelotão.
FORMAÇÃO – É a disposição regular dos brigadistas de um pelotão em LINHA ou em FILA.
FRENTE – Espaço que um pelotão ocupa em LINHA e a distância entre o primeiro e o último brigadista
da TESTA.
HOMEM-BASE - É o brigadista que regula o grupo quanto ao posicionamento e quanto a marcha. Em
uma FORMAÇÃO, o HOMEM BASE é o brigadista da TESTA da direita do pelotão. OHOMEM-BASE
também cobre, esticando seu braço a sua esquerda. Ou seja, o HOMEM-BASE será sempre o brigadista
da direita das companhias ou pelotões em forma, salvo casos especiais, em que poderá, devido às
necessidades especiais, ser designado ao centro ou a esquerda.
FILEIRA: É a formação em que os elementos estão colocados na mesma linha um ao lado do outro, tendo a
frente voltada para o mesmo ponto afastado;
LINHA: É a disposição de uma tropa cujos elementos estão dispostos um ao lado do outro;-
FILA: É a disposição de um grupo de brigadistas colocado um atrás do outro pertencentes a uma companhia
ou pelotão;
ALINHAMENTO: É a disposição de vários elementos, ou unidades colocadas um ao lado do outro sobre
uma linha reta frente voltada para a mesma direção;
CAUDA: É o último elemento de uma coluna;
ACERTA RETAGUARDA – Comando dado, quando após o alinhamento ou cobertura, no dispositivo do
Pelotão, este apresentar espaços vazios na CAUDA. Este comando serve para finalizar o alinhamento e a
cobertura.-
COBERTURA: É a disposição de vários elementos, todos voltados com frente para a mesma direção, de
modo que um elemento fique atrás do outro;
ELEMENTO BASE: É o elemento pelo qual um pelotão regula sua marcha, cobertura e alinhamento. Em
coluna, o elemento base é o chefe da fila base geralmente e quando não houver especificações a base será a
direita;
FORMAÇÃO: É a disposição regular dos elementos de um pelotão em linha reta ou colunas;-
TESTA: É o elemento anterior de uma coluna;-
PROFUNDIDADE: É o espaço compreendido entre a testa do primeiro e a cauda do último elemento da
formação;
CERRA-FILA – Nome que se dá ao brigadista colocado à retaguarda, que encerra uma fileira, com a
missão de cuidar da correção da marcha e do movimento, de exigir que todos se conservem nos respectivos
lugares e de zelar pela disciplina. Na ordem unida, para transmitir sua vontade ao pelotão, o instrutor
emprega os seguintes meios: VOZ, GESTOS, CORNETA (CLARIM) E APITO.
1 - POR VOZ: Voz de Advertência - É um alerta que se dá aos brigadistas, prevenindo-os para o
comando que será enunciado;* Poderá ser omitida, quando se enuncia uma sequência de comandos.
Exemplo: ‘Atenção Pelotão!’ – ‘Sentido!’ – ‘Direita!’ – ‘Volver!’ – ‘Descansar!’.Não há, portanto,
necessidade de repetir a ‘voz de advertência’ antes de cada comando.
Voz de Comando: * Tem por finalidade indicar o movimento a ser realizado pelos brigadistas;* Torna-
se necessário que o instrutor enuncie este comando de maneira enérgica, dando um intervalo entre a ‘voz
de comando’ e a ‘voz de execução’, para que haja uma uniformidade de execução pelos brigadistas.
Voz de Execução: * Tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve
começar ou cessar; A ‘voz de execução’ deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem de ser mais breve
que a ‘voz de comando’ e mais incisiva;* Quando a ‘voz de execução’ for constituída por uma palavra
oxítona (que tem a tônica na última sílaba), e aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s)
sílaba(s) inicial(ais), seguido de uma enérgica emissão da sílaba final: Exemplo: PER-FI-LAR!; CO-
BRIR!; VOL-VER!; DES-CAN-SAR!.* Quando, porém, a tônica da sílaba da ‘voz de execução’ cair na
penúltima sílaba, é imprescindível destacar esta tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s) sílaba(s)
final(ais), praticamente não se pronuncia(m): Exemplo: MAR-CHE!; AL-TO!; EM FREN-TE!,OR-DI-
NÁ-RIO! Observações:* As vozes de comando deverão ser claras, enérgicas e de intensidade
proporcional ao efetivo dos brigadistas;* O instrutor deverá emitir as vozes de comando na posição de
sentido, com a frente voltada para atropa, de um local em que possa ser ouvido e visto por todos os
brigadistas;* Em marcha ou desfile, o posicionamento do instrutor é a frente do Pelotão;* Em
treinamentos, o instrutor se colocará na melhor posição que lhe convir.-
SENTIDO: Voz de comando: ”Sentido”. Deve o brigadista unir os calcanhares com firmeza, ficando
cerca de 20 cm de abertura, nas pontas dos pés, as mãos coladas a coxa procurando deixar o dedo médio
sempre na costura da calça, os braços nem muito esticados nem muito encolhido, em um meio termo
onde o brigadista se sinta confortável, com os dedos unidos (o polegar também é dedo).

Posição de Sentido (frente) Posição de Sentido (perfil)


- DESCANSAR: Voz de comando: “Descansar”. O brigadista sobe na planta do pé direito e ao mesmo
tempo coloca as mãos para traz, a mão esquerda segura o punho direito, na altura da cintura não deixando
a posição dos braços relaxada, mas bem firme para que o desbravador não canse tanto. A perna esquerda
deve se projetar para a esquerda com energia. Importante: depois da execução não pode mexer-se.

Posição de Descansar (frente) Posição de Descansar (costas)


- COBRIR: Voz de comando: ”Cobrir”. Parte sempre da posição de “Sentido”. Eleva-se o braço esquerdo
para cobrir e alinhar, sem tocar o companheiro da frente, cuidando sempre o alinhamento pela direita. No
cobrir se olha na nuca do companheiro da frente para se ter uma melhor cobertura.

Cobrir (testa)

Cobrir (coluna)
- FIRME: Voz de comando: “Firme”. Parte da posição de “Cobrir “,descendo até a coxa com energia o
braço esquerdo (não usar sentido na posição de cobrir).
APRESENTAR ARMA: O comando de “APRESENTAR ARMA!” deverá ser dado quando os homens
estiverem na posição de “Sentido”. Estando os homens na posição de “Descansar”, deverá ser dado primeiro
o comando de “SENTIDO!” e, em seguida, o de “APRESENTAR ARMA!”. A este comando o homem irá
prestar a continência.(1) Sem cobertura - em movimento enérgico, leva a mão direita, tocando com a
falangeta do dedo médio o lado direito da fronte, procedendo similarmente ao descrito acima.).

Apresentar Arma sem cobertura


(2) Com cobertura - em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado da cobertura, tocando com a
falangeta do indicador a borda da pala, um pouco adiante do botão da jugular, ou lugar correspondente, se a
cobertura não tiver pala ou jugular; a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto
e com os dedos unidos e distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45º com a
linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior. Para desfazer a continência, abaixa a
mão em movimento enérgico, voltando à posição de sentido.

Apresentar Arma com cobertura


Sentado (Ao solo) - Partindo da posição de descansar, ao comando de “SENTADO UM-DOIS!” o militar
dará um salto, em seguida, sentará com as pernas cruzadas (perna direita à frente da esquerda), envolvendo
os joelhos como braços, e com a mão esquerda deverá segurar o braço direito pelo pulso mantendo a mão
direita fechada. Para retornar a posição de descansar, partindo da posição sentado, deve-se comandar “DE
PÉ UM-DOIS!”.

Posição sentado
POSIÇÕES SEM COBERTURA
Nas situações em que o militar tiver que retirar a cobertura, segurando-a com a mão deverá proceder da
seguinte forma: a. Sentido - O militar deverá tomar a posição de sentido, segurar a boina (gorro ou quepe)
com a mão esquerda empunhando-os pela lateral esquerda, mantendo aparte interna da cobertura voltada
para o corpo e a pala voltada para frente. No caso do capacete, a parte interna ficará voltada para o solo,
tendo a preocupação de fixar a jugular no dedo anular.

Posição de sentido (boina na mão) Posição de sentido (gorro na mão)


b) Descansar - O militar deverá tomar a posição de descansar, deverá segurar a boina (gorro ou quepe) com
a mão esquerda empunhando-os pela lateral esquerda, mantendo a parte interna da cobertura voltada para o
corpo e a pala voltada para frente. O braço direito deverá estar caído ao lado do corpo com o dorso da mão
voltado para a frente, mantendo o polegar da mão direita por trás dos demais dedos. No caso do capacete, a
parte interna ficará voltada para o solo, tendo a preocupação de fixar a jugular no dedo anular.

Descansar (boina na mão) Descansar (gorro na mão)


Descansar (capacete na mão)

- ESQUERDA/DIREITA VOLVER: Voz de comando: “Esquerda/direita volver”. Parte da posição de


sentido (se estiver na posição de descansar, ao comando de “Esquerda/Direita” toma-se a posição de
“sentido” e “volver” executa o movimento), ao comando dado gira-se 900 ao lado comandado, se para
direita deve se erguer a ponta do pé direito e erguer o calcanhar esquerdo girando os dois
simultaneamente, se para esquerda deve se fazer o procedimento contrário ao da direita.- A VONTADE:
Voz de comando: “A vontade” Esta voz de comando é dada a partir da posição de descansar, na qual o
brigadista poderá como diz o comando ficar a vontade, só que não é permitido que o mesmo deixe sua
ocupação, não podendo sair do lugar.- MEIA VOLTA VOLVER: Voz de comando: “meia volta volver”,
mesmo procedimento, mas gira 180º sempre pela esquerda, usa-se o procedimento de pés da esquerda
/direita volver.- EM DIREÇÃO À DIREITA/ESQUERDA, MARCHE: Voz de comando: mesma, sempre
no pé esquerdo vai girando até o comando “Em frente” destacando o primeiro passo esquerdo. O
brigadista que está a direita/esquerda do grupo ficará quase que marcando passo e girando muito pouco
para que o restante do pelotão possa acompanhar o movimento.- EM DIREÇÃO A RETAGUARDA
MARCHE: Voz de comando, mesma, os brigadistas que são a testa da coluna rompem a marcha, giram
pela esquerda para a retaguarda e assim sucessivamente.- 1/8 A DIREITA./ESQUERDA VOLVER: Voz
de comando, mesmo, o pelotão gira 45º ao comando dado em sua posição.- SEM CADENCIA
MARCHE: Voz de comando: mesma, o comando é dado quando o pelotão ou a brigada vai sair do local
em que está para outro, para uma caminhada, etc. Neste comando o brigadista da coluna da direita rompe
a marcha saindo os brigadistas desta coluna até chegar o último que gritará “último”, a próxima coluna
segue atrás; se todos estiverem em sentido, por exemplo, depois da apresentação, comanda-se “restante,
descansar”. Neste caso o “último” equivale a “sentido e o rompimento da marcha” para a coluna seguinte.
Importante, neste comando os brigadistas devem se locomover silenciosamente (ex.: em direção a sala de
reunião pela coluna da direita sem cadencia marche).- FRENTE PARA ESQUERDA/DIREITA E
RETAGUARDA: o brigadista pula e gira no ar dando um brado durante o movimento (Ráah), para o lado
que for designado para ele virar. Pode-se dar todos os comandos ao mesmo tempo servindo até como
evolução. - CORRENDO CURTO: ao comando “correndo”, eleva os braços a um ângulo de 90º e dando
um brado que pode ser “Rop” e “curto” rompe marcha com o pé esquerdo, juntando os ombros para um
melhor alinhamento. Todos devem ter uma mesma cadência.
- ACELERADO MARCHE: mesmo procedimento anterior, sem o brado. Quando se está marchando e o
comando é dado no pé esquerdo o brigadista conta 3 passos começando a contar no pé direito e começa a
acelerar no pé esquerdo. Quando volta ao comando de ordinário marche conta-se 5 passos começando no
pé direito e começa a marchar normal com o pé esquerdo. OBS.: usado com uniforme.- MARCAR
PASSO: está voz é dada geralmente antes de começar a marcha para que o clube acerte a cadência,
podendo ser dado enquanto está “marchando” ou ainda no comando de “acelerado” ou “correndo”. No
caso de marcha o brigadista deve dar um alto, mas seguir marchando no mesmo lugar (bate-se as mãos a
coxa quando se faz o alto). No caso do correndo ou acelerado o brigadista também faz como se fosse o
alto ficando correndo no mesmo lugar.- ALTO: este comando é dado no pé esquerdo e em marcha ou
acelerado. Na marcha conta-se 3 passos começando a contar no pé direito e parando na posição de sentido
com o mesmo pé. No acelerado ou correndo é dado no pé esquerdo e conta-se 5 passos a partir do pé
direito e parando na posição de sentido com o mesmo pé ( bate-se as mãos quando o brigadista para na
posição de sentido).- DIREITA/ESQUERDA EM MARCHA: Voz de comando, Direita /Esquerda
volver. Este comando é dado sempre no pé esquerdo, quando for dado para a direita o brigadista deverá
dar mais um passo para que complete certo os passos (este comando pode ser dado também em marcar
passo).- MEIA VOLTA EM MARCHA: Voz de comando, Meia volta volver. Este comando é dado
sempre no pé esquerdo, devendo o brigadista virar em direção contrária a que está indo pela esquerda, ele
deverá dar mais um passo com o pé direito e ai então virar (este comando pode ser dado também em
marcar passo).- ÚLTIMA FORMA: este comando é dado quando o instrutor se engana no comando a ser
dado. (ex.: o instrutor gostaria de dar esquerda volver, mas deu direita então ele fala última forma e diz
direita volver). Obs.: só poderá ser dado este comando se não for dado a voz de execução.- OLHAR A
DIREITA EM MARCHA: Neste comando cada elemento 10 passos antes da autoridade e após ouvir a
voz de execução, contará mentalmente três passos e executará o alto. Rompendo a marcha em seguida,
fechará as mãos, olhará a direita e continuará a marcha em passo ordinário. Neste movimento a fileira da
frente e a coluna da direita não olham a direita, apenas seguem marchando, olhando em frente.- OLHAR
EM FRENTE: cada elemento contará novamente três passos e executará o alto, rompendo a marcha em
seguida, voltará a posição de marcha olhando para a frente.- OLHAR DIREITA/ESQUERDA: Voz de
comando, mesma. Este comando é dado para que o pelotão possa acompanhar a pessoa que passa em
inspeção a brigada, toda a brigada deve acompanhar até o outro lado com a cabeça a pessoa que revista
(ex.: o Coordenador ou Comandante vai verificar o pelotão “A” é dado o comando de olhar a direita, toda
a unidade olha a direita e acompanha o Coordenador ou Comandante com o olhar até a esquerda).
- OLHAR FRENTE: Voz de comando, mesma. Este comando é dado para desfazer a posição de olhar
direita/esquerda.- TROCAR PASSO: Voz de comando, mesma. Este comando é dado no pé esquerdo, o
brigadista conta 2 passos no terceiro dá um salto para frente como se tivesse batido com o pé direito no
esquerdo e segue a marcha com o pé trocado.

CAPÍTULO XX
CIVISMO E PATRIOTISMO
Aristóteles dizia que o Homem define-se como um animal político, isto é, a sua natureza deve-se ser
procurada nas comunidades de que faz parte e é reconhecido como membro pelos seus pares. O termo
civismo, refere-se mais especificamente às atitudes e comportamentos que no dia a dia manifestam os
diferentes cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como fundamentais para uma vida
coletiva de modo a preservar a sua harmonia e melhorar o bem estar de todos o seus membros.
Civismo: Devoção pelo interesse público.
Cívico: Referente aos cidadãos.
Civil: Que se refere às relações dos cidadãos entre si; social; paisano; não militar;
Civilidade: Conjunto de formalidades dentro de normas de boa educação; cortesia; (Fonte: Minidicionário
Compacto – Língua Portuguesa).
Diversas vezes ouvimos falar em civismo, em ter amor pela pátria, respeito perante os símbolos nacionais,
conhecer o hino nacional, o que seria fundamental a todos os brasileiros, enfim ser patriota. Mas será que
esse é o tipo de civismo que realmente estamos precisando? De fato, o sentimento de patriotismo é
importante, diria até que é imprescindível. Civismo não se restringe apenas ao amor à pátria, é claro que esse
é o mais importante, mais um ato cívico, se considera também o respeito pelo próximo, respeito no trânsito,
respeito pelas leis de seu país, entre diversos outros. É saber viver bem em sociedade.

VALORES, DEVERES E ÉTICA MILITARES


A profissão militar caracteriza-se por exigir do indivíduo inúmeros sacrifícios, inclusive o da própria vida
em benefício da Pátria. Esta peculiaridade dos militares os conduz a valorizar certos princípios que lhes são
imprescindíveis. Valores, Deveres e Ética Militares são conceitos indissociáveis, convergentes e que se
complementam para a obtenção de objetivos individuais e institucionais. A Secretaria Geral do Exercito,
como órgão de assessoramento do Cmt Ex, encarregada, dentre outras missões, da concessão de medalhas e
do cerimonial militar do Exército, sentiu a necessidade de elaborar o presente vade-mécum, pois Valores,
Deveres e Ética Militares são os fatores mais relevantes na avaliação das propostas de concessão das
honrarias e os grandes motivadores das solenidades cívico - militares, em especial do seu cerimonial militar.
Esse documento, por ser didático e de fácil entendimento, deve ser utilizado também como subsídio para os
comandantes de OM, em suas alocuções nas solenidades e formaturas diárias, e em outras instruções
voltadas para a área afetiva.
A CARREIRA MILITAR - "A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples
emprego, uma ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que nos condiciona e autolimita até o fim.
Ela não nos exige as horas de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, nos impondo também nossos
destinos. A farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele,
que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre".

VALORES MILITARES
As Instituições Militares possuem referenciais fixos, fundamentos imutáveis e universais. São os valores
militares. As manifestações essenciais dos valores militares são:
Esses valores influenciam, de forma consciente ou inconsciente, o comportamento e, em particular, a
conduta pessoal de cada integrante da Instituição. A eficiência, a eficácia e mesmo a sobrevivência das
Forças Armadas decorrem de um fervoroso culto a tais valores.
PATRIOTISMO - Amar a Pátria e defender a sua: soberania; integridade territorial; unidade nacional; paz
social. Cumprir, com vontade inabalável: o dever militar; o solene juramento de fidelidade à Pátria até com
o "sacrifício da própria vida". - Ter um ideal no coração: servir à Pátria". " Brasil acima de tudo!" (Lema da
Bda Inf Pqdt).
CIVISMO - Cultuar: os Símbolos Nacionais; os valores e tradições históricas; a História-Pátria, em especial
a militar; os heróis nacionais e os chefes militares do passado. Exteriorizar esse sentimento: participando,
com entusiasmo, das solenidades cívico-militares; comemorando as datas históricas; cultuando os nossos
patronos e heróis; preservando a memória militar e, sempre que oportuno, fazendo apologia aos valores
cívicos. Os militares devem constituir um importante fator para a disseminação do civismo no seio da
sociedade brasileira.
"Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da honra militar"
(Compromisso do Cadete da AMAN).
FÉ NA MISSÃO DO EXÉRCITO
- Amar o Exército. - Ter fé na sua nobre missão de: defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a
lei e a ordem; cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil; participar de operações
internacionais.
"O Exército do presente é o mesmo povo em armas do passado: o braço forte que garante a soberania
a mão amiga que ampara nos momentos difíceis."
AMOR À PROFISSÃO
- "Vibrar" com as "coisas" do Exército Brasileiro. - Exteriorizar esse valor, permanentemente, pelo (a):
entusiasmo; motivação profissional; dedicação integral ao serviço; trabalho por prazer; irretocável
apresentação individual; consciência profissional; espírito de sacrifício; gosto pelo trabalho bem-feito;
. prática consciente dos deveres e da ética militares; satisfação do dever cumprido. "Ser soldado é mais que
profissão: é missão de grandeza!" (Inscrição no pátio interno da AMAN)
ESPÍRITO DE CORPO
- É orgulhar-se: do Exército Brasileiro; da Organização Militar onde serve; da sua profissão; da sua arma ou
especialidade; de seus companheiros. Deve ser entendido como um "orgulho coletivo", uma "vontade
coletiva."
- O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes. -
Exteriorizar esse valor por meio de: canções militares, gritos de guerra e lemas evocativos; uso de distintivos
e condecorações regulamentares; irretocável apresentação e, em especial, do culto aos valores e às tradições
de sua Organização. "Não pergunte se somos capazes, dê-nos a missão!". (Exemplo de lema de um Pelotão)
APRIMORAMENTO TÉCNICO-PROFISSIONAL
- Um exército moderno, operacional e eficiente exige de seus integrantes, cada vez mais, uma elevada
capacitação profissional. O militar, por iniciativa própria ou cumprindo programas institucionais, deve
buscar seu continuado aprimoramento técnico-profissional. - Esse aprimoramento é obtido mediante: grande
dedicação pessoal nos cursos, estágios e instruções (vontade de aprender); estudos e leituras diárias sobre
assuntos diversos de interesse profissional (auto aperfeiçoamento); manutenção da capacitação física;
empenho no exercício diário de sua função (desempenho funcional). "Por mais que evoluam a arte da
guerra, a tecnologia das armas e a sofisticação dos equipamentos, a eficácia de um exército dependerá, cada
vez mais, de seus recursos humanos. Soldados adestrados, motivados e bem liderados continuarão sendo o
fator decisivo para a vitória." Há coisas na vida que foram feitas mais para serem sentidas do que explicadas.
Por exemplo: ser soldado. Pode-se perguntar: "Que tipo de estímulo o leva a entregar-se aos sacrifícios sem
a contrapartida de maior recompensa senão sentir-se realizado com a missão bem comprida?" Ou então:
"Que o leva a saltar de paraquedas, escalar montanhas, embrenhar-se na selva e na caatinga, cruzar os
pantanais, vadear os rios e atravessar os pampas, indo a toda parte que a Pátria lhe ordenar, sem reclamar de
nada?" Impossível responder. Afinal, ser soldado é um estado de espírito.

DEVERES MILITARES
Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos morais e jurídicos que ligam o militar à Pátria e à
Instituição. São deveres militares: Existem os deveres moral e jurídico. Dever moral é o que se caracteriza
por ser voluntariamente assumido, havendo ou não imposição legal para o seu cumprimento. Dever jurídico
é o imposto por leis, regulamentos, normas, manuais, diretrizes, ordens, etc.
DEDICAÇÃO E FIDELIDADE À PÁTRIA
- Dedicar-se inteiramente ao serviço da Pátria.
- Defender a sua honra, integridade e instituições.
- Priorizar o interesse da Pátria sobre os interesses pessoais ou de grupos sociais.
- Exteriorizar esse sentimento demonstrando, em todas as situações:
. o orgulho de ser brasileiro;
. a fé no destino do país;
. o culto ao patriotismo e ao civismo.
"... heróis a lutar, por um Brasil maior, na paz como na guerra, honrando as tradições de nossa terra."
(canção da Academia Militar das Agulhas Negras)
RESPEITO AOS SÍMBOLOS NACIONAIS
Bandeira Nacional, Hino Nacional, Armas Nacionais, Selo Nacional. O respeito aos Símbolos Nacionais,
em especial à Bandeira e ao Hino, é expressão básica de civismo e dever de todos os militares. O culto à
Bandeira Nacional é exteriorizado, normalmente, mediante: honras e sinais de respeito a ela prestados nas
solenidades; o tradicional cerimonial de Guarda-Bandeira; a sua posição de destaque nos desfiles; o seu
hasteamento diário nas nossas Organizações Militares e, também, o modo de guardá-la quando não estiver
em uso.
- O respeito ao Hino Nacional é traduzido: pelas honras que lhe são prestadas nas solenidades militares; pelo
seu canto, com grande entusiasmo e também pela postura que o militar toma quando ouve os seus acordes.
"Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança. A grandeza da Pátria nos traz".
(Hino à Bandeira).
PROBIDADE E LEALDADE
-Probidade, entendida como: integridade de caráter; honradez; honestidade; senso de justiça.
- Lealdade, traduzida pela: sinceridade; franqueza; culto à verdade; fidelidade aos compromissos. Ou seja: a
intenção de não enganar seus superiores, pares ou subordinados. "Os militares devem manter, seja no
serviço ou fora dele, na ativa ou na inatividade, uma conduta ilibada, em todas as situações"
(Estatuto dos Militares)
DISCIPLINA E RESPEITO À HIERARQUIA
Constituem a base institucional das Forças Armadas.
Disciplina, entendida como: rigorosa obediência às leis, aos regulamentos, normas e disposições; correção
de atitudes na vida pessoal e profissional; pronta obediência às ordens dos superiores; fiel cumprimento do
dever. A disciplina deve ser consciente e não imposta.
Hierarquia, traduzida como a ordenação da autoridade em diferentes níveis. É alicerçada: no culto à
lealdade, à confiança e ao respeito entre chefes e subordinados; na compreensão recíproca de seus direitos e
deveres; na liderança em todos os níveis. "Cadete, ides comandar, aprendei a obedecer!" Inscrição no pátio
interno da AMAN).
RIGOROSO CUMPRIMENTO DOS DEVERES E ORDENS
- Tem como fundamentos a disciplina e a hierarquia.
- É honrar o solene juramento de cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
subordinado. Exemplo de rigor no cumprimento de uma ordem: Diálogo em combate: Capitão para Tenente:
- O inimigo não pode transpor essa ponte à sua frente, caso contrário a missão do nosso Batalhão ficará
comprometida. Resista com seu Pelotão, na defesa desse ponto forte, por duas horas, pois é o tempo da
nossa Companhia chegar em reforço. A missão tem que ser cumprida a qualquer custo. Alguma dúvida?
Tenente: - Não senhor. Asseguro-lhe que a missão será cumprida. Capitão: - "Brasil!" Tenente: - "Acima de
tudo!"
TRATO DO SUBORDINADO COM DIGNIDADE
- Trato do subordinado com bondade, dignidade, urbanidade, justiça e educação, sem comprometer a
disciplina e a hierarquia. - Incentivo ao exercício da liderança autêntica que privilegie a persuasão em lugar
da coação e que seja conquistada não pelo paternalismo, mas pela competência profissional, aliada à firmeza
de propósitos e à serenidade nas atitudes. - Importância do exemplo pessoal, do desprendimento e do
respeito ao próximo, demonstrados pelos chefes em todos os escalões, como incentivo à prática de atitudes
corretas por parte de cada um. - Não confundir rigor com mau trato, nem bondade com "bom-mocismo".
"...tratar com afeição os irmãos de arma e com bondade os subordinados". (Compromisso militar). "A
vocação é a fonte de todas as virtudes militares".

