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18
COMPONENTES QUIMICOS Área de superfície (A) .........................11 Euglenozoa ................................. 18
DAS CÉLULAS .................................. 3 Difusão de eletrólitos .................. 11
DIFUSÃO FACILITADA .................. 12 HELMINTOS ...................................... 19
Água ............................................. 3
Sais minerais ................................ 3 Transporte ativo primário ........... 12 Filo platelminto ........................... 19
Carboidratos ................................. 3 Bomba de sódio e potássio...................12 Classe trematoda ................................. 19
Proteínas ...................................... 3 Transporte ativo secundario ....... 12 Classe cestoda ..................................... 20
Ácidos nucleicos........................... 3 Co-transporte .......................................13 Filo Nematodas .......................... 20
Ácidos desoxibonucléicos Osmose ...................................... 13
ANATOMIA REGIONAL ................. 21
(DNA) ...................................... 3 Canais ionicos ............................ 13
Ácido ribonucleico RNA ............... 3 POSIÇÃO ANATÔMICA ................. 21
CICLO CELULAR ............................. 14
Trifosfato de adenosina (ATP ) .... 3 REGIÕES DO CORPO ...................... 21
REGULAÇÃO DO CICLO ................ 14 PLANOS DE DELIMITAÇÃO ......... 21
CÉLULAS .............................................. 4 Ponto de verificação ............................14 Eixos de construção ................... 21
Reguladores do ciclo celular ................14 Planos de construções ............... 21
PROCARIONTES E
Ciclinas e cinases dependentes de
EUCARIONTES .............................. 4 TERMO DE RELAÇÃO
ciclinas.........................................14
Procariontes ................................. 4 ANATÔMICA ............................... 22
INTERFASE ...................................... 15
Eucariontes .................................. 4 TERMOS DE MOVIMETO............... 22
G1 15
MEMBRANA PLASMÁTICA ............ 4 Flexão extensão ......................... 22
S 15
Proteínas integrais ....................... 4 Abdução e adução...................... 22
G2 15
Proteínas periféricas .................... 4 Oposição e reposição ................. 23
MITÓSE ............................................. 15
Glicocálice .................................... 4 Circundação ............................... 23
Profase ....................................... 15
ESPECIALIZAÇÃO DA Protrusão e retrusão ................... 23
Metáfase ..................................... 15
MEMBRANA .................................. 5 Elevação e abaixamento ............ 23
Anáfase ...................................... 15
Microvilosidade ............................. 5 Eversão e inversão ..................... 23
Telófase ...................................... 15
Junções celulares......................... 5 Supinação e pronação................ 23
MEIOSE ............................................. 16
Junções apertadas .................................. 5
Meiose reducional ...................... 16 SISTEMA ESQUELÉTICO .............. 24
Junções comunicantes ........................... 5
Crossing-over.......................................16
Junções aderentes .................................. 5 Tipos de ossos ........................... 24
Prófase I ...............................................16
Desmossomos .............................. 5 Ossos longos ....................................... 24
Metáfase I ............................................16
Zonulas de oclusão ...................... 5 Ossos planos ....................................... 24
Anáfase I ..............................................16
Zonulas de adesão ....................... 6 Ossos curtos ........................................ 24
Telófase I .............................................16
CITOPLASMA .................................... 7 Ossos irregulares ....................... 24
Meiose equacional II .................. 16
Ossos pneumáticos .............................. 24
Citoesqueleto ............................... 7 Prófase II .............................................16
Microtúbulos ......................................... 7 Metáfase II ...........................................16 DIVISÃO DO ESQUELETO ............. 25
Filamentos intermediários ..................... 7 Anáfase II ............................................16
Filamentos de actina Telófase II ............................................16 ESQUELETO AXIAL ....................... 25
(microfilamentos) .......................... 7 Cabeça ....................................... 25
RELAÇÃO PARASITA Crânio ................................................. 25
NÚCLEO CELULAR .......................... 8
HOSPEDEIRO ................................. 17 Ossos da face ...................................... 26
Envoltório nuclear......................... 8
Coluna vertebral .................................. 26
Nucléolos ...................................... 8 ASSOCIAÇÃO ENTRE OS
ESQUELETO APENDICULAR ........ 27
Matriz nuclear ............................... 8 ANIMAIS ...................................... 17
Membros superiores ................... 27
Nucleoplasma............................... 8 Harmônicas ou adaptativas ........ 17
Braço ................................................... 27
Cromatina ..................................... 8 Comensalismos ....................................17
Antebraço ............................................ 27
ORGANELAS...................................... 9 Mutualismo ..........................................17
Mão 27
Mitocôndrias ................................. 9 Simbiose ..............................................17
Membros inferiores ..................... 28
Ribossomos .................................. 9 Desarmônica ou negativa ........... 17
Cintura pélvica .................................... 28
Competição ..........................................17
Reticulo endoplasmático .............. 9 Coxa .................................................... 28
Canibalismo .........................................17
Reticulo endoplasmático ruguso Joelho .................................................. 28
Predatismo ...........................................17
(RER) ............................................ 9 Perna ................................................... 28
Parasitismo ..........................................17
Reticulo endoplasmático liso (REL) ...... 9 Pé 28
Complexo de Golgi ....................... 9 PROTOZOÁRIO ................................ 18
TECIDOS ............................................ 29
Lisossomos ................................ 10
CICLO DE VIDA ............................... 18
Peroxissomos ............................. 10 TECIDO EPITELIAL ........................ 29
Esquizogonia .............................. 18
Formas e caracteristicas ............ 29
TRANSPORTE PELA Encistamento .............................. 18
Tipos epiteliais ............................ 29
MEMBRANA ................................... 11 Nutrição ...................................... 18
Epitélio de revestimento ............. 29
FILOS ................................................ 18
DIFUSÃO SIMPLES ......................... 11 Tecido epitelial simples ...................... 29
Archaezoa .................................. 18
Difusão Não-eletrólito ................. 11 Tecido epitelial estratificado ............... 29
Coeficiente de partição (CA-CB) .......... 11 Microspora .................................. 18
Amoeboza .................................. 18
TECIDO EPITELIAL Sentido mecânico ....................... 44 Ácido ribonucléico (RNA)Erro! Indicador
GLANDULAR............................... 30 Controle motor ............................ 45 EXPRESSÃO GÊNICAERRO! INDICADOR NÃO
Tipos de epitélios glândulares .... 30 Replicação semiconservaticaErro! Indica
FISIOLOGIA CÁRDÍACA ................ 46
Glândulas endócrinas........................... 30 MECANISMO DA REPLICAÇÃOERRO! INDI
Glândulas exócrinas............................. 30 SISTEMA CIRCULATÓRIO ............ 46 Replicação do DNAErro! Indicador não
TECIDO CONJUNTIVO ................... 31 Coração ...................................... 46 Fragmento de OkasakErro! Indicador não defin
Células do tecido conjuntivo ...... 31 Condução elétrica no coração ..............47 CÓDIGO GENÉTICOERRO! INDICADOR NÃO
Fibrolasto............................................. 31 Contração .............................................48 Erros do DNAErro! Indicador não defini
Macrófagos .......................................... 31 Ciclo cardíaco ......................................48 TRANSCRIÇÃO DO RNAERRO! INDICADOR
Mastócitos ........................................... 31 Vasos ...................................................49
CÓDIGO GENÉTICO
Plasmócitos.......................................... 32
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA ....... 50 UNIVERSALERRO! INDICADOR NÃO DEFIN
Células adiposas ........................ 32
TRADUÇÃO DO CÓDIGO
Leucócitos .................................. 32 Troca gasosa .............................. 50
GENÉTICOERRO! INDICADOR NÃO DEFINID
Fibras ......................................... 32 VOLUMES PULMONARES ............. 51
SÍNTESE DE PROTEÍNASERRO! INDICADOR
Fibras colágenos .................................. 32 Capacidade pulmonar ................ 51
Fibras reticulares ................................. 33 CROMOSSOMOSERRO! INDICADOR NÃO DEF
Espaço morto ............................. 51
FIBRAS ELÁSTICO ................................ 33 TIPOS DE CROMOSSOMOSErro! Indica
CICLO RESPIRATÓRIO .................. 51
Tipos de tecido conjuntivo .......... 33 Cromossomos sexuaisErro! Indicador nã
Repouso ..................................... 51
Tecido conjuntivo Inspiração ................................... 51 CICLO CELULARERRO! INDICADOR NÃO
propriamente dito .................. 33 Expiração.................................... 51
Tecido conjuntivo frouxo .................... 33 REGULAÇÃO DO CICLOERRO! INDICADOR
Tecido conjuntivo denso...................... 33 FISIOLOGIA Ponto de verificaçãoErro! Indicador não defini
GASTROINTESTINAL .................. 52 Reguladores do ciclo celularErro! Indicador nã
TECIDO ADIPOSO ........................... 34
Ciclinas e cinases dependentes de
Tecido adiposo unilocular .......... 34 TUBO DIGESTÓRIO ........................ 52 ciclinasErro! Indicador não definido.
Tecido adiposo multilocular ........ 34 Boca ........................................... 52 ERRO! INDICADOR NÃO
TECIDO CARTILAGINOSO ............ 35 Faríngea ..................................... 53 DEFINIDO.
Cartilagem hialina....................... 35 Esôfago ...................................... 53 INTERFASEERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO
Cartilagem elástica ..................... 35 Estômago ................................... 54 G1 Erro! Indicador não
Cartilagem fibrosa ...................... 35 Intestino delgado ........................ 54 definido.
TECIDO ÓSSEO ................................ 36 Duodeno ..............................................54 S Erro! Indicador não
Células do tecido ósseo ............. 36 Jejuno...................................................54 definido.
Osteócitos ............................................ 36 Íleo 54
G2 Erro! Indicador não
Osteoblasto .......................................... 36 Intestino grosso .......................... 55
Osteoclasto .......................................... 36 definido.
Ceco 55
Tipos de tecido ósseo ................ 36 MITÓSEERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Cólon ...................................................55
OSTEOGÊNESE ................................ 37 Reto 55 ProfaseErro! Indicador não definido.
TECIDO MUSCULAR ...................... 38 Ânus.....................................................55 MetáfaseErro! Indicador não definido.
Músculo esquelético ................... 38 ORGÃO ACESSÓRIOS ............. 55 AnáfaseErro! Indicador não definido.
Organização das fibras ........................ 38 Fígado ........................................ 55 TelófaseErro! Indicador não definido.
Mecanismo de contração ..................... 38 Pâncreas .................................... 55 MEIOSEERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Músculo cardíaco ....................... 38 Suco pancreático ..................................55 Meiose reducionalErro! Indicador não d
Músculo liso................................ 38 Crossing-overErro! Indicador não definido.
FISIOLOGIA RENAL ....................... 56 Prófase I Erro! Indicador não definido.
TECIDO NERVOSO.......................... 39
RINS .................................................. 56 Metáfase IErro! Indicador não definido.
Neurônio ..................................... 39
Anáfase I Erro! Indicador não definido.
Corpo celular ....................................... 39 Néfrons ....................................... 56
Telófase IErro! Indicador não definido.
Dentritos .............................................. 39 Filtração ...............................................56
Axônio ................................................. 39 Reabsorção ..........................................57 Meiose equacional IIErro! Indicador não
Prófase IIErro! Indicador não definido.
Células da glia ............................ 40 Secreção ...............................................57
Excreção ..............................................57 Metáfase IIErro! Indicador não definido.
Oligodendrócitos ................................. 40
Anáfase IIErro! Indicador não definido.
Astrócitos ............................................ 40 Micção ........................................ 57
Telófase IIErro! Indicador não definido.
Células de Schwann............................. 40
Células ependimárias ........................... 40
DEFINIÇÃOERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
HERANÇA MONOGÊNICAERRO! INDICAD
Microglia ............................................. 40 CITOGENÉTICAERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
TERMIOLOGIAERRO! INDICADOR NÃO DEFINID
FISIOLOGIA DO SN ......................... 41 MATERIAL GENÉTICOERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
EXPERIÊNCIA DE MENDELERRO! INDICAD
BASES NEURONAIS........................ 41 Conclusões de MendelErro! Indicador n
GENOMAERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Neurônios e células da Glia ....... 41 Primeira lei de MendelErro! Indicador não defi
GeneErro! Indicador não definido.
Segunda lei de MendelErro! Indicador não defi
BIOELETROGENESE ...................... 42 DNA ..... Erro! Indicador não definido.
GENÓTIPO E FENÓTIPOERRO! INDICADOR N
Potencial de repouso ................. 42 MOLÉCULA DE DNAERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
GenótipoErro! Indicador não definido.
Potencial de ação ....................... 43 NucleotidioErro! Indicador não definido.
Limiar .................................................. 43 FenótipoErro! Indicador não definido.
Estrutura helicoidalErro! Indicador não definido.
SISTEMA SENSORIAL .................... 44
COMPONENTES QUIMICOS DAS CÉLULAS
Água
Corresponde a 70% do volume celular é
composto por água, que dissolve e transporta
matéria e participa de inúmeras reações
bioquímicas.
Sais minerais
São reguladores químicos
Carboidratos
Compostos orgânicos formados por carbono,
hidrogênio e oxigênio, insolúveis em água e
solúveis em éter, cetona e clorofórmio. Tem
participação celular e fornece energia através da
oxidação.
Proteínas
Compostos formados por carbono, hidrogênio,
oxigênio e nitrogênio, que constituem
polipeptídios. Tem função e participação da
estrutura celular, na defesa, no transporte de íons
e moléculas e na catalisação de reação química.
