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Capítulo 20
20.1. Introdução
3
Carlos Ptr
Fase met.,
-----
Os mate!ia \ refratários densos e re
m
ue existe enquan10 0
"Jibrio não for alcançado
d de completo equ1
esta o
e
S. Roca Bragança e . Pérez Bergmann
620
d os rei
. ; . uindo O uso doméstico , ~ 1 geral , do tipo Jbª .
caldeiras, dutos e charrune;~l:~~ compatibilid~d~ da! cara\ escº tes proJ
icas mecânicas, di f~0 sos, rnag
.1.
s1 1coalun u·no so dad
: d a a ex . . oro as soli c1t aço es de o nor mal men t
matenrus e - d . e
qm 'nu'cas e térn ucas ess es .,,
·pamentos. 1ru ·s refr atário s sao os e to ma is baixo e altJ forllº·
encontradas nesses eqm . . ; · · . , desse face do (
- olh a" São ref rata nos sim 1 es, no sen tido de
por esse motivo, sao a p " nm erra esc ·
. dades segue quase que iretamente asd· Bll:1 al foco a
que a relação de. fases e propn:cial deve ser dada às variações provenientes rí0c
P ern° '1p do esp
especificações técmcas. Atenç~o esps a van·abilidade natural das matérias-primas pes~os os tipos q
· t se intnnseca
de diferentes fa ncan ~
b . . almente acentuadas em produto manufaturado ato . ão e elas~
e do processo de fabnco, Prmcip nta as principais propriedades e composições pefin.1Ç - N
terizaçao. ,
em larga escala. O Quadro 1 aprese carac ,, .os não-e~
desses refratários. refratál1 · cJJ
ueÍJ1la, propne
Quadro 1 - Compos1.çao
_ e propne
. dades de refratários silicoaluminosos (BROSNAN, 2004)4. depender de proIJ
Classlflcacão NBR10237 SA-4 SA-3 SA-2 SA-1
Classificação ASTM C27-98
Low-duty
T-0w 1000ªC
Medium-duty
T-•- 120 0°C
High-duty
T-~- 1400ªC
Super-duty 2011 Definiçã
T-0w 1600°C
Análise química
Al203 25,4 29,3 37,0 41,9
SI02 68,1 62,9 57,8 53,2
Fe203 1,5 2,9 1,3 2,0
TI02 1,5 2,9 2,3 2,2
Na20+K20 1,5 1,5 1,3 1,2
Propriedades tisicas
Densidade aparente, g/cm3 2,00 2,10 2,11 2,35
Porosidade aparente, % 19,0 20,5 18,0 12,5
Resistência à flexão, MPa 5,2 3,8 9,7 8,5
Resistência à compressão, 28 32 22
35
MPa
Expansão/contração pós-
-0,2 a+ 0,2
queima, %, 5h a 1400°C
Expansão/contração pós-
0,0 a-1, 2
l.9~,!llma, %, 5h a 1600ºC
Refratariedade sob carga, mm, li
'- l(em 172kPae 1,5h 0,5 a 1,5 em 1,5 a 3,0a
1350°C 1450oC
scolha dos re!h1tários. É O caso de
ifer~ntes proJetos f ~tilizando diversons>11reli~ ' ~ < H e ~~
uIIllnosos, magnes ticos, carbeto de carbo como ilic ~ 11
•
erviços. podem r
d
rela
min raf e~!idê::OAJ1etatiienté das matéri .
lZados em sua compo
ompatibilidade do produto. ' a refra~edadel
ionada com a compo e, ·muitas vezes as f:s!F~asº·
~rA
· · ... , cw1 em
uanto mf:ms,e. igent. forem a specificações ~rut~ao original dos materiais.
e um re ratano, mator s rá O control da com . ~as necessárias à aplicação
erem plenan1ente cont mpladas as propried d P0SIÇ~o de matérias-primas para
a es deseJadas.
0.2.1 Matérias-pri111as para re"ratários
. .,• s,·•· ,,,., .
i1couium1nosos
Os refratári~~'. silicoaluminosos são produzidos a artir de . . .