ÉTICA MILITAR
É o conjunto de regras ou padrões que levam o militar a agir de acordo com o sentimento do dever, a honra
pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe. Ela impõe, a cada militar, conduta moral irrepreensível.
CONCEITUAÇÕES - Sentimento do dever – refere-se ao exercício, com autoridade e eficiência, das
funções que lhe couberem em decorrência do cargo, ao cumprimento das leis, regulamentos e ordens e à
dedicação integral ao serviço.
Honra Pessoal – refere-se à conduta como pessoa, à sua boa reputação e ao respeito de que é merecedor no
seio da comunidade. É o sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito que o militar se torna
merecedor perante seus superiores, pares e subordinados.
Pundonor Militar – refere-se ao indivíduo como militar e está intimamente relacionado à honra pessoal. É
o esforço do militar para pautar sua conduta como a de um profissional correto, em serviço ou fora dele. O
militar deve manter alto padrão de comportamento ético, que se refletirá no seu desempenho perante a
Instituição a que serve e no grau de respeito que lhe é devido.
Decoro da Classe – refere-se aos valores moral e social da Instituição (Exército Brasileiro) e à sua imagem
ante a sociedade. Representa o conceito social dos militares.
PRECEITOS DA ÉTICA MILITAR
I – Cultuar a verdade, a lealdade, a probidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal.
II – Exercer, com autoridade e eficiência, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo.
III – Respeitar a dignidade da pessoa humana.
IV – Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades a que
estiver subordinado.
V – Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.
VI – Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista
o cumprimento da missão comum.
VII – Dedicar-se integralmente ao cumprimento do dever.
VIII – Praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação.
IX – Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada.
X – Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza.
XI – Cumprir seus deveres de cidadão.
XII – Proceder de maneira ilibada em todas as situações.
XIII – Observar as normas da boa educação.
XIV – Garantir assistência moral e material aos seus dependentes legais.
XV – Conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados
os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar.
XVI – Abster-se de fazer uso do grau hierárquico para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.
XVII – Abster-se do uso das designações hierárquicas em atividades que venham a comprometer o bom
nome das Forças Armadas; e
XVIII – Zelar pela observância dos preceitos da ética militar.
A violação dos Deveres, Valores e Ética Militares constitui, normalmente, crime ou transgressão disciplinar
e é fator impeditivo para a concessão das condecorações da Ordem do Mérito Militar, Medalha Militar,
Pacificador, Praça Mais Distinta e outras. "Os povos que desdenham as virtudes e não se preparam para uma
eficaz defesa do seu território, de seus direitos e de sua honra, expõem-se às investidas dos mais fortes e aos
danos e humilhações consequentes da derrota".
CAPÍTULO XXI
GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO - GLP
(GÁS DE COZINHA)
História do GLP. O primeiro gás liquefeito de petróleo - GLP - foi produzido na refinaria da Riverside Oil
Co. nos Estados Unidos e, em 24 de dezembro de 1910, foram produzidos 200 galões de GLP. Em 1911, na
Pensilvânia, a utilização do gás liquefeito de petróleo – GLP – inicia-se na indústria, alimentando maçaricos
para o corte do aço. Neste mesmo local, em 1912, é realizada a primeira instalação doméstica de GLP. Em
1940, é fundada a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Em meados da década de 40, foram
produzidos no Brasil os primeiros fogões para gás encanado – até então, só existiam os importados. As
tubulações de gás, no entanto, eram restritas aos bairros mais centrais das grandes cidades. Para a população
que ficava fora desses núcleos, as opções para cozinhar ou esquentar a água eram em geral, lenha, carvão ou
querosene. Em 26 de setembro de 1938, surgiu a Ultragaz S/A, que logo deixaria de ser uma empresa
regional para atuar em todo o país. Em 3 de outubro de 1953 a Petrobras é constituída, quando Getúlio
Vargas sanciona a Lei nº 2204. Começa a produção de GLP e de fogões para uso com o GLP.
Botijões de gás - Iniciado no Brasil pela família Scarin, o botijão de gás é trocado a cada compra, o
consumidor entrega seu cilindro vazio e recebe outro cilindro igual cheio de gás e lacrado, os cilindros
vazios são recolhidos pelas distribuidoras de GLP que fazem uma inspeção no cilindro, após isso ele é
novamente enchido com GLP e posto a venda, os cilindros que não passam na inspeção são retirados de
circulação para serem requalificados ou descartados como sucata.
Centros de troca - A distribuidora de GLP é responsável por qualquer problema no cilindro com sua marca,
por isso os cilindros de uma distribuidora só podem ser cheios, inspecionados e revendidos por ela mesma
ou por outra empresa autorizada por ela, porém a distribuidora não pode se negar a receber cilindros vazios
de outras marcas em troca de cilindros cheios, por isso os cilindros recebidos com marca de outras
distribuidoras são enviados a Centros de troca onde são retirados por suas respectivas distribuidoras.
O GLP é um produto derivado do refino do petróleo. C3H8 (Propano), C4H10 (Butano). Sua sigla significa
gás liquefeito de petróleo. No Brasil ele é conhecido como “gás de cozinha”, pois essa foi a sua aplicação
inicial. O GLP é acondicionado dentro de cilindros em estado líquido. O cilindro quando cheio contém em
seu interior 85% de GLP em estado líquido e 15% em estado de vapor. O GLP em estado líquido começa a
se transformar em vapor a medida que os aparelhos a gás são utilizados. Uma característica marcante do
GLP é não possuir cor nem cheiro próprio. No entanto, por motivo de segurança, uma substância do grupo
Mercaptan¹ é adicionada ao GLP ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico quando há um
vazamento de gás. O GLP não é uma substância tóxica, porém se inalado em grande quantidade, produz
efeito anestésico. ¹Mercaptan é uma substância química de forte odor. Ela se mistura total e livremente ao
gás e não é venenosa. Seu cheiro é tão penetrante que basta colocar em cada litro de gás somente uma gota.
(EGSA, Teorias e aplicações de equipamentos para GLP, p. 5.). No Brasil o uso de GLP é proibido para uso
em veículos automotores com exceção de empilhadeiras movidas a GLP onde são utilizados botijões tipo P-
20, este botijão é o único que se utiliza na horizontal.
 Mangueira: Deve ser de plástico de PVC transparente com uma tarja amarela onde estão gravados o
prazo de validade e o Código NBR 8613. A mangueira pode ser comercializada com os tamanhos de 80
centímetros, 1 metro e 1,25 metro. Veja qual o ideal para o botijão que você deseja instalar.
 Abraçadeiras: São aqueles anéis que ajustam e fixam a mangueira ao fogão e ao regulador de
pressão do botijão. Nada de dar um "jeitinho brasileiro": jamais utilize arame, esparadrapo ou outro
material no lugar das abraçadeiras.
 Regulador de pressão de gás: É o responsável por regular a passagem do gás do botijão para os
queimadores do fogão. No regulador deve constar a inscrição NBR8473, o código do INMETRO e o prazo
de validade.
 Cone borboleta: É aquele dispositivo que abre a válvula do botijão e deixa passar o gás para o
regulador. É importante que a adaptação à válvula do botijão deva ser perfeita. Use apenas as mãos para
atarraxar ou retirar o cone borboleta. Nunca utilize ferramentas.
Ao receber o botijão é importante verificar se o lacre não foi violado, aberto ou danificado, se existe o
nome da empresa em alto relevo no corpo do vasilhame e, caso você ainda fique com dúvidas quanto ao
peso ou qualidade do botijão, peça ao entregador para realizar a troca. Esse é um direito seu.
FASE VAPOR
15%
FASE LÍQUIDA
85%

 Instalando o botijão
 - Tanto o botijão em uso quanto o de reserva devem estar em lugar protegido do sol, da umidade e da
chuva com ventilação natural e preferencialmente fora da residência. Não vá instalar ou guardar o
botijão em locais totalmente fechados e sem ventilação (armários, gabinetes, vãos de escada, porões,
por exemplo) e tampouco deposite vários botijões cheios num mesmo lugar. Não corra o risco de
haver uma explosão.
 - Nunca instale o botijão em locais próximos a ralos ou grelhas de escoamento de água, pois o gás,
por ser mais pesado do que o ar, pode infiltrar-se e explodir.
 - Evite também instalar a mangueira do botijão passando por detrás do fogão, pois o calor poderá
causar rachaduras e vazamentos. Se não for possível evitar ou quando a mangueira tiver um
comprimento maior de 1,25 m, deve-se utilizar um tubo de cobre ao invés da mangueira de PVC.
 - Não compre botijões de empresas clandestinas. Verifique se o nome da empresa está gravado no
lacre do botijão, no veículo de entrega e no crachá de identificação dos entregadores. Os botijões
devem conter, ainda, um impresso sobre a válvula com informações gerais da empresa.
 - Utilize o botijão sempre na posição vertical, sem tombá-lo. O botijão deitado pode passar o gás
para o fogão no estado líquido e provocar graves acidentes.
 - Ao trocar um botijão vazio por um cheio
 - Não troque o botijão com cigarros ou chamas acesas nas proximidades e não utilize martelos ou
qualquer outro tipo de ferramentas.
 - Para verificar se há vazamento de gás, coloque um pouco de espuma de sabão na base do regulador
de pressão e observe se há formação de bolhas. Em caso positivo, retire o regulador e comunique- se
imediatamente com o seu fornecedor (deixe o telefone do fornecedor sempre em local de fácil
acesso). Não tente eliminar vazamentos de maneira improvisada com sabão, cera etc.
- Retire o regulador do botijão vazio;
- Segure o bico do regulador na posição vertical e encaixe-o na válvula do botijão cheio;
- Gire a borboleta do regulador para a direita, até ficar firme, nunca utilize ferramentas;
- Após a instalação do botijão, verifique se há vazamento de gás aplicando espuma de sabão na junção
do regulador com a válvula do botijão, mas jamais utilize para vedar vazamentos.
- Abra o registro, e faça o teste na boca do fogão.

Algumas Medidas de Segurança


CUIDADOS NO MANUSEIO - Quando a alimentação dos queimadores estiver deficiente é preciso trocar
o Botijão. Nunca vire ou deite o Botijão, pois caso ainda exista algum resíduo de gás ele poderá escoar na
fase líquida, o que anula a função do regulador de pressão e pode provocar graves acidentes. Antes de trocar
o Botijão, verifique se todos os queimadores estão desligados. Jamais efetue a troca na presença de crianças,
brasas ou faíscas. Nunca use fósforos ou qualquer tipo de chama para verificar se há vazamentos. Isso pode
provocar graves acidentes.
VAZAMENTO DE GÁS SEM FOGO
- Isolar a área e afastar as fontes de ignição;
- Desligar, no quadro elétrico, toda rede de alimentação elétrica do local envolvido pelo vazamento;
- Arejar local abrindo as janelas e portas;
- Não utilizar ferramentas e nem provocar ações que produzem centelhas;
-Retirar o botijão para aberto e ventilado, localizar as causas do vazamento, e se possível cessar o
vazamento;
VAZAMENTO DE GÁS COM FOGO
Extinguir, primeiramente, o fogo nas áreas adjacentes. Para depois extinguir o foco sobre o botijão por
abafamento; verificar, se possível, transportar o botijão em chamas para local arejado e lá realizar a extinção
e os reparos para cessar o vazamento; se o fogo seja no tubo plástico, a extinção é realizada com o
fechamento do registro; e chame o Bombeiro e a empresa distribuidora do cilindro defeituoso.
CUIDADOS NECESSÁRIOS NO DIA A DIA
Não coloque panos de prato ou outros objetos que possam pegar fogo junto ao Botijão, na tampa do fogão
ou perto dos queimadores.
Mantenha os queimadores do fogão sempre limpos, lavando-os em fervura de água e detergente.
Não acenda um queimador quando ainda estiver molhado. A chama sairá irregular e poderá se apagar,
provocando vazamento.
PARA ACENDER O FOGO -
Abra o registro de gás. Em seguida, abra o porta do forno, acenda o fósforo e aproxime até o queimador do
forno. Gire o botão do forno para a esquerda até a posição de aberto.
Se o fósforo apagar antes do forno acender, feche o botão do forno e repita a operação.
Nunca encha demais as panelas. Ao ferver, seu conteúdo poderá derramar, apagando a chama dos
queimadores e provocando vazamento de gás.
Ao cozinhar, mantenha sempre o cabo das panelas voltados para dentro do fogão.
INSPEÇÃO DAS INSTALAÇÕES -
Devem ser realizadas periodicamente inspeções junto às instalações tanto residenciais como comerciais ou
industriais, por técnicos especializados da distribuidora.
PARA SUA SEGURANÇA -
Ao usar fogareiro, lampiões, etc., utiliza sempre Botija de 2kg., nunca outro tipo de Botijão.
Procure não encher demasiadamente a panela de pressão, pois ao cozer os alimentos, poderá entupir a
válvula de segurança e provocar a sua explosão.
PROCEDIMENTOS E CUIDADOS -
1. Verifique no lacre, no rótulo e no corpo do Botijão, se o nome da Companhia Distribuidora de Gás é o
mesmo;
2. Ao receber seu Botijão, passe um produto espumante para detectar vazamento. Nunca use fósforos,
isqueiros ou material combustível.
3. Guarde o Botijão em local bem ventilado.
4. Evite colocar o Botijão onde possa cair sujeiras sobre a válvula.
5. Não deixe o Botijão Reserva junto ao que estiver em uso
6. Havendo vazamento o Botijão deverá ser imediatamente rejeitado.
7. Todo recipiente de apresentar acentuada corrosão, deve ser rejeitado.
8. As argolas (aros) inferiores devem oferecer total proteção à calota dos recipientes.
9. As argolas (aros) superiores devem oferecer proteção às válvulas e aos dispositivos de segurança e
permitir ainda condições de manuseio seguro.
10 - Abasteça-se somente com empresas credenciadas;
11 - Verifique o estado do botijão ao recebê-lo.
12 - Nunca coloque os botijões em locais fechados e nem próximos a ralos ou grelhas de escoamento de
água, por ser mais pesado que o ar, o gás pode se infiltrar em seu anterior e explodir;
13 - Os botijões devem ser guardados em locais limpos, bem ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos
contra chuva, sol e outras fontes de calor.
COMO ACENDER O FORNO:
- Abra o registro de gás;
- Abra a porta do forno se for usá-lo;
- Acenda o fósforo;
- Aproxime o fósforo aceso do queimador que vai ser usado;
- Gire o botão do queimador ou do forno.
- Acostume-se a acender o fósforo antes de girar o botão. Se você girar o botão primeiro, o gás começa a sair
imediatamente, o que pode ser perigoso. Lembre-se: ao comprar o regulador de pressão e a mangueira,
verifique se possuem a identificação do INMETRO (NBR) gravada. Não use outro tipo de material. Ao sair
de casa, feche o registro de gás e nunca deixe panela no fogo aceso. Não permita que as crianças tenham
acesso ao fogão. Não coloque cortinas, panos de prato ou outros materiais que possam pegar fogo junto ao
fogão ou sobre o botijão. Não tente eliminar vazamento de maneira improvisada (com sabão, cera, etc.).

CAPÍTULO XXII
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
A prevenção e Combate a Incêndio visam sobre tudo a prevenção da vida e de equipamentos, com a finalidade de
manter a salvaguarda de bens patrimoniais da comunidade. Os incêndios são os acidentes de consequências mais
terríveis como danos materiais incalculáveis e por vezes vítimas fatais. A melhor maneira de combater o incêndio é
evitar que ele ocorra. Na prevenção e combate a incêndio devem-se conhecer os dois aspectos básicos da proteção,
para nossa própria segurança. O primeiro aspecto é da prevenção de incêndio, isto é, evitar que ocorra fogo,
utilizando-se certas medidas básicas, que envolvem a necessidade de se conhecer, entre outras.
A) Características do fogo
B) Propriedades de riscos dos materiais
C) Estudos dos combustíveis
Quanto, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que seja combatido de forma
eficiente, para que sejam minimizadas suas consequências. Sua maior eficiência. Deve-se, ainda:
A) Conhecer os agentes extintores.
B) Saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios.
C) Saber avaliar as características do incêndio, o que determina a melhor atitude a ser tomada.
2. Princípios Básicos do Fogo
2.1 Conceitos Gerais
2.1.1 A propagação de fogo, fumaça e gases quentes no interior dos armazéns e silos.

2.1.2 Fenômeno Característico


O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem lugar uma reação de oxidação com
emissão de calor e luz.
Devem coexistir três componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:
1) combustível;
2) comburente (oxigênio);
3) calor;
Os meios de extinção se utilizam deste princípio, pois agem por meio da inibição de um dos componentes
para apagar um incêndio.
O combustível: pode ser definido como qualquer substância capaz de produzir calor por meio da reação
química. E podem ser encontrados nos três estágios:
Sólido (madeira, papel, tecido, etc…)
Liquido (gasolina, éter, álcool, etc…)
Gasoso (butano, acetileno, propano, etc…)
O comburente: substância que alimenta a reação química, sendo mais comum o oxigênio.
O calor: pode ser definido como uma forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude
de uma diferença de temperatura. Ele se distingue das outras formas de energia porque, como o trabalho, só
se manifesta num processo de transformação.
Podemos, ainda, definir incêndio como sendo o fogo indesejável, qualquer que seja sua dimensão.
3. Triângulo do fogo
Quanto os três elementos essenciais se apresentam em um determinado ambiente, sob condições propícias, é
o que chamamos de triângulo do fogo. Se retirarmos um dos lados do triângulo, ele deixa de existir. É
exatamente, isso que acontece com o fogo. Se você controlar pelo menos um dos três componentes básicos,
conseguirá controlar ou evitar o fogo.

4. Características dos Elementos Essenciais do Fogo

Essas características enfocam todas as condições com as quais os elementos estão diretamente interligados
com o fogo.
4.1 Combustível - O combustível para entrar em processo de combustão, é necessário que esteja em
temperatura de condições de liberar vapores combustíveis. Dependendo da temperatura a que esteja
submetido, liberar maior ou menor quantidade de vapores. Para melhor compreensão do fenômeno, definem-
se algumas variáveis, denominadas pontos notáveis da combustão:
- Ponto de Fulgor
- Ponto de Combustão
- Temperatura de Ignição
4.1.1 PONTO DE FULGOR - É a temperatura mínima na qual os combustíveis desprendem gases que
em contato com a fonte externa de calor se incendeiam, porém as chamas não se mantém devido a
quantidade desprendida de vapor ser insuficiente.
Ponto de Fulgor dos Materiais
- *Madeira 150°C
- *Gasolina 42°C
- *Asfalto 204°C
- *Hexano 35°C
- *Óleo B.P.F 110°C
4.1.2 PONTO DE COMBUSTÃO - É a temperatura mínima na qual os combustíveis desprendem gases
que em contato com a fonte externa de calor se incendeiam, e as chamas se mantém devido a quantidade
desprendida ser suficiente.
4.1.3 PONTO DE IGNIÇÃO - É a temperatura mínima em que gases desprendidos de um combustível se
inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar.
 O éter atinge seu ponto de ignição a 180°C - O enxofre atinge seu ponto de ignição a 232°C

CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios, em seu inicio, são muito mais fáceis de controlar e de extinguir.
Quanto mais rápido o ataque as chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las ou de eliminá-las.
E o principal modelo de preocupação, no ataque, consiste em desfazer, em romper o triângulo do fogo.
Mas que tipo de ataque deve ser tentado?
Como os incêndios são de diversas formas, as soluções serão diferentes e os equipamentos de combate
também serão de diversos tipos.
Os incêndios são divididos em quatros classes.
Classe A: São materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.
Classe B: São considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando
resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina. etc.
Classe C: Quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros
de distribuição, fios, etc.
Classe D: Elementos pirotécnicos como magnésio, zircônio, titânio.

A extinção de um incêndio é feita por uma ação das três técnicas.


b) Ação de resfriamento - consiste na redução da temperatura até torna-la mais baixa que a temperatura do
ponto de ignição do combustível que está queimando.
c) Ação de abafamento - consiste na eliminação total ou parcial do oxigênio.
d) Ação da retirada do combustível (isolamento) - consiste na retirada do combustível eliminando o
fogo, como não existe nada para queimar o fogo se apaga.
Os agentes extintores mais usados são: Água Pressurizada (AP); Pó Químico Seco (PQS); Gás Carbônico
(CO2), Pó ABC.
DICAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
No carro
 Evite surpresas desagradáveis. Mantenha seu veículo em boas condições de uso, fazendo
periodicamente a manutenção preventiva;
 Pratique e ensine a retirada do extintor de seu suporte;
 Verifique todo mês o estado de conservação do extintor, seguindo as instruções contidas no rótulo do
fabricante, e observando se:
 O ponteiro indicador de pressão permanece na faixa verde, o que indica estar devidamente
pressurizado;
 O lacre de inviolabilidade permanece intacto;
 A aparência geral do extintor não apresenta sinais de oxidação (ferrugem), riscos ou amassamentos;
 O bico da válvula permanece desobstruído;
 As instruções de operação estão legíveis;
 As datas-limites de Garantia, Validade e Teste Hidrostático estão dentro do prazo;
 Durante a verificação mensal, agite o extintor para manter o pó químico sempre em boas condições
de uso;
 Saiba distinguir se o extintor é novo ou recondicionado, por intermédio dos selos do INMETRO;
 Não teste seu extintor. Mesmo uma pequena descarga poderá acarretar um microvazamento da
pressão interna, tornando o inoperante;
 Nunca atire ou deixe um extintor próximo do fogo de maneira descuidada, mesmo que descarregado.
 O calor do fogo aumentará a pressão interna do cilindro, podendo causar uma explosão;
 Use o extintor na vertical; nunca "deitado" ou de "cabeça para baixo".
Em casa
 Não permita cortinas compridas ou tapetes sobre fios elétricos nem os passe atrás de móveis;
 Não esqueça ferro de passar roupa ligado;
 Evite vazamentos de gás de cozinha; verifique-os usando espuma de sabão nunca fogo;
 Produtos químicos e inflamáveis devem ser mantidos em recipientes apropriados, bem fechados e
longe do alcance de crianças.
 Ao acender a lareira ou a churrasqueira, não use líquidos inflamáveis como álcool, solventes e
outros, de preferência use álcool gel;
 Não limpe o piso de sua casa com gasolina ou solventes; os vapores com o ar formam misturas
explosivas;
 Se possível, coloque seu botijão fora de casa, obedecendo às orientações do fabricante para sua
instalação;
 Lembre-se de fechar o registro do gás quando for dormir ou não estiver usando.
 Vazamentos ocorrem normalmente depois do regulador de pressão e, portanto o botijão nem sempre
é o culpado;
 A explosão não é do botijão, normalmente é a mistura do gás com o ar, que queima numa fração de
segundos, causando a explosão;
 Ao chegar em casa, se sentir cheiro de gás, não acenda a luz, pois isso pode ocasionar explosão;
 Nunca ponha papel-alumínio ou algum metal dentro do forno de microondas;
 Não fume na cama ou quando estiver com sono.
No escritório
 Não sobrecarregue os circuitos elétricas;
 Desligue todo equipamento elétrico da tomada, ao término do expediente;
 Não permita que fios elétricos cruzem a passagem, pois, ao serem pisados, terão a capa protetora
comprometida;
 Equipamentos elétricos aquecidos indicam problemas; chame um eletricista ou zelador;
 Não deixe lâmpadas acesas encostadas em papéis, nem próximas a eles;
 Verifique se o conteúdo dos cinzeiros está apagado antes de esvaziá-los nos restos de lixo;
 Evite sobrecarregar a fiação elétrica, ligando vários aparelhos numa só tomada;
 Não faça nem autorize que se façam instalações elétricas provisórias;
 Não armazene amostras de produtos químicos, solventes etc;
 Mantenha os arquivos e as prateleiras fechados.
Na indústria
 Não guarde estopas nem trapos impregnados de óleo, de cera ou de outros combustíveis;
 Conserve combustíveis e inflamáveis em recipientes próprios, fechados, em ordem e devidamente
rotulados;
 Não jogue no esgoto líquidos inflamáveis ou combustíveis, pois se inflamam facilmente e poderão
produzir explosão;
 Não faça instalações elétricas de emergência, porque elas sobrecarregam o circuito, provocando
aquecimento e fogo;
 Por ocasião de serviços de corte e solda, peça auxílio à segurança para preparar o local;
 Utilize um sistema de permissões e precauções para os trabalhos de corte e solda.
E lembre-se: em caso de incêndio, ligue 193.

