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e 1enc1as e Engenhar'1 d M . .
Geraldo Cechella Isaia (Organizador/Editor) ª os atenais
© 2010 IBRACON . Todos direitos reservados.
Capítulo 12
12.1 Introdução
12.2.1 Origem
A matéria-prima que dá origem ao polímero chama-se monômero. o
monômero pode ser obtido não só do petróleo ou gás natural, mas também da
madeira, do álcool, do carvão e até do C02, pois todas essas matérias-primas são
ricas em carbono, átomo principal que constitui os materiais poliméricos.
Contudo, a forma mais econômica e abundante de se obter a matéria-prima para
síntese dos polímeros é a destilação dos componentes do petróleo, por meio da H--
qual uma fração, denominada nafta, é destinada às petroquímicas para produção
dos polímeros.
113, Estrutu
12.2.2 Hidrocarbonetos
I1Jl Conce
Considerando-se que os polímeros são compostos da química orgânica,
constituídos basicamente por hidrocarbonetos, isto é, são compostos formados
por átomos de carbono e de hidrogênio, neste item serão revisados alguns
Polímeros
fundamentos importantes relacionados à microestrutura dos polímeros. Em constituem de
primeiro lugar, é preciso considerar-se que os átomos de carbono fazem ligações c~amada de
covalentes. Sabendo-se que cada átomo de carbono possui quatro elétrons na OJOnômero a
camada de valência, estes compartilham quatro elétrons, formando, assim, quatro ctotenas, mil
ligações interatômicas. Os átomos de carbono compartilham seus elétrons, mais aoma moléc
freqüentemente, nos hidrocarbonetos com os próprios átomos de carbono 1imbolizado
adjacentes, com hidrogênios ou, ainda, mais eventualmente, com heteroátomos cadeia polim
que possam estar presentes nas moléculas, comumente halogenetos, oxigênio e Na fabrica
enxofre. ll!onômero
Se um átomo estiver rodeado por quatro outros átomos, este preferencialmente ~·lllftro , e
compartilhará elétrons com seus vizinhos, ou seja, cada átomo contribuirá com ~OSseg~i;·'.
um elétron, formando-se a ligação covalente. A molécula formada é dita saturada, Olol l
ou seja, o átomo de carbono realizou ligações simples, como é o caso do metano,
A. CCUlar in
'l( fta,...
CH4, o mais simples dos hidrocarbonetos, representado por sua fórmula estrutural ~ªti' ,ao. A
"os ·
tfctuar , isto
na equação 1.
1
H satu Utna
ttc) rações
(Equação 1) ~Ir Se ex·'
C --- H lllei t
H/ "'\H OtPo4:ser
~~,llle
Entretanto, se um átomo de carbono não estiver rodeado por outros quatro ti.."lí Ili~
átomos, este formará ligações com carbonos adjacentes até que tenha formado as
Microestrutura dos Polfmeros 357
. .cos são aqueles produzidos pelo homem, den!re º.s quais estão o
sintétl 1· t·leno o PVC policarbonato , o pohmetilmeta crilato
nylon o po 1e 1 , , e
polietileno tereftalato .
.
12 3 .2 Estrutura das macromoléc ulas
o polímero que é constituído apen.as de um tipo de mero é
d o minado homopolímer o. Pode-se citar como exemplo o mero
fi;mado pelo monômero cloreto de vinila que forma o policloreto de
vinila (PVC), mostrado na Equação 4.
n
H,
H/
e-e /H
'- c1
cloreto de vi111a
_. (-{-P/n H CI
(Equação 4)
Monõmero (A ) -+ homopollmero
nA A-A·A·A-A·A·A·A·A-A-
Monõmero (B) ... homopolfmero
me -B-B-B-B- B-B-B-B-B -B-
-A-B-B-A- A·B-A-A-A -
Copolúnero estatístico
•
...
• .,-~••
•
.,1.>,:.
Copollmero
Estireno
de Butadleno - SBR Estireno e Butadieno
i (
"&"
fenol
+ g' +
CH
formaldeído
"1g:r"OH H20
~ 1§:rcH, -
OH )
n (Equação 6)
polifenol (baquelite)
poliéster ,
como subproduto.
