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DEFINIÇÃO Interpretar também significa extrair o sentido.

Numa
Interpretar é entender o que está escrito no texto, é primeira leitura, observamos somente aquilo que é
esclarecer, é produzir de outra forma o que já se foi superficial na mensagem transmitida pelo autor, o
dito. A palavra texto é originada do latim textum = significado puro das palavras. Ao adotarmos uma
entrelaçamento de ideias. Um texto é um postura interpretativa, passamos a questionar e
entrelaçamento de ideias, não é apenas uma aprofundar nosso raciocínio em busca da mensagem
enumeração de frases e orações, e sim um conjunto central do texto, aquilo que seu autor queria
de informações conectadas, entre si, que realmente explorar. Temos dois níveis de leituras:
estabelecem a coesão e a coerência textual. 1. Informativo (reconhecimento): Deve ser feito de
As frases produzem significados diferentes de forma cautelosa por ser o primeiro contato, com o
acordo com o contexto em que estão inseridos, novo texto. Desta leitura, extraem-se informações
tornando-se, necessário sempre fazer um confronto sobre o conteúdo abordado e prepara-se o
entre as partes que compõem o texto. Além disso, é próximo nível de leitura. A primeira leitura deve
fundamental apreender as informações apresentadas ser feita cuidadosamente por ser o primeiro
por trás do texto e as inferências a que ele remete. contato com o texto, extraindo-se informações e
Este procedimento justifica-se por um texto ser se preparando para a leitura interpretativa.
sempre produto de uma postura ideológica do autor, Sublinhe palavras chaves e ideias importantes, e
diante de uma temática qualquer. Podemos encontre a ideia central;
considerar que o texto é qualquer forma de 2. Interpretação: Durante ela, cabe destacar
comunicação oral ou escrita, verbal ou não verbal palavras, passagens importantes, bem como usar
sempre direcionada ao leitor. uma palavra para resumir a ideia central de cada
parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a
memória visual, favorecendo o entendimento. A
preocupação deve ser a captação da essência do
texto, a fim, de responder as interpretações que a
bancada considerou como pertinente; nos textos
literários, é preciso conhecer a ligação daquele
texto com outras formas de cultura, outros textos
e manifestações de arte, da época em que viveu
o autor. Não podemos dispensar as dicas que
aparecem na referência bibliográfica da fonte e na
identificação do autor. O segundo nível de leitura
Figura 1: O texto (A) Apresenta uma placa de trânsito, mostrando
concentra-se nas perguntas e opções de
que é proibida a circulação de bicicleta e mais ao fundo respostas. Atente-se às palavras NÃO, EXCETO,
observamos outra placa que indica quebra molas na pista; (B) O RESPECTIVAMENTE, INCORRETO, TODOS,
texto tem uma imagem que indica a necessidade de silêncio no NUNCA etc., pois fazem diferença na escolha
estabelecimento em que ela foi fixada; (C) O texto é uma charge
adequada. Retorne ao texto sempre que
da Mafalda que, ao caminhar por uma calçada, se surpreende ao
pisar num trecho alagado. Após constatar que a água não vinha
necessário. Leia a frase anterior e posterior para
da chuva, ela contínua sua caminhada tentando saber a causa, ter uma ideia do sentido global proposto pelo
num momento ela se depara com várias pessoas chorando, autor.
constatando que essa é a causa do alagamento. A bancada nos oferece um texto completo e, nas
questões, extrai uma parte do texto para a análise. O
segredo é voltar ao texto e ler as informações
anteriores e posteriores à parte mencionada. As
questões são montadas de modo a induzir ao erro.
Nesse sentido, é importante observar os comandos
de questão (de acordo com o texto, conforme o
texto, segundo o autor...). Se forem esses
comandos, você deve-se limitar à realidade do texto.
Muitas vezes, as alternativas extrapolam as verdades
Figura 2: O texto acima é conhecido como texto misto, por ser do texto; ou ainda diminuem essas mesmas
compostos simultaneamente por imagens e escritas. No 1º
verdades, ou fazem afirmações que nem de longe
quadrinho o fato de Galvim gritar pela mãe é composto por um
detalhe primordial que não podemos deixar de observar. Ele está estão no texto.
com os pés do lado de fora. No 2º e 3º quadrinho, verificamos que
Galvim reflete em obedecer à ordem da mãe. Por fim, notamos
que só é possível depreender o significado de todo o texto
somando a parte escrita da fala de Galvim com a imagem de
desespero da mãe.
Politicas para a nova classe média Ex.: 2: Considerando o primeiro e o ultimo paragrafo,
O Brasil ainda enfrenta muitos obstáculos ao é correto dizer que o avanço brasileiro poderá se
desenvolvimento de suas potencialidades, incluindo concretizar se houver, no país,
um sistema de ensino fraco, baixas taxas de a. Um emaranhado de entraves regulatórios;
poupança e um emaranhado de entraves b. Desprezo à ação das empresas;
regulatórios, só para citar alguns. Agora, para as c. Educação como passaporte exclusivamente para
perspectivas de crescimento futuro, o que importa o trabalho formal;
não é o nível absoluto desses fatores, mas como eles d. Correta: Integração entre as virtudes do estado e
evoluem no tempo. O Brasil pode avançar as do mercado, sem falhar;
verticalmente se escolher os caminhos certos em e. Uma agente atrofiada liga aos trabalhadores por
direção à sua fronteira de possibilidades. conta própria.
É preciso dar o mercado aos pobres, completando o
movimento dos últimos anos, quando, pelas vias da Ex.: 3: considere a frase, há que se turbinar a
queda da desigualdade, demos os pobres aos participação das pessoas. Segundo o autor é
mercados (consumidores). Devemos tratar o pobre preciso,
como um receptor de transferência oficiais de a. Ter aceso às ações do estado;
dinheiro e de crédito. Há quase que se turbinar a b. Correto: Incentivos às pessoas a agirem frente
participação das pessoas. ao mercado;
O dilema entre dar o peixe e ensinar a pescar, c. Ter uma agenda mais amigável;
significa mostrar aos pobres, que já apreenderam a d. Fazer com que poucas pessoas aprendem a
pescar, o mercado de peixes. Já a perspectiva pescar;
versão socialista desse processo seria a e. Ter uma visão socialista frente ao processo.
redistribuição dos peixes.
Há riqueza no meio da pobreza e o estado pode Ex.: 4: Da leitura do texto, Chega-se à conclusão
interagir com o setor privado. de que, em relação ao futuro do Brasil. O autor
Uma agenda que está atrofiada no Brasil é a ligada tem uma visão.
aos trabalhadores por conta própria e aos pequenos a. Pessimista;
produtores urbanos. Dar mercado significa, acima de b. Indiferente;
tudo, melhorar o acesso das pessoas ao mercado de c. Correta: Otimista;
trabalho. Os fundamentos do crescimento econômico d. Reservada;
e as reformas associadas são fundamentais. A e. Negativa.
educação funciona como passaporte para o trabalho
formal, metas sociais complementaram esse
movimento, incorporando eficiência do setor privado
ao setor público. Alguns gostariam de uma agenda
mais amigável à ação privada, outros gostariam de
um estado provedor. O coletivo brasileiro no fundo
quer as duas coisas, respeitando às regras de
mercado e politicas social ativa pelo estado. O
desafio é combinar as virtudes do estado com as do
mercado, sem esquecer-se de evitar as falhas de
cada um dos lados.

Ex.: 1: Analisando o titulo e o texto, é correto afirmar


que, segundo o autor, Ex.: 1: Considere as afirmações sobre a charge,
a. Correto: A classe média do Brasil pode contribuir I. A expressão esgoto a céu aberto significa
com o crescimento econômico do país; esgoto descoberto;
b. Deve-se evitar tratar o pobre como um receptor II. Há uma critica sobre as condições sociais
de crédito; brasileiras;
c. A classe média dificilmente será um mercado III. As expressões por baixo e esgoto, aliados
consumidor promissor; aos elementos visuais da charge, enfatizam a
d. Dar o mercado tem o mesmo sentido de dar o gravidade da pobreza no Brasil.
peixe; Esta correto o que se afirma em:
e. O estado e a iniciativa privada devem ser a. I, apenas;
independente. b. II, apenas;
c. I e II apenas;
d. II e III apenas;
e. Correto: I, II e III.
Ex.: 2: Com base na norma culta e nas falas dos
personagens, é correto afirmar que,
a. Correta: A palavra onde indica lugar;
b. Os verbos sabe, fica e divide indicam tempo
passado;
c. Ouvi dizer equivale a tenho certeza;
d. A palavra que, nos dois balões, tem a mesma Ex.: 3: na opinião do palestrante,
função gramatical; a. O arrependimento com relação à tatuagem é
e. As expressões a céu aberto (sem crase) e à céu dado como certo; Correta: você se arrependerá
aberto (com crase) estão igualmente corretos. de qualquer forma.
b. O adulto tem mais maturidade para nã se
O apanhador de desperdícios arrepender de se tatuar;
Uso a palavra para compor meus silêncios. c. A tatuagem deve ser uma marca que diferencia
Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou jovem e adultos;
mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo d. Os jovens devem ser uma que diferencia jovens e
água pedra sapo. adultos;
Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às e. A tatuagem feita durante a vida adulta não
coisas desimportantes e aos seres desimportantes. provoca arrependimento.
Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em
mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos, Como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
Eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

Ex.: 1: Leia atentamente as afirmações a seguir:


I. O eu-lírico, em certa medida, preocupa-se em
atribuir valor àquilo que não parece ter mais
importância;
II. Para o eu-lírico, os misseis não são
importantes porque provocam guerras e
abalam a natureza tão valorizada por ele;
III. A palavra fatigada, presente no terceiro verso,
pode ser substituída por usuais.
É(são) correto(s) a(s) afirma(ções):
a. Apenas I;
b. I e III;
c. Correta: I e II;
d. II e III.

Ex.: 2: Considerando as falas da personagem no


primeiro e no terceiro quadrinhos, conclui-se que
para ela.
a. Impossibilidade de ser feliz impede a alienação;
b. A busca pela verdade necessita de proteção;
Correta: A dica é o uso do capacete que significa
chapéu de forma arredondada, de metal, couro,
cortiça ou outro material resistente. Sua finalidade
básica é proteger a cabeça. Claro que indica a
necessidade de proteção.
c. A verdade é a forma real de se chegar à
felicidade;
d. A felicidade é o caminho para a verdade.
predomínio da função poética da linguagem, é um
meio importante de reflexão sobre a realidade,
envolvendo um processo de recriação dessa
realidade. Os textos literários exploram bastante, as
construções de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espaço do texto e provocar reações
diferenciadas em seus leitores.
 Conotação: É um sentido que só advém à palavra
numa dada situação figurada, fantasiada, e que,
para sua compreensão, depende do texto. Sendo
assim, estabelece-se numa determinada
construção frasal, uma nova relação entre
significante e significado.
A produção de um texto literário envolve:
o Valorizar a forma: O uso literário da língua
caracteriza-se por um cuidado com a forma,
visando à exploração de recursos que o sistema
linguístico oferece, nos planos fônicos,
prosódicos, léxico, morfossintático e semântico.
Não é o tema, mas a maneira como ele é
explorado formalmente que vai caracterizar um
texto literário;
o Reflexão sobre o real: No lugar de apenas
informar sobre o real, ou de produzi-las, a
expansão literária é usada como um meio de
refletir e recriar a realidade, reordenação. Isso dá
ao texto literário um caráter ficcional, ou seja, o
texto literário interpreta aspectos da realidade
efetiva, de forma indireta, recriando o real num
plano imaginário.
o Reconstrução da linguagem: No texto literário o
uso estético da linguagem pressupõe criar novas
relações entre as palavras, combinando-se as de
forma inusitada, singular, revelando novas formas
de ver o mundo.
o Multissignificação: No texto literário, faze
igualmente um amplo uso de metáforas e
metonímias, com o objetivo de despertar no leitor
o prazer estético, isto é, o que define seu caráter
plurissignificativo.
No texto não-literário as relações são mais
restritas, tendo em vista, a necessidade de uma
informação mais objetiva e direta no processo de
documentação da realidade, com predomínio da
função referencial da linguagem, e na interação entre
os indivíduos, com predomínio de outras funções. O
texto não-literário usa bastante as construções de
base denotativa.
 Denotativa: O sentido denotativo das palavras é
aquele encontrado nos dicionários, o chamado
sentido real ou verdadeiro.

Exemplo de editorial
Em 1952, inspirado nas descrições do viajante Hans
Staden, o alemão De Bry desenhou as cerimônias de
canibalismo de índios brasileiros. São documentos
TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO de alto valor histórico (...).
O texto literário tem uma dimensão estética, Porém não podem ser vistos como retratos exatos:
multissignificativa e dinâmica, que possibilita a artista, sob a influência do renascimento, mitigou a
criação de muitas e novas relações de sentido. Com violência antropofágica com imagens idealizadas de
índios que ganharam traços e corpos esbeltos de
europeus. As índias ficaram rechonchudas, como as
divas sensuais do pintor holandês Rubens.
No sec. XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o
mesmo tema, usando formas densas, rudes e nada
idealizadas, Portinari evitou o ângulo da colonização
e procurou não fazer julgamentos. A antropologia
persegue a mesma coisa: investigar, descrever e
interpretar as culturas em toda sua diversidade
desconcertante. Assim, ela é capaz de revelar que o
canibalismo é uma experiência simbólica e SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
transcendental, jamais alimentar. Sinônimos
Até os anos 50, Waris e Kaxinawas comiam pedaços São aquelas palavras que possuem significado ou
dos corpos dos seus mortos. Ainda hoje, os sentido semelhante, algumas palavras mantêm
Ianomâmis misturam as cinzas dos mortos no purê relação de significação entre si e representam
de banana. Ao observar esses rituais, a antropologia praticamente a mesma ideia.
aprendeu que, na antropofagia que chegou ao séc.,  Certas = corretas;
XX, o que há é um ato amoroso e religioso, destinado
 Verdadeiras = exatas.
a ajudar a alma do morto a alcançar os céus. A
Sendo assim, sinônimas são palavras que possuem
SUPER, ao contar toda a história a você, pretende
significados semelhantes. Também são quando uma
superar os olhares, preconceituosos e ampliar o
palavra tem semelhante significação com outra em
conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e
alguns contextos, sem alterar a significação literal da
estimular o respeito às culturas indígenas. Você vai
sentença:
ver que o canibalismo, para os índios, é tão digno
 Alegre = feliz;
quanto à eucaristia para os católicos. É sagrado.
(adaptado de: Superinteressante, agosto, 1997, p.4).  Diminuto = pequeno;
Considere as seguintes informações sobre o texto:  Falar = dizer.
I. Segundo o próprio autor do texto, a revista tem
como único objetivo tornar o leitor mais Antônimo
informado acerca da história dos índios Cujo sentido é contrário ou incompatível com o de
brasileiros; outra:
II. Este texto introduz um artigo jornalístico sobre o  Grande = pequeno;
canibalismo entre índios brasileiros;  Bonito = feio.
III. Um dos principais assuntos do texto é a história
da arte no brasil. Homônimos
Quais são as corretas? Vocábulos que possuem o mesmo som ou mesma
a. Apenas I; grafia, mas com sentidos diferentes, são divididos
b. Apenas II; em:
c. Apenas III; 1. Homográficos = mesma grafia:
d. Apenas I e III;  Sede (lugar) ≠ sede (vontade de beber);
e. Apenas II e III.  Almoço (substantivo) ≠ almoço (1ª pessoa do
Alternativa (I): Ao usar a palavra ÚNICO devemos presente do indicativo do verbo almoçar);
ter cuidado com essa palavra, a afirmação reduz o  Selo (substantivo) ≠ selo (1ª pessoa do presente
texto, que vai além da ter como único objetivo do indicativo do verbo selar).
informar sobre a história dos índios. Alias, não é a 2. Homofônicos = mesmo som:
historia dos índios, mas sim da antropofagia deles.  Buxo (arbusto) ≠ bucho (estômago);
Alternativa (II) Correta: Traz uma imprecisão, o  Cassar (tornar nulo, sem efeito) ≠ acender
texto não introduz um artigo jornalístico. (seguir ou ≠procurar);
Alternativa (III): Está errada, pois a história da arte  Ascender (subir, elevar-se) ≠ acender (atear
está longe de ser um dos assuntos principais do fogo e inflamar).
texto. 3. Curiosidade: alguns homônos são, ao mesmo
tempo, homofônicos e homográficos, por isso
recebem o nome de homônimos perfeitos:
 Manga (fruta) ≠ manga (parte da roupa);
 Como (conjugação) ≠ como (1ª pessoa do
singular do presente do indicativo do verbo
comer).

Parônimos
Vocábulos que possuem som ou grafia parecidas,
mas com sentidos diferentes:
 Flagrante (no ato) ≠ flagrante (que tem cheiro);
 Iminente (preste a ocorrer) ≠ eminente (excelente);
 Infligir (aplicar) ≠ infringir (violar).

Polissemia
É a multiplicidade de sentido que uma palavra pode
apresentar, dependendo do contexto em que está
inserida:
 O menino quebrou o braço;
 O braço da cadeira é macio;
 Península é um braço de terra que avança no CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO
mar. As palavras, expressões e enunciados da língua
atuam em dois planos diferentes:
 O conotativo (figurado);
 O denotativo (literal).
As palavras dentro de um contexto podem assumir
varios sentidos. Elas podem aparecer em seu sentido
real, ou em sentidos figurados. Sentido próprio é
aquele, que pode ser interpretada como o sentido
mais usual ou básico da palavra ou expressão. Este
seria os sentidos literais da palavra comum que
costumamos dar a ela. Este, por sua vez, não precisa
de um contexto para ser compreendida qual a
palavra é usada com seu sentido costumeiro, possui
um valor denotativo.
Denotativa: predomina em textos com função
utilitária, ou seja, que tem como objetivo principal
informar argumentar e orientar. ex.:

Centro ritual neolítico


De 5000 a. C. em diante, as pessoas começaram a
erguer verticalmente as pedras para marcar a
passagem do sol. o grande monumento megalítico de
Stoneheuge, em Salisbury Plam, Inglaterra, está
perfeitamente alinhada com o nascer do sol no
solstício de verão.

Conotação: palavra usada em sentido figurado:


 Atanagildetina é uma rosa;
A palavra rosa assume varias significado figurado,
que dependem da imagem que o leitor faz da rosa,
macia, perfumada, cheiroso, delicada etc.
 João é carta fora do baralho.

Sentido figurado
É o sentido que uma palavra literal adquire com o
passar do tempo em situações particulares de seu
uso. Seu sentido é alterado ou ampliado, adquirindo
então um valor conotativo, fugindo de seu sentido
inicial. Em suma, é o sentido simbólico que damos a
uma palavra usual.
ex: de acordo com o seu significado, podem ser
colocados em situações diferentes com sentidos
diferentes:
1. A jararaca é uma cobra;
2. Aquela sua vizinha é uma jararaca.
Em ambas as frases jararaca referem-se a uma
cobra, mas seus sentidos são diferentes.
1. Entendemos que jararaca é uma cobra, uma
espécie de reptil com veneno;
2. Sua amiga é um avião.
O avião decolou esta manhã;
Sua amiga e um avião.
Temos o sentido literal da palavra avião. Vemos a
palavra em seu sentido figurado simboliza uma
beleza extrema vindo da amiga, presente na frase.

CLASSES GRAMATICAIS
São dez as classes gramaticais: substantivo, adjetivo,
artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, conjunção,
preposição e interjeição. A classe de uma palavra
existe independentemente da frase. Ex.: Pedra é
substantivo. Podemos dividir as classes gramaticais da
seguinte forma:
1. Classes básicas: substantivo e verbo.

2. Classes dependentes:

a. Do substantivo: artigo, pronome adjetivo,


numeral e adjetivo;

b. Do verbo: advérbio.

3. Palavras de ligação: preposição e interjeição;

4. Interjeição.

 O garoto chegou. Meu filho chegou. O bom


aluno chegou. O primeiro candidato chegou.
Chegamos cedo.