CAPÍTULO XXIII
NÓS E AMARRAÇÕES
CONCEITO: Um nó é um método de apertar ou segurar um material linear como a corda por amarração e
entrelaçamento. Ele pode consistir de um comprimento de um ou mais segmentos de
corda, fibra, nylon, fitas e até mesmo correntes entrelaçada, formando uma massa uniforme, de modo que
permitem que a linha se prenda a si mesma ou a algum outro objeto, a carga.
CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS: - Nós Simples – Nós para Fixação – Nós para emendar cabos – Nós para
Encurtar Cabos – Nós com Alças – Nós Especiais – Nós para Salvamento.
Todo brigadista, monitor e instrutor devem saber fazer nós. Eles são essenciais para o acampamento e
também para a vida do dia a dia. Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:
Simplicidade em ser feito, Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar, Facilidade em ser desatado.
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém que saiba que te ensine. Depois a prática fará o
resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida. Existem muitos nós, cada um com a sua utilidade
diferente. Vamos aqui abordar alguns deles que podemos classificar do seguinte modo:
Nós de travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a engrassá-la ou evitar que se
desfie.
Nós de Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou diferente.
Nós de salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais alças que não correm e
destinados a subir ou descer pessoas ou objetos.
Nós de Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A corda necessária à sua
execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é
necessário 30 centímetros de corda.
Nós diversos – São aqueles que não se enquadram dentro dos capítulos anteriores.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que este não se desfie.
A espessura de uma corda é designada por bitola (fig.1) e é a partir do seu valor que sabemos se se trata de
uma espia (bitola igual ou inferior a 1 cm.)

Cabo solto ou solteiro é aquele que, não tendo uma utilidade especifica, serve para qualquer trabalho. Num
cabo ou numa espia, as extremidades têm o nome de pontas ou chicotes e no caso de a corda estar amarrada,
a extremidade que segue o nó tem o nome de Lado Firme e a parte restante da corda designa-se por seio
(Fig.2).
A volta na corda que forma um olhal chama-se Cote (Fig.3) e será direto se o cruzamento se der com o
chicote por cima do seio, e inverso se o chicote passar por baixo.

CAPÍTULO XXIV
OFIDISMO
Os ofídios, conhecidos também como cobras ou serpentes, são animais vertebrados e ao lado dos lagartos,
jacarés e tartarugas compõem o grupo dos répteis. No mundo, são conhecidas atualmente cerca de 2.900
espécies de serpentes, distribuídas entre 465 gêneros e 20 famílias. Na fauna brasileira, há representantes de
321 espécies, 75 gêneros e 9 famílias. Estes animais apresentam como características:
Corpo alongado, coberto por escamas; !Trocam de pele à medida que crescem - o que acontece ao longo de
toda a vida do animal;!Não possuem membros locomotores; Não possuem ouvido externo. Percebem as
vibrações através do próprio corpo, que se encontra em contato com o solo;!Os olhos não possuem pálpebras
móveis, dando a impressão de permanecerem sempre abertos;!A língua bífida, isto é, dividida em duas
pontas, permite que o animal explore o ambiente, captando partículas que se encontram suspensas no ar e
encaminhando-as ao órgão de Jacobson, o qual localiza-se no "céu da boca" e desempenha função
semelhante à olfativa; Os órgãos das serpentes são como os dos demais vertebrados, porém, apresentam
formato alongado. As cobras, assim como as aves, não possuem bexiga, expelindo a urina juntamente com
as fezes, através da cloaca.
DIFERENÇÃ ENTRE ANIMAL VENENOSO E ANIMAL PEÇONHENTO
Animal venenoso é aquele que secreta alguma substância tóxica para outros animais, inclusive para o ser
humano. Essas substâncias, ou venenos, podem estar presentes na pele ou em outros órgãos e têm a função
de proteger o animal contra predadores. Alguns peixes, diversos anfíbios e alguns invertebrados são
exemplos de animais venenosos. Existem animais que, além de possuir veneno, possuem estruturas
especializadas (dentes, ferrões, espinhos), capazes de inocular seus venenos. Quando isto ocorre, os animais
são chamados de peçonhentos. As abelhas, marimbondos, lagartas, aranhas, escorpiões, alguns peixes e as
cobras são exemplos de animais peçonhentos. As cobras consideradas venenosas ou peçonhentas possuem
glândulas secretoras de veneno localizadas de cada lado da cabeça, recobertas por músculos compressores,
conectadas, por ductos, às presas inoculadoras. Essas presas têm tamanho diferenciado dos demais dentes e
podem estar localizadas nas regiões anterior ou posterior da boca. As serpentes ocupam quase todos os tipos
de ambientes do globo terrestre, com exceção das calotas polares, onde o clima frio impede a sobrevivência
de animais ectotérmicos, isto é, animais que obtêm energia a partir de fontes externas, não metabólicas. Os
ofídios podem ser aquáticos ou terrestres. Entre os aquáticos, há os que vivem em água doce e os marinhos.
No ambiente terrestre, podem viver no solo, no subsolo ou nas árvores. Os ofídios são exclusivamente
carnívoros, alimentando-se tanto de vertebrados quanto de invertebrados, os quais são engolidos inteiros. O
tamanho desses animais varia de pouco mais de 10 cm até cerca de 10 metros. Há cobras dos dois sexos. A
reprodução pode ocorrer de duas formas: através da postura de ovos - ovíparas, em locais com condições de
temperatura e umidade adequados; ou pelo nascimento de filhotes já desenvolvidos - vivíparas. A
quantidade de ovos ou de filhotes varia de acordo com a espécie.
Aspectos Clínicos das Serpentes:
O veneno injetado nas pessoas pelas cobras peçonhentas, ao ser absorvido pelo organismo provoca reações.
Essas reações são diferenciadas de acordo com o tipo da cobra envolvida no acidente. A ação dos diversos
venenos e suas manifestações em acidentes com os quatro gêneros de serpentes têm características tão
especiais que, ao serem observadas, ajudam a saber qual o tipo de serpente que provocou o acidente e
qual o tratamento adequado, ou seja, facilita o diagnóstico e a aplicação do soro adequado, salvando
vidas. Desta maneira, é de fundamental importância que toda equipe de saúde saiba reconhecer os sinais que
são descritos a seguir.
Envenenamento Botrópico - Jararacas
As jararacas - caiçaca, jararacuçu, urutu, jararacas-do-rabo-branco, cruzeira, cotiara, surucucurana - do
gênero Bothrops – cujo veneno provoca hemorragia, são as responsáveis por quase 90% dos acidentes,
podendo levar à morte. A ação do seu veneno no organismo apresenta as seguintes manifestações locais: até
3 horas após o acidente: - dor imediata; - inchaço (edema); - calor e rubor no local picado; -
incoagulabilidade sanguínea; - hemorragia no local da picada ou distante dele (gengiva, ferimentos
recentes). Caso você encontre uma vítima de uma serpente, proceda da seguinte forma: Deixe a vítima em
repouso absoluto. Mantenha a parte afetada em posição mais baixa que o corpo, para dificultar a difusão do
veneno. Lave o local com água e sabão. Afrouxe as roupas da vítima, procure retirar acessórios que
dificultem a circulação sanguínea da vítima. Tranquilize a vítima. Se for possível, capture a cobra, viva ou
morta, para posterior identificação. Dirigir-se urgentemente a um serviço médico. Procure socorro,
principalmente após trinta minutos em que ocorreu o acidente. A vida do acidentado depende da rapidez com
que se fizer o tratamento pelo soro no hospital mais próximo. As complicações que podem surgir: bolhas;
gangrena; abcesso; insuficiência renal aguda; hipotensão arterial persistente; choque. Estes animais têm
grande capacidade adaptativa, ocupando tanto áreas silvestres quanto áreas agrícolas, suburbanas e urbanas.
Seu tamanho médio é cerca de 1 metro, é vivípara e produz ninhadas com até 35 filhotes. É encontrada
desde o sul do Bahia até o Rio Grande do Sul. É a espécie mais comum na região sudeste.
Envenenamento Crotálico
A cascavel é responsável por 8% dos acidentes ofídicos. Seu veneno não provoca reação importante no local
da picada. Quando essa aparece, limita-se a um pequeno e discreto inchaço ao redor do ferimento, que pode
passar despercebido. Mas, o veneno das cascavéis é de muita potência, sendo os acidentes por essas cobras
muito graves, levando à morte caso não sejam tomadas providências. A cascavel vive em áreas abertas,
campos, regiões secas e pedregosas. É conhecida também como maracambóia, maracabóia, boicininga e
cascavelha. Seu nome científico é Crotalus durissus. Os indivíduos adultos atingem o comprimento de 1,6
metro. São animais vivíparos. Uma das características mais marcantes é a presença do chocalho na ponta da
cauda.
Envenenamento Laquético - Surucucus
Os acidentes com surucucus, também chamadas pico-de-jaca, surucutinga, do gênero Lachesis, são muito
raros no Brasil. O seu veneno no organismo do acidentado provoca reações semelhantes ao veneno das
jararacas: inchaço no local da picada; bradicardia; hipotensão arterial; diarreia; vômitos; hemorragia. São
estes alguns sinais e sintomas de envenenamento: até 3 horas após o acidente: dificuldade em abrir os olhos;
"visão dupla"; "cara de bêbado"; visão turva; dor muscular; urina avermelhada. Após 6 a 12 horas:
escurecimento da urina. Complicações: insuficiência renal aguda. Os acidentes humanos envolvendo
serpentes do gênenro Lachesis (surucucu pico-de-jaca) são raros e representam 1,4% dos acidentes ofídicos
ocorridos no Brasil. O veneno laquético apresenta atividades fisiopatológicas semelhantes às do veneno
botrópico, ou seja, atividade coagulante, hemorrágica e inflamatória aguda. O soro específico a ser utilizado
é o antilaquético, o qual deverá ser aplicado por via intravenosa, em ambiente hospitalar. No caso de não
haver a disponibilidade do soro específico, o soro antibotrópico-laquético poderá ser utilizado no tratamento.
É a maior serpente peçonhenta da América Latina, chegando a alcançar 4 metros de comprimento total. No
Brasil, ocorre na região Amazônica e em áreas de Mata Atlântica. Esta serpente apresenta como
características a fosseta loreal e a ponta da cauda com escamas em forma de "espinhos". Os hábitos são
preferencialmente noturnos. São animais ovíparos, pondo cerca de 15 ovos por vez.
Envenenamento Elapídico - Corais
Os acidentes com corais são pouco frequentes; menos de um por cento do total de acidentes no Brasil. Mas,
a ação do veneno das corais no organismo é muito rápida, de grande potência e mortal se não for cuidado
a tempo. Por isso, os sintomas e sinais aparecem em questão de minutos. São estes os principais sinais e
sintomas: dificuldades em abrir os olhos; "cara de bêbado"; falta de ar; dificuldade em engolir; insuficiência
respiratória aguda. O óbito é causado por insuficiência respiratória aguda (IRA). O soro específico a ser
utilizado é o antielapídico, o qual deverá ser aplicado por via intravenosa, em ambiente hospitalar. O grupo
conta com aproximadamente 250 espécies, incluindo as najas e as temidas mambas. Nas Américas há as
corais verdadeiras. No Brasil ocorrem cerca de 22 espécies do gênero Micrurus. Estes animais têm hábitos
subterrâneos ou semi-subterrâneos. Sua alimentação consta de pequenas serpentes ou répteis serpentiformes.
São ovíparas, pondo de 2 a 10 ovos em buracos no chão, formigueiros ou troncos.

CAPÍTULO XXV
CIDADANI E DEMOCRACIA
O conceito de cidadania está fortemente ligado ao de democracia. É só lembrarmos que na antiguidade
clássica, ser cidadão era ter participação política. A palavra cidadão servia para definir, na Grécia antiga, o
indivíduo nascido na Pólis e que tinha direitos políticos. Como tempo o conceito de cidadania foi se
ampliando para além dos direitos, hoje ela está associada aos direitos e deveres dos indivíduos. Quando
falamos de direitos e deveres, devemos entender como cidadania a preocupação e o exercício de ações que
garantam o desenvolvimento harmonioso da sociedade e a preservação dos direitos alheios. Ser cidadão, não
é simplesmente cobrar seus direitos, mas lutar para defender os interesses dos nossos semelhantes. O pleno
exercício da cidadania e da democracia estão associados a idéia de igualdade entre os indivíduos.
Evolução da cidadania
Na antiguidade – cidadão com participação política era a minoria da população, não se estendia as mulheres
e escravos. Na Grécia e em Roma era necessário ter nascido na Pólis grega ou no Império Romano.
Normalmente restrita aos proprietários. É justamente nesse contexto que surge o conceito de democracia,
participação nas decisões do Estado, da Res Pública, da coisa pública, influenciando direta ou indiretamente
os rumos da sociedade.
Na Idade Média – a cidadania nesse período sofre um retrocesso, na sociedade estamental da Idade Média,
concentrada nos Feudos com relações de dependências, marca a ausência desse debate sobre a cidadania.
Na Idade Moderna – os privilégios sociais do período medieval passaram a sofrer fortes críticas. Tem-se
nesse contexto a formação dos Estados Nacionais e o regime absolutista, que também vai sofrer críticas. A
ideia que passa a ser defendida por filósofos é que, o governante existe para garantir os direitos dos
governados. A ideia de democracia em si, ainda não está forte, mas a cidadania começa a renascer.
Na Idade Contemporânea – na atualidade o conceito de cidadania e democracia está mais unido do que
nunca. Esses conceitos sofrem ampliação e passam a designar não só direitos e deveres políticos, mas
também, sociais e econômicos.
Democracia - Etimologicamente vem do grego demos (muitos), cracia (governo). A origem nos dá uma
ideia do que se pensava sobre democracia, ou seja, regime político no qual a maioria dos cidadãos teria
participação política. Apesar da Grécia (Atenas) ser o berço da democracia, ela se difere da nossa no sentido
que, a democracia ateniense era direta, todos os cidadãos podiam propor e votar as leis. A nossa democracia
é representativa, elegemos representantes que votam e decidem por nós, somente quando há um plebiscito a
nossa democracia é direta. Por outro lado, o conceito de cidadão grego era muito restrito, somente homens
atenienses, maiores de 18 anos e livres. As mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados
cidadãos. A nossa democracia é mais abrangente. Alguns autores querem dar uma nova dimensão ao
conceito de democracia, para algumas pessoas a democracia não passa simplesmente pela participação
política, ela pressupõe igualdade socioeconômica, oportunidades iguais para todos, a chamada democracia
social. No Brasil existem algumas críticas ao sistema democrático. Algumas pessoas defendem que para que
a democracia se concretize é necessário o voto facultativo, o financiamento público de campanha, a
candidatura independente e a maior conscientização política entre outros pontos.

CAPÍTULO XXVI
SAIBA O QUE FAZER DIANTE DE UMA URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA
Urgência - É um fato onde uma providência corretiva deve ser tomada tão logo seja possível.
Emergência - É um fato que não pode aguardar nenhum período para que seja tomada a devida providência
corretiva, geralmente existe risco de morte. Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem sentido de “não
aceita demora”: O tempo urge, não importa o que você faça para tentar pará-lo.
Na área da medicina o Conselho Federal de Medicina deu sua versão sobre os termos, que, aliás, é uma
versão de uma autoridade, e deve ser observada.
Resolução CFM N° 1451/95
Parágrafo Primeiro – Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem
risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
Parágrafo Segundo – Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde
que impliquem em risco iminente de vida (risco de morte) ou sofrimento intenso, exigindo
portanto, tratamento médico imediato.
Porque desmaiamos? Quando o fluxo sanguíneo não consegue atingir e irrigar o cérebro da forma
adequada, os neurônios ficam sem oxigênio e o corpo acaba perdendo suas capacidades cognitivas.
O que causa? O desmaio ocorre por varias razões, que vai de um motivo simples a um motivo muito grave.
A baixo uma lista de alguns motivos: Arritmias cardíacas, entupimento das artérias, pressão baixa,
sangramentos, desidratada, hipoglicemia, derrames, infecções, epilepsia, emoções fortes, pancadas na
cabeça, alcalose respiratórios. Entre outros fatores.
Sintomas: Palidez, arrepios, suor frio, mal-estar e escurecimento da visão.
O que fazer?
Primeiro Passo: Acione o serviço de emergência pelo fone 192 SAMU ou 193 Bombeiros.
Segundo Passo: Deixe a vítima confortável, abra as suas vestes e deixe o ar circular fazendo a retirada de
curiosos que atrapalham no atendimento. Mantenha cuidado com a sua cabeça. Evita movimenta-la, ela pode
ter sofrido uma lesão na coluna quando sofreu a queda;
Terceiro Passo: Deite a vítima de barriga para cima, eleve as suas pernas para que a cabeça da vítima fique
mais baixa que o corpo. Lembre-se de manter o cuidado com a sua cabeça.
Quarto Passo: Em caso de quedas verifique a presença de sangramentos na vítima.
O que não fazer! Não jogue água na vítima; Não lhe ofereça nada para cheirar como álcool ou outras
substancias; Não sacudir a vítima, ela pode estar com lesões; Não deixe a vítima sozinha, ela pode sofrer
outra alteração e vir a cair novamente. Não ofereça nada para beber ou comer!
Cuidados com fogos de artifício Muito cuidado ao manusear fogos de artifícios, pois eles podem explodir
em suas mãos, quando realizar estes procedimentos sempre faça em local seguro, longe de crianças
principalmente, longe de fios elétricos e muito menos perto de sua casa, compre suportes adaptadores que
engatam na ponta do foguete ou calce mais do que um em sua ponta, assim você não terá contato direto e irá
se divertir. Lembre-se a melhor diversão pode ser a pior delas, use equipamentos de segurança ou a sua
brincadeirinha pode custar caro, muito caro!
Temporais - - Se estiver fora de casa, abrigue-se em baixo de um edifício grande ou alguma loja que possa
lhe cobrir, evitando contato com os raios. - Nunca fique em baixo de árvores solitárias ou pedras isoladas de
grande porte; - Não ande próximo a postes ou nem mesmo utilize telefones públicos; - Não fique dentro ou
próximo a água; - Guarda-chuvas sempre isolados, quando só o metal, não usar!
Se estiver em casa: - Desligue todas as tomadas e aparelhos elétricos; - Não utilize o telefone; - Afaste-se
de janelas, fogões, fornos, objetos metálicos. Pequenas iniciativas podem salvar a sua vida!
Queimaduras - As queimaduras são as causas de acidentes que mais acontecem principalmente nas
cozinhas pelo fogo ou matérias quentes. Existem As queimaduras leves (de 1º grau) se manifestam com
vermelhidão, inchaço e dor. Nas queimaduras (de 2º grau) a dor é mais intensa e normalmente aparecem
bolhas ou umidade na região afetada. Já nas queimaduras graves de 3º grau a pele se apresenta
esbranquiçada ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor O que fazer Muitas pessoas colocam diversos
produtos sobre o local da queimadura, isto não se faz! (pó de café, clara de ovo, pasta de dente e até
margarina) estas substancias podem ocasionar infecções e complicar ainda mais a situação, então lembre-se,
o melhor tratamento para queimaduras é tratar o local com água corrente e procurar um serviço médico
especializado para resolver o seu problema.
Picadas de cobra - Se uma cobra picou você e há a suspeita de que seja venenosa, vá para o pronto-socorro
mais próximo. Algumas picadas de cobras, principalmente aquelas que têm guizo (ou chocalho), como a
cascavel, podem ser fatais. No entanto, o PS de um hospital costuma ter soros muito eficazes para combater
o veneno. Caso você esteja distante de um posto médico, há algumas dicas que você pode seguir enquanto
procura ajuda. Peça para alguém capturar a cobra e matá-la (mas só se isso puder ser feito sem colocar a
outra pessoa em risco). Coloque a cobra em um saco e leve-a ao hospital com você, pois isso vai permitir
que a equipe médica identifique a cobra corretamente e use o soro correto. Mantenha-se calmo, imóvel e
aquecido. Tente não entrar em pânico, pois o nervosismo estimula o coração a bombear mais sangue, o que
só vai ajudar a aumentar a velocidade com que o veneno é espalhado pelo seu corpo. Procure respirar
profunda e vagarosamente. Se a picada foi nas pernas ou braços, retire anéis, pulseiras, sapatos ou meias,
pois as extremidades podem inchar. Se possível, fique deitado e imobilize os membros, elevando-os a uma
posição acima do restante do corpo. NÃO aplique gelo, NÃO corte o local da picada com uma faca e NÃO
tente chupar o veneno da ferida. Estes métodos ultrapassados de tratamento não ajudam em caso de mordida
de cobra. Peça ajuda. Se você for envenenado, pode ser que comece a se sentir tonto. Não tente ir sozinho ao
hospital.
Dicas importantes: • Mantenha a grama aparada, os arbustos cortados e retire os galhos do jardim e de
terrenos próximos. Isso irá reduzir o número de lugares onde as cobras podem se abrigar e se esconder. •
Avise as crianças para não brincarem em terrenos baldios e infestados por ervas. • Use varas para mexer em
lenha, galhos ou tábuas. • Use botas e calças longas ao trabalhar ou andar em áreas onde possam existir
cobras. • Nunca mexa em cobras, mesmo se estiverem mortas. • Durma em uma cama portátil ao acampar
em áreas infestadas por cobras.
Uma dica para você motorista - Olá motorista! Gostaríamos de relembrar algumas dicas que podem
salvar você e principalmente a sua família. Acompanhe conosco! - Só use o celular com o veículo parado; -
Seja prudente. Reduza a velocidade ao chegar em cruzamentos. - Nunca dirija depois de ingerir bebidas
alcoólicas. - Dê preferência aos pedestres. - Sinalize antecipadamente todas as manobras a serem efetuadas. -
Mantenha sempre distância de segurança em relação ao veículo da frente. - Obedeça a sinalização. Ela existe
para a sua segurança. - Não dirija horas seguidas. Faça paradas periódicas. - Em pistas molhadas a aderência
diminui. Pise levemente no freio. - O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do
veículo. - Menores de 10 anos devem ser, obrigatoriamente, transportados nos bancos traseiros, com cinto de
segurança.
Prevenindo Incêndio em Residências - Não permita cortinas compridas próximas ao fogão; - Evite
vazamentos de gás de cozinha, verifique-os usando espuma de sabão e nunca fogo!
ATENÇÃO: A válvula e a mangueira do botijão devem ser trocadas a cada 5 anos, não esqueça! - Ao
acender a lareira ou a churrasqueira, não use líquidos inflamáveis como álcool, solventes e outros, de
preferência use álcool gel; - Não utilize, principalmente na cama de crianças, lençol térmico sem isolamento
dos fios e regulador de temperatura; - Não durma com lençol térmico ligado; - Se possível, coloque seu
botijão fora de casa, obedecendo às orientações do fabricante para sua instalação; - Lembre-se de fechar o
registro do gás quando for dormir ou não estiver usando; - Ao chegar a casa, se sentir cheiro de gás, não
acenda a luz, pois isso pode ocasionar uma explosão, abra as janelas e portas e deixe o ar ventilar; - Nos
fogões a lenha, faça limpeza do cano; - Se o chão for de madeira, coloque uma chapa de alumínio que cubra
pelo menos 50 centímetros ao redor do fogão a lenha Com a chegada do inverno, o uso do fogão a lenha,
lareiras e aquecedores são tradicionais e os riscos de incêndios também, pois então, para se aquecer e passar
um inverno tranquilo siga estas dicas, são poucas coisas a fazer, mas que podem salvar seu patrimônio e
principalmente a sua vida!
Uma dica para quem trabalha em escritórios - - Não sobrecarregue os circuitos elétricos; - Desligue todo
equipamento elétrico da tomada ao término do expediente; - Não permita que os fios elétricos cruzem a
passagem, pois, ao serem pisados, terão a capa protetora comprometida; - Equipamentos elétricos aquecidos
indicam problemas. Chame assistência técnica; - Evite sobrecarregar a fiação elétrica, ligando vários
aparelhos numa mesma tomada.
Saiba o que fazer diante de uma emergência no elevador - O elevador é uma máquina de transporte
extremamente útil, mas seu uso requer cuidados para evitar acidentes, que muitas vezes são fatais.
O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER. • Puxar a porta do pavimento sem a presença da cabine no andar. •
Apressar o fechamento das portas. • Apertar várias vezes o botão de chamada. • Chamar vários elevadores
ao mesmo tempo. • Fumar dentro do elevador. • Fazer movimentos bruscos dentro do elevador. • Lotar o
elevador com o peso acima do permitido. • Bloquear o fechamento das portas com objetos. Atenção! Em
caso de incêndio, não utilize os elevadores. O abandono do edifício deve ser feito pelas escadas, obedecendo
ao plano de abandono. Caso precise de nossa ajuda lembre-se, mantenha calma e aguarde a nossa equipe
chegar!
Um cuidado especial com as crianças - As crianças pequenas não têm capacidade para avaliar o perigo,
pelo que qualquer objeto que encontram em casa pode transformar-se num brinquedo muito interessante.
Botões, tampas e rolhas de garrafas, moedas, pregos pequenos, parafusos brinquedos e brincos são os que
mais ocorrem. Com todos estes perigos a nossa volta, lembre-se de manter estes objetos longe do alcance
destes pequeninos, pois um minuto de descuido pode ocorrer um grave acidente! - Caso ocorra isto, ligue
para os bombeiros no telefone 193 e siga as instruções de nosso operador.
Prevenção de Acidentes no Lar – Cozinha - A cozinha é o lugar mais gostoso da casa. É de lá que saem as
comidinhas gostosas e as guloseimas como salgadinhos, bolos e tortas. É lá que ficam as frutas, biscoitos,
lanchinhos. Sem contar na geladeira, que guarda outras tantas delícias, como iogurtes, sorvetes. Mas é
também na cozinha que ficam algumas das mais perigosas ameaças. Sabia que 80% dos acidentes com
crianças dentro de casa acontecem na cozinha? É lá também que ficam objetos cortantes e pontiagudos como
facas e tesouras. E tem ainda o fogão, que pode causar sérias queimaduras!
ATENÇÃO! Fique atento a várias situações domésticas que podem causar acidentes envolvendo
queimaduras. Evitá-las é de sua total responsabilidade.
Álcool - Bisnagas ou garrafas plásticas contendo álcool são verdadeiras bombas. Se não houver outro modo,
mantenha-as longe do fogo e fora do alcance das crianças.
Gás - Vazamentos de gás não devem ser verificados com o uso de fósforos. Passe espuma de sabão no local
suposto; se borbulhar é porque existe vazamento. Usando fósforos, se houver vazamento grande, poderá
ocorrer explosão e incêndio.
Fogo - Se você ou alguém de sua família sofre de epilepsia ou outra doença que provoca ataques
convulsivos, evite ficar perto do fogo. Mantenha as crianças afastadas de fogões e fogueiras.
Mesa - Cuidado com os pratos quentes colocados sobre a mesa. Fique atento às crianças pequenas, que
podem puxar a toalha, entornando líquidos quentes sobre si mesmas.
Gasolina - Evite fumar ao lidar com gasolina. Cuidado também com os fósforos acesos, não armazene
gasolina e nenhum outro líquido inflamável em casa!
PREVENINDO ACIDENTES EM VEÍCULO
Use o cinto de segurança! - O cinto de segurança é um dispositivo de defesa dos ocupantes de um meio de
transporte. O mesmo serve para, em caso de colisão, não permitir a projeção do passageiro para fora do
veículo e nem que este bata com a cabeça contra o para-brisas ou outras partes duras do veículo. Soltar o
cinto é tão fácil quanto abrir a porta do veículo. Sem ele você corre um risco muito maior de desmaiar,
ficando sem nenhuma condição de se defender. - Quem é jogado para fora tem 25 vezes mais possibilidades
de morrer do que se estiver seguro pelo cinto. Numa colisão a 20 km por hora, somos atirados contra o
volante e o para-brisa com uma força que equivale a seis vezes o peso do nosso corpo. Imagine em
velocidades maiores. Oitenta por cento dos acidentes com danos graves acontecem em áreas urbanas, em
velocidades inferiores a 60 km por hora. O cinto tem demonstrado sua eficiência até mesmo em velocidades
superiores a 140 km por hora. Além disso, quem lhe garante que ele não salvará sua vida em caso de
acidente? Quatro entre cinco motoristas brasileiros acidentados nunca tinham passado por este problema. O
acidente é sempre um imprevisto. O cinco corretamente ajustado oferece muito mais conforto e estabilidade
nas curvas, buracos e derrapagens. Regule o cinto de modo que você se sinta bem dentro do veículo. É
melhor ser diferente protegendo sua vida do que correr o risco de morte ou lesões.
Dicas de segurança diante de neblina e chuva - 01 – Reduza a velocidade; 02 - Ligue a luz do veículo, não
ligue o alerta, ele só deve ser acionado em caso de Parada do mesmo; 03 – Mantenha distância de mais ou
menos dois carros em relação ao da frente; 04 – Só pare seu veículo em local seguro (acostamento, posto de
policia, postos de combustíveis, praças); 05 – Mantenha o desembaçador ligado, ele ajudará na visibilidade.
06 – Mantenha o limpador de para-brisa sempre em bom estado, se a borracha estiver gasta, troque as
palhetas antes de viajar; 07 – Verifique sempre o estado de todos os pneus, inclusive reserva, faça a
calibragem semanalmente de acordo com o manual do veículo; 08 – Evite pisar no frio com força, se caso a
roda travar retire o pé do freio, para que não ocorra a perca do controle; 09 – Em caso de aquaplanagem,
jamais freie bruscamente, o ideal é deixar que a força da gravidade coloque o carro de novo em contato com
o solo; 10 – Se tiver de passar em um trecho alagado, verifique o nível da água, limite máximo até a metade
da roda (na dúvida não ultrapasse).
Saiba como agir diante de um Choque Elétrico - O choque elétrico, geralmente causado por altas
descargas, é sempre grave, podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à
parada cardiorrespiratória. Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º
grau) - a de entrada e de saída da corrente elétrica. Primeiras providências: Acione os Bombeiros
Voluntários pelo fone 193, enquanto isso desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. Se tiver que usar
as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. Empurre a vítima para longe
da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua,
corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha e aguarde o socorro.