Ácidos nucleicos
Compostos constituídos por cadeias de
nucleotídeos, cada nucleotídeo é formado por uma
base nitrogenada, um açúcar e um ácido fosfórico.
Microtúbulos
São estruturas encontradas no citoplasma e
também prolongamentos celulares, como cílios e
flagelos. São rígidos e desempenham papel
significativo no desenvolvimento e na manutenção
da forma das células. São constituídos pela
polimerização de um heterodímero de tubulina α e
β, originando uma parede de 13 protofilamentos
alinhados longitudinalmente. Os microtúbulos são
estruturas polarizadas sendo que a extremidade
positiva, onde se encontra a tubulina β, é o local
onde ocorre uma polimerização mais acelerada.
Na extremidade oposta, de polaridade negativa,
estando exposta a tubulina α, ocorre uma fraca
polimerização.
Envoltório nuclear
O conteúdo intranuclear é separada do Figura 13: (A) Eucromatina; (B) Heterocromatina; (C)
citoplasma pelo envoltório nuclear, o envoltório nucléolo; Cabeças de setas: indicam a cisterna perinuclear;
nuclear é constituído por duas membranas setas apontas para o nucléolo.
separadas por um espaço, a cisterna
perinuclear. A membrana nuclear externa contém
polirribossomos presos à sua superficie
citoplasmática e é contínua com o retículo
endoplasmático rugoso. O envoltório nuclear
apresenta póros, estruturas denominadas
complexos de póros. Sua função é o transporte
seletivo de moléculas para fora e para dentro do
núcleo, o envoltórios é impermeável a íons e
moléculas.
Nucléolos
São fábricas para produção de ribossomos,
constituidas principalmente por RNAr e proteínas.
As células podem apresentar vários nucléolos.
Figura 14: Eletrón-micrografia: observa-se as duas
membranas do envoltório nuclear e os poros.
Matriz nuclear
É uma estrutura fibrilar, que fornece um
esqueleto para apoiar os cromossomos,
determinando sua localização dentro do nucleo
celular.
Nucleoplasma
É um soluto com muita água, íons, aminoácidos,
metabólitos e precursores diversos, enzimas para
a síntese de RNA e DNA.
ORGANELAS Reticulo endoplasmático liso (REL)
Mitocôndrias Não apresenta ribossomos, sua membrana se
São organélas esféricas ou alongadas, sua dispõe sob forma de túbulos que se anastomosam
distribuição na célula varia, tendendo a se profundamente. Sua membrana é contínua com o
acumular mais nos locais do citoplasma com RER. Ele participa de diversos processos
maior gasto de energia. Elas transformam energia funcionais, produzem esteróides, como a glândula
química em energia utilizável pela células. São adrenal, ocupando grande parte do citoplasma e
constituidos de duas membranas: a interna e a contém enzimas para a síntese destes hormônios
externa. o REL é abundante nas células do fígado, onde é
A membrana interna apresenta projeções para o responsável pelos processos de conjugações
interior da organela, as cristas mitocondriais. A oxidação e metilação.
membrana externa é lisa e faz contato com o
meio exterior. O espaço entre essas duas
membranas é denominado de espaço
intermembranoso.
O compartimento limitado pela membrana interna
contêm a matriz mitocondrial. Entre as cristas
mitocondriais existe uma matriz amorfa, rica em
proteínas e contendo pequenas quantidade de
DNA e RNA.
Complexo de Golgi
É um conjunto de vesículas achatadas empilhas,
com porções laterais dilatadas. Localiza-se em
regiões determinadas do citoplasma. Ele completa
modificações, pós-tradução, empacota e coloca
um endereço nas moléculas sintetizadas pelas
Figura 15: ilustração de uma mitocondria e uma foto de um células, encaminhando-as para vesículas de
microscópio eletrônico. o limite externo é constituído por
duas membranas próximas (membranas mitocondriais secreção, para lisossomos ou para a membrana
externae interna). Aumento total 58.000 x. celular. As cisternas do aparelho de Golgi
apresentam enzimas diferentes conforme a
Ribossomos posição da cisterna.
São pequenas partículas compostas de quatro
tipos de RNAr. Há dois tipos de ribossomos, um
tipo é encontrado nas células procariontes,o outro
tipo é encontrado em todas as células eucariontes.
Os ribossomos desempenham um papel de
decodificação, ou tradução de memsagens para
síntese proteica.
Figura 17: (1) aparelho de Golgi numa célula de Paneth no jejuno
Reticulo endoplasmático humano. Observa-se a presença de material elétron-denso nas
É uma rede de vesículas redondas e túbulos, cisternas de Golgi e o desenvolvimento de grânulos de secreção
em (2); (4) mitocondria. Aparelho de Golgi, suas vesículas de
formadas por uma membrana contínua e que secreção.
delimita um espaço muito irregulara cisterna do
retículo endoplasmático. Alguns locais, a
superficie externa da membrana que são injetados
nas cisternas. Isto possibilita a diferenciação em
dois tipos de reticulo endoplasmático: o rugoso e
o liso.
Peroxissomos
São organelas esféricas limitadas por
membranas. Eles utilizam grandes quantidades de
oxigênio porém não produzem ATP. Receberam
esse nome porque oxidam substratos orgânicos
específicos, retirando átomos de hidrogênio e
combinando-os com oxigênio molecular
produzindo peróxido de hidrogênio (H2 O2 ),
substância prejudicial para a célula, que é
eliminada pela enzima catalase.
A catalase usa oxigênio do peróxido de
hidrogênio para oxidar diversos substratos
orgânicos. Essas enzimas também decompõe o
peróxido de hidrogênio em água e oxigênio,
segundo a reação:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 2H2O + O2
2H2O2 𝒄𝒂𝒕𝒂𝒍𝒂𝒔𝒆
As enzimas mais abundantes nos peroxissomos
humanos são urato oxidase, d-aminoácido oxidase
e catalase.
Difusão de eletrólitos
Se o soluto for um íon ou um eletrólito, há duas
consequências adicionais da presença de carga
no soluto.
1ª se houver diferença de potencial através da
membrana, essa diferença altera a velocidade de
Figura 20: Difusão simples
difusão efetiva de soluto com carga. Ex.: a difusão
de íons K+ diminuirá se o K+ estiver se difundindo
Duas soluções A e B, separadas por membrana
para área de carga positiva, e desacelerará se o
permeável ao soluto, a concentração do soluto A K+ estiver difundindo para área de carga positiva,
é, duas vezes maior do que na solução B. As e acelerará se o K+ estiver difundido para área de
moléculas estão em movimento constante, com carga negativa. Esse efeito da diferença de
igual probabilidade de que dada molécula potencial pode tanto adicionar quanto anular os
atravessará a membrana para a outra solução. efeitos de potencial e anular os efeitos das
Contudo, como há duas vezes mais moléculas diferenças das concentrações, dependendo da
na solução A do que em B, haverá maior orientação da diferença de potencial e da carga do
movimentação de moléculas de A para B do que íon difusível. Se o gradiente de concentração e o
de B para A. efeito de carga forem orientados no mesmo
A difusão efetiva do soluto é chamada de fluxo e sentido através da membrana, eles se
depende das seguintes variáveis: tamanho do combinarão; se forem orientados em sentidos
gradiente de concentração, coeficiente de opostos, eles poderão se cancelar.
partição, coeficiente de difusão, espessura da 2ª quando um soluto com carga se difunde a
membrana e área da superfície disponível para a favor do gradiente de concentração, a difusão
difusão. pode, gerar diferença de potencial através da
membrana, chamado potencial de difusão.
DIFUSÃO FACILITADA O ciclo de transporte se inicia com a enzima no
Parecida com a difusão simples, ocorrendo a estado E1 que se liga ao ATP. Nesse estado, os
favor do gradiente de potencial eletroquímico, não locais de ligação do íon estão voltados para o
necessitando de suporte de energia metabólica, a líquido intracelular, e a enzima tem alta afinidade
difusão facilitada utiliza um carreador de por Na+, três íons Na+ se ligam e o ATP é
membrana, isso é a que difere da difusão simples. hidrolisado, e o fosfato terminal é transferido para
A difusão facilitada ocorre mais rapidamente do a enzima, gerando uma forma de alta energia.
que a difusão simples devido à função do Agora ocorre uma alteração conformacional, e a
carreador. enzima se transfere de E1 para E2. No estado E2
os sítios de ligação iônicos estação voltados para
Transporte ativo primário o líquido extracelular, a afinidade para Na+ e
Nele um ou mais soluto se movem contra um baixa afinidade para o K+ é alta.
gradiente de concentração. Devido ao fato de se Os três íons de Na+ sã liberados da enzima para o
movimentar contra o gradiente é necessário o uso líquido extracelular, são ligados dois íons K+ e alta.
de energia na forma de ATP. Os três íons Na+ e fosfato inorgânico é liberado de
O ATP é hidrolisado em difosfato de adenosina E2. A enzima se liga ao ATP no lado intracelular
ADP e o fosfato inorgânico P, liberando energia da da membrana, e passa por outra alteração
ligação fosfato terminal de alta energia do ATP. conformacional, o que faz com que retorne à sua
Quando o fosfato terminal é liberado, ele se forma original; os dois íons K+ são liberados para o
transfere para a proteína transportadora, iniciando líquido intracelular e a enzima estão pronta para
ciclo de fosforilação e desfosforilação. Quando a começar o ciclo.
fonte de energia do ATP é acoplada ao processo
de transporte, ela é chamada de proteína de
transporte primário.
Osmose
É o fluxo de água através da membrana
semipermeável, pela diferença de concentração
de soluto. A osmose da água não é difusão da
água, a osmose ocorre devido a diferença de
pressão, enquanto a difusão ocorre devido à
diferência de concentração da água.
Canais ionicos
São proteínas de membranas integrais que,
quando permitem a passagem de certos íons, eles
são seletivos e permitem que íons com
características especificas, se movam por eles,
seletivamente baseada no tamanho do canal
quanto nas cargas que os revestem. Por exemplo,
um canal revestido por carga negativa, seletivo
para cátions, deve permitir a passagem de sódio,
mas exclui potássio, outro canal seletivo para
cátions, deve ter menos seletividade e permitir a
passagem de vários pequenos cátions diferente.
Os canais iônicos são controlados por comportas
e dependente de sua posição. Os canais podem
abrir ou fechar quando um canal se abre, os íons
para os quais ele é seletivo podem fluir.
CICLO CELULAR Ponto de verificação
O ciclo de divisão da maioria das células consiste A função dos pontos de verificação é assegurar
em quatro processos: crescimento celular, que os cromossomos incompletos ou danificados
replicação do DNA, distribuição dos não se repliquem e sejam passados para as
cromossomas, duplicação das células-filhas e células-filhas. Um ponto marcante de verificação
divisão celular. O ciclo celular corresponde ao ocorre em G2, cromossomos estejam replicados.
tempo de geração celular, ele é dividido em A continuação do ciclo celular é bloqueada em G2
interfase e mitose. caso existam erros no DNA, quer sejam estes
O ciclo celular é controlado por uma série de resultantes de agentes mutagênicos ou se erros
pontos de controle que determinam a duração de na replicação, o que previne a passagem de DNA
cada etapa na mitose. A interfase é dividida em mudado para as células filhas. Em células de
três períodos: G1 (gap 1); S (síntese) e G2 (gap mamíferos o ponto de bloqueio em G1 é mediado
2). G1 é seguido da fase S1 o estágio de síntese pela ação de uma proteína, a p53, cuja expressão
de DNA, durante este estágio, cada cromossomo, é induzida em resposta ao DNA danificada. Este é
que em G1, era uma única molécula de DNA, um gene que se encontram mudados em
replicá-se para formar um cromossomo bipartido pacientes com câncer, pois permite a proliferação
que consiste em duas cromátides irmãs, cada uma das células mesmo que esta possuem danos no
das quais contém uma cópia idêntica da molécula seu genoma. Outro ponto de verificação ocorre no
original linear de DNA. A síntese de DNA durante final da mitose, este assegura que os
a fase S não sincrônica em duas cromátides cromossomos se encontram corretamente
irmãs, cada uma das quais contém uma cópia posicionados no fuso mitótico, para que estes
idêntica da molécula original linear de DNA. A sejam distribuídos de forma exata para as células-
síntese de DNA durante a fase S é não sincrônica filhas.
em todos os cromossomos, ou mesmo dentro de
um único cromossomo. Ao contrário, ao longo de Reguladores do ciclo celular
cada cromossomo ela começa em centenas a Esta regulação é feita por duas subunidades
milhares de pontos, chamados de origens de Cdc2 e ciclina B. a atividade do MPF é
replicação do DNA. No final da fase S, o controlada pela periódica acumulação e
conteúdo de DNA da célula dobrou, e a célula degradação da ciclina B durante o ciclo celular, e
entra num estágio chamado G2. Durante todo o ainda pela fosforilação e desfosforilação de Cdc2.
ciclo celular, os ácidos ribonucleicos e as A regulação deste complexo em S e G2 é
proteínas são produzidos, e as células aumentam conseguida por duas fosforilação, sendo que uma
de modo gradual, eventualmente em mitose, que delas é inativa, e por isso leva a sua acumulação.
começa quando os cromossomos individuais Na transição para M é causada pela ativação do
iniciam um condesamento e tornam-se visíveis ao complexo como resultado da desfosforilação de
microscópio. As diferentes fases do ciclo celular um resíduo de tirosina que outrora mantinha o
podem ser distinguidas pelo seu conteúdo em complexo inativo, este processo é mediado pela
DNA: g1 (2n); fase S (2n-4n) e G2/M (4n). Cdc25.
