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ANÁLISE JURÍDICA DAS BENESSES DO DRAWBACK PARA OS

EMPRESÁRIOS BRASILEIROS
Fernando Soares Menezes¹
Onécimo Teixeira Filho²
Resumo: O tema a ser abordado ainda é desconhecido para muitos empresários em especial aos pequenos e
médios que se restringem ao uso dessas benesses de redução ou isenção de tributos nas atividades comerciais
exteriores muitas vezes por não saber como funciona, forte concorrência, ou por medo do fisco. No caso do
drawback, esta modalidade apresenta um singular respaldo legal e peculiaridades para expandir os negócios nas
relações de importações e exportações para os empreendedores através de isenções e reduções tributárias
consideráveis não apenas aos grandes, mas a todos, o que potencializaria nosso nicho empresarial aliado a
crescente globalização que abrange cada vez mais o mercado internacional. Identificando e avaliando as
vantagens do drawback aos empresários brasileiros à luz do Direito. Explicar o drawback em conformidade com
as legislações vigentes, organizando sua estrutura e moldes para melhor compreensão do empreendedor que
almeja crescimento. Identificar o motivo do descaso quanto às atividades importadoras e exportadoras pelos
empresários em âmbito nacional, principalmente ao empresário de pequeno e médio porte que começam a
ultrapassar os limites fronteiriços em busca de melhores oportunidades. Verificação em órgãos aduaneiros a atual
adequação e uso dos empresários brasileiros nos termos do regime de drawback. A pesquisa baseia-se na
pesquisa bibliográfica qualitativa utilizando dados fornecidos pelos órgãos responsáveis nesta modalidade de
regime. Fazendo uma análise dos dados obtidos com as doutrinas e informações pertinentes ao assunto abordado
no intuito de sanar o problema de pesquisa instaurado anteriormente. Identificando os órgãos responsáveis
qualificando suas influências e limitações no tocante ao drawback dentro de nosso país.
Palavras-chave: Drawback, empresários brasileiros, benesses fiscais.

Resumen: El tema a tratar es aún desconocido para muchos empresarios, especialmente pequeños y medianos
que restringen el uso de estos beneficios de la reducción o exención de impuestos sobre actividades de comercio
exterior muchas veces por no saber cómo funciona, fuerte competencia, o por temor a la IRS. En el caso de
reintegro, este modo muestra un singular respaldo legal y rarezas para ampliar negocio en la relación de las
importaciones y exportaciones para emprendedores a través de exenciones y desgravaciones no son considerable
sólo los grandes, pero todo lo que nuestros negocios nidos mejoraría combinado con el aumento de globalización
que abarca cada vez más el mercado internacional. Identificar y evaluar las ventajas del inconveniente a la ley de
los hombres de negocios brasileños. Explicar el inconveniente según la legislación vigente, organizando su
estructura y moldes para una mejor comprensión del empresario que busca el crecimiento. Identificar la razón de
la negligencia como importación y exportación de las actividades de emprendedores a nivel nacional,
principalmente al pequeño y mediano empresario que empiezan a cruzar los límites de la frontera en busca de
mejores oportunidades. Control aduanero cuerpos la conveniencia actual y el uso de empresarios brasileños bajo
el esquema de devolución. La investigación será la base de la investigación bibliográfica utilizando datos
cualitativos proporcionados por organismos encargados en este modo. Hacer un análisis de los datos obtenidos
con la información pertinente al tema y doctrinas con el fin de solucionar el problema de investigación
previamente. Identificar los órganos que califican sus influencias y limitaciones para reintegro dentro de nuestro
país.
Palabras-llave: Drawback, empresarios de Brasil, documentos de impuestos.

¹ Acadêmico do 9º semestre do Curso de graduação em Ciências Jurídicas.


² Bacharel em Direito. Advogado. Professor orientador do trabalho de conclusão de curso.
INTRODUÇÃO

