Professional Documents
Culture Documents
PARA AS DOENÇAS
CÉREBRO-CARDIOVASCULARES
2017
www.dgs.pt
2
FICHA TÉCNICA
Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde.
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares
Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2017.
ISSN:
PALAVRAS-CHAVE:
Enfarte, Tensão Arterial, Mortalidade, Risco, AVC, Vias Verdes
EDITOR
Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 500
Fax: 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt
www.dgs.pt
AUTOR
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares
ÍNDICE
4.1. Enquadramento 15
4.2. Visão 15
4.3. Missão 15
4.5. Implementação 16
4.6. Monitorização 16
5. ATIVIDADES 2017/2018 17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
PROGRAMA NACIONAL PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES | 2017 4
• Redução de 39% das mortes por AVC, entre 2011 • Reduction of stroke deaths by 39%, between 2011
e 2015; and 2015;
• Aumento em 26% dos internamentos por doenças • Increase in hospitalizations for heart diseases by
do coração, entre 2011 e 2015; 26%, between 2011 and 2015;
• Consomem-se mais medicamentos mas os encar- • More drugs are used but the overall financial bur-
gos financeiros globais do SNS são menores. den of the NHS is lower.
• Reduzir para 7% as mortes por enfarte nos hospitais; • Reduce heart attack deaths in hospitals by 7%;
• Aumentar, para 470 por milhão de habitantes, o • Increase, to 470 per million inhabitants, the num-
número de tratamentos por angioplastia a pessoas ber of angioplasty treatments for people with acute
com Enfarte Agudo do Miocárdio; myocardial infarction;
• Aumentar para 1800 o número de pessoas com • Increase to 1800 the number of people with
Acidente Vascular Cerebral (AVC) que têm acesso a Stroke who have access to specific treatment;
tratamento específico;
• Reduzir o consumo de sal entre 3 a 4% ao ano na • Reduce salt consumption by 3 to 4% per year in the
população. population.
PROGRAMA NACIONAL PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES | 2017 5
GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DE ÓBITOS PELAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE NO TOTAL DAS CAUSAS
DE MORTE EM PORTUGAL (%) | 1988 A 2015
50
44,2
41,9
40 38,7
34,0
31,8
29,7
30
Percentagem
20
10
0
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Por outro lado, a análise das taxas de mortalidade padro- Este resultado, em clara dissonância com os restantes in-
nizada, só das doenças do aparelho circulatório, demons- dicadores, deverá constituir um sinal de alerta e reforçar a
tra também uma tendência de diminuição. No período necessidade de manter esta patologia dentro das priorida-
de cinco anos em análise verificou-se uma redução global des de atuação dos diferentes intervenientes assistenciais.
de 4,1% da mortalidade global por Doenças do Aparelho
Circulatório (gráfico 2). Grande parte das situações aqui consideradas correspon-
dem à designada “Morte Súbita”, ocorrendo frequente-
Constata-se que nos últimos cinco anos manteve-se inalte- mente fora do ambiente hospitalar. No Enfarte Agudo do
rada a mortalidade por Doença Isquémica Cardíaca, com um Miocárdio os ganhos de redução da mortalidade, 6,3%, são
agravamento da mortalidade prematura, abaixo dos 70 anos obtidos exclusivamente nos indivíduos acima dos 70 anos
(gráfico 3). (gráfico 4).
GRÁFICO 2 TAXA DE MORTALIDADE PADRONIZADA POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, POR SEXO,
PORTUGAL CONTINENTAL | 2011 A 2015
170
151,3 152,8
160 147,4
144,7 145,1
150
133,4 135,1
140
126,2 125,7 124,8
130 Total
120
Masculino
110
100 Feminino
2011 2012 2013 2014 2015
Nota: Códigos da CID 10: I00-I99. Taxas: por 100.000 habitantes.