CAPÍTULO XXVII
ESTRUTURA DO EXÉRCITO BRASILEIRO
As armas: São as subdivisões básicas da tropa do Exército. As que atuam diretamente em combates são a
cavalaria, a infantaria e a artilharia.
Cavalaria: O nome remete aos cavalos, usados pelas tropas até o século 19. Hoje, a cavalaria é composta
por tanques e carros blindados com grande potência de fogo
Infantaria: É a arma composta pelos soldados que combatem a pé, usando de simples fuzis a mísseis de
última geração
Artilharia: É a área responsável pela operação de canhões, obuses (uma espécie de morteiro de guerra),
foguetes e mísseis
Seção: Grupo de 6 a 12 soldados
Pelotão: Grupo de 16 a 36 soldados
Esquadrão: Grupo de 3 pelotões (48 a 108 soldados)
Companhia: Grupo de 3 pelotões (48 a 108 soldados)
Bateria: Grupo de 3 pelotões (48 a 108 soldados)
Regimento: Grupo de 3 esquadrões (144 a 324 soldados). Ocupa um quartel
Batalhão: Grupo de 3 ou mais companhias (144 a 324 soldados). Ocupa um quartel
Grupo de Artilharia: Grupo de 3 baterias (144 a 324 soldados). Ocupa um quartel
Brigada: Grupo que reúne regimentos, batalhões e grupos de artilharia (cerca de 3 mil soldados)
Divisão: Grupo de 2 a 5 brigadas (cerca de 10 mil soldados)
Região Militar: Grupo de uma ou mais divisões. É o centro de controle que coordena a proteção das
fronteiras do território, a mobilização das tropas, o transporte de suprimentos e toda a administração dos
quartéis. Há 12 regiões militares no Brasil, a maioria ocupa mais de um estado.
Comando Militar: Grupo de uma ou mais regiões militares. É o centro de onde se supervisionam as
missões da tropa. Nas suas atribuições estão o planejamento das ações do Exército e o preparo dos soldados
de sua área. No Brasil, há sete comandos militares.
Exército brasileiro: Conjunto dos 7 comandos operacionais — ou seja, todas as tropas do país
Hierarquia: Quem comanda as subdivisões: Soldado – Taifeiro - Cabo (nenhum dos três exerce função de
comando) - Terceiro-sargento - Segundo-sargento - Primeiro-sargento (cuida de tarefas administrativas) –
Subtenente –Aspirante - Segundo-tenente - Primeiro-tenente – Capitão - Major (comanda companhias,
esquadrões e baterias de elite, subordinadas diretamente ao comando militar) - Tenente-coronel –Coronel -
General-de-brigada - General-de-divisão - General-de-exército.
Fora da hierarquia: O Ministro da Defesa é uma espécie de diretor-administrativo das Forças Armadas.
Como se trata de um cargo político, ele não precisa ser militar. Suas funções são integrar Exército, Marinha
e Aeronáutica, planejar o orçamento militar e coordenar a participação em operações de paz.

CAPÍTULO XXVIII
REGULAMENTO DE CONTINÊNCIAS, HONRAS, SINAIS DE RESPEITO E CERIMONIAL
MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS – RCONT.
TÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados
símbolos nacionais e às autoridades civis e militares;
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e
a precedência;
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Parágrafo único. As prescrições deste Regulamento aplicam-se às situações diárias da vida castrense,
estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de
natureza militar ou cívica.
TÍTULO II
DOS SINAIS DE RESPEITO E DA CONTINÊNCIA
CAPITULO I
GENERALIDADES
Art. 2º Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas,
estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre:
I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de que se acham
investidos por lei;
II - com afeição e camaradagem os seus pares;
III - com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados.
§ 1º Todas as formas de saudação militar, os sinais de respeito e a correção de atitudes caracterizam, em
todas as circunstâncias de tempo e lugar, o espírito de disciplina e de apreço existentes entre os integrantes
das Forças Armadas.
§ 2º As demonstrações de respeito, cordialidade e consideração, devidas entre os membros das Forças
Armadas, também o são aos integrantes das Polícias Militares, dos Corpos de Bombeiros Militares e aos
Militares das Nações Estrangeiras.
Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica; e
IV - por outras demonstrações de deferência.
§ 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os militares constituem reflexos adquiridos
mediante cuidadosa instrução e continuada exigência.
§ 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau de disciplina das
corporações militares e da educação moral e profissional dos seus componentes.
§ 3º Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive nos exercícios no terreno
e em campanha.
CAPÍTULO II
DOS SINAIS DE RESPEITO
Art. 4º Quando dois militares se deslocam juntos, o de menor antiguidade dá a direita ao superior.
Parágrafo único. Se o deslocamento se fizer em via que tenha lado interno e lado externo, o de menor
antiguidade dá o lado interno ao superior.
Art. 5º Quando os militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica no centro, distribuindo-se os demais,
segundo suas precedências, alternadamente à direita e à esquerda do mais antigo.
Art. 6º Quando encontrar um superior num local de circulação, o militar saúda-o e cede lhe o melhor lugar.
§ 1º Se o local de circulação for estreito e o militar for praça, franqueia a passagem ao superior, faz alto e
permanece de frente para ele.
§ 2º Na entrada de uma porta, o militar franqueia-a ao superior; se estiver fechada,
abre-a, dando passagem ao superior e torna a fechá-la depois.
Art. 7º Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade cívico-militar, bem como em reuniões
sociais, o militar cumprimenta, tão logo lhe seja possível, seus superiores hierárquicos.
Parágrafo único. Havendo dificuldade para aproximar-se dos superiores hierárquicos, o cumprimento deve
ser feito mediante um movimento de cabeça.
Art. 8º Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor” ou “Senhora”.
§ 1º Para falar, formalmente, ao Ministro de Estado da Defesa, o tratamento é “Vossa Excelência” ou
“Senhor Ministro”; nas relações correntes de serviço, no entanto, é admitido o tratamento de “Ministro” ou
“Senhor”.
§ 2º Para falar, formalmente, a um oficial-general, o tratamento é “Vossa Excelência”, “Senhor Almirante”,
“Senhor General” ou “Senhor Brigadeiro”, conforme o caso; nas relações correntes de serviço, no entanto, é
admitido o tratamento de “Almirante”, “General” ou “Brigadeiro”, conforme o caso, ou ainda, de “Senhor”.
§ 3º Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o tratamento é
“Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso;nas relações correntes de
serviço, é admitido o tratamento de “Comandante”, “Diretor” ou “Chefe”.
§ 4º No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o tratamento “você”, respeitadas as tradições e
peculiaridades de cada Força Armada.
Art. 9º Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento “você”.
Art. 10. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais rápido possível,
apressando o passo quando em deslocamento.
Art. 11. Nos refeitórios, os oficiais observam, em princípio, as seguintes prescrições:
I - aguardam, para se sentarem à mesa, a chegada do Comandante, Diretor ou Chefe, ou da mais alta
autoridade prevista para a refeição;
II - caso a referida autoridade não possa comparecer à hora marcada para o início da refeição, esta é iniciada
sem a sua presença; à sua chegada, a refeição não é interrompida, levantando-se apenas os oficiais que
tenham assento à mesa daquela
autoridade;
III - ao terminar a refeição, cada oficial levanta-se e pede permissão ao mais antigo para retirar-se do recinto,
podendo ser delegada ao mais antigo de cada mesa a autorização para concedê-la;
IV - o oficial que se atrasar para a refeição deve apresentar-se à maior autoridade presente e pedir permissão
para sentar-se; e
V - caso a maior autoridade presente se retire antes que os demais oficiais tenham terminado a refeição,
apenas se levantam os que tenham assento à sua mesa.
§ 1º Os refeitórios de grande frequência e os utilizados por oficiais de diversas Organizações Militares
podem ser regidos por disposições específicas.
§ 2º Nos refeitórios de suboficiais, subtenentes e sargentos deve ser observado procedimento análogo ao dos
oficiais.
Art. 12. Nos ranchos de praças, ao neles entrar o Comandante, Diretor ou Chefe da Organização Militar ou
outra autoridade superior, a praça de serviço, o militar mais antigo presente ou o que primeiro avistar aquela
autoridade comanda: “Rancho, Atenção!” e anuncia a função de quem chega; as praças, sem se levantarem e
sem interromperem a refeição, suspendem toda a conversação, até que seja dado o comando de “À vontade”.
Art. 13. Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um superior, deve solicitar lhe a permissão.

CAPÍTULO III
DA CONTINÊNCIA
Art. 14. A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa.
§ 1º A continência é impessoal; visa à autoridade e não à pessoa.
§ 2º A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; em igualdade de posto ou
graduação, quando ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor precedência, deve ser executada
simultaneamente.
§ 3º Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se uniformizado, presta
a continência individual; se em trajes civis, responde-a com um movimento de cabeça, com um
cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu.
Art. 15. Têm direito à continência:
I - a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente, em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporarão, nas formaturas;
c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil, em
cerimônia cívica;
e) quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de um navio
de guerra ou dele sai, ou, quando na situação de “embarcado”, avista ao entrar a bordo pela primeira vez, ou
ao sair pela última vez;
II - o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
III - o Presidente da República;
IV - o Vice-Presidente da República;
V - os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;
VI - o Ministro de Estado da Defesa;
VII - os demais Ministros de Estado, quando em visita de caráter oficial;
VIII - os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal, nos respectivos territórios,
ou, quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
IX - o Ministro-Presidente e os Ministros Militares do Superior Tribunal Militar, quando reconhecidos ou
identificados;
X - os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; neste último caso, quando for
obrigatório o seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando
reconhecidos ou identificados;
XI - os militares da reserva ou reformados, quando reconhecidos ou identificados;
XII - a tropa quando formada;
XIII - as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos dos incisos I e II
deste artigo;
XIV - as autoridades civis estrangeiras, correspondentes às constantes dos incisos III a VIII deste artigo,
quando em visita de caráter oficial;
XV - os militares das Forças Armadas estrangeiras, quando uniformizados e, se em trajes civis, quando
reconhecidos ou identificados;
XVI - os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, Corporações consideradas
forças auxiliares e reserva do Exército.
Art. 16. O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o superior pode conceder ao mais moderno.
Parágrafo único. O militar não deve tomar a iniciativa de estender a mão para cumprimentar o superior, mas,
se este o fizer, não pode se recusar ao cumprimento.
Art. 17. O militar deve responder com saudação análoga quando, ao cumprimentar o superior, este, além de
retribuir a continência, fizer uma saudação verbal.
Seção I
Do Procedimento Normal
Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado, com ou
sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, conforme estabelecido no art. 15 deste
Regulamento.
§ 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam mutuamente, ou pela qual o
superior responde à saudação de um mais moderno.
§ 2º A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser dispensada nas
situações especiais conforme regulamento de cada Força Armada.
§ 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:
I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta se apresentar em
marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o militar deve tomar atitude de
respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;
II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre-se e assume atitude respeitosa; e
III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação com um
cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.
Art. 19. A atitude, o gesto e a duração são elementos essenciais da continência individual, variáveis
conforme a situação dos executantes:
I - atitude: postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias e ao ambiente;
II - gesto: conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas; e
III - duração: o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto referido no inciso II deste
artigo.
Art. 20. O militar, desarmado, ou armado de revólver ou pistola, de sabre-baioneta ou espada embainhada,
faz a continência individual de acordo com as seguintes regras:
I - mais moderno parado e superior deslocando-se:
a) posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior;
b) com cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado da cobertura, tocando com a falangeta
do indicador a borda da pala, um pouco adiante do botão da jugular, ou lugar correspondente, se a cobertura
não tiver pala ou jugular; a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os
dedos unidos e distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45º com a linha dos
ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior e, para desfazer a continência, baixa a mão em
movimento enérgico, voltando à posição de sentido;
c) sem cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado direito da fronte, procedendo
similarmente ao descrito na alínea “b” deste inciso, no que couber; e
d) a continência: é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais moderno e desfeita
quando o superior ultrapassa o mais moderno de um passo;
II - mais moderno deslocando-se e superior parado, ou deslocando-se em sentido contrário:
a) se está se deslocando em passo normal, o mais moderno mantém o passo e a direção do deslocamento; se
em acelerado ou correndo, toma o passo normal, não cessa o movimento normal do braço esquerdo; a
continência é feita a três passos do superior, como descrito nas alíneas “b” e “c” do inciso I deste artigo,
encarando-o com movimento vivo de cabeça; ao passar por este, o mais moderno volta a olhar em frente e
desfaz a continência;
III - mais moderno e superior deslocando-se em direções convergentes:
a) o mais moderno dá precedência de passagem ao superior e faz a continência como descrito nas alíneas “b”
e “c” do inciso I deste artigo, sem tomar a posição de sentido;
IV - mais moderno, deslocando-se, alcança e ultrapassa o superior que se desloca no mesmo sentido:
a) o mais moderno, ao chegar ao lado do superior, faz-lhe a continência como descrito nas alíneas “b” e “c”
do inciso I deste artigo, e o encara com vivo movimento de cabeça;
após três passos, volta a olhar em frente e desfaz a continência;
V - mais moderno deslocando-se, é alcançado e ultrapassado por superior que se desloca no mesmo sentido:
a) o mais moderno, ao ser alcançado pelo superior, faz-lhe a continência, como nas alíneas “b” e “c” do
inciso I deste artigo, desfazendo-a depois que o superior tiver se afastado um passo;
VI - em igualdade de posto ou graduação, a continência é feita no momento em que os militares passam um
pelo outro ou se defrontam.
Art. 21. O militar armado de espada desembainhada faz a continência individual tomando a posição de
sentido e, em seguida, perfilando a espada.
Parágrafo único. Na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII e XII do art.
15 deste Regulamento e a oficiais-generais, abate a espada.
Art. 22. O militar, quando tiver as duas mãos ocupadas, faz a continência individual
tomando a posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior.
§ 1º Quando apenas uma das mãos estiver ocupada, a mão direita deve estar livre para executar a
continência.
§ 2º O militar em deslocamento, quando não puder prestar continência por estar com as mãos ocupadas, faz
vivo movimento de cabeça.
Art. 23. O militar, isolado, armado de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante faz continência da
seguinte forma:
I - quando estiver se deslocando:
a) leva a arma à posição de “Ombro Arma”, à passagem do superior hierárquico;
b) à passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e leva a arma à posição de “Ombro Arma”; e
c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posição de sentido, com sua frente voltada para a direção
perpendicular à do deslocamento do superior.
II - quando estiver parado:
a) na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste
Regulamento e a oficiais-generais, faz “Apresentar Arma”;
b) para os demais militares, faz “Ombro Arma”;
c) à passagem da tropa formada, leva a arma à posição de “Ombro Arma”; e d) com a arma a tiracolo ou em
bandoleira, toma apenas a posição de sentido.
Art. 24. Todo militar faz alto para a continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da
República.
§ 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia religiosa, o militar participante da cerimônia não faz
a continência individual, permanecendo em atitude de respeito.
§ 2º Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente não faz a continência, nem durante a
sua introdução, permanecendo na posição de “Sentido” até o final de sua execução.
Art. 25. Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direção de onde vem a música,
conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução.
7
§ 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia à Bandeira ou ao Presidente da República, o militar
volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da República.
§ 2º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em ambiente fechado, o
militar volta-se para o principal local da cerimônia e faz a continência
como estipulado no inciso I do art. 20 ou nos arts. 21, 22 ou 23 desta deste Regulamento, conforme o caso.
Art. 26. Ao fazer a continência para a Bandeira Nacional integrante de tropa formada e parada, todo militar
que se desloca, faz alto, vira-se para ela e faz a continência individual, retomando, em seguida, o seu
deslocamento; a autoridade passando em revista à tropa observa o mesmo procedimento.
Art. 27. Na sede do Ministério da Defesa e nas Organizações Militares, a praça faz alto para a continência às
autoridades enumeradas nos incisos III a IX, inclusive, do art. 15
deste Regulamento e a oficial-general.
Art. 28. O Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar tem, diariamente, direito à continência
prevista no art. 27 deste Regulamento, na primeira vez que for encontrado pelas suas praças subordinadas,
no interior de sua organização.
Art. 29. Os militares em serviço policial ou de segurança poderão ser dispensados dos procedimentos sobre
continência individual constantes deste Regulamento.
Seção II
Do Procedimento em Outras Situações
Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte forma:
I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência individual sem se
levantarem; e
II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual.
§ 1º Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no interior de uma
Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo e fazem a continência
individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que viável.
§ 2º Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o Comandante e o Chefe de cada viatura
fazem a continência individual. Os militares transportados tomam postura correta e imóvel enquanto durar a
continência do Chefe da viatura.
Art. 31. O militar isolado presta continência à tropa da seguinte forma:
I - tropa em deslocamento e militar parado:
a) militar a pé: qualquer que seja seu posto ou graduação, volta-se para a tropa, toma posição de “Sentido” e
permanece nessa atitude durante a passagem da tropa, fazendo a continência individual para a Bandeira
Nacional e, se for mais antigo do que o Comandante da tropa, corresponde à continência que lhe é prestada;
caso contrário, faz a continência individual ao Comandante da tropa e a todos os militares em comando de
frações constituídas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; e b) militar em viatura
estacionada: desembarca e procede de acordo com o estipulado na alínea “a” do inciso I do art. 31 deste
Regulamento;
II - tropa em deslocamento e militar em movimento, a pé ou em veículo:
a) o militar, sendo superior hierárquico ao Comandante da tropa, para, volta-se para esta e responde à
continência que lhe é prestada; caso contrário, para, volta-se para aquela e faz a continência individual ao
Comandante da tropa e a todos os militares em comando de frações constituídas que lhe sejam
hierarquicamente iguais ou superiores;
para o cumprimento à Bandeira Nacional, o militar a pé para e faz a continência individual;
se no interior de veículo, faz a continência individual sem desembarcar;
III - tropa em forma e parada, e militar em movimento:
a) procede como descrito no inciso II deste artigo, parando apenas para a cumprimento à Bandeira Nacional.
Art. 32. Ao entrar em uma Organização Militar, o oficial, em princípio, deve ser conduzido ao seu
Comandante, Chefe ou Diretor, ou, conforme as peculiaridades e os procedimentos específicos de cada
Força Armada, à autoridade militar da Organização para isso designada, a fim de participar os motivos de
sua ida àquele estabelecimento e, terminada a missão ou o fim que ali o levou, deve, antes de se retirar,
despedir-se daquela autoridade.
§ 1º Nos estabelecimentos ou repartições militares onde essa apresentação não seja possível, deve o militar
apresentar-se ou dirigir-se ao de maior posto ou graduação presente, ao qual participará o motivo de sua
presença.
§ 2º Quando o visitante for do mesmo posto ou de posto superior ao do Comandante, Diretor ou Chefe, é
conduzido ao Gabinete ou Câmara deste, que o recebe e o ouve sobre o motivo de sua presença.
§ 3º A praça, em situação idêntica, apresenta-se ao Oficial-de-Dia ou de Serviço, ou a quem lhe
corresponder, tanto na chegada quanto na saída.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos não se aplica às organizações médicomilitares, exceto se o
militar estiver em visita de serviço.
Art. 33. Procedimento do militar em outras situações:
I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a pé, deve passar por este ao passo; se ambos
estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em andadura superior; marchando no mesmo sentido,
ultrapassa o superior depois de lhe pedir autorização; em todos os casos, a continência é feita como descrito
no inciso II do art. 20 deste Regulamento;
II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em nível mais elevado
(palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário;
III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha moderada,
concentrando a atenção na condução do veículo;
IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado, não modifica a sua
velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em voz alta: “serviço urgente”;
V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência como descrito no art. 22 deste
Regulamento;
VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para verificar se há algum
superior presente; se houver, o militar faz-lhe a continência, do lugar em que está;
VII - quando um militar entra em um recinto público, os militares mais modernos que aí estão levantam-se
ao avistá-lo e fazem-lhe a continência;
VIII - quando militares se encontrarem em reuniões sociais, festas militares, competições desportivas ou em
viagens, devem apresentar-se mutuamente, declinando posto e nome, partindo essa apresentação daquele de
menor hierarquia;
IX - seja qual for o caráter - oficial ou particular da solenidade ou reunião, deve o militar, obrigatoriamente,
apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto entre os oficiais presentes de sua
Organização Militar; e
X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros militares, todos fazem a continência
individual como se estivessem isolados.
Art. 34. Todo militar é obrigado a reconhecer o Presidente e o Vice-Presidente da República, o Ministro de
Estado da Defesa, o Comandante da sua Força, os Comandantes, os Chefes ou os Diretores da cadeia de
comando e os oficiais de sua Organização Militar.
§ 1º Os oficiais são obrigados a reconhecer também os Comandantes das demais Forças, assim como o
Chefe do Estado-Maior de sua respectiva Força.
§ 2º Todo militar deve saber identificar as insígnias dos postos e graduações das Forças Armadas.
Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.
§ 1º O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos cultos religiosos e ao entrar
em templos ou participar de atos em que este procedimento seja pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes
casos, a obrigatoriedade da prestação da continência.
§ 2º O estabelecido no caput deste artigo não se aplica aos militares armados de metralhadora de mão, fuzil
ou arma semelhante ou aos militares em serviço de policiamento, escolta ou guarda.
Art. 36. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre, cumprimentando-os pela
continência, pelo aperto de mão ou com aceno de cabeça.
Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma senhora para
cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo;
se estiver desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda que a senhora lhe estenda a mão.
Art. 37. O militar armado de espada, durante solenidade militar, não descalça as luvas,
salvo ordem em contrário.
Art. 38. Nos refeitórios das Organizações Militares, a maior autoridade presente ocupa o lugar de honra.
Art. 39. Nos banquetes, o lugar de honra situa-se, geralmente, no centro, do lado maior da mesa principal.
§ 1º A ocupação dos lugares nos banquetes é feita de acordo com a Ordem Geral de Precedência.
§ 2º A autoridade que oferece banquete deve sentar-se na posição de maior precedência depois do lugar
ocupado pelo homenageado; os outros lugares são ocupados pelos demais participantes, segundo esquema
que lhes é previamente dado a conhecer.
§ 3º Em banquetes onde haja mesa plena, o homenageante deve sentar-se em frente ao homenageado.
Art. 40. Em embarcação, viatura ou aeronave militar, o mais antigo é o último a embarcar e o primeiro a
desembarcar.
§ 1º Em se tratando de transporte de pessoal, a licença para início do deslocamento é prerrogativa do mais
antigo presente.
§ 2º Tais disposições não se aplicam a situações operacionais, quando devem ser obedecidos os Planos e
Ordens a elas ligados.
CAPÍTULO IV
DA APRESENTAÇÃO
Art. 41. O militar, para se apresentar a um superior, aproxima-se deste até a distância do aperto de mão;
toma a posição de “Sentido”, faz a continência individual como descrita neste Regulamento e diz, em voz
claramente audível, seu grau hierárquico, nome de guerra e Organização Militar a que pertence, ou função
que exerce, se estiver no interior da sua Organização Militar; desfaz a continência e diz o motivo da
apresentação, permanecendo na posição de “Sentido” até que lhe seja autorizado tomar a posição de
“Descansar” ou de “À Vontade”.
§ 1º Se o superior estiver em seu Gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar sem arma ou armado
de revólver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a mão direita; em se tratando de boné ou
capacete, coloca-o debaixo do braço esquerdo com o interior voltado para o corpo e a jugular para a frente;
se de boina ou gorro com pala, empunha-o com a mão esquerda, de tal modo que sua copa fique para fora e
a sua parte anterior voltada para a frente e, em seguida, faz a continência individual e procede à
apresentação.
§ 2º Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mão, o militar faz alto à
distância de dois passos do superior e executa o “Perfilar Espada” ou “Ombro Arma”, conforme o caso,
permanecendo nessa posição mesmo depois de correspondida a saudação; se o superior for oficial-general
ou autoridade superior, o militar executa o manejo de “Apresentar Arma”, passando, em seguida, à posição
de “Perfilar Espada” ou “Ombro Arma”, conforme o caso, logo depois de correspondida a saudação.
§ 3º Em locais cobertos, o militar armado nas condições previstas no § 2º deste artigo, para se apresentar ao
superior, apenas toma a posição de “Sentido”.
Art. 42. Para se retirar da presença de um superior, o militar faz-lhe a continência individual, idêntica à da
apresentação, e pede permissão para se retirar; concedida a permissão, o oficial retira-se normalmente, e a
praça, depois de fazer "Meia Volta", rompe a marcha com o pé esquerdo.