O drawback aduaneiro continua a ser uma ferramenta antiga e pouco conhecida aos
empresários brasileiros, que ainda não exploram os recursos já vigentes ao se aventurar em
negócios com o exterior. Uma análise jurídica das benesses do drawback para os empresários
brasileiros seria uma forma de esclarecer sobre as vantagens, à luz do Direito, propiciadas
pelo regime aduaneiro especial relativamente às oportunidades e forte concorrência
empresarial vigente. Destarte, poderemos vislumbrar identificando e avaliando em
conformidade com dados e legislação a estrutura do drawback e seus moldes para melhor
compreensão do empreendedor que almeja crescimento no panorama mundial acompanhando
as demandas e o regramento internacional sem o abalo de tributações excessivas que hoje
enfrentam.
A verificação em órgãos específicos sobre a atual adequação dos nossos empresários e
uso nos termos do regime de drawback nos auxilia como forma de qualificar quanto à
utilização de reembolsos aduaneiros para compensar os empresários que se destinam ao
comércio exterior.
Identificar o motivo do descaso quanto às atividades importadoras e exportadoras
pelos empresários, principalmente aos pequenos e médios no tocante à forte concorrência já
estruturada e inserção destes ao regime do qual em certos momentos busca incentivar
fiscalmente e outrora serve como benefício fiscal para exportação dentre outras variações das
quais auxiliariam.
Por outro lado, vemos uma grande quantidade de valores com potencial de
arrecadação, na informalidade, não contabilizado tornando-se desfavorável ao erário, ou seja,
uma renúncia fiscal. A interação entre as nações, principalmente as limítrofes, no caso do
Brasil onde a lista é extensa e assim os tratados que recebem grande incentivo do governo
gerariam mais competitividade entre as mercadorias enquadradas em regimes especiais como
o drawback fazendo com que os nossos empresários evoluam (cresçam) aliados à crescente
globalização e não percam por desconhecimento ou medo do fisco um singular respaldo legal
em suas atividades importadoras e exportadoras evitando perdas valiosas ao país em
comparativo com dados do Departamento de Operações de Comércio Exterior(DECEX).
Tendo como base uma pesquisa bibliográfica qualitativa, utilizando dados fornecidos
pelos órgão responsáveis nesta modalidade de regime. Fazer uma análise dos dados obtidos
com as doutrinas e informações pertinentes ao assunto abordado no intuito de sanar o
problema instaurado quanto ao seu desconhecimento e pouca utilização pelos empresários.
Identificando os órgãos responsáveis em conformidade com suas influências no tocante ao
drawback segundo as leis para esclarecer seu funcionamento em virtude de sua remota
origem.

1 O DRAWBACK

O Termo drawback tem origem inglesa e dentre seus significados podemos citar o
apresentado por, “restituição de impostos aduaneiros pagos sobre a importação de matérias-
primas no momento da exportação dos produtos que elas serviram para fabricar.”
(DRAWBACK, dicionário online).
De Plácido e Silva (2003, p. 501) buscou apresentar o drawback na seguinte definição:

“DRAWBACK”. Derivado do inglês, palavra composta de to draw (tirar) e


back (outra vez), designa o sistema tributário admitido nas importações, para a
criação de direitos de compensação aos produtores, com a reversão ou restituição
dos impostos pagos pela matéria-prima, uma vez transformada em produtos ou
mercadorias, que se destinem à exportação. E seu sentido, assim, mostra-se uma
verdadeira restituição de impostos cobrados sobre a matéria-prima, quando
importada, desde que, transformada em outro produto, se destine à exportação.
Possui, pois, a finalidade de estabelecer um equilíbrio econômico relativo aos
produtos exportáveis, a fim de que possam concorrer aos similares estrangeiros sem
que se estabeleça um sistema de proteção aos produtos nacionais.

O drawback possui um histórico muito antigo, tanto que suas aplicações são retratadas
em grandes nações como nos Estados Unidos aparecendo em 1789 retratado por Smith (1996,
v. II, p.7).
Os comerciantes e os manufatores não se contentam com o monopólio do
mercado interno, senão que desejam vender também o máximo possível de suas
mercadorias no exterior. Pelo fato de seu país não ter nenhuma jurisdição sobre
nações estrangeiras, raramente ele lhes pode garantir um monopólio no exterior. Por
isso, geralmente os comerciantes são obrigados a contentar-se em solicitar
determinados estímulos para a exportação. Dentre esses estímulos, os mais razoáveis
parecem ser os chamados drawbacks. Permitir ao comerciante recuperar, na
exportação, o total do imposto de consumo ou taxa imposta aos produtos do país, ou
uma parte dos mesmos, nunca pode gerar a exportação de uma quantidade maior de
mercadorias do que a quantidade que se teria exportado, no caso de não se ter
imposto nenhuma taxa.

Regulamentado pelo Decreto Lei nº 37/1966 constitui uma das espécies de regimes
aduaneiros especiais com alternância quanto a sua atratividade extrafiscal ao passo que possui
incentivo e isenção fiscal por parte do governo. Apresenta cinco fatores básicos para
representação das vantagens, são eles:
a) Fiscal: redução de encargos fiscais;
b) Financeira: redução de custos financeiros e melhora no fluxo de caixa;
c) Preço: comparação de preços nos mercados interno e externo;
d) Qualidade: agregação de valor e tecnologia;
e) Negociação internacional: atender exigências dos mercados com transparência legal.
O Estado pode induzir o comportamento de agentes econômicos quanto às importações desde
que estejam direcionadas ao mercado externo. Luiz Henrique Machado (2015, p. 29) diz que:

A depender da intensidade de uma ou de outra fruição, o Estado pode guiar


os agentes econômicos e adotar determinados comportamentos, a exemplo da
pretensão de se aumentarem as exortações brasileiras, o número de postos ligados à
atividade exportadora, a atividade industrial, a inovação nos processos fabris, o
desenvolvimento de novos produtos etc.

