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Manual
de
Hidrologia
Do Rio que tudo arrasta, se diz violento.
Mas não se dizem violentas as margens que o oprimem.
Bertold Brecht
MANUAL DE HIDROLOGIA
OFERECIMENTO
PLANETA ÁGUA
(Guilherme Arantes)
APRESENTAÇÃO
BIOGRAFIA
Autor:
MILTON CÉSAR TOLÊDO DE SÁ. Graduado em Engenharia Civil. Pós-
Graduado em Metodologia do Ensino Superior e Pós Graduado em
Engenharia dos Materiais.
Fundador da Empresa Bioterra Engenharia - Avaliação de imóveis.
Docente no ensino da Engenharia Civil desde 1981.
Fundador do portal de cursos on-line: www.aulasdeengenharia.com.br
Belo Horizonte, MG. E-mail: professormiltoncesar@gmail.com
6
SUMÁRIO
OFERECIMENTO
APRESENTAÇÃO
AUTOR
ÍNDICE
CAPÍTULO 1
Introdução à Hidrologia.....................................................................11
CAPITULO 02
Bacia hidrografia...............................................................................33
CAPÍTULO 03
Intensidade de chuva........................................................................51
CAPÍTULO 04
Estudo Hidrológico para uso da água..................................................71
CAPÍTULO 05
Estudo Hidrológico para Drenagem.....................................................87
CAPÍTULO 06
Infiltração e Evaporação..................................................................134
APÊNDICE
Manual da Legislação dos Recursos hídricos............................160 a 179
7
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA
Apresentação do curso.
Conceito de hidrologia.
Voltando ao passado.
Hidrografia no mundo
Hidrografia no Brasil,
Hidrografia em Minas Gerais, Belo Horizonte.
Imagens de topografia.
8
Apresentação do curso;
Objetivos:
Propiciar a apresentação de todos, e esclarecendo-os da importância e do
funcionamento do curso.
Abordagens:
Apresentações dos participantes;
Importância da assiduidade e pontualidade;
Como funciona;
Objetivos do curso;
Educação - Avaliação;
Fontes de pesquisa.
Critério de avaliação;
• Aulas expositivas
• Aulas em campo
• Resolução de exercícios
• Realização de avaliações individuais.
Objetivos do curso;
• Identificação das principais bacias hidrográficas do Brasil/MG
• Órgãos licenciadores pertinentes à hidrologia.
• Equação do balanço hídrico. Divisores de água, traçado da bacia
hidrográfica e seus elementos.
• Equação de I.D.F., mapa para chuva, infiltração e declividade.
• Estudo hidrológico para uso da água e Estudo hidrológico para
Drenagem: principais formulas, mapas e softwere.
• Desenvolvimento de projetos.
• Estudo dos fenômenos: infiltração e evapotranspiração.
9
Fontes de pesquisa;
Principal
• PINTO, Nelson Souza. Hidrologia Básica. 2008. ED. Edgar Blucher
Ltda. S.P., São Paulo
• TUCCI, Carlos E.M. Hidrologia – Ciência e Aplicação.4o ed. Ed. ABRH
– 2012. UFRGS. ISBN: 8570259247
Complementar
• TOLEDO de SA, Milton César. Manual de Hidrologia, 12 ed. 2a
semestre/ 2018. Belo Horizonte, MG.
• Sites:www.ana.gov.br– www.igam.gov.br – www.semad.gov.br –
www.ufv.br – www.siam.mg.gov.br
• Blog do Tucci – www.blog.rhama.net
• Revista eletrônica de recursos hídricos:
www.abrh.org.br/informaçoes/rerh
• Site recursos hídricos do Brasil: www.abrh.org.br
Conteúdo programático;
CAPITULO 01
INTRODUÇÃO A HIDROLOGIA
Conceito de hidrologia
Saneamento
Drenagem urbana, rural e de estradas
Métodos preventivos e controle de enchentes, etc.
12
Intervenção: Canal
Intervenção: Ponte
16
Intervenção: Irrigação
Calha de telhado
19
Profissionais executores;
Por técnicos devidamente habilitados.
Engenheiros Civis e outros.
Profissional: CONFEA/CREAs
SEMAD
COPAM Secretaria de Estado de CERH
Conselho Estadual de Meio Ambiente e Conselho Estadual de
Política Ambiental Desenvolvimento Recursos Hídricos
Sustentável
Abastecimento
25%
Irrigação
60%
Industrial
Outros Aquicultura 7%
5% 3%
Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma
pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está
sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Só
uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está
diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de
lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como
componente dos mais diversos organismos.
25
Da distribuição;
- 0,63% águas para consumo
- 1,5% rios, lagos e cursos d'água
- 48% água subterrânea até 800m de profundidade
- 49% água subterrânea abaixo de 800m de profundidade
- 0,8% água contida no solo (umidade)
- 0,7% vapor d'água na atmosfera
E NO BRASIL? E A ÁGUA
- 14% das águas doces do mundo
- 40% da água consumida é desperdiçada
- 10% do esgoto gerado é tratado
- 23,8% não têm água encanada (36 milhões de brasileiros)
- 51,8% de domicílios urbanos não têm esgoto (16,3 milhões)
É o componente principal da matéria viva. Constitui de 50 a 90% da massa
dos organismos vivos.
26
Hidrografia no mundo
Maiores bacias:
Amazônica (7 milhões de km2),
do Congo-Zaire(3,5 milhões de km2),
Mississipi-EUA (3,3 milhões de km2).
Maiores rios:
Amazonas-Brasil (Extensão = 6800 km, foz = atlântico),
Nilo-Egito (6600 km, foz = Mar mediterrâneo),
Xi-Jiang/China (Extensão = 5800 km, foz = Mar da China)
• Londres-Tâmisa,
• Paris-Sena,
• Roma-Pó,
• Lisboa-Tejo,
• Nova Iorque-Hudson,
• Buenos Aires-Prata,
• São Paulo-Tietê,
• Recife-Capibaribe/Beberibe,
• Manaus-Negro,
• Belém-Amazonas,
• Teresina-Parnaíba,
• Natal-Potengi,
• Belo Horizonte-Rio das Velhas, etc.
28
Hidrografia no Brasil
Bacias no Brasil
Área de
Bacias Hidrográficas
drenagem (Km2)
Amazonas
Total 6.112.000
Em território brasileiro 3.900.000
Tocantins 757.000
Atlântico Norte/Nordeste 1.013.000
São Francisco 634.000
Atlântico Leste 545.000
Paraná (território brasileiro) 877.000
Paraguai (território brasileiro) 368.000
Uruguai (território brasileiro) 178.000
Atlântico sudeste 224.000
29
IMAGENS DE TOPOGRAFIA;
Figura: aerofotogrametria
CAPITULO 02
Bacia hidrográfica
O ciclo hidrológico
Balanço hídrico
Divisores de água
Área da bacia
Classificação quanto ao tamanho da bacia
Principais elementos da bacia
Classificação dos rios
Coeficientes da bacia
Declividades
- O ciclo hidrológico -
Es = P – I – Evt (+–) Vs
Onde,
Es = Escoamento superficial ou deflúvio
P = Precipitação
I = Infiltração
Evt = Evaporação e transpiração
Vs= Volume superficial utilizado ou desviado da bacia
Ou
Q = (A.H)/T
Equação da vazão, em m3/s
Onde,
A = área da bacia,
H = precipitação, em altura,
T = tempo
36
4. ÁREA DA BACIA
A bacia hidrográfica é caracterizada tipograficamente através do relevo e
das depressões existentes. O reconhecimento deste relevo é feito utilizando
as cartas topográficas ou fotografias aéreas (aerofotogramétricas) em
escalas apropriadas para o projeto em elaboração. Para a cidade de Belo
Horizonte, além de outros órgãos, esta vista aérea pode ser capturada
através do site: www.belohorizonte.com.br.