CAPITULO V
DA CONTINÊNCIA DA TROPA
Seção I
Generalidades
Art. 43. Têm direito à continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nos incisos I a X e XII
a XVI do art. 15 deste Regulamento.
§ 1º Os oficiais da reserva ou reformados e os militares estrangeiros só têm direito à continência da tropa
quando uniformizados.
§ 2º Às autoridades estrangeiras, civis e militares, são prestadas as continências conferidas às autoridades
brasileiras equivalentes.
Art. 44. Para efeito de continência, considera-se tropa a reunião de dois ou mais militares devidamente
comandados.
Art. 45. Aos Ministros de Estado, aos Governadores de Estado e do Distrito Federal, ao Ministro-Presidente
e aos Ministros militares do Superior Tribunal Militar, são prestadas as continências previstas para
Almirante-de-Esquadra, General-de-Exército ou Tenente-
Brigadeiro.
“Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas ocupam lugar de destaque nas
solenidades cívico-militares, observada, no que couber, a Ordem Geral de Precedência.” (NR)
Art. 46. Aos Governadores de Territórios Federais são prestadas as continências previstas para Contra-
Almirante, General-de-Brigada ou Brigadeiro.
Art. 47. O Oficial que exerce função do posto superior ao seu tem direito à continência desse posto apenas
na Organização Militar onde a exerce e nas que lhe são subordinadas.
Art. 48. Nos exercícios de marcha, inclusive nos altos, a tropa não presta continência; nos exercícios de
estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Seções II e III deste Capítulo.
Art. 49. A partir do escalão subunidade, inclusive, toda tropa armada que não conduzir Bandeira, ao
regressar ao Quartel, de volta de exercício externo de duração igual ou superior a 8 (oito) horas e após as
marchas, presta continência ao terreno antes de sair de forma.
§ 1º A voz de comando para essa continência é “Em continência ao terreno - Apresentar Arma!”.
§ 2º Os militares que não integrem a formatura fazem a continência individual.
§ 3º Por ocasião da Parada Diária, a tropa e os militares presentes que não integrem a formatura prestam a
“Continência ao Terreno”, na forma estipulada pelos §§ 1º e 2º deste artigo.
§ 4º Estas disposições poderão ser ajustadas às peculiaridades de cada Força Armada.
Art. 50. A continência de uma tropa para outra está relacionada à situação de conduzirem ou não a Bandeira
Nacional ou ao grau hierárquico dos respectivos Comandantes.
Parágrafo único. Na continência, toma-se como ponto de referência, para início da saudação, a Bandeira
Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa não conduza Bandeira.
Art. 51. No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia seguinte, a tropa
apenas presta continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras
e hinos de outras nações e a outra tropa.
Parágrafo único. Excetuam-se as guardas de honra, que prestam continência à autoridade a que a
homenagem se destina.
Seção II
Da Continência da Tropa a Pé Firme
Art. 52. À passagem de outra tropa, a tropa em forma e parada volta-se para ela e toma a posição de sentido.
Parágrafo único. Se a tropa que passa conduz a Bandeira Nacional, ou se seu Comandante for de posto ou
graduação superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a continência indicada no
art. 53 deste Regulamento; quando os Comandantes forem do mesmo posto ou graduação e se a tropa que
passa não conduz Bandeira Nacional, apenas os Comandantes fazem a continência.
Art. 53. Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a outra tropa formada, nas
condições mencionadas no art. 15 deste Regulamento, executando os seguintes comandos:
I - na continência a oficial subalterno e intermediário:
a) “Sentido!”;
II - na continência a oficial-superior:
a) “Sentido! Ombro Arma!”;
III - na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste
Regulamento, a Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes: “Sentido!
Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar à Direita (Esquerda)!”.
§ 1º Para oficial-general estrangeiro, só é prestada a continência em caso de visita oficial.
§ 2º No caso de tropa desarmada, ao comando de “Apresentar Arma!” todos os seus integrantes fazem
continência individual e a desfazem ao Comando de “Descansar Arma!”.
§ 3º Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim nos escalões unidade e superiores, e à viva voz,
no escalão subunidades; os comandantes de pelotão (seção) ou de elementos inferiores só comandam a
continência quando sua tropa não estiver enquadrada em subunidades; nas formações emassadas, não são
dados comandos nos escalões inferiores a unidade.
§ 4º Em formação não emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim são dados sem a nota de
execução, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo porta-símbolo da Unidade; a banda é
comandada à viva voz pelo respectivo mestre; o estado-maior, pelo oficial mais antigo; a Guarda-Bandeira,
pelo oficial Porta-Bandeira.
§ 5º Os comandos são dados de forma a serem executados quando a autoridade ou a Bandeira atingir a
distância de dez passos da tropa que presta a continência.
§ 6º A continência é desfeita aos comandos de “Olhar em Frente!”, “Ombro Arma!” e “Descansar!”,
conforme o caso, dados pelos mesmos militares que comandaram sua execução e logo que a autoridade ou a
Bandeira tenha ultrapassado de cinco passos a tropa que presta a continência.
§ 7º As Bandas de Música ou de Corneteiros ou Clarins e Tambores permanecem em silêncio, a menos que
se trate de honras militares prestadas pela tropa, ou de cerimônia militar de que a tropa participe.
Art. 54. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte forma:
I - estando o pessoal embarcado, o comandante e os oficiais que exercem comando até o escalão pelotão,
inclusive, levantam-se e fazem a continência; se não for possível tomarem a posição em pé no veículo,
fazem a continência na posição em que se encontram; os demais oficiais fazem, sentados, a continência
individual, e as praças conservam-se sentadas, olhando à frente, sem prestar continência; e II - estando o
pessoal desembarcado, procede da mesma maneira como na tropa a pé firme, formando à frente das viaturas.
Parágrafo único. Quando o pessoal estiver embarcado e os motores das viaturas desligados, o comandante
desembarca para prestar a continência; os demais militares procedem como no inciso I deste artigo.
Art. 55. À autoridade estrangeira, civil ou militar, que passar revista à tropa postada em sua honra, são
prestados esclarecimentos relativos ao modo de proceder.
Seção III
Da Continência da Tropa em deslocamento
Art. 56. A tropa em deslocamento faz continência à Bandeira Nacional, às Bandeiras das Nações
Estrangeiras, às autoridades relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 15 deste Regulamento, e a
outra tropa formada, executando os seguintes comandos:
I - “Sentido! - Em Continência à Direita (Esquerda)!”, repetido por todas as unidades, nos escalões batalhão
e superiores;
II - os comandantes de subunidades, ao atingirem a distância de vinte passos da autoridade ou da Bandeira,
dão a voz de: “Companhia Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!”; e
III - os Comandantes de pelotão (seção), à distância de dez passos da autoridade ou
da Bandeira, dão a voz de: “Pelotão (Seção) Sentido! Olhar à Direita (Esquerda)!”; logo
que a testa do pelotão (seção) tenha ultrapassado de dez passos a autoridade ou a
Bandeira, seu Comandante, independente de ordem superior, comanda “Pelotão (seção)
Olhar em Frente!”.
§ 1º Nas formações emassadas de batalhão e de companhia, só é dado o comando de execução da
continência - “Batalhão (Companhia) Sentido! - Olhar à Direita (Esquerda)!”,
por toque de corneta ou à viva voz dos respectivos comandantes.
§ 2º Durante a execução da continência, são observadas as seguintes determinações:
I - a Bandeira não é desfraldada, exceto para outra Bandeira; a Guarda-Bandeira não olha para a direita
(esquerda);
II - o estandarte não é abatido, exceto para a Bandeira Nacional, o Hino Nacional ou o Presidente da
República;
III - os oficiais de espada desembainhada, no comando de pelotão (seção), perfilam espada e não olham para
a direita (esquerda);
IV - os oficiais sem espada ou com ela embainhada fazem a continência individual sem olhar para a direita
(esquerda), exceto o Comandante da fração;
V - o Porta-Bandeira, quando em viatura, levanta-se, e a Guarda permanece sentada;
VI - os oficiais em viaturas, inclusive comandantes de unidades e subunidades, fazem a continência sentados
sem olhar para a direita (esquerda); e
VII - os músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores, porta-símbolos e portaflâmulas, os homens da
coluna da direita (esquerda) e os da fileira da frente, não olham para a direita (esquerda), e, se sentados não
se levantam.
Art. 57. Na continência a outra tropa, procede-se da seguinte forma:
I - se as duas tropas não conduzem a Bandeira Nacional, a continência é iniciada pela tropa cujo
Comandante for de menor hierarquia; caso sejam de igual hierarquia, a continência deverá ser feita por
ambas as tropas;
II - se apenas uma tropa conduz a Bandeira Nacional, a continência é prestada à Bandeira, independente da
hierarquia dos Comandantes das tropas; e
III - se as duas tropas conduzem a Bandeira Nacional, a continência é prestada por ambas, independente da
hierarquia de seus comandantes.
Art. 58. A tropa em deslocamento faz alto para a continência ao Hino Nacional e aos Hinos das Nações
Estrangeiras, quando executados em solenidade militar ou cívica.
Art. 59. A tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência faz continência às autoridades
relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 15 deste Regulamento, e a outra tropa formada, ao
comando de “Batalhão (Companhia, Pelotão, Seção) Atenção!”,
dado pelos respectivos comandantes.
Parágrafo único. Para a continência à Bandeira Nacional e às Bandeiras das Nações Estrangeiras, a tropa em
deslocamento no passo acelerado ou sem cadência retoma o passo ordinário e procede como descrito no art.
deste Regulamento.
Seção IV
Da Continência da Tropa em Desfile
Art. 60. Desfile é a passagem da tropa diante da Bandeira Nacional ou da maior autoridade presente a uma
cerimônia a fim de lhe prestar homenagem.
Art. 61. A tropa em desfile faz continência à Bandeira ou à maior autoridade presente à cerimônia,
obedecendo às seguintes determinações:
I - a trinta passos, aquém do homenageado, é dado o toque de “Sentido! – Em Continência à Direita
(Esquerda)!”, sendo repetido até o escalão batalhão, inclusive (esse toque serve apenas para alertar a tropa);
II - a vinte passos, aquém do homenageado:
a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, levantam-se;
b) os comandantes de subunidades comandam à viva voz: - “Companhia - Sentido! - Em Continência à
Direita (Esquerda)!”; e
c) os oficiais com espada desembainhada perfilam espada, sem olhar para a direita (esquerda);
III - a dez passos, aquém do homenageado:
a) os Comandantes de pelotão (seção) comandam: “Pelotão (seção) - Sentido! – Olhar à Direita
(Esquerda)!”;
b) a Bandeira é desfraldada e o estandarte é abatido;
c) os comandantes de unidade e subunidade, em viatura, fazem a continência individual e olham para a
Bandeira ou encaram a autoridade;
d) os comandantes de unidade e subunidade abatem espada e olham para a Bandeira ou encaram a
autoridade; quando estiverem sem espada ou com ela embainhada, fazem a continência individual e olham a
Bandeira ou encaram a autoridade; os demais oficiais com espada desembainhada perfilam espada;
e) os oficiais sem espada ou com ela embainhada ou portando outra arma fazem a continência individual e
não encaram a autoridade; e
f) os componentes da Guarda-Bandeira, músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores e porta-símbolos
não fazem continência nem olham para o lado;
IV - a dez passos, depois do homenageado:
a) os mesmos militares que comandaram “Olhar à Direita (Esquerda)!” comandam: “Pelotão (seção) - olhar
em Frente!”;
b) a Bandeira e o estandarte voltam à posição de “Ombro Arma”;
c) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, desfazem a continência individual;
d) os comandantes de unidade e subunidade perfilam espada; e
e) os oficiais sem espada, com ela embainhada ou portando outra arma, desfazem a continência;
V - a quinze passos depois do homenageado, independente de qualquer comando:
a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, sentam-se; e
b) os oficiais a pé, com espada desembainhada, trazem a espada à posição de marcha.
§ 1º Os comandos mencionados nos incisos II, III e IV deste artigo são dados à viva voz ou por apito.
§ 2º Quando a tropa desfilar em linha de companhia, ou formação emassada de batalhão, o primeiro
comando de “Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!” é dado vinte passos aquém do homenageado
pelo comandante superior, e o comando de “Olhar à Direita (Esquerda)!” pelo comandante de batalhão, a
dez passos aquém do homenageado.
§ 3º Quando a tropa desfilar em linha de pelotões ou formação emassada de companhia, o comando de
“Olhar à Direita (Esquerda)!” é dado pelo comandante de subunidade dez passos aquém do homenageado.
§ 4º Nas formações emassadas de batalhão ou companhia, o comando de “Olhar em Frente!” é dado pelos
mesmos comandantes que comandaram “Olhar à Direita (Esquerda)!”, quando a cauda de sua tropa
ultrapassar de dez passos o homenageado.
Art. 62. A tropa a pé desfila em “Ombro Arma”, com a arma cruzada ou em bandoleira; nos dois primeiros
casos, de baioneta armada.
Art. 63. A autoridade em homenagem à qual é realizado o desfile responde às continências prestadas pelos
oficiais da tropa que desfila; os demais oficiais que assistem ao desfile fazem continência apenas à passagem
da Bandeira.
Seção V
Do Procedimento da Tropa em Situações Diversas
Art. 64. Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montar, apear,
tomar a posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente.
Art. 65. Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais antigo passa em primeiro
lugar.
Art. 66. Se uma tropa em marcha alcançar outra que se desloca no mesmo sentido, pode passar-lhe à frente,
em princípio pela esquerda, mediante licença ou aviso do mais antigo que a comanda.
Art. 67. Quando uma tropa não estiver em formatura e se encontrar em instrução, serviço de faxina ou faina,
as continências de tropa são dispensáveis, cabendo, entretanto, ao seu comandante, instrutor ou encarregado,
prestar a continência a todo o superior que se dirija ao local onde se encontra essa tropa, dando-lhe as
informações que se fizerem necessárias.
Parágrafo único. No caso do superior dirigir-se pessoalmente a um dos integrantes dessa tropa, este lhe
presta a continência regulamentar.
Art. 68. Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência, preleção ou atividade semelhante, e
chegar o seu comandante ou outra autoridade de posto superior ao mais antigo presente, este comanda
“Companhia (Escola, Turma, etc.) - Sentido! - Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!” e, a
esse Comando, levantam-se todos energicamente e tomam a posição ordenada; correspondido o sinal de
respeito pelo superior, volta a tropa à posição anterior, ao comando de “Companhia (Escola, Turma, etc.) - À
vontade!”; o procedimento é idêntico quando se retirar o comandante ou a autoridade em causa.
§ 1º Nas reuniões de oficiais, o procedimento é o mesmo, usando-se os comandos: “Atenção! Comandante
de Batalhão (ou Exmo. Sr. Almirante, General, Brigadeiro Comandante de ...)!” e “À vontade!”, dados pelos
instrutor ou oficial mais antigo presente.
§ 2º Nas Organizações Militares de ensino, os alunos de quaisquer postos ou graduações aguardam nas salas
de aula, anfiteatros ou laboratórios a chegada dos respectivos professores ou instrutores e as instruções
internas estabelecem, em minúcias, o procedimento a ser seguido.
Art. 69. Quando um oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o militar de serviço ou o
que primeiro avistar aquela autoridade comanda “Alojamento (Vestiário) - Atenção! Comandante da
Companhia (ou função de quem chega)!” e as praças, sem interromperem suas atividades, no mesmo local
em que se encontram, suspendem toda a conversação e assim se conservam até ser comandado “À
vontade!”.
Seção VI
Da Continência da Guarda
Art. 70. A guarda formada presta continência:
I - aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, referidos nos incisos I a X, XII e XIII do art. 15 deste
Regulamento;
II - aos Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nas sedes dos Comandos da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente;
III - aos oficiais-generais, nas sedes de Comando, Chefia ou Direção privativos dos postos de oficial-
general;
IV - aos oficiais-generais, aos oficiais superiores e ao comandante, chefe ou diretor, qualquer que seja o seu
posto, nas Organizações Militares;
V - aos oficiais-generais e aos oficiais superiores das Forças Armadas das Nações Estrangeiras, quando
uniformizados, nas condições estabelecidas nos incisos I a IV deste artigo; e
VI - à guarda que venha rendê-la.
§ 1º As normas para a prestação de continência, pela guarda formada, a oficiais de qualquer posto, serão
reguladas pelo Cerimonial de cada Força.
§ 2º A continência é prestada por ocasião da entrada e saída da autoridade.
Art. 71. Para a continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, a guarda forma na parte
externa do edifício, à esquerda da sentinela do portão das armas (sentinela da entrada principal), caso o local
permita, o corneteiro da guarda ou de serviço dá o sinal correspondente (“Bandeira” ou “Presidente da
República”), e o Comandante da guarda procede como estabelecido no inciso III do art. 53 deste
Regulamento.
Art. 72. A guarda forma para prestar continência a tropa de efetivo igual ou superior a subunidade, sem
Bandeira, que saia ou regresse ao quartel.
Art. 73. Quando em uma Organização Militar entra ou sai seu comandante, chefe ou diretor, acompanhado
de oficiais, a continência da guarda formada é prestada apenas ao oficial de maior posto, ou ao comandante,
se de posto igual ou superior ao dos que o acompanham.
Parágrafo único. A autoridade a quem é prestada a continência destaca-se das demais para corresponder à
continência da guarda; os acompanhantes fazem a continência individual, voltados para aquela autoridade.
Art. 74. Quando a continência da guarda é acompanhada do Hino Nacional ou da marcha batida, os militares
presentes voltam à frente para a autoridade, ou à Bandeira, a que se presta a continência, fazendo a
continência individual no início do Hino Nacional ou marcha batida e desfazendo a ao término.
Art. 75. Uma vez presente, em uma Organização Militar, autoridade cuja insígnia esteja hasteada no mastro
principal, apenas o comandante, diretor ou chefe da organização e os que forem hierarquicamente superiores
à referida autoridade têm direito à continência da guarda formada.
Seção VII
Da Continência da Sentinela
Art. 76. A sentinela de posto fixo, armada, presta continência:
I - apresentando arma, aos símbolos e autoridades referidos no art. 15 deste Regulamento;
II - tomando a posição de sentido, aos graduados e praças especiais das Forças Armadas nacionais e
estrangeiras; e
III - tomando a posição de sentido e, em seguida, fazendo “Ombro Arma”, à tropa não comandada por
oficial.
§ 1º O militar que recebe uma continência de uma sentinela faz a continência individual para respondê-la.
§ 2º A sentinela móvel presta continência aos símbolos, autoridades e militares constantes do art. 15 deste
Regulamento, tomando apenas a posição de “Sentido”.
Art. 77. Os marinheiros e soldados, quando passarem por uma sentinela, fazem a continência individual, à
qual a sentinela responde tomando a posição de “Sentido”.
Art. 78. No período compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvorada do dia seguinte,
a sentinela só apresenta armas à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às
bandeiras e hinos de outras nações e a tropa formada, quando comandada por oficial.
Parágrafo único. No mesmo período, a sentinela toma a posição de “Sentido” à passagem de um superior
pelo seu posto ou para corresponder à saudação militar de marinheiros e soldados.
Art. 79. Para prestar continência a uma tropa comandada por oficial, a sentinela toma a posição de
“Sentido”, executando o “Apresentar Arma” quando a testa da tropa estiver a dez passos, assim
permanecendo até a passagem do Comandante e da Bandeira; a seguir faz “Ombro Arma” até o escoamento
completo da tropa, quando volta às posições de “Descansar Arma” e “Descansar”.
Seção VIII
Dos Toques de Corneta, Clarim e Apito
Art. 80. O toque de corneta, clarim ou apito é o meio usado para anunciar a chegada, a saída ou a presença
de uma autoridade, não só em uma Organização Militar, como também por ocasião de sua aproximação de
uma tropa.
Parágrafo único. O toque mencionado neste artigo será executado nos períodos estabelecidos pelos
cerimoniais de cada Força Armada.
Art. 81. Os toques para anunciar a presença dos símbolos e das autoridades abaixo estão previstos no
“Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13:
I - a Bandeira Nacional;
II - o Presidente da República;
III - o Vice-Presidente da República;
IV - o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, quando incorporados;
V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - os demais Ministros de Estado;
“VII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas;” (NR)
VIII - os Governadores de Estados e Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em visita oficial;
IX - o Superior Tribunal Militar, quando incorporado;
X - os oficiais-generais;
XI - os oficiais superiores; e
XII - os comandantes, chefes ou diretores de Organizações Militares.
Parágrafo único. Só é dado toque para anunciar a chegada ou saída de autoridade superior à mais alta
presente, quando esta entrar ou sair de quartel ou estabelecimento cujo comandante for de posto inferior ao
seu.
Art. 82. Quando, em um mesmo quartel, estabelecimento ou fortificação, tiverem sede
duas ou mais Organizações Militares e seus comandantes, chefes ou diretores entrarem
ou saírem juntos do quartel, o toque corresponderá ao de maior precedência hierárquica.
Seção IX
Das Bandas de Músicas, de Corneteiros ou Clarins e Tambores
Art. 83. As Bandas de Música, na continência prestada pela tropa, executam:
I - o Hino Nacional, para a Bandeira Nacional, para o Presidente da República e, quando incorporados, para
o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal;
II - o toque correspondente, seguido do exórdio de uma marcha grave, para o Vice-Presidente da República;
“III - o exórdio de uma marcha grave, para o Ministro de Estado da Defesa, para os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica e para o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas;”
(NR)
IV - o Hino de Nação Estrangeira seguido do Hino Nacional, para a Bandeira ou para autoridade dessa
nação; e
V - o exórdio de uma marcha grave, para os oficiais-generais.
§ 1º As bandas de corneteiros ou clarins e tambores, quando reunidas às bandas de música, acompanham-nas
nesse cerimonial, como previsto no “Manual de Toques,
Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13.
§ 2º Os corneteiros, quando isolados, executam o correspondente, como previsto no “Manual de Toques,
Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13.
Art. 84. Quando na continência prestada pela tropa houver banda de corneteiros ou clarins e tambores, esta