Valorizar o drawback é fundamental para a perspectiva de crescimento interno


obedecendo a legalidade. Ao lidar com tributos fora necessário atribuir Lei Complementar à
suspenção da exigibilidade dos mesmos com fulcro na Constituição Federal vigente.

Art. 146. Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo
e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para
as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso
do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12
e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Então, podemos dizer nos termos da Lei nº 8.402/1992, que o drawback é um


incentivo fiscal à exportação. Ele é de suma importância para estreitar as relações nacionais e
internacionais, e auxiliar no desenvolvimento econômico nacional como estabelece o art.1º; I
da respectiva lei.
Art. 1º São restabelecidos os seguintes incentivos fiscais:
I - incentivos à exportação decorrentes dos regimes aduaneiros especiais de que trata
o art. 78, incisos I a III, do Decreto-Lei n° 37, de 18 de novembro de 1966;
A aproximação entre os países pelos blocos econômicos mais atuantes em virtude da
globalização também contribuíram para estimular as integrações econômicas, neste ponto
Faro e Faro (2010, p. 271) anuncia que:

A partir da década de 90, em meio à consolidação do processo de


globalização, que intensificou o adensamento das trocas internacionais, os blocos
econômicos passaram a ocupar um papel de destaque na história, em face do seu
respectivo poder de barganha na busca pelo estabelecimento de acordos de
integração.

Seguindo o padrão de evolução com as interações entre nações o Brasil acompanhou o


crescente mercado externo, e através do drawback poderá atingir maiores níveis para
desenvolvimento regional com a ajuda dos tratados internacionais.

1.1 MODALIDADES

1.1.1 Modalidade Suspensão

Localizado no art. 78; II do DL nº37/66, a modalidade permeia o não pagamento de


tributos, desde que atendida a finalidade de exportação. A esta modalidade temos uma
condição para ser cumprida, então os tributos ficam “suspensos” até a mercadoria atingir sua
finalidade dando características de natureza isentiva ao final do procedimento.
O interessado importa o insumo, em seguida, o insumo é utilizado na industrialização,
e por fim o produto industrializado é exportado. Nesta modalidade a suspensão já ocorre entre
a primeira e a segunda operação com a suspensão dos tributos, e da segunda para a terceira
etapa já teremos imunidades, dentre elas, a imunidade ao IPI e ICMS.
O Comunicado do DECEX nº 21/97, alterado pelo Comunicado DECEX nº 2 (da atual
Secretaria de Comércio Exterior - SECEX), estende o benefício a algumas operações
especiais. Assim, a modalidade suspensão é aplicada às seguintes operações:
a) Drawback genérico, caracterizado pela discriminação genérica da mercadoria a importar
e o seu respectivo valor;
b) Drawback sem cobertura cambial, quando não há cobertura cambial, parcial ou total, na
importação;
c) Drawback solidário, quando existe participação solidária de duas ou mais empresas
industriais na importação;
d) Drawback para fornecimento no mercado interno, que trata de importação de matéria-
prima, produto intermediário e componente destinados à industrialização de máquinas e
equipamentos no País, para serem fornecidos no mercado interno, em decorrência de
licitação internacional - venda equiparada à exportação (Lei nº 8.402, de 08/01/92).

1.1.2 Modalidade Isenção

Tendo sua essência no art. 78; III do DL nº37/66 a esta modalidade temos algumas
peculiaridades quanto ao seu pedido que nos remete a uma exportação anterior, ou seja, uma
situação passada para ser solicitada a isenção no quantitativo e qualitativo dos produtos
quanto, por exemplo, aos estoques, porém, nas mesmas proporções apenas.

1.1.3 Modalidade Restituição

Encontra-se no art. 78; I e § 1º do DL nº37/66 o arquétipo desta modalidade que atua


no incentivo das exportações não fornecendo condições de isenção durante o processo, apenas
após as incidências dos impostos poderão ser exonerados fora das normas tributárias que irão
atuar durante o procedimento. A esta modalidade a instrução normativa da SRF nº 81 visa
facilitar a restituição mediante crédito consignado no certificado de crédito fiscal, assim, na
conta corrente bancária do beneficiário será disposto o crédito para facilitar as relações.
Na modalidade isenção é concedido o drawback para reposição de matéria-prima
nacional, que consiste na importação de mercadoria para reposição de matéria-prima nacional
utilizada em processo de industrialização de produto exportado, com vistas a beneficiar a
indústria exportadora ou o fornecedor nacional, e para atender a conjunturas de mercado.

