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A ideia de que a música tem certas propriedades e poderes que podem aguçar
nossa mente e transformar nossa alma é muito antiga. Essa era a base da
civilização de Confúcio, de Pitágoras e seus seguidores e do Estado Ideal de
Platão.Pitágoras dizia que a música era divina, pois era formada/construída por
intervalos musicais que podiam ser definidos por proporções matemáticas. Os
pitagóricos acreditavam que os números eram o centro do universo. Como os
números não mudam, eles eram de origem divina. Logo, os intervalos musicais
eram também divinos, pois representavam a expressão de um número.Platão foi
quem colocou a música no patamar mais alto.
“ALÉM DE AMADEUS”
A música barroca mais lenta (Bach, Handel, Vivaldi, Corelli) comunica uma
sensação de estabilidade, ordem, previsibilidade e segurança e cria um
ambiente mentalmente estimulante para o estudo e o trabalho.
Jazz, blues, Dixieland, soul, calipso, reggae e outras formas de música e dança
provenientes da expressiva herança africana, podem animar e inspirar, liberar
profunda alegria e tristeza, transmitir agudeza e ironia e afirmar nossa
humanidade comum.
Salsa, rumba, merengue, macarena e outras formas de música latina têm um ritmo
vivo e uma batida que pode fazer o coração disparar, aumentar a respiração
e coloca em movimento o corpo inteiro. O samba, entretanto, tem a rara
capacidade de acalmar e despertar ao mesmo tempo.
As músicas de big bands, pop, top 40 e country podem inspirar movimentação leve
a moderada, engajar as emoções e criar uma sensação de bem-estar.
O rock e o pop de artistas como Elvis Presley, Rolling Stones ou Michael Jackson podem
sacudir as paixões, estimular uma movimentação ativa, liberar tensões,
mascarar dores e reduzir o efeito de outros sons, altos e desagradáveis, no
ambiente. Também podem criar tensão, dissonância, estresse e dor no
corpo quando não estamos dispostos a ser entretidos de forma enérgica.
A música ambiente ou New Age, sem ritmo dominante (por exemplo, a música de
Steven Halpern ou Brian Eno), prolonga nossa sensação de espaço e tempo
e podem induzir um estado de alerta descontraído.
Heavy metal, punk, rap, hip hop e grunge podem estimular o sistema nervoso,
levando a um comportamento dinâmico e à auto-expressão. Também podem
sinalizar a outras pessoas (em especial adultos que vivem na mesma casa
que seus adolescentes musicalmente invasivos), a profundidade e a
intensidade do tumulto interior da geração mais jovem e sua necessidade de
liberação.
Músicas religiosas e sacras, inclusive tambores xamânicos, hinos de igreja, música gospel e
spirituals, podem nos levar a sentimentos de profunda paz e consciência
espiritual. Elas também podem ser notavelmente úteis para nos ajudar a
transcender – e aliviar – nossa dor.
CURIOSIDADES;
suscitar fortes emoções, mesmo fora dos teatros de ópera: é a primeira da lista de músicas
perigosas para se ouvir ao volante, estabelecida pela Fundação do Real Automóvel Clube da
Grã-Bretanha.
Aristóteles | O Princípio da Harmonia
O filósofo grego que mais exerceu influência nas artes medievais foi Aristóteles
(384 a.C.-322 a.C.), aluno de Platão, através, principalmente, de sua obra
“Poética”, em que escreveu estrutural e esteticamente todas as partes constitutivas
da “Tragédia Grega”. É dele o conceito de Harmonia – o princípio de combinação
entre dois ou mais sons.
Bach | Curiosidades
LEITURA À LUZ DA LUA
Sempre interessado em aprender cada vez mais, Bach não poupava esforços para avançar
seus conhecimentos. Conta-se que certa vez, antes de completar 13 anos, ele pediu um livro
emprestado ao seu irmão mais velho, Johann Christoph. Como este lhe negou, habilmente o
menino encontrou uma solução para resolver o problema. Assim, todas as noites após irem se
deitar, ele pegava o livro de música e varava madrugadas estudando. Como não podia acender
velas para não chamar a atenção do irmão, por muito tempo estudou tendo como única
claridade a luz da lua. Esse costume de transcrever obras na escuridão, aliás, perdurou por
toda sua vida. Um esforço que certamente contribuiu para a sua completa cegueira.
MESTRE SENTIMENTAL
A profundidade da música religiosa de Bach é impressionante. E da mesma forma que
compunha suas obras, ensinava seus discípulos a executá-las no coral da igreja. Tanto que um
de seus alunos, Gottlieb Ziegler, comentou certa vez: "Quanto à maneira de tocar o coral, meu
professor, o mestre de capela Bach, ensinou-me de tal forma que não me limito a tocar os
corais simplesmente seguindo a música, mas inspirado no sentimento que indicam as
palavras".
TRABALHEI "DURO"
Além de produzir uma obra de imensa variedade e extensão, o grande Bach ainda foi
organista, cravista, violinista, regente, diretor de serviços musicais de igreja e professor de
meninos. Quando lhe perguntavam o segredo de tanto talento, respondia sem hesitação ou
rodeios: "Eu trabalhei duro..."
ANEL DE REINCKEN
Bach escreveu para órgão durante toda a sua vida, sendo como organista virtuose e
improvisador genial que seus contemporâneos apreciaram sua arte. Consta que ao fim de um
longo improviso sobre An Wasserflüssen Babylon, o velho Reincken - sabidamente um homem
orgulhoso - passou-lhe o anel que usava no dedo, e disse em alemão: "Eu pensava que esta
arte morreria comigo, mas vejo que ela sobreviverá no senhor". Improvisações que também
curvaram duques, príncipes e reis como Frederico 2º em Potsdam.
Com “A Arte da Fuga”, Bach adota o espírito gótico do quadrivium* e conduz o contraponto a
quatro vozes ao infinito.
(*) Quadrivium – expressão medieval para designar as chamadas “quatro artes matemáticas”:
aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da música como arte matemática não
visava os princípios de composição, mas a acústica apresentada com princípios metafísicos.
Beethoven | Curiosidades
PÉSSIMO PAI
Quando Karl, irmão do compositor, morreu em 1815, Beethoven tomou para si a tarefa de criar
o sobrinho, que tinha o mesmo nome do pai. Durante meses a fio, o músico travou nos
tribunais uma batalha judicial para se tornar tutor da criança, retirando-a das mãos da mãe, a
quem julgava uma mulher imoral. Finalmente, após obter ganho de causa, levou o menino para
morar com ele. Mas Beethoven acabou revelando-se um tirano no papel de pai adotivo. Após
tentar o suicídio, Karl engajou-se no exército austríaco e tratou de sumir da vida do compositor.
FAMA ETERNA
A Nona Sinfonia de Beethoven é, sem dúvida, uma das músicas mais conhecidas do mundo.
Executada pela primeira vez em 1824, ela já foi incluída na trilha sonora de vários filmes,
inclusive no controvertido Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. Outra composição muito
famosa de Beethoven é a Quinta sinfonia. Nos anos 70, a obra ganhou uma versão eletrônica
que virou hit nas discotecas da época. No mundo da propaganda, a Quinta (a do "tchan, tchan,
tchan, tchan") já foi usada até para vender aparelhos de barbear