Observamos que a palavra O, artigo definido,


acompanha o substantivo Garoto, está na sua
dependência. O pronome adjetivo possessivo Meu
acompanha o substantivo Filho. O adjetivo Bom está
ligado ao substantivo Aluno. O numeral Primeiro se
liga ao substantivo candidato.
O último exemplo: a palavra cedo se liga ao verbo
chegamos, passando-lhe uma ideia de tempo. uma
palavra dependente do verbo. Chama-se, advérbio.
Numa questão que envolva reconhecimento das
classes, procure localizar os substantivos e observe as
palavras que formam grupos com ele. Essas palavras
serão, necessariamente, artigos, adjetivos, numerais e
pronomes adjetivos.
1. Quanto à forma os substantivos podem ser
primitivo, derivado, simples e composto.

a. Primitivo: Não apresenta afixo:

 Pedra, marte, agenda;

b. Derivado: Apresenta afixos:

 Pedreiro, marciano, extra-agenda;

c. Simples: Apresenta apenas um radical:

 Samba, enredo, caixa, água;

d. Compostos: Apresenta mais de um radical:

 Samba-enredo, caixa-d água.

Figura 3: Classes gramaticais. 2. Quanto à significação, os substantivos podem ser:


comuns, próprios, abstratos, concretos e
coletivos.

a. Comum: Representa todos os seres de uma


espécie:

 Homem, cidade, bairro, instituição.

b. Próprio: Representa apenas um ser de apenas


uma espécie:
SUBSTANTIVO  Pedro, Salvador, Aeronáutico, Sonrisal.
É a palavra que nomeia tudo o que tem substância,
tudo o que existe tudo o que imaginamos existir ou c. Abstrato: Representa ações, estados,
tudo o que tem um conceito abstrato. O substantivo qualidades, sentimentos, resultados de ações,
pode indicar ação, estado, condição, qualidade, propriedades e concepções;
sentimento e acontecimento.
1. O substantivo é uma palavra que varia em  Luz, Som, Eco, Chuva, DVD, Relógio, Rua, Ilha,
gênero, número e grau: Aldeia, Fada, Deus.

 Garoto varia em gênero (garota) em número d. Coletivo: Representa um grupo de seres da


(garotos) em grau (supergaroto). mesma espécie:

2. O substantivo é o núcleo dos termos sintáticos:  Girândola, atlas, cancioneiro, pinacoteca, réstia,
Sujeito; Objeto direto e indireto; Predicativo do varo.
sujeito e do objeto; Complemento nominal;
Agente da passiva; Adjunto adnominal e
adverbial; Aposto e vocativo;
Classificação em gênero
 O discurso daquele aluno provocou grande Os substantivos podem apenas ser masculino ou
alegria no professor. feminino. Serão reconhecidos pela terminação
(aluno/aluna; gênero biforme) ou pela determinante (O
A palavra discurso: atleta/ A atleta, gênero uniforme). A palavra criança é
 Nomeia uma ação praticada, discurso é um um substantivo feminino, pois os determinantes que se
manifesto oral; ligam a ela indicam isso:
 João é uma criança linda.
 Pode variar de forma se a frase toda for
pluralizada;
Tipos
 É o núcleo do sujeito; o que provocou grande Existe o substantivo uniforme (não muda de forma
alegria no professor. para indicar gêneros diferentes) e o biforme (muda
de forma para indicar gênero diferente).
Masculinas:
Classificação  Filho, gato, lobo e menino;
O substantivo pode ser classificado segundo sua
forma e a sua significação: Troca de terminação: -o por -a;
Feminina:  Ceder meus direitos autorais ao artista foi difícil
 Filha, gata, loba e menina; (frase com dois verbos);

 A cessão de meus direitos ao artista foi difícil


Identificação (frase com um verbo).
Qualquer vocábulo ou expressão pode tornar-se um
substantivo. Para reconhecermos o substantivo
dentro da fase, precisamos perceber se ele vem na Derivação regressiva
posição de núcleo dos termos sintáticos ou  Quem canta seus males espanta (frase com dois
acompanhados de determinante (artigo, pronome, verbos);
numeral, adjetivo ou locução adjetiva).
A estrutura em que o substantivo vem o O canto espanta os males (frase com um
acompanhado de determinantes se chama sintagma verbo);
nominal:
Determinantes + substantivo = sintagma
 Ele causou o estardalhaço porque se revoltou
nominal.
com a postura dos políticos (frase com dois
O sintagma nominal é um grupo de vocábulo
verbos);
centrado num nome (substantivo); é uma expressão
cujo núcleo é um nome substantivo. o A causa do estardalhaço foi sua revolta
compostura dos políticos (frase com dois
Substantivação verbos).
É um tipo de nomilização, pois ocorre mudança de
muitas classes gramaticais, que se tornam
substantivo desde que a palavra, expressa ou a frase Locução substantiva
esteja acompanhada de algum determinante. É um grupo de vocábulos que equivale a uma só
 Você tem uma aracnofobia? (radical)/ eu tenho palavra. Uma locução é substantiva quando formada
fobias (substantivo. O pronome indefinido muitos por um grupo de vocábulos, com valor de
atua como determinantes); substantivo:
 Anjo da guarda;
 Sou muito pró-ativo (prefixo)/ esta questão só tem
um pró (substantivo. O numeral um atua como  Dona de casa;
determinante;
 Estrada de ferro.
 Aquela blusa é preta? (adjetivo)/ preta, você me
ama (substantivo. Percebe-se que a palavra
virou um substantivo porque está nomeando o Variação em número
alguém no meio de um apelido). O substantivo varia no plural, pelo acréscimo da
desinência de número (-S), a fim de indicar
quantidade. Carros indicam mais de um carro;
mistos-quentes indicam mais de um misto-quente.
A regra para os substantivos simples e, depois,
para os substantivos compostos.
 Singular: Chão, vão, mão, Grão, órgão, sótão,
benção e acórdão;

Nomialização Terminação: -ÃO por -S (monossílabos e


É normal transformarmos uma estrutura verbal paroxítonas);
numa estrutura nominal, ou seja, substituir um verbo  Plural: Chãos, vãos, mãos, grãos, órgãos,
por um substantivo de mesmo radical, a fim de evitar sótão, bênçãos e acórdãos.
exagero no uso de verbos. Isso se dá por meio de
derivação regressiva:  Singular: Cristão, Cidadão, irmão, apagão,
demão;
Derivação sufixal
-ÇÃO por -SÃO: Terminação: -ão/-s (oxítonas):
 fabricar>fabricação: ligar>ligaÇÃO:  Plural: Cristãos, cidadãos, irmãos, apagões,
demãos;
 adaptar>adaptaÇÃO:expressar>expresSÃO:
cerder>cessão.
 Singular: Leão, sabão, caixão, canhão, folião,
 Fabricar produtos sustentáveis está na moda estação, visão, razão, limão, nação;
(frase com dois verbos);
Terminação: -ão/-ões (oxítonas) –a:
 A fabricação de produtos sustentáveis está na  Plural: Leões, sabões, caixões, foliões, estações,
moda (frase com um verbo); visões, razões, limões, nações;
Variação em grau
 Singular: Anão, ancião, aldeão, corrimão, Toda palavra variável que aceita o sufixo –INHOS e
cirúrgico, charlatão, ermitão, faisão, guardião, –ÃO, correspondentes a pequenas e grandes.
refrão, sacristão, verão, violão, zangão; Pertence à classe dos substantivos.
Casa:
Terminação: -ão/-s, -es, -ões (oxítonas): há mais  CasINHA = casa pequena;
de uma forma no plural;
 Plural: Anãos/ões, anciãos/ões, aldeãos/ões,  CasarÃO = casa grande.
artesão/ões, charlatãos/ões, guardiões/ões,
faisãos/ões, sacristãos/ões. O substantivo varia em grau quando exprime sua
dimensão aumentam ou diminuem o tamanho normal
que exprime um substantivo.
Mudança de sentido A forma sintética se dá, por meio do uso de
Dependendo do número do mesmo substantivo, sufixos. Nos substantivo não se fala em flexão de
pode haver mudança de sentido. grau, mas de derivação, pois na gradação se unem
 Singular: Ar (substância atmosférica); afixos.

o Plural: Ares (condição climática, aparência); Aumentativo


Forma analítica (adjetiva)
 Singular: Costa (litoral);  Celular grande, computador enorme, espaço
o Plural: Costas (dorso). imenso, festa colossal.

Forma sintética (sufixo)


Regras dos compostos  Aço (a): barcaça, louraça, morenaço;
Os substantivos, os adjetivos, os numerais e os
 Alho (a): muralha, gentalha, politicalha;
pronomes que fazem parte dos substantivos
compostos variam em número:  Alhão: grandalhão, facalhão.
 Os tenentes-coronéis (subst+subst) foram
convidados para reunião; Diminutivo (adjetivo)
 Televisão pequena, cadeira pequenina, sala
 Estes alunos-mestres (subst+subst) minúscula;
desempenham bem o papel de professor;
Forma sintética (sufixo)
 Comprei dois cachorros-quentes (subst+adj)  Acho (a) riacho, fogacho;
bem saborosos naquela barraca;
 Ebre: casebre;
 Os capitães-mares (subst+adj) eram autoridades
que comandavam certas milícias;  Eco (a): jornaleco, soneca, padreco.
 Ah, os arrozes-doces (subst+adj) da mamãe!
Quanta saudade!; Formas estilísticas
De grau dos substantivos é os que fogem à ideia
 Os baixos-relevos (adj+subst) são bastante normal de grau, acrescentando sentido extra a eles.
usados na decoração arquitetônica. Os sufixos aumentativos (normalmente -ÃO) e
diminutivos (normalmente (Z) INHO) podem
As demais classes gramaticais não variam em apresentar outras ideias, além de grandeza e
número (verbo, advérbio, conjugação, preposição, pequenez:
interjeições).
 Carinho, afeto, admiração, ironia, desprezo e
 Aquela porta-bandeira (verb+subst) sabe o que é vergonha;
sambar;
 Ok, sabichão e sabichona, vocês nunca erram
 Nunca se viram beija-flores (verb+subst) tão (ironia)
garbosos como esses;
 Aquele homem não passa de um padréco
 Vamos lutar para os abaixo-assinados (adj+adj) (depreciação);
serem aceitos.
 Nossa! Que carrão! (admiração).

Exemplos:
1. Consiste meramente de demarcações...; o
vocábulo demarcação tem seu plural
corretamente formado no texto. O item abaixo em
que há um vocábulo cuja forma plural é
unanimemente considerada como equivocada.
a. Escrivões-tabeliões-cidadãos;  Um artista brasileiro.
b. Aldeãos-aldeões-aldeães; Os adjetivos modificam, respectivamente, os
substantivos pai, avô, bisavô e maestro. Somente
c. Artesões-camaleões-vulcões; dois adjetivos exercem função sintática de adjunto
adnominal, pois fazem parte dos seguintes sintagmas
d. Arteções-corrimãos-verões;
nominais meu maestro soberano e um artista
e. Guardiões-guardiões-charlatãos. brasileiro. Os demais adjetivos estão fora do
sintagma, por isso são adjetivos com função do
predicativo.

ADJETIVOS
É um caracterizador, um modificador de sentido. Por
exemplo, se queremos caracterizar a bandeira do
Brasil, dizemos que ela é amarela, verde e azul. O
adjetivo exerce duas funções na frase: adjunto
adnominal quando vêm dentro do sintagma nominal,
mas, quando têm função de predicativo, vêm fora do Adjetivação
sintagma nominal. Há dois conceitos de adjetivação:
 aquela casa amarela e suntuosa 1. Presença de muitos adjetivos num texto;

Amarela funciona como adjunto adnominal, por  Acho minha namorada linda, sedosa, cheirosa,
fazer parte do sintagma nominal (aquela casa gostosa, quente, etc.
amarela) já suntuosa funciona como predicativo, pois
está fora do sintagma. O propósito do excesso de adjetivo é o realce, a
As classes gramaticais modificadas pelos adjetivos ênfase.
são os substantivos, o pronome, o numeral e até uma
oração substantiva. 2. Transformação de um substantivo em adjetivo:
 Rocha Lima e Celso Cunha eram excelentes; O que é mais importante é saber, a transformação de
um substantivo em adjetivo:
 Eles eram excelentes;
 Seu jeito moleque atrai as mulheres mais novas;
 Os dois eram excelentes;
 Esta blusa laranja lembra a da seleção de futebol
 Viver é excelente; da Holanda;

 Acho excelente resolver exercícios de português.  É preferível ter um cachorro amigo a um amigo
cachorro;
Para entendermos todas as definições de adjetivos,
analisemos esta frase:  É muito verdade o que ele nos disse;
 Meus alunos conseguiram conquistar as vagas
 David é muito homem.
concorridíssimas no ano passado.
Os termos destacados não são caracterizados
A palavra concorridíssima:
(adjetivos), mas nomeadores (substantivo).
 Caracteriza/modifica uma palavra:
concorridíssima caracteriza vagas;
Recursos de nominalização
 Variou de forma (termino, plural, superlativo) as Em caso dos adjetivos, a nominalização se dá pela
vagas concorridíssimas. transformação de oração subordinadas adjetivos em
meros adjetivos:
 O aluno que é inteligente passou na prova;
Identificação
É uma palavra caracterizadora que modifica um  O aluno inteligente passou na prova;
substantivo, por isso, diante de uma frase, devemos
notar qual palavra está atribuindo uma característica  Comprei para minha fruta dois carros que
ao substantivo: estavam novíssimas.
 O meu pai era paulista;
Classificação
 Meu avô, pernambucano;
 Simples: Apresenta um radical:
 O meu bisavô, mineiro;
o Visão social, visão econômica;
 Meu tataravô, baiano;
 Composto: Apresenta mais de um radical:
 Meu maestro, soberano;
o Visão sócio econômico; Feminina: Ateia, europeia, galiléia, saducéia.

 Primitivo: Não apresenta afixos: Masculina: Lhéu, tabaréu.


o Troca de terminação: -éu/-ao.
o Sorriso, amarelo.
Feminina: Ilhoa, tabaroa.
 Derivado: Apresenta afixos:
Masculino: Mau, nu, francês, espanhol.
o Sorriso-amarelo;
o Troca de terminação: -u, -ês, -ol, oi/ a.
 Restritivo: Acrescenta um sentido:
Feminina Má, nua, francesa, espanhola.
o Carro azul, homem feliz, leite quente não
inerente ao ser. Variação em grau
O adjetivo terá algumas vezes seu valor
 Explicativo: Apresenta um sentido inerente. intensificado, normalmente por advérbio ou por um
sufixo. Existem duas situações em que o adjetivo
a. Impróprio: pode variar em grau:
1. Numa estrutura de comparação;
o Carro motorizado, homem mortal, do ser.
2. Numa de superlativação.
b. Pátrio/gentílico: Refere-se a continente,
países, cidades:

o Polaco, americano, regiões, raças e povos,


indicando afeição, mineiro, origem.

Grau comparativo
Compara-se uma qualidade, ou qualificação, entre
Locução adjetiva
dois seres ou duas qualidades de um mesmo ser. Há
É um grupo de vocábulos com valor de adjetivos três tipos, com construções peculiares a ela:
formados por:
 De igualdade: (tão... quanto/como):
Preposição locução prepositiva + substantivos/
advérbio/ pronome/ verbo/ numeral. o Português é tão divertido quanto (ou como)
Tal expressão frequentemente se liga a um matemática;
substantivo:
o Briguinha atoa, pizza a lenha, TV em cores,  De superioridade: (mais (do) que):
casa sobre rodas, homem sem coragem, vida
com limites. o Português é mais divertido (do) que
matemática;
Mas também pode, ligar-se a pronomes ou a um
numeral:  De inferioridade: (menos (do) que):
o As (=aquelas) da sala 1, os (=aqueles) do Brasil,
todo mundo do bairro, os dois sem graça... eles o Português é menos divertido (do) que
sem caráter, o corpo era de cristal, o menino ficou matemática.
com fome este tempo todo?
O adjetivo destacado está sendo intensificado pelos
Como se viu nos três últimos exemplos, a locução advérbios TÃO, MAS e MENOS. A ideia de
adjetiva nem sempre vem dentro do sintagma comparação é marcada pelas conjunções (ou como)
nominal, pode vir de fora também, neste caso, terá e que (ou do que).
função de predicativo.
Grau superlativo
Variação de gênero Há um engrandecimento, uma intensificação da
Existe o adjetivo uniforme, e o biforme qualidade de um só ser: temos dois tipos de
Masculino: Lindo, saboroso, macio. superlativos.
o Troca a terminação: -o/-a. 1. Absoluto:

Feminina: Linda, saborosa, macia.  Analítico: O adjetivo e modificado por um


advérbio de intensidade:
Masculina: Ateu, europeu, Galileu, sadureu.
o Troca de terminação: -eu/eia.
o João é muito inteligente e bastante humilde mas  O homem e a mulher irromperam numa discussão
extremamente pobre. ferrenha sobre quem era mais relevante no curso
histórico. Derrotado após o embate, chegamos a
 Sintético: Quando há o acréscimo de um sufixo conclusão de que a mulher ainda é a base de
(ISSIMO, (r)IMA, (l)IMA). tudo!
o João é inteligentíssimo, mas é probessimo e Note que adjetivo derrotado, só pode se referir ao
humílimo. homem. Logo, a palavra homem não precisou ser
repetida, coube ao adjetivo à função de retomada,
isso é coesão.
2. Relativo:

 Superiorizada: Enaltecimento da qualidade de Exemplos:


um ser dentre outros seres, por meio da 1. Assinale a alternativa em que se respeitam as
construção o/a mais adjetivo + DE/DENTRE. normas cultas de flexão de graus.

o João é o mais inteligente dentre todos da sala. a. Nas situações críticas, protegia o colega de
quem era amiguíssima;
 Inferioridade: Desvalorização/minimização da
b. Mesmo sendo o Canadá friossíssimo, optou por
qualidade de um ser dentre outros seres, por
permanecer lá durante as férias;
meio da construção o/a MENOS + adjetivo +
DE/ DENTRE. c. No salto, sem concorrentes, seu desempenho
era melhor de todos;
o Mário é a aluna menos inteligente do grupo
d. Diante dos problemas, ansiava por um
resultados mais bons que ruim;
Valor discursivo
O adjetivo exerce um papel fundamental dentro do e. Comprou um copo barato, de cristal, de mais
discurso. Dependendo da posição do adjetivo, pode malíssima qualidade.
haver mudança de sentido e até de classe
gramatical. Dependendo da escolha do adjetivo,
contextualmente a intenção do produtor de texto 2. Os homens são os melhores fregueses. Os
pode ser revelada (modalização discursiva). melhores encontram-se no grau:
Respeitando a relação de concordância em gênero e
número com o substantivo, o adjetivo pode retomar a. Comparativo de superioridade;
termos, dando coesão ao texto.
Mudanças de posição do adjetivo pode implicar b. Superlativo relativo de superioridade;
mudança de sentido ou de classe gramatical:
c. Superlativo absoluto sintético;
1. Ele é um pobre homem (coitado; adjetivo);
d. Superlativo absoluto de superioridade.
2. Ele é um homem pobre (sem recursos; adjetivo).

1. Ele é um alto funcionário (posição; adjetivo);

2. Ele é um funcionário alto (comprimento;adjetivo)

1. Um belo dia fui visitá-la (indeterminada; adjetivo);

2. Ontem foi um dia belo (bonito;adjetivo). 3. Considerando os adjetivos e suas respectivas


locuções: adjetivas, assinale a alternativa
INCORRETA:
O adjetivo pode expressar um ponto de vista, um
juízo de valor, uma avaliação por parte do locutor do a. Hípico – de cavalo;
texto. Isso é modalização. O adjetivo é o
modalizador, exprime uma opinião, logo pode ser b. Onírico – de ouro;
retardado.
 E este programa é ÓTIMO; adjetivo ótimo c. Insular – de ilha;
exprime um julgamento não se trata de uma d. Pluvial – de chuva.
verdade absoluta, logo poderemos contra-
argumentar. Resposta:
 Alternativa (a): hípico = Referente a hipismo,
Os adjetivos podem ser usados como instrumentos
cavalo, equino.
ou recursos coesivos dentro do texto. Em outras
palavras, fazem referências a vocábulos dentro do  Alternativa (b) correta: O adjetivo referente à
texto para evitar a repetição e manter o sentido dele. locução adjetiva de outro é áureo e não onírico;
o Onírico = referente a sonho ou que é próprio do Os artigos definidos se antepõem ao substantivo
sonho ou da natureza do sonho; para indicar, que se trata de um ser já conhecido,
pelo falante e pelo ouvinte, individualizando-o.
o Áureo = referente a ouro, feito ou recoberto de
outro, dourado. Artigos indefinidos
Generaliza e se refere a um ser desconhecido:
 Alternativa (c): insular = que tem característica 2. Um, uma, uns, umas.
ou é semelhante a uma ilha.
 Um aluno faltou hoje.
 Alternativa (d): pluvial = referente ou que
provém da chuva. Os artigos indefinidos se antepõem ao substantivo
para indicar, que se trata de um ser desconhecido, o
indeterminado ou generalizado-o.

