Professional Documents
Culture Documents
EMPRESÁRIOS BRASILEIROS
Fernando Soares Menezes¹
Onécimo Teixeira Filho²
Resumo: O tema a ser abordado ainda é desconhecido para muitos empresários em especial aos pequenos e
médios que se restringem ao uso dessas benesses de redução ou isenção de tributos nas atividades comerciais
exteriores muitas vezes por não saber como funciona, forte concorrência, ou por medo do fisco. No caso do
drawback, esta modalidade apresenta um singular respaldo legal e peculiaridades para expandir os negócios nas
relações de importações e exportações para os empreendedores através de isenções e reduções tributárias
consideráveis não apenas aos grandes, mas a todos, o que potencializaria nosso nicho empresarial aliado a
crescente globalização que abrange cada vez mais o mercado internacional. Identificando e avaliando as
vantagens do drawback aos empresários brasileiros à luz do Direito. Explicar o drawback em conformidade com
as legislações vigentes, organizando sua estrutura e moldes para melhor compreensão do empreendedor que
almeja crescimento. Identificar o motivo do descaso quanto às atividades importadoras e exportadoras pelos
empresários em âmbito nacional, principalmente ao empresário de pequeno e médio porte que começam a
ultrapassar os limites fronteiriços em busca de melhores oportunidades. Verificação em órgãos aduaneiros a atual
adequação e uso dos empresários brasileiros nos termos do regime de drawback. A pesquisa baseia-se na
pesquisa bibliográfica qualitativa utilizando dados fornecidos pelos órgãos responsáveis nesta modalidade de
regime. Fazendo uma análise dos dados obtidos com as doutrinas e informações pertinentes ao assunto abordado
no intuito de sanar o problema de pesquisa instaurado anteriormente. Identificando os órgãos responsáveis
qualificando suas influências e limitações no tocante ao drawback dentro de nosso país.
Palavras-chave: Drawback, empresários brasileiros, benesses fiscais.
Resumen: El tema a tratar es aún desconocido para muchos empresarios, especialmente pequeños y medianos
que restringen el uso de estos beneficios de la reducción o exención de impuestos sobre actividades de comercio
exterior muchas veces por no saber cómo funciona, fuerte competencia, o por temor a la IRS. En el caso de
reintegro, este modo muestra un singular respaldo legal y rarezas para ampliar negocio en la relación de las
importaciones y exportaciones para emprendedores a través de exenciones y desgravaciones no son considerable
sólo los grandes, pero todo lo que nuestros negocios nidos mejoraría combinado con el aumento de globalización
que abarca cada vez más el mercado internacional. Identificar y evaluar las ventajas del inconveniente a la ley de
los hombres de negocios brasileños. Explicar el inconveniente según la legislación vigente, organizando su
estructura y moldes para una mejor comprensión del empresario que busca el crecimiento. Identificar la razón de
la negligencia como importación y exportación de las actividades de emprendedores a nivel nacional,
principalmente al pequeño y mediano empresario que empiezan a cruzar los límites de la frontera en busca de
mejores oportunidades. Control aduanero cuerpos la conveniencia actual y el uso de empresarios brasileños bajo
el esquema de devolución. La investigación será la base de la investigación bibliográfica utilizando datos
cualitativos proporcionados por organismos encargados en este modo. Hacer un análisis de los datos obtenidos
con la información pertinente al tema y doctrinas con el fin de solucionar el problema de investigación
previamente. Identificar los órganos que califican sus influencias y limitaciones para reintegro dentro de nuestro
país.
Palabras-llave: Drawback, empresarios de Brasil, documentos de impuestos.
O drawback aduaneiro continua a ser uma ferramenta antiga e pouco conhecida aos
empresários brasileiros, que ainda não exploram os recursos já vigentes ao se aventurar em
negócios com o exterior. Uma análise jurídica das benesses do drawback para os empresários
brasileiros seria uma forma de esclarecer sobre as vantagens, à luz do Direito, propiciadas
pelo regime aduaneiro especial relativamente às oportunidades e forte concorrência
empresarial vigente. Destarte, poderemos vislumbrar identificando e avaliando em
conformidade com dados e legislação a estrutura do drawback e seus moldes para melhor
compreensão do empreendedor que almeja crescimento no panorama mundial acompanhando
as demandas e o regramento internacional sem o abalo de tributações excessivas que hoje
enfrentam.
A verificação em órgãos específicos sobre a atual adequação dos nossos empresários e
uso nos termos do regime de drawback nos auxilia como forma de qualificar quanto à
utilização de reembolsos aduaneiros para compensar os empresários que se destinam ao
comércio exterior.
Identificar o motivo do descaso quanto às atividades importadoras e exportadoras
pelos empresários, principalmente aos pequenos e médios no tocante à forte concorrência já
estruturada e inserção destes ao regime do qual em certos momentos busca incentivar
fiscalmente e outrora serve como benefício fiscal para exportação dentre outras variações das
quais auxiliariam.