Anáfase
(ana= movimento). As cromátides separam-se e
são levadas para os polos da célula pelo
encurtamento dos filamentos do fuso. Nesse
deslocamento os centrômeros seguem na frente e
são acompanhadas pelo resto do cromossomo. O
Figura 24: interfase; células que não está em divisão mitótica. centrômero é uma região mais estreita do
cromossomo, que mantém as cromátides juntas
até o inicio da anáfase.
Telófase
(telo= final). Os cromossomos chegam aos polos,
e começam a se desenrolar e adquirem de novo o
aspecto de filamento de cromatina. A membrana
nuclear e o nucléolo voltam a ser formados. A
divisão do material nuclear é acompanhada pela
divisão do citoplasma por um processo
denominado citocinese, que se inicia na anáfase e
termina após a telófase.
Crossing-over Anáfase II
É a troca de genes entre cromátides não irmãs Separação dos centrômeros e duplicação dos
de dois cromossomos homólogos. As cromátides cromossomos, que retornam aos polos.
não irmãs fragmentam-se, trocando pedaços
cromáticos entre si. Nessa troca, os genes são Telófase II
permutados, o que caracteriza a recombinação A carioteca reaparece e envolvem os 23
gênica, fenômeno que favorece a variabilidade e a cromossomos simples em cada um dos polos
evolução das espécies. ocorrem a citocinese final com formação de quatro
células-filhas haploides.
Prófase I
Os cromossomos tornam-se curtos e espessos,
ficando pareados ou em sinapse. Durante o
pareamento, os cromossomos homólogos unem-
se ao complexo sinptonêmico, uma estrutura
formada por proteínas. Os cromossomos
homólogos iniciam o afastamento e as regiões em
contato entre as cromátides não irmãs, tornam-se
visíveis.
Metáfase I
O fuso de divisão está completamente formado,
os cromossomos homólogos estão pareados
sobre o equador celular, os cromossomos ainda
estão desfazendo os últimos quiasmas.
Anáfase I
Não há separação de centrômero por isso os
cromossomos voltam aos polos com duas
cromátides.
Telófase I
Os cromossomos duplos chegam aos polos, e há
o aparecimento da carioteca e do nucléolo,
ocorrendo a divisão do citoplasma ou citocinese.
RELAÇÃO PARASITA HOSPEDEIRO Desarmônica ou negativa
O inter-relacionamento entre os animais e Quando há prejuízo para algum dos participantes.
vegetais é fundamental para a manutenção da Podem ser: Competição, Canibalismo, Predatismo
vida. Nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e e Parasitismo.
reproduzir-se independentemente sem outro.
Competição
ASSOCIAÇÃO ENTRE OS ANIMAIS É uma associação desarmônica onde alguns
Muitas espécies que vivem em um mesmo exemplos da mesma espécie ou de espécies
ambiente geram associações ou inter-relações diferentes lutam pelo mesmo abrigo ou alimentos,
que podem não interferir entre si. Essas as menos preparadas perdem. Ex.: Moscas
associações podem ser: Calliphoridae e Sarcophagidae, cujas larvas se
desenvolvem em cadáveres.
Harmônicas ou adaptativas
Quando ha benefícios mutuo ou ausência de Canibalismo
prejuízo mútuo: Comensalismo, Mutualismo e É o ato de um animal se alimentar de outro da
simbiose. mesma espécie ou da mesma família. Quase
sempre ocorre devido à superpopulação e
Comensalismos deficiência alimentar no criadouro, e as formas
É uma associação entre duas espécies, na qual mais ativas ou mais fortes devoram as menores
uma obtém vantagens, sem prejuízo para outra ou mais fracas.
ex.: Entamoeba coli, vivendo no intestino grosso
humano. Predatismo
É quando uma espécie animal se alimenta de
Mutualismo outra ex.: Onça alimenta-se de pacas; Gavião
É uma associação entre duas espécies, em que alimentando-se de pequenas aves ou roedores.
ambas são beneficiadas é uma associação
obrigatória. Ex.: Uma associação que ocorre no Parasitismo
intestino de cupins com os protozoários do gênero É a associação entre seres vivos, na qual existe
hypermastiginia. unilateralidade de benefícios, o hospedeiro é
espolia do pelo parasita.
Simbiose
É uma associação entre seres vivos, onde há
uma troca de vantagem tal que esses seres são
incapazes de viver isoladamente. Ex.: Uma
bactéria que vive no interior de protozoário de vida
livre. Os protozoários fornecem abrigo e alimento Figura 2: (A) Competição. As galinhas são animais territoriais.
Num galinheiro, apenas um macho tem o controle, quando
para as bactérias que, por sua vez, sintetizam um novo macho é introduzido há uma luta pelo domínio do
substâncias necessárias aos protozoários. galinheiro. (B) Canibalismo. Louva-Deus, nesse grupo de
inseto o canibalismo é comum, principalmente no processo
reprodutivo as fêmeas têm o hábito de devorarem os machos
numa luta que antecede a cópula. (C) Predatismo. Águias e
gaviões que atacam aves menores, ou seus ovos, ou outros
animais menores, como ratos, raposas e lagartos. (D)
Parasitismo. Struthanthus flexicaulis - é uma planta
holoparasita que suga a seiva elaborada de outras árvores
Filo platelminto
Os Platelmintos (Plate=chato) são os
representantes dos helmintos, os quais se
caracterizam por apresentarem simetria bilateral,
uma extremidade anterior com órgãos sensitivos e
de fixação e uma extremidade posterior; são Figura 30: Trematodas. (A) Anatomia geral de um verme
achatados dorsoventralmente, sem celoma, com adulto, mostrado em corte transversal. As ventosas oral e
ou sem tubo digestivo, sem ânus, sem aparelho ventral prendem o trematoda no hospedeiro. A boca é
localizada no centro da ventosa oral. Os trematodas são
respiratório, sistema excretor tipo protonefrídico. hermafroditas; cada animal contêm tanto testículos quanto
Podem ser de vida livre. As classes dos vermes ovários. (B) O verme do fígado da Ásia, Clonorchis sinensis.
Observe o sistema digestório incompleto. Violentas
achatados parasitas incluem trematodas e os infestações podem bloquear os ductos biliares no fígado.
cetodas.
Eversão e inversão
Figura 32: (a) oposição; (b) reposição. Oposição e reposição Eversão: É o movimento da sola do pé para longe
do polegar e dedo mínimo.
do plano mediano. Quando o pé está
Circundação completamente evertido.
Inversão: É o movimento da sola do pé em
É um movimento circular que combina flexão,
direção ao plano mediano. Quando o pé está
extensão, abdução e adução. A extremidade distal
completamente invertido.
das partes se move em um círculo. Movimento
circular do membro inferior na articulação do
quadril.
Tipos de ossos
Classificam-se quanto à forma em:
Ossos longos
Verifica-se a predominância do cumprimento
existe uma parte mediana, a diáfise ou corpo
ósseo, e duas extremidades, as epífises. É o que
acontece, com:
Fêmur, úmero, tíbia, rádio, ulna e falanges.
A parte interna da sepífises é formada por uma
camada interna de substância esponjosa. A diáfise
encerra a cavidade no seu interior, a cavidade
medular, rodeada de tecido compacto.
Ossos planos
Verifica-se o predomínio do comprimento e da
largura. Distinguindo uma zona interior ou díploe e
duas tábuas, externa e interna. Exemplo,
Alguns ossos do crânio.
Quadril.
Ossos curtos
Verificam-se três dimensões praticamente iguais,
o que lhes dá grande resistência, ainda que
geralmente possuam pouca mobilidade:
Tarsais, patela e carpo.
DIVISÃO DO ESQUELETO Osso frontal: Forma a parte anterior do teto do
O esqueleto pode ser dividido em apendicular e crânio, a fronte, o teto da cavidade nasal, e os
axial. Quantidade é clássico admitir que o corpo arcos superiores das órbitas. Esse osso contém o
humano tenha 206 ossos. seio frontal que está em comunicação com a
Mas esses números variam de indivíduo para cavidade nasal.
indivíduo, e na mesma pessoa varia conforme a Osso parietal: Formam partes laterais
idade. Quando você era criança possuía mais superiores e o teto do crânio. E a sutura coronal
ossos que agora. Isso ocorre porque nas crianças separa o osso frontal dos ossos parietais e a
alguns ossos ainda não se uniram e no adulto sutura sagital, separa o parietal direito do
alguns ossos "acessórios" podem aparecer (ossos esquerdo.
sesamóides). Osso temporal: Formam as partes laterais do
crânio. Cada um deles está unido ao osso parietal
ESQUELETO AXIAL adjacente pela sutura escamosa.
O Esqueleto Axial corresponde às regiões da Osso occipital: Forma a parte superior e a
cabeça, coluna vertebral e tronco cerebral. Nessa maior parte da base do crânio, e articula-se com
parte, estão alojados os órgãos do SNC, o os ossos parietais pela sutura lambdoide. O
encéfalo, localizado na caixa craniana, a medula forame magno é um grande buraco do osso
espinhal, que ocupa parcialmente o canal occipital por onde passa a medula espinal.
vertebral. Osso esfenoides: É a parte da base anterior do
crânio, lembra a forma de uma borboleta.
Osso etmoide: Está localizado na parte anterior
Cabeça
do soalho do crânio entre as órbitas formando o
A cabeça óssea é formada por 29 ossos, 11 dos teto da cavidade nasal. Em ambas as paredes
quais são pares, e pode ser didaticamente laterais da cavidade nasal estão duas lâminas
subdividida em crânio e face. espiradas do osso etmoide, as conchas nasais
superiores e médios.
Figura 40:
Figura 39: crânio. (A) vista anterior (B) vista lateral; (C) vista
superior; (D) base externa do crânio
Crânio
O crânio é o esqueleto da cabeça. Tem duas
partes formadas por vários ossos. As duas partes
do crânio são, o neurocrânio e o esqueleto da
face. O neurocrânio que fornece um envoltório
para o cérebro e as meninges e vasos
sanguíneos. O crânio possui um teto parecido com
uma abobada- a calvária- e um assoalho ou base
do crânio composta do etmoide e partes do
occiptal e do temporal. O esqueleto da face
consiste em osso que circundam a boca e o nariz
e contribuem para as órbitas. Envolvem e
protegem o encéfalo e os órgãos dos sentidos
associados.
Ossos da face Coluna vertebral
São 14 ossos em contato com o encéfalo, junto A coluna vertebral é caracterizada por um
com alguns ossos do crânio, dão a forma da face conjunto de ossos irregulares, as vértebras, que
de uma pessoa. Com exceção do vômer e da se articulam entre si. O limite superior é a
mandíbula, todos os ossos da face são pares. articulação atlanto-occipital e inferiormente, as
articulações sacro-ilíacas, direita e esquerda. O
Maxilar: As duas unem-se na linha mediana para número de vértebras é 33, se o sacro e o cóccix
formar o arco dental maxilar que contém os dentes forem vistos separadamente, ou 26, se forem
superiores. Uma lâmina horizontal do maxilar vistos juntamente. Funções principais são:
forma a maior parte do palato duro, ou teto da Sustentação do peso das estruturas corporais;
boca. Proteção de estruturas;
Ossos palatinos: Tem a forma de L. as lâminas Movimentação segmentar e locomoção.
horizontais dos palatinos contribuem para a Caixa torácica: Flexível, de forma cônica consiste
formação do palato duro. em vértebras torácicas,12 pares de costelas,
Osso zigomático: Os dois formam os contornos cartilagens e o esterno recobrem e protegem as
da parede medial de cada órbita, são os menores vísceras torácicas. Está achatada antero-
ossos da face. posteriormente e mais estreita superiormente do
Osso lacrimal: Formam a parte anterior da que inferiormente. Sustenta o cíngulo do membro
parede medial de cada órbita, são os menores superior e os membros inferiores.
ossos da face. Esterno: É um osso alongado e achatado que
Osso nasal: Pequenos e retangulares unem-se consiste de três ossos separados: o Manúbrio do
na linha mediana para formar o dorso do nariz. esterno, superior, o corpo do esterno central, e o
Eles suportam as flexíveis lâminas cartilagíneas, processo Xifóide, mais inferior. Nas laterais do
que participam do arcabouço do nariz. esterno estão as incisuras costais onde as
Conchas inferiores nasais: As duas inferiores, cartilagens se ligam.
são frágeis ossos em espiral projetado Costelas: São 12 pares de costelas, cada uma
horizontalmente e medialmente das paredes delas está ligada posteriormente a uma vértebra
laterais da cavidade nasal, e se estendem em torácica. Anteriormente os 7 primeiros pares estão
direção à cavidade nasal. Imediatamente abaixo ligadas ao esterno através de cartilagens costais,
das conchas nasais superiores e média que são essas costelas são chamadas de costelas
partes do osso etmoide. verdadeiras. Os 5 pares restantes são chamados
Vômer: É um osso fino e plano, que forma a maior de falsas costelas. Os dois últimos pares não se
parte do septo nasal ósseo. ligam ao esterno por isso são chamadas de
Osso mandibular: Maior e mais forte osso da costelas flutuantes.
face, está ligado ao crânio pela articulação
temporomandibular. Sua maior parte em forma de
ferradura forma o corpo.Verticalmente na parte
posterior do corpo temos os dois ramos.
Braço
Estende-se do ombro até o cotovelo, contém um
osso apenas o úmero.
Úmero: O osso mais longo do membro superior
tem uma cabeça proximal, um corpo e uma
extremidade distal que se adapta para articular-se
com os dois ossos do antebraço.
Antebraço
Formado pelos ossos Ulna no lado medial e
Rádio no lado lateral.