J. Proszek Gorninski e e. de Souza Kavnierczak
362
H H H H
H HHHHHHH 1 1 1 1
1 1 1
H- N-c-c-c-c -c-c-N-H
1 1 1 1 1
+ n Hooc-c -c-c-c-cooH
1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 H H H H
H H H H H H
ácido adíplco
hexarretllenodlamlna
H HHHHHHHOHHHH O)
(
-~-t-t-t-t-t-t-~-~-t-t-t-t-~-
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
(Equação 8)
HHHHHH HHHH n
nylon-66
·cooJf r-:iess~ equação, Y P.,°de ser um ~~o substituinte como hidrogênio, alquil, atil,
nitnl~, ester,_cet?na, eter ou halog~ru?. O polietileno (PE) é formado quando o
rnon~m~ro Vt_?íhco tem como substitumte de Y o átomo de hidrogênio. Quando 0
subst~tu~nte ~ o ~loro, forma-se o policloreto de vinila (PVC). Quando 0
substitumte e o _fluor, forma-se o politetrafluoretileno (PTFE). Quando há um
grupamento metila, forma-se, então, o polipropileno (PP). Esses além de outros
tipos, são exemplos típicos de polimerização por adição. '
A seguir ~ão mos~radas estruturas químicas que apresentam os monômeros e
seus respectivos pohmeros formados por adição. O Acetato de Polivinila (PVA)
mostrado na Equação 1O, é obtido a partir do acetato de vinila. É muito usado n~
produção de tintas à base de água (tintas vinílicas) e de adesivos.
H H
1 1
-+ -C-C--
1 1 (Equação 10)
H C=O
1
o-cH 3 n
acetato de polwinila (PVA)
Na Equação 11 apresenta-se politetrafluoretileno ou teflon, obtido a partir do
tetrafluoretileno. É um polímero resistente ao calor e à corrosão por agentes
químicos. Por isso, apesar de ser caro, ele é muito utilizado em encanamentos,
válvulas, registros, panelas domésticas, próteses, isolamentos elétricos, antenas
parabólicas, revestimentos para equipamentos químicos, etc.
-({-Pln
F F
(Equação 11)
tetrafluoreto devinila
polltetrafluoreto de vinUa (Teflon)
H H H)
A',::bi ~ares
-+ -t-c=t-t- (Equação 13)
...rlolêC tens
~1e1:~0 de .
( 1 1 1
n u~; ..:f11a5 Cl
cloropreno
H CI H
pollcloropreno ou neopreno
taS álUV' ara
~ciente p
oslll' amenos
rais f~Jaçatlleo
No Quadro 3 encontram- se rel ac ion ad os alg un s po lím ero s de adição e d ~sen.LI" (bidrºº
condensação e suas sig las . e 1~téU c0, JlleC"
resistência JllOl
Quadro 3 - Polímeros formados por poliadição e policondensação. ·xa Jllassa ~
o.11 exceçao
Pollmeros fonnados por reações de Pollmeros fonnados por reações de CoJJl taca
polladlção pollcondensação não aprese~ .b
iiol uma distn
Polietileno - PE Resina epó xl - ER
;Niedade de
Poll (tereftalto de etileno) - PET
Pollproplleno - PP ~iÍillero é me
Pollbutadleno - BR Polluretano - PU a,s.sociada às su
Poll (cloreto de vinlla) - PVC Poll (dimetll-slloxano) - PDMS 005 processos
Pollimlda - PI
eovemados pel
Poll (fluoreto de vlnllideno) - PV DC
~ções de poli
Poli (éter-sulfona) - PES
Pollacrllonitrila - PAN ~~ponibilidade
Polllsopreno - IR Poliamida -11 - PA-11 cadeia em cre
Copollmero de estlreno-acrilonitrila - SAN Poll (óxido de fenlleno) - PPO !letenninado pel
radical ou te ·
Co pol fme ro de estlreno-butadle no-acrilon itrlla- Poll (tereftalato de butlleno) - PBT
ABS Devido à
Poli (óxido de metileno) - POM
valores médios
Co pol fme ro de etileno-acetato de vinlla - EVA ,
O
Ulllérico médi
12 .4 .1 Pe so m ol ec ul ar mé di o e di str ib ui çã o (D PM )
--M,-.:::
Um a da s características ma is im po rta nt es , qu e dis tin gu e os po lím ero s sin téti cos
de um a simples molécula or gâ ni ca é a ina bil ida de de sse s po lím ero s em apr ese nta r
um a m as sa molecular ex ata . De qu alq ue r fo rm a, o ca rá ter ma cro mo lec ula r. dos
polímeros é, se m dúvida, a ca ra cte rís tic a ma rc an te de ssa cla sse de ma ten ~ .e
aquela qu e define, basic am en te, a or ig em da s pr op rie da de s qu e es se s ma ter iais
t
possuem.
