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Seis dias ou milhões de anos?

by Ken Ham

Porque é importante?
Se os Dias da Criação realmente significam 'eras geológicas' de milhões de
anos, então a mensagem do Evangelho é pouco efectiva nas suas bases porque
coloca morte, doença, espinhos e sofrimento antes da Queda. Esta ideia
também mostra uma abordagem errónea das Escrituras - que a Palavra de
Deus pode ser interpretada com base em teorias falíveis de pessoas pecadoras.

É um bom exercício ler Genesis 1 e tentar colocar de lado influências exteriores


que nos podem ter causado uma ideia predeterminada do que a palavra 'dia'
possa querer dizer. Deixa que somente as palavras da passagem falem contigo.

Se lermos Génesis 1 desta forma, literalmente, sem dúvida vamos verificar que
Deus criou o universo, a Terra, o sol, a lua e as estrelas, plantas e animais e as
duas primeiras pessoas em seis dias comuns. Para seres realmente honesto,
terias de admitir que não podes ter uma ideia de milhões de anos ao ler esta
passagem.

A maioria dos Cristãos (incluindo muitos líderes Cristãos) no mundo Ocidental,


contudo, ou não insistem em que os Dias da Criação foram dias de duração
normal ou aceitam que devem ter sido longos períodos de tempo - mesmo
milhões ou biliões de anos.

Como é que Deus comunica connosco?


Deus comunica através da linguagem. Quando Ele fez o primeiro homem, Adão,
Ele já o tinha 'programado' com uma linguagem, para que houvesse
comunicação. A linguagem humana consiste em palavras num contexto
específico que se relacionam com a realidade global à nossa volta.

Portanto, Deus pode revelar coisas ao homem e o homem pode comunicar com
Deus, porque essas palavras têm significado e transmitem uma mensagem
perceptível. Se isto não fosse assim, como poderíamos comunicar uns com os
outros, ou com Deus, ou Deus conosco?

Porquê 'dias longos'?


Romans 3:4 declara: "Sempre seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso."
Sempre que alguém não aceita os 'dias' da Criação como sendo dias comuns, é
porque não permitiu que as palavras das Escrituras lhe falem dentro do
contexto, como é necessário para que haja comunicação. Eles foram
influenciados por ideias de fora das Escrituras. Portanto, abriram um
precedente que poderia permitir que cada palavra fosse reinterpretada pelas
ideias preconcebidas da pessoa que a estava a ler. Isto leva a uma quebra na
comunicação, pois as mesmas palavras no mesmo contexto podem significar
coisas diferentes para pessoas diferentes.

Os pais da igreja. A maior parte dos 'pais da igreja' aceitaram os dias da


criação como dias normais.1 É verdade que alguns não ensinaram dessa forma
os 'dias' da Criação - mas muitos deles tinham sido influenciados pela filosofia
grega, que os levou a interpretarem os dias como alegóricos. Eles
argumentaram que os 'dias' da Criação estavam relacionados com as
actividades de Deus e como Deus é intemporal, isso significaria que os 'dias'
não podiam ser relacionados com o tempo humano2. Em contraste com os
alegorizadores actuais, não aceitavam que Deus tivesse demorado seis dias a
criar o mundo.

Portanto, os 'dias' não literais resultaram de influências extra-Bíblicas (ou seja,


influências de fora da Bíblia) e não das palavras da Bíblia!

Esta abordagem afectou até hoje a maneira como as pessoas interpretam as


Escrituras. Mas, como disse o homem que iniciou a Reforma:

"Os Dias da Criação eram dias de duração normal. Devemos entender que estes
dias eram dias reais, ao contrário da opinião dos Santos Pais. Quando
verificamos que as opiniões dos Pais da Igreja discordam das Escrituras, nós
reverentemente as temos em conta e reconhecemo-los como sendo os nossos
inspiradores. No entanto, não devemos deixar de lado a autoridade das
Escrituras por causa deles." 3

Os actuais líderes da igreja. Hoje, muitos líderes cristãos não aceitam os


Dias da Criação como dias de rotação terrestre normal. Contudo, quando
investigamos os seus argumentos, vemos que a causa para isso são as
influências exteriores às Escrituras (particularmente a crença num universo de
biliões de anos).

Considerem as seguintes citações de estudiosos bíblicos que são considerados


conservadores, mas não aceitam os Dias da Criação como sendo dias de
duração normal: "A partir de uma leitura superficial de Génesis 1, a impressão é
que todo o processo criativo teve lugar em seis dias de vinte e quatro horas de
duração. . . Isto parece ir contra a investigação científica moderna, que indica
que o planeta Terra foi criado há vários biliões de anos."4

"Nós mostramos a possibilidade de Deus ter formado a Terra e toda a sua vida
numa série de dias criativos que representam longos períodos. Na perspectiva
da aparente idade da Terra, isto não é somente possível - é provável.5"
É como se estes teólogos vissem a 'natureza' como o 67º livro da Bíblia e com
muito mais autoridade que os 66 livros que a compõem. Considera as palavras
de Charles Haddon Spurgeon em 1877:

"Irmãos, somos seriamente desafiados a deixar as crenças antigas dos nossos


grandes pais por causa das supostas descobertas da ciência. O que é a ciência?
O método pelo qual o homem tenta esconder a sua ignorância. Não deveria ser
assim, mas é. Meus irmãos, não é suposto vocês serem dogmáticos em
teologia, pois isso é perigoso; mas para os cientistas, isso é o que está
correcto. Nunca devereis afirmar muito fortemente as vossas convicções; mas
os cientistas podem afirmar ousadamente aquilo que não podem provar, e
podem exigir uma fé muito mais crédula do que alguma que tenhamos. Na
verdade, é suposto que nós tomemos as nossas Bíblias e formemos e
moldemos as nossas crenças de acordo com os ensinamentos, sempre em
mudança, do chamado homem científico. Que loucura! Porque é que a
falsamente chamada marcha da ciência através do mundo pode ser traçada por
falácias desacreditadas e teorias abandonadas? Exploradores anteriores, antes
adorados são agora ridicularizados; o constante abandono de hipóteses falsas é
uma matéria do conhecimento geral. Podes descobrir onde é que o aprendiz
está pelos destroços deixados para trás de suposições e teorias tão cheios
como garrafas partidas."6