Combinação
Os artigos se combinam e se constroem:
 A, de, em e por resultando em:

o ao/aos, do/dos, dum/duns, duma/dumas, no/nos,


na/nas, num/nuns, numa/numas, pelo/pelos,
pela/pelas.

Identificação
O artigo, geralmente, vem antes do substantivo. No
entanto isso não quer dizer que ela vem
imediatamente do substantivo:
o As grandes e frequentes crises econômicas
vêm atrapalhando certos países.

 Sintagma nominal em que o artigo (AS) se


encontra:

o As grandes e frequentes crises econômicas.

Grandes e frequentes se tornaram substantivos só


porque o artigo veio antes? Não, pois grandes e
frequentes são adjetivos que caracterizam o
substantivo crises.

Uso do artigo
Não se usa o artigo definido:
 Em provérbios e comparações:

o Cão que ladra não morde;

o Amar com amor se paga;

o Amor e tosse não da para esconder.

ARTIGO  Depois de cujo e o substantivo imediato:


É a palavra que indica se o substantivo está sendo o Era o homem cujo pai procurávamos;
usado de maneira definida ou indefinida. indica,
também, o gênero e o número dos substantivos. o Há animais cujo pelo é liso.
Classificação
Há dois tipos: definidos (o, a, os, as) e indefinidos  Antes de palavras que designam materiais de
(um, uns, uma, umas). estudo, usado com os verbos ensinar, aprender,
estudar e equivalente.
Artigos definidos
Individualiza e se refere a um ser conhecido: o Estudava literatura;
1. o, a, os, as.
o Lecionava português;
 O presidente viajou.
o Já não se estuda latim nas escolas.

Usa-se o artigo definido:


 Nomes próprios geográficos: c. Preciso de uma explicação para o fato (I);

o A Bahia = voltei da; d. Chegaram as encomendas (D);

o O Rio de Janeiro = voltei do; e. Nesta loja vendem-se uns artigos importantes
(I).
o A Amazona = voltei da.
Resposta: IDIDI.
 Qualificando o lugar, haverá também o artigo:

o O velho Portugal = voltei do;

o A Atenas de Péricles = voltei da;

o A antiga Grécia = voltei da. PRONOME


Pronome é a palavra usada no lugar do nome, ou a
 Uso facultativo antes de pronomes possessivos: ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome
qualificando-o de alguma forma. Classe de palavras
o Foi rápida a sua entrevista; que acompanha ou substitui o substantivo e que dá
indicação sobre aquilo que este expressa, limitando
o Foi rápida sua entrevista ou concretizando o seu significado. Do ponto de
vista semântico, o pronome pode apresentar vários
Uso do artigo indefinido: sentidos a depender do contexto: Posse, indefinição,
generalização, questionamento, apontamento,
 Transmite ao substantivo grande força
aproximação, afetividade, ironia, depreciação etc.
expressiva:
Do ponto de vista morfológico e discursivo, o
 Estou com uma sede! pronome é uma classe de palavra normalmente
variável em + e número e que se refere a elementos
O artigo indefinido denota a grande intensidade da dentro e fora do discurso. É um determinante quando
sede que o emissor da frase sente. acompanha o substantivo, nesse caso é chamado
 antepõe-se ao numeral quando não se pode pronome adjetivo, pois tem valor de adjetivo.
precisá-lo.
 Os vossos amores não mais vivem para vós.
 Ela deve ter uns 15 anos.

 Antes de nomes próprios para acentuar a O pronome VOSSOS, se refere ao substantivo


semelhança de alguém com um personagem AMORES, acompanhando-o, por isso é um pronome
celebre. Nesse caso o nome próprio passa a ser adjetivo. É valido dizer que vossos é um pronome de
um nome comum. 2ª pessoa do plural dentro do discurso, pois se refere
a mais de um ouvinte.
 Revelou-se um Pavarotti. Quando substitui o substantivo é chamado de
pronome substantivo pois tem o valor de
substantivo.
Exemplos:
1. Determine o caso em que o artigo tem valor  Estes documentos são nossos, não teus.
qualitativo:

a. Estes são os candidatos que lhe falei; Note que os pronomes NOSSOS e TEUS se referem
b. Procure-o, ele é o médico! Ninguém o ao substantivo documentos, substituindo-o, por isso
supera; são pronomes. É valido dizer que NOSSOS se refere
à 1ª pessoa do plural do discurso (o falante +
c. Certeza e exatidão, estas qualidades não as alguém) e TEUS, a 2ª pessoal do singular do
tenho; discurso (o ouvinte).
O pronome serve para indicar as pessoas do
d. Os problemas que os afligem não me deixam discurso:
descuidado;  1ª pessoa, a falante;
e. Muito é a procura; pouco é a oferta.  2ª pessoa, a ouvinte;
2. Classifique as orações de acordo com o código  3ª pessoa, o assunto.
representado:

(D) Artigo definido;  Eu não te falei que ele era boa gente?
(I) Artigo indefinido.
a. Uns alunos chegaram mais cedo à escola (I);

b. O bem sempre vencerá o mal (D);


No exemplo acima, quem fala é a 1ª pessoa (EU),
quem ouve é a 2ª pessoa (TE) e sobre quem se fale
é a 3ª pessoa (ELE) do discurso.

Do ponto de vista sintático, o pronome é um termo


que funciona como adjunto adnominal quando
acompanha um substantivo; quando o substitui, Classificação
tem função substantiva. Ou seja, funciona como Pronomes pessoais
núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, Substitui os substantivos, indicando diretamente
indireto, complemento nominal, agente da passiva, as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve,
adjunto adverbial, aposto e vocativo. Para assume os pronomes EU ou NÓS, usam-se os
entendermos todas as definições de pronomes, pronomes TU, VÓS, VOCÊ ou VOCÊS para designar
vamos analisar esta frase: a QUEM se dirige; e ELE, ELA, ELES ou ELAS para
fazer referência á pessoa ou às pessoas de quem se
Tu não sabias quem era aquela mulher a qual fala. Designam as três pessoas do discurso no
minha mãe certa vez me apresentara? singular e no plural; são sempre pronomes
substantivos e se dividem em dois tipos:
Note que os vocábulos TU, QUEM, AQUELA, A Reto Oblíquos
QUAL, MINHA e CERTA: Átonos Tônicos
o Indicam uma ideia de pessoa (TU);
EU Me Mim, comigo
o Uma ideia de pessoa indefinida (QUEM); TU Te Ti, contigo
ELE O, a, lhe, se Si, consigo, ele, ela
o Uma ideia de referência a alguém (AQUELA e NÓS Nós Conosco, nós
A QUAL); VÓS Vós Convosco, vós
ELES Os, as lhes, se Si, consigo, eles,. elas.
o Uma ideia de posse (MINHA); 1. Retos: São os pronomes que nas orações
desempenham a função de sujeito ou
o Uma ideia indefinida (CERTA).
predicativo do sujeito:

Variam (só os quatro últimos pronomes) de forma:  1ª pessoa:


AQUELA (mulher) A QUAL, MINHA (mãe), CERTA o EU (singular);
(vez);
o TU (2ª pessoa = pronome substantivo); o NÓS (plural).
o QUEM (3ª pessoa = pronome substantivo);
 2ª pessoa:
o AQUELA (3ª pessoa = pronome adjetivo);
o TU (singular);
o A QUAL (3ª pessoa = pronome substantivo);
o VÓS (plural).
o MINHA (1ª pessoa = pronome adjetivo);

o CERTO (3ª pessoa = pronome adjetivo).


 3ª pessoa:

o ELE/ELA (singular);
Funciona como adjunto adnominal (o 3º, o 5º e o
6º), como sujeito (o 1º), como predicativo do o ELES/ELAS (plural).
sujeito (o 2º) e como objeto direto (o 4º).

Os pronomes retos normalmente conjugam verbos,


por isso exercem função de sujeitos, mas também
podem exercer função de predicativo do sujeito,
vocativo, aposto e, raramente, objeto direto.

EU:
 Raul seixas já dizia: EU sou a mosca que pousou  Jamais me abandonará.
em sua sopa (sujeito);
 Abandonar-me-à?;
 Que rei sou EU? (sujeito);
 Abandonou-me.
 eu sou mais EU. (predicativo do sujeito).

 Fernando Pestana, EU mesmo, é uma pessoa Os pronomes oblíquos tônicos podem aparecer
muito inquieta (aposto). em qualquer lugar da frase.

 Para mim estudar português é fácil;


TU:
 Viva pixiguinha TU és divina e graciosa, estátua  Estudar português para mim é fácil.
majestosa (sujeito)

 Teu filho se tornou TU, da cabeça aos pés Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem
(predicativo do sujeito); exercer função de sujeito (raramente), objeto
(normalmente), objeto indireto (normalmente),
 Tu nunca será eu, e eu nunca serei TU. complemento nominal (raramente) e adjunto
(predicativo do sujeito) adnominal (raramente).

 Ó TU, campeão dos campeões, ganhe a LHE(s):


libertadores para nós este ano (vocativo). Pode exercer função de objeto indireto
(normalmente) sujeito (raramente), complemento
nominal (raramente) e adjunto adnominal
ELE/ELA/ELES/ELAS:
(raramente). por sua vez, os pronomes átonos O, A,
 ELES e ELAS continuam se digladiando OS, AS só exercem função de objetos direto
(sujeito); (normalmente) ou sujeito (raramente).
 A noite ELE vira ELA. (predicativo do sujeito);

 minha mãe, apenas ELA, é a melhor mãe do


mundo (aposto).
TE:
Há um principio da língua portuguesa chamada
uniformidade de tratamento. Não podemos usar
NÓS: formas de 3ª pessoa com formas de 2ª pessoa na
 Nós queremos paz! (sujeito); mesma frase, ou se usa tudo na 2ª pessoa ou se usa
tudo na 3ª pessoa.
 Vocês nunca serão nós, pois somos dos que não
Esmorecem (predicativo do sujeito);  Você nunca fez (3ª pessoa) mal a ninguém, por
isso eu te (2ª pessoa) admiro (inadequado);
 Os brasileiros, nos próprios, toleram amiúde a
corrupção (aposto).  Tu nunca fizeste (2ª pessoa) mal a ninguém, por
isso eu te (2ª pessoa) admiro (adequado).
VÓS:
 Vós sois o sal da terra, disse o hebreu. (sujeito); NÓS:
Dentro do discurso, o NÓS (alem das demais formas
 Nos não somos vós, homens intolerantes. de 1ª pessoa do plural) pode cumprir os seguintes
(predicativo do sujeito); papeis.

 Designar um sujeito coletivo que se


 Vós, que atende, por professores, vede quantos responsabiliza pelo que foi dito:
alunos carentes (vocativos).
o Nós já nos demos conta de nossos erros e
corrigi-los-emos tão logo.
2. Pronomes oblíquos: São os pronomes que nas
orações desempenham funções de
complemento verbal ou nominal. As formas dos  Incluir enunciados e leitor, para aproximá-los:
pronomes pessoais do caso oblíquo variam de
acordo com a tonicidade com que são o O Brasil ainda pode deixar de ser conhecido
pronunciados dividindo-se em átonos e tônicos. como um país corrupto se nós unirmos e
Os pronomes oblíquos átonos só podem usarmos bem nossa arma mais preciosa: o voto.
aparecer ao lado do verbo:
 Evitar a 1ª pessoa do singular como estratégia c. Valores sociais altruisticos e limites de disciplinas;
de polidez ou modéstia:
d. Adolescentes e familiares;
o Nós conseguimos realizar tal feito, pois nos
empenhamos, com muito vigor nesse projeto. e. Familias e familiares.

Resposta:
 Marcar um sujeito ``institucional´´  Alternativa (a) correta: Substituindo para
(representante por alguma instituição): facilitar: familiares não transmitiram valores aos
adolescentes e familiares que não impuseram
o Nós, o BNDES, nos colocamos à disposição limites aos adolescentes;
daqueles que querem investir em soluções
realmente eficazes.  Alternativa (b) incorreta: O termo familiares
possui função de sujeito;

 Indicar um enunciador coletivo (de modo  Alternativa (c) incorreta: O pronome LHE não
vago): pode ter função de objetos direto (valores
sociais e limites);
o Não é verdade que sempre nós tacharam de
conveniente com a postura política do nosso  Alternativa (d) incorreta: O termo familiares
país?. possui funções de sujeito;

 Alternativa (e) incorreta: O termo familia possui


LHE/LHES: função de sujeito.
O pronome oblíquo LHE pode ser substituído por a
ele (a/s), para ele (a/s), nele (a/s) ou por qualquer
pronome de tratamento após as preposições, (A, Ex.: 2: O alcool ganha poder de sedução por meio de
PARA, EM): propagandas direcionadas ao público jovem que o
 Agradecemos-lhes a ajuda sincera. associa a situação de poder, conquista, de belas
(agradecemos a eles) companhias, velocaidade (como evitar que o
motorista bêbados fiquem impunes e continuem a
 A mãe lhe comprou uma boneca? (comprou matar no trânsito, Rodrigo, Cardoso, Paulo Rocha,
uma boneca para você?); Michel alecrim e Luciani Gomes. IstoÉ,
Nov.2011.adaptado).
 Deus criou o home e infundio-lhe um espírito A palavra O, em destaque, substitui a palavra:
imortal (infundiu no homem). a. Álcool;

b. Meio;

O, a, os, as: c. Jovem;


Os pronomes oblíquos átonos de 3ª pessoa o(s),
d. Público;
a(s), se estiverem ligados a verbos terminados em –
r, -s e –z viram lo(s), la(s). Se estiverem ligados a e. Poder.
verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão,
oe) viram no(s) na(s).

 Vu resolver uma questão = vou resolvê-la;

 Fiz o concurso porque quis o emprego de Resposta:


funcionário público. fi-lo porque qui-lo (ou porque  Alternativa (a) correta: substituindo: o álcool
quis). ganha poder de sedução por meio de propaganda
direcionada ao público jovem que associa o
 Apagaram nossos arquivos = apagaram-nos. alcool, a situação de poder, conquista de belas
companhias, velocidades;
 você põe a mão onde não deve = você põe-no
onde não deve.  Alternativa (b) incorreta: Não associa o meio;

 Alternativa (c) incorreta: Não associa o jovem;


Ex.:1: Adolescente vivendo em familias que não les
transmitem valores sociais altruisticos, formação  Alternativa (d) incorreta: não associa o público;
moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
O pronome LHES, nas duas ocorrencias, nesse  Alternativa (e) incorreta: não associa o poder.
trecho, refere-se, respectivamente, a:
a. Adolescente e adolescentes;
Ex.: 3: No ano seguinte à implantação da lei seca,
b. Familias e adolescentes quando a fiscalização marcava presença nas ruas e
os veículos de comunicação a divulgavam, houve  Alternativa (d) incorreta: Conformado rendeu-
uma redução (como evitar que o motorista bêbados se às punições. não se usa pronome oblíquo
fiquem impunes e continuem a matar no trânsito, após a vírgula;
Rodrigo, Cardoso, Paulo Rocha, Michel alecrim e
Luciani Gomes. IstoÉ, Nov.2011.adaptado).  Alternativa (e) incorreta: A conjunção
É correto afirmar que: integrante atrai o oblíquo, todos querem que se
a. A palavra a, em destaque, é um pronome e combata.
substitui a palavra rua;

b. A forma verbal divulgaram, deveria estar no


singular, concordando com a palavra
comunicação;

c. A palavra, em destaque, é um pronome e substitui


a palavra comunicação;

d. E forma verbal divulgavam está usada


corretamente, concordando com as palavras
fiscalização e ruas;

e. A palavra a, em destaque, é um pronome e


substitui a expressão lei seca.

Resposta:
 Alternativa (a) incorreta: Substitui a lei;

 Alternativa (b) incorreta: Concorda com


veículos, plural;

 Alternativa (c) incorreta: Substitui a lei;

 Alternativa (d) incorreta: Concorda com


veículos, plural;

 Alternativa (e) correta: Divulgavam a lei seca.

Ex.: 4: Assinale a alternativa cujo uso do pronome


está em conformidade com a norma padrão da
língua.
a. Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos;

b. Nos falaram que a diplomacia americana está


abalada;

c. Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks;

d. Conformado, se rendeu às punições;

e. Todos querem que combate-se a corrupção.

Resposta:
Alternativa (a) incorreta: não (advérbio de
negação) atrai o pronome obliquo átono; ocorre a
próclise, não nos autorizaram a lei;
Colocação pronominal
 Alternativa (b) incorreta: Não se inicia a oração
Trata da adequada posição dos pronomes oblíquos
com pronomes átonos, ocorreto é: falaram-nos
átonos (POA) junto ao verbo.
que a diplomacia;
 Próclise (POA antes do verbo);
 Alternativa (c) correta: O pronome indefinido
 Ênclise (POA depois do verbo);
ninguem atrai o pronome oblíquo átonos para
antes do verbo, ocorrendo a pr´´oclise:  Mesóclise (POA no meio do verbo).
colocação que antecede o verbo: nínguem o
informou.
Pronomes oblíquos átonos (POAs):
O, a, os, as (que viral lo, la, lós, lãs diante de verbos
terminados em r, s e z ou viram no, no, nas, nos
diante de verbos terminados em ditongo nasal
(exceto os verbos no futuro do indicativo). o Ora me ajuda, ora não me ajuda.
 Comprarão uma casa (comprei-a) / vou comprar
uma casa (vou compra-la) / eles compraram uma o Não foi nem, se lembram de ir.
casa (eles compram-na) / eles comprarão a casa
(ele comprarão-na, inadequado).
 Orações exclamativas e optativas (exprimem
desejo).
1. Próclise: É o nome que se dá à colocação
pronominal antes do verbo. é usado nestes
o Quanto se ofendem por nada, rapazes!
casos:
o Deus te proteja, meus filhos, e que bons ventos
 Palavras de sentido negativo antes do verbo:
o tragam logo.
não, nunca, nada, ninguém, nem, jamais,
tampouco, sequer etc.
 Com infinitivo flexionado procedido de
o Não se esqueça de mim. preposição:

o Foram ajudados por nos trazerem até aqui.


 Advérbio ou palavra denotativa antes do
verbo: já, talvez, só, somente, apenas, ainda,
sempre, talvez, também, até, inclusive, mesmo  Com formas verbais proparoxítonas:
etc.

o Nós lhes desobedecíamos sempre.


o Agora se negam a depor.

 Com o numeral ambos:


 Conjunções e locuções subordinativas antes
do verbo: que, se, como, quando, assim, que,
para que, à medida que, já que, embora etc. o Ambos te abraçaram com cuidado.

o Soube que me negariam. 2. Ênclise: É o nome que se dá à colocação


pronominal depois do verbo, ela é basicamente
usada quando não há fator de próclise, veja:
 Pronomes relativos antes do verbo: que, o
qual (e variações), cujo, quem, quanto (e  Verbo no inicio da oração sem palavra
variações), onde como, quando. atrativa:

o Identificaram-se duas pessoas que se o Vou-me embora daqui.


encontravam desaparecidos.

 Pausa antes do verbo sem palavra atrativa:


 Pronomes indefinidos antes do verbo: alguns,
todos, tudo, alguém, qualquer, outro, outrem etc.
o Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

o Pouco te deram a oportunidade.


 Verbo no imperativo afirmativo sem palavra
atrativa:
 Pronomes interrogativos antes do verbo: que,
quem, qual, quando:
o Quando eu dar o sinal, silenciem-se todos.

o Quem te fez a encomenda?


 Verbo no infinitivo não flexionado sem
palavra atrativa:
 Entre a preposição em o verbo no gerúndio:
com certas conjunções coordenativas aditivas e
certas alternativas antes do verbo: nem, não só, o Machucar-ter não era minha intenção.
apenas. somente... mas, como... tanto,
quanto/como..., que, ou...ou, ora...ora,
quer...quer... já..., já...
 É difícil para MIM aceitar sua ausência.

d. Quem trouxe isto para (*)?

 Verbo no gerúndio sem palavra atrativa:  Quem trouxe isto para MIM?

o Recusou a proposta, fazendo-se desentendida. e. Não vá sem (*).

 Não vá sem MIM.