Por outro lado, vemos uma grande quantidade de valores com potencial de
arrecadação, na informalidade, não contabilizado tornando-se desfavorável ao erário, ou seja,
uma renúncia fiscal. A interação entre as nações, principalmente as limítrofes, no caso do
Brasil onde a lista é extensa e assim os tratados que recebem grande incentivo do governo
gerariam mais competitividade entre as mercadorias enquadradas em regimes especiais como
o drawback fazendo com que os nossos empresários evoluam (cresçam) aliados à crescente
globalização e não percam por desconhecimento ou medo do fisco um singular respaldo legal
em suas atividades importadoras e exportadoras evitando perdas valiosas ao país em
comparativo com dados do Departamento de Operações de Comércio Exterior(DECEX).
Tendo como base uma pesquisa bibliográfica qualitativa, utilizando dados fornecidos
pelos órgão responsáveis nesta modalidade de regime. Fazer uma análise dos dados obtidos
com as doutrinas e informações pertinentes ao assunto abordado no intuito de sanar o
problema instaurado quanto ao seu desconhecimento e pouca utilização pelos empresários.
Identificando os órgãos responsáveis em conformidade com suas influências no tocante ao
drawback segundo as leis para esclarecer seu funcionamento em virtude de sua remota
origem.
1 O DRAWBACK
O Termo drawback tem origem inglesa e dentre seus significados podemos citar o
apresentado por, “restituição de impostos aduaneiros pagos sobre a importação de matérias-
primas no momento da exportação dos produtos que elas serviram para fabricar.”
(DRAWBACK, dicionário online).
De Plácido e Silva (2003, p. 501) buscou apresentar o drawback na seguinte definição:
O drawback possui um histórico muito antigo, tanto que suas aplicações são retratadas
em grandes nações como nos Estados Unidos aparecendo em 1789 retratado por Smith (1996,
v. II, p.7).
Os comerciantes e os manufatores não se contentam com o monopólio do
mercado interno, senão que desejam vender também o máximo possível de suas
mercadorias no exterior. Pelo fato de seu país não ter nenhuma jurisdição sobre
nações estrangeiras, raramente ele lhes pode garantir um monopólio no exterior. Por
isso, geralmente os comerciantes são obrigados a contentar-se em solicitar
determinados estímulos para a exportação. Dentre esses estímulos, os mais razoáveis
parecem ser os chamados drawbacks. Permitir ao comerciante recuperar, na
exportação, o total do imposto de consumo ou taxa imposta aos produtos do país, ou
uma parte dos mesmos, nunca pode gerar a exportação de uma quantidade maior de
mercadorias do que a quantidade que se teria exportado, no caso de não se ter
imposto nenhuma taxa.
Regulamentado pelo Decreto Lei nº 37/1966 constitui uma das espécies de regimes
aduaneiros especiais com alternância quanto a sua atratividade extrafiscal ao passo que possui
incentivo e isenção fiscal por parte do governo. Apresenta cinco fatores básicos para
representação das vantagens, são eles:
a) Fiscal: redução de encargos fiscais;
b) Financeira: redução de custos financeiros e melhora no fluxo de caixa;
c) Preço: comparação de preços nos mercados interno e externo;
d) Qualidade: agregação de valor e tecnologia;
e) Negociação internacional: atender exigências dos mercados com transparência legal.
O Estado pode induzir o comportamento de agentes econômicos quanto às importações desde
que estejam direcionadas ao mercado externo. Luiz Henrique Machado (2015, p. 29) diz que:
1.1 MODALIDADES
Tendo sua essência no art. 78; III do DL nº37/66 a esta modalidade temos algumas
peculiaridades quanto ao seu pedido que nos remete a uma exportação anterior, ou seja, uma
situação passada para ser solicitada a isenção no quantitativo e qualitativo dos produtos
quanto, por exemplo, aos estoques, porém, nas mesmas proporções apenas.
2 REQUISITOS
O projeto do drawback seria incentivar exportações. Com base nisso, podemos dizer
que se a empresa necessite de um produto devidamente justificado, mas não elencado, poderá
adicionar através de um ato concessório um produto não previsto. Em conformidade com o
art. 96 da mesma Portaria supracitada menciona:
Art. 96. Poderá ser solicitada a inclusão de mercadoria não prevista quando
da concessão do regime, desde que fique caracterizada sua utilização na
industrialização do produto a exportar.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento
do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de
que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Esta decisão deixa claro como resolver esta situação caso o inspetor da RFB venha
exigir nova certidão negativa, ou seja, o jurídico da empresa deve interpor um mandado de
segurança para impedir a exigência imposta baseada no art.7º §2 da CF/88.