Aqueles que usam a ciência histórica (como é proposto por pessoas que
ignoram a revelação escrita de Deus) para interpretar a Bíblia e para nos
ensinar coisas acerca de Deus, estão a inverter a ordem das coisas. Porque
somos criaturas falíveis e pecadoras, precisamos da Palavra escrita de Deus,
iluminada pelo Espírito Santo, para entendermos adequadamente a história
natural. O respeitado e metódico teólogo Berkhof disse:

"Desde a entrada do pecado no mundo, o homem só pode obter informação


verdadeira acerca da revelação geral de Deus se a estudar à luz das Escrituras,
nas quais os elementos da auto revelação original de Deus, que foram
obscurecidos e pervertidos pelo pecado, são reeditados, corrigidos e
interpretados. . . Algumas pessoas têm tendência para falar da revelação de
Deus como uma segunda fonte; mas isto não é muito correcto pois a natureza
só pode ser tida em consideração se for interpretada à luz das Escrituras."7

Por outras palavras, os Cristãos devem formar o seu pensamento a partir da


Bíblia e não da 'ciência'.

Os 'Dias' de Génesis 1
O que é que a Bíblia nos diz acerca do significado de 'dia' em Génesis 1? Uma
palavra pode ter mais de um significado, dependendo do contexto. Por
exemplo, a palavra 'dia' em inglês pode ter cerca de 14 significados diferentes.
Para entender o significado da palavra 'dia' em Génesis 1, precisamos de
determinar como a palavra hebraica para 'dia´, yom, é usada no contexto das
Escrituras. Considerem o seguinte:

1. Uma concordância típica ilustrará que yom pode ter uma variedade de
significados: um período de luz contrastando com a noite; um período de
24 horas; tempo; um ponto específico no tempo; ou um ano.
2. Um respeitado dicionário clássico de Hebraico-Inglês tem sete
definições8 e sub-definições para a palavra yom - mas define os Dias da
Criação de Génesis 1 como dias comuns, sendo 'dia definido pela tarde e
manhã.'
3. Um número e a frase 'tarde e manhã' são usados para cada um dos seis
Dias da Criação (Gén. 1:5, 8, 13, 19, 23, 31).
4. Fora de Génesis 1, yom é usado 410 vezes com um número e em cada
vez significa um dia normal.9 Porque é que Génesis seria a excepção?10
5. Fora de Génesis 1, yom é usado 23 vezes com a palavra 'tarde' ou
'manhã'.11 'Tarde' e 'manhã' aparecem associados, mas sem yom, 38
vezes. Todas as 61 vezes, o texto refere-se a um dia normal. Porque é
que Génesis seria a excepção?12
6. Em Génesis 1:5, yom ocorre associado com a palavra 'noite'. Fora de
Génesis 1, 'noite' é usada com yom 53 vezes - e de cada vez, significa
um dia normal. Porque é que Génesis seria a excepção? Mesmo o uso da
palavra 'luz' com yom nesta passagem determina o significado como
sendo dia normal.13
7. O plural de yom, que não aparece em Génesis 1, pode ser usado para
comunicar um longo período de tempo, ex., 'naqueles dias'.14
Acrescentar aqui um número seria absurdo. Claramente, em Exodus
20:11, onde um número é usado com 'dias', refere-se obviamente a seis
dias de rotação terrestre.
8. Existem palavras no Hebraico bíblico (tais como olam ou qedem) que são
muito adequadas para comunicar longos períodos de tempo, ou tempo
indefinido, mas nenhuma destas palavras é usada em Génesis 115.
Alternativamente, os dias ou anos poderiam ter sido comparados com
grãos de areia se fossem para se referir intencionalmente a longos
períodos.

O Dr. James Barr (Professor Régio de Hebraico da Universidade de Oxford),


apesar de não acreditar que Génesis seja uma história verdadeira, admitiu no
entanto, no que respeita à linguagem de Génesis 1 que:

"Ao que sei, não existe nenhum professor de Hebraico ou do Antigo


Testamento em nenhuma universidade de nível mundial que não acredite que o
escritor(es) de Génesis 1-11 tivesse a intenção de passar aos leitores a ideia de
que: a) a criação teve lugar numa série de seis dias semelhantes aos dias de 24
horas que agora temos; b) os números contidos nas genealogias de Génesis
fornecem por simples adição, uma cronologia desde o início do mundo até
estágios mais tardios na história bíblica; c) o Dilúvio de Noé é apresentado
como tendo sido mundial e tendo extinguido todos os seres humanos e toda a
vida animal excepto aqueles que estavam na arca."16

Da mesma maneira, o Professor liberal do século 19 Marcus Dods, do 'New


College" de Edimburgo, disse: "Se, por exemplo, a palavra 'dia' nestes capítulos
não significa um período de vinte e quatro horas, a interpretação das Escrituras
não tem esperança."17

Conclusão sobre 'dia' de Génesis 1.


Se estamos preparados para deixar as palavras da linguagem falarem-nos de
acordo com o contexto e definições normais, sem estarmos influenciados por
ideias exteriores, então a palavra para 'dia' vista em Génesis 1 - que é
qualificada por um número, a frase 'tarde e manhã' e para o Dia 1, as palavras
'luz e trevas' - obviamente significa um dia comum (cerca de 24 horas).