Fonte: Elaborado pela DGS com base em dados do INE, 2017
GRÁFICO 3 TAXA DE MORTALIDADE PADRONIZADA POR DOENÇA ISQUÉMICA DO CORAÇÃO, POR SEXO,
PORTUGAL CONTINENTAL| 2011 A 2015
65
53,4 51,1
55 49,1
47,2 46,8
45
34,9 36,4 34,9
33,9 32,9
35
Total
24,0 23,5 22,2 22,8
25 22,1 Masculino
15 Feminino
2011 2012 2013 2014 2015
Nota: Códigos da CID 10: I20-I25. Taxas: por 100.000 habitantes.
Fonte: Elaborado pela DGS com base em dados do INE, 2017
GRÁFICO 4 TAXA DE MORTALIDADE PADRONIZADA POR ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO, POR SEXO, PORTUGAL
CONTINENTAL | 2013 A 2015
40
33,8
31,9 30,3
30
22,2 23,0
20,8
20 Total
14,8 14,4
13,3 Masculino
10 Feminino
2013 2014 2015
Nota: Códigos da CID 10: I20-I25. Taxas: por 100.000 habitantes.
Fonte: Elaborado pela DGS com base em dados do INE, 2017
PROGRAMA NACIONAL PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES | 2017 7
Verifica-se que a grande redução de mortalidade ocorrida 1) de que se destaca o contributo da introdução na prática
nas Doenças Cerebrovasculares (19,7%) e em particular no clínica dos novos anticoagulantes não dicumarínicos (NOC)
Acidente Vascular Cerebral Isquémico (gráfico 5) abaixo dos como terapêutica anti trombótica da fibrilação auricular,
70 anos (redução de 39%). Este resultado, superou a meta bem como a consolidação da atividade de múltiplas unida-
estabelecida, que se deve a um conjunto de fatores (tabela des de AVC.
GRÁFICO 5 TAXA DE MORTALIDADE PADRONIZADA POR DOENÇAS CEREBROVASCULARES, POR SEXO, PORTUGAL
CONTINENTAL | 2011 A 2015
75 70,9 72,0
70
64,9
65 61,9 61,4 60,8
60 58,4
54,7 53,3 54,6
55 51,5
49,7
50 46,9
44,3 Total
45 43,0
Masculino
40
35 Feminino
2011 2012 2013 2014 2015
Nota: Códigos CID 10: I60-I69. Taxas por 100 000 habitantes.
Fonte: Elaborado pela DGS com base em dados do INE, 2017
TABELA 1 INDICADORES DE MORTALIDADE POR AVC HEMORRÁGICO E ISQUÉMICO, POR SEXO, PORTUGAL
CONTINENTAL | 2013 A 2015
AVC hemorrágico AVC isquémico
2013 2014 2015 2013 2014 2015
H/M
Número de óbitos 1.773 1.940 1.834 6.099 4.838 4.598
Taxa de mortalidade 17,8 19,6 18,6 61,3 48,9 46,6
Taxa de mortalidade padronizada 9,8 10,6 9,9 27,3 20,9 19,3
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 4,5 4,8 4,7 4,1 2,8 2,5
Taxa de mortalidade padronizada ≥70 anos 80,6 87,6 78,8 335,6 262,1 242,5
H
Número de óbitos 922 976 960 2.468 1.947 1.780
Taxa de mortalidade 19,5 20,8 20,5 52,2 41,4 38,1
Taxa de mortalidade padronizada 12,8 13,5 13,1 30,6 23,5 20,8
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 6,2 6,4 6,6 5,8 4,1 3,7
Taxa de mortalidade padronizada ≥70 anos 100,7 107,5 99,3 359,2 280,9 249,1
M
Número de óbitos 851 964 874 3.631 2.891 2.818
Taxa de mortalidade 16,3 18,6 16,9 69,6 55,6 54,4
Taxa de mortalidade padronizada 7,5 8,5 7,5 24,7 18,9 17,9
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 3 3,5 3,1 2,7 1,7 1,5
Taxa de mortalidade padronizada ≥70 anos 66,6 75 65,5 317,9 247,5 235,7
1600
1.516
1500
1400 1.326
1.314
1300
1.155
1200
1.111
1100