3. Mesóclise: É o nome que se dá à colocação
pronominal no meio do verbo (extremamente
formal); ela é usada nos seguintes casos:

 Verbo no futuro do presente do indicativo sem


palavras atrativas:

o Realizar-se-à, na próxima semana, um grande


evento em prol da paz no mundo.

Ex.: 3: Leia atentamente as frases seguintes. A


 Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem seguir, sugira soluções para os problemas
palavra atrativa: pronominais que apresentam.
a. Querida, gosto muito de si:

o Não fosse o meu compromisso, acompanhá-la-ia  Querida, gosto muito de você.


nesta viagem.
b. Querida, gostaria muito de sair consigo;

Ex.: 1: Reescreva cada uma das frases seguintes,  Querida, gostaria muito de sair com você.
substituindo o termo destacado por um pronome
pessoal oblíquo átono. c. Falei consigo ontem, não se lembra?
a. Entregue seus livros aos colegas:
 Falei com você ontem, não se lembra?
 Entregue-os aos colegas.
d. Apesar da distância que nos separa, creia que
b. Entregue seus livros aos colegas: nunca me esqueço de si.

 Entregue-lhe seus livros.  Apesar da distância que nos separa, creia que
nunca me esqueço de você.
c. Envie seus textos ao editor:

 Envie-os aos editor. Perceba a pegadinha. Os pronomes SE, SI,


CONSIGO são de 3ª pessoa, por isso não podemos
d. Envie seus textos ao editor: substituí-lo por TE, TI, CONTIGO, já que estas são
de 2ª pessoa.
 Envie-lhe seus textos.

e. Mostrei o melhor caminho aos turistas:

 Mostrei aos turistas.

Ex.: 2: Complete as frases seguintes com a forma


apropriada do pronome pessoal da primeira pessoa
do singular:
a. Este fichário é para (*) fazer meus apontamentos:

 Este fichário é para EU fazer meus


apontamentos.

b. Discutimos, mas no fim tudo ficou resolvido. não


há mais nada de pendente entre (*) e ele;

 Discutimos, mas no fim tudo ficou resolvido. não


há mais nada pendente entre MIM e ele.

c. É difícil para (*) aceitar sua ausência;


 Vossa senhoria: Usado para as demais
autoridades e para particulares;

 Vossa magnificência: Usados por força da


tradição, em comunicação dirigida a reitores de
universidade;

 Vossa eminência ou reverendíssimo: Em


comunicações aos cardeais;

 Vossa alteza: Usado para arquiduques, duques e


príncipes.

As formas dadas acima são usadas para falar


diretamente com a pessoa. Quando queremos falar
delas (e não com elas) trocamos o VOSSA por SUA:
 Sua excelência;

 Sua senhoria.

Pronomes de tratamento
São usados no trato formal, quando não deve ter
intimidade apresentam algumas peculiaridades
quanto à concordância verbal, nominal e pronominal.
Embora se refiram a 2ª pessoa gramatical, levam a
concordância para a 3ª pessoa. O verbo concorda
com o substantivo que integra a locução como seu Ex.:1: está correta a seguinte frase:
núcleo sintático: a. O presidente advertiu vossa excelência para que
não deixeis passar o prazo previsto no acordo
 Vossa SENHORIA nomeará o substituto; caso em que sereis responsabilizados legalmente
pelo decurso;
 Vossa EXCELÊNCIA conhece o assunto.
b. Tenho exaurito minhas forças nesse pretencioso
projetos, mas nem que consiga o octagésimo
Os pronomes possessivos referidos a pronomes de lugar no concurso, que é o último espero vê-lo
tratamento são sempre os da 3ª pessoa: analisado;

 Vossa SENHORIA nomeará SEU substituto; c. Já está inserto na obra e trecho em que ele
afirma acreditar muito na água que considera
 Vossa EXCELÊNCIA levará CONSIGO o benta, pois diz que, tendo sido benxida em dia de
documento. muito fervor, é miraculosa;

d. Urge, e ninguem discorda disso, as mediadas já


Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o anunciados porem se o secretário dispusser de
gênero gramatical deve coincidir com o sexo da imediato de toda a verba prometida, poderá haver
pessoa a que se refere, e não com o substantivo que problemas mais à frente;
compõe a locução. Nosso interlocutor:
e. Tratam-se de advertencia as mais singulaidades,
a. Se for homem: entre elas a que incita os cidadões a que
remediem por si sós os danos cuja reparação
 O correto é VOSSA EXCELÊNCIA está atarefado, está legalmente sob o dever do estado.
VOSSA SENHORIA deve estar satisfeito.
Resposta:
 Alternativa (a) incorreta: O presidente advertiu
b. Se for mulher: vossa excelência para que não deixe [ao se usar
pronome de tratamento, o verbo deve concordar
 O correto é VOSSA EXCELÊNCIA está atarefada, na 3ª pessoa], caso em que será
VOSSA SENHORIA, deve estar satisfeito. responsabilizado;
Uso:  Alternativa (b) incorreta: Tenho exaurido [ a
 Vossa excelência: Para as seguintes autoridades: palavra exausto é adjetivo] minhas forças nesse
Presidente da república, vice-presidente da pretensioso projeta. octgêssimo;
república, governadores, embaixadores etc.
 Alternativa (c) correta: O nome inserido é
sinônimo de inserida;
 Alternativa (d) incorreta: Urgem (...) as
medidas já enunciadas;  Matemática e literatura me agradam: esta
desenvolve a sensibilidade, aquela, o raciocínio.
 Alternativa (e) incorreta: Trata-se [o verbo o é
transitivo indireto o se é indice de Percebam que, se caso a ordem for alterada, os
indeterminação do sujeito. se o sujeito pronomes, serão alterados também. dependerá
indeterminado, o verbo fica na 3ª pessoa do sempre do contexto.
singular.  Literatura e matemática me agradam: aquela
desenvolve a sensibilidade, esta, o raciocínio.

Para ideias
Pronomes Usado para Dica
Esse(a), isso. Para retomar ideia. Anáfora.
Este(a), isto. Para citar ideia. Catáfora.

a. Pronome anafórico: Retoma ideia do período


anterior ou do parágrafo anterior;

b. Pronome catafórico: Cida ideia. associa o com


inicio dos dois vocábulos.

Ex.:
 Espero sinceramente isto: que se procedam as
reformas;

 Que as reformas sejam efetuadas logo; é isso


que desejo.
Pronomes demonstrativos
Substituem ou acompanham os nomes, marcam a
posição temporal ou espacial de um ser em relação a
uma relação das três pessoas do discurso:
 1ª pessoa: este (a/s), isto;

 2ª pessoa: esse (a/s), isso; Exemplo 1: substitua os asteriscos das frase


seguintes pelos pronomes demonstrativos
 3ª pessoa: aquele (a/s), aquilo. adequados.
a. A grande verdade é (*). foi ele o mentor do plano;
 Mesmo(s), Mesma(s):

o Estas são as mesmas roupas que usei ontem.  A grande verdade é (esta). foi ele o mentor do
plano = catáfora.
 Próprio(s), Própria(s):
b. Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca
o Os Próprios meninos fizeram o brinquedo. admitia (*) fato;

 Semelhante(s):  Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca


admitia (esse) fato = anáfora.
o Não diga semelhante coisa!
c. Ninguém conseguiu provar sua culpa. Diante (*),
o júri teve de absolvê-lo;
Para demonstrar no espaço
Pronome Usado para Dica  Ninguém conseguiu provar sua culpa. Diante
Este(s), esta(s), isto O que está próximo a mim Aqui
Esse(s), essa(s), isso O que está próxima a você Ai
(disso), o júri teve de absolvê-lo = anáfora.
Aquele(s), aquela(s), aquilo. O que está distante. Lá
d. O país atravessa um momento delicado (*) crise
 Este livro em minhas mãos foi escrito por aquele parece não ter fim;
autor sentado na sexta fileira.
 O país atravessa um momento delicado (essa)
 Essa aliança é de qual casamento seu? crise parece não ter fim = anáfora.

e. Compramos um programa capaz de gerenciar os


Para retomar elementos (pessoas ou coisas) dados armazenados em nosso microcomputador.
Pronome Usado para Um programa (*) é indispensável ao bom
Este(s), esta(s) Retomar o elemento mais próximo desempenho do equipamento.
do pronome.
Aquele(S), aquela(s) Retomar o elemento mais distante  Compramos um programa capaz de gerenciar os
do pronome.
dados armazenados em nosso
microcomputador. Um programa (desse) é  Os dois QUE (=os quais) você ajudou, já estão
indispensável ao bom desempenho do recuperados.
equipamento. = anáfora.

2. QUEM: Refere-se à pessoa ou a algo


personificado. A preposição precederá o relativo
quem, exceto se o verbo ou um nome da oração
subordinada adjetiva exigir outra preposição.

 A justiça a QUEM devo obediência é meu guia;

 Eis o homem a QUEM mais admiro;

 Conheci uma musa, por QUEM me apaixonei.

3. CUJO: Pronome adjetivo que vem entre dois


nomes substantivos explícitos, entre o ser
possuidor (antecedente) e o ser possuído
(consequente). Concorda em gênero e número
com o nome consequente. O qual geralmente
difere do antecedente. Nunca vem precedido ou
seguido de artigo, é por isso que não há crase
antes dele. Equivale à preposição de +
antecedente se invertida a ordem dos termos.

 O Flamengo, CUJO passado é glorioso,


continua alegrando;

 O telefone, CUJA invenção ajudou a sociedade,


é útil;

 Vi o filme CUJAS cenas você se referiu.


Pronome relativo
Estabelece uma relação entre uma palavra
antecedente que representa, e aquilo que a seu Quem Usado apenas para pessoas.
respeito se vai dizer na oração que introduz, ou que Concorda com o termo posterior e indica posse
Cujo e não admite artigo, apenas preposição.
estabelece uma relação entre um nome que Usado para retomar lugar e pode ser
determina um antecedente. Onde substituído por em quem, no qual, na qual, nas
quais, nos quais.
 O homem que veio aqui ERA o presidente; 4. ONDE (Invariável): Aparece com antecedente
locativo real ou virtual. Substituível por EM QUE,
 Ninguém QUE esteve no Brasil desapontou-se; NO QUAL. Pode ser antecedido, pelas
preposições A, DE, POR e PARA. Aglutina-se
 ALI, onde você mora, não é o melhor lugar do com a preposição A tornando-se AONDE, e com
mundo. a preposição de, tornando-se DONDE.
O qual, a qual, os quais, as quais.
Variáveis Cujo, cuja, cujos, cujas.
Quanto, quantos, quanta, quantas.  A cidade ONDE (=em que / a qual) moro é linda;
Que;
Invariáveis Quem;  O sítio para ONDE (=em que / a qual) voltei
Onde. evocava várias lembranças;

1. QUE (Invariável): Refere-se às pessoas ou  O lugar DONDE retornei não era tão bom quanto
coisas. É substituível pelo variável QUAL. aqui.

 As mulheres, QUE (=as quais) são geniosas por 5. QUANTO (Variável): Aparece após os pronomes
natureza, permanecem ótimas; tudo, todo e tanto seguido ou não de substantivo
ou pronome.
 Para rimar, o mengão, QUE (=o qual) sempre
será meu time de coração, é pentacampeão;
 Ele encontrou tudo QUANTO procurava;
 Bebia toda a cerveja QUANTO lhe ofereciam;  Alternativa (d) incorreta: Uma instituição
manteria todas as celas = sujeito;
 Explico tantas vezes QUANTAS se podem
esperar.  Alternativa (e) incorreta: Um centro de detenção
foi elaborado na Austrália=onde (lugar).

6. COMO (Invariável): Precedido pelas palavras


modo, maneira, forma e jeito. Equivale à pela Pronome interrogativo
qual, normalmente. Os pronomes QUE, QUEM, QUAL e QUANTOS,
são particularmente interrogativos porque são usados
para formular interrogação direta ou indireta:
 Acertei o jeito COMO fazes as coisas;  Que foi isso?
 Encontramos o modo COMO resolver a questão;  Quero saber quem foi?
 A maneira COMO você se comportou é  Quem é esse rapaz?
elogiável.
 Quero saber quem é esse rapaz?
7. QUANDO Invariável: Retoma antecedente que  Qual o melhor itinerário?
exprime valor temporal equivale a em que.
 Quero saber qual é o melhor itinerário?

 Ele era do tempo QUANDO (=em que) se  Quanto custa?


amarrava cachorro pelo rabo;
 Quero saber quanto custa?
 É chegada a hora QUANDO (=em que) todos
devem se destacar.
Variáveis Quanto, quanta, quantos,
quantas, qual e quais.
Ex.: 1: Assinale a alternativa em que o pronome Invariáveis Que, quem e
relativo sublinhado tem seu antecedente Onde.
incorretamente indicada.
a. O projeto consiste num complexo prisional São os pronomes indefinidos que, quem, qual, e
suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as quanto, usados nas interrogações (direta ou indireta).
tentativas de fuga.  Quem precisa de um novo Fidel?
b. Devido à altura potencialmente fatal de uma Nesse caso, o pronome indefinido quem está
queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos inserido numa frase interrogativa direta: com ponto
olhos dos pedestres na parte de baixo./queda. de interrogação.
 Desconheço quem organizou a festa.
c. A cadeia ainda teria espaços para manter um
campo de agricultura, onde os detentos poderiam
trabalhar.../campo. Pronome indefinido
Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa do
d. O teórico social Jeremy Bethan projetou uma discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica.
instituição que maneira todas as células num
local circular.../instituição. Na escola
e. Outra solução criativa foi pensada e realizada na Na escola de treinamento para homem-bomba,
Austrália, onde um centro de detenção foi todos os alunos estão reunidos, muito concentrados
elaborada.../Austrália. na aula, quando o professor explica:
-Olha aqui, vocês prestem muita atenção, porque eu
Resposta: só vou fazer uma vez.
 Alternativa (a) incorreta: O (ISSO) + que (O
QUAL)= pronome demonstrativo + pronome Perceba que todos carrega uma ideia de
relativo ordem direta: ISSO (O) dificultaria as indefinição ou quantidade definida? Logo, é um
tentativas; pronome indefinido.

 Alternativa (b) correta: Ordem direta; o fugitivo Locuções pronominais indefinidas


teria aos olhos a altura e a visibilidade. Não se Grupos de vocábulos com valor de pronome
refere à queda; substantivo indefinido.
 Cada qual, cada um, quem quer que, seja quem
 Alternativa (c) incorreta: Os detentos poderiam for, seja qual for, tudo o mais, todo mundo, um
trabalhar na cadeia = onde; ou outro, nem um nem outro, qualquer um, fosse
quem fosse.
A mudança de posição de alguns indefinidos poderá
mudar ora sua classe, ora seu sentido.
 Qualquer mulher merece respeito. (sentido
generalizado, pronome indefinido);
Pronome possessivo
 Ela não é uma mulher qualquer. (sentido Os pronomes possessivos estabelecem relação de
pejorativo, pronome indefinido); posse entre seres e conceitos e pessoas do discurso:
1ª pessoa meu, minha/nosso;
 Algum amigo te traiu (sentido genérico, 2ª pessoa teu, tua/vosso;
impreciso, pronome indefinido).
3ª pessoa seu, sua.

Eles variam em gênero e número com o substantivo


1. Todo: No singular e junto de artigo ou pronome que se ligam ou a que se referem. O pronome
demonstrativo, significa inteiro, sem artigo, possessivo, como todo pronome, faz referência às
significa qualquer. No plural, sempre indica pessoas do discurso, mas concorda em gênero e
fatalidade. número com mulheres, o pronome substantivo
possessivo MEUS refere-se à 1ª pessoa do discurso,
 Toda mulher é bonita (qualquer mulher) mas concorda em gênero e número com seu
referente:
 Alessa mulher todo é bonita (e mulher inteira)  Os pronomes de tratamento exigem os
possessivos na 3ª pessoa:
 Todos os prédios desta cidade têm cinco
andares. o Vossa senhoria deve encaminhar suas
reivindicações ao diretor.
2. NENHUM varia normalmente quando anteposto  Em algumas construções, os pronomes pessoais
ao substantivo: oblíquos assumem valor de possessivos:
 Não havia nenhuma fruta na cesta. o Vou seguir-lhe os passos (vou seguir os seus
passos).
3. O pronome indefinido OUTRO junto de artigo  Apertou-me as coxas (apertou as minhas coxas)
pode mudar de sentido.
o Mudanças de posição podem gerar mudanças
 Outro dia fui visita-lo (tempo passado); de sentido:

 Fui visitá-lo no outro dia (tempo futuro=no dia-  Envio tuas fotos ainda hoje (foto tirada por mim)
seguinte).
o Envio fotos tuas ainda hoje (fotos em que estou
presente)
4. O pronome CADA pode ter valor discriminativo ou
intensivo: o Minha mulher não anda com roupas indecentes
(só tem uma mulher)
 Em cada lugar, há diversidade de beleza;
o Mulher minha não anda com roupas indecentes
 Tu tens cada mania. (qualquer mulher dele).

5. O vocábulo UM pode ser artigo indefinido, 1. O pronome possessivo seu (e variação) pode
numeral ou pronome substantivo indefinido: causar ambiguidade:

 Nunca deixou de ser um bom homem (artigo  O PM prendeu o bandido em sua casa (na casa
indefinido); de quem?)

 Ele é só um, deixe-o em paz, covarde!  João, Maria e seu filho saíram. (filho de quem?)
(numeral).
 Jose contou-me que Rute perdeu seus
documentos e ficou desesperado (documento de
quem)

2. O artigo definido é facultativo antes dos pronomes


adjetivos possessivos, mas dos pronomes
substantivos possessivos, o artigo é obrigatório.

 Gosto de meu trabalho/ gosto do meu trabalho/


gosto de meu trabalho, mas não do teu.
Exemplo:
 Nunca precisamos de adjetivos para distingui-los
dos astrolábios...

A forma pronominal acima, em negrito, será também


encontrada numa das frases abaixo, quando o termo VERBO
nela sublinhado for substituído pelo pronome que lhe Verbo são palavras variáveis que indicam ação
corresponde. Essa frase é: (caminhar), estado (ser), fenômeno da natureza
a. Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o (amanhecer), processos naturais (morrer),
jovem para a promoção; processos mentais (estudar) etc.
Normalmente indica uma ação ou um processo, mas
b. Convocou todos os funcionários para agradecer a
pode indicar estado, mudança de estado ou
eles a especial colaboração;
fenômeno natural, sempre dentro de uma perspectiva
c. O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário temporal.
com coragem;
 O aluno ESTUDOU muito (ação/passado);
d. Viu o filho da vizinha e não o cumprimentou
menino pelo seu aniversário;  A aluna ESTÁ feliz (estado/presente)

e. Sabia que os nadadores estariam lá e realmente  A aluna VIROU professora (mudança de


chegou a encontrar os rapazes. estado/passado).

Resposta:
1. Alternativa correta: letra (e). O pronome pessoal 1. Morfologicamente: O verbo varia em modo,
oblíquo, LOS, possui função sintática de objeto tempo, número e pessoa, segundo a gramática
direto (distinguir alguém); o verbo encontrar tradicional. As quatro primeiras flexões
(transitivo direto) também exige como combinadas formam o que chamamos de
complemento o objeto direto. conjugação verbal para atender às
necessidades dos falantes, o verbo muda de
 Encontrar os rapazes = encontrar alguém: forma à medida que variamos a ideia de modo,
encontrá-los. tempo, número e pessoa.

2. A alternativa (a): INDICAR pede o complemento  Um verbo varia quando ele sai de sua forma
objeto direto (o jovem), mas a conjunção E atrai o nominal infinitiva terminar em –AR (amAR), -ER
pronome oblíquo e resulta na forma E O (vendER), -IR (partIR).
INDICAM.

3. Alternativa (b): agradecer A ALGUEM: verbo 2. Sintaticamente: O verbo tem um papel


transitivo indireto: agradecer-lhes. importante dentro da frase; sem ele não há
orações na língua portuguesa, pois o verbo é o
4. Alternativa (c): TEM ENFRENTADO = A núcleo do predicado.
ENFRETAM, sugiro que sempre substitua os dois
verbos por um para facilitar a classificação do
verbo (quem enfrenta, enfrenta alguém = V.T.D);  Toda vez que eu PENSO em você, SINTO uma
coisa diferente.
5. Alternativa (d): CUMPRIMENTAR é transitivo
direto, mas o advérbio de negação não atrai o 
pronome oblíquo: não o cumprimentou.
Os vocábulos penso e sinto, indicam uma ideia de
ação e percepção. Variam em modo, tempo, número,
pessoa ``saindo´´ de sua forma nominal; ambos os
verbos estão na primeira pessoa do singular do
presente do indicativo. Funcionam como núcleo do
predicado verbal, como núcleo das orações.

