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COMO GERENCIAR E ESTRUTURAR OS PROJETOS

A sua comunidade já elaborou o PEM – Planejamento Estratégico Missionário e


possui em mãos os principais projetos.
O que se pretende fazer agora é prosseguir com os passos para executar esses
projetos e realizar o PDM – Plano de Desenvolvimento Missionário. Nenhum
projeto pode existir sem objetivos, estratégias e metas. Sem esses 3 itens o
PEM/PDM de sua igreja local terá muita dificuldade de prosseguir adiante.

A primeira coisa que é preciso entender é que objetivos, estratégias e metas


vêm exatamente nesta seqüência. Não se pode estabelecer uma meta e uma
estratégia de ação sem ter um objetivo. Para tanto vale a pena relembrar
alguns conceitos: OBJETIVO: é algo geral e desafiador (ex: treinar pessoas em
liderança e discipulado), ESTRATÉGIA: é a forma pela qual o objetivo será
atingido (ex: reuniões em pequenos grupos de treinamento), META: é um alvo
que pode ser medido para alcançar o objetivo (ex: treinar 50 pessoas em 10
cursos durante um ano).

REUNINDO A CLAM PARA REALIZAR O PDM

Sua comunidade deve reunir a CLAM (ou grupo de trabalho específico de


algum ministério ou segmento da Igreja) em conjunto com o grupo local de
suporte ao PEM. Todos os projetos de sua comunidade devem ser novamente
lidos e principalmente verificar se está claro os objetivos que se pretender
alcançar. Se for necessário reescreva os objetivos dos projetos. Considere
atentamente a MISSÃO e a VISÃO de sua comunidade.
Alguns destaques devem ser lembrados:
- Nunca estabeleça objetivos que se choque com a missão/visão.
- Na hora de definir um objetivo, uma área ou projeto específico da igreja é
focalizado.
- Verifique se o objetivo definido atende a alguma necessidade prática da sua
igreja.

Uma vez terminado esse processo de revisão dos objetivos de cada um dos
projetos de sua igreja, temos que definir as ações estratégicas e as metas.
Como os projetos não estão vinculados a um único ministério ou grupo
societário, será necessário acompanhar o alcance de um determinado objetivo
em todos os ministérios envolvidos. A definição de objetivos, estratégias e
metas para os projetos da igreja acabarão se constituindo nos alvos gerais da
comunidade dentro do Planejamento Estratégico. A partir desses dados, os
ministérios (ou qualquer outro segmento) farão suas definições específicas.

Resumindo até aqui: Objetivo é algo que a igreja quer fazer. Vamos agora
montar as ações estratégicas que sinalizam como a igreja vai cumprir esses
objetivos.
Cada um dos membros da CLAM (ou grupo de trabalho específico de algum
ministério ou segmento da Igreja) representa parte da comunidade. Essas
pessoas precisam se identificar com cada um dos projetos e seus objetivos e
começar a escrever como podem ajudar na concretização. Pense nas
atividades que podem ser feitas para atingir o objetivo de cada um dos
projetos. Nesse momento irão surgir muitas idéias vindas de cada ministério,
grupo societário, Escola Dominical, AMAS. Nessa fase todos(as) devem estar
envolvidos sugerindo atividades, porém sempre questionando se essas
atividades vão realmente cumprir com os objetivos descritos. Separe cada
projeto. Para cada um dos projetos a primeira pergunta diz respeito a quais
são os objetivos que podem fazer com que se alcance a missão de sua igreja.

Vamos a um exemplo: Uma de nossas comunidades pode ter descrito assim sua
Missão: “Ser uma Igreja viva, na adoração, no ensino, na comunhão e no
serviço”. Para cumprir essa missão um dos projetos escolhidos foi o Projeto
“Famílias” que tem como objetivo geral “Fortalecer os laços familiares,
envolvendo casais, crianças, adolescentes e jovens. Atuar também na
preparação de noivos para o casamento”.

Porque foi escolhido esse objetivo? Porque esse projeto das famílias é uma
base de sustentação da igreja. Uma igreja forte depende de famílias fortes e
de casamentos solidificados. Não se trata apenas de realizar eventos para a
família, mas de trabalhar para o seu amadurecimento espiritual.