Ulna: Sua extremidade proximal articula-se com
o úmero e com o rádio. O olecrano forma a parte
posterior, a ulna articula-se em ambas as
extremidades com o rádio.
Rádio: Consiste em um corpo com uma
extremidade proximal pequena em uma
extremidade distal grande. A cabeça proximal em
forma de disco articula-se com o capítulo do
úmero e com a incisura radial ulnar.
Figura 42:
Membros inferiores Perna
Cintura pélvica Refere-se à porção do membro inferior entre o
A cintura pélvica é a junção entre membros joelho e o pé. Seus ossos são a fíbula e tíbia.
inferior e tronco. A pelve é a junção do osso do Tíbia: Articula-se proximalmente com o fêmur na
quadril direito com o osso do quadril esquerdo, articulação do joelho e distalmente com o tálus no
articulados anteriormente com púbis e tornozelo, e proximalmente e distalmente com a
posteriormente com o sacro. fíbula. Duas superfícies ligeiramente côncavas na
Quadril: Cada osso do quadril consiste da extremidade proximal da tíbia, os côndilos medial
junção de três ossos separados: e lateral articulam-se com os côndilos do fêmur.
Na face lateral onde os três ossos se ossificam, Fíbula: É um osso longo e delgado, que é
tem uma depressão circular, o acetábulo, que importante para inserção de músculos do que para
recebe a cabeça do fêmur. suporte. A cabeça da fíbula articula-se com a
Ílio: Mais superior e maior dos três ossos extremidade proximal lateral da tíbia. A
pélvicos, tem uma orbita e quatro extremidade distal apresenta uma proeminente
espinhos, as cristas ilíacas forma a saliência chamada maléolo lateral.
proeminência do quadril e termina
anteriormente como espinha ilíaca ântero-
superior.
Ísquio: Osso postêro-inferior tem várias
características distintas. A espinha
isquiática é a projeção medialmente
posterior e inferior à incisura isquiática
maior do ílio. Inferior a ela encontra-se a Figura 45:
incisura isquiática do ísquio.
Púbis: Osso anterior do osso do quadril
consiste em um ramo superior e um ramo Pé
inferior que sustenta o corpo do púbis. Contém 26 ossos, dispostos no tarso, metatarso
e falanges.
Figura 43: Tarso: Há sete ossos tarsais, o mais superior é
oTalus, que se articula com a tíbia e a fíbula para
Coxa formar a articulação do tornozelo. O calcâneo é o
Seu único osso é o fêmur. maior osso do tarso, proporciona suporte
Fêmur: É o osso mais longo, pesado e forte do esquelético para o calcanhar, tem um grande
corpo. A cabeça do fêmur, arredondada articula-se prolongamento posterior, chamado tuberosidade
com o acetábulo do osso do quadril. A fóvea da do calcâneo.
cabeça do fêmur está abaixo do centro da cabeça Metatarso: São similares em nome e números
do fêmur, proporcionando o ponto de fixação para aos ossos das mãos. O primeiro osso é o maior
o ligamento da cabeça do fêmur. O corpo do que os outros. Por causa de seu papel no suporte
fêmur apresenta uma curva medial para trazer a do peso do corpo. Cada osso do metatarso possui
articulação do joelho em linha com o plano da base, corpo e cabeça.
gravidade do corpo. Falanges: São 14 falanges, estão dispostos em
uma fila proximal, uma fila média e uma fila distal.
Joelho Arcos dos pés: São dois, formados pela estrutura
Patela: Um osso sesamóide grande, triangular e disposição dos ossos e são mantidos por
posicionado na face anterior do fêmur distal. Tem ligamento e tendões, são rígidos.
uma base larga e um ápice inferior em ponto. O arco longitudinal é dividido em partes
medial e lateral, a medial sendo a mais
elevada das duas;
O arco transverso estende-se ao longo da
largura do pé e é formado pelos ossos
calcâneos, navicular e cuboide.
Posteriormente e pelas bases de todos os
cincos ossos metatarsais anteriormente.
Figura 44:
TECIDOS Tecido epitelial simples
O organismo humano é constituido por quatro O Epitélio simples: contêm apenas uma
tipos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo,o camada de célula. O epitélio simples também
muscular e o nervoso esses tecidos não existem, pode ser classificado de acordo com a forma das
como unidades isoladas, mas associadas umas as suas células, o epitélio simples pode ser
outras em proporções variáveis, formando os pavimentoso, cúbico ou colunar.
diferentes órgãos e sistemas do corpo. A maioria
dos órgãos podem ser divididos em dois
componentes: o parênquima, composto pelas
células responsáveis pelas principais funções do
órgão e o estroma, é o tecido de sustentação.
TECIDO EPITELIAL
As células epiteliais são poliédricas justapostas,
geralmente aderem-se firmemente umas as outras
por meio de junções intracelulares. A principal
Figura 47: (1) epitélio de revestimento. (a) capilares; (b) lâmina
função dos epitélios são o revestimento de própria; (c) membrana basal; (d) epitélio. (2) epitélio simples
superfície, absorção de moléculas, secreção, cúbico. (a) capilares sanguíneos; (b) lâmina própria; (c)
percepção de estímulos e contração. membrana basal; (d) epitélio. (3) epitélio simples colunar ciliado.
(a) cilios; (b) capilar sanguíneo; (c) lâmina própria; (d) membrana
basal; (e) epitélio; (f) barras terminais.
Formas e caracteristicas
Todas as células epiteliais estão apoiadas sobre Tecido epitelial estratificado
o tecido conjuntivo. A porção da células epiteliais O Epitélio estratificado: contêm mais de uma
voltada para o tecido conjuntivo é denominada de camada de células. O epitélio estratificado
porção basal. As porções da célula voltada para o também é classificado em pavimentoso cúbico,
o lúmen é chamada de porção apical e as colunar ou de transição, de acordo com a células
superfícies epiteliais que confrontam células de sua camada mais superficial.
vizinhas são denominadas paredes laterais. O epitélio pseudo-estratificado, é assim
chamado porque, os núcleos parecem estar em
várias camadas, todas suas células estão
apoiadas na lâmina basal,mas nem todas
alcançam a superfície do epitélio, fazendo com
que a posição dos núcleos seja variável.
O epitélio estratificado colunar, só está
presente em poucas áreas do corpo humano,
como na conjuntiva ocular e nos ductos excretores
de glândulas salivares.
O epitélio de transição, reveste a bexiga
urinária, o ureter e a parte superior da uretra, sua
Figura 46: (1) porção apical; (2)porção lateral;(3) porção camada apical é formada por células globosas.
basal. (a)cilios; (b) microvilosidades; (c) aárelho de golgi; (d)
núcleo; (e) mitocondria; (f) membrana basal.
Tipos epiteliais
São divididos em dois grupos, de acordo com
sua estrutura e função: epitélio de revestimento
e epitélio glândulares.
Epitélio de revestimento
As células são organizadas em camadas que
cobrem a superfície externa do corpo, ou Figura 48: (1) epitélio estratificado pavimentoso. (a) epitélio; (b)
revestem suas cavidades internas, e de acordo membrana basal; (c) lâmina própria. (2) epitélio de transição. (a)
células superfíciais globosas; (b) membrana basal; (c) lâmina
com o número de camada de células na camada própria. (3) epitélio pseudo-estratificado ciliado. (a) muco; (b)
superficial. cílios; (c) barras terminais; (e) células caliciformes. (f) células
epiteliais; (g) membrana basal; (h) lâmina própria.
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR Glândulas compostas: têm ductos ramificados
São constituídas por células especializadas na que nas grandes glândulas podem atingir altos
atividade de secreção. As moléculas a serem niveis de complexidade. Elas também podem ser
secretadas são armazenadas em pequenas tubulares ou acinosas.
vesículas, chamadas de grânulos de secreção,
essas células podem armazenar e secretar
proteínas e lipídios.
Glândulas exócrinas
Mantém conexão com o epitélio do qual se
originam. Esta conexão toma a forma de ductos
tubulares formados por células epiteliais. Figura 53: (1) halócrina; (a) desintegração da célula esua
secreção; (b) nova célula. (2) merócrina; (a) secreção; (b) célula.
(3) apócrina; (a) porção que se desprendeu da célula.
Fibras colágenos
Os colágenos podem ser classificados nos
seguintes grupos:
Colágenos que formam longas fibrilas: são
formado pela agregação de várias moléculas
de colágeno do tipo I, II, III IV e IX.
Figura 58: (A) porção de um vilo intestinal que apresenta um
Colágenos associados a fibrilas: são
processo inflamatório crônico. Um conjunto de plasma estruturas curtas ligadas a fibrilas do colágeno
caracterizado por seu tamanho abudante citoplasma basófilo e a outros componentes da matriz extracelular
na síntese e glicosilação inicial dos anticorpos. (B)estrutura
de um plasmócito. A célula contém um RE bem desenvolvido pertencem a este grupo os colágenos do tipo
com cisternas dilatada contendo imuloglobulinas. IX e XII.
Colágenos que formam redes: suas
Células adiposas moléculas associam-se para formar uma rede
São células de TC que se especializaram no de colágeno do tipo IV, é o principal
armazenamento de energia na forma de componente das lâminas basais.
triglicérides (gorduras neutras). Colágeno de ancoragem: seu tipo é ode VII
esta presente nas fibrilas que ancoram o as
Leucócitos fibras de colágeno à lâmina basal.
São constituintes normais do TC, vindos do
sangue por migração (diapedese).
Cartilagem hialina
Muito frequente no corpo humano, forma, o
primeiro esqueleto do embrião, que depois é
substituido por um esqueleto ósseo. Entre a
diáfise e a epífise dos ossos longos pode ser
observado o disco epifisário, de cartilagem hialina,
responsável pelo crescimento em extensão dos
ossos. no adulto é encontrado na parede das
fossas nasais, traquéia e brônquios, na
extremidade ventral das costelas e recobrindo as
superfícies articulares dos ossos longos.
Todas cartilagens hialina, são envolvidas por
uma camada de tecido conjuntivo denso, chamado
de pericôndrio, é fonte para novos pericôndrios e
responsável pela nutrição, oxigenação e
eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem,
neles estão localizados vasos sanguíneos e
linfáticos.
Os condrócitos tem forma alongada, mais
profundamente são arredondados aparecendo em
grupos de até oito células. Eles são secretores de
colágenos do tipo II, proteoglicanas e
glicoproteínas.
Cartilagem elástica
É encontrada no pavilhão auditivo no conduto
auditivo externo, na tuba auditiva na epiglote e na
cartilagem cuneiforme da laringe, é muito
semelhante a cartilagem hialina. Possui
pericôndrio e cresce por oposição, é menos sujeita
a processos degenerativos.
Cartilagem fibrosa
Possui caracteristicas intermediárias entre o
conjuntivo denso e a cartilagem
hialina.Encontrado nos discos intervertebrais, nos
pontos em que tendões e ligamentos se inserem
nos ossos, e na sínfese pubiana.
TECIDO ÓSSEO Tipos de tecido ósseo
É um tipo especializado de tecido conjuntivo Osso é formado por dois tipos de classificação: a
formado por células e material extracelular macroscópica e a histológica.
calcificado, a matriz óssea. Suas células são: os Macroscópicamente: é formado por partes com
osteócitos, os osteoblastos e os osteoclastos. cavidades visíveis, o osso esponjoso, e com
cavidades invisíveis, os ossos compactos. Os
ossos longos suas extremidades epifises são
formadas por ossos esponjosos. A parte cilíndrica
diáfise é totalmente compacta, com pouca
quantidade de ossos esponjosos na parte
profunda. Os ossos curtos têm o centro
esponjosos, são recobertos por uma camada
compacta. Nos ossos chatos existem duas
camadas de ossos compactos, as tábuas interna e
externa, separados por osso esponjoso,que nesse
local recebe o nome de díploe.
Figura 63: (a) Osteoblasto, (b) Osteoclasto, (c) Osteócitos
Osteoblasto
São células que sitetizam a parte orgânica da
matriz óssea. Concentram fosfato e cálcio. Estão
sempre na superfície óssea, num arranjo que
lembra um epitélio simples. Uma vez aprisionado Figura 65: (a) Mesênquima, (b) Blastema, (c) Osteoblasto, (d)
pela matriz recém-sintetizada, ele passa a ser Tecido ósseo primário.
chamado de osteócito. A matriz se deposita ao
redor do corpo da célula e de seus
prolongamentos, formando as lacunas e os Tecido ósseo secundário: possui fibras de
canalículos. colágenos organizadas em lamelas, que ficam
paralelamente juntas umas as outras, ou se
Osteoclasto dispõem em camadas concêntricas em torno de
São células moveis, gigantes, muito ramificadas, canai com vasos, formando os sistemas de
contêm de seis, 50 ou mais núcleos. Suas Haver. Cada um desses sistemas é um cilindro
ramificações são irregulares, com forma e longo, paralelo a diáfise e formado por quatro a 20
espessuravariável. Eles tem citoplasma granuloso, lamelas ósseas concêntricas.
algumas vezes com vacúolos. São originárias de No centro há o canal de Havers, que contém
precursores mononucleares vindos da medula vasos e nervos.
óssea, que ao contato com o tecido osseo unem-
se formando os osteoclastos multicelulares. Eles
secretam ácido, colágenase e outras hidrolases
que atuam localmente digerindo a matriz orgânica
e dissolvendo os cristais de sais e cálcio.
OSTEOGÊNESE
O tecido ósseo é formado por dois processos
chamados de : ossificação intramenbranosa e
ossificação endocondral:
Ossificação intramenbranosa, ocorre no interior
de uma membrana conjuntiva. É um processo
formador do osso frontal, parietal e partes do
occipital, do temporal e dos maxilares superiores e
inferiores. Contribui para o crescimento dos ossos
curtos e para o crescimento em espessura dos
ossos longos, seu local de ossificação chama-se
centro de ossificação primária.