Na altura de Martinho Lutero, alguns dos pais da igreja diziam que Deus criou
tudo num único dia, ou num instante. Martinho Lutero escreveu:

"Quando Moisés escreve que Deus criou o Céu e a Terra e tudo o que estava
nele em seis dias, então deixa que este período seja mesmo seis dias e não te
aventures a fazer algum comentário a respeito dos seis dias serem
considerados um. Mas, se não consegues entender como isto pode ter sido
feito em seis dias, então dá ao Espírito Santo a honra de saber mais do que tu.
Porque tu deves lidar com as Escrituras tendo em conta que é o próprio Deus
quem diz o que nelas está escrito. Uma vez que é Deus quem está a falar, não
é apropriado que queiras alterar a Sua Palavra da forma que desejas."18

Similarmente, John Calvin declarou: "Embora a duração do mundo, agora a


declinar para o seu fim, ainda não tenha alcançado seis mil anos. . . O trabalho
de Deus não foi realizado num momento mas em seis dias."19

Lutero e Calvin foram a espinha dorsal da Reforma Protestante a que


chamavam a Igreja de volta às Escrituras - Sola Scriptura (Só as Escrituras).
Ambos defendiam que Génesis 1 ensina que a Criação foi realizada em seis dias
normais.

Porquê seis dias?


Exodus 31:12 diz que Deus mandou Moisés dizer aos filhos de Israel:

"Trabalhar-se-á durante seis dias, mas no sétimo haverá descanso total


consagrado ao Senhor. Quem trabalhar no dia de sábado será punido com a
morte. Os filhos de Israel serão então fiéis ao sábado, guardando-o através de
todas as suas gerações como um pacto imutável. Entre Mim e os filhos de
Israel é um sinal externo, testemunho de que o Senhor fez os céus e a terra em
seis dias e que no sétimo terminou a obra e descansou." (Exodus 31:15-17)
Depois Deus deu a Moisés duas tábuas de pedra onde estavam escritos os
mandamentos de Deus, escritos pelo dedo de Deus (Exodus 31:18).

Porque Deus é infinito em poder e sabedoria, não há dúvida de que Ele poderia
ter criado o universo e tudo o que ele contém num instante, ou em seis
segundos, ou seis minutos ou seis horas - afinal de contas, com Deus, nada é
impossível (Luke 1:37).

Para a questão: 'Porque é que Deus demorou tanto tempo? Porquê seis dias?' A
resposta é também dada em Exodus 20:11 e é a base do Quarto Mandamento:
"Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo quanto contém,
e descansou no sétimo; por isso o Senhor abençoou o dia de Sábado e
santificou-o."

A semana de sete dias não tem outra base a não ser as Escrituras. Nesta
passagem do Antigo Testamento, Deus manda o Seu povo, Israel, trabalhar
durante seis dias e descansar um - mostrando-nos assim porque razão Ele
deliberadamente levou seis dias para criar tudo. Ele estabeleceu o exemplo
para o homem. A nossa semana é moldada a partir deste princípio. Mas se Ele
tivesse criado tudo em seis mil, ou seis milhões de anos, seguido de um
descanso de mil anos ou um milhão de anos, então teríamos uma semana bem
interessante!

Alguns dizem que Êxodo 20:11 é somente uma analogia no sentido de que o
homem deve trabalhar e descansar - e não que significa seis dias comuns
literais seguidos de um dia comum literal. Contudo, estudiosos bíblicos
mostraram que este mandamento 'não usa analogia ou pensamento arquétipo
mas a sua ênfase é "declarada em termos da imitação de Deus ou um
precedente divino que deve ser seguido"'20 Por outras palavras, é mesmo para
ser seis dias literais de trabalho, seguidos de um dia literal de descanso, tal
como Deus trabalhou seis dias literais e descansou um.

Alguns argumentam que os 'céus e a terra' é somente a Terra e talvez o


sistema solar, não o universo todo. Contudo, este versículo claramente diz que
Deus fez tudo em seis dias - seis dias normais consecutivos, tal como o
mandamento no versículo anterior para trabalhar durante seis dias normais
consecutivos.

A frase 'céu(s) e terra' nas Escrituras é um exemplo de uma figura de estilo


chamada de merismo, onde dois opostos são combinados num único conceito
que abarca tudo, neste caso a totalidade da criação. Uma análise linguística das
palavras 'céu(s) e terra' nas Escrituras mostra que se referem a toda a criação
(o hebraico não tem uma palavra para 'universo'). Por exemplo, em Genesis
14:19 Deus é chamado 'Criador do céu e da terra'. Em Jeremiah 23:24 Deus
fala de si próprio como preenchendo o 'céu e a terra'. Ver também Genesis
14:22, 2 Kings 19:14, 2 Chronicles 2:12, Psalms 115:15, 121:2, 124:8, 134:3,
146:6, Isaiah 37:16.
Portanto, não há forma de restringir Êxodo 20:11 à Terra e à sua atmosfera, ou
só ao sistema solar. Assim, Êxodo 20:11 mostra que todo o universo foi criado
em seis dias normais.

Implicação
Como os Dias da Criação são dias de duração normal, ao somar os anos que
nos são dados nas Escrituras (assumindo que não há hiatos nas genealogias
21), podemos concluir que a idade do universo é somente cerca de seis mil

anos. 22

REFUTANDO AS OBJECÇÕES CORRENTES AOS


SEIS DIAS LITERAIS
Objecção 1
"A 'ciência' mostrou que a Terra e o universo têm biliões de anos; portanto, os
'dias' da Criação devem ser longos períodos (ou períodos indefinidos) de
tempo".

Resposta
1. A idade da Terra, como é determinada pelos métodos falíveis do homem,
é baseada em suposições não provadas. Portanto, não prova que a Terra
tem biliões de anos.23
2. Esta idade não provada está a ser usada para forçar uma interpretação
da linguagem da Bíblia. Desta maneira, permite-se que as teorias falíveis
do homem sejam usadas para interpretar a Bíblia. Isto debilita
completamente o uso da linguagem para comunicar.
3. Os cientistas evolucionistas alegam que as camadas fósseis por toda a
superfície da Terra têm centenas de milhões de anos. Permitindo a idade
de milhões de anos para as camadas de fósseis, tem que se aceitar a
morte, o derramamento de sangue, doença, espinhos e sofrimento antes
do pecado de Adão.