38
Hidrografia típica
No de Ordem
Quadrículas
(N)
1
2
3
5
6
7
das áreas:
Figura: Talvegue
8. COEFICIENTES DA BACIA
São coeficientes utilizados para comparação entre uma bacia e outra.
Coeficiente de compacidade (kc)
É uma medida do grau de irregularidade da bacia, quando comparado com
o círculo.
Kc = 0,28 x (P / A)
Onde:
P = perímetro em Km
A = área em Km2
Obs: Bacia circular terá o coeficiente, Kc = 1
Kf = A / L2
Onde:
A = área da bacia, em Km2
L = comprimento do rio, em km
Quando Kf for baixo, menos sujeito a enchentes, isto é, deve ao fator de
que quanto mais longa (L) e estreita, menor a possibilidade de ocorrência
de chuvas intensas.
Densidade de drenagem (Dd)
É a maior ou menor densidade de cursos de água existentes na bacia.
Dd = Lt / A
Onde:
Lt = comprimento total dos cursos de água (Km)
A = área (Km2)
Valores próximos de 1,0 = densidade pobre.
45
Sinuosidade do rio
S = L / Ltalv.
Onde:
L = comprimento do rio principal, em Km
Ltalv. = comprimento do talvegue (Km).
Obs: Próxima de 1,0 = pouca sinuosidade do rio.
46
Ie. = ΔH/L
Ie= Declividade estimada.
Planilha para planta aerofotogrametrica da sub-bacia experimental.
De = (Dec./ N) x 100%
47
Exercícios propostos;
Dados da bacia;
A = 600.000 km2
Pa = 1000 mm/ano
EVTa= 800 mm/ano
Pede-se:
Qano = ? ( em mm e m3/s)
Resp.: 200 mm e 3.805,2 m3/s.
Ex. 3) Você foi chamado para fazer um anteprojeto de uma barragem que
irá abastecer uma cidade de 100.000 hab. E, uma área a ser irrigada de
5000 hectares.
Verifique através do balanço hídrico se a barragem terá condições para
atender a demanda total com base nos seguintes dados:
Ex. 6 – Qual o volume de água precipitada (em km3) sobre uma bacia de
435 km2 com uma chuva de 18 mm.
g – Calcular as declividades.
51
CAPÍTULO 03
INTENSIDADE DE CHUVA
Tipos de chuvas
Equação geral de IDF
Tempo de concentração, tc
Tempo de retorno, T
Parâmetros para o Pluvio
Séries históricas
Fórmulas particularizadas
Medidores ou Pluviometria
52
TIPOS DE CHUVAS
64
65
53
CHUVAS FRONTAIS
69
a
k .T
i m
t c b c
Risco, probabilidade e
tempo de retorno
Risco, probabilidade e
tempo de retorno
Estrutura TR (Anos)
Bueiros de estradas pouco movimentadas 5 a 10
Bueiros de estradas muito movimentadas 50 a 100
Pontes 50 a 100
Diques de proteção de cidades 50 a 200
Drenagem pluvial 2 a 10
Grandes Barragens (vertedor) 10.000
Pequenas barragens 100
Estrutura TR (anos)
Bueiros de estradas pouco movimentadas 5 a 10
Bueiros de estradas muito movimentadas 50 a 100
Pontes 50 a 100
Diques de proteção de cidades 50 a 200
Drenagem pluvial 2 a 10
Grandes barragens (vertedor) 10 mil
Pequenas barragens 100
Ex. 02)
Tempo de concentração
59
Isócrona
0 , 385
L 3
57.
t c
H
tc = tempo de concentração, em minutos.
L = comprimento do talvegue, em Km (ou curso d’água)
60
Método de Dooge
140 < A < 930 km2
Ventura
Passini
A.L
1
3
t c
0,107.
I
tc = tempo de concentração, em horas
A = área da bacia, em Km2
L = comprimento do talvegue, em Km (ou curso d’água)
I = inclinação, em m/m.
Colins
61
L
t c
0,65. 1
A
5
2
A
100.I
tc = tempo de concentração, em horas
L = comprimento do talvegue, em Km
A = área da bacia, em Km2
I = inclinação, em m/m.
62
Ex. 03)
Solução:
63
Onde,
D = duração da chuva, em horas
a,b,c,α,β = parâmetros relativos a localização
T = tempo de retorno, em anos
i = intensidade máxima em mm/h = P/D
P = precipitação, em mm
795,18 T
0 ,1598
i
D 5
0 , 0106
0 , 7098
T
Onde,
D = duração da chuva, em minutos
T = tempo de retorno, em anos
i = intensidade máxima de chuva, em mm/h
64
4988,645 T
0,155
i
D32,167 1, 039
Onde,
D = duração da chuva, em minutos
T = tempo de retorno, em anos
i = intensidade de chuva, em mm/h
5950 T
0, 217
i
D 26 1,15
Onde,
D = duração da chuva, em minutos
T = tempo de retorno, em anos
i = intensidade de chuva, em mm/h
Onde,
Para T≤ 200 anos e 10 minutos ≤ D ≤ 24 horas
D = duração da chuva, em horas
T = tempo de retorno, em anos
i = intensidade máxima de chuva, em mm/h
Pa = precipitação média anual pelo mapa de isoetas
= parâmetro regional
65
Ex. 04)
1 IDF(Pluvio)
2 SUDECAP
3 COPASA
SOLUÇÃO:
66
PLUVIOMETRIA ;
É o estudo para determinar a chuva através de aparelhos de medição.
Tipos de aparelhos para medição da chuva precipitada;
• Pluviômetro,
• Pluviógrafo.
Figura – pluviômetro
FLUVIOMETRIA
ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS
• Níveis d´água
• réguas limnimétricas
• limnígrafos
87
RADAR METEOROLÓGICO
88
69
PROBLEMAS PROPOSTOS
Ex 01)
Ex 02)
CAPITULO 04
ESTUDO HIDROLOGICO DE USO DA AGUA
Energia Hidráulica
Aspectos Sócio-ambientais
Energia Hidráulica
LAVAGEM VEÍCULOS
– veículos grandes 200 a 500 L/veic.dia
– veículos pequenos 90 a 250 L/veic.dia
– limpeza de pára-brisas 20 a 25 L/veic.dia.
74
- DN 10/98 – Q7,10
- Mapa de rendimentos
- Equação da vazão outorgável
- Tabela de consumo de água.
Portarias e DN;
- Uso insignificante da água no Estado de M.G., DN – CERH-MG –
09/04
Art.30. superficiais ≤ 1,0 L/s, açudes ≤ 5.000 m3, subterrâneas ≤
10 m3/dia
- Portaria 06/2000 – validade de outorga
• 20 (vinte) anos para as Concessões,
• 05 (cinco) anos para as Autorizações e
• 03 (três) anos para as Permissões,
76
Onde,
Qcm = vazões de captações no interior da bacia drenante, a montante da
intervenção.
Qcj = vazões de captações a jusante, até 1 km da intervenção.
Qmed = vazão média a longo termo na região.
77
Q7,10 = Re . Ab
Onde,
Re = Rendimento específico retirado do mapa acima, L/s.Km2
Ab = Área da bacia, em km2
79
Portaria 10 do IGAM
Portaria IGAM nº 010, de 30 de dezembro de 1998.