·cosem almnuuo. mncnta-sc O teor de alumina ni ~~ilas e de mme~s
os refratários aluminosos. Em geral é adicionada a chcaompotas(1ça~lpara,sealpr?dudzrr
, ·1 1 • mo arg1 a pre-c ema a)
a fraarg~ ~' p~r~ contro arl n rclraçã~) .dos produtos e facilitar a secagem. Em
re tános 1so antes. tum '>cm se m.hc1ona materiais que, ao queimarem, deixam
poros, como a serragem.
As argila são encontradas cm depósitos por todo o mundo, mas em função da
composição quí111ica e das propriedades mineralógicas, somente uma menor
porção é adequada à produção de refratários. As propriedades das argilas variam
em conseqüência das dikrcnlcs origens geológicas. Isso determina, por exemplo,
a presença de difcrentes fases mineralógicas e uma extensa variação na
quantidade da fa es e na sua distribuição granulométrica. Esses fatores vão
influenciar o comportmncnto da conforn.1ação, sec~g~m e ~ueima ,?ºs produtos;
Na indústria vale a tnriximn ··umu argila nunca e igual a outra . Portanto, e
necessário, ~lém da análise química. o uso da caracterização mineralógica,
geralmente feita por difrnçfio til' rnios X, para se ~ompr~ender o comportamento
das matérias-prima . Estas ajudam também a cxphcar diferenças na performance
dos refratários. . . . , as propriedades das argilas podem
Os principai compostos qut· d<..·tc1 nu11t-\m
ser assim enumerados:
• argilominerai ; . ·b tos foldspatos micas não hidratadas
I
( ()
Figura 2 - Ilustração fi gu :11Jva do aparec1men
.
) 6 --:;;&
1o de trincas em .peça refratária contendo quart,o . ,ubrnctida ao ciclo
aquecimen10/resfnamen10.
'. Roca Bragança e C. Pérez Bergmann
626
8T
1-----.. ~
(ºC) 400 800
Figura 4 - Ilustração da microestrutura de um refratário. A: partículas pequenas (< 100.1O~);; B: Ligante ou cimento;
C: poros; D: agregados ou partículas grandes (>200. 10 6m) (adaptado de LANDY. 2004).
..
B
S. Roca r ag(lnra
}
e e·
Pc'rez. fJcrg111a1111
632
20.3.2.2 Densidade
A densidade de um i tema composto por partículas cc,rn,, um refratário é
definida pela massa por unidade de volume das partícul~" e ínt.crstfcíos. A
densidade vai depender do tipo de fase sólida e da porohidacfo . Efa é rcJcvant.c para
os cálculos estruturais. podendo. assim. influenciar na seleção de um refratário de
fase sólida "mais leve...
20.3.2.3 Porosidade
A porosidade pode servir como parâmetro de controle de qualidade na
fabricação e geralmente é especificada no produto final. Depende das matérías-
primas, que determinam a densidade da fase sólida, do método da fabric ação,
como o processo de moagem e a queima. Depende também da seleção de frações
granulométricas, as quais são selecionadas a fim de se aumentar ou diminuir a
porosidade final .
. Po~os fechados e isolados compõem a porosidade. Os poros abertos apresentam
ligaçao ~ma superfície externa, ou seja, são permeáveis aos fluido s, podendo ser
preenc~dos por eles. Segundo a intercomunicação dos poros, pode estar presente
~ porosidade aberta, sendo divida em transpassantc e não transpa~sante, como
ilustra a Figura 7.
Aparosidade pode s e r ~ pe)a adiçiô
mo serragem, papel, etc. É possível obler-eeM ile\le ~
co ·
de tensoattvos, e orno d terg
e e ntes • •
que ptuilniab Cllpi.Ms liitilt>& ftAL.. : . l
- • .,-..1111c1._, ~
~=:
, definida pela NBR 8826 (ABNr~ I9CJ7) COlllo"a 1 : ~apile.í ífe
~bertos. pelo volume aparente do ~ &'t81) volume d e ~
Enquanto a porosidade total é ua relação do
fechados do corpo-~e-~rov a pelo, volume 3PUeuie deste ~medi~ e
porosidade aparente e fe~ta pelo metodo de ~
JJOJ.centagem .
descrito
na NBi62:
(ABNT 1997). A porosidade total pode ser calculada pela ..i:&:
. • aJ
densidades re e aparente, cor_uonne orton 0968): - - - - wierença entre as
Poros. real(%)= l~.(dens1dade real - densidade aparente)/densidade real.