Estrutura verbal
Na conjugação de um verbo, ocorre a combinação
de alguns elementos, como os seguintes:
 Radical vogal temática (VT); DNP Mos Mos Mos

 Tema: desinência modo temporal (DMT) Classificação


1. Regulares: Possuem as desinências normais de
 Desinência número pessoal (DNP). sua conjugação e cuja flexão não provoca
alterações no radical.
Esses elementos verbais podem sofrer algumas
mudanças na forma, chamadas de Alomorfia.
 Canto, cantei, cantarei, cantava, cantasse.
1. Radical: É à base do verbo, cujo sentido está
nele embutido. Sem este morfema, o verbo não
existe. 2. Irregulares: A flexão provoca alterações no
radical ou nas desinências.

 Não POSSo DEIXar que isso OCORRa.


 Faço, fiz, farei, fizesse.

POSS-, DEIX-, e OCORR-, são os radicais dos 3. Defectivos: Não apresentam conjugação
verbos PODer, DEIXar e CORRer. Deles, só o completa.
radical de poder (pod-) sofreu modificação (poss-),
chamado de alomorfia.
 Colorir, computar, falir.
2. Vogal temática (VT): Vem após o radical por
motivo eufônico (boa pronúncia) ou para liga-
los, formando o tema. Não há VT na 1ª pessoa do 4. Auxiliares: Fazem parte da formação dos tempos
singular do presente do indicativo e em nenhuma compostos e das locuções verbais.
flexão do presente do subjuntivo.
 Ser, estar, ter e haver.
 Eu amO;
5. Abundantes: Possuem mais de uma forma com o
 Espero que ele voltE; mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno
costuma ocorrer no particípio, em que, além das
 Espero que ele bebA. formas regulares terminadas em ,-ADO ou -IDO,
surgem as chamadas formas curtas (particípio
irregular).
3. Desinências verbais (DV): Existem as
desinências modo temporais (DMT´s) e as
desinências números-pessoais (DNP´s):  Fritar: frito, fritado.

a. DMT´s: Marcam a flexão do verbo para indicar  Prender: preso, prendido.


as noções de:
6. Pronominais: São aqueles verbos que se
o Certeza: fato (modo indicativo) conjugam com os pronomes oblíquos átonos ME,
TE, SE, NOS, VOS, SE, na mesma pessoa do
o Incerteza: hipótese (modo subjuntivo), sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
o Tempo passado: (pretérito perfeito, implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos
imperfeito, mais que perfeito); essenciais).
o Presente e futuro: (do presente e do
pretérito).  Abster-SE, ater-SE, apiedar-SE, atrever-SE,
dignar-se, arrepender-se.
b. DNP´s: Marcam a flexão dos verbos para indicar
as noções de quantidades (número) e emissor a. Essenciais: Sempre se conjugam com os
(1ª pessoa), receptor (2ª pessoa), referente (3ª pronomes oblíquos ME, TE, SE, NOS, VOS e
pessoa). Vem após as DMT´s, não há DNP´s em SE.
todos os tempos e modos.

 Abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se,


Radical Estud Bat Sorr
dignar-se, arrepender-se, etc.
VT A E I
Tema Estuda Bate Sorri
DMT Sse Re Ra
b. Acidentais: Verbo transitivo diretos em que a
ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto 8. Anômalos: São aqueles que incluem mais de um
representado por pronome oblíquo da mesma radical em sua conjugação. Os clássicos são os
pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação verbos SER e IR, acrescentamos o PÔR e
que recai sobre ele mesmo. Em geral, forma a SABER.
voz reflexiva.
Ir Vou Vais Ides Fui Foste.
Por Ponho Pus Pôs Punha.
 Eu me arrependo; tu te arrependes; ele se Ser Sou És Fui Foste Seja.
arrepende; nós nos arrependeis, eles se Saber Sei Saber Soube Saiba.
arrependem.
9. Auxiliares: São aqueles que entram na formação
dos tempos compostos e das locuções verbais. O
7. Defectivos: Verbos que não apresentam verbo principal, quando acompanhado de verbo
conjugação completa. Classificam-se em auxiliar, é expresso numa das formas nominais:
impessoais, unipessoais e pessoais.

a. Impessoais: Não possuem sujeito.  Infinitivo;


Normalmente, são usados na 3ª pessoa do
singular. Os principais são:  Gerúndio;

 Particípio.
 Haver: quando o sinônimo de existir, acontecer,
realizar-se ou fazer, ser e estar (quando indicam
tempo). Os dois verbos podem ser substituídos por um, e o
verbo que desaparece é o auxiliar.
 Fazer: ser e estar (quando indicam tempo).
Farei Prova.
Vou Fazer Prova.
Verbo Verbo principal
auxiliar no infinitivo

Chega A hora da aula.


Está chegando A hora da aula.
Verbo Verbo principal
auxiliar no gerúndio

Nós cumprimentamos os aprovados


Todos os verbos que indicam fenômenos da Os aprovados Foram Cumprimentados Por nós
Verbo Verbo principal no
natureza são impessoais: auxiliar Particípio.

o chover, ventar, nevar, gear, trovejar.

b. Unipessoais: Possuem sujeito e são conjugados


apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
Flexão
plural. Entre os unipessoais estão os verbos que
Modo
significam vozes de animais:
É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na
frase para indicar uma atitude da pessoa que usou. O
 Bramar: tigre; verbo está se encontra numa determinada forma,
indicando certeza a afirmação, convicção,
 Bramir: crocodilo; constatação este é o modo INDICATIVO.

 Cacarejar: galinha;  Se comermos um hambúrguer e gostarmos,


exclamamos: como isso aqui ESTÁ gostoso!
 Coaxar: sapo;

 Cricrilar: grilo. A forma, o modo, a maneira como o verbo se


apresentar mudou em relação ao do indicativo para
expressar outra ideia que o falante quer passar, a
c. Pessoais: não apresenta algumas flexões por saber: Dúvidas, suposição, incerteza, possibilidade,
motivos morfológicos ou eufônicos. este é o modo SUBJUNTIVO.

 Falir, computar.  Se estamos comendo com vontade dizemos;


Espero que ESTEJA gostoso mesmo.
c. Pretérito perfeito simples: Expressa um fato que
Nesta frase, o verbo pode indicar sugestão, ordem, começou e terminou no passado, próximo ou
pedido, este verbo encontra no modo IMPERATIVO, distante.
o modo de ordem, de pedido, de sugestão, de
exortação, de advertência, de súplica.
 Conversei com Andreia HOJE (passado
 Coma este hambúrguer, você não vai quere próximo);
outro.
 Em 1990 (passado distante).

1. Modo indicativo: Os verbos no modo indicativo


aparecem em orações coordenadas e orações, d. Pretérito mais que perfeito: é usado, para
mas podem aparecer nas orações subordinadas expressar um fato já terminado antes de outro no
também. O modo indicativo é dividido nos passado:
seguintes tempos:

a. Presente: É usado para expressar um fato que  Ele já ESTUDARA quando sua namorada ligou.
ocorre no momento que se fala.
Observe que há duas ações no passado: a ação de
 Guilherme ESTÁ cansado. estudar ocorre antes da ação de ligar, daí ela vir no
pretérito mais-que-perfeito.

Descreve um fato permanente: e. Futuro do presente: É usado nas seguintes


situações: Para indicar um fato futuro em relação
 A terra GIRA em torno do sol. a outro no passado:

Expressa um hábito:  Ele DISSE que FARIA todos os deveres.

 Fernando ESTUDA aos domingos.


Esse é o uso comum do futuro do pretérito: ele aqui
vem combinado ao pretérito perfeito –DISSE- e
Conferir realidade a falas passadas: indica uma ação futura, posterior à outra no passado
para expressar duvida ou incerteza.
 Em 1500 Cabral DESCOBRE o brasil.
 Quem ESTAVA lá?

Indicar futuro próximo:


Percebemos que tanto o futuro do presente quanto
 VOU amanhã para Búzios. o futuro do pretérito podem, indicar dúvida, incerteza.
Para denotar desejo, em tom polido:

b. Pretérito imperfeito: Pode ser usado para  GOSTARIA de um café?


expressar, fatos repetidos habituais no passado:

Observe que, poderíamos até usar um verbo no


 Quando ERA pequena, BRINCAVA de boneca; presente do indicativo –ACEITA UM CAFÉ- mas a
frase perderia seu tom polido, educado.

As duas ações que estão no pretérito imperfeito 2. Modo subjuntivo: Expressa um fato incerto,
indicam fatos frequentes no passado. Uma ação que duvidoso ou até irreal. Suas principais subdivisões
estava ocorrendo quando outra aconteceu: são:

 Pedro TOMAVA banho quando o telefone a. Presente: Pode indicar semanticamente presente
TOCOU. ou futuro:

Temos duas orações pretéritas, a ação tomar banho  É apenas que eles ESTEJAM doentes
é durativa, enquanto que a ação de o telefone tocou (possibilidade no presente);
é instantânea, estando, no pretérito perfeito.
 Espero que CHOVA (hipótese no futuro).
 PRETENDÍAMOS ir até sua casa, mas não foi
possível.
b. Pretérito imperfeito: Expressa uma ação
posterior a outro fato na oração principal:
 Duvidei que ele TERMINASSE o trabalho; b. Do subjuntivo: Indica hipótese, dúvida:

 Gostaria que você TROUXESSE as crianças.


 Que nós ESTUDEMOS todas as manhãs.

o Que eu cante, cante, cante, cantemos, canteis,


Pode expressar também ideia de condição ou cantem.
desejo:
 Se ele VIESSE ao clube participaria do
campeonato. 2. Passado: Faz referência a fatos anteriores ao
momento em que falamos é subdividido em:
(pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito):
c. Futuro: Indica uma ação eventual, que pode
ocorrer ou não, num momento futuro:
 Cantava (imperfeito, ação prolongada);

 Quando ele VIER à loja, levará as  Cantei (perfeito ação concluída);


encomendas.
 Cantara (mais-que-perfeito ação passada em
relação a outra ação também passada).
3. Modo imperativo: Quando aparecem verbos
denotando ordem, pedido, desejo, súplica, temos
o modo imperativo, que se formam das seguintes 3. Futuro (do presente e do pretérito). No
formas: subjuntivo, são três:

a. Afirmativo: TU e VÓS: Retirada do presente


do indicativo com a supressão do S final. a. Pretérito: Enuncia um fato anterior em relação
ao momento em que se fala.

 FALA (tu), FALAI (vós).  Eeu cantara, eu cantei, eu cantava, se eu


cantasse.

Você, nós e vocês: Retiradas do presente do


subjuntivo sem alteração: b. Presente: Enuncia um fato que ocorre no
momento em que se fala:
 Fale (você), falemos (nós), falem (vocês).
 Eu canto, que eu cante...
b. Negativo: Conjugação igual á do presente do
subjuntivo, acrescentando-se a negativa antes da c. Futuro: Enuncia um fato que ocorre no momento
forma verbal. após em que se fala:

 Não fales tu, não fale você, não falemos nos,  Eu cantarei, quando eu cantar.
não falei vós, não falem vocês.

Ex.: 1: Complete as lacunas, colocando o verbo no


Tempo tempo e modo pedidos.
O tempo indica o momento em que se dá o fato a. Que me conste, ainda nínguém____o seu próprio
expresso pelo verbo. Existem três no modo indicativo delírio...
(presente, passado e futuro), mas só o passado e o
futuro apresentam subdivisões:  (Relatar –Pretérito perfeito do indicativo-
Relatou).
1. Presente: Faz referência a fatos que se passam ou
se estendem ao momento em que falamos: b. Antes de iniciar este livro____ construído pela
divisão do trabalho.
a. Do indicativo: Indica ação que acontece no
momento da fala:  (Imaginar –Pretérito imperfeito do indicativo-
Imaginei).

 Ele ESTUDA de manhã e trabalha à tarde. c. Nesse tempo eu não____mais nela...

o Canta, cantar, canto, cantamos, cantarei,  (Pensar -Pretérito imperfeito do indicativo-


cantam. Pensava).
d. Não sendo meus costumes dissimular ou
esconder nada,____andar. V.T.D + se = V.P sujeito
Entregou-se O premio ao =V.P sintética
 (Cantar -Futuro do presente do indicativo- vencedor
V.T.D.I + se = V.P sujeito
Cantarei). O.I

e. O barulho urbano___amortecido aqui no quinto c. Voz reflexiva: Ocorre quando o sujeito, ao


andar. mesmo tempo, prática e sofre a ação verbal, é
 (Chegar –Pretérito imperfeito do indicativo- agente e paciente, executa e recebe a ação
Chegava). expressa pelo verbo.

Voz  Âni cortou-se com a faca;


Indica se o sujeito está participando ou sofrendo a
 O macaco feriu-se;
ação expressa pelo verbo. São três:
1. Voz ativa: Ocorre quando o sujeito prática a  Maria cortou-se.
ação verbal, é o agente, executa a ação
expressa pelo verbo:

 Âni comeu a deliciosa maçã;

 Eles saíram;

 O macaco comeu a fruta. Tempos derivados do presente do indicativo


1. Presente do subjuntivo: Substitui-se a desinência
V.A= Todos os alunos ouviram Aquela musica –O da 1ª pessoa do singular do presente do
Sujeito V.T.D Objeto direto indicativo pela desinência –E (nos verbos de 1ª
conjugação) ou pela desinência –A (nos verbos de
2. Voz passiva: Ocorre quando o sujeito sofre a 2ª e 3ª conjugação).
ação verbal, é o paciente, receptor da ação
1ª conjugação CANTAR canTE canTES canTE cantEMOS
expressa pelo verbo. 2ª conjugação VENDER VENDER vendA vendAS vendAMOS
3ª conjugação PARTIR partA partAS PartaA partAMOS
D.T 1ª conj. E E E
D.T 2ª/3ª conj. A A A
 A deliciosa maçã foi comida pela Âni; D.P Ø S Ø

 Comeu-se a deliciosa maçã.


2. Imperativo:

Temos dois tipos de voz passivas a analítica e a a. Imperativo afirmativo: Tira-se do presente do
sintética: indicativo a 2ª pessoa do singular (TU) e a
a. Voz analítica: Constitui-se da locução verbal segunda pessoa do plural (VÓS) eliminando-se
formada pelo verbo auxiliar + verbo principal no o S final. As demais pessoas são retiradas, sem
particípio. Os auxiliares usados são SER ou IR. alteração do presente do subjuntivo.
P.I Eu Tu Ele Nós Vós Eles
canto canta canta cantamos cantais cantam
 A fruta foi comida pelo macaco;
I.A Canta Cante Cantemos Cantais Cantam
tu você nós vós vocês
 A rosa será colhida por Maria; P.S Que eu Que tu Que ele Que nós Que vós Que eles
cante cantes cante cantemos canteis cantem.
 O santo ia carregado pelos fiéis.
b. Imperativo negativo: Forma-se o imperativo
negativo, inserindo a negação as formas do
SER + particípio: presente do subjuntivo.
V.P= Aquela música Foi ouvida Por todos os
alunos Que eu Que tu Que ele Que Que Que
Sujeito paciente Ser + Agente da P.S cante cante cante Nos vós eles
particípio passiva. cantemos canteis cantem.
Não cante tu Não Não Não Não
I.N cante cantemos cantei cantem
b. Voz sintética: Constitui-se do verbo principal na você vós vós eles.
3ª pessoa + partícula apassivadora SE.
Ex.: 1: Na frase [O homem] deixou de exercer sua
força perante uma força maior, há o seguinte
 Comeu-se a banana;
pressupostos acionado linguisticamente pelo verbo
 Comeram-se bananas; deixar.
a. no passado, o homem exerceu sua força perante
 Colheu-se a rosa. uma força maior;
b. o homem é por natureza um ser que procura impor-  Alternativa (d) correta: que respeitamos:
se pela força; presente do subjuntivo-dúvida, quisermos:
pretérito imperfeito do subjuntivo condição.
c. O homem esperto sabe que pode exercer sua força
perante o mais fraco;  Alternativa (e) incorreta: redeve = ter, teve.
d. nos dias atuais, o homem busca varias formas de
exercer seu poder sobre os demais. Ex.: 4: Com o verbo no futuro, a frase Eu vou andar
10km, deve ser reescrita da seguinte forma:
Resposta: a. Eu andava 10km
 Alternativa (a) correta: se ele deixou de exercer
sua força perante uma força maior significa que b. Eu andarei 10KM;
anteriormente ele exerceu;
c. Eu tenho andado 10km;
 Alternativa (b) incorreta: não há relação com o
verbo destacado, muito menos com força física; d. Eu ando 10km;

 Alternativa (c) incorreta: não há comparação, e. Eu andara 10km.


apenas ideia de tempo;
Resposta:
 Alternativa (d) incorreta: sem relação com o  Alternativa (a) incorreta: Altera o tempo para
verbo destacado. o pretérito imperfeito;

 Alternativa (b) correta: Vou andar equivale


uma ação futura andarei;

 Alternativa (c) incorreta: Passa para o tempo


composto (ter + particípio);
Ex.: 2: A locução verbal, foram implementados,
 Alternativa (d) incorreta: Alterna o tempo para
corresponde à forma implementaram-se.
o presente do indicativo;
( ) certo ( ) errado.
Certo: implementaram-se: voz passiva sintética (V.T.D  Alternativa (e) incorreta: Altera o tempo para
+ se). foram implementadas: voz passiva analítica (ser pretérito mais que perfeito do indicaitivo.
+ particípio).

Ex.: 3: Considerando as flexões verbais nos


enunciados e considerando as flexões verbais nos
enunciado e considerando a formalidade da língua,
assinale a alternativa correta.
a. A policia federal não interviu no caso da guerrilha
urbana, porque entendeu não ser de sua
competência; Ex.: 5: Mantendo-se o mesmo modo e tempo verbal,
a oração: Nenhuma das identidades era reveladas.
b. Se este verão trazer mais chuvas, teremos haver Pode ser reescrita da seguinte forma:
enchentes Brasil a fora; a. Não se tem revelado nenhuma das identidades;
c. Em qualquer ramo da atividade humana, sempre b. Não se revelou as identidades nenhuma;
evocaram bons e maus profissionais;
c. Não revelarão nenhuma das identidades;
d. especialistas recomendam que respeitamos a
natureza se não quisermos legar desastres d. Não são revelados nenhuma das identidades;
irreparáveis a nossos filhos;
e. Não revelaram nenhuma das identidades;
e. A adoção de políticas mais severas em nova
Iorque reteu a onda de crimes que assolava a Resposta:
cidade.  Alternativa (a) incorreta: Presente do
indicativo;
Resposta:
 Alternativa(a) incorreta: interveio = vir, veio;  Alternativa (b) incorreta: Pretérito perfeito do
indicativo;
 Alternativa (b) incorreta: trouxa;
 Alternativa (c) incorreta: Futuro do presente do
 Alternativa (c) incorreta: houve; indicativo;

 Alternativa (d) incorreta: Presente do


indicativo;
 Alternativa (e) correta: Era a revelavam: processo verbal ampliando o sentido do verbo
pretérito imperfeito do indicativo: ações principal.
prolongadas. O verbo PRINCIPAL é aquele que carrega consigo o
significado principal da locução e a noção de
predicação verbal.
1. Auxiliares da voz: Forma a voz passiva (ser,
estar, ficar, viver, andar, ir, vir + particípio):

 Fomos vistos por ela;

 Estive, vencido pelo cansaço, mas agora é


diferente;

 O mestre ficou rodeado de alunos.

2. Auxiliares de tempo composto: Formam o


tempo composto dos verbos (ter/haver +
particípio).

 Espero que tenha/haja começado o jogo;

 Se nós tivéssemos/houvéssemos vibrado mais,


talvez conquistaríamos a copa.

3. Auxiliares de aspecto: Precisam o momento em


que ação verbal se realiza:

 Passou/começou/pôs-se a estudar (início);

 Estou para (por) estudar (iminência);

 Fiquei/ando/estou (a) escrever/escrevendo


venho/ vou escrevendo (continuidade).