A Bíblia torna claro 24 que a morte, derramamento de sangue, espinhos, doença


e sofrimento são uma consequência do pecado 25. Em Génesis 1:29-30, Deus
deu a Adão, a Eva e aos animais, plantas para comer (isto é lendo Génesis
como está escrito, como história literal, como Jesus fez em Matthew 19:3-6).
De facto, existe uma distinção teológica feita entre animais e plantas. Os seres
humanos e animais superiores são descritos em Génesis 1 como tendo uma
nephesh, ou princípio de vida. (Isto é válido pelo menos para os animais
terrestres vertebrados, assim como para os pássaros e peixes: Génesis 1:20,24)
As plantas não têm esta nephesh - elas não estão 'vivas' no mesmo sentido que
os animais. Elas foram dadas para alimento.
Ao homem, foi permitido comer carne só depois do Dilúvio (Genesis 9:3) - isto
também torna óbvio que as declarações de Génesis 1:29-30 tinham a intenção
de nos informar que o homem e os animais eram vegetarianos no início.
Genesis 9:2 fala-nos também acerca de uma mudança que Deus fez na maneira
como os animais reagiam ao homem.

Deus avisou Adão em Genesis 2:17 que se ele comesse da 'árvore do


conhecimento do bem e do mal', ele 'morreria'. A gramática hebraica realmente
diz, 'morrer, morrerás'. Por outras palavras, seria o início de um processo de
morte física. Também envolveu claramente morte espiritual (separação de
Deus).

Depois de Adão desobedecer a Deus, o Senhor vestiu Adão e Eva com 'casacos
de pele' (Genesis 3:21) 26. Para fazer isto, Ele deve ter matado e derramado
sangue de pelo menos um animal. A razão para isto pode ser resumida em
Hebrews 9:22: "E quase tudo, segundo a Lei, é purificado com sangue; sem
derramamento de sangue, não há remissão."

Deus requer derramamento de sangue para remissão dos pecados. O que


aconteceu no Jardim foi um símbolo do que estava para acontecer com Jesus
Cristo, que derramou o Seu sangue na Cruz como o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (Joel 1:29).

Mas, se o Jardim do Éden estivesse assente sobre um registo fóssil de milhões


de anos, isso mostraria que tinha havido derramamento de sangue antes do
pecado. Isso destruiria a base da Expiação. A Bíblia é clara; o pecado de Adão
trouxe morte e sofrimento ao mundo. Como Romans 8:19-22 nos diz, toda a
criação 'geme' por causa dos efeitos da queda de Adão, e a criação será
libertada 'da servidão da corrupção para participar livremente da glória dos
filhos de Deus.' (Rom. 8:21). Tem também em conta que os espinhos passaram
a existir depois da Maldição. Uma vez que há espinhos no registo fóssil, este
teve que ser formado depois de Adão e Eva terem pecado.

A sentença de pena de morte para Adão era uma maldição e uma bênção. Uma
maldição porque a morte é horrível e lembra-nos continuamente de como o
pecado é feio; e uma bênção porque significa que as consequências do pecado
- separação da comunhão com Deus - não precisam de ser eternas. A morte fez
com que Adão e os seus descendentes deixassem de viver num estado de
pecado para sempre, com todas as consequências que isso traria. E porque a
morte era a punição justa pelo pecado, Jesus Cristo sofreu uma morte física,
derramando o Seu sangue, para libertar os descendentes de Adão das
consequências do pecado. O Apóstolo Paulo fala disto em profundidade em
Romans 5 e I Corinthians 15.

Revelation 21-22 torna claro que um dia haverá um 'novo céu e nova Terra';
onde não haverá mais morte nem maldição - tal como era antes do pecado
mudar tudo. Se houver animais na nova Terra, obviamente que estes não irão
morrer ou comer-se uns aos outros, nem comer as pessoas arrependidas!
Portanto, acrescentar milhões de anos às Escrituras destrói a base da
mensagem da Cruz.

Objecção 2
De acordo com Génesis 1, o sol só foi criado no quarto Dia. Como poderia
haver dia e noite (dias normais) sem o sol nos primeiros três dias?

Resposta
1. Mais uma vez, é importante que deixemos a linguagem da palavra de
Deus falar-nos. Se olharmos para Génesis 1 sem nenhuma influência
exterior, como temos vindo a mostrar, cada um dos seis Dias da Criação
aparece juntamente com a palavra hebraica yom ligada a um número e
à frase 'tarde e manhã'. Os primeiros três dias são escritos da mesma
forma que os três dias seguintes. Então, se deixarmos a linguagem falar-
nos - todos os seis dias eram normais dias terrestres.
2. O sol não é necessário para o dia e a noite! O que é preciso é luz e uma
Terra que rode. No primeiro dia da Criação, Deus fez a luz (Génesis 1:3).
A frase 'tarde e manhã' certamente implica uma Terra em rotação.
Portanto, se tivermos luz de uma determinada direcção e uma Terra a
rodar, pode haver dia e noite.

De onde é que a luz veio? Não nos é dito 27, mas Génesis 1:3 indica certamente
que foi criada uma luz para providenciar dia e noite até que Deus fizesse o sol
no quarto Dia para reger o dia que Ele criou. Revelation 21:23 diz-nos que um
dia o sol já não será necessário, pois a glória do Senhor iluminará a cidade de
Deus.

Talvez uma razão para Deus o fazer desta maneira, tenha sido para mostrar
que o sol não tem na criação a proeminência que as pessoas tendem a dar-lhe.
O sol não fez nascer a Terra como as teorias evolucionistas postulam; o sol foi
a ferramenta de Deus para reger o dia que Deus fez (Génesis 1:16).

Através dos tempos, pessoas como os Egípcios, adoraram o sol. Deus avisou os
Israelitas, em Deuteronomy 4:19, para não adorarem o sol como faziam as
culturas pagãs à volta deles. Deus mandou-lhes que adorassem o Deus que fez
o sol - não o sol que foi feito por Deus.

As teorias evolucionistas (a hipótese do 'big bang' por exemplo) declaram que o


sol surgiu antes da Terra e que a energia do sol sobre a Terra, acabou por dar
lugar à vida. Tal como nas crenças pagãs, o crédito pela maravilha da criação é
dado ao sol.