Pode-se fazer também uso do porosímetro de mercúrio que &.
. . -
di tnbmçao e d tamanh d ai' '
o e poros, em da porosidade_ esse método somente aiomece a
porosidade conectada é medida, incluindo os micro e nanoporos. A porosidade
,perece destaqu~, ~ma vez que é uma propriedade cha,e dos materiais refratários.
E uma caracte~st:lca fundamental em refratários por influenciar decisivamente
em várias propnedades, como a condutividade térmica. a resistência mecânica, o
módulo de elasticidade, a resistência à corrosão. entre outras.
or bo m ba rd ei o de pa rtí cu la s) te m -s e o im pa ct o alé d
P le xo q d . , m e um m ec
·
mais co m p. 1 am sm o
ue po : en vo ve r ~i cr ot rin ca m en to , fr at ur a dú ct il/ frá gi l
e de sp re nd im :n to de gr a? s :._ A ~b ra sa ~/ er os ão de pe nd e pr in ci pa lm en te da
dureza dos gr~os_e da re si st~n ci a da s lig aç õe s en tre el es . O te st e de er os ão
utiliza a pr oJ eç ao de pa rti cu la s na am os tra , de sc rit o na N BR 13185
(ABNT, 19 99 ), e O re su lta do é ex pr es so em ce nt ím et ro cú bi co de m at er ia
l
removido. O te st e de ab ra sã o é m ai s si m pl es , descrito na no rm a N BR
10247 (A BN T, 19 88 ), e o re su lta do é ex pr es so po r pe rd a de m as sa da
amostra, em gr am as .
o va lo r da re si st ên ci a à co m pr es sã o a frio é indicativo da resistência à
ab ra sã o/ er os ão , m as o co m po rta m en to do material po de va ria r ba st an te a
quente. O s re su lt~ do s do s. tes.tes .mencionados de ve m se r utilizados de
forma co m pa ra tiv a ou 1nd1cat1va, m as não fo rn ec em re su lta do s
definitivos, os qu ai s de pe nd em de te st es de erosão ou abrasão a qu en te , de
execução ba st an te co m pl ic ad a.
A di fic ul da de de ca ra ct er iz aç ão de ss as propriedades se deve ao fato de
que o vi dr o de si lic at os , pr es en te em gr an de proporção em refra!ários
si lic oa lu m in os os , ap re se nt a el ev ad a re si st ên ci a em temperatura am bi en te ,
mais en fr aq ue ce de vi do ao am ol ec im en to em temperatura m_ais el:vad_a.
Norton (1968) sa lie nt a qu e os re su lta do s de testes desse tipo nao sa o
inteiramente si gn ifi ca tiv os . O au to r re la ta o exemplo de um ; am os tra qu~
a 20ºC ap re se nt ou um a pe rd a de 0,115 g, enquanto a 1050 C a pe rd a foi
de 0,255 g, ou se ja , su pe ri or ao do br o.
o~
20 3 2 6 Pr op ri ed ad es m ec ân ic as a qu en te
~e fr at ár io s ce râ m ic os ap re se nt am normalmente comportamen~o
b· t at é m es m o em te m pe ra tu ra
frágil em te m pe ra tu ra s aro ie n es e, classes de ' material. A ausência s mais
de
elevadas, ao co m pa ra rm os co m 0 1!tr~s , um a co ns eq üê nc ia da fo rte
1
co m po rta m en to p as i, t · co do s ce raID 1c os e
d ateriais também explicada pe la
ligação iô ni ca e/ ou _covalente des~~s :e nt o de 'planos atômicos (critério
ausência do s ci nc o si st em as de es iz a ltas os materiais cerâmicos po de m
de von M is es ). Po ré m , a te m p~ r~ tu ra ~: um ; maneira geral, a influência da
apresentar co m po rt am en t? pl a? t1
temperatura po de se r v1 su ah za
~º; or meio do gráfico da Fi gu ra 8,
P
mostrado ab ai xo . te vai até ,..., 1OOOºC para os cerâmicos
A re gi ão A (F ig ur a 8) no rm al m en to frágil. N es sa região, não há
e é ca ra ct er iz ad a pe lo co11:1portam_en to da a deformação se rá no campo
movimentação de di sc or dâ nc ia s. A fi ~~ se rá liberado na fo~m_a d.e _nova
elástico e o qu e ex ce de r ao se u G rif fit h A lig ei ra d1 m m m ça o da
'
superfície de de fe ito , co m o es ta be le cedau te m pe ra tu · ra · - A ' d vi da
na r~giao , e e
resistência m ec ân ic a co m o aurne,nto qu e diminui o modulo de
O
ao aumento da vi br aç ão do s atom~J '. (Y) Fi ca mais fácil romper 0
elasticidade (E ) e a en er gi a de su pe r icie ·
material.