Em ambas as modalidades, isenção e suspensão, os comunicados mencionados


destacam ainda duas operações especiais: drawback intermediário e drawback para
embarcação.
O drawback intermediário consiste na importação, por empresas denominadas
fabricantes-intermediários, de mercadoria para industrialização de produto intermediário a ser
fornecido a empresas industriais-exportadoras e utilizado na industrialização de produto final
destinado à exportação.
O drawback para embarcação refere-se à importação de mercadoria para
industrialização de embarcação e venda no mercado interno.
Importante orientar que das modalidades previstas o drawback suspensão é o único do
qual o ato concessório deve ser submetido a um acompanhamento e cumprimento enérgico
das condições impostas pela SECEX, todavia os três modelos passam pelo crivo da Receita
Federal Brasileira (RFB) e no campo de verificação das condições com reflexos tributários.

2 REQUISITOS

2.1 REQUISITOS OBJETIVOS

Para utilizar o drawback são necessários alguns requisitos, principalmente os objetivos


onde se faz menção quanto às mercadorias. A lei não determina expressamente quais são estas
mercadorias, porém, indica que na modalidade isenção a base legal estaria no art. 394,
parágrafo único do Decreto nº 6759/2009.

Art. 394. O regime será concedido mediante ato concessório do qual


constarão:
Parágrafo único. A Secretaria de Comércio Exterior poderá estabelecer outros
requisitos que devam constar no ato concessório.

A modalidade suspensão fica disciplinada pela SECEX e em seu art.72 da Portaria nº


23/11 nos transmite um norte quanto o que seria admissível:

Art. 72. O regime de drawback poderá ser, ainda, concedido a: I - mercadoria


para beneficiamento no País e posterior exportação; II - matéria-prima, produto
semielaborado ou acabado, utilizados na fabricação de mercadoria exportada, ou a
exportar; III - peça, parte, aparelho e máquina complementar de aparelho, de
máquina, de veículo ou de equipamento exportado ou a exportar; IV - mercadoria
destinada à embalagem, acondicionamento ou apresentação de produto exportado ou
a exportar, desde que propicie, comprovadamente, uma agregação de valor ao
produto final; V - animais destinados ao abate e posterior exportação; e VI - matéria-
prima e outros produtos que, embora não integrando o produto a exportar ou
exportado, sejam utilizados em sua industrialização, em condições que justifiquem a
concessão.

O projeto do drawback seria incentivar exportações. Com base nisso, podemos dizer
que se a empresa necessite de um produto devidamente justificado, mas não elencado, poderá
adicionar através de um ato concessório um produto não previsto. Em conformidade com o
art. 96 da mesma Portaria supracitada menciona:
Art. 96. Poderá ser solicitada a inclusão de mercadoria não prevista quando
da concessão do regime, desde que fique caracterizada sua utilização na
industrialização do produto a exportar.

Podemos ressaltar que toda a solicitação deverá demonstrar laudos técnicos


justificativos dos limites quantitativos e qualitativos, sendo os mesmos mantidos em poder do
beneficiário para quando solicitado pela RFB seja apresentado em conformidade com a
instrução normativa SRF nº 168. Principalmente quando a matéria-prima importada com o
drawback é destinada a consumo no mercado interno, pois, as quantidades e qualidades
devem ser equivalentes para não configurar desvio de finalidade como expressa o ato
declaratório COSIT (Coordenação Geral de Tributação) nº 20 em destaque:

Declara que a utilização, por setores definidos pela Secretaria de Comércio


Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, de matéria-prima
importada com o benefício do "drawback", na elaboração de produto destinado a
consumo no mercado interno, não constitui desvio de finalidade, para fins
tributários, desde que matéria-prima nacional, em quantidade e qualidade
equivalente, tenha sido utilizada na elaboração do produto exportado.

2.2 REQUISITOS SUBJETIVOS

Os requisitos subjetivos são pressupostos básicos aos interessados na utilização do


regime, são eles:
1) O candidato seja pessoa jurídica, desde que não enquadrada na Lei Complementar
nº123/06 (Simples Nacional) devido ao art. 24 e § único da respectiva lei que diz:

Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo


Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de
incentivo fiscal.
Parágrafo único. Não serão consideradas quaisquer alterações em bases de cálculo,
alíquotas e percentuais ou outros fatores que alterem o valor de imposto ou
contribuição apurado na forma do Simples Nacional, estabelecidas pela União,
Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas ou autorizadas nesta Lei
Complementar.