1000
2011 2012 2013 2014 2015
424 4220
4.500 450
4.000 3.641 400
344 3.524
3.500 3.179 350
3.000 3.246 300
236 227
2.500 189 250
2.000 200
Doentes submetidos
1.500 150 a Angioplastia Primária
1.000 100
500 50 EAM-Doentes
0 0 Submetidos a Fibrinólise
2011 2012 2013 2014 2015
Fonte: Inquérito Unidades de Saúde - PNDCCV/DGS
15.000 5.000
13.897 13.919 4.500
14.000 13.342
13.005 13.002 4.000
13.000 3.500
12.000 3.000
Cirurgias Coronárias Isoladas
2.500
2.087 1.923 1.962 2.034
11.000 1.884 Angioplastias Coronárias
2.000
10.000 1.500
2011 2012 2013 2014 2015
O correto encaminhamento dos casos de AVC e de EAM Na área cardiovascular assumem particular relevância três-
através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) classes farmacológicas atendendo não só ao número de
traduz-se num ganho de tempo fundamental para a eficá- embalagens ou aos encargos financeiros para o SNS que
cia terapêutica. Este constitui o propósito do conceito de acarretam, mas também pelo seu potencial de influenciar
Via Verde e justifica todos os esforços organizativos. as diferentes expressões de mortalidade e morbilidade car-
díaca ou vascular:
A Via Verde do AVC registou em 2016, 3.386 de casos enca-
minhados e até setembro de 2017 2.301 casos. Os distritos • Antihipertensores;
com maior número de encaminhamentos são Lisboa e Por- • Antidislipidémicos (estatinas em particular);
to, com 462 e 507 casos, respetivamente. • Anticoagulantes e anti-trombóticos.
Os dados estatísticos disponíveis revelam ainda que em O crescimento da sua utilização está inequivocamente re-
80,7% dos casos decorreram menos de duas horas entre a lacionado com os resultados obtidos.Continua a verificar-se
identificação dos sinais e sintomas de AVC e o encaminha- um incremento do número de embalagens de antihiper-
mento através da Via Verde respetiva. tensores e antidislipidémicos consumidos, o que contudo é
acompanhado de uma redução global dos encargos do SNS
Relativamente à Via Verde do EAM, até setembro de 2017 (por redução progressiva dos custos unitários e utilização
existe um registo de 444 casos encaminhados. Os distritos de fármacos com custo inferior).
com maior número de encaminhamentos são Lisboa e Por-
to, com 100 e 109 casos, respetivamente. A análise individualizada dos consumos com maior expres-
são em cada classe revela contudo que haverá ainda um
Os dados estatísticos disponíveis revelam ainda que em grande potencial para ganhos de eficácia.
75,9% dos casos decorreram menos de duas horas entre a
identificação dos sinais e sintomas de EAM e o encaminha- Entre as diferentes classes farmacológicas é de salientar o
mento através da Via Verde respetiva. incremento da utilização de anticoagulantes, em particular
os não dicumarínicos (New Oral Anticoagulants - NOACs),
que irá certamente continuar a crescer. O alargamento
da terapêutica anticoagulante da fibrilhação auricular com
este grupo farmacológico é certamente uma das razões da
redução de mortalidade no AVC isquémico.
