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by Ken Ham
Porque é importante?
Se os Dias da Criação realmente significam 'eras geológicas' de milhões de
anos, então a mensagem do Evangelho é pouco efectiva nas suas bases porque
coloca morte, doença, espinhos e sofrimento antes da Queda. Esta ideia
também mostra uma abordagem errónea das Escrituras - que a Palavra de
Deus pode ser interpretada com base em teorias falíveis de pessoas pecadoras.
Se lermos Génesis 1 desta forma, literalmente, sem dúvida vamos verificar que
Deus criou o universo, a Terra, o sol, a lua e as estrelas, plantas e animais e as
duas primeiras pessoas em seis dias comuns. Para seres realmente honesto,
terias de admitir que não podes ter uma ideia de milhões de anos ao ler esta
passagem.
Portanto, Deus pode revelar coisas ao homem e o homem pode comunicar com
Deus, porque essas palavras têm significado e transmitem uma mensagem
perceptível. Se isto não fosse assim, como poderíamos comunicar uns com os
outros, ou com Deus, ou Deus conosco?
"Os Dias da Criação eram dias de duração normal. Devemos entender que estes
dias eram dias reais, ao contrário da opinião dos Santos Pais. Quando
verificamos que as opiniões dos Pais da Igreja discordam das Escrituras, nós
reverentemente as temos em conta e reconhecemo-los como sendo os nossos
inspiradores. No entanto, não devemos deixar de lado a autoridade das
Escrituras por causa deles." 3
"Nós mostramos a possibilidade de Deus ter formado a Terra e toda a sua vida
numa série de dias criativos que representam longos períodos. Na perspectiva
da aparente idade da Terra, isto não é somente possível - é provável.5"
É como se estes teólogos vissem a 'natureza' como o 67º livro da Bíblia e com
muito mais autoridade que os 66 livros que a compõem. Considera as palavras
de Charles Haddon Spurgeon em 1877:
Aqueles que usam a ciência histórica (como é proposto por pessoas que
ignoram a revelação escrita de Deus) para interpretar a Bíblia e para nos
ensinar coisas acerca de Deus, estão a inverter a ordem das coisas. Porque
somos criaturas falíveis e pecadoras, precisamos da Palavra escrita de Deus,
iluminada pelo Espírito Santo, para entendermos adequadamente a história
natural. O respeitado e metódico teólogo Berkhof disse:
Os 'Dias' de Génesis 1
O que é que a Bíblia nos diz acerca do significado de 'dia' em Génesis 1? Uma
palavra pode ter mais de um significado, dependendo do contexto. Por
exemplo, a palavra 'dia' em inglês pode ter cerca de 14 significados diferentes.
Para entender o significado da palavra 'dia' em Génesis 1, precisamos de
determinar como a palavra hebraica para 'dia´, yom, é usada no contexto das
Escrituras. Considerem o seguinte:
1. Uma concordância típica ilustrará que yom pode ter uma variedade de
significados: um período de luz contrastando com a noite; um período de
24 horas; tempo; um ponto específico no tempo; ou um ano.
2. Um respeitado dicionário clássico de Hebraico-Inglês tem sete
definições8 e sub-definições para a palavra yom - mas define os Dias da
Criação de Génesis 1 como dias comuns, sendo 'dia definido pela tarde e
manhã.'
3. Um número e a frase 'tarde e manhã' são usados para cada um dos seis
Dias da Criação (Gén. 1:5, 8, 13, 19, 23, 31).
4. Fora de Génesis 1, yom é usado 410 vezes com um número e em cada
vez significa um dia normal.9 Porque é que Génesis seria a excepção?10
5. Fora de Génesis 1, yom é usado 23 vezes com a palavra 'tarde' ou
'manhã'.11 'Tarde' e 'manhã' aparecem associados, mas sem yom, 38
vezes. Todas as 61 vezes, o texto refere-se a um dia normal. Porque é
que Génesis seria a excepção?12
6. Em Génesis 1:5, yom ocorre associado com a palavra 'noite'. Fora de
Génesis 1, 'noite' é usada com yom 53 vezes - e de cada vez, significa
um dia normal. Porque é que Génesis seria a excepção? Mesmo o uso da
palavra 'luz' com yom nesta passagem determina o significado como
sendo dia normal.13
7. O plural de yom, que não aparece em Génesis 1, pode ser usado para
comunicar um longo período de tempo, ex., 'naqueles dias'.14
Acrescentar aqui um número seria absurdo. Claramente, em Exodus
20:11, onde um número é usado com 'dias', refere-se obviamente a seis
dias de rotação terrestre.