O efeito do tamanho da mo léc ul a na s pr op rie da de s po de se r fac~1r nen :
exemplificado tomando-se co m o ba se os hid ro ca rb on eto s. Ne ste s, à me di d~ q~
aumenta a quantidade de ca rb on os na ca de ia, au me nt a a ma ssa mo lec ula r. ºde
isso, ocorre um incremen to na s pr op rie da de s, co m o, po r ex em plo , n? p~ nto Ies
eb ul içã o qu e au m en ta co m a m as sa mo lar . O me tan o, o ma is sun P
Microestrutura dos Polfmeros 365
"N-M~
L.., I I
"w-M·
L.., 1 1
(Equação 15)
M,r IN;M; = "
L.., ·w;
11.41.l Polímev
Os polímeros
Mn Mw
ll resfriarem, re
massa molar f')límero viabili~
Figura 2 - Distribuição de pesos moleculares para um polímero. oomo a extrusã
O peso molecular dos polímeros exerce efeito sobre uma série de ~ polímero
propriedades e características desses materiais, incluindo a temperatura de remodelados por
transição vítrea (Tg) 2 • Os polímeros com massa molar mais baixa, por Ocomportame
possuírem maior mobilidade, cristalizam-se a temperaturas mais baixas do que ~luras molect
aqueles dotados de maiores massas molares . Polímeros com baixa massa squÍmicas
molar são mais fáceis de serem dissolvidos e, quando em solução, alteram em ~rn
11111..
.1
ser ~a
1 ·1
' Cl m
menor grau a viscosidade dessas soluções. Por fim, polímeros com maiores l"'IIJUOtaj
tia.ia . s mater
massas molares apresentam módulo de elasticidade, usualmente, com valores
~laçio~r facilic
superiores aos de correspondente s amostras com mais baixas massas molares
e maior resistência ao impacto. ~Ol~Ulfas.
~Ire- ~ 1
12.4.2 Estrutura das cadeias poliméricas ~ias P~ssat
,~lhnéric
Os polímeros podem ter suas cadeias sem ramificações, admitind º ~~"Sereia,
conformação em zigue-zague - polímeros lineares -, ou podem apresen~ sque U
ramificações, cujo grau e complexidade podem ir até o extremo da formaçao
de retículos, resultando no que se denomina polímero reticulado, ou pol~1e~o
com ligações cruzadas, ou ainda polímero tridimensional. A forrnaçao. e
retículos, devido às ligações cruzadas entre moléculas, "amarra" as cadeia_s,
impedindo o seu deslizamento, umas sobre as outras. Como consegue ··"nc1a
2A rr é . ti . é .
\. g) um importante e eito t nruco que pode ser utJ·1·1zado para a caractenzaçao
. - de poJ'1meros e outrOS materiais
rn do
amorfos ou semicristalinos. A Tg é a propriedade do material pela qual se pode obter a temperatura da pnssn!:!\1e,1
estado vítreo para um estado ·'maleável", sem ocorrência de urna mudança estrutural. A parte amorfa do mntert
responsável pela caracterização da Temperatura de Transição Vítrea.
Microestrutura dos Polímeros 367
Polímeros
De
Elastômeros · Pd
Plásticos Fibras
,,
Cc
1. bu
JI
Plásticos de Plásticos de
uso geral engenharia Fl
De uso geral e de
uso especial
ll.4.3 .1 Elastômeros
Borracha, ou elastômero , 'be
elasticidade em long f . ' ,e um material macromolecul ar que eX!
obrigatória para umª aixa, ª temperatura ambiente. Uma caracterí5uca
molecular contenha li c~~portament o elastomérico é que a estr~tur:
g ç es cruzadas, ou seja, tenha sido submetida
Microestrutura dos Polímeros 373
Pro rtedades
Excelentes propriedades fislcas;
boa resistência ao corte, à
abrasão; baixa resistência ao
calor e ao ozônio; boas
ro riedades elétricas
Copollmero estireno- GRS Boas propriedades físicas; As mesmas da NR
butadleno (SBR) excelente resistência à abrasão;
baixa resistência a óleos, ao
ozônio e ao lntemperismo.
Copollmero acrilonltrila- Buna A Excelente resistência a óleos Mangueiras para
butadieno (NBR) vegetais, animais e de petróleo; gasolina e para
propriedades fracas a baixas produtos qulmlcos;
temperaturas. vedações; biqueiras e
solas.
Pollsslloxano Silicone Excelente resistência tanto às Isolamento térmico para
(VMQ) temperaturas baixas como temperaturas altas e
altas; excelentes propriedades baixas; tubos para
elétricas. utilizações com
alimentos e para fins
medicinais.