3.500
3 386
3.400
3.300
3.200 3.115
3.100 3.040 3.036
3.000 2.920
2.900
2.800
2.700
2.600
2012 2013 2014 2015 2016
Olmesartan medoxomilo +
Classe dos 12.688.148,08 15.054.836,98 16.890.584,87 17.247.406,88 17.158.537,78
Hidroclorotiazida
Antihepera–
tensores Amlodipina + Olmesartan
9.732.207,29 12.458.669,53 13.527.949,71 13.927.107,27 13.756.971,20
medoxomilo
Amlodipina + Valsartan 14.398.793,85 15.035.020,82 14.673.812,96 12.365.203,05 11.608.966,73
Antidislipidémicos 62.992.210,61 59.342.848,24 62.060.844,44 62.444.963,96 61.191.807,34
Atorvastatina 9.157.009,65 4.141.685,61 4.882.505,60 5.588.249,17 6.458.466,91
Classe
Pitavastatina 3.505.535,97 4.941.096,76 5.713.057,19 5.996.266,68 5.502.986,58
Antidislipi-
Rosuvastatina 21.256.057,51 22.778.236,77 23.336.743,29 22.506.130,56 19.689.066,13
démicos
Sinvastatina 6.495.244,24 5.530.162,39 5.495.193,87 5.260.191,78 5.372.279,14
Sinvastatina + Ezetimiba 8.575.635,08 9.198.754,67 8.879.093,75 8.470.691,74 7.281.340,77
Embalagens
2012 2013 2014 2015 2016
Antihipertensores 25.152.942 26.798.804 27.818.150 279.00.524 28.156.584
Olmesartan medoxomilo +
Classe dos 504.810 574.511 613.152 616.160 609.794
Hidroclorotiazida
Antihepera–
Amlodipina + Olmesartan
tensores 284.630 368.028 401.619 416.095 420.869
medoxomilo
Amlodipina + Valsartan 394.401 418.782 424.934 420.604 408.880
Antidislipidémicos 8.782.640 9.871.161 10.623.881 10.995.016 11.393.569
Atorvastatina 126.296 1.811.423 2.275.719 2.719.444 3.326.472
ENFARTE -6,3%
AGUDO DO 22,2% 20,8%
MIOCÁRDIO (2013) (2015)
Morbilidade
-19,2% -4,8%
* dados provisórios
ACIDENTE -19,7%
VASCULAR 61,9% 49,7%
CEREBRAL (2011) (2015)
Morbilidade
-10,8% +1,6%
* dados provisórios
Perfil Assistencial
+32,7%
EAM - Doentes
Submetidos a 3.179 4.220
Angioplastia Primária (2011) (2015)
+36,5%
AVC - Doentes
Submetidos 1.111 1.516
a Fibrinólise (2011) (2015)
+7,0% -9,7%
13.005 13.919 2.087 1.884
(2011) (2015) (2011) (2015)
Apostou-se em promover a vigilância epidemiológica e a in- O PNDCCV realizou um trabalho contínuo e aprofundado
vestigação na área das doenças cérebro-cardiovasculares, com o Departamento da Qualidade em Saúde da DGS na
através da elaboração de um capítulo sobre “A Saúde dos reformulação de todas as normas relativas às temáticas
Portugueses 2016 - Programa Nacional para as Doenças das doenças cérebro-cardiovasculares (4 a 9).
Cérebro-Cardiovasculares”(3).
Para o Programa, em 2016, manteve-se o apoio à investi-
Manteve-se a componente fundamental de análise de da- gação nacional através da participação no Projeto Europeu
dos da realidade nacional, disponibilizados por diferentes ERA-NET CVD. Este projeto promove a investigação trans-
entidades, designadamente pelo INE, ACSS, INFARMED e nacional na área das Doenças Cardiovasculares, em regime
INEM. de consórcio com a Fundação da Ciência e Tecnologia.
Verificou-se uma melhoria na capacidade de resposta dos No último trimestre de 2016 foi realizado o desenho e a
serviços através da validação e monitorização da imple- preparação de um projeto para o reforço das capacidades
mentação da rede de referenciação (AVC, Cardiologia) e do dos cuidados de saúde primários através da criação de um
apoio à divulgação no âmbito da participação no grupo de Centro de Interpretação e Análise Remota de Meios Com-
trabalho para a implementação da Tabela de Incapacida- plementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) na área
des no domínio da insuficiência cardíaca. das Doenças Cardiovasculares. Este projeto em articulação
com o Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE e a Admi-
Foi prioritária a monitorização das “Vias Verdes Coronária e nistração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP,
do AVC”, nomeadamente através do Inquérito às Unidades pretende interligar os ACES e as unidades hospitalares es-
de Saúde, que permitiu aferir a evolução positiva da Via Ver- pecializadas na realização de MCDT. A fase de implementa-
de do AVC e da realização das angioplastias coronárias do ção do referido projeto ocorreu no primeiro semestre de
EAM. Com efeito assumem particular relevância os fatores 2017.
