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Índice
1 Primeiros habitantes
2 Descobrimento pelos europeus
3 A guerra holandesa
4 Palmares
5 Criação da comarca
6 Capitania independente
7 Mudança da capital
8 República
9 Século XXI
10 Ver também
11 Bibliografia
12 Referências
13 Ligações externas
Primeiros habitantes
Por volta do ano 1000, o litoral do atual estado de Alagoas foi invadido por povos de
língua tupi procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os antigos habitantes, falantes de
línguas do tronco linguístico macro-jê, para o interior do continente. No século 16,
quando os primeiros europeus chegaram ao litoral de Alagoas, ele era habitado pela
nação tupi dos caetés.3
Mapa de Luís Teixeira (c. 1574) com a divisão da América portuguesa em capitanias. A
linha de Tordesilhas está deslocada dez graus mais a oeste.
Barra Grande deve ter sido o primeiro ponto do território das Alagoas visitado pelos
descobridores portugueses, por ocasião da viagem de Américo Vespúcio, em 1501.4
Embora não haja referência àquele porto, excelente para a acolhida de navios, como a
expedição vinha do norte para o sul, cabe crer que tenha ocorrido ali o primeiro contato
com a terra alagoana. A 29 de setembro, Vespúcio assinalou um rio a que chamou São
Miguel, no território percorrido;5 a 4 de outubro, denominou São Francisco o rio então
descoberto, hoje limite de Alagoas com Sergipe.6
Sem sombra de dúvida, nas décadas seguintes, os franceses andaram pela costa
alagoana, no tráfico do pau-brasil com os nativos dos arredores. Até hoje, o porto do
Francês documenta a presença, ali, daquele povo.7
Em 1556, voltava da Bahia para Portugal o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, quando
seu navio naufragou defronte da enseada do hoje pontal do Coruripe. Sardinha foi morto
e devorado pelos caetés, uma das numerosas tribos indígenas então existentes na
região.9 Perdura a crença popular de que a ira divina secou e esterilizou todo o chão
manchado pelo sangue do religioso. Para vingá-lo, Jerônimo de Albuquerque comandou
uma expedição guerreira contra os caetés, destruindo-os quase completamente10 e
escravizando os sobreviventes.11
Em 1570, uma segunda bandeira enviada por Duarte Coelho, comandada por Cristóvão
Lins, explorou o norte de Alagoas, onde fundou Porto Calvo e cinco engenhos, dos
quais subsistem dois, o Buenos Aires e o Escurial.12 Neste último repousou, em 1601, o
corsário inglês Anthony Knivet, que viajara por terra após fugir da Bahia, onde estivera
prisioneiro dos portugueses.10
A guerra holandesa
Alagoas, Penedo e Porto Calvo: eis os pontos principais onde se trava a luta em terras
alagoanas.10 Por fim, os portugueses retomaram Porto Calvo e aprisionaram Calabar,
que morreu na forca em 1635.15 Clara Camarão, uma porto-calvense de sangue
indígena, também se salientou na luta contra os holandeses.17 Acompanhou o marido, o
índio Filipe Camarão, em quase todos os lances e arregimentou outras mulheres,
tomando-lhes a frente.10
Palmares
Por volta de 1641, afirmava um chefe holandês estar quase despovoada a região.18
Maurício de Nassau pensou em repovoá-la,18 mas o projeto não foi adiante. Na época
também se produzia fumo em Alagoas, considerado de excelente qualidade o de Barra
Grande.10 Em 1645, a população participou da reação nacionalista, integrando-se na luta
sob o comando de Cristóvão Lins, neto e homônimo do primeiro povoador de Porto
Calvo. Expulsos os holandeses do território alagoano, em setembro de 1645,19
prossegue a população em sua luta contra eles, já agora, todavia, em território
pernambucano.10
Criação da comarca
Mapa da Província da Paraíba (1698).
Capitania independente
D. João VI de Portugal
Três anos depois, em 1819, novo recenseamento acusou uma população de 111 973
pessoas.29 Contavam-se, então, na província, oito vilas.29 Alagoas já se constituíra
capitania independente da de Pernambuco, criada pelo alvará de 16 de setembro de
1817.34 A repercussão da Revolução Pernambucana desse ano contribuiu para facilitar o
processo de emancipação. O ouvidor Batalha foi o principal mentor da gente alagoana.