Quando buscamos um controle mais amplo quanto às operações especiais tanto RFB
quanto a SECEX trabalham em conjunto com o Departamento de Marinha Mercante (DMM)
na modalidade suspensão integrado, junto à Secretaria da Fazenda Estadual quando atinge os
tributos de competência dos Entes federados como o ICMS. O próprio empresário também
pode auxiliar para fiscalizar e obter maior eficiência na elucidação de problemas relacionados
as modalidades de drawback.
A solução para o certame seria o empresário utilizar dos meios tecnológicos para
melhor controle de suas mercadorias aliados a uma consultoria especializada na prática do
drawback efetuando, assim, uma base firme para evitar transtornos e perdas muito
significativas, já que as infrações relativas às mercadorias perante a lei representam danos ao
Erário. Desta forma, a punição é severa gerando o perdimento das mercadorias como regula o
DL 1455/76 em seu art. 23:
20000
15000
10000
5000
Importante salientar que ocorrem compras no mercado interno também, como foi
descrito nas modalidades da mesma forma são abrangidas pelo drawback, pelos fatores
agregados os produtos manufaturados representam 88,4% do total na modalidade suspensão
em conformidade com o gráfico do SISCOMEX abaixo:
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Decreto Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966. Dispõe sobre o imposto de
importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Poder Executivo, Brasília, DF,21 de novembro de 1966, p. 13403.
BRASIL. Código Tributário Nacional. Diário Oficial da União. 25 de outubro de 1966.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da
União, Brasília: DF, Senado Federal, 05 de outubro de 1988.
BRASIL. Decreto Lei n.1.455, de 07 de abr. de 1976. Dispõe sobre bagagem de passageiro
procedente do exterior, disciplina o regime de entreposto aduaneiro, estabelece normas
sobre mercadorias estrangeiras apreendidas e dá outras providências, Brasília, DF, abr.
1976.
BRASIL. Decreto n. 8.402, de 08 de jan. de 1992. Restabelece os incentivos fiscais que
menciona e dá outras providências, Brasília, DF, jan. 1992.
BRASIL. Decreto n.6.759, de 5 de fev.de 2009. Regulamenta a administração das
atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de
comércio exterior, Brasília, DF, fev. 2009.
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis
nos 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de
14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga
as Leis nos 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário
Oficial da União,31 jan. 2009.
BRASIL. Lei nº 9.069, de 29 de jun. de 1995. Dispõe sobre o Plano Real, o Sistema
Monetário Nacional, estabelece as regras e condições de emissão do REAL e os critérios
para conversão das obrigações para o REAL, e dá outras providências, Brasília, DF, mar
2017.
CARF. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS Período de apuração: 29/07/1999 a 16/08/2001 DRAWBACK
SUSPENSÃO. SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR (SECEX). RECEITA
FEDERAL DO BRASIL (RFB). COMPETÊNCIAS., Número do Processo:
11968.000262/2003-13; Acórdão: 3101-000.884 (Carf, 3ª Seção, 1ª Câmara 06 de 10 de
2011). Fonte:
<https://carf.fazenda.gov.br/sincon/public/pages/ConsultarJurisprudencia/consultarJurisprude
nciaCarf.jsf>.
DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 23. ed. (Atualizadores):Nagib Slaibi Filho e
Gláucia Carvalho, Rio de janeiro: Forense, 2003.
DECEX. (Abril de 2018). Relatório. Fonte: www.mdic.gov.br/: 1.
<http://www.mdic.gov.br/images/REPOSITORIO/secex/decex/Relatrio-Drawback-
Abril_2018.pdf>.
DRAWBACK, dicionário online Dicio,19 nov. 2018.Disponível em <
https://www.dicio.com.br/drawback/> Acesso em 19 nov. 2018.
FARO, Ricardo; e FARO, Fátima. Curso de Comércio Exterior: Visão e Experiência
Brasileira.2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MACHADO, Luiz Henrique Travassos. Curso de drawback. São Paulo: Aduaneiras, 2015.
RFB - Receita Federal do Brasil. Ato Declaratório Cosit nº20, de 17 de maio de 1996.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de maio de 1996, seção 1, p. 8667.
RFB - Receita Federal do Brasil. Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal
nº168, de 18 de junho de 2002.Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de junho de 2002,
seção, p. 11.
RFB - Receita Federal do Brasil. Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal nº81,
de 27 de julho de 1998.Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 29 julho de 1998, seção, p.
34.
SMITH, Adam. A riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. 3.
ed. São Paulo: Nova Cultural. (Trad.) Luiz João Baraúna.1996. Vol. II, Livro Quarto,
Capítulo IV. Disponível em
<http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/051120150019_SMITH1996ariqu
ezadasnacoesvol.02.pdf>.
STJ. Tributário - IMPOSTO DE IMPORTACAO, REsp nº 385634 BA. Processo nº
200101790390 (STJ, 2ª Turma 29 de Março de 2006). Fonte:
<https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7168276/recurso-especial-resp-385634-ba-2001-
0179039-0-stj/certidao-de-julgamento-12898473?ref=serp>.