É assim que se deve proceder nesse instante. A CLAM (ou grupo de trabalho
específico de algum ministério ou segmento da Igreja) e o grupo local do PEM
vão agora, após fazer uma reflexão sobre cada projeto e seus objetivos,
traçar as ações estratégicas para concretizar esses objetivos. Temos que
responder a seguinte pergunta: quais são as ações estratégicas para
atingirmos esses objetivos? Em nosso exemplo podemos escrever: Realizar
encontros para a família; realizar encontros de preparação para o casamento;
instituir classe de casais na Escola Dominical; desafiar as famílias para realizar
o culto doméstico.

Esse é um momento precioso para a CLAM, pois o grupo começa a definir as


estratégias da igreja para atingirmos os objetivos de cada projeto onde cada
um(a) dos participantes trazem sua experiência, seus sonhos e suas idéias. É
necessário que alguém vá escrevendo todas as idéias e depois faça uma
síntese. Perceba que o grupo trabalha unido nesse desafio e não fica preso a
pensamentos que levem a um ou outro ministério.

Uma vez relembrados os projetos, os objetivos e as estratégias descritas,


devemos descrever que METAS podem ser estabelecidas para alcançar esses
objetivos. Vale a pena lembrar mais uma vez: Objetivo é algo que a igreja
quer fazer; Estratégia é como a igreja vai chegar lá e que Meta é quando a
igreja quer chegar e quanto quer realizar. Voltemos novamente ao nosso
exemplo do Projeto “Famílias”. A titulo de exemplo as metas poderiam ser
descritas como sendo: promover um encontro trimestral de comunhão entre
as famílias; realizar um encontro semestral de casais. Realizar um encontro
anual de preparação de noivos; estabelecer imediatamente a classe de casais.

Para que fique ainda mais claro vamos consolidar esse exemplo:
Projeto Famílias

Objetivos: Fortalecer os valores familiares e o relacionamento conjugal.


Preparar os noivos para o casamento

Estratégias: Realizar encontros para a família


Realizar encontros de preparação para o casamento
Instituir classe de casais na Escola Dominical
Desafiar as famílias para realizar o culto doméstico

Metas: Promover um encontro trimestral de comunhão entre as famílias


Realizar um encontro semestral de casais
Realizar um encontro anual de preparação de noivos
Estabelecer imediatamente a classe de casais.

Pense agora nas atividades que podem ser feitas para atingir cada estratégia.
Nesse instante não se preocupe com mais nada a não ser em descrever quais
as atividades que precisam acontecer para que as idéias não fiquem no papel,
mas sim que haja ação.

Lembre-se que uma atividade em sua concretização consome tempo para sua
execução, utiliza-se de pessoas para a sua realização e de recursos financeiros
para sua efetivação.
Lembre-se que um projeto tem que ter resultados e para que esses resultados
aconteçam serão alocados recursos necessários para o seu desenvolvimento.
Por isso pense sempre em ter atividades simples, ousadas e criativas, porém
que possam ser realizadas. Ou seja, escreva atividades viáveis em seu
conteúdo, recursos e tamanho para cada estratégia que foi descrita
anteriormente.

Voltemos ao nosso exemplo do Projeto Famílias. Para cada estratégia


escolhida podem existir uma ou mais atividades que a tornem uma realidade.
Estratégia primeira descrita anteriormente em nosso exemplo: Realizar
encontros para a família. Atividades: Seminário sobre como lidar com a
sexualidade; Seminário sobre drogas. Realizar encontros de preparação para o
casamento: Encontros mensais para discussão em grupo sobre matrimônio.
Instituir classe de casais na Escola Dominical: Criação de banco de dados;
Realização de curso de treinamento de professores para esta classe; Promover
um primeiro encontro de integração dos casais; Definir o local para a classe.
Desafiar as famílias para realizar o culto doméstico: Criação inicial de 3
células familiares; Realização de curso avançado a essas famílias sobre o
formato de um culto doméstico.