A B C D E F
Reduzir a Reduzir a Reduzir Incrementar Incrementar Reduzir o
mortalidade mortalidade a mortalidade o número de o número de consumo de sal
prematura prematura intra-hospitalar angioplastias casos submetidos entre 3 a 4% ao
<70 anos <70 anos por por Enfarte Agudo primárias no a terapêutica ano na população,
por doença doença isquémica do Miocárdio Enfarte Agudo fibrinolítica durante os
cerebrovascular - cardíaca para 7% com nº de do Miocárdio para ou reperfusão próximos 4 anos,
taxa de mortalidade - taxa de óbitos anual ≤950 470 por milhão de endovascular no (Meta comum
padronizada mortalidade habitantes Acidente Vascular ao programa
≤ 8,5% ou número padronizada Cerebral para 1800 para a Promoção
de óbitos ≤1000 ≤ 9,5% ou número casos/ano (11) (12) da Alimentação
de óbitos ≤ 1000 Saudável)
PROGRAMA NACIONAL PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES | 2017 16
4.5. Implementação
METAS
OBJETIVOS
2020
4. Promover aumento da sensibilização dos CSP para os sinais e sintoma de alerta do EAM
CDE
5. Adequar o nível de resposta do INEM
4.6. Monitorização
METAS FONTE /
INDICADOR VALOR BASE EXECUÇÃO
2020 OBS.
1. Taxa de mortalidade padronizada por 10,9/100.000 hab. 10,1/100.000 hab. INE
doença cerebrovascular <70 anos (2014) (2015) SICO
A
2. Nº óbitos por doença cerebrovascular 11.296 11.271 INE
por ano (2014) (2015) SICO
3. Taxa de mortalidade padronizada por 14,9/100.000 hab. 14,4/100.000 hab. INE
doença isquémica cardíaca <70 anos (2014) (2015) SICO
B
4. Nº óbitos por doença isquémica 6.966 6.853 INE
cardíaca por ano (2014) (2015) SICO
1.071 1.010 ACSS
C 5. Nº óbitos Hospitalares por EAM
(2014) (2015) GDH
6. Nº Angioplastias primárias no Enfarte 3.641 4.220 PNDCCV
D
Agudo do Miocárdio (2014) (2015) DGS
7. Nº de casos submetidos a terapêutica
1.326 1.516 PNDCCV
E fibrinolítica ou reperfusão endovascular
(2014) (2015) DGS
no AVC
8. % Média de sal disponibilizada
F nos principais grupos de alimentos ND* ND* PNPAS
fornecedores de sal
* A definir com base em estudo alargado a realizar no âmbito da Estratégia Interministerial para a promoção da Alimentação Saudável
5. ATIVIDADES 2017/2018
Descrevem-se, em linhas gerais, as atividades a desenvolver • Capacitar os profissionais de saúde para uma infor
durante 2017/2018: mação de qualidade, suscetível de permitir a redução
da ingestão de sal, com a menor alteração do paladar
Vigilância Epidemiológica possível;
• Acompanhar as metas de redução das taxas de mor- • Estabelecer programa específico de intervenção diri-
talidade padronizadas mediante acesso direto aos gido à especialidade de Medicina Geral e Familiar.