S. Roca Bragança e C. Pérez Bergmann
636
.."
..--
::::,
~ o
1~
V
T5
~• 411
e
•
,.,.,.o A t-
e
•
t-
TAB
Deformação
Temperatura
Figura 8 - Comportamento ideal da temperatura versus tensão de fratura e tensão de deformação para as
regiões A-B-C (DAVIDGE, 1979).
·u
Carga: constante Deformaçlo x temperatura
Refratariedade sob Temperatura: varlével
carga {crescente)
dT/dt = constante
T
Tensão x defonnação
Carga: variável
Resistência a quente Temperatura: constante
é = constante ªC_
e:
Defonnação x tempo
!Fluência
Carga: constante
Temperatura: constante
é =variável ·~ t
Resistência após choque
ténnico x diferença de
Temperatura: variação temperatura no resfriamento
Choque térmico rápida (resfriamento
brusco)
ªth:_
AT
~
f/)
<> C/)
~ <>
u. ~
a:: u.
::1::
1
.6T NO RESFRIAMENTO
AT NO RESFRIAMENTO
w ~
Figura 9 - Curvas teóricas de perda de resistência (módulo de ruptura por flexão - MRf) após choque ténnico por
resfriamento em água (diferença de temperatura entre forno e água a 25°C - L1'D. (A) Cerâmicas densas. (B)
Cerâmicas porosas.
,1
li
ira 10 _ Ilustração de um cilindro com dilatação impedida.
S. Roca Bragança e C. Pére:. Bergmann
640
Oliveira
Refratán os (~OOO)
~t.al. ~~ormados são classificados de acordo com a NBR 10237
nao-co,w
(ABNT, 2001) (Tabela 1 - Classe quanto à forma) em:
• argamassas;
• concretos densos e isolantes;
• massa de socar;
• massas plásticas;
• massas de projeção;
• massas granuladas secas. .
A seguir, faz-se uma discussão das características e propned ades de cada
grupo.
20.4.1 Argamassas
. A ~rincip_al -~ferença e°!' ~lação ao ~itnento portland é que este depende das
Jiga~0e. do. ilicato de cálc10, os quais, se presentes em concretos refratários
Ie, an:1111 à ~egradaç_ão do. m~terial co~ o calor e, mesmo em pequen~
quanndade . tomecenam sílica a compos1ção, o que reduz significativamente a
refrarariedade. O" aluminatos de cálcio são conhecidos na composição do
cimento portland.já que são utilizados como aceleradores de pega e também para
aumentar a re·istencia dos revestimentos aos sulfato da água do mar, em
aplicaçõe de ponte . píers. etc. Ligantes não cimentício têm ido desenvolvidos
e utilizado com uce o. Como exemplos, têm-se a alumina hidratada. a sílica e
alumina gel e ligante químicos, como o fosfato de monoalumínio. o ácido
fosfórico e o ilicato alcalinos.
O concreto também utilizam diversos aditivos que aju tan1 as propriedades
físicas de acordo com a aplicação. Assim, os aditivo de empenham uma série de
funcões. como no controle do escoamento e da reologia. para controle do tempo
de pega. redução do teor de água de ligação e até para controle no estoque.
Xormaimenre. o teor de aditivos não chega a 1% .