Uma vez que todas as atividades foram descritas para cada uma das
estratégias de cada projeto é necessário saber quem será o responsável, como
será realizada a atividade, onde e quando será realizada e com que recursos.
É chegada a hora da conciliação de datas, recursos e definição de
responsabilidades. A isso chamamos de PLANO DE AÇÃO. O Plano de Ação é
construído para ser realizado num período de tempo que se desejar, ou seja,
podemos ter atividades que duram semanas, outros meses e outras podendo
chegar a durar até anos. O Plano de Ação que contém as atividades serve de
balizador para a igreja. Ele vai ser apresentado aos ministérios para que esses
desenvolvam cada um a sua parte para que todas as ações aconteçam de
forma sincronizada. Vale lembrar que periodicamente esse Plano de Ação
pode ser revisto, atualizado e até modificado com vistas a estar sempre
alinhado com a Missão e os Objetivos descritos.

Voltemos ao nosso exemplo do Projeto “Famílias” onde já descrevemos


algumas atividades e vamos detalhar uma delas que se encontra na estratégia
de Realizar encontros para a família que é a Noite da Pizza que tem como
descrição ser um momento de confraternização entre os casais e seus
familiares estimulando a comunhão. Ministérios e Grupos Societários
envolvidos: Ministério da Música, Ministério da Sociabilidade, Sociedade de
Homens, Sociedade de Mulheres e Sociedade de Jovens. Como há muitos
envolvidos há necessidade de identificar o ministério ou grupo societário que
irá coordenar essa atividade, e a titulo de sugestão aqui nesse exemplo,
temos a Sociedade de Mulheres. Essa atividade será realizada no salão social
da igreja, em datas previstas para maio (porque é o mês da família) e
dezembro (porque é um mês de festas).

A atividade contará com a ajuda dos homens no apoio logístico e na


preparação do local, dos jovens na realização de algumas brincadeiras, do
ministério da sociabilidade na preparação dos convites e recepção das pessoas
e na orientação aos jovens de quais brincadeiras podem ser realizadas; do
ministério da música selecionando um fundo musical e das mulheres na
preparação de toda a alimentação. Os recursos, por exemplo, serão
provenientes de doação dos membros da igreja e dos convites que serão
vendidos. Repare que várias pessoas de ministérios e grupos societários se
reúnem, sob orientação, para a realização de uma atividade. O que se destaca
é a interação, o compromisso de todos(as) para que o evento seja um sucesso.
Vale lembrar que essa atividade é da igreja e não de um ou outro ministério
ou grupo societário! Ou seja, essa atividade pertence a um projeto que tem
um objetivo a alcançar! Para que o objetivo seja alcançado, é preciso que os
liderados tenham se envolvido na atividade. Muitos ajudaram e o resultado do
esforço comum será alcançado com menos fadiga e maior interação entre as
pessoas.

Acreditamos que nesse momento haja a percepção de que calendário é


exatamente a última parte de um Planejamento Estratégico para a igreja,
porque ele deve refletir os objetivos traçados pela igreja desde os primeiros
passos para a construção dos projetos. Com isso estamos invertendo a maneira
de como até aqui as igrejas desenvolviam suas atividades. Antigamente cada
ministério e grupos societários faziam suas programações de atividades e se
reunia a CLAM para ajustar as datas. Isso não pode mais acontecer. A igreja já
não suporta mais atividades e mais atividades que se conflitam entre si, não
só nas datas, mas nos objetivos. O que se pretende daqui para frente é que os
ministérios e grupos societários ao se reunirem - para cada um montar o seu
plano de ação a ser apresentado a CLAM - tenham menos atividades, mais
foco e maior interação das pessoas. Lembre-se que ainda deverá ser
apresentada a cada igreja a programação de atividades do seu distrito e da
região.

Logo, se não houver espaço de datas na programação de sua igreja local como
sua igreja irá participar de outras atividades das áreas distrital e regional? É
importante que sua igreja participe também de eventos dessa natureza para
que sua comunidade local se relacione com outras igrejas.
De nada adiantará seguir todos os passos do planejamento e, quando chegar a
hora de definir os responsáveis das atividades e as respectivas datas no
calendário nos depararmos com conflitos de poder! O projeto é da igreja.
Cada ministério, grupo societário, Escola Dominical, AMAS etc tem sua própria
dinâmica e suas atividades que lhes são inerentes.

Porém, quando falamos dos projetos para a igreja todos(as) participam com
responsabilidades claras e bem definidas com vistas a cumprir com os
objetivos e responsabilidades já previamente acordados para cada atividade.
Logo, deve-se questionar cada atividade que a igreja realizará para saber se
ela realmente deve continuar existindo e se contribui para a missão e a visão
da igreja. O calendário deve ser uma das formas de implementar alguns alvos
importantes do planejamento e uma maneira de transmitir a filosofia e a visão
da igreja.