dados através do sistema SICO, reportando desvios
significativos de forma a permitir introdução de me- Diagnóstico
didas corretoras, monitorizando os indicadores seto-
riais de saúde. • Desenvolvimento do projeto-piloto de criação de um
centro de análise remota de MCDT de Cardiologia nos
Prevenção Cuidados de Saúde Primários, de acordo com o Des-
pacho nº 780/2017, de 12 de janeiro (15). Este proje-
Definição e implementação de estratégias em articulação to-piloto é central para dotar as unidades de cuidados
com o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação de saúde primários com capacidade de realizar inter-
Saudável, com o objetivo de reduzir o consumo de sal na venções de diagnóstico nas doenças cardiológicas.
alimentação, designadamente (13):
• Melhorar o controlo da Hipertensão e da Dislipidémia,
• Acompanhar e promover a monitorização do teor de ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, através de
sal nos principais alimentos, de acordo com a estraté- iniciativas conjuntas e suportes informativos/formati
gia integrada para a alimentação saudável (Delibera- vos específicos;
ção do Conselho de Ministros nº 334/2016 de 15 de
setembro) (14); • Promover o aumento da sensibilização dos Cuidados
de Saúde Primários para os sinais e sintomas de aler-
• Regular e apoiar o desenvolvimento de medidas le- ta do EAM, através da divulgação de documento espe-
gislativas que conduzam à redução do volume do sal cífico de suporte;
ingerido pelos cidadãos;
• Adequar o nível de resposta do INEM, monitorizando
• Promover a autoregulação pelo sector agroalimentar, a admissão de doentes através do sistema pré-hos
com vista à redução do volume de sal adicionado nos pitalar.
alimentos;
Tratamento
• Colaborar nas campanhas nacionais de comunicação
com vista à redução do volume de sal, participando • Rever a cobertura nacional para a terapêutica endo-
na elaboração de suportes digitais que disponibilizem vascular através do aumento do número de casos
informação credível e independente; submetidos a terapêutica fibrinolítica ou reperfusão
endovascular no AVC;
• Promover uma articulação crescente com o Ministé-
rio da Educação no sentido da sensibilização dos mais • Promover a eficácia dos Centros de Intervenção Co-
jovens para a problemática do sal como fator de risco ronária Percutânea aumentado o número de doentes
para as doenças cérebro-cardiovasculares; submetidos a angioplastia primária.
• Propostas de cooperação com a Sociedade Portugue • Promover a investigação científica na área das doen
sa de Cardiologia e Sociedade Portuguesa de Angio- ças cérebro cardiovasculares, garantindo que Portu-
logia e Cirurgia Vascular, bem como com outras asso gal integra e lidera a ERA-NET CVD, mediante parceria
ciações científicas. estabelecida com a Fundação de Ciência e Tecnologia.
REABILI-
MCDT SAL TAÇÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15. Ministério da Saúde: Despacho nº780/2017 de 12 de ja- European Society of Cardiology and Other Societies on Cardio-
neiro. Disponível em: https://dre.pt/application/file/a/1057 vascular Disease Prevention in Clinical Practice (constituted by
38263 representatives of 10 societies and by invited experts). Develo-
ped with the special contribution of the European Association
16. Piepoli MF, Hoes AW, Agewall S, Albus C, Brotons C, for Cardiovascular Prevention & Rehabilitation (EACPR). Eur
Catapano AL, Cooney MT, Corra U, Cosyns B, Deaton C, Heart J 2016;37(29):2315–2381.
Graham I, Hall MS, Hobbs FD, Lochen ML, Lollgen H, Mar-
ques-Vidal P, Perk J, Prescott E, Redon J, Richter DJ, Sattar N, 17. Direção Geral da Saúde. Despacho nº 7433/2016 de 25
Smulders Y, Tiberi M, van der Worp HB, van Dis I, Verschu- de maio. Disponível em: https://dre.pt/application/file/746
ren WM. 2016 European Guidelines on cardiovascular disease 16725
prevention in clinical practice: The Sixth Joint Task Force of the
Alameda D. Afonso Henriques, 45
1049-005 Lisboa - Portugal
Tel.: +351 218 430 500
Fax: +351 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt
www.dgs.pt