Os concreto refratários são divididos em:
• concreto comum:
• concreto de baixo cimento: teor de óxido de cálcio de 1% a 25%~
• concreto de ultrabaixo cimento: teor de óxido de cálcio de 01% a l %~
• CC!lcreto isento de cimento: teor de óxido de cálcio< 0.2~. . .
O c!ese~·:ol imento de concretos que utilizam me?or tebor_ d~ c2mednto v1__ou a
~Ii~,-.n,,. · .· simultaneamen te. a u t1tmçao o, t1Jo1o
,.. ~ IDaI exioentes e. , d ·d · · al 1ente
refratári A ~ -º d ores teores de cimento e e,1 a. pnnc!p n .
ao 1l"~t ~ ~- - u
"4V LC aue as propne
ça~ daedmenf" ·cas e a resistência mecânica e, tão diretamente
es 1s1 , di · . , b
lio,;.,A-- ·
~ u.\.:4.!) ao teor de a_
,
a ua u tiliz. d
a a. A quantidade de agua a
- da c1onru, e
·· om
lew.brar. nãc den.o~~ omente da estequiometria da readçao e cupra'·taJª toquoe
determina ,r- - .. d d O bom escoamento a ma .a. 01 n .
ae _!ambém a :rabalhabili ª ~ ~ cimento e em cimento foi po sível
raças
0
Uso
a.o c!e en\oh imento de sistema a l
c!e
0 e a.dos te aci-i, . e controlassem
:a
, ~moh1mento de concretos_ de ave~ de ligante cerâmico. e químico ,
ª reo 00
do concretos.
risco de ~egregação durante o
de água aumentam os
s /((J('(I / llfl>f(lll('fl ,. ( ', , ,,,,,•• llt•t>(///fl/111
646
20,4.4.3 Instalaça
e Os .refratárim/ ( - 1'Y'l1stur
. sao u.u ados com água, manual ou
. "
mecani
·
camcnl c,
rn rn1sturadora•, , ou misturadoras de tambor. A c~ns1.st~ncia ou .º grau <.1e
escoamento são \ , aos dos concretos da construçao c1vJl. Inclus1vc, pode
·--- --~
648
S. Roca Bmgcmça e C. /liin\. lkrg111111111
..
. - N
de fluência 1,vre. a corr"l'l
\.: e. cons1stc11e
•• m. ,
do 111 ,111111 d p1>1 p n ,. 1010 ou vazado e
instalados de modo convcnc1ona 1. l 1e 1110 ( l
1
moldado no local de instalaçüo. quando pos~ VL' ·. . ·IO h d,· 1,uixo <'imcnlo te
i s, 1 olvimcnlo dos com t t , vc
Paralelamente _ao ee~c ~ . , , vos m<-tnclos dt. ;w 1i1 l;u.~·: o , l>a sca<.Jos cm três
também a evoluçao t~cno 1ogtca l 1e no .
fom1as:
• vibração:
• auto-escoamento:
~~~~1~{!~imeiro pa o evolutivo. os concn:tos pussunun H HC! ' bombeados cm
bombas especialmente projetadas para cs~e rim; m:t:lernn,.lo 11•1111 1.o O .trm~spo1tc e
a instalação. Porém. a colocação por v1bnwao ameia '011 111!1 1,1 o:-; pioblcmas
intrínsecos a e a técnica. como a dificuldade de pn.ü11dlllncnl o ~ompleto,
principalmente em locais como a base das âncoras. r.~1~1 11uw..ol:ipu sc~L~~1~tc; com
o desenvolvimento de concretos aulo-cscoant<.:s. foi poM·,l Vt·l a ulJl1zaçao de
bombas de concreto comuns. disponíveis cm toda pari<.-, e eliminou-se a
necessidade de vibração. podendo se realizar a aplkac;~ío por sí,nplc:i vazamento.
A formulação desse tipo de concreto se baseou nas técnicas uc dcfloculação
empregadas na indústria cerâmica. Os concretos defloculmlos utilizam pelo
menos um detloculante e. geralmente. um mínimo de 2'14, cm peso uc partículas
ultrafinas (<lmm). como a microsílica ou aluminas reativas.