Vale lembrar mais uma vez que, para que isso aconteça, é preciso que a
CLAM, os ministérios, os grupos societários, a Escola Dominical etc,
respondam algumas perguntas antes de incluir algum evento no calendário:

Razão – por quê?


Por que devemos realizar esta atividade?
Ela contribui para a missão e a visão da igreja?
Ela é essencial para o momento em que a nossa igreja se encontra?
Se não realizarmos essa atividade, alguma necessidade deixará de ser
atendida?

Objetivos – o quê?
O que se espera que aconteça ao final da atividade?
O que deve ser mudado na vida das pessoas que participaram dessa atividade?
Que tipo de crescimento se espera atingir realizando esse tipo de programa?

Nota: Lembremos que, para a construção do plano de ação essas perguntas


deverão ser respondidas inicialmente por todos os ministérios, grupos
societários, Escola Dominical, AMAS etc., pois como sabemos, a CLAM
consolida, complementa e delibera sobre as atividades que vem dos
ministérios e grupos societários etc.

UM PADRÃO PARA AS ATIVIDADES


O que mais se realiza na maioria das igrejas são atividades. Elas normalmente
tendem a tornar-se ativismo. Com o tempo, vira um ativismo desenfreado e
louco. Imagina-se que ao concentrar todo o potencial da igreja em atividades,
que essas atividades irão resolver os problemas das pessoas que estão na
igreja! A partir desse ponto, perdem-se os objetivos das atividades e da
própria igreja. Isto não significa que uma igreja não deva realizar atividades.
Deve, sim, mas todas elas com objetivos específicos e planejados.
Devido a isso há necessidade de se criar um padrão de qualidade para as
atividades da igreja.
Não basta apenas enumerar todas as atividades e suas respectivas metas e
achar que o planejamento irá se concretizar porque essas atividades
aconteceram. Você pode realizar todas as atividades que estavam planejadas
para a igreja durante todo o ano e, ainda assim, não conseguir atingir sequer
um dos objetivos da igreja dentro do planejamento. Há muitas metas que não
serão atingidas por meio de calendário. Para que isso não venha acontecer há
pontos básicos que devem ser seguidos:

Ponto 1: Contribuir para a missão da igreja


Todas as atividades gerais da igreja ou as específicas dos ministérios, AMAS,
Escola Dominical, grupos societários etc devem contribuir para a missão da
igreja. Caso isso não aconteça, a atividade não deve ser realizada.

Ponto 2: Atingir algum objetivo do Planejamento


Para não correr o risco de as pessoas continuarem a ser muito genéricas e
forçar a declaração de missão para realizar alguma atividade, esta atividade
deverá contribuir para que algum objetivo específico do planejamento seja
atingido. Caso contrário, o esforço será em vão.

Ponto 3: Atender às necessidades das pessoas


Uma atividade só faz sentido quando atinge necessidades que as pessoas têm,
sejam elas membros da igreja ou não. Este item e o anterior podem parecer
redundantes, mas não são. Alguém pode tomar um objetivo da igreja e sobre
ele querer criar uma atividade fora de época ou contexto, simplesmente para
se destacar ou destacar seu ministério. Serão poucas as atividades e muitos os
envolvidos, logo as atividades devem acontecer dentro de um contexto e de
uma época e atender às necessidades das pessoas.

Ponto 4: Sair da “mesmice”


Chega de cada um fazer seu calendário, montar sempre as mesmas atividades
que levam toda a igreja à exaustão. Quando for idealizar as atividades,
verificar se não estamos contribuindo para a mesmice. Um evento realizado
com sucesso num ano não é garantia de que o próximo será um sucesso. As
pessoas normalmente não gostam de ouvir ou ver várias vezes as mesmas
coisas. Pense diferente. Haja diferente. Envolva mais pessoas com idéias e
sugestões.

Ponto 5: Inovação
Para sair da mesmice é preciso inovar. Sempre haverá alguém no grupo de sua
igreja que possui está capacidade. As atividades da igreja precisam envolver
as pessoas com coisas novas. Existem muitas formas disponíveis para que se
possa alterar a forma de fazer atividades dentro da igreja. Repetir o
calendário de atividades de um ano para o outro é sempre mais fácil porque
não dá trabalho. Inovar é mais difícil porque requer pesquisa, estudo,
preparação e risco.