É interessante comparar as especulações da cosmologia moderna com os


escritos de Teófilo, um dos pais da igreja primitiva:
"No quarto dia, as luminárias surgiram. Dado que Deus tem conhecimento
prévio de tudo, ele entendeu o absurdo dos insensatos filósofos que iriam dizer
que as coisas produzidas na Terra surgiram das estrelas, para puderem pôr
Deus de lado. Para que a verdade fosse demonstrada, as plantas e as sementes
foram criadas antes das estrelas. Porque o que surge mais tarde, não pode
causar o que é anterior a ele." 28

Objecção 3
2 Peter 3:8 declara que 'um dia é para o Senhor como mil anos', portanto os
dias da Criação poderiam ser longos períodos de tempo.

Resposta
1. Esta passagem não está relacionada com a Criação - não está a referir-
se a Génesis ou aos seis Dias da Criação.
2. Este versículo tem o que é chamado 'artigo comparativo' - 'como' - que
não é visto em Génesis 1. Por outras palavras, não está a dizer que um
dia é mil anos - está a comparar um dia literal e real com mil anos
literais e reais. O contexto desta passagem é a Segunda Vinda de Cristo.
Está a dizer que, para Deus, um dia é como mil anos, porque Deus é
intemporal. Deus não está limitado por processos naturais e pelo tempo
como os seres humanos estão. O que para nós parece ser um longo
período de tempo (esperando a Segunda Vinda), ou um curto espaço de
tempo, para Deus não é significativo, em ambas as situações.
3. A segunda parte do versículo diz: 'e mil anos como um dia' que, em
essência, cancela a primeira parte do versículo para aqueles que querem
igualar um dia a mil anos! Portanto, não pode estar a dizer que um dia é
mil anos ou vice-versa.
4. Psalms 90:4 declara: 'Mil anos diante de Ti, são como o dia de ontem
que já passou, ou como uma vigília da noite.' Aqui, mil anos estão a ser
comparados com uma 'vigília na noite' (quatro horas 29. Como a frase
'vigília na noite' está relacionada de uma forma particular com 'ontem',
está a dizer que mil anos está a ser comparado com um curto período de
tempo - não simplesmente um dia.
5. Se alguém usou esta passagem para alegar que 'dia' na Bíblia significa
mil anos, então, para ser consistente, teria de se dizer que Jonas esteve
no ventre do peixe três mil anos, ou que Jesus ainda não ressuscitou dos
mortos!

Objecção 4
Insistindo em seis dias solares para a Criação limita Deus, ao passo que
conceder a Deus biliões de anos não o limita.

Resposta
De facto, insistir em seis dias de rotação terrestre da Criação não está a limitar
Deus, mas a limitar-nos a nós a acreditar que Deus fez o que Ele diz na Sua
Palavra. E também, se Deus criou tudo em seis dias, como a Bíblia diz, isso
certamente revela o poder e a sabedoria de Deus de uma maneira profunda -
Deus Todo Poderoso não precisou de muito tempo! Pelo contrário, os cenários
de biliões de anos diminuem Deus, ao sugerir que o mero acaso poderia criar
coisas, ou que Deus precisou de enormes quantidades de tempo para criar
coisas.

Objecção 5
Adão não poderia ter realizado tudo o que a Bíblia diz num dia (sexto Dia). Ele
não poderia ter dado nome a todos os animais, por exemplo; não teria havido
tempo suficiente.

Resposta
Adão não teve de dar um nome a todos os animais - somente àqueles que Deus
trouxe até ele. Por exemplo, Adão recebeu ordens para dar nome a 'todos os
animais ferozes do campo' (Genesis 2:20), não 'todos os animais ferozes da
Terra' A frase 'animais ferozes do campo' pode ser uma sub-definição de um
grupo maior de 'animais ferozes da Terra'. Ele não teve de nomear 'todos os
animais da Terra' (Genesis 1:25) ou qualquer criatura dos mares., O número de
'espécies' também seria muito inferior ao número de 'espécies' na classificação
actual. 30

Quando os críticos dizem que Adão não poderia ter dado nome aos animais em
menos de um dia, o que eles realmente querem dizer é que não entendem
como eles o poderiam fazer e portanto, Adão também não poderia. Contudo, o
nosso cérebro sofreu 6000 anos de Maldição - foi grandemente afectado pela
Queda. Antes do pecado, o cérebro de Adão era perfeito.

Quando Deus fez Adão, Ele deve tê-lo programado com uma linguagem
perfeita. Hoje, programamos computadores para 'falar' e 'lembrar'. Deus criou
Adão como um homem adulto (ele não nasceu como uma criança a precisar de
aprender a falar) com uma linguagem perfeita na sua memória celular, com
uma compreensão perfeita de cada palavra. (Por isso Adão entendeu quando
Deus lhe disse que ele morreria se desobedecesse, embora ainda não tivesse
visto nenhuma morte). Adão pode também ter tido uma memória 'perfeita'
(talvez algo como uma memória fotográfica).

Não haveria qualquer dificuldade para este primeiro homem perfeito criar
palavras para dar um nome aos animais que Deus lhe trouxe e lembrar-se dos
nomes - em menos de um dia.31

Objecção 6
Génesis 2 é um registo diferente da Criação, com uma ordem diferente. Então,
como é que se pode aceitar que o primeiro capítulo se refira a seis dias literais?

Resposta
Na verdade, Genesis 2 não é um registo diferente da Criação. É um registo
mais detalhado do sexto Dia da Criação. O capítulo 1 é uma panorâmica de
toda a Criação; o capítulo 2 dá-nos os detalhes acerca da criação do Jardim, do
primeiro homem e das suas actividades no sexto Dia.32

Entre a criação de Adão e a criação de Eva, está escrito que o 'Senhor Deus,
formou da terra todos os animais do campo e todas as aves. . .' (Genesis 2:19).
Isto parece dizer que os animais e as aves foram criados entre a criação de
Adão e Eva. Contudo, estudiosos Judeus não viram nenhum conflito com o
registo do capítulo 1, onde Adão e Eva foram ambos criados depois dos animais
da terra e das aves (Génesis 1:23-25). Não existe contradição, porque no
hebraico, o tempo do verbo é determinado pelo contexto. É claro, no capítulo 1,
que os animais e as aves foram criados antes de Adão. Então, os estudiosos
Judeus entenderam que o verbo 'formou', em Génesis 2:19 significa 'tinha
formado' ou 'tendo formado'. Se traduzirmos o versículo 19: 'O Senhor Deus,
tinha formado da terra todos os animais do campo. . .', o aparente desacordo
com Genesis 1, desaparece completamente.