Na década de 1990. ocorreu um grande avanço na tecnologia de concretos,
propiciando um enorme ganho no tempo de instalação, graças aos concretos de
projeção shotcreting que combinam os avanços das técnicas de misturas com o
bombeamento e projeção por jatcamcnto. A c.lifcrcm;a para o bombeamento
c~nvencional está em u.m. bocal especial ao cabo da mangueira que permite a
nustura com ar coll'!pnnudo (a -0,4-0.SMPa) e pequena quantidade de um
acelerador. O reduz1d~ tempo d~ pega permite a instalação sem fôrmas.
A~ente,. o consunudor conta amda com concretos de multiviscosicJa<le que
pe~tem a mstalação por diferentes técnicas. simplesmente se alterando a água
de nustura (Krietz, 2004).
. - qulllli
' ·ca dá uma idéia das propriedades finais, mas não fornece
A compos1çao d.1 - d · E
indicação precisa sobre o desempenho nas .con y~es e s~rviço. sse. só é
contemplado conhecendo-se as alterações ~neralogicas _e rrucroestrutura1s, as
quais vão ser uma função direta do mecanismo de qu~u:1a_e te~peratura de
uso. Esse fato explica também O porquê de produtos s1m1lares de mesma
classe apresentarem desempenho diverso . ,
o comportamento de concretos não-conforma dos _e semelhant~. aos
tijolos não queimados ou curados, porque ambos dif~r~m dos tlJolos
queimados - estes são fornecidos com microestrutur ~ def1n1da. E~tretanto,
a família dos não-conformados possui ainda maior complexidade na
definição de suas propriedades, por dependerem do procedimento da etapa
de sua secagem. Além disso, dependem também de suas propriedades
reológicas que determinam a sua correta instalação.
Nos concretos comuns, a de adição de água obedece ao compromisso
entre maior trabalhabilidade, favorecida pela maior quantidade de água
adicionada (é comum o operador "querer" adicionar mais água), ou maior
resistência mecânica e química em geral, obtida com menores quantidades
de água adicionada à massa refratária (a resistência cai devido à maior
porosidade deixada pela água perdida na secagem).
Como vi~to, entre os refratários não-conforma dos, as propriedades
podem vanar bastante. Destacam-se as qualidades dos concretos
deflocul~dos (e baixo cimento) em relação aos concretos comuns:
• densidade de empacotamento maximizada·
• baixa porosidade e elevada densidade· '
• elevada resistência mecânica a quente' e maiores valores de resistência
em geral;
• melhor resistência à erosão, à corrosão e ao choqu t, · .
• menores teores de CaO· e ermico,
: dis!ribuição ~e .taman~~s de poros mais fina;
ma10r condutividade termica.
De um modo geral graças ao d 1 .
com teores de cime~to significatf~envo vimento. de concretos re!ratários
tanto refratários conformad amente_reduzidos, pode-se dizer q~e
propriedades similares Por co os c~mo nao-~onform ados vão possuir
2'l 3 são válidos a amb.as as cl~:::s~mte, os pnncípios discutidos na seção
ri.ais abrasivosª
8 bra ão, o abrasivo possui maior dureza 4téf.l d .
de0 endo a dureza definida como resistência ao /: Dllllenál sobni,; 01Qill
ª·
at 0 ·abrasivos são empregados em uma ampla ab,_!~êou.pedne~~odad.
· · 1 · d - e&a.ug nc1a e ativt es
. dustriai , me u1n o operaçoes de corte e poliment d . d
in . geral na E h . e· . o e pisos e e
·uperfície ~m . . . nge~ ana ivtl. Ao longo do tempo com a
Ji\'ersi_fi~açao e I~tenSificaç~~ das ~tividades industriais, t~mou-se
ne~essana a obtençao de m~tenais abrasivos de características controladas.
st
A: pesqui a~ ?~ e c.ampo tiv~ram os primeiros sucessos na descoberta do
1
~arbeto de s1h~ 0 (SiC). Surgua,!11~ também, os superabrasivos (diamantes
·intéticos e mtreto de boro cub1co) e os materiais cerâmicos de alta
performance. à base de óxido de alumínio (Al Q ).