Ponto 6: Vai glorificar a Deus?


Há muita coisa que acontece na vida da igreja que não glorifica a Deus. Uma
delas é disputa por espaço de poder, de uma atividade ser mais importante
que a outra. Todas as atividades serão importantes e o coordenador(a) de
cada atividade tem uma responsabilidade enorme no gerenciamento dos
demais para que tudo se cumpra conforme o planejado.
Há muita coisa que é feita na igreja e que não tem a aprovação divina. Busque
a unção do Espírito de Deus para que haja harmonia entre os que irão
colaborar na construção de cada atividade.

Criando este padrão para sua comunidade, você irá perceber que o calendário
de atividades atual poderá ser reduzido substancialmente e que ninguém
sentirá falta das coisas que vão deixar de ser feitas. Você poderá criar
padrões como estes para sua igreja ou simplesmente adaptá-los. O importante
é criar um referencial por intermédio do qual as atividades que serão
planejadas sejam avaliadas. Não caia na tentação de simplesmente montar
um calendário como ultima parte do planejamento, sem antes questioná-lo.
Não caia na mesmice de realizar eventos que não vão atingir nenhuma
necessidade, que vão apenas ocupar espaço no calendário, impedindo que a
verdadeira missão da igreja seja atingida e fazendo com que haja muitas
pessoas correndo inutilmente de um lado para o outro.

ESTABELECENDO PRIORIDADES

Para cada um dos projetos e suas respectivas atividades deve haver aquelas
que são consideradas como prioritárias. Olhe sempre para a missão da igreja e
confronte tudo o que cada projeto pretende fazer com a missão. Ao olhar o
projeto fixe-se em seus objetivos.

Pense agora sobre cada atividade que compõe esse projeto. Compare os
objetivos com as áreas consideradas prioritárias (Missão, Educação Cristã,
Ação Social etc) para a sua igreja nos próximos 5 anos e comece a idealizar
qual(is) as atividade(s) que deveriam ser colocadas primeiramente em prática.

ORÇAMENTO

Nenhum plano funciona sem dinheiro. Nenhum dinheiro é bem administrado


sem um orçamento. Estes são dois princípios básicos de que todo o
Planejamento Estratégico necessita. Sem dinheiro o planejamento não se
realiza e sem orçamento o dinheiro vai embora, deixando o planejamento
para trás.

Existem algumas coisas básicas que precisam ser consideradas na elaboração


de um orçamento. Em primeiro lugar, há necessidade de se priorizar as
atividades que serão colocadas em prática e o verificar o calendário. Num
Planejamento Estratégico para 5 anos, não se poderá iniciar todos os projetos
e suas respectivas atividades ao mesmo tempo. A CLAM deve definir quais são
os aspectos prioritários para que sejam percebidas as prioridades de
investimento. Assim, na hora da montagem da peça orçamentária se tem
claramente quais as atividades serão atendidas primeiro.

Estabelecendo-se uma prioridade de investimentos, cada projeto ficará


sabendo com quanto poderá contar e qual será a ordem de prioridade na
alocação dos recursos. E uma vez estabelecida as prioridades defina o
orçamento, pois ao saber quais são os alvos será necessário prever como
alcançar esses objetivos. Avalie o quanto será necessário e as formas de
levantar esses recursos.

MEDIR CONSTANTEMENTE PARA AVALIAR PERMANENTEMENTE

Administrar bem um projeto é administrar o futuro e para administrar o


futuro é necessário administrar as informações. As informações vêm dos
indicadores. O ato de avaliar e de medir não tem um fim punitivo e sim
reparador nos rumos que estamos seguindo. A avaliação constante é que irá
nos indicar se estamos indo ou não pelos caminhos corretos para o
cumprimento da missão e da visão da igreja.

O papel desempenhado pela função de controle e avaliação no processo de


Planejamento Estratégico é de acompanhar o desempenho dos projetos,
através da comparação entre as situações alcançadas e previstas,
principalmente quanto aos objetivos e desafios, e da avaliação das estratégias
que foram adotadas. Neste sentido o ato de medir e avaliar são destinados a
assegurar que o desempenho real possibilite o alcance das metas que foram
anteriormente estabelecidas. O momento seguinte da avaliação é realimentar
a CLAM - e os próprios ministérios, grupos societários etc -, de forma que
possam corrigir ou reforçar o desempenho medido para assegurar que os
resultados satisfaçam as metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos nos
projetos.