2) Os pretendentes deverão ser submetidos aos procedimentos do Sistema Integrado do


Comércio Exterior (SISCOMEX) para a RFB de modo a evitar fraudes, por exemplo:
empresas fantasmas.
3) Identificação dos importadores:
i. O importador por conta própria e;
ii. O importador terceirizado que figuraria um serviço especializado.
4) Os pretendentes deverão apresentar também certidão negativa de débitos, ou certidão
positiva com efeito de negativa, em conformidade com os artigos 205 e 206 do CTN:

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento
do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de
que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

A quitação de tributos e contribuições poderá ser apresentada no momento da


aquisição do benefício e caso não apresente no pleito será exigida no desembaraço aduaneiro
não podendo ser requisitada duas vezes como relata o voto do Ministro João Otávio de
Noronha.

Tal requisito, porém, pode ser comprovado no momento da concessão do


drawback ou no momento do desembaraço aduaneiro. Apresentada a certidão
negativa no momento da concessão, não cabe exigir novamente a documentação no
momento do desembaraço (STJ, REsp nº 385634BA, Processo nº 200101790390,
Relator Ministro João Otávio de Noronha, DJ 29/03/2006)

Esta decisão deixa claro como resolver esta situação caso o inspetor da RFB venha
exigir nova certidão negativa, ou seja, o jurídico da empresa deve interpor um mandado de
segurança para impedir a exigência imposta baseada no art.7º §2 da CF/88.

Art. 7º - É da competência exclusiva da União decretar:


§ 2º - Os impostos decretados pela União devem ser uniformes para todos os
Estados.

A Lei 9.069/95 em seu art.60 deixa de forma expressa ao contribuinte sobre a


concessão das benesses ou incentivos fiscais como fora mencionado.

Art. 60. A concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício


fiscal, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou
jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. (Vide Lei nº 11.128, de
2005)

3 COMPETÊNCIA EXECUTIVA E LEGISLATIVA NO DRAWBACK

3.1 COMPETÊNCIA EXECUTIVA


As constantes alterações são regidas por órgãos responsáveis bem como os recursos
administrativos têm destinação correta ao enfrentar problemas detectados durante o processo
do regime especial aduaneiro. Entre os órgãos merecem singular respaldo a SECEX e a
Secretaria da Receita Federal (SRF) atual RFB, onde a primeira seria responsável em
conjunto sobre as modalidades suspensão e isenção, e a segunda atuando de forma isolada na
modalidade restituição. Abaixo temos um entendimento administrativo quanto às
competências.

O adimplemento do regime é matéria tanto da competência da Secretaria de


Comércio Exterior (Secex) quanto da Secretaria da Receita Federal (atual Receita
Federal do Brasil), sob óticas distintas: administrativa (adimplemento do
compromisso de exportar) e tributária (cumprimento dos requisitos e condições
legais), respectivamente. Sob o aspecto temporal, o plano econômico precede o
aduaneiro. Os órgãos da Receita Federal não podem aferir o adimplemento do
regime sob o ponto de vista tributário (aduaneiro) senão posteriormente à fase em
que o beneficiário apresenta os documentos comprobatórios do adimplemento do
regime aduaneiro especial ao órgão concedente (Secex). Sem subordinação às
conclusões da Secex inerentes ao adimplemento do regime, à SRF (atual RFB) não é
permitido ultrapassar os limites fixados pelo ato concessório (verbi grátia:
mercadorias, quantidades, valores e prazos), (Carf, 3ª Seção, 1ª Câmara, processo nº
11968000262200313, Acordão nº 3101000884, Relator Luiz Roberto Domingo,
Data 06/10/2011.).

Quando buscamos um controle mais amplo quanto às operações especiais tanto RFB
quanto a SECEX trabalham em conjunto com o Departamento de Marinha Mercante (DMM)
na modalidade suspensão integrado, junto à Secretaria da Fazenda Estadual quando atinge os
tributos de competência dos Entes federados como o ICMS. O próprio empresário também
pode auxiliar para fiscalizar e obter maior eficiência na elucidação de problemas relacionados
as modalidades de drawback.

3.2 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

Quando buscamos a competência legislativa fica fácil observar que a principal


característica do drawback é atratividade pelas finalidades extrafiscais não divergindo de
nossa Carta Magna que outorga os responsáveis. A União tem competência em quatro
tributos, onde dois são impostos e os outros são contribuições em se tratando de matéria
tributária. Ao drawback resta-nos entender que a União exerce a máxima da competência
atribuindo subsidiariamente aos Estados-membros incluir ou não certos impostos para o
benefício ou incentivo pleiteado tendo como base o art.22, VIII da CF/88, menciona que é a
união a competente para legislar privativamente sobre comércio exterior e interestadual.