A respeito das plantas e ervas em Génesis 2:5 e das árvores em Génesis 2:9
(compara com Génesis 1:12), as plantas e ervas são descritas como 'do campo'
e precisavam de um homem para as cultivar. Estas são claramente plantas de
cultivo e não plantas em geral (Génesis 1). Também, as árvores (Génesis 2:9)
são somente as árvores no Jardim e não árvores em geral.

Em Matthew 19:3-6, Jesus Cristo cita Génesis 1:27 e Génesis 2:24 quando se
refere ao mesmo homem e mulher ao ensinar a doutrina do casamento.
Claramente, Jesus via-os como registos complementares, e não registos
contraditórios.

Objecção 7
Não há 'tarde e manhã' para o sétimo Dia da Semana da Criação (Génesis 2:2).
Portanto, devemos estar ainda no 'sétimo dia' e então nenhum dos dias podem
ser considerados dias normais.

Resposta
Olha de novo para a secção intitulada 'Porquê seis dias?' Exodus 20:11 refere-
se claramente a sete dias literais - seis para trabalhar e um para descansar.

Deus também declarou que Ele 'descansou' do Seu trabalho da criação (e não
que Ele está a descansar!). O facto d'Ele ter descansado do Seu trabalho da
criação não quer dizer que Ele continue ainda a descansar dessa actividade. O
trabalho de Deus agora é diferente - é um trabalho de sustentar a Sua criação
e de reconciliação e redenção por causa do pecado do homem.

A palavra yom é qualificada por um número (Genesis 2:2-3). Assim, o contexto


continua a mostrar que se trata de um dia solar literal. Deus também abençoou
este sétimo dia e tornou-o sagrado. Em Genesis 3:17-19 lemos acerca da
Maldição sobre a Terra por causa do pecado. Paulo refere-se a isso em Romans
8:22. Não faria sentido que Deus chamasse a este dia santo e abençoado se Ele
tivesse amaldiçoado a terra neste 'dia'. Nós vivemos numa Terra pecadora e
amaldiçoada - não estamos num sétimo dia abençoado e santo!

Nota: Ao argumentar que o sétimo dia não é um dia normal porque não está
associado a 'tarde e manhã' como os outros dias, os defensores desta teoria
estão implicitamente a concordar que os outros seis dias são dias literais
porque são definidos por uma tarde e uma manhã!

Alguns argumentaram que Hebrews 4:3-4 implica que o sétimo dia seja um dia
contínuo. Contudo, o versículo 4 repete que Deus descansou (tempo passado)
no sétimo dia. Se alguém na Segunda-feira diz que descansou na Sexta-feira e
ainda está a descansar, isto não significa que a Sexta-feira se tenha prolongado
até Segunda-feira! Para além disso, só aqueles que tinham acreditado em Cristo
entrariam nesse descanso, mostrando que é um descanso espiritual, que é
comparado com o descanso de Deus desde a Semana da Criação. Não é um
tipo de continuação do sétimo dia (ou então todos estariam 'neste' descanso)33

Hebreus não diz que o sétimo Dia da Semana da Criação está a continuar hoje,
mas meramente que o descanso que Ele instituiu continua.

Objecção 8
Génesis 2:4 declara: 'No dia que o Senhor Deus fez a terra e os céus'. Como
isto se refere aos seis Dias da Criação, mostra que a palavra 'dia' não significa
um dia literal.

Resposta
A palavra hebraica yom usada aqui não está ligada a um número, à frase 'tarde
e manhã', ou a luz e trevas. Neste contexto, o versículo significa realmente 'na
altura em que Deus criou' (referindo-se à Semana da Criação) ou 'quando Deus
criou'.

Outros problemas com dias longos e


interpretações semelhantes
1. Se as plantas no terceiro Dia fossem separadas por milhões de anos dos
pássaros e outros polinizadores (criados no quinto Dia) e dos insectos
(criados no sexto Dia) necessários para a sua polinização, então tais
plantas não teriam sobrevivido. Este problema seria ainda mais grave
para espécies com relações simbióticas complexas (em que cada um
depende do outro, por ex., a planta de juca e o insecto associado34).
2. Adão foi criado no sexto Dia, viveu no sétimo Dia e depois morreu
quando tinha 930 anos (Genesis 5:5). Se cada dia fosse mil anos, ou
milhões de anos, a idade de Adão na altura da sua morte não faria
sentido!
3. Alguns afirmam que a palavra usada para 'fez' (asah) em Exodus 20:11
realmente significa 'mostrou'. Eles sugerem que Deus tenha mostrado ou
revelado a informação sobre a Criação a Moisés durante um período de
seis dias. Isto permite que a própria Criação tenha ocorrido ao longo de
milhões de anos. Contudo, 'mostrou' não é uma tradução válida para
asah. O seu significado cobre 'fabricar, produzir, etc.', mas não 'mostrar'
no sentido de revelar.35 Onde asah é traduzido por 'mostrar' - por
exemplo, 'mostrar simpatia' (Genesis 24:12) - é no sentido de 'fazer'
simpatia.
4. Alguns alegaram que porque a palavra asah é usada para a criação do
sol, lua e estrelas no quarto Dia e não a palavra bara, que é usada em
Génesis 1:1 para 'criar', isso significa que Deus só revelou o sol, a lua e a
estrelas nessa fase. Eles insistem em que a palavra asah tem o
significado de 'revelar'. Por outras palavras, as luminárias supostamente
já existiam e só foram reveladas nesta fase. Contudo, bara e asah são
usadas nas Escrituras para descrever o mesmo evento. Por exemplo,
asah é usado em Exodus 20:11 para referir a criação dos Céus e da
Terra, mas bara é usada para referir a criação dos Céus e da Terra em
Génesis 1:1. A palavra asah é usada a respeito da criação das primeiras
pessoas em Génesis 1:26 - estas não existiam previamente. E depois,
estas aparecem como sendo criadas (bara) em Génesis 1:27. Existem
muitos outros exemplos similares. Asah tem um grande número de
significados envolvendo 'fazer', que inclui a criação bara.
5. Algumas pessoas aceitam que os Dias da Criação são dias normais no
que diz respeito à linguagem usada em Génesis, mas não dias literais da
história no que diz respeito ao homem. Esta é basicamente a perspectiva
chamada 'hipótese estrutural'.36 Esta é uma perspectiva complexa que
tem sido refutada pelos estudiosos.37