2 3
Tipode= :J
abrasivo
Granulometria
do abrasivo
Dureza _ _ _ _ __
relativa
Concentração - - - - - - - -
ncretos Tipo de _ _ _ _ _ _ _ _ __
pode-5: ligante
doS vao
Profundidade
·scutidos da seção abrasiva
Figura 11 - Especificações das características de um rebolo abrasivo.
75 , - - - - - - - - - - - - - - - - - - .
Diamante
60 , - - - - - - - - - - - - ~
íi'
a.
~ 45,-------------_J
o
o
e
:.:
Ili
N ]O -_J
1 - - - - - - - - - - - = -~
~
Carbetos
~ cementados
Aço
ferramenta
nteresse tec
ndamentação Segundo ainda o gráfico da Figura 12, o diamante, por ser sobejamente o
e escalas de mat~rial de maior dureza e o de maior resistência mecânica. É empregado
efetivamente para o desgaste de todo e qualquer outro material (cerâmicos
0 tensionamet. vidros, concretos, pedras naturais, e metais de elevada dureza). Entretanto, por se;
pio. Vickerse formado por carbono, pode degradar quimicamente a temperaturas alcançadas
tificar a duit durante o desgaste abrasivo de materiais ferrosos, sendo essa uma forte limitação.
diferentes nu
2053 Tipos de abrasivos
20 .5 .3 .1 Óxido de Alumínio
O óxido de alumínio (ou alumina) é um material cerâmico com muitas
aplicações em diferentes campos da Engenharia. Para seu emprego como
abrasivo, a alumina é obtida a partir da fusão da bauxita a temperaturas da ordem
de 2000ºC. O óxido de alumínio obtido é granulado e fornecido em diferentes
gran~lometrias. Os grãos são de elevada dureza, de morlologia _irregul81:. Podem
tambem sofrer adit, ,ação com Ti02 , ou Cr20 3 e Mgü, dando ongem a diferentes
abrasivos. São em .-gados no desbaste de materiais como aço de alta liga, ferro
fundido nodular , . ,-leável e também para materiais não ferrosos no caso de
aplicações com h
A alumina adit1 com óxido de zircônio apresenta arestas cortantes, elevada
654 S. Roca Bragança e C. Pérez Bergmann
20 .5 .3 .2 Ca rb et o de silício
o carbeto de silício é obtido ~d us tr i~ en t~ em fomos elétricos em
temperaturas ac im a de 20 00 ºC , a pa rti r da sílica (S10 2~ ~ coq~e petróleo na
proporção 60-40, respectivamente ..~~ nf or ~e a co m pos1ç ao quuruca (aditivaçã
?e
o
e impurezas), a co r do carbeto de s11íc10 va na de ver~e a pr eto .
Os abrasivos de carbeto de silício sã o i~ du stn al m en te empregados para
desbaste em materiais co m o ferro fundido cm ze nt o, br on ze , alumínio . latã
o.
granito, mármore, refratários, en tre outros.
20 .5 .3 .3 Di am an te
O diamante empregado co m o abrasivo po de te r or ig em natural ou ser obtido
artificialmente através de técnicas de altas pr es sõ es . Po ss ui susceptibilidad
ea
el ev ad as te m pe ra tu ra s, po de nd o de gr ad ar -s e em se rv iç o (fenômeno
de
grafitização). E o mais nobre do s materiais abrasivos e de mais amplo uso
.É
utilizado na fo rm a desde pó s submicrômetros at é gr ão s na or de m do milímetro.
É
empregado no desbaste de materiais du ro s e frágeis, incluindo-se cerâmica
s.
pedras preciosas e semipreciosas, entre outros.
2053.4 Ni tre to de bo ro cú bi co
O nitreto de bo ro cú bi co (BNcúbico) é ob tid o artificialmente. A forma cristaliro
cúbica (estrutura cristalina se m el ha nt e ao diamante) é a qu e apresenta
3-)
propriedades de interesse pa ra o us o co m o abrasivo. Su a du re za é inferior apena
s
~ do diamante; po ré m , diferentemente de ste , nã o apresenta o fenômeno de
~ - É em pr eg ad o industrialmente co m o bi ts pa ra a usioagem de
·,ft··s ferrosos, qu e po ss ue m ca rb on o, co m o aç os te m pe ra do s e ferro.
~,....i ..... ..
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