4 OS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS E O DRAWBACK

Dificuldade em adequações normativas sempre foram empecilho ao nicho empresarial


para regulamentar as empresas e acelerar os trâmites burocráticos com o fisco, pois antes
apenas o próprio beneficiário poderia executar o drawback. Pensando nisso, o governo alterou
o processo de importação que poderá ser delegado a um intermediário especializado nessas
operações, permitindo que as empresas concentrem esforços em seus negócios principais.
Então, ao facilitar o mecanismo ofertado, o governo abriu as portas da oportunidade
aos empresários cada vez mais ocupados com seus negócios agora para o exterior. O
regramento é complexo, pois, existem muitas mudanças pequenas e esparsas que alteram
significativamente os valores tabelados. Encontra respaldo em empresas especializadas
juridicamente e contabilmente, assegurando, desta forma, a tranquilidade perante a classe dos
empresários do qual almejam crescimento e expansão de seus negócios de forma confiável e
segura principalmente no que tange sobre cobrança dos tão temerários tributos.
A medida foi implementada pela SECEX do Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC) e pela RFB, abrindo o acesso de micro e pequenas empresas ao
regime de drawback suspensão do qual como vimos anteriormente que garante a desoneração
na importação de insumos utilizados na fabricação de bens voltados para a exportação.
De acordo com dados da SECEX, em 2016, US$ 42,2 bilhões foram exportados com o
emprego do mecanismo de drawback, o que representa 23% das vendas externas totais do
Brasil no período. A base de empresas usuárias, em torno de 1.700, contempla uma
diversificada lista de setores produtivos, dentre os quais pode-se registrar o de carne de frango
congelada, automotivo e químico.
Uma das dificuldades está no controle das quantias dos produtos importados, já que o
empresário deverá fornecer os dados fidedignamente na aquisição e no despacho. Então, estas
normas preestabelecidas pela SECEX sofrem alterações que, se não forem obedecidas, os
empresários sofrerão as consequências no caixa da empresa. O medo de utilizar o drawback
pode encontrar respaldo nas constantes alterações que são cobradas de forma rígida e enérgica
por lidar com tributo, que está definido no art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
Art.3º.Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

A solução para o certame seria o empresário utilizar dos meios tecnológicos para
melhor controle de suas mercadorias aliados a uma consultoria especializada na prática do
drawback efetuando, assim, uma base firme para evitar transtornos e perdas muito
significativas, já que as infrações relativas às mercadorias perante a lei representam danos ao
Erário. Desta forma, a punição é severa gerando o perdimento das mercadorias como regula o
DL 1455/76 em seu art. 23:

Art. 23. Consideram-se dano ao Erário as infrações relativas às mercadorias:


I - importadas, ao desamparo de guia de importação ou documento de efeito
equivalente, quando a sua emissão estiver vedada ou suspensa na forma da
legislação específica em vigor;
II - importadas e que forem consideradas abandonadas pelo decurso do prazo de
permanência em recintos alfandegados nas seguintes condições:
a) 90 (noventa) dias após a descarga, sem que tenha sido iniciado o seu despacho; ou
b) 60 (sessenta) dias da data da interrupção do despacho por ação ou omissão do
importador ou seu representante; ou
c) 60 (sessenta) dias da data da notificação a que se refere o artigo 56 do Decreto-Iei
número 37, de 18 de novembro de 1966, nos casos previstos no artigo 55 do mesmo
Decreto-lei; ou
d) 45 (quarenta e cinco) dias após esgotar-se o prazo fixado para permanência em
entreposto aduaneiro ou recinto alfandegado situado na zona secundária.
III - trazidas do exterior como bagagem, acompanhada ou desacompanhada e que
permanecerem nos recintos alfandegados por prazo superior a 45 (quarenta e cinco)
dias, sem que o passageiro inicie a promoção, do seu desembaraço;
IV - enquadradas nas hipóteses previstas nas alíneas " a " e " b " do parágrafo único
do artigo 104 e nos incisos I a XIX do artigo 105, do Decreto-lei número 37, de 18
de novembro de 1966.
V - estrangeiras ou nacionais, na importação ou na exportação, na hipótese de
ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou de responsável pela
operação, mediante fraude ou simulação, inclusive a interposição fraudulenta de
terceiros.
VI - (Vide Medida Provisória nº 320, 2006)
§ 1o O dano ao erário decorrente das infrações previstas no caput deste artigo será
punido com a pena de perdimento das mercadorias.