Ossificação endocondral, tem início sobre uma
peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do
osso que vai ser formado, porém de tamanho
menor. Ele é o principal responsável pela
formação dos ossos curtos e longos.
TECIDO MUSCULAR Músculo cardíaco
É constituido por células alongadas, com grande É constituido por células alongadas e ramificadas,
quantidade de filamentos citoplasmáticos de prendem-se por meio de junções intercelulares.
proteínas contráteis, geradoras das forças de Elas apresentam estriações transversais
contração, utilizando ATP. A origem dessas parecidas com as do músculo esquelético, mas,
células é mesodérmica de.Acordo com suas as fibras cardíacas possuem apenas um ou dois
caracteristicas morfológicas e funcionais núcleos centralizados. Elas são cincundadas por
distinguem-se três tipos de tecido muscular: O uma bainha de TC, equivalente ao endomísio do
músculo estriado esquelético, o músculo estriado músculo esquelético, contém muitos capilares
cardíaco e o músculo liso. sanguíneos.
O músculo cardíaco possui linhas transversais,
Músculo esquelético que aparecem em intervalos regulares ao longo da
É formado por feixes de células muito longas, as célula, estes são os discos intercalares,
miofibrilas. Elas se originam no embrião pela aparecem como linhas retas ou exibem aspecto
fusão de células alongadas, os mioblastos, têm de escada. Na parte escada, distinguem-se duas
vários núcleos localizados na periferia das fibras, regiões: a parte transversal e a parte lateral, nos
nas proximidades do sarcolema. As fibras discos intercalares, encontra-se três
musculares estão organizadas em grupo de especializações juncionais: a zônula de adesão,
feixes, o conjunto de feixes envolvidos por uma desmossomos e a junções comunicantes.
camada de tecido conjuntivo é chamado epimísio O músculo cardíaco contém muitas mitocôndrias,
dele partem finos septos de TC que se dirigem que ocupam 40% do citoplasma. Músculo
para o interior do músculo, separando os feixes cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de
eles são os perimísios. triglecerídeos.
Cada fibra muscular é envolvida pelo endomísio As fibras cardíacas apresentam grânulos
que é formado pela lâmina basal da fibra secretores por membranas e localizadas próximas
muscular, associada a fibras reticulares. Os vasos ao nucleo celular, na região do aparelho de Golgi.
sanguíneos penetram através dos septos de TC No coração existe uma rede de células
formando extensas redes de capilares que correm musculares cardíacas modificadas, que têm o
entre as fibras musculares. Alguns músculos se papel de geração e condução do estímulo
afilam nas extremidade, dando uma transição cardíaco,de tal modo que a contração dos átrios e
gradual de músculo para tendão. ventrículos ocorrem em determinadas sequências,
permitindo ao coração exercer com eficiência sua
Organização das fibras função.
Elas mostram estriações transversais, pela
alternância de faixas claras e escuras. A faixa Músculo liso
escura recebeu o nome de banda A, a faixa clara Formado pela associação de células longas
de banda I, no seu centro há uma linha escura a espessas no centro, e afilando-se nas
linha Z. as estriações de miofibrila é devida à extremidades tem apenas um núcleo central.
repetição de unidades iguais, chamadas de Sua células são revestidas por lâminas basal e
sarcômeros. As miofibrilas revelam a presença mantidas juntas por uma rede delicada de fibras
de filamentos finos de Actina e filamentos grossos reticulares, elas amarram as células musculares
de Miosina dispostas longitudinalmente nas lisas umas as outras de tal modo que a contração
miofibrilas e organizados paralelamente. de apenas algumas células transporma-se na
contração do músculo inteiro.
Mecanismo de contração Duas células musculares lisas adjacentes formam
O sarcômero em repouso consiste em filamentos junções comunicantes, que participam da
finos e grossos sobrepostos parcialmente. Durante transmissão do impulso de uma célula para outra.
a contração os dois filamentos conservam seus A região justanuclear do sarcoplasma apresenta
comprimentos originais. A contração deve-se ao mitocôndrias, cisternas de retículo endoplasmático
deslizamento dos filamentos uns sobre os outros. rugoso, grânulos de glicogênio e aparelho de
A contração se inicia na banda A. durante a Golgi pequeno.
contração a actina e a miosina interagem, mas no Essa células apresentam os corpos densos que se
repouso a miosina e a actina não se associam. localizam na membrana dessa células e alguns no
Como resultado da ponte entre a cabeça da citoplasma,tem importante papel na contração das
miosina e a subunidade de actina, o ATP libera células musculares.
ADP e energia.
Ocorre uma deformação da cabeça e de parte do
bastão da miosina com a actina,o movimento da
cabeça da miosina empurra o filamento de
actina,movendo seu deslizamento sobre o
filamento de miosina.
TECIDO NERVOSO Dentritos
Acha-se distribuido pelo organismo interligando-se Eles aumentam a superfície celular,
e formando uma rede de comunicação. É possibilitando receber e integrar impulsos trazidos
constituido por prolongamentos dos neurônios por vários terminais axônicos de outros neurônios.
situados no SNC ou nos gânglios nervosos. Sua composição do citoplasma é semelhante ao
Apresenta dois componentes principais: neurônios do corpo celular, porem não apresentam aparelho
e as células da Glia. No SNC a uma separação de Golgi. Os impulsos que chegam a um neurônio
entre os corpos celulares dos neurônios e o seus é recebido por projeções dos dendritos, as
prolongamentos, fazendo ser reconhecidas duas espinhas. São o primeiro local de processamento
porções diferentes, chamadas de: de sinais que chegam aos neurônios. Ele está
Substância cinzenta: mostra coloração localizado na superfície da membrana pós-
acinzentada, é formada por corpos sináptica, essas espinhas participam da
celulares dos neurônios e células da glia. plasticidade dos neurônios relacionada com
Substância branca: não contém corpos adaptação, memória e aprendizado.
celulares de neurônios é constituida por
prolongamentos de neurônios e por células Axônio
da Glia. Sua coloração esbranquiçada é Todos os neurônios apresentam apenas um único
devido a um material chamado de Mielina. axônio, que é um cilindro de comprimento e
diâmetro variável. O axônio nasce de uma
Neurônio estrutura piramidal do corpo celular, chamada de
Formado por um corpo celular, que contém o cone de implantação. O neurônio em que o axônio
núcleo e da onde partem prolongamentos. é mielinizado sua parte entre o cone de
Apresentam três componentes: implantação e o inicio da banhia de mielina é
Corpo celular: é o centro trófico da célula denominado segmento inicial. Ele recebe muitos
é capaz de receber estímulos. estímulos, tanto excitatórios como inibitorios, cujo
Axônio: prolongamento único, resultado origina um potencial de ação o impulso
especializado na condução de impulsos nervoso. O segmento inicial contém muitos canais
que transmitem informações dos neurônios iônicos, importantes para a geração do impulso
para outras células. nervoso. Seu citoplasma pode ser chamado de
Dentritos: prolongamentos numerósos, axoplasma muito póbre em organelas.
que recebem estímulos do meio ambiente,
de células epiteliais sensoriais ou de outros
neurônios.
Podem ser classificados também de acordo com
sua morfologia nos seguintes tipos:
Neurônios multipolares: apresentam
mais de dois prolongamentos celulares.
Neurônios bipolares: possuem um
dendrito e um axônio.
Neurônios unipolares: apresentam
próximo ao corpo celular, prolongamento
único, mas dividido em dois, diringindo-se
um ramos paa a periferia e outro para o
SNC.
Corpo celular
É a parte que contém o núcleo e o citoplasma.
Seus cromossomos acham-se distendidos,
indicando alta atividade sintética. Cada núcleo
apresenta um nucléolo, grande e central. É rico
em RER, formando agregados de cisternas
paralelas, o aparelho de Golgi localiza-se no
pericário e as mitocôndrias são em quantidades
moderadas no corpo celular, mas em grande
quantidade no terminal axônico.
Células da glia
São vários os tipos celulares presentes no SNC
ao lado dos neurônios há aproximadamente 10
células da glia para cada neurônio as células da
glia fornecem um microambiente para os
neurônios e desempenha outras funções.
Oligodendrócitos
Produzem as bainhas de mielina que servem de
isolante elétrico para os neurônios. Eles tem
prolongamentos que se enrolam em volta dos
axônio, produzindo a bainha de mielina.
Astrócitos
São células com forma estrelada com vários
processo irradiando do corpo celular. Elas
apresentam feixes de filamentos intermediários
constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que
reforçam a estrutura celular. Eles ligam neurônios
aos capilares sanguíneos e à pia-mater. Também
participam de controle da decomposição iônica e
molecular do ambiente extracelular dos neurônios.
Células de Schwann
Têm a mesma função das oligodendrócitos,
porem estão em volta dos axônios do SNP cada
uma delas forma um segmento de umúnico
axônio. Eles tem prolongamentos,que envolvem
diversos axônios.
Células ependimárias
São células epiteliais colunares que revestem os
ventrículos do cérebro e o canal da medula
espinhal.
Microglia
Pequenas e alongadas com prolongamentos
curtos e irregulares, seus núcleos são escuros e
alongados. Essas células são fagocitárias e
derivam de precursores trazidos da medula óssea
pelo sangue, sendo o sistema mononuclear
fagocitário no SNC. Participam também da
inflamação e da reparação do SNC.
FISIOLOGIA DO SN
Tem três funções básicas:
Processar informações que chegam;
(sistema sensorial);
Organizar a função motora; (sistema
somático);
Processar as tomadas de decisões
(funções corticais elaboradas).
O sistema inclui neurônios sensoriais e neurônios Figura 66: os neurotransmissores são a mensagem em uma
motores, e diversos inter-neurônios no SNC que sinapse química. (A) axônio dos neurônios pré-sináptico; (B)
neurônio pós-sináptico; (C) membrana pós-sináptica; (D)
interconectam as partes e estão envolvidos em receptores; (E) meurotransmissor; (F) fenda sináptica; (G)
processos mais avançados e complexos do SN. vesículas sinápticas; (H) terminal axônio; (I) mitocôndria.
Transporte axonal. (A) Peptídeos sintetizados e empacotados;
(B) Transporte axonal rápido ao longo da rede de
BASES NEURONAIS microtúbulos; (C) conteúdo das vesículas liberados por
Neurônios e células da Glia exocitose; (D) Reciclagem das vesículas sinápticas; (E)
transporte axonal rápido retrógrado; (F) componentes velhos
O neurônio é a célula funcional do SN, composto da membrana são digeridos nos lisossomos. (a) RER; (b)
por três porções: Soma, axônio e dentritos. soma; (c) lisossomo; (d) aparelho de Golgi; (e) Vesícula
sináptica.
Pequenos botões chamados terminações pré-
sinápticas estão sobre a superfície dos dentritos e Cálcio é o sinal de liberação dos
da soma. Essas terminações podem ser neurotransmissores na sinapse. A liberação de
excitatórias, quando secretam substâncias que neurotransmissores na fenda sináptica ocorre por
existam os neurônios pré-sinápticos, ou podem exocitose. Quando a despolarização de um
ser excitatórias, quando secretam substâncias que potencial de ação alcança o terminal axônico,
existem nos neurônios pós-sinápticos, ou podem mudança no potencial de membrana do terminal
ser inibitórias, quando o inibem. Os neurônios axônico possui canais de Ca2+ controlados por
interconectados constituem os circuitos neurais, voltagem que se abrem em resposta à
que são redes de comunicações feitas através de despolarização. Como os íons cálcio são mais
potenciais de ação. concentrados no líquido extracelular do que no
As informações passam por transmissões citosol, eles se movem para dentro da célula. O
sinápticas, onde o terminal pré-sináptico libera Ca2+ liga-se a proteína reguladora e inicia a
substâncias neurotransmissoras na fenda exocitose. A membrana da vesícula sináptica se
sináptica. funde com a membrana celular, com o auxílio de
Os neurônios da medula e do cérebro diferem várias proteínas da membrana. A área fundida se
dos neurônios motores no tamanho da soma, abre e os neurotransmissores se movem de
comprimento, tamanho e número de dentritos, dentro da vesícula sináptica para fenda sináptica.
comprimentos e tamanho do axônio e número de As moléculas do neurotransmissor se difundem
terminações pré-sinápticas. através da fenda para se ligarem com receptores
Pelo axônio há o transporte de vesículas na membrana da célula pós-sináptica. Quando os
contendo proteínas, lipídeos, neurotransmissores neurotransmissores se ligam aos seus receptores,
e açucares etc. de forma retrógrada, da periferia uma resposta é iniciada na célula pós-sináptica.
para o corpo celular, há o transporte de toxinas,
vírus e fatores de crescimento de nervos.
As terminações pré-sinápticas têm duas
estruturas internas: vesículas com
neurotransmissores e mitocôndrias, que fornecem
ATP para síntese das substâncias transmissoras
liberadas causa a alteração da permeabilidade da
membrana pré-sináptica.