O Diretor Geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, no uso das
atribuições conferidas pela Lei Estadual nº 12.584, de 17 de julho de 1997 e pelo seu
regulamento, Decreto nº 40.055 de 17 de novembro de 1998, observando dispositivos do
Decreto nº 24.643 de 10 julho de 1934, que editou o Código de Águas, da Lei Federal nº
9.433 de 08 de janeiro de 1997 e das Constituições da República Federativa do Brasil e do
Estado de MG,
Considerando:
RESOLVE:
Art. 2º - Classificar, conforme Anexo II, as modalidades dos usos ou das obras
sujeitas a outorga de direito de uso relacionadas aos recursos hídricos de domínio do
Estado, que devam ser objeto de outorga pelo IGAM.
.
80
Art. 9º - Autorizar à Diretoria de Controle das Águas, que adote percentuais para
fluxos residuais inferiores a 70% (setenta por cento), nos casos em que couberem as
condições de excepcionalidade para outorgas, em situações de interesse público e que não
produzirem prejuízos a direitos de terceiros.
1[1]
A Portaria IGAM nº 06, de 25 de maio de 2000 incluiu o parágrafo único no
artigo 12 desta Portaria.
82
2[2]
A Portaria IGAM nº 06, de 25 de maio de 2000 deu nova redação ao artigo
13 desta Portaria, que tinha a seguinte redação original: “Art. 13 - Fixar os prazos
de validade das outorgas para uso das águas de domínio do Estado, sendo 20
(vinte) anos para as Concessões, 05 (cinco) anos para as Autorizações e 03 (três)
anos para as Permissões, tornando-os sem efeito se o usuário deixar de executar
o seu direito até um ano após a data do título autorizativo e fixar, igualmente, em
24 (vinte e quatro) meses, 12 (doze) meses e 06 (seis) meses, respectivamente,
os prazos para a execução das obras ordenadas, salvo casos especiais assim
classificados pelo IGAM por ocasião do processamento da outorga”
83
MODALIDADE DE OUTORGA
DELIBERA:
§ 1º Para as UPGRH – SF6, SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio
Jucuruçu e Rio Itanhém, serão consideradas como usos insignificantes a vazão máxima de
0,5 litro/segundo para as captações e derivações de águas superficiais.
§ 1º Para as UPGRH – SF6, SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio
Jucuruçu e Rio Itanhém, o volume máximo a ser considerado como uso insignificante para
as acumulações superficiais será de 3.000 m3.
3[1]
A Lei Estadual n.º 13.199, de 29 de janeiro de 1999 (Publicação - Diário do Executivo -
"Minas Gerais" - 30/01/1999) que Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos,
;MG - Art. 41 - Ao CERH-MG, na condição de órgão deliberativo e normativo central do
SEGRH-MG, compete: VI - estabelecer os critérios e as normas gerais para a outorga dos
direitos de uso de recursos hídricos;
86
Art. 6º O Instituto Mineiro de Gestão das Águas –IGAM deverá efetuar novos
estudos para eventuais revisões que se fizerem necessárias aos valores fixados nesta
Deliberação, bem como para o cumprimento do disposto nos artigos 36 e 37 do Decreto n.º
41.758/2001.
Diretores.Parágrafo único - Os usos e lançamentos a que se refere este artigo deverão ser
informados ao IGAM para fins de cadastro e atualização do Sistema Estadual de Recursos
Hídricos. Art.37-O estabelecimento dos critérios e parâmetros normativos pelos comitês de
bacia hidrográfica será precedido de estudos e proposta técnica a serem realizados pelas
respectivas agências e, na sua falta, pelo IGAM, observado o disposto no artigo 71 deste
Decreto.
4[2]
A Deliberação Normativa CERH nº 07, de 04 de novembro de 2002 (Publicação -
Diário do Executivo "Minas Gerais" - 05/11/2002) Estabelece a classificação dos
empreendimentos quanto ao porte e potencial poluidor, tendo em vista a legislação
de recursos hídricos do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.
5[3]
O Decreto Estadual nº 41.578, de 08 de Março de 2001 (Publicação - Diário do Executivo -
"Minas Gerais" - 09/03/2001) que regulamenta a Lei nº13.199, de 29 de janeiro de 1999 ,e dispõe
sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos;dispõe nos respectivos. Dispõe ;Art. 36 - A dispensa
de outorga de uso para as acumulações, derivações ou captações e os lançamentos considerados
insignificantes e para satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, respeitará os
critérios e demais parâmetros normativos fixados pelos comitês de bacia hidrográfica,
compatibilizados com as definições com as definições de vazão remanescente e vazão de referência
definidas nos respectivos Planos
87
CAPÍTULO 05
ESTUDO HIDROLOGICO PARA DRENAGEM
Introdução
Fatores que influenciam no escoamento superficial
Determinação da vazão
- Método Racional
- Estatística Hidrológica
- Mapas regionais
- Séries históricas, software – SisCAH
- S.C.S. – Soil conservation service
88
INTRODUÇÃO
b. Fatores fisiográficos
Área
Forma da bacia
Permeabilidade
Infiltração
Topografia da bacia (a água segue a linha de maior declive)
c. Obras hidráulicas construídas na bacia
Irrigação
Drenagem artificial
Barragem, o represamento reduz a vazão.
Retificação do rio aumenta a velocidade de escoamento.
O parâmetro Ω será;
Ω2 = Ω2 c + Ω2 i + Ω2 Ab
Ω = 0,348 ou 34,8 %
σ = Ω . Qméd
Qméd = vazão média calculada, em m3/s
Qmin = Qméd + σ
Qmáx = Qméd + σ
91
C i A
Qp
3,6
Qp = 0,278.c.i.A
ou
Qp = c.i.A / 3,6
Sendo:
Qp = Vazão de projeto, em m3/s.
c = coeficiente de escoamento ou de Run off: Tabelado, pela Equação
de Schueler ou pela média ponderada.
i = intensidade de chuva, em mm/h.
A = área da bacia, em Km2.
92
Coeficiente de escoamento
do método racional
Para bacias com área entre: ( 3Km2 < área < 10Km2)
A vazão de projeto é determinada pela seguinte expressão;
Qp = (C.i.A / 3,6).ø
Onde,
Ø = coeficiente de retorno ou coeficiente de retardo do escoamento, é
função da declividade da bacia e de sua área.
Dado por;
Ø = 1 / (100.A)1/n
Onde:
n=4 - para declividade (dec) abaixo de 0,5%.
n=5 - entre 0,5% ≤ dec ≤ 1,0%.
n=6 - dec > 1,0%.
Ou,
Ø = 1 – 0,009.(L/2)
Onde,
L = comprimento axial da bacia, km
Para 80 ha ≤ A ≤ 200 ha
Qp = (C.i.A / 360).ø
Onde,
Qp = vazão de pico, em m3/s
A = área da bacia, em ha.
94
Qp = (0,278 . A . Pe) / tc
Onde,
Pe = precipitação efetiva, parcela da chuva que transforma realmente
em escoamento superficial; pois, é subtraído o escoamento de
base ou infiltrado, em mm.
S = 25,4[(1000/CN) – 10]
A = área em Km2
tc = tempo de concentração, em horas.
Sendo:
P = precipitação total
S = retenção potencial máxima por infiltração, em mm
CN = varia de 0 a 100. Tabelado de acordo com a geologia, relevo e
revestimento do solo drenante.
100
101
102
103
104
105
106
107
Hidrologia Estatística
• Estatística descritiva
• A curva de permanência
• Vazões máximas
• Vazões mínimas
• Usos:
– Dimensionamento de estruturas de drenagem
– Dimensionamento de vertedores
– Dimensionamento de proteções contra cheias
– Análises de risco de inundação
– Dimensionamento de ensecadeiras
– Dimensionamento de pontes
108
• Usos:
– Disponibilidade hídrica em períodos críticos
– Legislação de qualidade de água
Junho
2010
109
A curva da permanência
• O que é isto?