4. Auxiliares de modo (modais): Precisam o


modelo como a ação verbal se realiza ou deixa de
se realizar, os valores semântico dos verbos
variam no contexto discursivo.
Locução verbal
É um grupo de verbos que tem uma só unidade de  Tinha/havia de estudar, preciso (de) estudar
sentido, como se fosse um só verbo. Formada por (obrigação, necessidade, dever);
verbo auxiliar + verbo principal, a locução verbal
representa uma só oração dentro da frase. Para  Posso estudar (possibilidade, capacidade,
reconhecer uma locução verbal, note que os verbos permissão);
têm de se referir ao mesmo sujeito.
 Você pode começar a pagar a divida, se não vai
 Vou estudar: quem vai? Eu. Quem estudará? preso! (obrigação/imposição).
Eu.
Exemplo 1: Está inteiramente adequada a
correlação entre os tempos e os modos verbais da
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo frase:
sujeito, estamos diante de uma locução verbal. a. Os prefácios correriam o risco de serem inúteis
caso tenham sido escrito segundo as instruções
Auxiliar e principal convencionais;
Um verbo é chamado de AUXILIAR porque ele
colabora (auxiliar/ajuda) com a formação de uma b. Houve enorme interesse pela leitura de prefácios
locução verbal, concorda em número e pessoa com e os editoriais certamente cuidariam que fossem
sujeito, nunca variando os verbos auxiliares mais criativos;
carregam aspectos ou durações diversas no
c. Quando se fizesse glosa de frase de um grande Nominais: Indicam gênero e número de nomes
autor deve=se citar a fonte original: esse é um (substantivos, adjetivo, pronomes, numerais).
deve ético; o Casa-casas, gato-gata.

d. Caso o autor viesse a infirmar tanta o nome do  Gênero: Os substantivos masculinos são
grande poeta como o da frágil poetisa, muitas o antecedidos pelo artigo O:
acusarão de indiscreto;

e. Menos que seja objeto de preconceito, um bom o O lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o
prefacio sempre resistiria aos critérios de um diabetes.
crítico rigoroso;

Resposta: (b). Os substantivos têm duas formas uma para o


 Alternativa (a): caso tivessem; masculino, e outro para o feminino. são os
substantivos biforme. Regras de formação do
 Alternativa (c): quando se fizer; feminino:
 Substantivos terminados em O mudam para A.
 Alternativa (d): acusariam ou venham;

 Alternativa (e): resistirá. o O sapo = A sapa, O canário = A canária, O


piloto = A pilota.
Exemplo 2: Transpondo-se para a voz passiva a
frase vou glosar uma observação de Machado de  Substantivos terminados em ÃO mudam para Ã,
Assis, a forma verbal resultante deverá ser: outros para AO e ainda para ONA (aumentativo).
a. Terei glosado;

b. Seria glosada; o O capitão = A capitã, O telão = A


c. Haverá de ser glosado; tecelã/teceloa, O chorão = A chorona.

d. Será glosada;
 Substantivos terminados em OR formam o
e. Terá sido glosada. feminino com O acréscimo de A.

Resposta (d): Encontre o objeto direto da ativa, faça


a transposição e acrescente o verbo ser no tempo o O doutor = Doutora, O coletor = coletora, O
em que está o verbo principal da ativa: uma trabalhador = trabalhadora, O arrumador = a
observação de Machado de Assis será glosada = arrumadeira, O lavrador = lavradeira, O
sujeito paciente + verbo ser no futuro do P.I + trabalhador = trabalhadeira.
particípio do verbo principal + agente da passiva.
 Alternativa (a): Além de alterar o tempo,
acrescentou-se o verbo ter e isso não pode  O sufixo EIRA pode indicar qualidade, portanto,
ocorrer; adjetivação:

 Alternativa (b): O tempo foi alterado para futuro


do pretérito do indicativo (condição); o Mulher trabalhadeira, pessoa faladeira.

 Alternativa (c): Se na ativa temos um verbo, na


passiva teremos dois, já que acrescentaremos  Alguns substantivos com terminação E podem
apenas o verbo ser. eliminado facilmente; fazer o feminino mudando a terminação para A.

 Alternativa (e): Mais uma vez há três verbos.


o O infante = Infanta, O governante = A
governanda, O elefante = A elefanta.

 Substantivos terminados em ÊS, L e Z fazem o


feminino com o acréscimo de A.

o O freguês = A freguesa, O oficial = oficiala, O


juiz = Juiza.

FLEXÃO VERBAL E NOMINAL


São morfemas colocamos no final das palavras para
indicar flexões verbais ou nominais. podem ser:
 Há ainda substantivos que são masculinos ou o Juvenil = Juvenis.
femininas, conforme o sentido com que se acham
usadas. o Em palavras paroxítonas terminal em IL:

o A cabeça (parte do corpo)/O cabeça (O chefe), A o Inútil = Inúteis;


grama (relva)/O grama (unidade de peso).
o Réptil = Répteis.

Número: os nomes de modo geral admitem a flexão


de número em: singular e plural.  Os substantivos terminados em consoantes S
fazem o plural de duas formas. Em substantivos
 Plural dos substantivos simples: aos
monossilabicos ou oxítonas, há o acrescimo de
substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
ES.
consoante N devem ser acrescidos a consoante S
ao final da palavra. o Paz = Pazer;

o Algoz = Algozes.
o Herói = Heróis;
 Os substantivos paroxitonos ou proparoxítonos
o Irmão = Irmãos. são invariaveis:
o Plâncton = Plâncton.
o Férias = Férias;
 Aos substantivos que terminam em consoantes M o Ônibus = Ônibus.
devem ser acrescidos aos consoantes NS ao final
da palavra.
 Os substantivos terminados em ÃO podem ser
pluralizados de três formas:
o Abordagem = Abordagens;
a. Substituindo o ÃO por ES:
o Modelagem = Modelagens;

o Homem = Homens. o Doação = Doações;

o Emoção = Emoções.
 Aos substantivos que terminam om as consoantes
R e Z devem ser acrescidos ES ao final da o Substituindo o ÃO por ÃES:
palavra.
o Alemão = Alemães;

o Hambúrguer = Hamburgueres o Pão =Pães.

o Chafariz = Chafarizes;
b. Substituindo o ÃO por ÂOS:
o Colher = Colheres.

o Cidadão =Cidadãos;
 Nos substantivos terminados em AL, EL, OL, UL
deve ser substituido a consoante L pos IS. o Os substantivos terminados em X são
invariáveis.

o Girassol = Girassóis; o Córtex = Cortéx.

o Vogal = Vogais;

o Azul = Azuis; Verbais: Indicam número, pessoa, tempo e modo


dos verbos. Existem dois tipos de desinências
o Mal = Males; verbais: Flexões estas relacionadas a pessoa: indica
as três pessoas relacionadas tanto no modo singular,
o Cônsul = Consules.
quanto no plural.
 Número: Representa a forma pela qual o verbo
 Os substantivos que terminam em IL são se refere a essas pessoas gramaticais.
pluralizados de duas formas: Em palavras
oxítonas terminadas em IL:

o Anil = Anis;
ADVÉRBIO
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Modifica o verbo exprimindo uma circunstância
(tempo, lugar, modo) pode ainda o advérbio
modificar o adjetivo ou outro advérbio. E
desempenha na oração a função de adjunto
adverbial.
 Aqui tudo vai bem (lugar e modo);

 Hoje não irei lá (tempo, negação e lugar);

 O aluno talvez não tenha redigido muito bem


(duvida, negação, intensidade e modo).

O advérbio é constituído por palavra de natureza


nominal ou pronominal unitária, a um adjetivo e a um
advérbio (intensificador), ou a uma declaração
inteira.
 João escreve bem (advérbio em referência ao
verbo);

 José é muito bom escritor (advérbio em


referência ao advérbio bem);

 José escreve muito bem (Advérbio em


referência ao advérbio bem).

Distribuímos os advérbios em assinalar a posição


temporal (tempo) ou espacial do falante (lugar) ou
ainda o modo pelo qual se visualiza o estado de
coisas designadas na oração combinações com
advérbios: Advérbios há o de tempo e lugar que
marcam melhor sua função ou designação mediante
o uso de uma preposição.
 Por agora, estão encerrados os trabalhos;

 Perto cedo, já havia compradores de ingressos;

 De longe, já se viam as chamas.


Advérbios interrogativos
1. Diferença de advérbio e locução adverbial: As palavras ONDE, COMO, QUANDO, usadas em
frases interrogativas, são chamadas advérbios
Advérbio. Uma palavra. Ontem. interrogativos:
Locução É um conjunto de palavras que De modo
Adverbial. pode exercer a função de advérbio. Algum.
1. Onde, expressa circunstância de modo:

 Onde você mora?;


2. Diferença entre o advérbio, pronome
indefinido e adjetivo:  Quero saber onde você mora.
Advérbio Ligado ao verbo eEstudei muito=
invariável estudamos muito.
2. Como, expressa circunstância de modo:
Adjetivo Qualifica e varia (gênero eO livro é caro=
normal) os livros são caros.  Como se chega a casa de José?;
Pronome Sentido vago Estudamos muitas horas.
indefinido  Não sei como ele fez isso.
Conforme a circunstâncias que expressam, os
advérbios classificam-se em: 3. Quando, expressa circunstâncias:
 Modo: Às pressas, à vontade, à vista, em
 Quando você volta?
silêncio, de cor, ao acaso etc.

 Tempo: À noite, de manhã, à tarde, em breve,


Grau de advérbio
de vez em quando etc.;
São consideradas palavras invariáveis, pois não
 Lugar: Ao lado, de longe, por ali, à direita, de sofrem flexão de gênero e número. Porem, alguns
cima etc.; sofrem flexão de grau como os adjetivos.
1. Grau comparativo:
 Afirmação: Com certeza, sem dúvida etc.;
a. De igualdade: Na formação do comparativo de
 Negação: de modo nenhum, de forma alguma, igualdade, usamos o tão antes do advérbio e o
etc.; como ou quanto depois:

 Quantidade/intensidade: Muito, demais,  Os alunos chegarão tão cedo quanto os


bastante, pouco, menos, tão etc. professores.

 Duvida: talvez, provavelmente, possivelmente,


quiça. b. De superioridade: Na formação do comparativo
de superioridade, usamos o mais antes do
advérbio e o que ou do que depois:
Locução adverbial
Uma locução adverbial é um conjunto de uma ou  Os alunos chegaram mais cedo do que os
mais palavras que desempenham a função de um professores.
advérbio. Geralmente é formada por:
c. De inferioridade: Na formação do comparativo
Preposição + substantivo/adjetivo/advérbio.
de inferioridade, usamos o menos antes do
A preposição, funcionando como transpositor
advérbio e o que ou do que depois:
prepara o substantivo para exercer uma função que
primeiramente não lhe é próprio:  Os alunos chegaram menos cedo do que os
a. Preposição + substantivo = na verdade; professores.
b. Preposição + adjetivo = de novo;

c. Preposição + advérbio = por aqui. 2. Grau superlativo: Pode ser analítico ou sintético.

a. Analítico: Formado com auxilio de um advérbio


 Modo: Às pressas; à vontade, à vista, ao acaso;
de intensidade:
grande parte dos vocábulos terminados em
MENTE: alegremente, calmamente,  Cheguei muito cedo à escola ontem.
afobadamente etc.
b. Sintético: é formado pelo acréscimo do sufixo
 Tempo: À noite, de manhã, à tarde, em breve; ao advérbio:
 Lugar: Ao lado, de longe, por ali, à direita, de  Cheguei cedissimo à escola ontem.
cima;

 Afirmação: De modo nenhum, de forma alguma; Exemplo 1: Analise os advérbios em destaque,


classificando-os de acordo com as circunstância que
 Quantidade/intensidade: De pouco, de todo. a eles se referem.
a. HOJE fomos surpreendidos com a chegada dos
visitantes; Tempo.

b. NÃO me incomodo com sua impaciência;


Negação.

c. TALVEZ eu compareça ao seu aniversário;


Dúvida.

d. Estamos MUITO contentes com sua aprovação;


Intensidade.

e. ALEGREMENTE Pedro se despediu de sua


família. Modo.

Exemplo 2: Os advérbios em MENTE das


alternativas abaixo designam a mesma circunstância,
exceto em:
a. Os soldados combateram estoicamente até a
morte;

b. Os fiscais sugerirão ironicamente que os


candidatos fossem submetidos a outro exame;

c. Possivelmente haverá nova oportunidade;


(incerteza).

d. No momento da discussão, alguns convidados


saíram sutilmente sem se despedirem.

PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra invariável que liga duas
outras palavras, estabelecendo relações de sentido
ou de dependência:
 A loja de José fica na vila Mariana.

A preposição DE relaciona JOSÉ e LOJA, indicando


uma relação de posse. Essa relação é do tipo
subordinativo, ou seja, entre os elementos ligados
pela preposição não há sentido de expressão é
dependente da união de todos os elementos que a
preposição víncula.
 Os candidatos de São Paulo falavam sobre a
prova.
As preposições ligam termos, subordinam-nos. O  De + O(s) = do(s);
termo que antecede a preposição é chamado de
regente e o termo posposto é chamado regido.  De + A(s) = da(s);
As preposições são palavras invariáveis, pois não
sofrem flexão de gênero, número ou variação em  De + um(s) = dum;
grau como os nomes, nem de pessoa, número,
tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. Em  De + uns = duns;
varias situações as preposições se combinam a
 De + uma(s) = duma(s).
outras palavras da língua e, assim, estabelecem uma
relação de concordância em gênero e número com
essas palavras às quais se ligam. b. De + pronomes pessoais:

Classificação  De + ele(s) = dele(s);


Classificamos as preposições de duas formas.
1. Essenciais: São palavras que funcionam só  De + ela(s) = dela(s).
como preposição:

 A, ante, após e até; c. De + pronomes demonstrativos:

 Com, contra;  De + este(s) = deste(s);

 De, deste.  De + esta(s) = desta(s);

2. Acidentais: São palavras de outras classes  De + esse(s) = desse(s);


gramaticais, que em certas ocasiões funcionam
como preposição.  De + essa(s) = dessa(s).

 Conforme, consoante, segundo, durante,


mediante, como, etc. d. De + pronomes indefinidos:

 De + outro = doutro(s);
Locução prepositiva
É um conjunto de duas ou mais palavras fazendo a  De + outra = doutra(s).
ligação entre dois termos:
 Abaixo de; e. De + advérbio:
 Acima de;  De + aqui = daqui;
 Acerca de;  De + aí = daí;
 A fim de;  De + ali = dali.
 Além de;
f. Em + artigos:
Combinação, contração e crase  Em + o(s) = no(s);
As preposições A, DE, EM e POR, quando unidas a
certas palavras, formam um só vocábulo.  Em + a(s) = na(s).
1. Combinação: a preposição não sofre
mudanças.
g. Em + pronomes demonstrativos:
A + artigos definidos masculinos:
 Eles foram ao cinema;  Em + este(s) = neste(s);

 As meninas voltaram aos seus quartos.  Em + esta(s) = nesta(s);

A + onde (advérbio interrogativo/pronome  Em + esse(s) = nesse(s).


relativo):
 Aonde você foi?
3. Crase: a fusão de vogais idênticas:
 Sempre quis conhecer a cidade aonde você
foi nas férias passada. A + artigos definidos femininos:
 A + a(s) = às;
2. Contração: A preposição sofre algumas
mudanças:  A + aquele(s) = àquele(s);

a. De + Artigos:  A + aquela(s) = àquela(s).


Exemplo 1: Assinale a alternativa em que a 4. Conclusivas: Ligam duas orações, sendo que a
preposição estabeleça o mesmo tipo de relação que segunda encerra a conclusão ou dedução de um
na frase matriz: raciocínio. Principais conjunções:
 Criaram-se a pão e água.
 Logo, portanto, por conseguinte por
a. Desejo todo o bem a você; consequência, pois (após o verbo da oração).
etc.
b. A julgar por esses dados, tudo está perdido;
o Ela estuda bastante, LOGO terá boas notas.
c. Andei a colher alguns frutos do mar;

d. Ao entardecer, estarei ai. 5. Explicativos: Que ligam duas orações, sendo


que a segunda se apresenta justificando a
anterior. Principais conjunções:

 Pois, porque, que, porquanto etc.

o Ela não irá à festa, PORQUE haverá prova no


CONJUNÇÃO mesmo dia.
É a palavra invariável que liga duas orações entre
si, dentro da mesma oração, liga dois termos entre si
independentes.
Conjunções subordinativas
Classificação São as que ligam duas orações, sendo que a
Podem ser coordenativas ou subordinativas. segunda é sujeito, complemento ou adjunto da
coordenadas ligam orações independentes primeira. A primeira é oração subordinativa
sintaticamente e subordinadas ligam orações que subdividem-se em integrantes e adverbiais.
possuem dependência sintática. 1. Integrantes: São as que ligam duas orações,
sendo que a segunda é sujeito ou complemento
Aditivas; da primeira. Principais conjunções:
Adversativas;
Coordenadas  Que, se.
Alternativas;
Conclusivas; o É necessário QUE ela se case.
Explicativas.
Subordinadas Integrantes; o Eu não sei SE o rapaz fará o trabalho.
Adverbiais

Conjunção coordenativa 2. Adverbiais: São as que ligam duas orações,


Conjunções que ligam duas orações ou dois termos, sendo que a segunda é adjunto adverbial da
sendo que ambos os elementos ligados permanecem primeira, ou seja, a segunda expressa
independentes entre si. As conjunções coordenativas circunstancia de finalidade, modo, comparação,
subdividem-se em: proporção, tempo, condição, concessão, causa ou
1. Aditivas: ligam pensamentos similares ou consequência. As conjunções subordinativas
equivalentes. Principais conjunções: adverbiais subdividem-se em:

 E, nem, mas também, senão, ainda... a. Causa: Ligam duas orações, sendo que a
segunda contém a causa, e a primeira o efeito.
o Radegondes não veio NEM ligou. Principais conjunções:

 Porque, visto que, quanto, já que, como etc.;


2. Adversativas: ligam pensamentos similares que
contrastam entre si. Principais conjunções: o Ela saiu mais cedo, JÁ QUE não havia mais
trabalho a fazer.
 Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, não
obstante etc.
b. Comparativas: Ligam duas orações, sendo que
o Ela saiu, MAS voltará logo. a segunda contém o segundo termo de uma
comparação. Principais conjunções:

3. Alternativas: ligam pensamentos que se  Como, (tal)...tal, (menos)... Do que (mais)... Do


excluem ou se alternam. Principais conjunções: que, (tal)... Qual etc.

 Ou, ou... Ou, ora... Ora, já... Já, quer... quer etc. o As meninas eram lindas COMO anjo.

o Você lavará a louça, OU limpará o quarto.


c. Concessivas: Ligam duas orações, sendo que a i. Temporais: Ligam duas orações, sendo que a
segunda contém um fato que não impede a segunda expressa circunstancia de tempo.
realização da ideia expressa na oração principal, Principais conjunções:
embora seja contrário àquela ideia. Principais
conjunções:  Quando, enquanto, apenas, mal logo que,
depois que, antes que, até que, que etc.
 Embora, ainda que, mesmo que, posto que.
o Ela sorriu, QUANDO me viu.
o Ela está sorrindo, EMBORA se sinta triste.

Exemplos: Nas frases seguintes, identifique as


d. Condicionais: Ligam duas orações, sendo que a preposições e indique o sentido da relação que
segunda expressa uma hipótese ou condição. estabelecem:
Principais conjunções: a. Não se deve ir à praia ao meio dia!

 Se, caso, salvo se, desde que, a menos que, o A = lugar / a = tempo.
contanto que etc.
b. Passei o dia à toa; à noite, senti-me vazio;
o Ela ficará feliz, SE você visitá-la.
o A = modo / a = tempo.

e. Conformativos: Ligam duas orações, sendo que c. Com o não reagir ante tanta desfaçatez;
a segunda expressa circunstancia de
o Ante = lugar conotativo.
conformidade ou modo. Principais conjunções:
d. Varias pessoas seguiam após eles;
 Como, segundo, conforme etc.
o Após = lugar.
o Tudo aconteceu SEGUNDO havia previsto a
cartomante. e. Após alguns minutos, resolvi intervir;

o Após = tempo.

f. Estou decidido: agora, vou até o fim!;


f. Consecutivas: Ligam duas orações, sendo que a
segunda diz a consequência de uma intensidade o Até = limite.
expressa na primeira. Principais conjunções:
g. As discussões estão suspensas, até segunda
 (Tão)... que, (tal)...que, (tamanho),,, que, ordem.
(tanto)... que etc.
o Até = limite.
o Ela estudou tanto QUE foi a primeira colocada
no concurso.

g. Finais: Ligam duas orações, sendo que a


segunda expressa circunstância de finalidade.
Principais conjunções:

 Para que, a fim de que, que, porque:

o Ele estudou, A FIM de passar no concurso.

h. Proporcionais: Ligam duas orações, sendo que a


segunda expressa fato que decorre ao mesmo
tempo que outra, em relação de proporção.
Principais conjunções:

 À medida que, à proporção que, tanto mais,


quanto mais etc.

o À MEDIDA QUE os convidados chegavam, o


baile ficava mais animado.
o Primeiro, primeira, primeiros, primeiras.