procede segundo o previsto no “Manual de toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13.
Art. 85. A execução do Hino Nacional ou da marcha batida só tem início depois que a autoridade que
preside a cerimônia houver ocupado o lugar que lhe for reservado para a continência.
Art. 86. As bandas de música, nas revistas passadas por autoridades, executam marchas ou dobrados, de
acordo com o previsto no “Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13.
CAPÍTULO VI
DOS HINOS
Art. 87. O Hino Nacional é executado por banda de música militar nas seguintes ocasiões:
I - nas continências à Bandeira Nacional e ao Presidente da República;
II - nas continências ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados;
III - nos dias que o Governo considerar de Festa Nacional;
IV - nas cerimônias em que se tenha de executar Hino de Nação Estrangeira, devendo este, por cortesia,
anteceder o Hino Nacional; e
V - nas solenidades, sempre que cabível, de acordo com o cerimonial de cada Força Armada.
§ 1º É vedado substituir a partitura do Hino Nacional por qualquer arranjo instrumental.
§ 2º A execução do Hino Nacional não pode ser interrompida.
§ 3º Na continência prestada ao Presidente da República na qualidade de Comandante Supremo das Forças
Armadas, por ocasião de visita a Organização Militar, quando for dispensada a Guarda de Honra, ou nas
honras de chegada ou saída em viagem oficial ou de serviço, executam-se apenas a introdução e os acordes
finais do Hino Nacional, de acordo com partitura específica.
Art. 88. Havendo Guarda de Honra no recinto onde se procede uma solenidade, a execução do Hino
Nacional cabe à banda de música dessa guarda, mesmo que esteja presente outra de maior conjunto.
Art. 89. Quando em uma solenidade houver mais de uma banda, cabe a execução do Hino Nacional à que
estiver mais próxima do local onde chega a autoridade.
Art. 90. O Hino Nacional pode ser cantado em solenidades oficiais.
§ 1º Neste caso, cantam-se sempre as duas partes do poema, sendo que a banda de música deverá repetir a
introdução do Hino após o canto da primeira parte.
§ 2º É vedado substituir a partitura para canto do Hino Nacional por qualquer arranjo vocal, exceto o de
Alberto Nepomuceno.
§ 3º Nas solenidades em que seja previsto o canto do Hino Nacional após o hasteamento da Bandeira
Nacional, esta poderá ser hasteada ao toque de Marcha Batida.
Art. 91. No dia 7 de setembro, por ocasião da alvorada e nas retretas, as bandas de música militares
executam o Hino da Independência; no dia 15 de novembro, o Hino da Proclamação da República e no dia
19 de novembro, o Hino à Bandeira.
Parágrafo único. Por ocasião das solenidades de culto à Bandeira, canta-se o Hino à Bandeira.
CAPÍTULO VII
DAS BANDEIRAS-INSÍGNIAS, DISTINTIVOS A ESTANDARTES
Art. 92. A presença de determinadas autoridades civis e militares em uma Organização
Militar é indicada por suas bandeiras-insígnias ou seus distintivos hasteados em mastro
próprio, na área da organização.
§ 1º As bandeiras-insígnias ou distintivos de Presidente da República, de Vice-Presidente da República e de
Ministro de Estado da Defesa são instituídas em atos do Presidente da República.
“§ 2° As bandeiras-insígnias ou os distintivos de Comandante da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e de
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas são instituídos em atos do Ministro de Estado da
Defesa.” (NR)
§ 3º Nas Organizações Militares que possuem estandarte, este é conduzido nas condições estabelecidas para
a Bandeira Nacional, sempre a sua esquerda, de acordo com o cerimonial específico de cada Força Armada.
Art. 93. A bandeira-insígnia ou distintivo é hasteado quando a autoridade entra na Organização Militar, e
arriado logo após a sua saída.
§ 1º O ato de hastear ou arriar a bandeira-insígnia ou o distintivo é executado sem cerimônia militar por
militar para isso designado.
§ 2º Por ocasião da solenidade de hasteamento ou de arriação da Bandeira Nacional, a bandeira-insígnia ou
distintivo deve ser arriado, devendo ser hasteado novamente após o término daquelas solenidades.
Art. 94. No mastro em que estiver hasteada a Bandeira Nacional, nenhuma bandeira insígnia ou distintivo
deve ser posicionado acima dela, mesmo que nas adriças da verga de sinais.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os navios e os estabelecimentos da Marinha do Brasil
que possuem mastro com carangueja, cujo penol, por ser local de destaque e de honra, é privativo da
Bandeira Nacional.
Art. 95. A disposição das bandeiras-insígnias ou distintivos referentes a autoridades presentes a uma
Organização Militar será regulamentada em cerimonial específico do Ministério da Defesa e de cada Força
Armada.
Art. 96. Se várias Organizações Militares tiverem sede em um mesmo edifício, no mastro desse edifício só é
hasteada a bandeira-insígnia ou distintivo da mais alta autoridade presente.
Art. 97. Todas as Organizações Militares devem ter disponíveis para uso, as bandeiras insígnias do
Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, do
Comandante da respectiva Força e das autoridades da cadeia de comando a que estiverem subordinadas.
Art. 98. O Ministro de Estado da Defesa e o oficial com direito a bandeira-insígnia ou distintivo, este
quando uniformizado e nos termos da regulamentação específica de cada Força Armada, podem fazer uso,
na viatura oficial que os transporta, de uma miniatura da respectiva bandeira-insígnia ou distintivo, presa em
haste apropriada fixada no para-lama dianteiro direito.
TÍTULO III
DAS HONRAS MILITARES
CAPÍTULO I
GENERALIDADES
Art. 99. Honras Militares são homenagens coletivas que se tributam aos militares das Forças Armadas, de
acordo com sua hierarquia, e às altas autoridades civis, segundo o estabelecido neste Regulamento e
traduzidas por meio de:
I - Honras de Recepção e Despedida;
II - Comissão de Cumprimentos e de Pêsames; e
III - Preito da Tropa.
Art. 100. Têm direito a honras militares:
I - o Presidente da República;
II - o Vice-Presidente da República;
III - o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, quando incorporados;
“IV - o Ministro de Estado da Defesa;
V - os demais Ministros de Estado, quando em visita de caráter oficial à organização militar;
VI - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-
Maior Conjunto das Forças Armadas;
VII - o Superior Tribunal Militar, quando incorporado;
VIII - os militares das Forças Armadas;
IX - os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em visita de
caráter oficial à organização militar; e
X - os Chefes de Missão Diplomática.
§ 1º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas serão prestadas honras militares a outras autoridades não especificadas neste artigo.
§ 2º Exceto para o Ministro de Estado da Defesa, não se constitui visita de caráter oficial o comparecimento
dos demais Ministros de Estado, dos Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito
Federal a solenidades no âmbito de cada Força Singular.” (NR.).
CAPÍTULO II
DAS HONRAS DE RECEPÇÃO E DESPEDIDA
Art. 101. São denominadas Honras de Recepção e Despedida as honras prestadas às autoridades definidas no
art. 100 deste Regulamento, ao chegarem ou saírem de navio ou outra organização militar, e por ocasião de
visitas e inspeções.
Art. 102 As visitas ou inspeções, sem aviso prévio da autoridade, à Organização Militar, não implicam a
alteração da sua rotina de trabalho; ao ser informado da presença da autoridade na Organização, o
comandante, chefe ou diretor vai ao seu encontro, apresenta-se e a acompanha durante a sua permanência.
§ 1º Em cada local de serviço ou instrução, o competente responsável apresenta-se à autoridade e transmite-
lhe as informações ou esclarecimentos que lhe forem solicitados referentes às suas funções.
§ 2º Terminada a visita, a autoridade é acompanhada até a saída pelo comandante, chefe ou diretor e pelos
oficiais integrantes da equipe visitante.
Art. 103. Nas visitas ou inspeções programadas, a autoridade visitante ou inspecionadora indica à autoridade
interessada a finalidade, o local e a hora de sua inspeção ou visita, especificando, se for o caso, as
disposições a serem tomadas.
§ 1º A autoridade é recebida pelo comandante, diretor ou chefe, sendo-lhe prestadas as continências devidas.
§ 2º Há Guarda de Honra sempre que for determinado por autoridade superior, dentro da cadeia de comando,
ao comandante, chefe ou diretor da Organização Militar ou pelo próprio visitante e, neste caso, somente
quando se tratar da primeira visita ou inspeção feita a Organização Militar que lhe for subordinada.
§ 3º Há apresentação de todos os oficiais à autoridade presente, cabendo ao Comandante da Organização
Militar realizar a apresentação do oficial seu subordinado de maior hierarquia, seguindo-se a apresentação
individual dos demais.
CAPÍTULO III
DAS COMISSÕES DE CUMPRIMENTOS E DE PÊSAMES
Seção I
Das Comissões de Cumprimentos
Art. 104. As Comissões de Cumprimentos são constituídas por Oficiais de uma Organização Militar com o
objetivo de testemunhar pública deferência às autoridades mencionadas no art. 100 deste Regulamento.
§ 1º Cumprimentos são apresentações nos dias da Pátria, do Marinheiro, do Soldado e do Aviador, como
também na posse de autoridades civis e militares.
“§ 2° Excepcionalmente, podem ser determinados pelo Ministro de Estado da Defesa, pelos Comandantes
da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas ou
pelo Comandante Militar de Área, de Distrito Naval, de Comando Naval ou de Comando Aéreo Regional
cumprimentos a autoridades em dias não especificados no § 1º deste artigo.” (NR).
Art. 105. Na posse do Presidente da República a oficialidade da Marinha, do Exército e da Aeronáutica é
representada por comissões de cumprimentos compostas pelos oficiais generais de cada Força Armada que
servem na Capital Federal, as quais fazem a visita de apresentação àquela autoridade, acompanhando o
Ministro de Estado da Defesa e sob a direção dos Comandantes das respectivas Forças;
§ 1º Essas visitas são realizadas em idênticas condições, na posse do Ministro de Estado da Defesa pela
oficialidade da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ficando a apresentação a cargo dos Comandantes de
cada Força.
§ 2º Essas visitas são realizadas em idênticas condições, na posse do Comandante da Marinha pela
oficialidade da Marinha, na posse do Comandante do Exército, pela oficialidade do Exército e, na posse do
Comandante da Aeronáutica, pela oficialidade da Aeronáutica, ficando a apresentação a cargo dos Chefes de
Estado-Maior de cada Força.
Art. 106. Nos cumprimentos ao Presidente da República ou a outras autoridades, nos dias de Festa Nacional
ou em qualquer outra solenidade, os oficiais que comparecerem incorporados deslocam-se, de acordo com a
precedência, em coluna por um, até a altura da autoridade, onde fazem alto, defrontando-se a esta.
Seção II
Das Comissões de Pêsames
Art. 107. As Comissões de Pêsames são constituídas para acompanhar os restos mortais de militares da
ativa, da reserva ou reformados e demonstrar publicamente o sentimento de pesar que a todos envolve.
CAPÍTULO IV
DO PREITO DA TROPA
Art. 108. Preito da Tropa são Honras Militares, de grande realce, prestadas diretamente pela tropa e
exteriorizadas por meio de:
I - Honras de Gala; e
II - Honras Fúnebres.
Seção I
Das Honras de Gala
Art. 109. Honras de Gala são homenagens, prestadas diretamente pela tropa, a uma alta autoridade civil ou
militar, de acordo com a sua hierarquia e consistem de:
I - Guarda de Honra;
II - Escolta de Honra; e
III - Salvas de Gala.
Art. 110. Têm direito a Guarda e a Escolta de Honra:
I - o Presidente da República;
II - o Vice-Presidente de República;
III - o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal nas sessões de abertura e encerramento de seus
trabalhos;
IV - o Chefe de Estado Estrangeiro, na cerimônia oficial de chegada à Capital Federal;
V - os Embaixadores estrangeiros, quando da entrega de suas credenciais;
“VI - o Ministro de Estado da Defesa;
VII - os demais Ministros de Estado, quando em visita de caráter oficial à organização militar;
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas e, quando incorporado, o Superior Tribunal Militar;
IX - os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais;
X - os Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nos casos previstos no § 2º do
art. 103 deste Regulamento, ou quando, por motivo de serviço, desembarcarem em uma Guarnição Militar e
forem hierarquicamente superiores ao comandante desta;
XI - os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em visita de
caráter oficial a uma organização militar e
XII - os demais oficiais-generais, somente nos casos previstos no § 2º do art. 103 deste Regulamento.
§ 1º Para as autoridades mencionadas nos incisos I a V do caput deste artigo, a Guarda de Honra tem o
efetivo de um batalhão ou equivalente; para as demais autoridades, de uma Companhia ou equivalente.
§ 2º Ressalvados os casos previstas no § 2º do art. 103 deste Regulamento, a formatura de uma Guarda de
Honra é ordenada pela mais alta autoridade militar local.
§ 3º Salvo determinação contrária do Presidente da República, a Guarda de Honra destinada a prestar-lhe
homenagem por ocasião do seu embarque ou desembarque, em aeródromo militar, quando de suas viagens
oficiais e de serviço, é constituída do valor de um pelotão e banda de música.
§ 4º Para as autoridades indicadas nos incisos II, VI, VII, VIII, X e XII do caput deste artigo, por ocasião do
embarque e do desembarque em viagens na mesma situação
prevista no § 3º deste artigo é observado o seguinte procedimento:
I - para o Vice-Presidente da República, é prestada homenagem por Guarda de Honra constituída do valor de
um pelotão e corneteiro;
II - para o Ministro de Estado da Defesa, para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e
para o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas o embarque ou o desembarque é guarnecido
por uma ala de tropa armada;
III - para os demais Ministros de Estado é executado o toque de continência previsto no “Manual de Toques,
Marchas e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13, e, caso solicitado com prévia antecedência, o embarque
ou desembarque é guarnecido por uma ala de tropa armada; e
IV - para os oficiais-generais, é executado o toque de continência previsto no “Manual de Toques, Marchas
e Hinos das Forças Armadas” - FA-M-13.
§ 5º Nos Aeroportos civis, as Honras Militares, na área do aeroporto, são prestadas somente ao Presidente e
ao Vice-Presidente da República, por tropa da Aeronáutica, caso existente na localidade, de acordo com o
cerimonial estabelecido pela Presidência da República; para os Ministros de Estado, caso solicitado com
prévia antecedência, o embarque ou o desembarque é guarnecido por uma ala de Polícia da Aeronáutica, se
existente na localidade, e somente quando as referidas autoridades estiverem sendo conduzidas em aeronave
militar.
§ 6º Nas organizações militares da Aeronáutica, as autoridades mencionadas nos incisos I a XI do caput este
artigo, bem como os oficiais-generais em trânsito como passageiros, tripulantes ou pilotos de aeronaves
militares ou civis são recebidos à porta da aeronave pelo Comandante da Organização Militar ou oficial
especialmente designado e, estando presente autoridade de maior precedência, o Comandante da
Organização Militar ou o oficial especialmente designado a acompanha na recepção à porta da aeronave.
§ 7º Nas organizações militares da Aeronáutica, as autoridades mencionadas nos incisos X, XI e XII do
caput deste artigo, quando em visita oficial, poderão ser recepcionados por ala de Polícia da Aeronáutica,
postada à entrada do prédio do Comando, ou outro local previamente escolhido, onde o Comandante da
Organização ou o oficial especialmente designado recebe a autoridade.” (NR)
§ 8º Por ocasião de embarque ou desembarque do Presidente da República em aeroportos civis ou militares
no exterior, os Adidos militares seguirão o mesmo procedimento dos diplomatas lotados na Missão, de
acordo com o previsto pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.
Art. 111. Têm direito a salvas de gala:
I - o Presidente da República, o Chefe do Estado Estrangeiro quando de sua chegada à Capital Federal e,
quando incorporados, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal - vinte e um tiros;
“II - o Vice-Presidente da República, os Embaixadores de Nações Estrangeiras, o Ministro de Estado da
Defesa, os demais Ministros de Estado, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o Chefe
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, os Governadores dos Estados e o do Distrito Federal, os
Almirantes, os Marechais e os Marechais-do-Ar - dezenove tiros;
a) os demais Ministros de Estado, quando em visita de caráter oficial à Organização Militar e
b) os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, quando em visita de caráter oficial à Organização
Militar, respectivamente, no seu Estado e no Distrito Federal;
III - os Chefes dos Estados-Maiores de cada Força Armada, os Almirantes-de-Esquadra, os Generais-de-
Exército, os Tenentes-Brigadeiros, os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras, os Enviados
Especiais e, quando incorporado, o Superior Tribunal Militar - dezessete tiros;” (NR)
IV – os Vice-Almirantes, os Generais-de-Divisão, os Majores-Brigadeiros, os Ministros Residentes de
Nações Estrangeiras - quinze tiros; e
V – os Contra-Almirantes, os Generais-de-Brigada, os Brigadeiros-do-Ar e os Encarregados de Negócios de
Nações Estrangeiras - treze tiros.
Parágrafo único. No caso de comparecimento de várias autoridades a ato público ou visita oficial, é realizada
somente a salva que corresponde à autoridade de maior precedência.
Subseção I
Das Guardas de Honra
Art. 112. Guarda de Honra é a tropa armada, especialmente postada para prestar homenagem às autoridades
referidas no art. 110 deste Regulamento.
Parágrafo único. A Guarda de Honra pode formar a qualquer hora do dia ou da noite.
Art. 113. A Guarda de Honra conduz Bandeira Nacional, banda de música, corneteiros ou clarins e
tambores; forma em linha, dando a direita para o lado de onde vem a autoridade que se homenageia.
Parágrafo único. As Guardas de Honra podem ser integradas por militares de mais de uma Força Armada ou
Auxiliar, desde que haja conveniência e assentimento entre os comandantes.
Art. 114. Guarda de Honra só faz continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e às autoridades
hierarquicamente superiores ao homenageado; para as autoridades de posto superior ao do seu comandante
ou à passagem de tropa com efetivo igual ou superior a um pelotão, toma a posição de “Sentido”.
Art. 115. A autoridade que é recebida por Guarda de Honra, após lhe ser prestada a continência, passa
revista à tropa formada, acompanhada do Comandante da Guarda de Honra.
§ 1º A autoridade anfitriã ou seu representante poderá acompanhar a autoridade homenageada, colocando-se
à sua direita e à retaguarda e, neste caso, o Comandante da Guarda de Honra ficará à esquerda e à retaguarda
da autoridade homenageada.
§ 2º Os acompanhantes da autoridade homenageada deslocam-se diretamente para o local de onde é assistido
o desfile da Guarda de Honra.
§ 3º A autoridade homenageada pode dispensar o desfile da Guarda de Honra.
§ 4º A Guarda de Honra destinada a homenagear autoridade estrangeira pode ter o desfile dispensado pela
autoridade que determinou a homenagem.
§ 5º Salvo determinação em contrário, a Guarda de Honra não forma na retirada do homenageado.
Subseção II
Das Escoltas de Honra
Art. 116. Escolta de Honra é a tropa a cavalo ou motorizada, em princípio constituída de um esquadrão
(companhia), e no mínimo de um pelotão, destinada a acompanhar as autoridades referidas no art. 110 deste
Regulamento.
§ 1º No acompanhamento, o comandante da Escolta a Cavalo se coloca junto à porta direita da viatura, que é
precedida por dois batedores, enquadrada lateralmente por duas filas, uma de cada lado da viatura, com
cinco cavaleiros cada, e seguida do restante da tropa em coluna por três ou por dois.
§ 2º No caso de Escolta motorizada, três viaturas leves antecedem o carro, indo o comandante da escolta na
primeira delas, sendo seguido das demais; se houver motocicletas, a formação é semelhante à da escolta a
cavalo.
§ 3º A Escolta de Honra, sempre que cabível, poderá ser executada também por aeronaves, mediante a
interceptação, em voo, da aeronave que transporta qualquer das autoridades referidas no art. 110 deste
Regulamento, obedecendo ao seguinte:
I - as aeronaves integrantes da escolta se distribuem, em quantidades iguais, nas alas direita e esquerda da
aeronave escoltada; e
II - caso a escolta seja efetuada por mais de uma unidade aérea, caberá àquela comandada por oficial de
maior precedência hierárquica ocupar a ala direita.
Subseção III
Das Salvas de Gala
Art. 117. Salvas de Gala são descargas, executadas por peças de artilharia, a intervalos regulares, destinadas
a complementar, para as autoridades nomeadas no art. 111 deste Regulamento, as Honras de Gala previstas
neste Capítulo.
Art. 118. As salvas de gala são executadas no período compreendido entre as oito horas e a hora da arriação
da Bandeira Nacional.
Parágrafo único. As salvas de gala são dadas com intervalos de cinco segundos, exceto nos casos dispostos
nos § 1º e 2º do art. 122 deste Regulamento.
Art. 119. A Organização Militar em que se achar o Presidente da República ou que estiver com
embandeiramento de gala, por motivo de Festa Nacional ou estrangeira, não responde às salvas.
Art. 120. O comandante de uma Organização Militar que, por qualquer motivo, não possa responder à salva,
deve comunicar à autoridade competente e com a maior brevidade as razões que o levaram a tomar tal
atitude.
Art. 121. São dadas Salvas de Gala:
I - nas grandes datas nacionais e no Dia da Bandeira Nacional;
II - nas datas festivas de países estrangeiros, quando houver algum convite para acompanhar uma salva que é
dada por navio de guerra do país considerado; e
III - em retribuição de salvas.
Parágrafo único. As salvas, quando tiverem de ser respondidas, o serão por outras de igual número de tiros.
Art. 122. Podem ser ainda dadas Salvas de Gala:
I - no comparecimento a atos públicos, de notável expressão, de autoridades que tenham direito a essas
salvas;
II - quando essas autoridades, com aviso prévio, visitarem uma guarnição federal, sede de unidades de
artilharia e somente por ocasião da chegada;
III - na chegada e saída de autoridade que tenha direito às salvas, quando em visita oficial anunciada a uma
Organização Militar;
IV - no embarque ou desembarque do Presidente da República, conforme o disposto no § 1º deste artigo; e
V - na Cerimônia Oficial de Chegada de Chefe de Estado Estrangeiro à Capital Federal, conforme o disposto
no § 2º deste artigo.
§ 1º Por ocasião de homenagens prestadas ao Presidente da República, as salvas são executadas
exclusivamente quando formar Guarda de Honra, e, neste caso, têm a duração correspondente ao tempo de
execução da primeira parte do Hino Nacional.
§ 2º No caso do disposto no inciso V deste artigo, a duração das salvas corresponde ao tempo de execução
dos Hinos Nacionais dos dois países.
Art. 123. Na Marinha é observado, para salvas, o que dispõe o Cerimonial da Marinha, combinado, se for o
caso, com o disposto no presente Regulamento.
Seção II
Das Honras Fúnebres
Art. 124. Honras Fúnebres são homenagens póstumas prestadas diretamente pela tropa aos despojos mortais