5 DADOS SOBRE DRAWBACK

As exportações feitas com o drawback suspensão no período de Abril obtiveram US$


4,1 bilhões, representando o total de 20,7% do total exportado acrescendo 5,4% no mesmo
período no ano anterior em conformidade com o gráfico abaixo:
Exportações com Drawback Exportações Totais

20000

15000

10000

5000

Fonte: DECEX Período(Ano/Mês)

Importante salientar que ocorrem compras no mercado interno também, como foi
descrito nas modalidades da mesma forma são abrangidas pelo drawback, pelos fatores
agregados os produtos manufaturados representam 88,4% do total na modalidade suspensão
em conformidade com o gráfico do SISCOMEX abaixo:

Mês Básicos (%) Manufaturados (%) Semimanufaturados (%) Total

Mai/16 888 20,0 2.791 62,9 755 17,0 4.434


Jun/16 830 24,8 1.748 52,2 768 23,0 3.346
Jul/16 864 23,9 1.881 52,0 875 24,2 3.619
Ago/16 985 25,2 1.982 50,7 941 24,1 3.907
Set/16 993 26,0 1.992 52,1 841 22,0 3.827
Out/16 947 26,3 1.804 50,1 847 23,6 3.598
Nov/16 993 24,8 2.111 52,8 897 22,4 4.001
Dez/16 1.175 27,0 2.285 52,6 886 20,4 4.345
Jan/17 983 27,4 1.641 45,7 964 26,9 3.588
Fev/17 948 25,7 1.957 53,0 786 21,3 3.692
Mar/17 951 23,4 2.198 54,0 918 22,6 4.067
Abr/17 983 25,4 1.910 49,4 976 25,2 3.869
Total 11.540 24,9 24.299 52,5 10.454 22,6 46.293
Mês Básicos (%) Manufaturados (%) Semimanufaturados (%) Total
Mai/17 858 21,9 2.112 53,9 952 24,3 3.922
Jun/17 995 23,6 2.179 51,6 1.051 24,9 4.226
Jul/17 917 21,8 2.213 52,6 1.078 25,6 4.208
Ago/17 1.158 26,0 2.242 50,4 1.050 23,6 4.450
Set/17 1.152 24,7 2.335 50,0 1.179 25,3 4.667
Out/17 1.178 24,8 2.388 50,3 1.177 24,8 4.744
Nov/17 927 22,3 2.186 52,7 1.039 25,0 4.152
Dez/17 990 21,3 2.387 51,3 1.274 27,4 4.652
Jan/18 871 21,6 2.012 49,9 1.149 28,5 4.032
Fev/18 888 22,5 2.019 51,1 1.047 26,5 3.954
Mar/18 1.001 23,2 2.152 49,9 1.157 26,8 4.310
Abr/18 830 20,4 2.078 51,0 1.168 28,7 4.077
Total 11.766 22,9 26.305 51,2 13.321 25,9 51.392
Fonte: SISCOMEX.

Os dados são importantíssimos ao entendimento dos interessados. Quanto às


exportações o mais exportado em Abril de 2018 foi a celulose que representou mais de 60,6%
em relação às exportações totais, representando um valor de 390,2 milhões de dólares. (US$)
neste período, os valores são muito expressivos e denotam a relevância do uso do drawback e
o impacto que tem em nossa sociedade.

Pauta de Exportação Drawback Total (%)

Celulose 390,2 643,6 60 , 6


Minérios de ferro e seus concentrados 377,9 1.485,3 25 , 4
Automóveis de passageiros 357,3 539,2 66 , 3
Produtos semimanufaturados de ferro ou aços 266,4 392,2 67 , 9
Ferro-ligas 194,2 243,3 79 , 8
Minérios de cobre e seus concentrados 177,5 210,0 84 , 5
Carne de frango congelada, fresca ou refrig.incl.miudos 158,1 365,6 43 , 2
Veículos de carga 154,9 271,4 57 , 1
Demais produtos manufaturados 139,6 421,5 33 , 1
Tratores 127,0 164,0 77 , 5
Óxidos e hidróxidos de alumínio 108,0 175,8 61 , 4
Couros e peles, depilados, exceto em bruto 106,2 136,5 77 , 8
Motores, geradores e transformadores eletr. e suas partes 98,8 165,3 59 , 8
Polímeros de etileno, propileno e estireno 90,7 150,0 60 , 5
Motores para veículos automóveis e suas partes 87,7 199,4 44 , 0
Fonte: SISCOMEX.