A membrana pré-sináptica contém muitos canais
de cálcio sensíveis à voltagem, quando o potencial Figura 67: transferência de informações na sinapse. (A) um
de ação despolariza a terminação, muitos cálcios potencial de ação despolariza o terminal axônico; (B) a
flui para dentro do botão, permitindo que as despolarização abre canais de Ca2+ controlados por voltagem
e o Ca2+ entra na célula; (C) a entrada do cálcio inicia a
terminações e as vesículas com exocitose do conteúdo das vesículas sinápticas; (D) o
neurotransmissores sejam excitadas. Na sinapse, neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica e se
liga aos receptores na célula pós-sináptica; (E) a ligação do
esse conteúdo se liga aos receptores de neurotransmissor inicia uma resposta na célula pós-
membrana no neurônio pós-sináptico para alterar sináptica. (a) terminal axônico; (b) vesículas sináptica; (c)
o funcionamento dessa célula. proteína de ancoragem; (d) resposta celular; (e) célula pós-
sinaptica; (f) canal de Ca2+ controlado por voltagem; (g)
receptor; (h) fenda sináptica; (i) molécula do
neurotransmissor.
O restante do conteúdo da fenda são captados BIOELETROGENESE
por células a Glia, que rodeiam os neurônios. No O transporte de íons através da membrana é
SNC, as células da Glia são Oligodendrócitos, realizado por proteínas especializadas localizadas
Astrócitos, Microglia e células ependimárias. No na membrana celular. Se a bicamada lipídica
SNC, os axônios são envolvidos pelo estiver ausente de proteínas, a membrana será
Oligodentrócitos que constituem a bainha de altamente permeável, mesmo a íons muito
mielina, camadas lipídicas concêntricas ao redor pequenos.
dos axônios. A bainha de mielina atua como um A diferença de cargas geradas é o potencial
isolante contra corrente iônica e as interrupções elétrico, que tem como medida volt (V). A corrente
são chamados Nódulos de Ranvier. elétrica é o fluxo entre esses dois pontos. Essa
diferença de potencial elétrico é mantida na célula
pela ação da bomba Na+ e K+ e pela busca
constante do equilíbrio eletroquímico pelos íons
envolvidos. Por esse sistema de bombeamento,
mais a difusão de potencial entre o meio interno e
o externo, ou seja, cria energia potencial:
Bioeletrogenese.
Potencial de repouso
É a diferença de potencial que existe através da
Figura 68: (A) a célula de Schwann se enrola muitas vezes ao membrana celular excitável, como as células
redor do axônio; (B) o núcleo da célula de Schwann é
empurrado para fora da bainha de mielina; (C) a mielina nervosas e as musculares no período entre dois
consiste em múltiplas camadas de membranas celulares; (D) potenciais de ação.
o nó de Ranvier é uma porção não mielinizada da membrana O potencial de repouso é estabelecido pelos
do axônio entre duas células de Schwann. (1) formação da
mielina no SNP; (2) cada célula de Schwann forma mielina ao potenciais de difusão, resultante das diferenças de
redor de um pequeno segmento de um axônio. (a) núcleo; (b) concentração para vários íons, através da
axônio; (c) corpo celular.
membrana celular. Cada íon tenta impulsionar o
potencial de membrana em direção a seu próprio
Os Astrócitos possuem prolongamento que potencial de equilíbrio.
isolam as sinapses, metabolizam os Os íons mais permeáveis em repouso terão
neurotransmissores jogados na fenda sináptica, contribuições menores terão pouca ou nenhuma
fazem o tamponamento de íons potássio e
contribuição.
hidrogênio, servem de sustentação para axônios e
O potencial de repouso dessas células está entre
formam cicatrizes após agressões ao SNC. As
-70 a -80 mV. O potencial de repouso está
Microglia são fagocitárias em potencial, auxiliando próximo do potencial de equilíbrio do potássio e do
na remoção de resíduos que invadem o SNC. cloro, pois a permeabilidade a esses íons em
As células ependimárias formam o epitélio que
repouso é alta. O potencial de repouso está longe
separa o SNC do líquido cefalorraquidiano,
dos potenciais de equilíbrio do sódio e cálcio, pois
revestindo o espaço vazio do SNC. O líquido a permeabilidade a esses íons em repouso é
cefalorraquidiano é secretado, por células, que baixa.
fazem parte do plexo coroide. As células da Glia
do SNP são as células de Schwann, que
produzem a bainha de mielina, e as células
ganglionares das raízes dorsais e dos nervos
cranianos.
Sentido mecânico
Os mecanaceptores respondem a estímulos
mecânicos como vibração, toque, gravidade,
estriamento. O sentido tátil corresponde à
sensação sobre a pele. Há dois tipos de
receptores para o tato: receptores de adaptação
Figura 73: (1) potencial de membrana em repouso; (2)
estímulo despolarizante; (3) membrana despolarizada até o rápida e lenta.
limiar. Os canais do Na+ controlados por voltagem se abrem Os receptores de adaptação rápida:
rapidamente e o Na+ entra na célula de K+ controlado por
voltagem começam a se abrir lentamente; (4) a entrada rápida
levam sinais no inicio e no final da
de Na+ despolariza a célula; (5) os canais de Na+ se fecham e estimulação, mas param de responder o
os canais de K+ mais lentos se abrem; (6) o K+ se move da estimulo e continua.
célula para o líquido extracelular; (7) os canais de K+
continuam abertos e mais K+ deixa a célula, hiperpolarizando- Quando trocamos de roupa pela manhã,quando
a; (8) os canais de K+ controlados por voltagem se fecham e colocamos anel ou óculos, inicialmente
menos K+ sai da célula; (9) a célula em repouso. percebemos a presença do objeto, mas ao longo
do tempo esquecemos que o objeto está lá, pois
os receptores sensoriais param de mandar sinais
quando são continuamente estimulados.
Os receptores de adaptação lenta:
mandam sinais sensoriais ininterruptos,
mantendo o SNC informado do estimulo
se a presença deste for prolongada.
As regiões mais sensíveis ao toque possuem
mais receptores sensoriais, como a boca e as
patas/mão.
Nós animais também temos receptores sensíveis
à temperatura (termoceptores) que respondem a
frio (entre 10 e 25 ºC) e ao calor (entre 30 e 45
ºC).
O sentido da dor é percebido por nociceptores.
Há dois tipos de dor levadas ao SNC por dois
tipos de nociceptores:
A dor rápida, sinalizada como uma
pontada e percebida imediatamente ao
dano tecidual é carregado ao SNC por
neurônios mielinizados e a rota até o córtex
conta com poucas sinapses.
A dor lenta, em queimação, que é levada
por uma rede de neurônios amielinicos,
chegando lentamente ao SNC.
Durante a passagem até o córtex sensorial, os
sinais da dor passam pelo tálamo.
Controle motor
A coordenação de contração muscular para
execução de tarefas é gerada dentro do SN, pela
chegada de impulsos na junção neuromuscular e
geração de potencial de ação na unidade motora.
Quando um potencial de ação se inicia no
neurônio motor, a excitação da membrana da
unidade gera resposta de todas as fibras
musculares envolvidas, gerando contração da
unidade motora.
Os músculos de vertebrados possuem diferentes
tipos de fibras de modo que o SN pode modular
quais fibras e quantas fibras estarão ativas em
determinadas atividades. Por causa disso,
podemos segurar um copo de plástico cheio de
água numa mão enquanto na outra seguramos um
tijolo.
Todos os comportamentos são controlados por
sinais motores vindos do SNC. As atividades
motoras voluntárias ou em resposta a
determinados estímulos ambientais depende da
organização dos circuitos neuronais e do modo
como os neurônios processam e integram as
informações.
As redes neuronais mais simples são os arcos-
reflexos neste caso, uma informação aferente
chega ao SNC e imediatamente uma informação
eferente sai, levando à contração coordenada do
músculo e resposta motora um exemplo, é a
retirada da mão quando tocamos um objeto
quente.
.
FISIOLOGIA CÁRDÍACA Coração
Sua principal função é entregar sangue aos O coração é um músculo que contrai
tecidos, fornecendo nutrientes às células para seu continuamente, descansando somente nas pausas
metabolismo e removendo os dejetos metabólicos entre os batimentos. Estima-se que o trabalho do
das células. O coração funciona como uma coração, em um minuto, seja equivalente a
bomba. Esse sistema também está envolvido em levantar 3kg a uma altura de 30cm. A energia
várias funções homeostáticas, participa da necessária para este trabalho requer um
regulação da pressão sanguínea arterial, leva suprimento contínuo de nutriente e oxigênio.
hormônios regulares das glândulas endócrinas O trabalho cardíaco é dividido em sístole
para seus locais de ação. Participam da (contração) e diástole (relaxamento). As fibras
temperatura corporal. musculares cardíacas são interconectadas entre
si, formando um sincício. O sincício atrial é
SISTEMA CIRCULATÓRIO separado do sincício ventricular por tecido fibroso.
O sistema circulatório (SC) transporta materiais Assim todo o átrio contrai num só tempo e todo
para todas as partes do corpo. As substâncias ventrículo também. Coração é constituído por
transportadas pelo SC podem ser divididas em: duas bombas distintas:
nutrientes, água e gases que entram no corpo a O coração direito; bombeia sangue para
partir do meio externo; materiais que se movem de os pulmões.
células para células e resíduos que as células O coração esquerdo; bombeia sangue
eliminam. Em animais de porte relativamente para órgãos periféricos.
grande possuem vasos pelos quais o fluido Cada um desses corações é uma bomba pulsátil
sanguíneo flui e leva os gases e nutriente às de duas câmaras compostas de um átrio e um
partes do corpo, enquanto animais menores ainda ventrículo.
usam difusão simples porque a distância a ser
percorrida é pequena. O SC aberto é
característico de invertebrados, no qual não há
vasos conectando artérias e veias. No SC
fechado, o sangue fica confinado nos vasos ao
longo de todo o percurso pelo sistema vascular.
Neste sistema, o coração bombeia sangue pelas
artérias que ramificam até arteríolas e uma rede
de capilares. O sangue deixa os capilares, entram
em vênulas, veias e retorna ao coração. O SC
também recolhe os resíduos metabólitos e o
dióxido de carbono liberado pelas células e os
transporta para os pulmões e rins, de onde serão
excretados. Alguns produtos são transportados
até o fígado para serem processados antes de
serem excretados na urina e nas fezes.
Figura 75: (a) aorta; (b) valva semilunar pulmonar; (c) artéria
pulmonar esquerda; (d) veias pulmonares esquerda; (e) átrio
esquerdo; (f) folheto da valva AV esquerda; (g) cordas
tendíneas; (h) músculos papilares; (i) ventrículo esquerdo
(biscúpide); (j) parte descendente da aorta, (l) veia cava
Figura 74: (A) cabeça e encéfalo; (B) braços; (C) pulmões; (D) inferior; (m) ventrículo direito; (n) folheto da valva AV direita
tronco; (E) fígado; (F) TG; (G) rins; (H) pelve e pernas. (a) (tricúspide); (o) átrio direito; (p) veia cava superior; (q) artéria
capilares; (b) artérias; (c) artérias ascendentes; (d) parte pulmonar direita.
abdominal da aorta; (e) artérias descendentes; (f) valvas
venosas; (g) veias ascendentes; (h) veia cava inferior; (i) veia
cava superior; (j) veias; (l) átrio direito; (m) artérias
pulmonares; (n) veias pulmonares; (o) átrio esquerdo; (p)
artérias coronárias; (q) ventrículo esquerdo; (r) coração; (s)
artéria hepática; (t) veia porta do fígado; (u) veia hepática; (v)
artérias renais; (x) veias renais; (z) ventrículo direito.
Condução elétrica no coração
O potencial de ação do músculo cardíaca dura
cerca de três décimos de segundos. Portanto, a
duração de contração cardíaca é maior do que a
do músculo esquelético.
Um pequeno grupo de fibras cardíacas na
parede superior do átrio direito que formam o nó
sinoatrial (SA). Esse nodo é capaz de contração
rítmica. As membranas das fibras do nó SA são
muito permeáveis ao sódio, que faz com que o
potencial de repouso se desvie sempre para
valores mais positivos. Ao seu término, a
membrana fica temporariamente menos
permeável ao sódio e mais permeável ao potássio,
o que caracteriza uma hiperpolarização. Daí, a
permeabilidade ao sódio retorna ao normal e um
novo potencial de ação pode ser gerado. Isso dura
sem interrupção por toda a vida, o que dá à
excitação rítmica das fibras do nó SA.
O fato da duração da contração cardíaca ser
maior do que o músculo esquelético se deve à
lentidão da membrana das células em se Figura 76: condução elétrica no coração. (A) o nó AS
repolarizar após a despolarização. Isso leva um despolariza; (B) a atividade elétrica vai para o nó AV pelas
vias internodais; (C) a despolarização se espalha mais
platô no pico do potencial de ação de cerca de lentamente através do átrio. A condução atrasa através do nó
0,3s. Durante a despolarização, entram íons de AV; (D) a despolarização move-se rapidamente pelo sistema
de condução ventricular para o ápice do coração; (E) a onda
sódio e de cálcio em grande número. Os canais de de despolarização se espalha para cima a partir do ápice. (a)
cálcio são lentos e então, este íon continua nó AS; (b) nó AV; (f) vias internodais; (g) fascioulo AV; (h)
entrando após cessar a entrada de sódio. Após ramos do fascículo; (i) ramos subendocárdicos (fibras de
Purkinje).
alguns décimos de segundo, os canais de cálcio
fecham-se e tem inicio a repolarização.
O potencial no interior da célula cardíaca é -
A duração da contração é semelhante à duração
90mV em relação ao meio externo. Durante a
do potencial de ação. Há dois tipos de potencial
despolarização, o potencial se inverte e excede o
de ação: os de resposta rápida e o de resposta
externo em 20mV. Depois da despolarização
lenta.
rápida da fibra, segue-se uma breve repolarização
A resposta rápida ocorre no átrio, nos precoce parcial, e então há um platô por 0,1 a
miócitos ventriculares e nas fibras 0,2s, período em que há influxo de cálcio e efluxo
especializadas de Purkinje. de potássio. A despolarização rápida ocorre com o
A resposta lenta ocorre nos nodos AS e desenvolvimento da força-cardiáca.
atrioventricular (AV). Nessas células o A repolarização completa coincide com o pico da
potencial de ação se propaga mais força. O relaxamento ocorre quando o potencial
lentamente e a probabilidade de bloqueio volta ao repouso.
da condução é maior.