• Histograma de freqüência de vazões
Exemplo:
Análise Estatística de Dados
Exemplo: Análise
estatística de dados
Intervalo Contagem
<150 0 Histograma
150 a 155 3
155 a 160 10
160 a 165 43
Contagem
165 a 170 120
170 a 175 134
175 a 180 76
180 a 185 23
185 a 190 16 altura
190 a 195 13
195 a 200 6
200 a 205 1
Exemplo:
Análise Estatística de Dados
Intervalo (cm) Contagem Contagem Acumulada
<150 0 0
150 a 155 3 3
155 a 160 10 13
160 a 165 43 56
165 a 170 120 176
170 a 175 134 310
175 a 180 76 386
180 a 185 23 409
185 a 190 16 425
190 a 195 13 438
195 a 200 6 444
200 a 205 1 445
Total = 445
111
Exemplo:
Análise Estatística de Dados
Intervalo (cm) Contagem Contagem Acumulada Acumulada relativa
<150 0 0 0/445 = 0,00
150 a 155 3 3 3/445 = 0,01
155 a 160 10 13 13/445 = 0,03
160 a 165 43 56 56 /445 = 0,13
165 a 170 120 176 176 /445 = 0,40
170 a 175 134 310 310 /445 = 0,70
175 a 180 76 386 386 /445 = 0,87
180 a 185 23 409 409 /445 = 0,92
185 a 190 16 425 425 /445 = 0,96
190 a 195 13 438 438 /445 = 0,98
195 a 200 6 444 444 /445 = 1,0
200 a 205 1 445 445 /445 = 1,0
112
Exemplo:
Análise Estatística de Dados
Intervalo (cm) Acumulada relativa Probabilidade de uma pessoa ser menor
<150 0,00 0%
150 a 155 0,01 1%
155 a 160 0,03 3%
160 a 165 0,13 13 %
165 a 170 0,40 40 %
170 a 175 0,70 70 %
175 a 180 0,87 87 %
180 a 185 0,92 92 %
185 a 190 0,96 96 %
190 a 195 0,98 98 %
195 a 200 1,00 100 %
200 a 205 1,00 100 %
Exemplo:
Análise Estatística de Dados
Intervalo Acumulada Probabilidade de uma
(cm) relativa pessoa ser menor
<150 0,00 0% 100 %
Probabilidade
Transformar hidrograma
em histograma
Vazão
Contagem
Transformar hidrograma
em histograma
100 %
Probabilidade
Vazão
Cada dia é um ponto amostral
O período completo é a amostra
115
Q90 = 40 m 3/s
Importância da curva
de permanência
Importância para
geração de energia
P Q He
P = Potência (W)
= peso específico da água (N/m3)
Q = vazão (m3/s)
H = queda líquida (m)
e = eficiência da conversão de energia hidráulica em
elétrica
Importância para
geração de energia
P Q H e
excesso
déficit
123
Energia Assegurada
40 m3/s
125
Exemplo
Uma usina hidrelétrica será construída em um rio com a curva de
permanência apresentada abaixo. O projeto da barragem prevê uma
queda líquida de 27 metros. A eficiência da conversão de energia será de
83%. Qual é a energia assegurada desta usina?
126
P Q H e
Q95 = 50 m3/s
H = 27 m
e = 0,83
= 1000 kg/m3 . 9,81 N/kg P = 9,81.50.27.0,83.1000 P = 11 MW
127
Referencia Bibliográfica
1. Hidrologia – LUCAS NOGUEIRA GARCEZ e GUILLERMO ACOSTA
ALVAREZ.
2. Hidrologia – Ciência e Aplicação – TUCCI
3. Problemas de Mecânica dos Fluidos - GILLS. Col. Schaum
4. Manual de Hidráulica - AZEVEDO NETO
5. NBR – 7196 – Projeto e execução de telhado com telhas de
fibrocimento.
6. NBR – 10 844/89 – Instalações prediais de águas pluviais
7. Site: www.ana.gov.br
129
ANEXOS
ANEXO – Tabela para o coeficiente de run off
Comumente ele é chamado de coeficiente de Run-off. E, representara o
percentual de água que ira infiltrar através do solo, portanto, é função do
tipo de cobertura do solo,
C = Vol.E / Vol.T
Onde,
Vol.E = Volume efetivo (ou precipitação efetiva), o que restara,
Vol.T = Volume total (ou precipitação total), o que precipitou.
C = coeficiente de run-off. C< 1 - sempre menor do que a unidade, por
não existir solo com cobertura sem perda de água
Tabelas para coeficiente run-off ou coeficiente de deflúvio
As tabelas atendem as seguintes obras de Engenharia:
a) Engenharia Rodoviária
b) Obras Urbanas
c) E, obras com bacias maiores de 10 Km2
130
5% ≤ 10% ≤
Tipo de solo e cobertura Dec ≤ Dec. ≤
Dec. ≤ Dec. ≤
vegetal 5% 20%
10% 20%
PROBLEMAS PROPOSTOS
CAPITULOS 06
INFILTRAÇÃO e EVAPORAÇÃO
INFILTRAÇÃO
1. Introdução,
2. Fatores que influenciam na capacidade de infiltração,
3. Capacidade de infiltração,
4. Fórmula de Horton,
5. Tabela para o coeficiente de run off,
6. Infiltrômetros.
LEITURA COMPLEMENTAR
1. Os ciclos de alguns gases
2. Fenômenos: Inversão térmica, chuva ácida, efeito estufa e camada
de ozônio.
135
INFILTRAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O escoamento superficial não representa toda a chuva que cai numa bacia.
Medindo o escoamento em um rio conclui-se que somente parte da chuva
transformava-se em vazão, o restante se perdia por transpiração,
evaporação e infiltração.
A taxa pela qual a infiltração ocorre depende, outras coisas, da
permeabilidade do solo ou rocha.. A quantidade total de infiltração também
depende do tempo disponível que a água tem para penetrar no chão.
Chuva forte e um rápido escoamento superficial irão reduzir esse tempo, e,
portanto, decrescer a quantidade total de infiltração.
Na equação do balanço hídrico aparece o termo que representa a
Infiltração;
Es = P – Evt – Inf +-Vol
136
Capacidade de
Solo
infiltração em mm/h
fp (em mm/h)
fo
----------------------------- fc (constante)
t, tempo em horas
Ex. 01)
6. INFILTRÔMETROS
Os infiltrômetros são tubos cilíndricos curtos, de chapa metálicos, com
diâmetros variando entre 200 e 900 mm, cravados verticalmente no solo de
modo a restar uma pequena altura livre sobre este.
Podem ser utilizados um ou dois tubos concêntricos. No primeiro caso, o
tubo é colocado no terreno, até uma profundidade maior ou igual à da
penetração da água durante a duração do ensaio para evitar o erro
causado pela dispersão lateral da água. Durante todo o tempo da
experiência, mantém-se sobre o solo uma camada de água de 5 a 10 mm
de espessura. Uma vez conhecida, a taxa de aplicação da água adicionada
é dividida pela área da seção transversal do tubo e tem-se a capacidade de
infiltração.
As indicações fornecidas com o emprego desses aparelhos têm valor
relativo, devido a diversas causas de erro:
a) ausência do efeito da compactação produzida pela água da chuva;
b) fuga do ar retido para a área externa aos tubos;
c) deformação da estrutura do solo com a cravação dos tubos.
