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IMUNIDADES (continuação)
Durante séculos, imperou o princípio de que um Estado não poderia ser julgado por outro sem
o seu consentimento, uma vez que par in paret non habet imperium (o igual não tem império
sobre o semelhante). Esse sistema que vigorou no passado, chamado de sistema da imunidade
absoluta de jurisdição dos Estados, impedia que eles pudessem ser julgados em outros países
por quaisquer atividades, inclusive as comerciais.
http://honoriscausa.weebly.com/uploads/1/7/4/2/17427811/convencao_das_nacoes_unidas_
sobre_as_imunidades_jurisdiciona-18.pdf
Obs.: essa Convenção não está ainda em vigor. Valem aqueles dispositivos que refletem o
costume internacional em relação a essa questão.
1 (uma) exceção: bens comerciais sem função pública de um Estado no estrangeiro podem ser
executados por tribunais locais.
→ CESPE concorda com o TST, afirmando que a imunidade de execução do Estado estrangeiro
tem base convencional.
3) IMUNIDADE DIPLOMÁTICA
→ HISTÓRICO:
No passado, os diplomatas eram considerados como sendo representante, não do seu Estado,
mas sim da pessoa do seu soberano. Na medida em que o diplomata representava a pessoa do
seu soberano, a ele eram estendidas as mesmas honras, privilégios e imunidades que os
soberanos possuíam no estrangeiro – CRITÉRIO REPRESENTATIVO.
Atualmente, não há quaisquer dúvidas de que os diplomatas são verdadeiros agentes estatais,
defendendo os interesses do seu Estado na condução de suas atividades.
Por outro lado, todavia, a ruptura de relações diplomáticas pode ser unilateral. Entretanto, nas
entrelinhas, percebemos que essa Convenção regula somente relações diplomáticas entre 2
(dois) ou mais países, em particular quanto ao funcionamento de uma missão diplomática
permanente.
“Artigo 14.
1. Os Chefes de Missão dividem-se em três classes:
“Artigo 3o
1. As funções de uma Missão diplomática
consistem, entre outras, em:
→ Basta a Missão Diplomática abrir setor consular para o desempenho de tais atividades.
*CUIDADO: diplomatas lotados no setor consular mantêm suas imunidades diplomáticas.
→ Artigo 4o da Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas:
Para que a pessoa nomeada como Chefe de Missão Diplomática possa desempenhar suas
funções em caráter permanente, é necessário que se certifique do recebimento do Agrément.
“Artigo 4o
1. O Estado acreditante deverá certificar-se de que
a pessoa que pretende nomear como Chefe da
Missão perante o Estado acreditado obteve o
Agrément do referido Estado.
“Artigo 13.
1. O Chefe da Missão é considerado como tendo
assumido as suas funções no Estado acreditado no
momento em que tenha entregado suas credenciais
ou tenha comunicado a sua chegada e apresentado
as cópias figuradas de suas credenciais ao
Ministério das Relações Exteriores, ou ao Ministério
em que se tenha convindo, de acordo com a prática
observada no Estado acreditado, a qual deverá ser
aplicada de maneira uniforme.
2. A ordem de entrega das credenciais ou de sua
cópia figurada será determinada pela data e hora
da chegada do Chefe da Missão.”
“Artigo 10.
1. Serão notificados ao Ministério das Relações
Exteriores do Estado acreditado, ou a outro
Ministério em que se tenha convindo:
a) a nomeação dos membros do pessoal da Missão,
sua chegada e partida definitiva ou o termo das
suas funções na Missão;
b) a chegada e partida definitiva de pessoas
pertencentes à família de um membro da missão e,
se for o caso, o fato de uma pessoa vir a ser ou
deixar de ser membro da família de um membro da
Missão;
c) a chegada e a partida definitiva dos criados
particulares a serviço das pessoas a que se refere a
alínea ‘a’ deste parágrafo e, se for o caso, o fato de
terem deixado o serviço de tais pessoas;
d) a admissão e a despedida de pessoas residentes
no Estado acreditado como membros da Missão ou
como criados particulares com direito a privilégios
e imunidades.
2. Sempre que possível, a chegada e a partida
definitiva deverão também ser previamente
notificadas.”