de uma alta autoridade ou de um militar da ativa, de acordo com a posição hierárquica que ocupava e
consistem de:
I - Guarda Fúnebre;
II - Escolta Fúnebre; e
III - Salvas Fúnebres.
§ 1º As Honras Fúnebres são prestadas aos restos mortais:
I - do Presidente da República;
II - do Ministro de Estado da Defesa;
“III - dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e do Chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas;
IV - dos Militares das Forças Armadas.
§ 2º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas, serão prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional,
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou
Secretário Especial da Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu
transporte em viatura especial, acompanhada por tropa.
§ 3º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas ou de outra autoridade militar, são prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Chefes de
Missão Diplomática estrangeira falecidos no Brasil ou de insigne personalidade, assim como o seu
transporte em viatura especial, acompanhada por tropa.
§ 4º As Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades
mencionadas no § 1º deste artigo seguem as mesmas determinações estabelecidas para os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica e para o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.”
(NR)
Art. 125. As Honras Fúnebres a militares da ativa são, em princípio, prestadas por tropa da Força Armada a
que pertencia o extinto.
§ 1º Quando na localidade em que se efetuar a cerimônia não houver tropa dessa Força, as Honras Fúnebres
podem ser prestadas por tropa de outra Força, após entendimentos entre seus Comandantes.
§ 2º O féretro de comandante de Estabelecimento de Ensino é acompanhado por tropa armada constituída
por alunos desse estabelecimento.
Art. 126. O ataúde, depois de fechado, até o início do ato de inumação, será coberto com a Bandeira
Nacional, ficando a tralha no lado da cabeceira do ataúde e a estrela isolada (ESPIGA) à direita.
§ 1º Para tal procedimento, quando necessário, deverá a Bandeira Nacional ser fixada ao ataúde para evitar
que esvoace durante os deslocamentos do cortejo.
§ 2º Antes do sepultamento, deverá a Bandeira Nacional ser dobrada, sob comando, na forma do Anexo II a
esta Portaria Normativa.
Art. 127. Ao descer o corpo à sepultura, com corneteiro ou clarim postado junto ao túmulo, é dado o toque
de silêncio.
Art. 128. As Honras Fúnebres a militares da reserva ou reformados constam de comissões previamente
designadas por autoridade competente.
Art. 129. As Honras Fúnebres não são prestadas:
I - quando o extinto com direito às homenagens as houver dispensado em vida ou quando essa dispensa parte
da própria família;
II - nos dias de Festa Nacional;
III - no caso de perturbação da ordem pública;
IV - quando a tropa estiver de prontidão; e
V - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente.
Subseção I
Das Guardas Fúnebres
Art. 130. Guarda Fúnebre é a tropa armada especialmente postada para render honras aos despojos mortais
de militares da ativa e de altas autoridades civis.
Parágrafo único. A Guarda Fúnebre toma apenas a posição de “Sentido” para a continência às autoridades de
posto superior ao do seu comandante.
Art. 131. A Guarda Fúnebre posta-se no trajeto a ser percorrido pelo féretro, de preferência na vizinhança da
casa mortuária ou da necrópole, com a sua direita voltada
para o lado de onde virá o cortejo e em local que, prestando-se à formatura e à execução das salvas, não
interrompa o trânsito público.
Art. 132. A Guarda Fúnebre, quando tiver a sua direita alcançada pelo féretro, dá três descargas, executando
em seguida “Apresentar Arma”; durante a continência, os corneteiros ou clarins e tambores tocam uma
composição grave ou, se houver banda de música, esta executa uma marcha fúnebre.
§ 1º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for de um batalhão ou equivalente, as descargas de fuzil são dadas
somente pela subunidade da direita, para isso designada.
§ 2º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for igual ou superior a uma companhia ou equivalente, conduz Bandeira
Nacional e tem banda de música ou clarins.
Art. 133. A Guarda Fúnebre é assim constituída:
I - para o Presidente de República:
a) por toda a tropa disponível das Forças Armadas, que forma em alas, exceto a destinada a fazer as
descargas fúnebres; e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do Exército e da
Aeronáutica, os quais constituem, para cada Escola, um posto de sentinela dupla junto à urna funerária;
II - para o Ministro de Estado da Defesa:
“a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de cada Força Armada,
cabendo o comando à Força a que pertence o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas; e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do Exército e da
Aeronáutica;
III - para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e para o Chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas;
a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de cada Força Armada, cabendo
o comando à Força a que pertencia o falecido; e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes ou Cadetes pertencentes à Força Singular da qual
fazia parte o extinto;
IV - para os oficiais-generais: por tropa com o efetivo de um batalhão de infantaria, ou equivalente, de sua
Força;
V - para os oficiais superiores: por tropa com o efetivo de duas companhias de infantaria, ou equivalente, de
sua Força;
VI - para os oficiais intermediários: por tropa com o efetivo de companhia de infantaria, ou equivalente, de
sua Força;
VII - para oficiais subalternos: por tropa com o efetivo de um pelotão de fuzileiros, ou equivalente, de sua
Força;
VIII - para Aspirantes, Cadetes e alunos do Colégio Naval e Escolas Preparatórias ou equivalentes: por tropa
com o efetivo de dois grupos de combate, ou equivalente, da respectiva Força;
IX - para Subtenentes, Suboficiais e Sargentos: por tropa com o efetivo de um grupo de combate, ou
equivalente, da respectiva Força; e
X - para Cabos, Marinheiros e Soldados: por tropa com o efetivo de uma esquadra de fuzileiros de grupo de
combate, ou equivalente, da respectiva Força.
§ 1º As sentinelas de câmaras ardentes, enquanto ali estiverem, mantêm o fuzil na posição de “Em Funeral
Arma” e ladeiam o ataúde, ficando de um mesmo lado face a face.
§ 2º Quando, pela localização da necrópole, a Guarda Fúnebre vier causar grandes transtornos à vida da
comunidade, ou quando a premência de tempo não permitir um planejamento e execução compatíveis, a
critério de comandante militar da área, ou por determinação superior, ela pode ser substituída por tropa
postada em alas, de valor não superior a uma companhia, no interior da necrópole e por grupo de combate
nas proximidades da sepultura, que realiza as descargas de fuzil previstas no art. 132 deste Regulamento.
§ 3º As Honras Fúnebres são determinadas pelo Presidente da República, pelo Ministro de Estado da Defesa,
pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas, pelo Comandante do Distrito Naval, de Comando Naval, de Comando Militar de Área, de
Comando Aéreo Regional, de Navio, de Guarnição ou de Corpo de Tropa, tal seja o comando da unidade ou
navio a que pertencia o extinto.” (NR)
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º do art. 124 deste Regulamento, caberá à autoridade que determinar as
Honras Fúnebres definir que Força Armada as comandará e formará a Guarda da Câmara Ardente.
Subseção II
Das Escoltas Fúnebres
Art. 134. Escolta Fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais do Presidente da
República, de altas autoridades militares e de oficiais das Forças Armadas falecidos quando no serviço ativo.
Parágrafo único. Se o militar falecido exercia funções de comando em Organização Militar, a escolta é
composta por militares dessa organização.
Art. 135. A Escolta Fúnebre procede, em regra, durante o acompanhamento, como a Escolta de Honra;
quando parada, só toma posição de “Sentido” para prestar continência às autoridades de posto superior ao de
seu comandante.
Parágrafo único. A Escolta Fúnebre destinada a acompanhar os despojos mortais de oficiais superiores,
intermediários, subalternos e praças especiais forma a pé, descoberta, armada de sabre e ladeia o féretro do
portão do cemitério ao túmulo.
Art. 136. A Escolta Fúnebre é constituída:
I - para o Presidente da República: por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a um batalhão;
II - para o Ministro de Estado da Defesa: por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a duas
companhias;
“III - para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e para o Chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas, por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a uma companhia;”
(NR)
IV - para oficiais-generais: por tropa a cavalo ou motorizada de efetivo equivalente a um pelotão;
V - para oficiais superiores: por tropa, formada a pé, de efetivo equivalente a um pelotão;
VI - para oficiais intermediários: por tropa, formada a pé, de efetivo equivalente a dois grupos de combate;
VII - para oficiais subalternos, guardas-marinha e aspirante a oficial: por tropa, formada a pé, de efetivo
equivalente a um grupo de combate; e
VIII - para Aspirantes, Cadetes e alunos do Colégio Naval e Escolas Preparatórias: por tropa, formada a pé,
composta de Aspirantes, Cadetes e Alunos, correspondentes ao efetivo de um grupo de combate.
Parágrafo único. As praças não têm direito a Escolta Fúnebre.
Subseção III
Das Salvas Fúnebres
Art. 137. Salvas Fúnebres são executadas por peças de artilharia, a intervalos regulares de trinta segundos,
destinadas a complementar, nos casos específicos, as Honras Fúnebres previstas neste Capítulo.
Art. 138. As Salvas Fúnebres são executadas:
I - por ocasião do falecimento do Presidente da República:
a) logo que recebida a comunicação oficial, a Organização Militar designada executa uma salva de vinte e
um tiros, seguida de um tiro de dez em dez minutos até a inumação, com a Bateria de Salva postada próxima
ao local da Câmara Ardente; e
b) ao baixar o ataúde à sepultura, a Bateria de Salva, estacionada nas proximidades do cemitério, dá uma
salva de vinte e um tiros;
II - por ocasião do falecimento das demais autoridades mencionadas no art. 111 deste Regulamento:
a) ao baixar o ataúde à sepultura, a Bateria de Salva, estacionada nas proximidades do cemitério, dá as
salvas correspondentes à autoridade falecida conforme estabelecido no art. 111 deste Regulamento.
TÍTULO IV
DO CERIMONIAL MILITAR
CAPÍTULO I
GENERALIDADES
Art. 139. O Cerimonial Militar tem por objetivo dar a maior solenidade possível a determinados atos na vida
militar ou nacional, cuja alta significação convém ser ressaltada.
Art. 140. As cerimônias militares contribuem para desenvolver, entre superiores e subordinados, o espírito
de corpo, a camaradagem e a confiança, virtudes castrenses que constituem apanágio dos membros das
Forças Armadas.
Parágrafo único. A execução do Cerimonial Militar, inclusive sua preparação, não deve acarretar
perturbação sensível à marcha regular da instrução.
Art. 141. Nessas cerimônias, a tropa apresenta-se com o uniforme de parada, utilizando armamento o mais
padronizado possível.
Parágrafo único. Salvo ordem em contrário, nessas cerimônias, a tropa não conduz viaturas.
CAPÍTULO II
DA PRECEDÊNCIA NAS CERIMÔNIAS
Art. 142. A precedência atribuída a uma autoridade em razão de seu cargo ou função é normalmente
traduzida por seu posicionamento destacado em solenidade, cerimônias, reuniões e outros eventos.
Art. 143. As cerimônias realizadas em Organizações Militares são presididas pela autoridade - da cadeia de
comando - de maior grau hierárquico presente ou pela autoridade indicada em conformidade com o
cerimonial específico de cada Força Armada.
§ 1º A cerimônia será dirigida pelo comandante, chefe ou diretor da Organização Militar e se desenvolverá
de acordo com a programação por ele estabelecida com a devida antecedência.
§ 2º Na sede do Ministério da Defesa e nas Organizações Militares, o Ministro de Estado da Defesa presidirá
toda cerimônia a que comparecer, com as ressalvas dos Artigos 145 e 146 deste Regulamento.
§ 3º A colocação de autoridades e personalidades nas solenidades oficiais, inclusive cerimônias militares,
organizadas pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, é regulada pelas Normas do Cerimonial
Público e Ordem Geral de Precedência.
§ 4º Nas cerimônias militares, o Governador do Estado, de Território Federal ou do Distrito Federal onde
ocorre a solenidade, se comparecer, ocupa lugar de honra, observada, no que couber, a Ordem Geral de
Precedência.
§ 5º A precedência entre os Adidos Militares estrangeiros do mesmo posto é estabelecida pela ordem de
antiguidade da Representação Diplomática do seu país de origem no Brasil.
Art. 144. Nas Missões Diplomáticas, os Adidos Militares que forem Oficiais-Generais passarão logo depois
do Ministro-Conselheiro que for o substituto do Chefe da Missão, enquanto os que forem Capitães-de-Mar-
e-Guerra ou equivalentes passarão depois do Conselheiro ou do Primeiro-Secretário que for o substituto do
Chefe da Missão.
Art. 145. Quando o Presidente da República comparecer a qualquer solenidade militar, compete-lhe sempre
presidi-la.
Art. 146. Não comparecendo o Presidente da República, o Vice-Presidente da República presidirá a
solenidade militar a que estiver presente.
Art. 147. A leitura da Ordem do Dia, se houver, é procedida diante da tropa formada.
Art. 148. O comandante, o chefe ou o diretor da Organização Militar, nas visitas, acompanha a maior
autoridade presente, a fim de prestar-lhe as informações necessárias.
“Parágrafo único. Nas cerimônias militares, por ocasião de visitas, o Comandante, o Chefe ou o Diretor da
Organização Militar visitada deve permanecer próximo à maior autoridade presente, mas não passa à frente
do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas e de autoridades civis de precedência superior à destes ou dos superiores da sua cadeia de
comando." (NR)
Art. 149. Quando diversas organizações civis e militares concorrerem em serviço, recepções, cumprimentos,
etc, sendo o Ministério da Defesa responsável pela organização do evento, serão observadas as Normas do
Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência e, no que couber, as Normas de Cerimonial do Ministério
da Defesa.
Art. 150. Nas formaturas, visitas, recepções e cumprimentos, onde comparecerem simultaneamente
representantes de Organizações Militares Nacionais e Estrangeiras, cada uma tem a precedência dentro de
sua respectiva hierarquia e, todavia, por especial deferência, pode a autoridade que preside o evento
determinar, previamente, que as representações estrangeiras tenham posição de destaque nos aludidos
eventos.
Art. 151. Quando uma autoridade se faz representar em solenidade ou cerimônia, seu representante tem
lugar compatível com sua própria precedência, não a precedência correspondente à autoridade que
representa.
Parágrafo único. O representante do Presidente da República, se não presidir a solenidade, ocupa o lugar de
honra à direita da autoridade que a preside.
CAPÍTULO III
DA BANDEIRA NACIONAL
Seção I
Generalidades
Art. 152. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.
§ 1º Normalmente, em Organização Militar, faz-se o hasteamento no mastro principal às oito horas e a
arriação às dezoito horas ou ao pôr-do-sol.
§ 2º No dia 19 de novembro, como parte dos eventos comemorativos do Dia da Bandeira, a Bandeira
Nacional será hasteada em ato solene às doze horas, de acordo com o cerimonial do Ministério da Defesa ou
com os cerimoniais específicos de cada Força Armada, conforme o caso.
§ 3º Nas Organizações Militares que não mantenham serviço ininterrupto, a Bandeira Nacional será arriada
conforme o estabelecido no § 1º deste artigo, ou ao se encerrar o expediente, o que primeiro ocorrer.
§ 4º Quando permanecer hasteada durante a noite, a Bandeira Nacional deve ser iluminada.
Art. 153. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, a Bandeira é mantida a meio mastro.
§ 1º Por ocasião do hasteamento, a Bandeira vai até o topo do mastro, descendo em seguida até a posição a
meio mastro; por ocasião da arriação, a Bandeira sobe ao topo do mastro, sendo em seguida arriada.
§ 2º Nesses dias, os símbolos e insígnias de Comando permanecem também a meio mastro, de acordo com o
cerimonial do Ministério da Defesa ou com o cerimonial específico de cada Força Armada, conforme o caso.
Art. 154. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, as bandas de música permanecem em silêncio.
Art. 155. O sinal de luto das Bandeiras transportadas por tropa consiste em um laço de crepe negro colocado
na lança.
Art. 156. As Forças Armadas devem regular, no âmbito de seus Comandos, as cerimônias diárias de
hasteamento e arriação da Bandeira Nacional.
Art. 157. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a
primeira a atingir o topo e a última a dele descer, sendo posicionada na parte central do dispositivo.
Seção II
Do Culto à Bandeira em Solenidades
Art. 158. No dia 19 de novembro, data consagrada à Bandeira Nacional, as Organizações Militares prestam
o “Culto à Bandeira”, cujo cerimonial consta de:
I - hasteamento da Bandeira Nacional, conforme disposto no art. 151, § 2º, deste Regulamento;
II - canto do Hino à Bandeira e, se for o caso, incineração de Bandeiras; e
III - desfile em continência à Bandeira Nacional.
Parágrafo único. Além dessas cerimônias, sempre que possível, deve haver sessão cívica em comemoração à
data.
Art. 159. A formatura para o hasteamento da Bandeira, no dia 19 de novembro, é efetuada com:
I - uma “Guarda de Honra” a pé, sem Bandeira Nacional (constituída por uma subunidade nas unidades de
valor regimento, batalhão ou grupo), com a banda de música e/ou corneteiros ou clarins e tambores;
II - dois grupamentos constituídos do restante da tropa disponível, a pé e sem armas; e
III - a Guarda da Organização Militar.
§ 1º Para essa solenidade, a Bandeira Nacional da Organização Militar, sem guarda, deve ser postada em
local de destaque, em frente ao mastro em que é realizada a solenidade.
§ 2º A Guarda de Honra ocupa a posição central do dispositivo da tropa, em frente ao mastro.
§ 3º A tropa deve apresentar o dispositivo a seguir mencionado, com as adaptações necessárias a cada local:
I - Guarda de Honra: linha de companhias ou equivalentes, em Organizações Militares nível batalhão/grupo
ou linha de pelotões, ou equivalentes nas demais;
II - dois grupamentos de tropa: um à direita e outro à esquerda da “Guarda de Honra”,
com a formação idêntica à desta, comandados por oficiais; e
III - oficiais: em uma ou mais fileiras, colocados três passos à frente do comandante da Guarda de Honra.
Art. 160. O cerimonial para hasteamento da Bandeira, no dia 19 de novembro, obedece às seguintes
determinações:
I - em se tratando de unidades agrupadas em um único local, a cerimônia será presidida pelo Comandante da
Organização Militar ou da área, podendo a bandeira ser hasteada, conforme o caso, por qualquer daquelas
autoridades; e
II - estando presente banda de música ou de corneteiros ou clarins e tambores, é executado o Hino Nacional
ou a marcha batida.
Art. 161. Após o hasteamento, é procedida, se for o caso, à cerimônia de incineração de Bandeiras, finda a
qual é cantado o Hino à Bandeira.
Art. 162. Após o canto do Hino à Bandeira, é procedido ao desfile da tropa em “Continência à Bandeira”.
Art. 163. As Bandeiras Nacionais de Organizações Militares que forem julgadas inservíveis devem ser
guardadas para proceder-se, no dia 19 de novembro, perante a tropa, à cerimônia cívica de sua incineração.
§ 1º A Bandeira que invoque especialmente um fato notável da história de uma Organização Militar não é
incinerada.
§ 2º As Bandeiras Nacionais das Organizações civis que forem recolhidas como inservíveis às Organizações
Militares são também incineradas nessa data.
Art. 164. O cerimonial da incineração de Bandeiras é realizado da seguinte forma:
I - numa pira ou receptáculo de metal, colocado nas proximidades do mastro onde se realiza a cerimônia de
hasteamento da Bandeira, são depositadas as Bandeiras a serem incineradas;
II - o Comandante faz ler a Ordem do Dia alusiva à data e na qual é ressaltada, com fé e patriotismo, a alta
significação das festividades a que se está procedendo;
III - terminada a leitura, uma praça antecipadamente escolhida da Organização Militar, em princípio a mais
antiga e de ótimo comportamento, ateia fogo às Bandeiras
previamente embebidas em álcool; e
IV - incineradas as Bandeiras, prossegue o cerimonial com o canto do Hino à Bandeira, regido pelo mestre
da Banda de Música, com a tropa na posição de “Sentido”.
Parágrafo único. As cinzas são depositadas em caixa e enterradas em local apropriado, no interior das
respectivas Organizações Militares ou lançadas ao mar.
Art. 165. O desfile em continência à Bandeira é, então, realizado da seguinte forma:
I - a Bandeira da Organização Militar, diante da qual desfila a tropa, é posicionada em local de destaque, em
correspondência com a que foi hasteada;
II - os oficiais que não desfilam com a tropa formam à retaguarda da Bandeira, constituindo a sua “Guarda
de Honra”;
III - o Comandante da Organização Militar toma posição à esquerda da Bandeira e na mesma linha desta; e
IV - terminado o desfile, retira-se a Bandeira Nacional, acompanhada do Comandante da Organização
Militar e de sua “Guarda de Honra”, até a entrada do edifício onde ela é guardada.
Seção III
Do Hasteamento em Datas Comemorativas
Art. 166. A Bandeira Nacional é hasteada nas Organizações Militares, com maior gala, de acordo com o
cerimonial específico de cada Força Armada, nos seguintes dias:
I - grandes datas:
a) 7 de setembro: Dia da Independência do Brasil; e
b) 15 de novembro: Dia da Proclamação da República;
II - feriados:
a) 1º de janeiro: Dia da Fraternidade Universal;
b) 21 de abril: Inconfidência Mineira;
c) 1º de maio: Dia do Trabalhador;
d) 12 de outubro: Dia da Padroeira do Brasil; e
e) 25 de dezembro: Dia de Natal;
III - datas festivas:
a) 21 de fevereiro: Comemoração da Tomada de Monte Castelo;
b) 19 de abril: Dia do Exército Brasileiro;
c) 22 de abril: Dia da Aviação de Caça;
d) 8 de maio: Dia da Vitória na 2a Guerra Mundial;
e) 11 de junho: Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha;
f) 25 de agosto: Dia do Soldado;
g) 23 de outubro: Dia do Aviador;
h) 19 de novembro: Dia da Bandeira Nacional;
i) 13 de dezembro: Dia do Marinheiro;
j) 16 de dezembro: Dia do Reservista;
k) Dia do Aniversário da Organização Militar.
Parágrafo único. No âmbito de cada Força Armada, por ato do respectivo Comandante,
podem ser fixadas datas comemorativas para ressaltar as efemérides relativas às suas tradições peculiares.
Seção IV
Da Incorporação e Desincorporação da Bandeira
Art. 167. Incorporação é o ato solene do recebimento da Bandeira Nacional pela tropa, obedecendo às
seguintes normas:
I - a tropa recebe a Bandeira Nacional em qualquer formação; o Porta-Bandeira, acompanhado de sua
Guarda, vai buscá-la no local em que esta estiver guardada;
II - o Comandante da tropa, verificando que a Guarda-Bandeira está pronta, comanda “Sentido”, “Ombro
Arma”, e “Bandeira - Avançar”;
III - a Guarda-Bandeira desloca-se para a frente da tropa, posicionando-se a uma distância aproximada de
trinta passos do lugar que vai ocupar na formatura, quando, então, será dado o comando de “Em Continência
à Bandeira” – “Apresentar Armas”; e