Os materiais utilizados são:
Tubo metálico ou PVC;
Martelo para cravação do tubo no solo;
Água e solo (terreno).
10:00 0 -
10:01 1 0.22
10:02 1 0.22
10:03 1 0,19
10:04 1 0,19
10:05 1 0,18
TOTAL 5 1,00
EVAPORAÇÃO
Introdução,
A rapidez com q a água evapora depende de vários fatores,
Transpiração nos vegetais,
Avaliação da evaporação.
Evaporímetro e coeficiente de cultivo para Irrigação.
144
1. INTRODUÇÃO
Medindo o escoamento em um rio conclui-se que somente parte da chuva
se transformava em vazão, o estante se perdia por transpiração,
evaporação e infiltração, de acordo com o ciclo hidrológico.
A evapotranspiração ocorre basicamente em: superfície liquida: Lagos e
Barragens, da umidade do solo = Bacias Hidrográficas e transpiração dos
vegetais = florestas
4. AVALIAÇÃO DA EVAPORAÇÃO
O método do balanço hídrico,
A medição por tanques evaporimetros,
As formulas empíricas do poder evaporante da atmosfera.
E = P + A – D - I - S
147
b. Método de medição
Tanque medidor evaporímetro
Mede o poder evaporante da atmosfera local, através da evaporação da
água em mm de altura; isto, numa área conhecida.
O tanque mais usado é o classe A do U.S. Weather Bureau.
O abaixamento do nível da água no evaporímetro mede o quociente
Vol./Área, sendo vol. O volume de água que se evaporou durante o
intervalo de tempo considerado e A área da seção reta do recipiente.
Vol. = A.h ou h = vol./A (em mm). Da equação da continuidade: Q = V.A
= (Vol/t) = V.A
Nota: Para a cidade de Belo Horizonte, considerando superfícies cinza
(albedos), a media diária mensal = 3,85 mm/mês. 1998)
148
1. ROHWER
Ev = 0,771(1,465 - 0,0186 x B) (0,44 + 0,118 x W) (po – pa)
Sendo:
E = intensidade de evaporação (in/dia).
B = pressão barométrica (inHg).
W= velocidade do vento (milha/hora).
2. MEYER
Ev = C(1+W/10) (po – pa)
Sendo:
E = intensidade de evaporação em in/tempo, no caso por dia.
C = para períodos de 24horas (C= 0,36).
W= velocidade do vento em milhas/hora.
po= pressão de saturação do vapor em inHg.
pa=pressão efetiva do vapor d’água em inHg.
149
3. URSS
Ev = 0,15.n (1 + 0,072W) (po – pa)
Sendo:
Ev = intensidade de evaporação, em mm/mês.
n = número de dias considerado.
W = velocidade média do vento em m/s, medida a cerca de 2,0 m acima
da superfície da água.
po = pressão de saturação do vapor em milibares ( 1bar = 1atm).
pa = pressão efetiva do vapor de água no ar, em mb.
Nota: Fator de conversão: 1 atm = 1Kgf/cm2 = 760 mmHg = 10 kPa
4. FITZERALD
Ev = 0,12(1+0,31.W) (po – pa)
Sendo:
Ev = intensidade de evaporação, em mm/mês.
W = velocidade média do vento, em Km/h.
po = pressão de saturação do vapor em, mm de Hg.
pa = pressão efetiva do vapor de água no ar, em mm/Hg.
5. VERMUELE
Ev = (1 + 0,75T) (3,94 + 0,0016.h)
Sendo:
Ev = intensidade de evaporação, em mm/mês.
T = temperatura média anual, em 0C.
h = altura pluviométrica anual, em mm.
150
Ep = E x kt
Problemas propostos;
Ve = kc.Ep.Airrigação
Ve = kc . (E . kt) . Airrigação
LEITURA COMPLEMENTAR
Fórmulas químicas:
INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS
APÊNDICE
MANUAL DA LEGISLAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Estrutura legal e regulatoria e o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
AGENDA 21
É um amplo programa de ação, com a finalidade de dar efeito prático aos princípios aprovados na
Declaração do Rio-92 (Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento).
Não tem valor jurídico, contudo contém um roteiro detalhado de ações concretas a serem adotadas ate
o séc. XXI pelos governos.
Lei 6.938/81
Art. 2 – a Política Nacional do Meio Ambiente. E, criou o CONAMA – Conselho Nacional do Meio
Ambiente.
Alterações –
Lei 7.804/89 – Redação da Lei 6.938/81
Lei 8.028/90 - Redação da Lei 7.804/89
PLANO DIRETOR
Criado por exigência da CF/88 – Art. 182, Inciso 1 o obriga a sua elaboração e adoção em áreas
urbanas com população igual ou superior a 20 000 habitantes.
ASSUNTO DISCIPLINADO POR LEIS ESPECIFICA SOBRE O MEIO AMBIENTE, MEIO
AQUÁTICO E MEIO TERRESTRE
Meio Ambiente
- Portaria MINTER número 235/76 – Estabelece os padrões de Qualidade do Ar
- Resolução do CONAMA número 18/86 – Estabelece o PNCPVA - Programa Nacional de
Controle da Poluição por Veículos Automotivos.
- Resolução do CONAMA numero 05/89 – Estabelece o PRONAR – Programa Nacional de
Controle da Qualidade do Ar.
Meio terrestre
Proteção do solo
- Decreto Lei 94.076/87 – Institui o Programa Nacional de Microbacias hidrográficas, sob
a supervisão do Ministério da Agricultura, visando promover um adequado
aproveitamento agropecuário.
Fertilizantes
- Lei Federal 6.894/80 – Dispõe sobre a produção e comercio de fertilizantes, corretivos,
inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes destinados à agricultura.
- Decreto 86.955/82 – Regulamenta a lei anterior.
Agrotóxicos
- Lei 7.802/89, Lei básica de controle dos agrotóxicos no Brasil (Receituário agronômico).
- Portaria MA/SNDA 329/85 do Ministério da Agricultura – Proíbe o uso de produtos
agrotóxicos organoclorados destinados à agropecuária.
- Resolução do CONAMA número 05/85 – Pó da china (penta clorofenato de sódio)
- Resolução do CONAMA número 06/88 – Sobre o inventario de resíduos industriais nos
Pais.
Resíduos Sólidos
- Portaria Federal MINTER número 53/79 – Ministério do Interior – Estabelece normas
para os projetos específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos.
- Resolução do CONAMA 01/86 – Estabelece sobre o licenciamento para estudo de
impacto ambiental (aterros sanitários, etc.) e RIMA.
- Resolução do CONAMA número 05/88 – Licenciamento ambiental das obras de sistemas
de limpeza urbana. (domestica, publica, industrial e hospitalar.).
- Resolução do CONAMA número 009/87 – Critério para Audiência Publica para RIMA.
- Resolução do CONAMA número 76/88 – Atender a NBR 10.004 – Resíduos Sólidos
Industriais.
- Portaria normativa – IBAMA numero 1.197/90 – Transportes de lixos para o Brasil
- Resolução CONAMA número 8/91 – Veda a entrada no Brasil de lixos...
Respaldo pela Lei Estadual 11.504 de 20/06/94 e da Lei Federal 9.433 de 08/01/97, ambas
instrumentos de instituição das Políticas de Recursos Hídricos.