Excelente resistência ao ozônio, Fios e cabos;
Cloropreno CR
ao calor e às Intempéries; boa revestimentos de
resistência aos óleos; excelente tanques para produto~
resistência a chamas. qulmicos; mangueiras,
veda es.
m o ld a d o s , p o r a ç ã o is o la d a o u c
. o n j~ n ta d e c a lo r e p re s sã o . O
t'
po l 1 e 1 le n o p o li p r o p il e n o o s p o h c a r b o n a to s , o s
, O e p ó x is
'
e x e m p lo , e n q u a d r a m - s e ,na .c a te g o ri .
1 , · A l , Por
são m u it o r íg id o s e frage1s; o u tr a do _ s p a s tl ~ o ~ . g~n~ plásticos
o s s a o flex1ve1~, e x ib in d o tant
d e fo rm a ç õ e s e lá s ti c a s c o m o p lá s ti c
a s q u a n d o te n s 1 0 n a d o s . Algumaº
v e z e s , e x p e r im e n ta m d e f o r m a ç ã o a n
te s d a f r a tu r a .
1 P lá s ti c o s rí g id o s s ã o o s q u e , s o b a t~
um a lt o g ra u d e te n s ã o , is to é , s ã o m p e r a tu r a a
.
~ b 1 e n te , suportam
res1ste,n~es m e d ia n te !entativas de
s
p u x á -l o s ou e s ti c á - lo s . M a s , a o
c o n tr a n o d o s e la s to m e ro s , não
e x p e r im e n ta m m u it a d e f o r ~ a ç ã o a ~
te s d e s e r o m p e r e m . Os pl~sticos
rí g id o s o r ig in a m - s e d e m o le c u la s lt
~ e a r ~ s , e : d e p e n d e ,n d o do tipo de
u n id a d e r e p e ti ti v a e d o g r a u d e p o
h m e n z a ç a o , o p o h ~ e r o pode ser
u m s ó li d o ou u m a r e s in a lí q u id a
. A p r e s e n ta m c a d e ia s altamente
re ti c u la d a s e m u m a e s tr u tu r a o u r e 12.43,31
d e tr id im e n s io n a l. P o r isto, têm
m ó d u lo e le v a d o , r ig id e z e a lt a r e s is As fi
í O s p lá s ti c o s f le x ív e is n ã o r e s is te m
tê n c ia à d e f o r m a ç ã o .
ta n to à d e f o r m a ç ã o quanto os pnnciP~
r íg id o s e , p o r is s o , s ã o m a is r e longos
s is te n te s à r u p tu r a , costumam J
a p re s e n ta r a lt a c r is ta li n id a d e e m ó d de vo::
u lo d e m o d e r a d o a a lt o . Do ponto
d e v is ta de a p li c a ç ã o , o s p lá s ti c de defo
o s d iv id e m - s e e m d o is grupos:
p lá s ti c o s d e e n g e n h a r ia e p lá s ti c abiasão.
o s d e u s o g e r a l. E s te s podem
te rm o p lá s ti c o s ou te r m o r r íg id o s . O elasticid
s p lá s ti c o s d e e n g e n h a r ia foram
d e s e n v o lv id o s p a r a s u p r ir la c u
n a s d e a p li c a ç õ e s e exibem ~lo pr
c a r a c te r ís ti c a s d if e r e n c ia d a s . O
I' p r im e ir o d e s s e s m a te r ia is foi Atu
d e s e n v o lv id o p e la in d ú s tr ia D u P o n t material
1 e m 1 9 5 8 , o P o li a c e ta l.
O s p lá s ti c o s d e e n g e n h a r ia a p
r e s e n ta m m a io r m ó d u lo de de fib
e la s ti c id a d e e s u b s ti tu e m m a te r ia
is tr a d ic io n a is , d e v id o a suas celulos
p r o p r ie d a d e s , ta is c o m o : r e s is tê n c ia
à c o r r o s ã o , is o la m e n to elétrico, ambien
a lt a r e s is tê n c ia ao im p a c to ,
b a ix o p e s o e f a c il id a d e de superfí
p r o c e s s a m e n to . T o d o s o s p lá s ti c o s
d e e n g e n h a r ia s ã o termoplásticos, mono~
is to é , n ã o r e ti c u la d o s , e s u a f
u s ib il id a d e p e r m it e m u m fácil compari
p r o c e s s a m e n to . A p r e s e n ta m b o a r e s
is tê n c ia m e c â n ic a e durabilidade. As fi
A resis_!ência à ,o x id a ç ã o e a o in
te m p e r is m o te m r e la ç ã o com a ftesco
s a tu r a ç a o ,dª. m o le c u la ; e s ta n ã o a p r
e s e n ta in s a tu r a ç õ e s s u s c e tí v e is ao aade~
a ta q u e q u im tc o .