O drawback suspenção é o mais utilizado e segundo dados da Coordenação Geral de


Exportação e Drawback (CGEX) mencionam que 1.749 empresas exportaram, nos últimos
doze meses, ao amparo do regime de drawback, na modalidade suspensão. Desse total, 47,3%
das empresas utilizaram o drawback para exportações até US$ 1 milhão; 26,4% utilizaram o
regime especial de drawback para exportações entre US$ 1 e 5 milhões; 8,6% utilizaram o
regime especial de drawback para exportações entre US$ 5 e 10 milhões; 10,9% exportaram
na faixa entre US$ 10 e 50 milhões; 2,7% realizaram, com drawback, exportações entre US$
50 e 100 milhões; 4,1% utilizaram o drawback para exportações acima de US$ 100 milhões;
Comparativamente aos doze meses anteriores, 1.788 empresas exportaram via drawback
suspensão, sendo que 48,7% exportaram na faixa até US$1 milhão; 25,3% utilizaram o
drawback para exportações entre US$1 e 5 milhões; 9,1% exportaram na faixa entre US$5 e
10 milhões; 11% utilizaram o drawback para exportações entre US$ 10 e 50 milhões; 2,3%
utilizaram o regime especial de drawback para exportações entre US$ 50 e 100 milhões; 3,5%
realizaram, com drawback, exportações acima de US$ 100 milhões com base em dados da
SECEX referentes a Abril de 2018.
Os empresários optam pela modalidade drawback suspensão da qual se torna menos
onerosa no curso do processo e também por viabilizar como objeto imediato a dispensa dos
tributos na entrada apresentando a mercadoria no regime como plano secundário quanto ao
destino buscado pelo legislador se diferenciando da modalidade isenção, da qual retrata a
recomposição dos estoques buscando ressarcimento a posteriori.

CONCLUSÃO

A análise feita no intuito de estimular o interesse dos empresários brasileiros acerca do


drawback procurou elucidar (sanar) dúvidas a respeito do benefício fiscal que por momentos
pode ser interpretado por incentivo às transações e parcerias entre nações positivado pelo
governo, do qual este desde os primórdios tenta alavancar o setor econômico com esses
estímulos como no caso do drawback com as fundamentações legais que determinam sua
utilização e o classificam.
A problemática gira em torno dos requisitos objetivos e subjetivos deste regime
aduaneiro especial que em alguns casos podem gerar transtornos e perdas excessivamente
prejudiciais aos interessados dos quais sem um planejamento jurídico e contábil para
apresentação dos requisitos para enquadramento sofrerão danos severos como a perda das
mercadorias no andar do processo ou não conseguir diminuir ou até mesmo isentar suas
mercadorias dos tributos, que são pesados àqueles que por necessidade de reposição ou até
mesmo para expansão de seus negócios tentam sobreviver as novas tendências do mercado.
Identificamos que as constantes alterações nos órgãos regulamentadores tornaram-se
um verdadeiro empecilho associado às fiscalizações efetivas e controladas. Deixam o pequeno
empresário amedrontado e já que o caixa da empresa não dispõe de recursos suficientes para
incorporar profissionais da área a sua disposição ele acabava deixando seus sonhos de
expansão no papel e com razão.
Com o advento de mudanças nas regras como fora mencionado no trabalho, as
empresas poderão prestar serviços aos interessados de forma que fiquem despreocupados, mas
responsáveis pelos trâmites nas importações e exportações, das quais representam valores
bem significativos e muito interessantes aos negócios dos empresários brasileiros. Destarte, o
drawback apresenta muitas benesses aos empresários brasileiros e deve ser usado de forma
coerente e precisa para combater fraudes e sonegações, fatores determinantes para as finanças
públicas, no âmbito nacional e internacional dos quais agregam maior estabilidade ao
mercado financeiro.
A utilização de incentivos e benefícios fiscais tendem a crescer dentro do país
impulsionado pelo fator China para importação de mercadorias mais baratas e competitivas, e
como os EUA em se tratando de parceiros comerciais grandes para expor nossos produtos
sem receio quanto a preço, qualidade e certeza de garantia na entrega dos produtos graças aos
regimes aduaneiros especiais como o drawback, que deixou claro quanto a necessidade de
importação para reposição de estoques dentre outras modalidades descritas no intuito de
aprimoramento conforme a necessidade da empresa para otimizar os serviços e ser sinônimo
de qualidade aos olhos de outros países.
Vimos também que o ordenamento jurídico é ríspido, mas com quem é falho ou de
más intenções principalmente na modalidade do drawback suspensão por não precisar pagar
desde o início da atividade propiciando uma maior tranquilidade financeira ao empresário que
muitas vezes durante a operação do regime sofre constantes fiscalizações pelos órgãos
competentes para verificar o andamento. Importante também é a questão do notável saber
jurídico quanto aos recursos a serem admitidos caso algo de errado ocorra, ou seja, uma
análise jurídica por profissionais especializados tornaram-se mecanismos essenciais para
avaliações dos requisitos e identificação de qual a melhor modalidade a ser aplicada ao
interessado no pleito das benesses ou incentivos fiscais nas atividades empresariais.
Por meio deste trabalho podemos incentivar o uso das benesses e incentivos fiscais
não se limitando apenas ao que fora exposto já que existem outros regimes que também
seriam importantes para o desenvolvimento, visto que, propiciam peculiaridades de ordem
econômica e logística para facilitação do comércio sempre com respaldo legal aos
interessados. O drawback tem características específicas e imbatíveis para alavancar os
empresários brasileiros no cenário mundial e é reconhecido como o facilitador do comércio
exterior.

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