Fonte: IGAM
CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
RESOLUÇÃO N.o 15 DE 11 DE JANEIRO DE 2001
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos-CNRH, no uso de suas atribuições e competências que lhe
são conferidas pela Lei n° 9433, de 08 de janeiro de 1997, pelo Decreto n° 2612, de 03 de junho de
1998 e conforme disposto no regimento interno, e:
Considerando que compete ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos-SINGREH
coordenar a gestão integrada das águas;
Considerando que diversos órgãos da Administração Pública Federal e dos Estados possuem
competências no gerenciamento das águas;
Considerando que o Município tem competências específicas para o disciplinamento do uso e ocupação
do solo;
Considerando que as águas meteóricas, superficiais e subterrâneas são partes integrantes e
indissociáveis do ciclo hidrológico;
Considerando que os aqüíferos podem apresentar zonas de descarga e de recarga pertencentes a uma
ou mais bacias hidrográficas sobrejacentes;
Considerando que a explotação inadequada das águas subterrâneas pode resultar na alteração
indesejável de sua quantidade e qualidade;
Considerando ainda que a explotação das águas subterrâneas pode implicar redução da capacidade de
armazenamento dos aqüíferos, redução dos volumes disponíveis nos corpos de água superficiais e
modificação dos fluxos naturais nos aqüíferos, resolve:
Art. 1° - Para efeito desta resolução consideram-se:
I - Águas Subterrâneas - as águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no subsolo.
II - Águas Meteóricas - as águas encontradas na atmosfera em quaisquer de seus estados físicos.
III - Aqüífero - corpo hidrogeológico com capacidade de acumular e transmitir água através dos seus
poros, fissuras ou espaços resultantes da dissolução e carreamento de materiais rochosos;
IV - Corpo Hídrico Subterrâneo - volume de água armazenado no subsolo.
Art. 2° - Na formulação de diretrizes para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos
deverá ser considerada a interdependência das águas superficiais, subterrâneas e meteóricas.
Art. 3° - Na implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos deverão ser
incorporadas medidas que assegurem a promoção da gestão integrada das águas meteóricas,
superficiais e subterrâneas, observadas as seguintes diretrizes:
I - Nos Planos de Recursos Hídricos deverão constar, no mínimo, os dados e informações necessários
ao gerenciamento integrado das águas, em atendimento ao art. 7° da Lei n° 9.433/97.
II - O enquadramento dos corpos de água subterrânea em classes dar-se-á segundo as características
hidrogeológicas dos aqüíferos e os seus respectivos usos preponderantes, a serem especificamente
definidos.
III - Nas outorgas de direito de uso de águas subterrâneas deverão ser considerados critérios que
assegurem a gestão integrada das águas, visando evitar o comprometimento qualitativo e quantitativo
dos aqüíferos e dos corpos hídricos superficiais a eles interligados.
165
IV - A cobrança pelo uso dos recursos hídricos subterrâneos deverá obedecer a critérios estabelecidos
em legislação específica.
V - Os Sistemas de Informações de Recursos Hídricos no âmbito federal, estadual e do Distrito Federal
deverão conter, organizar e disponibilizar os dados e informações necessários ao gerenciamento
integrado das águas.
Parágrafo único - Os Planos de Recursos Hídricos deverão incentivar a adoção de práticas que
resultem no aumento das disponibilidades hídricas das respectivas Bacias Hidrográficas, onde essas
práticas forem viáveis.
Art. 4° - No caso de aqüíferos subjacentes a duas ou mais bacias hidrográficas, o SINGREH e os
Sistemas de Gerenciamento de Recursos Hídricos dos Estados ou do Distrito Federal deverão promover
a uniformização de diretrizes e critérios para coleta dos dados e elaboração dos estudos hidrogeológicos
necessários à identificação e caracterização da bacia hidrogeológica.
Parágrafo único - Os Comitês de Bacias Hidrográficas envolvidos deverão buscar o intercâmbio e a
sistematização dos dados gerados para a perfeita caracterização da bacia hidrogeológica.
Art. 5° - No caso dos aqüíferos transfronteiriços ou subjacentes a duas ou mais Unidades da
Federação, o SINGREH promoverá a integração dos diversos órgãos dos governos federal, estaduais e
do Distrito Federal, que têm competências no gerenciamento de águas subterrâneas.
§ 1° - Os conflitos existentes serão resolvidos em primeira instância entre os Conselhos de Recursos
Hídricos dos Estados e do Distrito Federal e, em última instância, pelo Conselho Nacional de Recursos
Hídricos.
§ 2° - Nos aqüíferos transfronteiriços a aplicação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos
Hídricos dar-se-á em conformidade com as disposições constantes nos acordos celebrados entre a
União e os países vizinhos.
Art. 6° - O SINGREH, os Sistemas Estaduais e do Distrito Federal de Gerenciamento de Recursos
Hídricos deverão orientar os Municípios no que diz respeito às diretrizes para promoção da gestão
integrada das águas subterrâneas em seus territórios, em consonância com os planos de recursos
hídricos.
Parágrafo único - Nessas diretrizes deverão ser propostos mecanismos de estímulo aos Municípios
para a proteção das áreas de recarga dos aqüíferos e a adoção de práticas de reuso e de recarga
artificial com vistas ao aumento das disponibilidades hídricas e da qualidade da água.
Art. 7° - O SINGREH e os Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos dos Estados e do
Distrito Federal deverão fomentar estudos para o desenvolvimento dos usos racionais e práticas de
conservação dos recursos hídricos subterrâneos, assim como a proposição de normas para a
fiscalização e controle das mesmas.
Art. 8° - As interferências nas águas subterrâneas identificadas na implementação de projetos deverão
estar embasadas em estudos hidrogeológicos necessários para a avaliação de possíveis impactos
ambientais.
Art. 9° - Toda empresa que execute perfuração de poço tubular profundo deverá ser cadastrada junto
aos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e órgãos estaduais de gestão de
recursos hídricos e apresentar as informações técnicas necessárias, semestralmente e sempre que
solicitado.
Art. 10 - Os poços jorrantes deverão ser dotados de dispositivos adequados para evitar desperdício,
ficando passíveis das sanções previstas na legislação pertinente os responsáveis que não tomarem as
devidas providências.
Art. 11 - Os poços abandonados, temporária ou definitivamente, e as perfurações realizadas para
outros fins deverão ser adequadamente tamponados por seus responsáveis para evitar a poluição dos
aqüíferos.
166
OUTORGA
Usos Múltiplos da Água
Dentre os recursos naturais, um dos que apresenta os mais variados, legítimos e correntes usos, é a
água. Atualmente, vários são os usos dados a água:
- Abastecimento público;
- Consumo industrial;
- Matéria prima para a industria;
- Irrigação;
- Recreação;
- Dessedentação de animais;
- Geração de energia elétrica;
- Transporte;
- Diluição de despejos, e
- Preservação da flora e fauna (fonte protéica)
Abastecimento público;
É o uso mais nobre da água e se manifesta praticamente em todas as atividades do homem:
manutenção da vida (água para beber), higiene pessoal e das habitações, combate a incêndios, entre
outras. Desta forma todos os usos gerados em cidades, vilas e pequenos núcleos urbanos, para fins de
abastecimento doméstico, comercial, público e industrial, são considerados usos urbanos.
Abastecimento industrial;
a) participando do processo, mas não entrando em contato com o produto, ex: (água para
caldeira e refrigeração);
b) integrando-se ao produto fabricado ( produtos alimentícios e industrias de bebidas). Entrando
em contato com a matéria prima ou produto final, as águas necessitam de elevado grau de
pureza;
c) como elemento participativo nos serviços complementares de fábricas e indústrias (higiene de
operários, limpeza de equipamentos, entre outros).
O item abaixo apresenta alguns consumos específicos de água para fins industriais, considerando o tipo
de indústria e o seu produto. Trata-se de valores médios, sendo extremamente variáveis em função da
tecnologia empregada.