Aproveitando-se da situação e infringindo as próprias leis régias, desmembrou a
comarca da jurisdição de Pernambuco e nela constituiu um governo provisório. Esses
atos foram suficientes para abrir caminhos que levaram D. João a sancionar o
desmembramento.29 Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, governador nomeado, só
assumiu o governo a 22 de janeiro de 1819.35
Mudança da capital
Visconde de Sinimbu
Em 1839 a capital, então situada na velha cidade das Alagoas, foi transferida para a vila
de Maceió, localizada à beira-mar, no caminho entre o norte, o centro e o sul da
província.37 No processo de mudança defrontaram-se as duas facções políticas mais
importantes, uma chefiada pelo mais tarde visconde de Sinimbu, outra pelo juiz Tavares
Bastos,29 pai do futuro pensador Tavares Bastos, nascido, aliás, nesse ano de 1839.38
Naquele momento a província possuía oito vilas. Desde 1835 funcionava a assembleia
provincial.29
No governo da província sucediam-se os presidentes nomeados pelo imperador, nem
sempre interessados pelos destinos da terra, outras vezes envolvidos por lutas
partidárias. A província, contudo, progredia.29 No campo da economia, vale salientar a
fundação, em 1857, da primeira fábrica alagoana de tecidos, a Companhia União
Mercantil, no distrito de Fernão Velho.39 Idealizou-a o barão de Jaraguá, contribuindo
dessa forma para o fomento da economia regional.29 Trinta anos mais tarde, fundou-se a
Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, que em 15 de outubro de 1888 se instalou
em Rio Largo.40 Seguiu-se a esta, em 30 de setembro de 1892, a fundação da
Companhia Progresso Alagoano, em Cachoeira.39 Dessa atividade têxtil surgiram, com
grande prestígio nacional, as toalhas da Alagoana.29
República
Os 12 primeiros anos do século se assinalaram por lutas partidárias. Contudo, não houve
paralisação nas diferentes atividades do estado. Maceió ganhou numerosos prédios
públicos, como o palácio do governo, inaugurado a 16 de setembro de 1902, o Teatro
Deodoro e o edifício da municipalidade, ainda hoje existentes. Com a atividade
pedagógica de Alfredo Rego, procedeu-se à reforma do ensino, atualizando a anterior,
ainda dos fins do império, orientada por Manuel Baltasar Pereira Diegues Júnior,
criador do Instituto de Professores, posteriormente chamado Pedagogium, iniciativa
pioneira na época. Nova remodelação do ensino se fez em 1912-1914, sob a orientação
do segundo daqueles educadores. Criou-se o primeiro grupo escolar.42
Até 1930, o Partido Democrata manteve a situação, através dos governadores que
sucederam a Clodoaldo. Cada um deles deu uma contribuição para o progresso do
estado. Abriram-se estradas de rodagem em direção ao norte e ao centro, e
posteriormente o trecho de Atalaia e a Palmeira dos Índios, estrada de penetração para a
zona sertaneja; construíram-se grupos escolares em quase todos os municípios; Maceió
renovou-se com a abertura de ruas e avenidas; combateu-se a criminalidade,
principalmente com o movimento contra o banditismo, que culminaria, em 1938, com o
extermínio do grupo de Lampião; promoveram-se pesquisas petrolíferas. As sucessões
políticas praticamente se fizeram sem luta, pois quase sempre predominava o candidato
único, oriundo do Partido Democrata.46
Com a vitória da revolução de outubro de 1930, também sem luta armada no estado,
iniciou-se o sistema de interventores (com breve interrupção entre 1935 e 1937) até
1947, quando a redemocratização do país propiciou a promulgação de uma nova
constituição para o estado. O chamado período das interventorias foi igualmente
fecundo, malgrado a falta de continuidade nas administrações, quase sempre de curtos
períodos. Nesse período, entre outros fatos marcantes destacaram-se os trabalhos de
pesquisa do petróleo;46 a construção do porto de Maceió, inaugurado em 1940;47 o
incremento das atividades econômicas, sobretudo com a diversificação da produção
agrícola e a implantação da indústria leiteira em Jacaré dos Homens, constituindo-se a
cooperativa de laticínios para a produção de leite, manteiga e queijo; o incremento do
ensino rural e a ampliação do cooperativismo. Tal desenvolvimento possibilitou que, no
período da segunda guerra mundial, Alagoas contribuísse, de maneira efetiva, para o
abastecimento de estados vizinhos, sem prejuízo de sua colaboração para o esforço de
guerra. Constituiu-se, com a criação da usina Caeté, a primeira cooperativa de
plantadores de cana.46
Século XXI
Após o escândalo que levou Renan Calheiros a renunciar à presidência do Senado
Federal do Brasil, em 2007,53 seu filho, Renan Filho (PMDB), foi eleito prefeito de
Murici, em outubro de 2008.54 O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), foi reeleito
com 81,49% dos votos.55
Em outubro de 2010, Teotônio Vilela Filho (PSDB) foi reeleito governador no primeiro
turno, com 52,74% dos votos contra o seu adversário, o candidato Ronaldo Lessa
(PDT).61
Ver também
Alagoas
História do Brasil
História da região Nordeste do Brasil
Anexo:Lista de governadores de Alagoas
Bibliografia
"Alagoas: História". (em português) Nova Enciclopédia Barsa (volume 1).
(1998). São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
pp.176-180.
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Referências
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é reeleito em Alagoas (em português) Terra Notícias. Página visitada em 6 de
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Ligações externas
A História de Alagoas: Dos Caetés aos Marajás, de autoria de Jair Barbosa
Pimentel
[Esconder]
v•e
História de Alagoas
História dos estados do Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Alagoas