 Numerais multiplicativos: Variam em gênero e


em número quando acompanham substantivo.

o Os saltas e piruetas triplas daquela ginasta


deixam-nos de queixo caído.

 Numerais fracionários: variam em gênero e


número:

o Um quarto, dois quartos, duas quartas, trinta e


quatro avos...

O numeral é um termo que funciona como adjunto


adnominal quando acompanha um substantivo;
quando substitui o substantivo, tem função
substantiva.

o UMA cerveja é pouco, DUAS é bom, TRÊS é...


bom demais.

Os vocábulos uma, duas e três.

Indicam quantidade absoluta, logo são cardinais.


Variaram os dois primeiros, de forma:

o Uma cerveja... duas é bom...

O primeiro numeral é adjetivo, pois acompanha um


substantivo e os demais são numerais substantivo,
pois substituem um substantivo (cerveja);
Funcionam como adjunto adnominal (o primeiro) e
como sujeito (o segundo e o terceiro).

NUMERAL
Classificação
O numeral indica a quantidade absoluta (cardinal),
quantidade fracionada (fracionária), quantidade Nossos numerais são de origens árabes, por isso é
multiplicativa (multiplicativa) e ordem, sequencial, algarismo arábicos, também temos romanos:
posição (ordinal) de coisas ou pessoas. O numeral é Arábicos:
uma classe variável em gênero e número é um o 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10...100;
determinante que acompanha o substantivo Romano:
(numeral adjetivo) ou substitui (numeral o I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX e XX.
substantivo).
 Numerais cardinais: Em gênero e numero Numerais coletivos: indicam o número exato de
variam em gênero são: seres ou objetos de um conjunto, flexionando em
número, quando necessário:
Um = uma; dois = duas. o Dúzia, cento, milhas, par e milheiro.
o Só um aluno e uma aluna da turma passaram
na prova. Uso
Na designação de soberanos, (reis, príncipes,
imperadores), papas, séculos, livros e partes de uma
 Numerais ordinais: Variam em gênero e número: obra (capítulo, parágrafo, tomo etc).
Quando o numeral é posposto ao substantivo, usam- Leitura
se os numerais ordinais até o décimo daí em diante, Separando os números em centenas e, no inicio,
devem-se usar os cardinais. Se estiver anteposto, o também de dezenas ou unidade. Entre esses
ordinal é obrigatório: conjuntos usam-se vírgulas, as unidades ligam0se pela
 Ao papa Paulo VI (sexto); João Paulo II conjunção E.
(segundo), Bento XVI (dezesseis); 1.203.726: um milhão, duzentos e três mil, setecentos
e vinte e seis;
 Este livro é o 10º (décimo); 45.520: quarenta e cinco mil quinhentos e vinte.

 O rei Luiz XV (quinze); Ex.: 1: Cardinais ou ordinais?:


a. Luiz XVI; Dezesseis, oitavo, sexto;
 Após o parágrafo IX (nono);
b. Henrique VIII; Oitavo;
 O V (quinto).
c. Dom João VI; Sexto.
Em textos legais, na linguagem jurídica, os artigos,
incisos, decretos, portarias, regulamentos e
parágrafos numerados até nove são lidos como Ex.: 2: Os ordinais referentes aos números 80, 300,
ordinais, do número dez em diante, são lidos como 700 e 90 são, respectivamente.
cardinais. Alem disso, flexiona-se o numeral em a. Octagésimo, trecentésimo, septagentesimo,
gênero para identificação da página e folhas, nongentésimo;
preferencialmente. Se estiver anteposto, o ordinal é
obrigatório. b. Octogésimo, trecentésimo, septuagésimo,
 Antes do artigo 10 (dez) vem o artigo 9º (nono); nonagésimo;

 O 22º (vigésimo segundo) decreto. c. Octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo,


nonagésimo/

Na identificação de casas, apartamentos, páginas, que d. Octogésimo, tricentésimo, septogésimo,


não em meio jurídico usam-se os cardinais. se nongentésimo.
antepostos usa-se cardinal.
 Moro na casa seis da vila;
Ex.: 3: Identifique se o termo destacado é numeral
 Leia, por favor, na página três a sinopse; ou artigo indefinido.
a. Você só tem uma vida, cuide bem dela;
 Dia quatro de setembro é meu aniversário.
b. Ele não fala uma palavra de chinês;

Em relação ao primeiro dia do mês, deve-se usar o c. Aqueles invasores podem representar uma
ordinal: ameaça para os índios;
 Rio de janeiro, 1º de dezembro de 2012. d. A decomposição desse material pode
Com relação às datas podemos ou não usar aos, a demorar um século.
ou em: Resposta: Numeral, artigo, artigo, numeral.
 A presidenta tomou posse 2 de janeiro de 2011;

 A presidenta tomou posse a 2 de janeiro de 2011;

 A presidenta tomou posse em 2 de janeiro de


2011;

 A presidenta tomou posse aos 2 de janeiro de


2011;

 A presidenta tomou posse no dia 2 de janeiro de


2011.

Não se usa o ponto entre os numerais quando estes


designam datas. Nos demais casos, o ponto deve ser
colocado entre centenas e milhares.
 Escrevi isto no dia 13 de junho de 2012;

 A gramática tem mais de 1.500 questões


comentadas.
CONCORDÂNCIA
A concordância diz respeito à conformidade de
palavras que mantêm relação entre si. Concordância
é a correspondência de flexões existentes entre dois
termos, ou mais, de uma oração, como entre verbo e
sujeito, entre substantivo e adjetivo.

A concordância é o processo sintático segundo o


qual certas palavras se combinam. Essa
combinação formal se chama flexão, e se dá
quanto a gênero e numero, nos nomes; e pessoa
e número nos verbos. Daí a divisão:
 Concordância nominal;

 Concordância verbal.

CONCORDANCIA VERBAL
Trata da adequada flexão, em número e pessoa, de
um verbo com seu sujeito. Ou seja: sujeito no
singular=verbo no singular, sujeito na 3ª pessoa =
verbo na 3ª pessoa... e por aí vai...
Você me faz Feliz
Sujeito Verbo
Pronome 3ª Verbo 3ª
Pessoa pessoa
do singular do singular

Musica e literatura fazem Bem à alma


Sujeito compostoVerbo
2 núcleos: Verbo 3ª
3ª pessoa pessoa do
do plural plural.
E certos casos, o verbo pode concordar com o termo vós: o verbo pode concordar com o pronome
mais próximo do sujeito. Dizemos que, nesses casos, indefinido ou com o pronome pessoal:
há uma concordância verbal atrativa.
 Conquistou o aluno e a aluna a tão sonhada  Alguns de nós farão o trabalho;
vaga de analista judiciário.
 Alguns de nós faremos o trabalho;
É obvio que o verbo poderia concordar com os dois
núcleos do sujeito composto:
 Conquistaram o aluno e a aluna a tão sonhada  Quais de vós serão os premiados?
vaga de analista judiciário.
 Quais de vós sereis os premiados?

Concordância do sujeito simples


 Muitos de nós participarão das competições.
Sujeito simples é aquele que possui apenas um
núcleo, então o verbo concordará em pessoa e  muitos de nós participaremos das competições.
número com esse núcleo:
 O chefe da seção pediu maio assiduidade;
e. Sujeito simples constituído de pronome
 A violência deve ser combatida por todos; relativo QUE: o verbo concorda com o referente
do pronome relativo:
 Os servidores públicos do ministério da fazenda
discordaram da proposta.  Fui eu que escrevi a carta;

 Fostes vós que escreveste a carta;


Particularidades:
a. Sujeito simples constituído de substantivo  Não serão os meninos que farão esse trabalho.
coletivo + determinante: Verbo concorda com o
coletivo ou com o determinante: f. Sujeito simples constituído do pronome
relativo QUEM: O verbo concorda com o
 O bando voou; referente do pronome relativo ou com o próprio
pronome relativo (3ª pessoa do singular).
 Bando de aves voou;
 Fui eu quem escrevi a carta;
 O bando de aves voaram.
 Fui eu quem escreveu a carta;
b. Sujeito simples constituído de expressão
quantitativa + determinante: Verbo concorda  Fostes vós quem escrevestes a carta;
com a expressão quantitativa com o
determinante:  Fostes vós quem escreveu a carta;

 A maioria das pessoas viajou para o sul do país;  Não serão os meninos quem farão esse
trabalho;
 A maioria das pessoas viajaram para o sul do
país;  Não serão os meninos quem fará esse trabalho.

 A maior parte das alunas faltou; Silepse de pessoa


É possível, usar o sujeito na 3ª pessoa do plural e o
 A maior parte das alunas faltaram. verbo na 1ª pessoa do plural. Isso é a concordância
ideológica, ou irregular (silepse):
 Os culpados seremos punidos;
c. Sujeito simples constituído de nome próprio
no plural: Sem artigo e verbo no singular, com o  Os alunos estudiosos fomos aprovados no
artigo, verbo concorda com o artigo: concurso;
 Alpes fica na Europa;  Todos somos a pátria;
 Os Alpes ficam na Europa;
Silepse de número
Com as expressões quantitativas distantes do
 Estados Unidos domina o mundo; verbo, podemos concordar o verbo com a ideia de
plural transmitida pela expressão quantitativa:
 Os Estados Unidos dominam o mundo.
 Esperavam por ajuda: sem comida, sem água,
sem abrigo, a multidão desabrigada pela chuva;
d. Sujeito simples constituído de pronome
indefinido plural + pronomes pessoais nós ou
 A maioria chegou cedo, com as cestas cheias de
guloseimas, espalharam tudo sobre lindas d. Sujeito composto constituído de formas em
toalhas e foram brincar, aproveitando a deliciosa graduação: O verbo vai para o plural ou concorda
manhã. com o nucleo mais próximo:

 Um mês, um ano, uma década da ditadura não


Concordância do sujeito composto calou a voz do povo;
Sujeito composto é aquele que possui dois ou mais
núcleos, então o verbo concordará em pessoa e  Um mês, um ano, uma década de ditadura não
número com esse núcleo: calaram a voz do povo.
 A menina e o menino saíram;

 As joias e os dólares desapareceram;  Despertador, banho e café ajuda a acordar;

 Iremos ao mercado você e eu.  Despertador, banho e café ajudam a acordar.

a. Sujeito composto constituído de pessoas e. Sujeito composto resumido por pronome: O


gramaticais diferentes: O verbo vai para o plural verbo concorda com o pronome resumitivo:
e para pessoa que tiver a primazia, nesta ordem:
1ª pessoa tem prioridade sobre 2ª e 3ª, 2ª e 3ª  Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia
são equivalentes. naquela cidade;

 Pascoalina e eu fomos ao mercado;  Jocarte, pascoalina, padegondes, ninguém foi à


festa;
 tu e eu viajaremos para o sul do país;
 Jocarte, pascoalina, padegondes, todos foram
 ele e eu não fizemos a prova; à festa.

 ele, tu e eu seremos amigos para sempre;


Concordância do sujeito indeterminado
 tu e ele sereis amigos para sempre. Sujeito indeterminado é aquele que não se conhece,
sabe-se que existe um praticante da ação verbal,
mas não se consegue definir quem ou o que. Há
b. Sujeito composto pospostos ao verbo: O verbo duas formas de se construir uma frase com sujeito
fica no plural, concordando com o conjunto, ou indeterminado:
concorda com o núcleo que estiver mais próximo: a. Com verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito
expresso:
 Chegaram o presidente e seus ministros;
 Roubaram o meu carneiro;
 Chegou o presidente e seus ministro.
 Atiraram uma pedra na minha janela.

 Na semana passada, estivemos aqui tu e eu; b. Verbo na 3ª pessoa do singular + SE índice de


indeterminação do sujeito:
 Na semana passada, estiveste aqui tu e eu.
 Precisa-se de moças;

 Acredita-se em marcianos.

c. Sujeito composto constituído de termos


sinônimos ou quase sinônimos: Quando os
sinônimos formam um todo indivisível, ou
simplesmente se reforça, a concordância é
facultativa no singular ou no plural:

 A sociedade, o povo se une para construir uma


nação mais justa;

 A sociedade, o povo se unem para construir


uma nação mais justa;

 Amor e paixão move o mundo; Concordância da oração sem sujeito


Oração sem sujeito é aquela que trata de fenômenos
 Amor e paixão movem o mundo.
que independem da participação/ação de qualquer
ser. Como não há sujeito, o verbo da frase deve ficar  No relógio, bateram cinco horas.
sempre na 3ª pessoa do singular.
Os verbos dessas orações são chamados de verbos
impessoais. 3. Com a expressão HAJA VISTA: a palavra vista é
a. Com verbos que expressas fenômenos invariável. o verbo pode sofrer variações de
naturais: acordo com:

 Nevou em várias cidades do sul do país; a. Expressão não seguidas de preposição, o


verbo haver pode variar ou não:
 Relampejou muitas vezes seguidas;
 Haja vista o caso;
 Choveu durante quarenta dias.
 Hajam vista os casos.
b. Com verbos ESTAR e FAZER indicando tempo
meteorológico ou cronológico: b. Expressão seguida de preposição, o verbo haver
não varia:
 Está muito calor hoje;
 Haja vista ao caso;
 Está tarde!
 Haja vista aos casos.
 Faz dias frios aqui!
4. Com sujeito oracional: O verbo que tem como
 Fará noites quentes no próximo verão. sujeito uma oração fica na 3ª pessoa do singular:

 Espera-se que as meninas tragam as tortas;


c. Com o verbo HAVER expressando existência ou
acontecimento:  Aos alunos cabe resolver as questões.

 Havia muitos conhecidos na festa de ontem;


Verbo SER impessoal
 Haverá aqui amanhã vários carros para revisão O verbo ser pode ser impessoal: nesse caso, haverá
mecânica; concordância especial.
a. Na expressão de distancia, concorda com o
 Há duzentas alunos no pátio esperando a visita adjunto adverbial de distancia:
do presidente do clube;
 Daqui à praia são 100 quilômetros;
 Houve comemoração pelos 456 anos da cidade.
 Daqui à praia é um quilometro;

Casos especiais  Do planalto ao congresso são duzentos


Verbos parecer + infinitivo metros.
1. O verbo PARECER é o único verbo auxiliar da
língua portuguesa que pode transferir para o
principal a flexão de numero: b. Na expressão de tempo, concorda com o
núcleo do adjunto adverbial de tempo:
 As meninas parecem sorrir para mim;
 É dia 13 de julho;
 As meninas parece sorrirem para mim;
 São 13 de julho;

 As estrelas parecerão brilhar mais, se você vier  É uma hora;


me visitar esta noite;
 É bem mais de uma hora.
 As estrelas parecerá brilharem mais, se você
vier me visitar esta noite.
c. As expressões de peso, medida ou quantidade
invariáveis:
2. Com os verbos DAR, BATER e SOAR. Podem
concordar com a praticante da ação ou, na  Quinze quilos de arroz é pouco;
ausência deste, com as expressões de tempos da  Cinco metros de tecido é muito;
frase, que passam a ser o sujeito dos verbos:
 Trezentas pessoas é suficientes para a
 A torre da igreja deu três horas; produção na fábrica.
 Na torre da igreja, deram três horas;
d. A partícula expletiva, ou de realce, É QUE é
 O relógio bateu cinco horas;
invariável:
 Eu é que fiz o bolo; com o ultimo ou vai facultativamente para o
plural, no masculino, se pelo menos um deles for
 Nós é que fizemos o bolo. masculino; ou para o plural no feminino, se todos
eles forem femininos.
Exemplo 1: reescreva as frase abaixo, substituindo  Homem e mulher bela ⟶ homem e mulher
EXISTIR por HAVER e vice-versa. belas;
a. Existiam jardins e manhãs naquele tempo: havia
paz em toda parte;  Mulher e homem belo ⟶ mulher e homem
belos.
 Havia jardins, existia paz. havia é impessoal =
singular.
 Ternura e amor humano ⟶ ternura e amor
b. Se existiriam mais homens honestos, não haveria humanos;
tantas brigas por justiça.
 Amor e ternura humano ⟶ amor e ternura
 Houvesse homens, existiriam tantas brigas. humanos.
havia é impessoal = singular.

b. Adjetivo anteposto: Quando o adjetivo


Exemplo 2: Passe para o plural. anteposto se refere a dois ou mais substantivos,
a. Houve uma conversa meio longa. concorda com o mais próximo.
 Houve (algumas) conversas meio longas.  Belo homem e mulher;
o Alguma = plural de uma; o Bela mulher e homem.
o Meio = um pouco, o advérbio é invariável.
 Humana ternura e amar;

o Humana amar e ternura.

CONCORDÂNCIA NOMINAL 2. Um substantivo determinado por dois ou mais


É chamada de concordância nominal a relação de adjetivos. Quando dois ou mais adjetivos se
combinação que se estabelece entre: Substantivo e referem a um substantivo, temos duas opções:
adjetivo, artigos, pronomes e numerais. Os nomes
flexionam-se em:
a. Gênero:
a. Substantivo no singular: Coloca-se artigos nos
 Masculino e feminino. adjetivos, a partir do segundo:

b. Número:  Estudo a língua inglesa, a portuguesa e a alemã.

 Singular e plural.  Ele detém o poder material e o espiritual.

Os termos determinantes da oração (artigo,


pronome, numeral e adjetivo) sempre acompanham b. Substantivo no plural: Basta acrescentar os
um nome (substantivo ou pronome substantivo). adjetivos:
Assim, os determinantes terão as mesmas
características de gênero que os substantivos e  Estudo as línguas inglesa, portuguesa e alemã;
pronomes substantivos.
A concordância entre determinantes e os nomes é  Ele detém os poderem material e espiritual.
obrigatório:
 As minhas duas belas primas chegaram. 3. Substantivo usado como adjetivo: Se a palavra
A base da concordância nominal é o substantivo que funciona como adjetivo for um substantivo,
PRIMAS. O artigo AS, o pronome MINHA, o numeral ficará invariável.
DUAS e o adjetivo BELAS variam em gênero e
 Ele comprou ternos cinzas e camisas rosa;
numero para concordar com o substantivo PRIMAS.
 Ele ouviu falar dos homens-bomba;
Concordância do adjetivo
1. Dois ou mais substantivos determinantes por  Na infância, assistia na TV a série sobre a
um adjetivo: família monstro.
a. Adjetivo posposto: Quando o adjetivo posposto
se refere a dois ou mais substantivos, concorda
4. Adjetivos compostos: Quando houver adjetivos  Quero dez pães claros o mais possível;
compostos, apenas o último termo do composto
concordará com o substantivo a que se refere, os  Comprei doze rosas mais abertas possível;
demais termos ficarão no masculino/singular:
 Quero duas resposta as menos ambíguas
 Encontrei varias mulheres luso-franco- possível.
brasileiras;

 Não li as crônicas sócio-politico-economico- 4. Menos, alerta, pseudo: são palavras invariáveis:


financeiros.
 Os escoteiro devem estar sempre alerta;

Casos especiais  Houve menos reclamações dessa vez;


1. Muito, bastante, meio, todo e mesmo:
 As pseudopedagogas foram desmascaradas;
a. Quando modificarem um substantivo,
concordarão com ele, por serem pronomes
adjetivos ou numerais. 5. Silepse de gênero: Concordância irregular,
também chamada de concordância ideológica,
b. Quando modificarem um verbo, um adjetivo ou é a que se não com o termo escrito, mas com a
um advérbio, ficarão invariáveis, por serem ideia que ele expressa.
advérbios:
 São Paulo é linda;
 Bastantes funcionários ficaram bastante
satisfeitos com a empresa;  Agente está cansado.