Irrigação
A irrigação de culturas agrícolas é uma prática utilizada de forma a complementar a necessidade de
água, naturalmente promovida pela precipitação, proporcionando teor de umidade ao solo suficiente
para o crescimento das plantas. É o uso da água de maior consumo, demandando cuidados e técnicas
especiais para o aproveitamento racional com o mínimo de desperdício. Quando utilizada de maneira
incorreta, além de problemas quantitativos, a irrigação pode afetar drasticamente tanto a qualidade dos
solos quanto a dos recursos hídricos superficiais subterrâneos (fertilizantes, corretivos e agrotóxicos).
Devem ainda, ser observados os aspectos biológicos e tóxicos da água.
Dessedentação de animais
Deve ser avaliada a qualidade da água antes da mesma ser utilizada para dessedentação de animais.
Transporte;
168
A comunicação via aquática, no transporte de cargas e pessoas. No Brasil, a ampliação deste uso seria
adequada devido a grande coleção de águas existentes.
Diluição de despejos
Lançamento de dejetos provenientes de atividades urbanas (residenciais) e industriais. Embora este uso
não seja classificado com consuntivo, esse uso pode resultar em limitações do uso dos corpos de águas
para outras atividades devido as restrições quanto aos padrões de qualidade requeridos.
ANA
Ao assumir suas atribuições legais, a ANA - Agencia Nacional de Águas passou a responsabilizar-se
pela continuidade da análise técnica de 223 pedidos de outorga, então em tramitação na Secretaria de
Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, aos quais viriam a se somar mais 201 novos
pedidos, protocolizados, entre janeiro e dezembro de 2001, na própria Agência, totalizando 424 pedidos
de outorga.
A necessidade de priorizar o atendimento, ante tal volume de pedidos de outorga, praticamente
canalizou os esforços do setor, em processo de estruturação, prejudicando o desenvolvimento de
atividades de caráter estratégico para a elaboração dos procedimentos gerais e específicos da outorga.
Não obstante, foi possível avançar na definição de procedimentos de análise para as diversas tipologias
de empreendimentos e na sistematização dos aspectos formais envolvidos, desde a solicitação até a
emissão da Resolução específica.
Os pedidos de outorga de direito de uso de recursos hídricos de domínio da União, bem como os atos
administrativos que deles resultarem, são publicados na imprensa oficial e em pelo menos um jornal de
grande circulação na região a que se referir.
Após a tramitação de rotina, é iniciada a análise do pedido, segundo a tipologia que, em geral, se
baseia nos dados fornecidos pelo requerente, que devem contemplar a descrição geral do
empreendimento e os estudos para a determinação da disponibilidade hídrica.
São, então, conduzidas análises quanto à demanda e quanto à disponibilidade de água do corpo hídrico
manancial, a partir do qual será feita a captação, tendo em vista as especificidades envolvidas. Já se
dispõe de rotinas sistematizadas para análise de pedidos de outorga para irrigação, abastecimento
público, lançamentos de efluentes de esgotamento sanitário, uso industrial e obras hidráulicas.
Entre os desafios ainda a serem enfrentados, inclui-se a sistematização de procedimentos do ponto de
vista espacial, em vista de as atribuições da ANA referirem-se aos cursos de água de domínio da União,
o que pressupõe a adoção de procedimentos análogos e similares para os cursos de água das bacias
estaduais.
Atribuições:
a) A Superintendência de Outorga e Cobrança tem como atribuições específicas:
analisar e emitir parecer circunstanciado e conclusivo sobre outorga de direito de uso de
recursos hídricos em corpos de água de domínio da União, inclusive adução de água bruta, para
decisão da Diretoria Colegiada;
169
AUTORIZAÇÃO - Obras, serviços ou atividades desenvolvidas por pessoa física ou jurídica de direito
privado e quando não se destinarem à finalidade de utilidade pública (prazo máximo de 5 anos).
CONCESSÃO - Obras, serviços ou atividades desenvolvidas por pessoa física ou jurídica de direito
público e quando se destinarem à finalidade de utilidade pública (prazo máximo de 20 anos).
171
PERMISSÃO - Obras, serviços ou atividades desenvolvidas por pessoa física ou jurídica de direito
privado, sem destinação de utilidade pública e quando produzirem efeitos insignificantes nos curso de
água (prazo máximo de 3 anos).
Antes da implantação de qualquer empreendimento cujo uso da água venha alterar o regime, a
quantidade ou a qualidade do corpo de água, incluindo, além das captações, acumulações e derivações,
os lançamentos de efluentes.
Transposição de bacias;
172
Cópia do registro do imóvel ou de posse do local onde será efetuada a captação, com atualização
máxima de 60 dias;
Documento emitido pelo Comitê de Bacias contendo as prioridades de uso, caso existente
Legislação própria
A Lei Federal no 9.433/97, prevê cinco instrumentos de Gestão do uso das águas:
O planejamento dos recursos hídricos engloba os Planos de Recursos Hídricos para a bacia,
para o estado e para o país, bem como os enquadramentos dos corpos d`água, que vão refletir os
requisitos da água para atender aos seus diversos usos planejados. Os planos de bacia vão alimentar e
serem alimentados pelos planos estaduais, num processo interativo visando uma compatibilização entre
a esfera estadual e a abordagem por bacia.
2- Outorga de direito de uso dos recursos hídricos – é um instrumento pelo qual o usuário recebe
autorização, concessão ou permissão para fazer uso da água.
Constitui o elemento central do controle para o uso racional dos recursos hídricos;
O prazo de validade da outorga deve ser pequeno para dar oportunidade de uma revisão
periódica dos critérios de outorga (estimativas de disponibilidade hídrica e demandas). Por outro lado
tem que ser suficientemente longo para dar certa segurança ao usuário de que suas atividades serão
duradouras e consequentemente, possibilitar mais investimentos e melhores técnicas de utilização.
Alguns autores sugerem 4 anos como sendo um valor razoável.
173
Segundo a Lei Federal no 9.433/97 este prazo não poderá ultrapassar 35 anos.
Em Minas Gerais a Portaria Administrativa IGAM No 010/98, de 30 de Dezembro de 1998, que
altera a portaria No 030/93, de 07 de junho de 1993, determina que“até que se estabeleçam as
diversas vazões de referência na Bacia Hidrográfica, será adotada a Q7,10 (vazão mínima de sete dias
de duração e dez anos de recorrência), para cada bacia” .
Ainda no artigo fixa “em 30% (trinta por cento) da Q7,10, o limite máximo de derivações
consultivas a serem outorgadas..........., em condições naturais ”, ficando garantido a jusante de cada
derivação, fluxos residuais mínimos equivalentes a 70% (setenta por cento) da Q7,10.
A lei estadual estabelece ainda que os prazos máximos de validade das outorgas serão:
Modalidades de Outorga
a)- Concessão – Quando as obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa jurídica de
direito público ou quando se destinarem a finalidade de utilidade pública;
b)- Autorização – Quando obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa física ou
jurídica de direito privado ou quando não se destinarem a finalidade de utilidade pública;
c)- Permissão - Quando obras, serviços ou atividades forem desenvolvidas por pessoa física ou jurídica
de direito privado, sem destinação de utilidade pública e quando produzirem efeitos insignificantes nas
coleções hídricas.
3- Cobrança pelo uso da água – essencial para criar as condições de equilíbrio entre as forças da oferta
(disponibilidade de água) e da demanda, promovendo, em conseqüência, a harmonia entre os usuários
competidores;
Conforme a legislação todos os usos sujeitos a outorga sofrerão cobrança. Em Minas Gerais a primeira
bacia a iniciar a cobrança é a bacia do rio Paraíba do Sul.
