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Bibliografia.
ISBN 978-85-7113-913-8
Conselho Editorial:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève - Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UNB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UNB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ - Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL - Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
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APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO
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I. Reflexões preliminares
1. Definição do problema social a ser investigado
2. Compreensão macro do problema: revisão bibliográfica/ parcerias interdisciplinares
3. Reflexão sobre as múltiplas possibilidades de acercamento do problema
4. Construção das perguntas da pesquisa
IV. Recursividade
13. Retorno à compreensão do problema à luz do discursivo
14. Restituição social dos resultados OU volta a 5 OU volta a 6
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Em nossa sociedade, um mesmo dado da realidade, pode
ser interpretado de inúmeras maneiras, sendo que concorrem
e co-ocorrem um sem fim de versões elaboradas por diferentes
grupos e atores sociais. No entanto, as pessoas não dispõem de
aparatos sociais equivalentes, não participam das mesmas trocas
sociais, não detêm os mesmos micropoderes. Assim, ao falarmos
sobre um mesmo recorte do mundo social, entramos em disputas
(mesmo sem nos darmos conta) de que significados prevalecerão.
Essas disputas, quando postas em jogo num palco de profundas
assimetrias, podem ter efeitos perversos sobre a realidade social,
seja direta ou indiretamente.
O que chamo, aqui, de “Caso Michele Maximino” é o conjunto
de eventos em textos – que instanciam formas de representar,
agir e identificar(-se) (n)o mundo – que abordam aspectos da
história de vida de Michele Fernanda Maximino, mãe de duas
crianças, casada com Ederval Trajano, professor de história do
município de Quipapá, pernambucana, técnica de enfermagem,
focalizando o seu feito de ser a maior doadora de leite do Brasil
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5 Para uma discussão conceitual de gêneros e suportes, sugere-se a leitura de Acosta e Resende
(2014).
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7 A violência direta contra a blogueira não é novidade, sendo que, há cerca de seis anos,
Aronovich tem sido ameaçada de morte por diferentes homens articulados em redes de
violência. Em um dos casos, houve uma carta endereçada ao reitor da Universidade Federal
do Ceará, exigindo que Aronovich fosse exonerada; do contrário, a UFC seria alvo de um
atentado que visaria matar mais de trezentas pessoas. Atualmente, ela move uma série de
processos civis e criminais, objetivando seguir com sua produção e garantir minimamente
condições dignas de vida para si e sua família.
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5. VIOLAÇÃO E SOLIDARIEDADE
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Por si só, o texto verbal oral não traz grande carga semânti-
ca, a não ser pela seleção de “pernambucana”, que pode indicar
um preconceito de origem, sendo Gentili do sudeste brasileiro
e Maximino nordestina, e pela repetição do feito “eu disse tre-
zentos litros”. Na superfície do texto, temos uma divulgação,
aparentemente sem julgamento de valor, de um fato. No entan-
to, a sequência, arquitetada na construção do ato enunciativo
deflagra o valor pejorativo atribuído ao ato de amamentar e ao
leite humano. Nesse contexto, texto verbal e imagético estão
imbricados, sendo que não há sentido completo sem a leitura dos
dois, o que conforma o texto multimodal pleno em significado e
que instancia efeitos sociais potenciais.
É importante que, como analistas de discurso, tenhamos
em mente que o texto é fruto de uma série de escolhas feitas de
maneira mais ou menos consciente; entretanto, no caso de uma
produção televisionada, cada mínimo detalhe é pensado – ilumi-
nação, enquadramento, cenografia, entonação, sequencialidade,
até mesmo a orientação da produção para que haja palmas e risos
por parte da plateia em momentos específicos da transmissão.
Trata-se de uma composição de gênero muito sofisticada e que
envolve uma série de tecnologias discursivas.
Assim, a sequência descrita acima, potencialmente, foi pen-
sada para provocar riso nos/as telespectadores/as do programa.
Essa estruturação genérica evidencia a hibridação de diferentes
gêneros – noticiário, leitura de manchete por vendedor de pas-
quim, sketch cômico, entre outros –, exigindo dos/as produtores/
as textuais o domínio de técnicas específicas de comunicação.
Como observado, para ocupar posições objetivas potencialmente
previstas na prática desse tipo de programa, há a necessidade de
que os atores detenham um conjunto de características que lhes
possibilite um determinado perfil.
Na sequência do texto, o leite materno, bem como o ato
de amamentar, é representado por meio de escolhas lexicais
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saude/2015/03/02/noticias-saude,188024/a-solidariedade-vai-vencer-a-estupidez-danilo-
gentili-e-mae-record.shtml >, acesso em: 14 jan. 2017) e “Maior doadora de leite materno
do Brasil perde mais uma batalha”, de Ederval Trajano (disponível em: < http://www.prag-
matismopolitico.com.br/2014/02/maior-doadora-de-leite-materno-do-brasil-perde-batalha.
html >. Acesso em: 14 jan. 2017). Em julho de 2017, Michelle Maximino ganhou em última
instância indenização por danos materiais e morais e a obrigatoriedade de um pedido de
desculpas.