IV - nessa posição, a Bandeira Nacional desfraldada recebe a continência prevista e se incorpora à tropa, que
permanece em “Apresentar Arma” até que a Bandeira ocupe seu lugar na formatura.
Parágrafo único. Cada Força Armada deve regular as continências previstas para a incorporação da Bandeira
Nacional à tropa.
Art. 168. Desincorporação é o ato solene da retirada da Bandeira da formatura, obedecendo às seguintes
normas:
I - com a tropa na posição de “Ombro Arma” o Comandante comanda “Bandeira fora de forma”;
II - a Bandeira Nacional, acompanhada de sua Guarda, desloca-se, posicionando-se a trinta passos da tropa e
de frente para esta, quando, então, serão executados os toques de “Em Continência à Bandeira” –
“Apresentar Arma”;
III - nessa posição a Bandeira Nacional, desfraldada, recebe a continência prevista; e
IV - terminada a continência, será dado o toque de “Ombro Arma”, após o que a Bandeira retira-se com sua
Guarda.
Parágrafo único. Cada Força Armada deve regular as continências previstas para a desincorporação da
Bandeira Nacional da tropa.
Art. 169. A tropa motorizada ou mecanizada desembarca para receber ou retirar da formatura a Bandeira.
Seção V
Da Apresentação da Bandeira Nacional aos Recrutas
Art. 170. Logo que os recrutas ficarem em condições de tomar parte, em uma formatura, o
Comandante da Organização Militar apresenta-lhes a Bandeira Nacional, com toda solenidade.
Art. 171. A solenidade de Apresentação da Bandeira Nacional aos seus recrutas deve observar as seguintes
determinações:
I - a tropa forma, armada, sem Bandeira, sob o comando do Comandante da
Organização Militar;
II - a Bandeira, conduzida desfraldada, com sua Guarda, aproxima-se e ocupa lugar de destaque defronte da
tropa;
III - o Comandante da Organização Militar, ou quem for por ele designado, deixa a formatura, cumprimenta
a Bandeira Nacional perante a tropa, procede a seguir a uma alocução aos recrutas, apresentando-lhes a
Bandeira Nacional;
IV - nessa alocução devem ser abordados os seguintes pontos:
a) o que representa a Bandeira Nacional;
b) os deveres do soldado para com ela;
c) o valor dos militares brasileiros no passado, que nunca a deixaram cair em poder do
inimigo;
d) a unidade da Pátria; e
e) o espírito de sacrifício;
V - após a alocução, a tropa presta a continência à Bandeira Nacional; e
VI - a cerimônia termina com o desfile da tropa em continência à Bandeira Nacional.
Seção VI
Da Apresentação do Estandarte Histórico aos Recrutas
Art. 172. Em data anterior a da apresentação da Bandeira Nacional, deverá ser apresentado aos recrutas, se
possível na data do aniversário da Organização Militar, o Estandarte Histórico.
Art. 173. A cerimônia de apresentação do Estandarte Histórico aos recrutas deve obedecer às seguintes
determinações:
I - a tropa forma desarmada;
II - o Estandarte Histórico, conduzido sem guarda, aproxima-se e ocupa um lugar de destaque defronte à
tropa;
III - o Comandante da Organização Militar faz uma alocução de apresentação do Estandarte Histórico,
abordando:
a) o que representa o Estandarte da Organização Militar;
b) o motivo histórico da concessão, inclusive os feitos da Organização Militar de origem e sua atuação em
campanha, se for o caso; e
c) a identificação das peças heráldicas que compõe o Estandarte Histórico;
IV - após a alocução do Comandante, a Organização Militar cantará a canção da Unidade; e
V - neste dia, o Estandarte Histórico deverá permanecer em local apropriado para ser visto por toda a tropa,
por tempo a ser determinado pelo Comandante da Organização Militar.
CAPÍTULO IV
DOS COMPROMISSOS
Seção I
Do Compromisso dos Recrutas
Art. 174. A cerimônia do Compromisso dos Recrutas é realizada com grande solenidade, no final do período
de formação.
Art. 175. Essa cerimônia pode ser realizada no âmbito das Organizações Militares ou fora
delas.
Parágrafo único. Quando várias Organizações Militares das Forças Armadas tiverem sede na mesma
localidade, a cerimônia pode ser realizada em conjunto.
Art. 176. O cerimonial deve obedecer às seguintes determinações:
I - a tropa forma armada;
II - a Bandeira Nacional, sem a guarda, deixando o dispositivo da formatura, toma posição de destaque em
frente da tropa;
III - para a realização do compromisso, o contingente dos recrutas, desarmados, toma dispositivo de frente
para a Bandeira Nacional, entre esta e a tropa;
IV - disposta a tropa, o Comandante manda tocar “Sentido” e, em seguida, “Em Continência à Bandeira -
Apresentar Arma”, com uma nota de execução para cada toque e o porta-bandeira desfralda a Bandeira
Nacional;
V - o compromisso é realizado pelos recrutas, perante a Bandeira Nacional
desfraldada, com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos unidos,
palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras:
“INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL (ou AO EXÉRCITO BRASILEIRO ou À
AERONÁUTICA BRASILEIRA) - PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE – AS ORDENS DAS
AUTORIDADES - A QUE ESTIVER SUBORDINADO - RESPEITAR OS SUPERIORES
HIERÁRQUICOS - TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS – E COM BONDADE OS
SUBORDINADOS - E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA - CUJA HONRA -
INTEGRIDADE - E INSTITUIÇÕES - DEFENDEREI – COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA”;
VI - em seguida, o Comandante manda tocar “Descansar Arma”; os recrutas baixam energicamente o braço,
permanecendo, porém, na posição de “Sentido”;
VII - em prosseguimento, é cantado o Hino Nacional, ao qual se segue a leitura da Ordem do Dia alusiva à
data ou, na falta desta, do Boletim alusivo à solenidade;
VIII - os recrutas desfilam em frente à Bandeira Nacional, prestando-lhe a continência individual;
IX - terminada a cerimônia, e após a Bandeira Nacional ter ocupado o seu lugar no dispositivo, a tropa
desfila em continência à maior autoridade presente; e
X - nas unidades motorizadas, onde a Bandeira Nacional e respectiva guarda são transportadas em viatura
especial, o Porta-Bandeira conserva-se, durante o desfile, em pé, mantendo-se a guarda sentada.
Parágrafo único. Nas sedes de Grandes Unidades ou Guarnições:
I - a direção de todo o cerimonial compete, neste caso, ao comandante da Grande Unidade ou Guarnição; e
II - a cerimonial obedece, de maneira geral, as determinações estabelecidas neste artigo.
Seção II
Do Compromisso dos Reservistas
Art. 177. O cerimonial do Compromisso dos Reservistas, quando realizado nas sedes das Repartições do
Serviço Militar, obedece, tanto quanto possível, as determinações estabelecidas para o Compromisso dos
Recrutas, na Seção I deste Capítulo.
Parágrafo único. A cerimônia de entrega de certificados de dispensa de incorporação e de isenção do Serviço
Militar consta de formatura e juramento à Bandeira pelos dispensados da incorporação.
Seção III
Do Compromisso dos Militares Nomeados ao Primeiro Posto e do Compromisso por
Ocasião da Declaração a Guardas-Marinhas e Aspirantes-a-Oficial
Art. 178. Todo militar nomeado ao primeiro posto prestará o compromisso de oficial, de acordo com o
determinado no regulamento de cada Força Armada.
Parágrafo único. A cerimônia é presidida pelo Comandante da Organização Militar ou pela mais alta
autoridade militar presente.
Art. 179. Observadas as peculiaridades de cada Força Armada, em princípio, o cerimonial do compromisso
obedecerá às seguintes determinações:
I - para o compromisso, que deve ser prestado na primeira oportunidade após a nomeação do oficial, a tropa
forma armada e equipada, em linha de pelotões ou equivalentes; a Bandeira Nacional à frente, a vinte passos
do centro da tropa; o comandante posta-se diante de todo o dispositivo, com a frente voltada para a Bandeira
Nacional, a cinco passos desta;
II - os oficiais que vão prestar o compromisso, com a frente para a tropa e para a
Bandeira Nacional, colocam-se a cinco passos desta, à esquerda e a dois passos do comandante;
III - a tropa, à ordem do comandante, toma a posição de “Sentido”; os compromitentes desembainham as
suas espadas e perfilam-nas;
IV - os demais oficiais da Organização Militar, a dois passos, atrás da Bandeira Nacional, em duas fileiras,
espadas perfiladas, assistem ao compromisso;
V - em seguida, a comando, a tropa apresenta arma, e o comandante faz a continência individual; os
compromitentes, olhos fitos na Bandeira Nacional, depois de abaterem espadas, prestam, em voz alta e
pausada, o seguinte compromisso: “PERANTE A BANDEIRA DO BRASIL E PELA MINHA
HONRA, PROMETO CUMPRIR OS DEVERES DE OFICIAL DA MARINHA DO BRASIL
(EXÉRCITO BRASILEIRO ou AERONÁUTICA BRASILEIRA) E DEDICAR-ME
INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA”; e
VI - findo o compromisso, a comando, a tropa executa “Descansar Arma”; o comandante e os
compromitentes volvem-se de maneira a se defrontarem; os compromitentes perfilam espadas, colocam-nas
na bainha e fazem a continência.
Art. 180. Se, em uma mesma Organização Militar, prestarem compromisso mais de dez oficiais recém-
promovidos, o compromisso se realiza coletivamente.
Art. 181. Se o oficial promovido servir em Estabelecimento ou Repartição, este compromisso é prestado no
gabinete do diretor ou chefe e assistido por todos os oficiais que ali servem, revestindo-se a solenidade das
mesmas formalidades previstas no art. 178 deste Regulamento.
Art. 182. O compromisso de declaração a Guarda-Marinha e Aspirante-a-Oficial é prestado nas Escolas de
Formação, sendo o cerimonial realizado de acordo com os regulamentos daqueles órgãos de ensino.
CAPÍTULO V
DAS PASSAGENS DE COMANDO, CHEFIA OU DIREÇÃO
Art. 183. Os oficiais designados para o exercício de qualquer Comando, Chefia ou Direção são recebidos de
acordo com as formalidades especificadas no presente Capítulo.
Art. 184. A data da transmissão do cargo de Comando, Chefia ou Direção é determinada pelo Comando
imediatamente superior. Art. 185. Cada Força Armada, obedecidas as regras gerais deste Regulamento, deve
estabelecer os detalhes das cerimônias de passagem de Comando, Chefia ou Direção, segundo suas
conveniências e peculiaridades, podendo acrescentar as normas que o uso e a tradição já consagraram,
atendendo, no que couber, às determinações abaixo:
I - leitura dos documentos oficiais de nomeação e de exoneração;
II - transmissão de cargo; nessa ocasião, os oficiais, nomeado e exonerado, postados lado a lado, frente à
tropa e perante a autoridade que preside a cerimônia, proferem as seguintes palavras:
a) o substituído: “Entrego o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar) ao Exmo. Sr. (Posto e
nome)”; e
b) o substituto: “Assumo o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar)”; III - apresentação dos
comandantes, chefes ou diretores, substituto e substituído, à autoridade que preside a solenidade;
IV - leitura do “Curriculum Vitae” do novo comandante, chefe ou diretor;
V - palavras de despedida do oficial substituído; e
VI - desfile da tropa em continência ao novo comandante, chefe ou diretor.
§ 1º Nas passagens de Comando de Organizações Militares, são também observadas as seguintes normas:
I - os comandantes, substituto e substituído, estão armados de espada;
II - após a transmissão do cargo, leitura do “Curriculum Vitae” e das palavras de despedida, o comandante
exonerado acompanha o novo comandante na revista passada por este à tropa, ao som de uma marcha militar
executada pela banda de música.
§ 2º Em caso de mau tempo, a solenidade desenvolve-se em salão ou gabinete, quando é seguida, tanto
quanto possível, a sequência dos eventos constantes neste artigo, com as adaptações necessárias.
§ 3º O uso da palavra pelo novo comandante, chefe ou diretor, deve ser regulado pelo Comandante de cada
Força Armada.
§ 4º Em qualquer caso, o uso da palavra é feito de modo sucinto e conciso, não devendo conter qualquer
referência à demonstração de valores a cargo da Organização Militar, referências elogiosas individuais acaso
concedidas aos subordinados ou outros assuntos relativos a campos que não constituam os especificamente
atribuídos a sua área.
§ 5º Faz-se a apresentação dos oficiais ao novo comandante no Salão de Honra, em ato restrito, podendo ser
realizada antes mesmo da passagem do comando ou após a retirada dos convidados.
CAPÍTULO VI
DAS RECEPÇÕES E DESPEDIDAS DE MILITARES
Art. 186. Todo oficial incluído numa Organização Militar é, antes de assumir as funções, apresentado a
todos os outros oficiais em serviço nessa organização, reunidos para isso em local adequado.
Art. 187. As despedidas dos oficiais que se desligam das Organizações Militares são feitas sempre, salvo
caso de urgência, na presença do comandante, chefe ou diretor, e em local para isso designado.
Art. 188. As homenagens de despedida de oficiais e praças com mais de trinta anos de serviço, ao deixarem
o serviço ativo, devem ser reguladas pelo Comandante de cada
Força Armada.
CAPÍTULO VII
DAS CONDECORAÇÕES
Art. 189. A cerimônia para entrega de condecorações é realizada numa data festiva, num feriado nacional ou
em dia previamente designado pelo Comandante e, em princípio, na presença de tropa armada.
Art. 190. A solenidade para entrega de condecorações, quando realizada em cerimônia interna, é sempre
presidida pelo comandante, chefe ou diretor da Organização Militar onde serve o militar agraciado.
Parágrafo único. No caso de ser agraciado o próprio comandante, chefe ou diretor da Organização Militar
considerada, a presidência da solenidade cabe à autoridade superior a quem está imediatamente subordinado,
ou a oficial da reserva, de patente superior à do agraciado, por este escolhido.
Art. 191. Quando entre os agraciados há oficial-general e a cerimônia tem lugar na Capital Federal, a entrega
de condecorações é presidida pelo Comandante ou pelo Chefe do Estado-Maior da Força a que couber a
iniciativa da solenidade, sendo realizada na presença de tropa armada.
Art. 192. O efetivo da tropa a formar na solenidade de entrega de condecorações deve corresponder ao
escalão de comando do militar de maior hierarquia, não sendo nunca inferior a um pelotão de fuzileiros ou
equivalente; tem sempre presente a Bandeira Nacional e banda de corneteiros ou clarins e tambores e,
quando a unidade dispuser, banda de música.
Art. 193. Nas Organizações Militares que não disponham de tropa, a entrega é feita na presença de todo o
pessoal que ali serve, observando as determinações aplicáveis dos artigos 189 a 192 deste Regulamento.
Art. 194. Quando o agraciado for o Ministro de Estado da Defesa ou o Comandante de uma das Forças
Armadas, o cerimonial da entrega pode ser realizado em Palácio da Presidência da República, servindo de
paraninfo o Presidente da República, e obedece às instruções especiais elaboradas pelo Cerimonial da
Presidência da República.
Art. 195. O cerimonial de entrega de medalha obedece, no que couber, às seguintes regras:
I - posta a tropa em uma das formações em linha, sai de forma a Bandeira Nacional, sem sua guarda, à
ordem da autoridade que preside a cerimônia, e coloca-se a trinta passos defronte do centro da tropa;
II - entre a tropa e a Bandeira Nacional, frente para esta, colocam-se, em uma fileira, por ordem hierárquica
e agrupados por círculos, os oficiais e praças a serem agraciados, armados, exceto as praças, e sem portar
suas medalhas e condecorações;
III - os oficiais presentes à cerimônia formam em ordem hierárquica, grupados por círculos, em uma ou mais
fileiras, à direita da Bandeira Nacional;
IV - a autoridade que preside a solenidade, colocada a dez passos diante da Bandeira Nacional e de frente
para esta, manda que o Comandante da tropa dê a voz de “Sentido”;
os agraciados, quando oficiais, desembainham e perfilam espada e, se praças, permanecem na posição de
sentido; e
V - com a tropa nesta posição a autoridade dá início à solenidade, em relação a cada uma das fileiras de
solenidade, procedendo-se agraciados da seguinte forma:
a) paraninfos previamente designados, um para cada fileira, colocam-se à direita dos agraciados; dada a
ordem para o início da entrega, os agraciados, quando oficiais, ao defrontarem os paraninfos, abatem as
espadas, ou fazem a continência individual, quando praças;
b) o paraninfo, depois de responder àquela saudação com a continência individual, coloca a medalha ou
condecoração no peito dos agraciados de sua fileira; os agraciados permanecem com a espada abatida, ou
executando a continência individual, até que o paraninfo tenha terminado de colocá-la em seu peito, quando
retornam à posição de “Perfilar-Espada” ou desfazem a continência individual;
c) terminada a entrega de medalhas ou condecorações, ao comando de “Em Continência à Bandeira,
Apresentar Arma”, paraninfos e agraciados abatem espadas ou fazem a continência individual;
d) as bandas de música ou de corneteiros ou clarins e tambores tocam, conforme o posto mais elevado entre
os agraciados, os compassos de um dobrado;
e) terminada esta continência paraninfos e agraciados, com espadas embainhadas, retornam aos seus lugares;
f) a Bandeira Nacional volta ao seu lugar na tropa, e os possuidores de medalhas ou condecorações, que
tinham saído de forma para se postarem à direita da Bandeira, voltam também para seus lugares, a fim de ser
realizado o desfile em honra da autoridade que presidiu a cerimônia e dos agraciados; e
g) os paraninfos, tendo a cinco passos à esquerda, e no mesmo alinhamento, os agraciados, e, à retaguarda,
os demais oficiais presentes, assistem ao desfile da tropa, o que encerra a solenidade.
Art. 196. Quando somente praças tiverem que receber medalhas ou condecorações, o paraninfo é o
comandante da subunidade a que elas pertencerem ou o comandante da Organização Militar, quando
pertencerem a mais de uma subunidade.
Art. 197. A Bandeira Nacional, ao ser agraciada com a Ordem do Mérito, recebe a condecoração em
solenidade, nos dias estabelecidos pelas respectivas Forças Singulares e o cerimonial obedece ao seguinte
procedimento:
I - quando o dispositivo estiver pronto, de acordo com o art. 194 deste Regulamento, é determinado por
toque de corneta para a Bandeira avançar;
II - a Bandeira, conduzida pelo seu Porta-Bandeira e acompanhada pelo comandante da Organização Militar
a que pertence, coloca-se à esquerda da Bandeira Nacional incorporada, conforme o dispositivo;
III - ao ser anunciado o início da entrega da condecoração, o comandante desembainha a espada e fica na
posição de descansar; e o corneteiro executa “Sentido” e “Ombro Arma” e, ao toque de “Ombro Arma”, o
Porta-Bandeira desfralda a Bandeira Nacional, e o comandante da Organização Militar perfila espada; e IV -
o Grão-Mestre, ou no seu impedimento o Chanceler da Ordem, é convidado a agraciar a Bandeira e, quando
aquela autoridade estiver a cinco passos da Bandeira, o Comandante da Organização Militar abate espada, e
o Porta-Bandeira dá ao pavilhão uma inclinação que permita a colocação da insígnia e, após a aposição da
insígnia, o Comandante da Organização Militar e a Bandeira voltam à posição de “Ombro Arma”, retiram-se
do dispositivo e tem prosseguimento a solenidade.
Parágrafo único. Na condecoração de estandarte, são obedecidas, no que couber, as determinações deste
artigo.
CAPÍTULO VIII
DAS GUARDAS DOS QUARTÉIS E ESTABELECIMENTOS MILITARES
Seção I
Da Substituição das Guardas
Art. 198. Na substituição das guardas, além do que estabelecem os Regulamentos ou Normas específicas de
cada Força Armada, é observado o seguinte:
I - logo que a Sentinela das Armas der o sinal de aproximação da Guarda que vem
substituir a que está de serviço, esta entra em forma e, na posição de “Sentido”, aguarda a chegada daquela;
II - a Guarda que chega coloca-se à esquerda, ou em frente, se o local permitir, da que vai substituir, e seu
Comandante comanda: “Sem Intervalos, Pela Direita (Esquerda) Perfilar” e, depois “Firme”; em seguida
comanda: “Em Continência, Apresentar Arma”; feito o manejo de armas correspondente, o Comandante da
Guarda que sai corresponde à saudação, comandando “Apresentar Arma” e, a seguir, “Descansar Arma”, no
que é seguido pelo outro Comandante;
III - finda esta parte do cerimonial, os Comandantes da Guarda que entra e da que sai dirigem-se um ao
encontro do outro, arma na posição correspondente à de “Ombro Arma”, fazem alto, à distância de dois
passos, e, sem descansar a arma, apresentam-se sucessivamente; e
IV - a seguir, realiza-se a transmissão de ordens e instruções relativas ao serviço.
Seção II
Da Substituição das Sentinelas
Art. 199. São as seguintes as determinações a serem observadas quando da rendição das sentinelas:
I - o Cabo da Guarda forma de baioneta armada; os soldados que entram de sentinela formam em “coluna
por um” ou “por dois”, na ordem de rendição, de maneira que a Sentinela das Armas seja a última a ser
substituída, no “passo ordinário”, o Cabo da Guarda conduz os seus homens até a altura do primeiro posto a
ser substituído;
II - ao se aproximar a tropa, a sentinela a ser substituída toma a posição de “Sentido” e faz “Ombro Arma”,
ficando nessa posição;
III - à distância de dez passos do posto, o Cabo da Guarda comanda “Alto!” e dá a ordem: “Avance
Sentinela Número Tal!”;
IV - a sentinela chamada avança no passo ordinário, arma na posição de “Ombro Arma” e, à ordem do Cabo,
faz “Alto!” a dois passos da sentinela a ser substituída;
V - a seguir, o Cabo comanda “Cruzar Arma!” o que é executado pelas duas sentinelas, fazendo-se, então,
sob a fiscalização do Cabo, que se conserva em “Ombro Arma”, e à voz de “Passar-Ordens!”, a transmissão
das ordens e instruções particulares relativas ao posto; e
VI - cumprida esta determinação, o Cabo dá o comando de “Ombro Arma!” e ordena à sentinela substituída:
“Entre em Forma!”, esta coloca-se à retaguarda do último homem da coluna, ao mesmo tempo que a nova
sentinela toma posição no seu posto, permanecendo em “Ombro Arma” até que a Guarda se afaste.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 200. Para eventos a que não esteja presente o Ministro de Estado da Defesa ou que não impliquem
participação de mais de uma Força, as peculiaridades das Continências, Honras, Sinais de Respeito e do
Cerimonial Militar podem ser reguladas em cerimonial específico de cada Força Armada.
“Art. 201. Os casos omissos serão solucionados pelo Ministro de Estado da Defesa, assessorado pelo Chefe
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.”(NR)

CAPÍTULO XXIX
COMO DOBRAR A BANDEIRA NACIONAL
A bandeira nacional brasileira, no arriamento, após ser desenvergada, é dobrada da seguinte forma:

Segure pela tralha e pelo lais, é dobrada ao meio em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em
que aparecem a estrela isolada Espiga e a parte do dístico Ordem e Progresso;

Ainda segura pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada ao meio, novamente no seu sentido
longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do
losango amarelo; a face em que aparece o dístico deve estar voltada para a frente da formatura;

À seguir é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais tocarem o pano, pela parte
de baixo, aproximadamente na posição correspondente às extremidades do círculo azul que são opostas;
permanece voltada para cima e para a frente a parte em que aparecem a estrela isolada e o dístico;

Ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do dístico para cima e é passada para o
braço flexionado do mais antigo, sendo essa a posição para transporte;
Para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido longitudinal, permanecendo o campo azul voltado
para cima.

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