4- Enquadramento dos corpos de água em classes de uso, que permite fazer a ligação entre a gestão
da quantidade e a gestão da qualidade da água. É extremamente importante para se estabelecer um
sistema de vigilância sobre os níveis de qualidade da água dos mananciais.
O enquadramento de corpos de água deve visar sempre a melhoria de suas condições (ou
manutenção, no caso de já ter-se atingido boas condições ), possibilitando seu uso numa gama cada
vez maior de aplicações. Deve-se evitar enquadrar rios na classe 4 (inviável para consumo), sob pena
de se estar avalizando, na prática, usos deletérios. Mesmo para os rios que se encontram nessa
situação (classe 4), a meta deve ser sua recuperação e melhoria. O enquadramento deve sofrer
revisões periódicas para refletir mudanças da situação e novas metas de melhoria, de acordo com a
evolução dos usos efetivos e planejados.
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Caracterização Ambiental
A ausência de um conhecimento prévio das características do meio ambiente no qual pretende-se
desenvolver alguma atividade, é uma das principais causas de desequilíbrio ambiental, uma vez que
acarreta uma apropriação desordenada dos recursos naturais.
A Função do EIA/RIMA
No Brasil a AIA foi instituída em 1981 como um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente
pela Lei Federal no 6.938/81 e sua regulamentação através do decreto 88.351/83. No entanto, somente
em 23 de janeiro de 1986, a partir da resolução CONAMA no 001, é que foram baixados as primeiras
orientações e detalhes para a realização e aplicação dos Estudos de Impactos Ambientais – EIA.
Desta forma, o EIA/RIMA tem como objetivo o estudo da viabilidade ambiental de um determinado
empreendimento, ou seja, é um instrumento que pretende garantir a qualidade ambiental requerida
pela sociedade onde se insere a referida ação.
A elaboração de um EIA passa geralmente pelas seguintes etapas e sub-etapas:
Licenciamento Ambiental
Dentre as atividades sujeitas a licenciamento ambiental, por serem atividades classificadas como
modificadoras do meio ambiente, podemos citar entre outras as seguintes:
Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
Ferrovias;
Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária acima de 10
MW;
Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos.
Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
licencia a localização, instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos
utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que,
sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, desde que verificado, em cada caso
concreto, que foram preenchidos, pelo empreendedor, os requisitos legais exigidos.
O CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, através da Resolução nº 237, de 19 de dezembro
de 1997, definiu os empreendimentos e atividades que estão sujeitos ao licenciamento ambiental. Esse
licenciamento será efetuado em um único nível de competência, repartindo-se harmonicamente as
atribuições entre o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,
em nível federal, os órgãos ambientais estaduais e os órgãos ambientais municipais.
Em linhas gerais, ao IBAMA compete o licenciamento de empreendimentos e atividades com impacto
ambiental de âmbito nacional ou que afete diretamente o território de dois ou mais Estados federados,
considerados os exames técnicos procedidos pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que
se localizar o empreendimento. Aos órgãos ambientais municipais compete o licenciamento de
empreendimentos e atividades de impacto local e dos que lhes forem delegados pelos Estados através
de instrumento legal ou convênio.
Compete aos órgãos ambientais estaduais ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos
empreendimentos e atividades cujos impactos diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais
Municípios ou que estejam localizados em mais de um Município, em unidades de conservação de
domínio estadual ou em florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente.
Além disso, pode haver delegação do IBAMA para os Estados, por instrumento legal ou convênio.
Em Minas Gerais, o licenciamento ambiental é exercido pelo COPAM - Conselho Estadual de Política
Ambiental, por intermédio das Câmaras Especializadas, da FEAM –Fundação Estadual do Meio
Ambiente, no tocante às atividades industriais, minerarias e de infra-estrutura e do IEF – Instituto
Estadual de Florestas, no tocante às atividades agrícolas, pecuárias e florestais.
As bases legais para o licenciamento e o controle das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
em Minas Gerais estão estabelecidas na Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980 e no Decreto nº
39.424, de 05 de fevereiro de 1998, que a regulamenta, compatibilizados com a legislação federal.
Complementar ao Decreto, as deliberações normativas e resoluções do COPAM normatizam as
condições para o sistema de licenciamento ambiental, classificam os empreendimentos e atividades
segundo o porte e potencial poluidor, estabelecem limites para o lançamento de substâncias poluidoras
no ar, na água e no solo, de forma a garantir a qualidade do meio ambiente e definem os
procedimentos a serem adotados pelo empreendedor para a obtenção das licenças ambientais.
Há três tipos de licença: Licença Prévia (LP); Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação
(LO), as quais poderão ser expedidas isoladas ou sucessivamente, de acordo com a natureza,
características e fase do empreendimento ou atividade.
Para os empreendimentos já existentes em Minas Gerais antes de março de 1981, quando foi
regulamentada a Lei Ambiental do Estado, é adotado o chamado licenciamento corretivo, através de
convocação e registro. Nesse caso, a regularização é obtida mediante a obtenção da Licença de
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Licença Prévia - LP
A Licença Prévia é requerida na fase preliminar de planejamento do empreendimento ou atividade.
Nessa primeira fase do licenciamento, a FEAM avalia a localização e a concepção do empreendimento,
atestando a sua viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos a serem atendidos nas
próximas fases.
Para a formalização do processo de Licença Prévia são necessários os seguintes documentos:
requerimento da licença pelo empreendedor;
declaração da Prefeitura Municipal declarando que o tipo de empreendimento e o local de sua
instalação estão de acordo com as leis e regulamentos administrativos aplicáveis ao uso
ocupação do solo;
Formulário de Caracterização do Empreendimento – FCE, preenchido pelo representante legal;
Relatório de Controle Ambiental – RCA, elaborado de acordo com as instruções da FEAM, por
profissional legalmente habilitado, e acompanhado da anotação de responsabilidade técnica;
Estudos de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, no
caso de empreendimentos de elevado impacto ambiental, listados no artigo 2º da Resolução
CONAMA nº001/86 ou outros, definidos pela FEAM;
certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental, expedida pela FEAM, a pedido do
interessado;
para o setor elétrico, documentação especificada na Resolução CONAMA nº 006/87;
comprovante de recolhimento do custo de análise do pedido de licença, de acordo com as
Deliberações Normativas nº 01/90 e 15/96;
autorização do IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas para derivação de águas
públicas, quando for o caso;
autorização do IEF – Instituto Estadual de Florestas para supressão de vegetação, quando for
caso;
cópia da publicação do pedido de Licença Prévia em periódico, regional ou local, de grande
circulação na área do empreendimento, de acordo com a Deliberação Normativa nº.13/95.
Durante a análise da Licença Prévia pode ocorrer a audiência pública, nos termos da Deliberação
Normativa nº 12/94, cuja finalidade é expor o projeto e seus estudos ambientais às comunidades
interessadas, dirimindo dúvidas e recolhendo do público, críticas e sugestões.
A Licença Prévia não concede qualquer direito de intervenção no meio ambiente, correspondendo à
etapa de estudo e planejamento do futuro empreendimento.
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O seu prazo de validade é definido pelo cronograma apresentado pelo empreendedor para a elaboração
dos planos, programas e projetos, não podendo ser superior a 4 anos, conforme dispõe a Deliberação
Normativa nº 17/96, modificada pela Deliberação Normativa nº 23/97.
BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA
Recursos Hídricos – Bloco 4 – The Open University. Ed. Da UNICAMP, S.P. 2000.
ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas
ANA – Agencia Nacional das Águas
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento do Vale o São Francisco
ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos