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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO

_ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Processo nº:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificada nos autos da Ação de Execução de


Título Extrajudicial Cotas Condominiais, movida por
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx neste ato representado pelo seu síndico
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificado no processo em epígrafe, vem,
muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, através dos seus
advogados abaixo assinados, consoante instrumento de mandato em anexo,
com endereço profissional na Rua: xxxxxxxxxxxxxxxxx, nº xxxxxxxxxx,
xxxxxxxxx, xxxxxxxxx, onde recebem intimações, propor a presente

CONTESTAÇÃO A AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL


COTAS CONDOMINIAIS

pelos fatos e fundamentos expostos a seguir

I-DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer, desde já, a concessão da justiça gratuita, uma vez que sua atual
condição econômica não lhe permite demandar em juízo, arcando com custas,
despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento
ou de sua família, baseando seu requerimento nos benefícios da justiça
gratuita previstos no art. 40 da Lei 1.060/50, consorciado com o art. 10 da Lei
7.115/83, como comprova declaração de hipossuficiência em anexo.

II- DOS FATOS

O Requerente alega que a Requerida encontra-se em débito com as taxas


condominiais e taxas extras deste, a Requerida em nenhum momento nega o
débito, pelo contrario reconhece que encontra-se em atraso, o que tem
causando constrangimento na Requerida, haja vista, ser uma pessoa que
sempre honrou com seus compromissos.
Contudo a Requerida encontra-se passando por dificuldades financeiras, haja
vista ter perdido um emprego o qual ajudava a complementar a renda da
Requerida o que tem impossibilitado a requerida de pagar suas dívidas, tanto
que diante das dificuldades que vem passando encontra-se residindo na casa
de sua genitora.

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Podemos observar que a conduta do Requerente demonstra que o mesmo agiu
com negligência causando dano a Requerida, haja vista encontra-se com seu
imóvel deteriorado. Como assevera o art. 186 do Código Civil de 2002 ao
afirma que:

Art. 186. Aquele que por ação ou omissão


voluntária,negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ilícito.

Desta feita, restando plenamente configurado o ato ilícito e sendo inderrocável


a responsabilidade do requerente, revela-se de suma importância anotar as
disposições do Código Civil, no que respeita à obrigação de indenizar:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

A partir dos danos sofridos pela Requerida, fica clara a culpa do condomínio,
por não ter agido com o dever de conservação das instalações do prédio, o que
gerou um dano que persiste na vida material da Requerida, pois até hoje não
conseguiu realizar os consertos em seu imóvel . O art. 937 do Código Civil de
2002 assevera que:

Art. 937. O dono do edifício ou construção responde pelos


danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta
de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

É pacífico o entendimento nos nossos tribunais vejamos:


Diante do que foi exposto a Requerida busca uma solução para o pagamento
da dívida e a reparação do seu imóvel junto ao condomínio, dessa forma a
Requerida propõe como acordo a divida das taxas condominiais e das taxas
extras ficarem como indenização pelas avarias que foram ocasionadas em seu
apartamento devido aos serviço de troca de pastilhas do prédio, haja vista as
despesas que a Requerida irá ter com os consertos do seu imóvel em virtude
da negligência e imprudência com que o condomínio realizou o serviço de troca
de pastilhas.

IV- DOS PEDIDOS

Diante do acima exposto requer:

a)A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 40 da Lei
1.060/50, consorciado com o art. 10 da Lei 7.115/83, para a hipótese de o
objeto da presente ação ser discutida em grau de recurso;

b)Que seja dada ciência a parte autora desta defesa.

c) Que julgue IMPROCEDENTES dos pedidos da exordial na forma postulada.

d) Que seja o Requerente condenado ao pagamento do ônus inerente à


sucumbência, na base de 20% sobre o valor da condenação, no caso de
recurso, ao mesmo tempo em que solicita a retenção dos honorários
contratuais, no percentual de 20% incidente sobre o valor da condenação,
consoante contrato de autorização anexo; requer, ademais, que esses valores
sejam disponibilizados em alvará a ser expedido por este juízo, em benefício
destes patronos, nos termos do art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/94 c/c a
Resolução nº 10/2002 da OAB/PB;

e) Protesta pela produção de prova documental e testemunhal (as testemunhas


serão levadas pelo Autor independentemente de intimação), pelo depoimento
do Requerido, sob as penas da lei processual civil, e de todos os meios
probatórios em Direito admitidos, ainda que não especificados no CPC, desde
que moralmente legítimos (CPC, art. 369).

Nestes termos, pede deferimento.

João Pessoa, xxxxxxxxx

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OAB/xxx xxxxx

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