 Há provas bastantes de sua culpa;

 Eles saíram bastante apressadas;

2. Anexo, só, junto, incluso, excluso, próprio,


quite, obrigado.

a. São adjetivos e concordam com o substantivo a


que se referem:

 Anexar, seguem as fotos solicitadas;

 Em anexar, seguem as fotos solicitadas;

 Estas enviam anexos ao pacote os documentos


do divorcio;

 Eu estas quite com o banco;

 Nos estamos quites com o banco.

3. O mais/menos (adjetivo) possível: Existem as


seguintes possibilidades de concordância.

a. O artigo (o/a) que inicia a expressão, assim com a


palavra POSSIVEL, deve concordar em gênero e
número com a palavra a que se refere:

 Quero dez pães os mais claros possíveis;

 Comprei doze rosas as mais abertas possíveis;

 Quero duas respostas aos menos ambíguos Exemplo 1: A frase em que a concordância respeita
possíveis. as regras da gramática normativa é:
a. É bilateral, sem duvida alguma, os interesses
pela exploração desse tipo de negócio, por isso
b. A expressão o MAIS/MENOS...POSSÍVEL deve os países envolvidos terão de fazer concessões
se manter no masculino singular, mutuas.
independentemente da palavra a que se liga:
b. Cada um dos interessados em participar dos preposição ou sem ela. Quando um nome exige um
projetos devem apresentar uma proposta de complemento proporcionando, dizemos que este
ação e uma previsão de custo; nome é um termo regente e que seu complemento é
um termo regido.
c. Acordo luso-brasileiros têm sido recebidos com a. Termo regente: Aquele que pede um
entusiasmos, o que sugere que haverá de serem complemento;
cumpridos fielmente;
b. Termo regido: Aquele que completa o sentido de
d. Quanto mais discussão houver sobre as outro. O homem está apto para o trabalho.
questões pendente, mais se informarão, com
certeza, os que tem de decidir as próximas O nome APTO não possui sentido completo, precisa
passa do processo; de um complemento; o termo PARA O TRABALHO
aparece completando o sentido do nome APTO.
e. Procede, por uma questão técnica, segundo os  Assistimos ao filme.
especialistas entrevistados, as medidas
divulgadas ontem, pois a urgência de O verbo ASSISTIMOS não tem sentido completo, ele
saneamento é indiscutível. necessita de um outro termo que lhe dê completude,
o termo AO FILME está completando o sentido do
Resposta: verbo ASSISTIR. Os termos apto e assistimos são
a. Resposta certa (d): o verbo houver, quando os regentes, pois exigem complementos, já os termos
impessoal (sentido de existir), não admite plural. para o trabalho e ao filme são os regidos, pois
funcionam como complemento.
b. Alternativa (a): os interesses são bilaterais;
Ninguém Assistiu À palestra
Termo regido Termo regido
c. Alternativa (b): cada um dos interessados
devem apresentar locução e pode ser substituído
Necessidade De ser fera
serão. O verbo haver é auxiliar e admite plural
Termo regente Termo regido
porque deve concordar com o sujeito. A ideia é
que os acordos luso-brasileiros serão cumpridas
Regência
fielmente. Correção da frase: haverão de ser.
Verbo Nominal
d. Alternativa (e): as medidas procedem. V.T.D Admiração a, por
V.T.I Doutor em
V.T.D.I Diferente de
I. Suspeito de
Longe de

A regência é dividida em:


1. Regência nominal: Quando o termo regente é
um nome:

 O homem está para o trabalho.

2. Regência verbal: Quando o termo regente é um


verbo:

 Assistimos ao filme.

Os complementos colocados na frase receberam


nomes específicos:
1. Complemento nominal: Quando completa o
sentido de um nome e vem sempre introduzido
por preposição:

2. Complemento verbal: Quando completa o


sentido do verbo e pode ser ou não introduzido
por preposição; nesse caso teremos de renomeá-
lo como:

 Objeto direto: É o complemento diretamente


ligado ao verbo, sem auxílio de preposição;
REGÊNCIA  Objeto indireto: É o complemento indiretamente
Regência é a relação de dependência entre os ligado ao verbo, com o auxílio de uma
componentes de uma oração ou entre orações. preposição.
Regência é maneira como o nome ou verbo se
relacionam com seus complementos, com a
REGÊNCIA VERBAL No primeiro exemplo, tanto o verbo comer quanto o
Nesse tipo de regência, é o verbo que pede um verbo saborear são verbos transitivos diretos, ou
complemento que pode ou não ligar-se através de seja, têm a mesma regência.
preposição. A escolha da preposição adequada 1. Regra: Verbos de regência idênticas podem ter
depende da significação do verbo. Devemos complemento único comum.
observar as possibilidades de uso de uma outra
preposição. 2. Regra: verbos de regência idênticas podem ter
a. Existem verbos que admitem mais de uma complemento único comum:
regência sem mudar seu significado:
 Comer é VTD, gastar é VTI, ou seja, são
 Cumpriremos com o nosso dever; verbos de regências diferentes.

 José tarda a chegar;


3. Regra: Verbos de regências diferentes pedem
 José não tarda em chegar. complementar distintos:

b. Existem verbos que mudam seu significado  A correção será: comi a fruta e gostei dela.
quando se altera a regência:

 Aspirei o aroma das flores. (aspirar=sorver,  Entrei e sai da sala (ERRADO);


respirar);
o Entrei na sala e dela sai.
o Aspirei a um bom cargo. (aspirar= desejar,
objetivar, almejar).
 Li e refleti sobre o texto. (ERRADO);

 Olhe para ele (olhar=fixar o olhar); o Li o texto e refleti sobe ele.

o Olhe para ele (olhar=cuidar).


 Amo e obedeço meu pai. (ERRADO);

Particularidades: A estrutura oracional da língua o Amo meu pai e obedeço-lhe.


portuguesa permite que se altere a posição dos
termos dentro da frase e também autoriza o uso de
1. Regência com pronome interrogativo:
um ou outro termo para que se evite a redundância, a
repetição.  Que, qual, quem, quanto e onde são pronomes
Quando usamos esses processo facultada pela interrogativos:
língua, devemos ter cuidado de não trocar a regência
dos termos: Há dois modelos de frase interrogativa:H
 O que você mais gosta em mim? (Errado). a. Direta: Quando a frase termina em ponto de
interrogação:
o O pronome interrogativo QUE está no lugar do
complemento do verbo gostar.  Que horas são agora?
o O verbo gostar pede a preposição DE antes do b. Indireta: Quando a frase termina em ponto-final,
seu complemento, portanto, deve aparecer essa mas dá ideia de pergunta.
preposição antes do pronome interrogativo que.
 Gostaria de saber que horas são.
 A frase correta é:
Os pronomes interrogativos substituem os
o Do que você mais gosta em mim? complementos verbais ou nominais, portanto estão
sujeitos à regência como qualquer outro termo nessa
função.
1. Um único complemento para dois ou mais verbos:
1. Regra: se o pronome interrogativo é usado com
 Comi e saboreei a fruta;
um verbo ou nome que peça preposição, essa
o O objeto direto a fruta se liga tanto ao verbo preposição deve ser colocada antes desse
comer quanto ao verbo saborear, e a frase está pronome interrogativo:
correta.
 Qual perfume você falou? (ERRADO);
 Comi e goste da fruta (errado).
o De qual perfume você falou.
o Perceba que o objeto indireto da fruta se liga
tanto ao verbo comer quanto ao verbo gostar, e
 O que o senhor, ao concorrer a uma vaga,
a frase está errada.
aspira? (ERRADO);
o Aqui o senhor, ao concorrer a uma vaga, Regência com pronome pessoal do caso oblíquo
aspira? átono:
1. Pronome obliquo como objeto direto ou objeto
indireto, de acordo com a regência do verbo a
 Que filme você assistiu ontem? (ERRADO); que se ligam. assim:
o A que filme você assistiu ontem?  Ela me procurou:

o ME: objeto direto, pois o verbo obedecer pede


2. Regência com pronome relativo: Que, qual, um complemento com preposição.
quem, onde e cujo são pronomes relativos,
substituem termo mencionado anteriormente. 2. Os pronomes O, OS, A, AS, LHE, LHES têm uso
específicos, por se referirem todos à 3ª pessoa:
 Ela é a mulher. + Eu amo a mulher. = Ela é a
mulher que eu amo. a. O, A, OS, AS: São sempre objeto direto, ou seja,
só podem substituir complementos verbais sem
a. Que: substitui nomes de pessoas, animais e preposição:
coisas:
 Comi as frutas = comi-as;
 Ana é a secretária que eu contratei;
 Observei o paciente = observei-o;
 Cachorro é o animal que lhe darei;
 Não vi as meninas hoje = não as vi hoje.
 Comprei a camisa que você me pediu.

b. Qual: substitui nomes de pessoas, animais e b. LHE, LHES: São sempre objeto indireto, ou seja,
coisas. Esse pronome sempre é usado com artigo só podem substituir complementos verbais com
antecedente: (o qual, a qual, os quais, as quais): preposição:
 Ana é a secretária da qual eu te falei;  Ela obedece aos pais = ela lhe obedece;
 Cachorro é o animal do qual gosto;  Nós agradecemos a Pedro o jantar = nós lhe
agradecemos o jantar;
 Comprei as camisas das quais você falou.
 Mandei flores para a Radegontes = mandei-lhes
c. Quem: Substitui nomes de pessoas: flores.
 Todos são pessoas em quem confio.
3. Verbos que pedem dois complementos: Os
d. Onde: Substitui nomes de localidades (lugar):
VIDI devem sempre apresentar um complemento
 Aquela é a casa onde moro; sem preposição e outro com preposição. Caso
isso não aconteça, a frase estará incorreta.
 Visitei a cidade onde nasci.
 O pai autorizou aos filhos a irem ao cinema
e. Cujo: Substitui nomes de pessoas, animais e (ERRADO);
coisas desde que expressem ideia de posse.
Esse pronome sempre concorda com o  O pai autorizou os filhos a irem ao cinema.
substantivo posterior a ele. Não pode haver artigo
o Os filhos = objeto direto;
entre o pronome cujo e o substantivo com o qual
ele concorda: o A irem ao cinema = objeto indireto.
 Esta é a fazenda cujo posto recai; 4. Sujeito e regência: o sujeito, jamais poderá estar
preposicionado:
 conheço o home cujas filhas estão na TV.
 Já era hora dela chegar (ERRADO);
Regra: Se o pronome relativo é usado com verbo ou
nome que peça preposição, essa preposição deve o Já era hora de ela chegar.
ser colocado antes do pronome relativo.
 Eu não conheço a marca de margarina que você Perceba que o pronome ELA é sujeito do verbo
gosta (ERRADO). CHEGAR se unimos a preposição DE ao pronome,
teremos um sujeito preposicionado, daí o ERRO.
 Não conheço a marca de margarina de que você  Ela saiu apesar do pai pedir que não saísse
gosta. (ERRADO);
O verbo GOSTAR pede a preposição DE, que o Ela saiu apesar de o pai pedir que não saísse.
aparece antes do pronome relativo, pois este é o seu
complemento.
 Antes da dor bater, tome logo uma aspirina d. A organização que exerce sua responsabilidade
(ERRADO); social procura [...] conserva a vitalidade da terra e
a biodiversidade;
o Antes de a dor bater, tome logo uma aspirina.
e. A organização que exerce sua responsabilidade
social procura [...] promover o desenvolvimento
REGÊNCIA NOMINAL sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.
É o fato de um nome não ter sentido completo e
exigir outro que lhe complete o sentido. A escolha de
uma ou outra preposição deve ser feita com base na Resposta:
clareza, na eufonia e também deve adequar-se às  Alternativa (a): adoção de algo;
diferentes formas de pensamentos.
 Aberto a, para;  Alternativa (b): atuar em algo;

 Aborrecido a, com, de, por;  Alternativa (c) correta: FCC e suas novidades.
Dois verbos só podem admitir o mesmo
 Abrigado a; complemento se possuírem a mesma
predicação, Isto é, se exigirem o mesmo tipo de
 Abundante de, em; complemento. Correção: procura respeitar a
comunidade e cuidar dela = respeitar é transitivo
 Adequado a. direto e cuidar é transitivo indireto.

 Alternativa (d): exercer algo e conservar algo;


Exemplo 1: complete as lacunas usando a
preposição exigida pelos nomes:  Alternativa (e): exercer algo e promover algo.
a. Sua atitude é incompatível___ esse ambiente;

o Com.

b. O fumo é nocivo___ o organismo;

o A.

c. Sua atitude é passível___punição;

o De.

d. Aquele filme é impróprio___menores de dezoito


anos;

o A.

e. Ele está apto___ frequentes a piscina;

o A.

f. Marcos ficou indiferente___tudo o que ocorria;

o A.

g. Este exercício é semelhante___o outro.

Exemplo 2: O segmento do verbete que apresenta


descuido quanto à regência é:
a. Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais
socialmente responsáveis;

b. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...],


inter-relacionando-se com o equilíbrio ecológico,
com o desenvolvimento econômico e com o
equilíbrio social.

c. A organização que exerce sua responsabilidade


social procura respeitar e cuidar da comunidade;
CRASE
A palavra crase origina-se do grego Krasis e
significa fusão, junção, mistura. Ocorre com vogais
idêntica e o primeiro a sempre será uma
preposição.

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. A 1ª


vogal a é um artigo, os pronomes demonstrativos,
normalmente um verbo ou um nome exige a
preposição a, que se funde com outro a, formando
a crase à.
Existe quatro situações básicas:
1. A (preposição) + a (s) (artigo)= à(s)
 É impossível resistir à lasanha da minha
mãe
Quem nunca resiste... nunca resiste a + a
(lasanha )= à (lasanha).
Mas como é que sabemos que há um artigo
feminino antes do substantivo lasanha para a
gente poder crasear o a? Para, isso basta colocar
o artigo antes do substantivo e criar uma frase
hipotética, colocando-o como sujeito da frase:
 A lasanha da minha mãe é ótima?
A ausência do artigo tornaria a frase estranha;
 Lasanha da minha mãe é ótima?
O artigo serve para determinar, especificar a
palavra lasanha.
 Minha mãe deu à luz um bebê lindo em
1982
O verbo dar, como se sabe, é bitransitivo. Logo,
um bebê lindo é objeto direto, e à luz, o objeto Ficou insensível À dor
indireto. Insensível a algo (preposição) + a (artigo) = à.

2. A (preposição) + a (s) (pronome Chegamos Às sete horas.


demonstrativos)= à (s) Chegamos a (preposição) + as (artigo)=às.
Há dois casos em que o vocabulário a pode ser
pronome demonstrativo, equivalendo ao pronome 3. Casos em que sempre haverá crase: Diante de
aquela, antes de pronome relativo que antes de palavras femininas, substitua sempre por uma
preposição de: masculina:
 A (=aquela) que chegou era minha Sou grata à aluna. Sou grata ao aluno.
filha/sua filha é linda, mas a (=aquela) dele Alcool é prejudicial à Alcool é prejudicial ao
é muito mais. saúde. organismo.
1º. Nós nos referimos à que foi primeira do Este texto é posterior à Este texto é posterior
concurso para analista judiciário. invenção do conto. ao invento do conto.
2º. Sempre procurou fazer alusão às lições de
Bechora do Celso Cunha. 4. Nas indicações de horas:
 No 1º caso, que se refere, se refere, a + a =  Acordamos às seis horas, = ao meio-dia;
à.  Elas chegaram às dez horas, = ao meio-dia;
 No 2º caso, que faz alusão, faz alusão a + a  Foram dormir à meia-noite, = ao meio-dia.
= às.

3. a + (preposição) + aquele(s) aquele(s),


aquela(s), aquilo (pronome demonstrativos
= aquele(s), àquela(s), aquilo.

Casos obrigatórios
Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivos e 5. Diante de nomes de lugar: Substitua o termo
prepositivos com núcleo feminino. A crase ocorre regente por um verbo que peça preposição DE.
porque a preposição a que inicia tais locuções se resultando na contração DA significação que
funde com o artigo a que vem antes do núcleo
esse nome de lugar aceita o artigo e haverá
feminino. O acento grave é fixo.
crase.
 Um policial à paisana trocou tiros com três  Vou à França = vim da França;
homens que tentavam roubar um banco.
 Cheguei à Grécia = vim da Grécia;
 Cheguei ás cinco horas mais seguro;
 Retornarei à Itália = vim da Itália.
 Einteins estava à frente de seu tempo.
Obs. Se especificar o nome do lugar, haverá
crase:
1. Diante da palavra moda = à moda de.
 Retornarei à São Paulo dos bandeirantes =
 à moda de, à maneira de; vim da São Paulo dos bandeirantes.
Devido à regra, o acento grave é
 Irei à Salvador de Jorge Amado = vim da
obrigatoriamente usado nas locuções prepositivas
Salvador de Jorge Amado.
com núcleo femininas iniciadas por AI.
 Os frangos eram feitos à moda da casa 6. Diante de pronomes demonstrativos: Crase
imperial.
Diante desses pronomes sempre que o termo
As vezes, a locução, vem implícita antes de regente exigir a preposição a.
substantivos masculinos.
Refiro-me A aquele livro
 Comi uma caça à espanhola anteontem;
Preposição a + pronome demonstrativo aquele=
 Ontem jantei um bacalhau à Gomes de Sá; àquele.
 Hoje comerei um filé à Osvaldo Aranha. Dediquei A aquele Aluno o meu livro

2. Haverá crase quando o termo regente exigir a


Dediquei algo A alguém
preposição a e o termo regido admitir o artigo a
Preposição a + pronome
ou as.
demonstrativo aquele = à
Referi-me À autora
alguém.
Referi-me a (preposição) + a (artigo) = à.
Casos proibitivos preposição a, e a palavra ``secretaria´´ é
1. Antes de substantivos masculinos: antecedida pelo artigo definido feminino
 Andou a CAVALO pela cidadezinha, mas singular a.
preferia ter andado a PÉ.  Resposta: Para justificar essa questão,
2. Antes de substantivo usado em sentido primeiro lembraremos um dos casos da
generalizado: regra da crase, que é o sinal gráfico para
 Depois do trauma, nunca mais foi a FESTA; marcar a junção de uma preposição a +
 Não foi feita menção a MULHER, nem a artigo a. A palavra ``ligado´´ exige
CRIANÇA, tampouco a HOMENS. preposição ``a´´ e a palavra ``secretaria da
3. Antes de artigo indefinido UMA: agricultura´´ exige o artigo definido ``a´´.
 Iremos a UMA reunião muito importante no em vista disso há ocorrência dessa fusão.
domingo. Certo.
4. Antes de nomes de santa, nossa senhora e
de mulheres celebres: 2. Exemplo: Há omissão do sinal indicativo da
 Tenho devoção a SANTA Maria Madalena; crase em:
 Muito devemos a TEREZA de Calcutá; a. Os vizinhos tomaram providências a
 Dirigiu-se a SANTA Rita em oração com respeito dos latidos;
fervor. b. O autor que refere a dupla de artistas como
5. Antes de pronomes pessoais, pronomes adoráveis;
interrogativos, pronomes indefinidos, c. Agradeci a ele pelo magnífico presente;
pronomes demonstrativos e pronomes d. Os cães continuaram a latir sem parar;
relativos: e. Ela visita a avó todos os domingos.
 Fizemos referência a vossa excelência, não a  Resposta: a regência do verbo ``referir-
ELA; se´´ exige uma preposição ``a´´, e a palavra
 A QUEM vocês se reportaram no plenário?; ``dupla´´ é um substantivo antecedido de
artigo, portanto deveria ocorrer crase.
 Assisto a TODAS peça de teatro no RJ, afinal,
alternativa (B).
sou um critico.
6. Antes de numerais não determinados por
artigos:
 O professor não conseguiu explicar o assunto
a UMA aluna, as TRÊS não quiseram esperar
para tirar suas dúvidas.
 O político iniciou visita a DUAS nações
europeias.

7. Antes de verbos no infinitivo:


 A PARTIR de hoje serei um pai melhor, pois
VOLTEI a trabalhar.
8. Depois de outra preposição qualquer:
 Fui PARA a Itália;
 A fundação casa é uma instituição que atua
em casos de extrema gravidade, MEDIANTE
a determinação judicial
9. Entre palavras repetidas que formam uma
locução:
 Quero que você fique CARA a CARA e diga a
verdade;
 Nosso DIA a DIA nunca mais foi o mesmo
após o furacão.

1. Exemplo: O uso do sinal indicativo da crase


em ``Já existia o Patronato agrícola, ligado a
secretaria de agricultura, o qual se ocupava de
tais ``questões´´ justifica-se por que o verbo
ligar exige complemento regido pela

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