O propósito real da 'hipótese estrutural' pode ser visto na seguinte citação de


um artigo escrito por um dos seus defensores:

"Refutar a interpretação literal da 'semana' da criação de Génesis proposta


pelos teóricos da Terra-jovem é a preocupação central deste artigo." 38

Algumas pessoas querem que os Dias da Criação sejam longos períodos numa
tentativa de harmonizar a evolução ou biliões de anos com o registo bíblico das
origens. Contudo, a ordem dos eventos de acordo com as crenças de eras
longas, não é a mesma da de Génesis. Considera a seguinte tabela:

Algumas contradições entre a ordem da criação na Bíblia e os


períodos-longos da evolução.

O registo bíblico da Criação A especulação da Evolução


A Terra antes do sol e estrelas As estrelas e o sol antes da Terra
A Terra inicialmente coberta por
A Terra como uma superfície fundida
água
Primeiro os oceanos, depois a terra
A terra seca, depois os oceanos
seca
A vida criada primeiro na terra A vida começou nos oceanos
As plantas criadas antes do sol As plantas vieram depois do sol
Os peixes e aves criados juntos Os peixes formados muito antes das aves
Os animais terrestres criados antes
As aves antes dos animais terrestres
das aves
O homem e dinossauros viveram Os dinossauros morreram muito antes do
juntos homem surgir

Claramente, aqueles que não aceitam os seis dias literais são aqueles que lêem
na passagem da criação as suas ideias preconcebidas.

Comprometimentos com Períodos longos.


Para além da 'teoria do hiato' (a crença de que existe um espaço de tempo
indeterminado entre os primeiros dois versículos de Génesis 1), as maiores
posições de compromisso que tentam harmonizar períodos longos e/ou
evolução com o relato de Génesis, caiem em duas categorias:

1. 'evolução teísta', onde Deus supostamente dirigiu o processo


evolucionista de milhões de anos, ou somente o definiu e deixou correr
e,
2. 'criação progressiva', onde Deus supostamente interveio nos processos
de morte e luta pela sobrevivência para criar milhões de espécies em
várias alturas ao longo de milhões de anos.

Todas estas posições rejeitam o Dilúvio de Noé como um Dilúvio Global - só


poderia ter sido um evento local, porque as camadas fósseis são aceites como
evidência para milhões de anos. Um Dilúvio global teria destruído este registo e
produzido outro! Portanto, estas posições não permitem um Dilúvio global
catastrófico que formasse camadas de pedras fossilizadas por toda a Terra.
Isto, claro, vai contra as Escrituras, que obviamente ensinam um Dilúvio global
(Genesis 6-9). 38
Isto importa realmente?
Sim, é importante aquilo em que um Cristão acredita acerca dos Dias da
Criação em Génesis 1. Mais importante, todos os esquemas que inserem muito
tempo na (ou antes da) Criação, diminuem a força do Evangelho ao colocar
morte, derramamento de sangue, doença, espinhos e sofrimento antes do
pecado e da Queda, como já foi explicado acima (ver resposta à Objecção 1).
Aqui estão mais duas razões:

1. O que está em questão é a forma como realmente se aborda a Bíblia. Se


não permitirmos que a linguagem nos fale no contexto, mas tentarmos
fazer com que o texto encaixe ideias de fora das Escrituras, então o
significado de qualquer palavra em qualquer parte da Bíblia depende da
interpretação do homem - que pode mudar de acordo com quaisquer
ideias exteriores que estejam na moda.
2. Se permitirmos que a 'ciência' (que se tornou, erradamente, sinónimo de
evolução e materialismo) determine o nosso entendimento das
Escrituras, isto pode levar a que se caia na descrença em relação ao
resto das Escrituras. Por exemplo, a 'ciência' defende que uma pessoa
não pode ser ressuscitada dos mortos. Isto quer dizer que deveremos
'interpretar' a Ressurreição de Cristo de forma a estar de acordo com
isto? Infelizmente, alguns fazem isso, dizendo que a Ressurreição
significa simplesmente que os ensinamentos de Jesus continuam vivos
nos Seus seguidores!

Quando as pessoas aceitam literalmente o que Génesis ensina e os dias da


criação como dias normais, não terão problema em aceitar que o resto da Bíblia
faz sentido.

Martinho Lutero disse:

"Tenho dito frequentemente que aquele que estuda as Sagradas Escrituras,


deve certificar-se de que aceita as palavras o mais literalmente possível e de
forma nenhuma se deve afastar do seu significado a menos que pela fé seja
levado a entendê-las de maneira diferente. Porque disto devemos ter a certeza:
não houve nenhum discurso tão claro na Terra como aquilo que Deus falou."39

Puras palavras
O povo de Deus precisa de perceber que a Palavra de Deus é algo muito
especial. Não são somente palavras de homens. Como Paulo disse em 1 Thes.
2:13, "Vocês receberam-na não como palavra dos homens, mas como é, a
verdadeira Palavra de Deus."

Proverbs 30:5-6 declara que: "Toda a palavra de Deus é pura. . . Nada


acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado
mentiroso" A Bíblia não pode ser tratada como sendo apenas um grande
trabalho literário. Precisamos de "tremer perante a Sua Palavra" (Isaiah 6:5) e
não esquecer:

"Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para convencer,


para corrigir, para instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja
perfeito e apto para toda a obra." (2 Timothy 3:16-17)

Nos manuscritos originais, cada palavra e letra da Bíblia está lá porque Deus a
pôs. Vamos então ouvir Deus falar-nos através da Sua Palavra e não pensar
arrogantemente que podemos dizer a Deus o que Ele realmente tem em mente!

Footnotes

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Progressive Creationist Book by Hugh Ross, Films for Christ, Mesa,
Arizona, 1994. Back
2. Hasel, G., The ‘days’ of Creation in Genesis 1: literal ‘days’ or figurative
‘periods/epochs’ of time? Origins 21(1):5–38, 1994. Back
3. M. Luther as cited in Plass, E., What Martin Luther Says: A Practical In-
Home Anthology for the Active Christian, Concordia Publishing House, St
Louis, p. 1523, 1991. Back
4. Archer, G., A Survey of Old Testament Introduction, Moody Press,
Chicago, pp. 196–197, 1994. Back
5. Boice, J., Genesis: An Expositional Commentary, Vol. 1, Genesis 1:1–11,
Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, p. 68, 1982. Back
6. Spurgeon, C., The Sword and the Trowel, p. 197, 1877. Back
7. Berkhof, L., Introductory volume to Systematic Theology, Wm. B.
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8. Brown, F., Driver, S. and Briggs, C., A Hebrew and English Lexicon of the
Old Testament, Clarendon Press, Oxford, p. 398, 1951. Back
9. Some say that Hosea 6:2 is an exception to this because of the figurative
language. However, the Hebrew idiomatic expression used, ‘After two
days ... in the third day,’ meaning ‘in a short time,’ makes sense only if
‘day’ is understood in its normal sense. Back
10. Stambaugh, J., The days of Creation: a semantic approach, Proc.
Evangelical Society’s Far West Region Meeting, Master’s Seminary, Sun
Valley, California, p. 12, 26 April 1996. Back
11. The Jews start their day in the evening (sundown followed by night)—
obviously based on the fact that Genesis begins the day with the
‘evening.’ Back
12. Stambaugh, Ref. 10, p. 15. Back
13. Stambaugh, Ref. 10, p. 72. Back
14. Stambaugh, Ref. 10, pp. 72–73. Back
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Reformed Publ., Phillipsburg, New Jersey, USA, pp. 481–483, 1961,
Appendix II. They allow for the possibility of gaps in the genealogies
because the word ‘begat’ can skip generations. However, they point out
that even allowing for gaps would give a maximum age of around 10,000
years. Back
22. Pierce, L., The forgotten archbishop, Creation 20(2):42–43, 1998. Ussher
carried out a very scholarly work in adding up all the years in Scripture
to obtain a date of Creation of 4004 BC. Ussher has been mocked for
stating that Creation occurred on 23 October—he obtained this date by
working backwards using the Jewish civil year and accounting for how
the year and month etc. were derived over the years. Thus, he didn’t
just pull this date out of the air, but gave a scholarly mathematical basis
for it. This is not to say this is the correct date, as there are assumptions
involved, but the point is, his work is not to be scoffed at. Ussher did not
specify the hour of the day for Creation as some skeptics assert. Young’s
Analytical Concordance, under ‘creation,’ lists many other authorities,
including extra-Biblical ones, who all give a date for Creation of less than
10,000 years ago. Back
23. Morris, H. and Morris, J., Science, Scripture, and the Young Earth,
Institute for Creation Research, El Cajon, California, pp. 39–44, 1989.
Morris, J., The Young Earth, Master Books, Green Forest, Arkansas, pp.
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Humphreys, D., Starlight and Time, Appendix C, Master Books, Green
Forest, Arkansas, 1996. Progress towards a young-Earth relativistic
cosmology, Proc. 3rd ICC, Pittsburg, pp. 83–133, 1994. Wieland, C.,
Creation in the physics lab (interview with Dr Russell Humphreys),
Creation 15(3):20–23, 1993. Taylor, I., In the Minds of Men, TFE Publ.,
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six literal days, Creation 18(1):38–41, 1996. Ham, K., The wrong way
round! Creation 18(3):38–41, 1996. Ham, K., Fathers, promises and
vegemite, Creation 19(1):14–17, 1997. Ham, K., The narrow road,
Creation 19(2):47–49, 1997. Ham, K., Millions of years and the ‘doctrine
of Balaam,’ Creation 19(3):15–17, 1997. Back
25. Gill, J., A Body of Doctrinal and Practical Divinity, 1760. Republished by
Primitive Baptist Library, p. 191, 1980. This is not just a new idea from
modern scholars. In 1760 John Gill, in his commentaries, insisted there
was no death, bloodshed, disease or suffering before sin. Back
26. All Eve’s progeny, except the God-man Jesus Christ, were born with
original sin (Romans 5:12, 18–19), so Eve could not have conceived
when she was sinless. So the Fall must have occurred fairly quickly,
before Eve had conceived any children (they were told to ‘be fruitful and
multiply’). Back
27. Some people ask why God did not tell us the source of this light.
However, if God told us everything, we would have so many books we
would not have time to read them. God has given us all the information
we need to come to the right conclusions about the things that really
matter. Back
28. Lavallee, L., The early church defended creation science, Impact, No.
160, p. ii, 1986. Quotation from Theophilus, ‘To Autolycus,’ 2.8, Oxford
Early Christian Texts. Back
29. The Jews had three watches during the night (sunset to 10 pm; 10 pm
to 2 am; 2 am to sunrise), but the Romans had four watches, beginning
at 6 pm. Back
30. Ham, K. et al., The Answers Book, Master Books, Green Forest,
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31. Grigg, R., Naming the animals: all in a day’s work for Adam, Creation
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‘show.’ See Charles Taylor’s Revelation or creation? (1997) found on the
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36. Kline, M., Because it had not rained, Westminster Theological Journal
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Annual Meeting of the Evangelical Theological Society, USA, 26 April
1996. Wayne Grudem’s Systematic Theology, InterVarsity Press,
Downers Grove, Illinois, USA, pp. 302–305, 1994, summarizes the
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