11 A respeito do tropo, Viviane Vieira observa: “O tropo, de notável interesse para a pesquisa,
refere-se ao uso figurado da linguagem voltado para ocultar, negar, obscurecer relações
assimétricas de poder. Com base nessa estratégia, sustentamos, por exemplo, a idéia de que
hibridismos discursivos em propagandas de medicamento, sobretudo no tocante a aspectos
relacionados aos gêneros do discurso, podem operar ‘metáforas acionais’ ideologicamente
orientadas para ofuscar assimetrias entre ‘peritos’ e ‘leigos’, tanto em assuntos de saúde
quanto de publicidade” (RAMALHO, 2010, p. 59).
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7. RESPOSTA E RESISTÊNCIA
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14 O vídeo não figura mais nos canais oficiais, pois após ganho de causa Maximino conseguiu
que a rede Bandeirantes fosse obrigada a retirá-lo do ar.
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15 Nesse particular, poderíamos retomar a delimitação teórica de van Dijk (2010) dos padrões
de acesso aos espaços discursivos.
16 Disponível em: <http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/03/02/noticias-
saude,188024/a-solidariedade-vai-vencer-a-estupidez-danilo-gentili-e-mae-record.shtml>.
Acesso em: 14 jan. 2016.
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(10) Não sei quanto a você, mas, no meu livro, Michele é uma
heroína. Ela salvava vidas, e salva ainda, e torço para que con-
tinue salvando (você pode deixar uma mensagem de apoio pra
ela aqui) [hiperlink no original].
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(11) Mas vivemos num mundo em que uma pessoa dessas não é
elogiada, e sim esculhambada por um programinha na TV aberta.
Tudo em nome do humor. E em nome disso, a gente sabe, vale
tudo. E ai de quem reclamar! Se você é mulher e reclama, inva-
riavelmente será chamada de mal comida sem senso de humor
e castradora da liberdade de expressão. Pois é, gente como
Gentili, pobre alma, não tem liberdade de expressão! Quem tem
vasta liberdade de expressão são as feministas, que contam com
inúmeros programas de TV e colunas nos grandes jornais pra se
expressarem!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Margarete Jäger
INTRODUÇÃO
1 Este artigo foi traduzido do original em alemão por Glauco Vaz Feijó, com revisão da tradução
por Jacqueline F. S. Regis.
2 A exposição a seguir é uma versão ampliada e revisada de Jäger e Jäger (2010).
3 Nota do tradutor: no original, KDA, que a autora diferencia de CDA, a sigla usada, também
na Alemanha, para referência à escola anglo-saxã de análise do discurso, critical discourse
analysis.
4 Resultados de alguns projetos realizados com a análise de discurso crítica podem ser con-
sultados em Jäger e Jäger (2007).
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DISCURSO E REALIDADE
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DISCURSO E SUJEITO
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DISCURSOS E DISPOSITIVOS
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7 Foucault diz: “a língua existe apenas como sistema de construção de enunciados possíveis”
(FOUCAULT, 1981, p. 124). Neste sentido, a ADC aponta para a investigação de enunciados,
e assim elenca fragmentos de discurso de igual conteúdo, separados por temas e subtemas, e
busca compreender e interpretar seus conteúdos e frequência, assim como sua configuração
formal, no sentido de conduzir uma crítica.
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10 Nota de tradução: no eixo horizontal da primeira figura aparecem siglas de partidos políticos
alemães contemporâneos. Da esquerda para a direita, observando seus posicionamentos ide-
ológicos aparecem: PDS (Partido do Socialismo Democrático); Grüne (Partido Verde), SPD
(Partido Socialdemocrata da Alemanha); CDU (União Democrática Cristã da Alemanha),
CSU (União Cristã-social da Baviera); REP’s (sigla para Partidos de Extrema Direita).
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A ESTRUTURA DO DISCURSO
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11 Dietrich Busse lamenta que até agora se tenha dado tão pouca atenção a esse conceito, e
define “contexto” da seguinte forma: “entendo (…) como ‘contexto’ o vasto pano de fundo
cognitivo e epistêmico que possibilita antes de tudo a compreensão de símbolos (cadeias
de símbolos) linguísticos isolados ou de um ato de comunicação” (BUSSE, 2007, p. 82).
Uma estrita teoria do contexto discursivo baseada na teoria do discurso foucaultiana ainda
não está disponível.
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COLETIVA
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13 Foucault se refere nessa questão de forma positiva a Kant, e repreende-o, contudo, pois ele
nos impôs “o conhecimento do conhecimento” (FOUCAULT, 1992, p. 18). Sobre governa-
bilidade, ver o trabalho de Thomas Lemke (1997).
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2 Todas as citações em português com referências no original são livres traduções de minha
autoria.
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que esse medo seja incluído para ser negado, ele sempre volta a
ser mencionado, como no excerto em (4), em que esse vocábulo
ocorre mais oito vezes.