O s p lá s ti c o s d e e n.g e n h a r ia e s tã o d PIUprie!
iv id id o s e m d o is g ru p o s : de uso
g e ra l ,e d e u s o e s p e c ia l. E s te s ú lt im
o s c o m e ç a r a m a s u r g ir a m no final 12.s. ~
d a de.cada d e 7~ .. Tra~a-s~ d e p lá
s ti c o s d e a lt o d e s e m p e n h o , com
p r? p ~ ie d a d e s ad1c10na~s a q u e la s
d o s p lá s ti c o s d e u s o geral. Os
p la S h c o s d~ u s o e s p e c ia l s ã o te r m
o p lá s ti c o s , d e e s tr u tu r a s lineares,
s u ~ s " c a ? e ia s :P _ r e s e n ta m a n é is
a r o m á ti c o s . A p r e s e n ta m aJ~a
r~sIS.tenci~ J ? e c a m c a , m ó d u lo e le v
a d o , d u r e z a e n o tá v e l resistência
!·
te n c1 P la st1 c o s d e e n g e n h a r ia d e
u s o g e r a l e e s p e c ia l encontram-se
r e la c io n a d o s n a Quadro 8.
Microestrutura dos Polímeros 375
Quadro 8 - Plásticos de uso geral de enge h .
' n ana de uso geral e de uso especial.
Plástico de uso geral Plâstlco de engenharia de
uso aeral Plâstlco de engenharia de
polietileno PE Polietileno de ultra-alto P uso esoeclal
molecular UHMWPE eso Poli (tetraflúor-etileno) PTFE
Poli (cloreto de vlnila) PVC Poli (óxido de metileno)
POM Pollésteres liquidas-cristalinos
Poli (metacrllato de metlla) -PAR
~~ (tereftalato de etileno) _ Poli (sulfeto
PMMA de fenlleno)
PPS
Poli (cloreto de vlnilldeno) Policarbonato • PC
PVDC Poll-lmldas - PI
Poliuretano - PU Poli (fluoreto de vlnllldeno) _
PVDF Poli (éter-sulfona) - PES
Pollestlreno os Poliamidas allfátlcas PA Poli larll sultana) PAS
Resina de uréla-formalde!do Poli (óxido de fenlleno) _
Poli (éter-cetona) - PEK
UR PPO
12.4.3.3 Fibras
.As. fibras são macr~m oléc~la s orientadas longitudinalmente, compostas
pnnc1palmente por ~olecu las lineares, capazes de serem estiradas, formando
longos filamentos cuJa relação (comprimento/diâmetro do filamento) é elevada,
de L/D = 100/1. Quando em uso, as fibras podem estar sujeitas a uma variedade
de deformações mecâni cas, por exemplo, estiramento, torção, cisalhamento e
abrasão. Elas devem possuir resistência à tração elevada e alto módulo de
elasticidade. Essas proprie dades são controladas pela química dos polímeros e
pelo processo de estiram ento da fibra.
Atualmente, as fibras de propileno vêm sendo bastante utilizadas como
material de reforço em substratos de cimento Portland. No entanto, outros tipos
de fibras poliméricas podem ser citados: náilon, poliéster, poliamida, polietileno, •
celulose e kevlar. As fibras de polipropileno são quimicamente inertes em ~
ambientes alcalinos, apresen tam sinergia com matri~es cimentíceas ~ possuem ,1
superfície hidrófu ga e podem ser fabricadas em diversas geo1:1etnas,. como
monofilamentos, fitas e filmes. Além disso, possuem massa específica baixa, se
comparadas com as fibras de aço, por exemplo. ,, .
As fibras podem increm entar as propried.ades dos compositos, tanto no .esta~o
fresco como no estado endurec ido, mas o tipo .de fibr~, º. processo !e ap~caç;o,
a aderência com a matriz são de suma 1mportancia para o tençao as
propriedades do compós ito.
. .
Figura 7 - Diagrama ilustrativo do crescimento de um cristal lamelar
J. Proszek Gominski e C. de Souza Kazmierczak
378
amorfa
,,,,
corrosao
.•
,pa,jtll
figueiredn1
:-osi(lade federal de
IJJ 1ntrodução
Figura 8 - Representação esquemática de um esferutilo polimérico .
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