O nó SA é considerado marca-passo do coração.
A atividade elétrica do marca-passo atinge
primeiros os átrios e depois os ventrículos. Devido
à separação dos átrios e ventrículos por tecidos
fibrosos que não deixam o impulso elétrico passar,
há a necessidade de um feixe de condução entre
eles: o feixe atrioventricular. O feixe leva o impulso
do nó SA até o nó AV. o ventrículo, por ser maior,
depende de uma rede de fibras para poder
contrair em uníssono para o eficaz bombeamento Figura 77: potencial de ação de uma célula cardíaca contrátil.
do sangue. Esse arranjo permite que a contração (0) canais de Na+ abertos; (1) canais de Na+ fechados; (2)
inicie no ápice e espalhe pelo tecido empurrando o canais de Ca2+ abertos; canais de K+ rápidos fechados; (3)
canais de Ca2+ abertos; (4) potencial de repouso.
sangue para a artéria de modo eficiente.
Contração
A maior parte das células musculares cardíacas
é contrátil, cerca de 1% é especializada em gerar
potenciais de ação espontaneamente. O coração
pode se contrair sem uma conexão com outras
partes do corpo, pois o sinal da contração é
originado dentro do próprio músculo cardíaco. O
sinal para a contração vem de células conhecidas
como células autoexcitáveis. Essas células são
conhecidas como marca-passo porque
determinam a frequência dos batimentos Figura 78: acoplamento excitação-contração (E-C) e
relaxamento no músculo cardíaco. (1) contração; (2)
cardíacos. relaxamento. (a) Actina; (b) miosina. (A) o potencial de ação
A entrada do cálcio é uma do acoplamento chega proveniente de células adjacentes; (B) canais de Ca2+
excitação-contração (EC) cardíaca. No músculo controlados por voltagens se abrem. O Ca2+ entra na célula;
(C) o Ca2+ induz a liberação de Ca2+ pelos canais receptores
cardíaco, um potencial de ação se origina de rinodina (RYR); (D) liberação local causa faísca de Ca2+; (E)
espontaneamente nas células de marca-passo do os íons de Ca2+ se ligam na troponina para iniciar a contração;
coração e se propaga para as células contrateis (F) os íons de ca2+ se desliga da troponina; (G) Ca2+ é
bombeado de volta para dentro do retículo sarcoplasmático
pelas junções comunicantes. para se armazenado; (H) o Ca2+ é trocado por Na2+ pelo
Um potencial de ação entra numa célula contrátil trocador de antiporte NCX; (I) o gradiente de Na2+ é mantido
pelo Na+ -K+ -ATPase.
se move pelo sarcolema e entro nos túbulos T,
onde abre os canais de Ca2+ controlados por
Ciclo cardíaco
voltagem, na membrana das células. O Ca2+ entra
nas células e abre os canais liberadores de Ca2+ Cada ciclo possui duas fases: diástole, período
receptores de rianodina (RYR) no retículo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, e
sarcoplasmático. sístole, período durante o qual o músculo está
Quando os canais RYR se abrem, o Ca2+ entra contraindo. O sangue flui de uma área de pressão
nas células para fora do retículo sarcoplasmático e mais alta para uma área de pressão mais baixa. A
para dentro do citosol, criando um pulso de Ca2+, contração aumenta a pressão, ao passo que o
varias faíscas de diferentes canais de RYR se relaxamento diminui a pressão.
somam para criar um sinal de Ca2+. Este processo Coração em repouso: diástole atrial e
de acoplamento E-C no músculo cardíaco é ventricular: os átrios estão se enchendo com o
também chamado de liberação de Ca2+ induzido sangue vindo das veias, os ventrículos acabaram
por Ca2+. de completar uma contração. À medida que os
A liberação de cálcio do reticulo sarcoplasmático ventrículos relaxam, as valvas AV entre os átrios e
fornece, 90% do Ca2+ necessário para a contração os ventrículos relaxam, as valvas AV entre os
muscular, sendo que os 10% restantes entram na átrios e os ventrículos se abrem e o sangue flui
célula aparti do líquido extracelular. O cálcio se por gravidade dos átrios para os ventrículos.
difunde pelo citosol para os elementos contráteis, Término do enchimento ventricular: a sístole
onde se liga à troponina e inicia o ciclo de atrial. A maior parte do sangue entra nos
formação de pontes cruzadas e o movimento. ventrículos enquanto os átrios estão relaxados, os
Quando as concentrações citoplasmáticas de restantes 20% de enchimento dos ventrículos
Ca2+ diminuem o Ca2+ desliga-se da troponina, a ocorrem quando os átrios constroem e empurram
miosina libera a actina e os filamentos contráteis o sangue para os ventrículos. A sístole inicia
deslizam de volta para sua posição de seguindo a onda de despolarização que percorre
relaxamento. No músculo cardíaco o Ca2+ também rapidamente os átrios, a pressão aumentada que
é removido da célula na troca por Na+ via trocador acompanha a contração empurra o sangue para
de antiporte Na+, -Ca2+ (NCX). Cada Ca2+ sai da dentro dos ventrículos.
célula contra seu gradiente eletroquímico em troca Contração ventricular inicial e o primeiro som
por 3 Na+ que entram na célula a favor do seu cardíaco: enquanto os átrios se contraem, a onda
gradiente eletroquímico. O sódio que entra na de despolarização se move lentamente pelas
célula durante essa transferência é removida pela células condutoras do nó AV e rapidamente segue
Na+ -K+ -ATPase. pelos ramos das fascículos AV- fibras de Purkinje
até a ápice do coração. A sístole ventricular inicia
no ápice do coração quando as bandas
musculares em espiral empurram o sangue para
cima em direção à base. O sangue empurrado
contra a porção inferior das valvas AV faz com
que elas se fechem de modo que não haja refluxo
para os átrios.
As vibrações geradas pelo fechamento das Vasos
valvas AV criam o primeiro som cardíaco, S1 o São tubos de diferentes tamanhos com paredes
Tum do Tum-tá. Com ambos os conjuntos de elásticas e musculares para facilitar a alteração do
valvas AV e semilunares fechados, o sangue é diâmetro quando recebe o sangue. No sistema
pressionado da mesma forma que apertaria um fechado, os vasos se ramificam muito, até
balão cheio de água com as mãos. atingirem calibres, de micrômetros e depois
O coração bombeia ejeção ventricular: quando coalescem e voltam a ganhar diâmetro no retorno
os ventrículos contraem, eles geram pressão ao coração. Os vasos são classificados de acordo
suficiente para abrir as valvas semilunares e com suas estruturas:
empurrar o sangue para as artérias. A pressão Artérias: são tubos cilindróides, elásticos, sem
criada pela contração ventricular se torna a força válvulas, que conduzem o sangue que sai do
propulsora do fluxo sanguíneo. O sangue sobre coração.
alta pressão é forçado para dentro das artérias, Arteríolas: são vasos menores, mais estreitos e
deslocando o sangue sobre baixa pressão que o com grande resistência a passagem de sangue;
preenche e empurrando-o para adiante na Capilares: são vasos ainda menores, compostos
vasculatura. Durante essa fase, as valvas AV por uma camada de endotélio, que permite a troca
permanecem fechadas os átrios continuam se de gases e nutrientes;
enchendo. Vênulas e veias: são vasos que aparecem no
Relaxamento ventricular e o segundo som retorno do sangue ao coração, depois das trocas
cardíaco: no final da ejeção ventricular, os teciduais.
ventrículos começam a repolarizar e a relaxar,
diminuindo a pressão ventricular. Uma vez que a
pressão ventricular cai abaixo da pressão nas
artérias, o sangue começa a fluir de volta para o Figura 80: estrutura do vaso sanguíneo. (A) artéria; (B) arteríola;
coração. Este fluxo retrógrado enche os folhetos (C) capilar; (D) vênula; (E) veia.
(cúspide) em forma de taça das valvas
semilunares, forçando-os para a posição fechada, Os vasos de trocas são os capilares, tubos com
fechando as valvas. As vibrações geradas pelo calibre extremamente pequeno isso facilita a troca
fechamento das valvas semilunares ao o segundo de gases, nutrientes, metabólitos, calor e etc.
som cardíaco S2, tã do Tum-tã. Uma vez que as O sistema venoso tem grande influencia da
valvas semilunares se fecham, os ventrículos pressão hidrostática. As veias são tubos
novamente se tornam câmaras isoladas. As valvas cilindróides, pouco elástico e repletos de válvulas
AV permanecem fechadas devido à pressão que auxiliam na impulsão do sangue em direção
ventricular que, ainda é maior que a pressão nos ao coração, o calibre aumenta, a pressão
átrios. Esse período é chamado de relaxamento sanguínea decresce progressivamente e a
ventricular isovolumétrico porque o volume de velocidade do fluxo diminui. O sistema vascular
sangue nos ventrículos não está mudando. tem a função de transportar e distribuir
Quando o relacionamento do ventrículo faz com substâncias essenciais e remover produtos do
que a pressão nos átrios durante a contração metabolismo das células, manter a homeostase,
ventricular. O ciclo cardíaco começou novamente. regular a temperatura, fazer a manutenção dos
fluidos e o suprimento de oxigênio e nutriente. A
pressão de pulso (PP) é a diferença entre a
pressão sistólica e a diastólica o débito sistólico
que é o volume de sangue bombeando a cada
batimento cardíaco, pode alterar a PP.
Figura 79: ciclo cardíaco. (A) final da diástole: ambos os Figura 81: Pressão arterial média x débido cardíaco x
conjuntos de câmaras estão relaxados e os ventrículos resistência. (A) débito cardíaco; (B) resistência variável. (a)
enchem-se passivamente; (B) sístole atrial: a contração atrial ventrículo esquerdo; (b) artérias elásticas; (c) arteríolas.
força uma pequena quantidade de sangue adicional para
dentro dos ventrículos; (C) contração ventricular O coração e a rede vascular são regulados por
isovolumétrica: a primeira fase da contração ventricular fatores neurais e humorais. Mecanismos
empurra as valva AV e elas se fecham, mas não cria pressão
suficiente para abrir as valvas semilunares; (D) ejeção
neuronais envolvem os ramos simpáticos
ventricular: como a pressão ventricular aumenta e excede a adrenérgicos e parassimpáticos colinérgicos do
pressão nas artérias, as valvas semilunares se abrem e o SNA. Em geral o sistema simpático estimula o
sangue é ejetado; (E) relaxamento ventricular isovolumétrico:
quando os ventrículos relaxam, a pressão nos ventrículos cai, coração e contrai os vasos, resultando em
o sangue flui de volta para as cúspides das valvas aumento de pressão arterial. O parassimpático
semilunares e elas se fecham. deprime a função cardíaca, provoca a queda da
pressão.
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Troca gasosa
A respiração é o processo de utilização de O2 A respiração é normalmente involuntário,
pelos organismos. Os pulmões auxiliam nesse controlado pelo centro da respiração no TE.
caso, já que são áreas invaginadas altamente Neurônios localizados ao redor das vias aéreas, e
vascularizadas. Nos mamíferos, milhões de sacos no SNC podem perceber a quantidade de CO2
chamados alvéolos revestem a parte de troca circulante e estimular ou inibir o centro de
gasosa pulmonar. Cada alvéolo é muito controle.
vascularizado, levando grande quantidade de O2 O CO2 é o responsável porque seu excesso
para o sangue o ar pulmonar. causa a diminuição do pH. Em todos os
De todo o ar inspirado, apenas uma parte menor vertebrados há proteínas chamadas pigmentos
chega aos alvéolos e o O2 é retirado. Grande parte respiratórios que auxiliam no transporte de O2 e
fica presa nas áreas onde não há troca essa CO2 no fluido corpóreo. A hemoglobina é o
regiões são chamadas de espaço morto. pigmento respiratório mais comum, uma proteína
A relação entre ventilação e perfusão que contém ferro e dá a cor vermelha ao sangue.
representa o maior determinante da troca gasosa Essa proteína tem alta afinidade com O2 e
normal. A ventilação é o volume de ar que entra carrega o gás pelo sangue para os tecidos.
ou sai do órgão respiratório em um determinado O transporte de O2 e CO2 definido pela difusão de
tempo, e é o processo pelo qual os novos gases gases e sua solubilidade. Enquanto o mecanismo
se movem para dentro e para fora do organismo. de transporte de O2 e CO2 é ligado à hemoglobina,
A perfusão é o processo pelo qual o sangue o CO2 é transportado dentro das hemácias na
desoxigenado torna-se oxigenado durante o forma de bicarbonato (HCO3-).
contato entre o órgão respiratório e o sistema O O2 liga-se a grupamentos heme de
circulatório. hemoglobinas e sua afinidade pelo O2 pode ser
A relação entre ventilação e perfusão é definida alterado na presença de CO2-.
como relação entre o fluxo de ar que entra e sai
do organismo respiratório e o sistema circulatório.
A relação entre ventilação e perfusão é definida
como relação entre o fluxo de ar que entra e sai
do organismo e o fluxo o sanguíneo que passa
pelo organismo respiratório a fim de capturar O2 e
eliminar CO2.