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2 Leve-se em conta que a PFO realizou análises em proposições lógicas ou orações, isto é,
unidades nunca postas em uso, desse modo, fora de contexto. Aqui, põe-se a necessidade de
expandir as noções que essa perspectiva utiliza da oração para o texto, ou seja, ao contexto
e, obviamente, a seu uso. Para um conhecimento mais detalhado da Perspectiva Funcional
da Oração (Functional Sentence Perspective), consultar Mathesius (1939) e Firbas (1992).
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tema rema
foco
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Quadro 5:
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a. Uma avaliação, adequação (valoração) que o/a fala nte faz sobre
a conexão e sobre as partes a conectar.
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6 Para noções básicas sobre metodologia qualitativa em Linguística, ver Pardo (2015b).
7 Para a edição completa do capítulo sobre o método sincrônico-diacrônico de análise linguística
de textos em português, ver Pardo (2014).
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8 O termo zona de orientação faz alusão ao esquema proposto por Labov e Waletzky (1967)
sobre as narrativas em que se reconhecem várias zonas: a zona de orientação, em que se
apresentam as personagens que participam da narração; a zona de nó, em que a temática da
narração se torna complexa, e, finalmente, a zona de descomplexização, em que se alcança
o desenlace da narração. Em alguns textos ainda aparece outro setor, denominado “coda”,
que atua como encerramento.
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Os deslocamentos
A teoria dos deslocamentos refere-se a um estudo siste-
matizado dos movimentos realizados pelo/a falante dentro das
emissões ao mudar de uma categoria gramatical ou semântico-
discursiva para outra. Não se deve confundir com a linearidade
que, supostamente, têm os deslocamentos, uma vez que dizem
respeito à forma de escrita das línguas latinas e a sua ordem de
palavras. É relevante para a análise observar como um/a falan-
te muda de tom entre um conteúdo semântico (tópico, topoi,
argumento, ou como se chame) e outro, podendo reter em sua
conversação “lugares” de significação, bem como mover-se entre
eles de acordo com sua memória. Essa teoria tenta explicar esses
movimentos, assim como as hesitações e os erros na fala (alguns
deles considerados “atos falhos” nas teorias psicanalíticas). Desse
modo, alguns deslocamentos lineares, no início e no fim dos tex-
tos (zona de descomplexificação – aparição do rema textual e da
coda), opõem-se a movimentos na zona de complexificação. Esses
deslocamentos teriam um correlato cognitivo, já que o/a falante
precisa fazer uma série de operações para poder manejar esses
níveis de hierarquização, categorização etc., de modo a alcançar
aquilo que deseja comunicar com todo o texto.
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5. EXEMPLO
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Ela está colocada na emissão por um erro ou falha: “na re...”, mas
esse erro (que pode ser também uma hesitação) é o que nos per-
mite deslocá-la da coluna Tempo/ Educação, pela categoria Passo,
para a categoria semântico-discursiva Relação homem-mulher. Na
presente análise, existe uma visão funcional desses erros, uma
vez que, em muitos casos, permitem ao/à falante ter mais tempo
para poder introduzir uma categoria (quer seja gramaticalizada
ou semântico-discursiva), que, por algum motivo, acaba sendo
difícil de apresentar.
Seguindo com a emissão líder (EL), a categoria semântico-
discursiva Relação homem-mulher se realiza com “em um tipo de
relação homem-mulher”, em seguida aparece mais uma vez um
Operador pragmático.
A (e2) é uma realização da EL, tomada como modelo em dife-
rentes categorias. Na de Falante-Protagonista, temos novamente
um eu. Em Marca, não encontramos nenhuma implementação
lexical, e o texto se desloca até a categoria Tempo/ Educação para,
logo em seguida, voltar a mover-se para a categoria semântico-
discursiva Relação homem-mulher – que se repete de forma literal
e acrescenta a informação nova: “o homem esperava que”. Em
seguida, desloca-se de forma destacada para a categoria Falante-
Protagonista com o “eu” para chegar até o NV1: “fizesse”.
A (e3) contém a parte mais intrincada do discurso em seu
início, ao passo que começa nela a zona de complexificação. A
10 Para se aprofundar sobre os casos mencionados, ver Pardo (2014).
11 NT: Após conversa com a autora, optamos por traduzir a categoria como “passo” – que,
conforme explicado pela autora, teria o sentido de demonstrar uma passagem semântico-
discursiva da expressão “na re”, promovida por essa espécie de hesitação (i.e., “re” para
“relação”) –, o mais próximo possível de seu original em espanhol (“paso”), pois, de acordo
com a autora, o sentido (de “passo”) tem que ver com uma ação “como em cada movimento
feito pelo pé de uma pessoa”, em deslocamento: ou seja, literalmente, um passo.
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INTRODUÇÃO
1 Agradeço à Professora María Laura Pardo pela leitura e pelas contribuições para a realização
deste texto; a orientação referente ao Método Sincrônico-Diacrônico de Análise Linguística
de Textos foi fundamental para a segurança da análise aqui apresentada.
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e5 - Este fato pode ser explicado pela grande repercussão que este
movimento social tem na mídia brasileira.
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Analisando os focos
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