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O que é o ajeum?
A Palavra jeum (ajeun) é a contração das palavras awa (nós) e jeun ou jê
(comer) transformada poeticamente em “comer juntos”, uma refeição grupal, comunal. O
horário do ajeum, no candomblé, é um momento solene, em que
ocorre a reunião da comunidade em torno de um alimento comum. É um
momento de confraternização, encontros e reencontros, do qual participam até
mesmo os visitantes da casa. Um momento de equiparação, quando o alimento é
dividido para produzir uma comunhão.
O que é adimu?
São as “comidas secas”, também chamadas de ianlé ( iyánlẹ́, em iorubá)
ou inhale, oferecidas às divindades, sem a utilização de imolação de animais. São
consideradas “comidas secas” aquelas preparadas para os orixás que necessitem
ser levadas ao fogo para cozinhar ou que podem ser preparadas manualmente, como
certos tipos de farofa. Neste grupo também estão incluídas frutas, favas, doces etc.
Oxóssi – a comida predileta é o axoxó, feito com milho vermelho cozido, enfeitado com
lascas de coco. Aprecia também o abadô, preparado com canjica vermelha, e o dôia,
comida feita com a massa do feijão fradinho.
Logunedé – adora omolocum enfeitado com peixe de água doce frito. Aceita os mesmos
alimentos que seus pais, Oxóssi e Oxum.
Ossâim – a ele são ofertadas espigas de milho; farofa de mel com alho e
fumo de rolo; feijão-fradinho torrado enfeitado com fumo de rolo e muitas
fitas coloridas.
I emanjá – sua comida predileta é o ebô iyá, preparado com canjica, camarão seco e
azeite-de-dendê ou azeite-de-oliva. Gosta muito de dôia e também do efurá temperado.
Nanã – esta vodum gosta de ebô e de doboró, preparado com feijão-fradinho. Também
aceita o latipá.
Oxaguiã– sua preferência é inhame cozido pilado (alaguiã); a caçá e raízes.