Antes de iniciar o processo de avaliação dos projetos que compõem o


Planejamento Estratégico deve-se estar atento a determinados aspectos de
motivação das pessoas (nunca determine metas que serão de difícil execução
ou fácil demais de serem atingidas) e a capacidade operacional da igreja
(instalações, recursos financeiros e humanos etc).
Logo, quando estabelecer os indicadores para as metas a serem alcançadas
tenha em mente que o ato de medir e avaliar serve para:

1.Identificar problemas, falhas e erros que se transformaram em desvios do


planejado, com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua reincidência;
2. Fazer com que os resultados obtidos com a realização das atividades
estejam tanto quanto possível próximo dos resultados esperados e
possibilitem o alcance dos desafios e consecução dos objetivos;
3. Verificar se as estratégias estão proporcionando os resultados esperados,
dentro das situações atuais e previstas;
4. Perceber se os recursos humanos, financeiros e as instalações estão sendo
utilizados da melhor maneira possível.

AS ATIVIDADES NOS MINISTÉRIOS, GRUPOS SOCIETÁRIOS ETC.

Como vimos no exemplo do Projeto Famílias em apenas uma atividade vários


ministérios e grupos societários foram envolvidos. O que cada coordenador(a)
deve fazer é apresentar ao seu grupo essas atividades que foram acertadas na
CLAM. Ao levar essas informações para que haja comprometimento dos demais
poderá haver várias outras sugestões que após uma análise preliminar por
parte do coordenador(a), possa novamente ser apresentada à CLAM para
agregar ainda mais valor as ações já estabelecidas.

O processo é participativo, deve ter a aprovação de todos(as) pois serão essas


pessoas que colaboram com cada ministério da igreja que irão fazer as coisas
acontecerem. Os ministérios têm participação fundamental em todo esse
processo, por isso envolva as pessoas, comunique as atividades, afixe em
quadros de aviso, boletim, impressos, não somente as atividades, mas os
objetivos, os projetos, mostrando para toda a igreja que a sua comunidade
tem um caminho a percorrer.

O GRUPO DA IGREJA LOCAL QUE CUIDA DO PEM

Sua comunidade deve ter representantes que deverão estar cadastrados na


Sede Regional para receberem convites para treinamentos de capacitação
sobre o PEM ou agendamento de reuniões para atividades regionais ou
distritais ligadas ao PEM da região. Essas pessoas é que irão ajudar a animar
todo o processo, garantindo que os objetivos do PEM de sua comunidade
sejam executados.

São essas pessoas junto com a CLAM que vão garantir a continuidade das ações
de sua igreja para os próximos anos. Essas pessoas têm o dever de fazer
cumprir o PEM de sua igreja local. Todo o processo de ajuda para execução de
atividades amarradas ao PEM contará com o suporte dessas pessoas.

RESUMO: OS 10 PASSOS

1. Considere atentamente a missão e a visão de sua igreja. Nunca


estabeleça objetivos e atividades que se choquem com a missão e a
visão.
2. Na hora de definir um objetivo, focalize uma área ou projeto específico
da sua igreja, relacionando sempre esse objetivo à missão e à visão da
sua igreja.
3. Verifique sempre se os objetivos definidos atende a alguma
necessidade prática da igreja.
4. Imagine de que forma prática o objetivo estabelecido pode ser atingido
por meio de atividades. Estabeleça metas.
5. Pense nas atividades que podem ser feitas para atingir os objetivos.
Pense no por que, como, onde, quem, quando e com quanto.
6. Consolide um calendário e um orçamento.
7. Para que os objetivos sejam alcançados, é preciso que a igreja se
envolva nos projetos. Logo, sensibilize, divulgue e mobilize as pessoas.
8. Acompanhe o desenvolvimento das metas no qual o objetivo foi
estabelecido e faça uma avaliação constante para verificar os
resultados.
9. Faça ajustes no planejamento, no calendário e nos objetivos. O
processo é dinâmico.
10.Caso seja necessário reprograme metas em função do alcance dos
objetivos.

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