Espaço morto
É o volume das vias aéreas e dos pulmões que
não participam da troca de gases. O espaço morto
pode ser considerado como os alvéolos que não Figura 84: (A) em repouso, o diafragma está relaxado; (B)
participam das trocas gasosas. Eles não quando o diafragma contrai, o volume torácico aumenta; (C)
quando o diafragma relaxa o volume torácico diminui.
participam por causa de um desencontro entre a
ventilação e a perfusão.
FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL Boca
O trato gastrointestinal (TGI) é um tubo longo e A mastigação é o primeiro movimento voluntário
oco que passa através do corpo. Os animais usam e parte reflexa. Este movimento tem a intenção de
o alimento para conseguir matéria prima para a triturar o alimento e misturá-lo às secreções
formação e manutenção celular. Os alimentos salivares. Processo de mastigação. É causada
vindos de animais ou vegetais precisam ser pelo reflexo da mastigação; a presença de um
degradados, para fornecer os compostos ideais bolo alimentar na boca dá início à inibição reflexa
para atividade celular. Todos os mamíferos são dos músculos da mastigação, o que permite que a
sugadores no inicio da vida, quando se alimentam mandíbula caia. Essa queda inicia um reflexo de
apenas do leite materno. Alguns animais usam a estiramento dos músculos da mandíbula, o que
raspagem e mastigação antes de engolir grandes leva uma contração de rebote. Isso eleva a
bolos alimentares. Os dentes, que auxiliam na mandíbula, provocando o fechamento dos dentes,
mastigação podem estar presentes em diferentes mas também comprime o bolo alimentar
formatos e quantidades. A mastigação favorece a novamente contra as paredes da boca, o que inibe
ação enzimática no TGI. O estômago também de novo os músculos da mandíbula, propiciando a
serve como armazenador, porem tem alguma queda da mandíbula, e outra vez, o rebote.
função na digestão de proteínas devido à A mastigação auxilia na digestão do alimento por
presença da enzima pepsina. Depois do uma simples razão, as enzimas digestivas atuam
estômago, o intestino faz o papel final da digestão apenas na superfície das partículas alimentares, a
e absorção de nutrientes. velocidade da digestão depende muito da área
total da superfície exposta às secreções
TUBO DIGESTÓRIO intestinais.
O TGI é formado por uma estrutura básica. É um O próximo movimento é a deglutição. A primeira
tubo oco com camadas de tecido que o rodeia, fase da deglutição é voluntária (fase oral): a língua
onde temos glândulas, vasos, músculo e tecidos move o bolo de alimento e o força pela faringe. A
nervosos e conectivos em vertebrado, a estrutura segunda fase é a faringe, começa quando o palato
do TGI é formada por quatro camadas: mole é empurrado para cima e a faringe é movida
Túnica serosa: Camada mais externa e consiste contra a epiglote.
no peritônio visceral e em tecido conjuntivo
limitado subjacente a ela.
Túnica mucosa: Essa camada possui
invaginações que forma uma infinidade de
vilosidades que aumentam a superfície de contato
com o alimento.
Túnica submucosa: Camada de tecido
conjuntivo frouxo no qual são encontrados vasos
sanguíneos e nervos. Contém pequenas glândulas
que lançam suas secreções em direção à luz do
esôfago. Substancias que combatem os agentes Figura 86: reflexo da deglutição. (A) a língua empurra o bolo
infecciosos do meio externo. contra o palato mole e a parte posterior da cavidade oral,
disparando o reflexo da deglutição. (a) palato mole; (b) palato
Túnica muscular: Bem desenvolvida, importante duro; (c) língua; (d) bolo alimentar; (e) epiglote; (f) glote; (g)
para a mobilidade do sistema digestório. laringe; (h) esfíncter esofágico superior contraído. (B) o
esfíncter esofágico superior relaxa enquanto a epiglote fecha
para manter o material deglutido fora as vias aéreas. (C) o
alimento move-se para baixo no interior do esôfago,
propelido por ondas peristálticas e auxiliados pela gravidade.
Figura 85: (a) vilosidade; (b) criptas; (c) mucosa; (d) muscular
da mucosa; (e) submucosa; (f) muscular externa; (1) camada
circular; (2) camada longitudinal; (g) serosa; (h) artéria e veia
submucosa; (i) placa de Peyer; (j) plexo mioentérico; (l) plexo
submucoso; (m) vaso linfático.
Faríngea Esôfago
À medida que o bolo alimentar entra na parte O esôfago conduz o alimento da faringe para o
superior da boca e na faringe, ele estimula as estômago. O esôfago apresenta dois tipos de
áreas receptoras da deglutição situadas ao redor movimentos peristálticos.
da abertura da faringe. Peristáltico primário: É a continuação da
Impulsos dessas áreas vão para o tronco onda peristáltica iniciada na faringe e se
cerebral para dar início a uma série de contrações propaga para o esôfago durante a etapa
automáticas da musculatura da faringe da faríngea da deglutição.
seguinte forma: Peristáltico secundário: Caso a onda
O palato mole é empurrado para cima, primária não consiga empurrar todo o
fechando a parte superior das narinas; alimento para o estômago, surgem as
As pregas palatofaríngeas são puxadas ondas peristálticas secundárias resultantes
medialmente e se aproximam; da distensão do esôfago pelo alimento
As cordas vocais são puxadas, e a faringe retido.
é puxada para cima e para frente pelos
músculos do pescoço. Esfíncter cárdia: Situado na parte inferior do
Essas ações fazem com que a presença desses esôfago, um pouco acima de sua junção com
ligamentos impeça o movimento da epiglote para estômago, o músculo esofágico, funciona como
cima, fazendo com que essa se dobre para trás, esfíncter. Ele permanece contraído, encontraste
recobrindo a abertura da faringe. com a porção média do esôfago, que em geral
O movimento da laringe para cima também permanece relaxada. Quando uma onda
traciona para cima a abertura do esôfago. Ao peristáltica de deglutição se propaga pelo esôfago
mesmo tempo, as paredes musculares superior do o relaxamento receptivo, relaxa o esfíncter à frente
esôfago denominadas de esfíncter esofágico da onda peristáltica, permitindo a propulsão do
superior relaxam-se, permitindo que o alimento se alimento para o estômago. Ele também evita o
desloque fácil e livremente da porção posterior da refluxo do bolo alimentar.
faringe para a parte superior do esôfago.
Ao mesmo tempo em que a laringe é elevada e
os esfíncter faringo-esofágico se relaxa,
começando em sua parte superior muscular da
faringe, começando em sua parte superior e
propagando-se para baixo como uma rápida onda
peristáltica que passa pelas porções médias e
inferiores da faringe e alcança o esôfago,
impulsionando o alimento para este órgão. Figura 87: contrações peristálticas e segmentares no TGI. (A)
A mecânica da etapa faríngea da deglutição as contrações peristálticas são responsáveis pelo movimento
inclui o fechamento da traqueia, abertura do para adiante; (a) tempo zero; (b) contração; (c) direção do
movimento; (d) segmento receptor; (e) segundos depois. (B)
esôfago e uma rápida onda peristáltica originada as contrações resultantes para adiante responsáveis pela
na faringe que força o bolo alimentar para o mistura; (a) nenhum movimento resultante para adiante.
esôfago.
Estômago Intestino delgado
O estômago tem como função motora armazenar Assim que o quimo entra no intestino delgado, a
o alimento, misturá-lo com secreções gástricas até fase intestinal da digestão inicia, essa fase dispara
formar o quimo e também é a passagem do uma série de reflexos que retroalimentam, para
alimento para o intestino delgado. regular a velocidade de liberação do quimo do
O suco digestivo é secretado pelas glândulas estômago. Uma vez no intestino delgado, o quimo
gástricas, que recobrem quase toda a parede do do estômago. Uma vez no intestino delgado, o
corpo do estômago. Essas secreções entram em quimo é lentamente impulsionado no intestino
contato com o alimento armazenado. No mesmo delgado por ondas peristálticas. Essas ações
tempo ondas peristálticas, deslocam-se em misturam o quimo com enzimas e expõem os
direção ao piloro, ao longo da parede do nutrientes digeridos à mucosa para absorção. O
estômago. À medida que essas ondas percorrem intestino é dividido em três porções:
a parede do estômago, elas misturam e
propulsionam o alimento em direção ao fundo. Duodeno
Aparti daí as ondas impulsionam o alimento em É nele que o suco biliar vindo da vesícula, se
direção ao piloro. junta ao alimento. Pela mudança de pH, diversas
Após a mistura do alimento com as secreções enzimas digestivas são ativadas. É a porção
gástricas, a mistura resultante que se desloca pelo primária do intestino delgado e possui diversas
intestino é o quimo. vilosidades. É onde se tem espaço para maior
O suco gástrico é um líquido incolor e ácido. parte do processo digestório.
Possui componentes como enzimas digestórias e
ácido clorídrico (HCl) o papel do HCl é: Jejuno
Tornar o suco gástrico ácido com ph 2,0 fato É a porção do intestino delgado que está entre o
importante para a ativação da pepsina. duodeno e o íleo. É um órgão responsável pela
Tem ação antisséptica, promovendo a morte ou absorção de carboidratos e aminoácidos digeridos
inibição de vários microrganismos que penetram parcialmente pelo estômago e o duodeno.
no tubo digestivo junto com o alimento.
Atua sobre a mucosa gástrica, permitindo a Íleo
abertura da válvula pilórica. Fato importante por
É onde continua a digestão química após passar
permitir a passagem gradativa do alimento do
pelo duodeno e jejuno, recebe esse nome porque
estômago para o duodeno.
está apoiado sobre o osso íleo. Absorve bastante
A principal enzima gástrica é a pepsina. Ela é
vitamina B12.
lançada na cavidade gástrica como pepsinogênio.
Em presença de HCl. Ela se transforma em
pepsina ativa. Ela digere as proteínas.
Figura 88: (1) estômago. (a) antro; (b) corpo; (c) diafragma; (d)
esôfago; (e) fundo; (f) piloro; (g) rugas: superfície pregueada
que aumenta a área. (2); (a) abertura da glândula gástrica; (b)
epitélio; (c) vaso linfático; (d) lâmina própria; (e) muscular da
mucosa; (f) submucosa; (g) muscular externo: (1) camada
obliqua; (2) camada circular; (3) camada longitudinal; (h)
serosa; (i) plexo mientérico; (l) artéria; (m) mucosa.
.
Intestino grosso ORGÃO ACESSÓRIOS
Várias bactérias que habitam o colo degradam Fígado
uma quantidade significativa de carboidratos Bílis: É produzido pelo fígado e armazenado na
complexos e proteínas não digeridas por meio de vesícula biliar, de onde é liberada para o duodeno,
fermentação. As colônias também produzem através do canal colédoco. A bílis apresenta os
vitaminas absorvíveis, especialmente vitaminas K. sais biliares que não só emulsionam lipídios,
Divide-se em três segmentos: também tornam solúveis os ácidos graxos e os
gliceróis
Ceco
É a primeira parte do intestino grosso que recebe Pâncreas
o conteúdo do intestino delgado. É onde se É uma glândula, anexa ao duodeno, ela produz o
localiza o apêndice. Sua única função é a suco pancreático, um líquido incolor, rico em
reabsorção de água e nutrientes. enzimas e básicos, com ph ao redor de 9. As
principais enzimas pancreáticas são:
Cólon Tripsina: quebra proteínas.
É a parte mais longa do intestino grosso e Amilopsina: quebra amido.
subdivide-se em cólon ascendente, cólon Lípase: quebra lipídios.
transverso, cólon descendente e cólon sigmoide. Nuclease: quebra ácidos nucleicos.
As principais funções do intestino grosso são: A digestão no intestino delgado ocorre graças à
Reabsorção da água e formação e acúmulo de ação conjunta de três sulcos digestório:
fezes.
Suco pancreático
Reto O suco pancreático é rico em bicarbonato, que
Sua função é acumular as fezes, para absorção neutralizam no intestino a acidez do quimo
final de nutrientes, antes de serem eliminadas pelo gástrico. A atividade do pâncreas como produtor
organismo, através do Ânus. de suco pancreático sofre poderosa influência
hormonal. Isso porque o HCl gástrico estimula no
Ânus duodeno, a produção de dois hormônios que
É o orifício final do intestino grosso por onde são ativam a secreção do suco pancreático.
eliminadas as fezes e gazes intestinais. A Secretina: Hormônio que provoca a
musculatura de suporte do ânus é a do períneo, produção de um grande volume de suco
juntamente com o esfíncter interno e externo da pancreático alcalina, porém pobre em
região. enzimas digestivas.
Pancreozimina: Hormônio que provoca a
produção de um pequeno volume de suco
pancreático rico em enzima digestória.
Excreção
Quando o líquido chega ao final do néfron, ele
tem pouca semelhança com o filtrado que iniciou
na cápsula de Bowman. Glicose, aminoácidos e
metabólitos úteis são reabsorvidos para dentro do
sangue, e os resíduos orgânicos estão mais
concentrados.
Micção
Deixando os ductos coletores, o filtrado não
mudo mais sua composição. O filtrado agora é
chamado de urina, flui para a pelve renal e então
desce pelos ureteres em direção à bexiga, com
ajuda de contrações rítmicas de músculos lisos.
Na bexiga, a urina é armazenada até ser liberado
Num processo chamado urinar. O colo da bexiga é
continuo com a uretra é uma continuação da
parede bexiga e é constituído de músculo liso seu
tônus normal o mantêm contraído. O esfíncter
externo da uretra é um anel de músculo
esquelético controlado por neurônios motores
somáticos. A micção é um processo reflexo
espinal simples que está sujeito ao controle de
neurônios motores somáticos.