8. Existem palavras no Hebraico bíblico (tais como olam ou qedem) que são
muito adequadas para comunicar longos períodos de tempo, ou tempo
indefinido, mas nenhuma destas palavras é usada em Génesis 115.
Alternativamente, os dias ou anos poderiam ter sido comparados com
grãos de areia se fossem para se referir intencionalmente a longos
períodos.
Na altura de Martinho Lutero, alguns dos pais da igreja diziam que Deus criou
tudo num único dia, ou num instante. Martinho Lutero escreveu:
"Quando Moisés escreve que Deus criou o Céu e a Terra e tudo o que estava
nele em seis dias, então deixa que este período seja mesmo seis dias e não te
aventures a fazer algum comentário a respeito dos seis dias serem
considerados um. Mas, se não consegues entender como isto pode ter sido
feito em seis dias, então dá ao Espírito Santo a honra de saber mais do que tu.
Porque tu deves lidar com as Escrituras tendo em conta que é o próprio Deus
quem diz o que nelas está escrito. Uma vez que é Deus quem está a falar, não
é apropriado que queiras alterar a Sua Palavra da forma que desejas."18
Porque Deus é infinito em poder e sabedoria, não há dúvida de que Ele poderia
ter criado o universo e tudo o que ele contém num instante, ou em seis
segundos, ou seis minutos ou seis horas - afinal de contas, com Deus, nada é
impossível (Luke 1:37).
Para a questão: 'Porque é que Deus demorou tanto tempo? Porquê seis dias?' A
resposta é também dada em Exodus 20:11 e é a base do Quarto Mandamento:
"Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo quanto contém,
e descansou no sétimo; por isso o Senhor abençoou o dia de Sábado e
santificou-o."
A semana de sete dias não tem outra base a não ser as Escrituras. Nesta
passagem do Antigo Testamento, Deus manda o Seu povo, Israel, trabalhar
durante seis dias e descansar um - mostrando-nos assim porque razão Ele
deliberadamente levou seis dias para criar tudo. Ele estabeleceu o exemplo
para o homem. A nossa semana é moldada a partir deste princípio. Mas se Ele
tivesse criado tudo em seis mil, ou seis milhões de anos, seguido de um
descanso de mil anos ou um milhão de anos, então teríamos uma semana bem
interessante!
Alguns dizem que Êxodo 20:11 é somente uma analogia no sentido de que o
homem deve trabalhar e descansar - e não que significa seis dias comuns
literais seguidos de um dia comum literal. Contudo, estudiosos bíblicos
mostraram que este mandamento 'não usa analogia ou pensamento arquétipo
mas a sua ênfase é "declarada em termos da imitação de Deus ou um
precedente divino que deve ser seguido"'20 Por outras palavras, é mesmo para
ser seis dias literais de trabalho, seguidos de um dia literal de descanso, tal
como Deus trabalhou seis dias literais e descansou um.
Implicação
Como os Dias da Criação são dias de duração normal, ao somar os anos que
nos são dados nas Escrituras (assumindo que não há hiatos nas genealogias
21), podemos concluir que a idade do universo é somente cerca de seis mil
anos. 22
Resposta
1. A idade da Terra, como é determinada pelos métodos falíveis do homem,
é baseada em suposições não provadas. Portanto, não prova que a Terra
tem biliões de anos.23
2. Esta idade não provada está a ser usada para forçar uma interpretação
da linguagem da Bíblia. Desta maneira, permite-se que as teorias falíveis
do homem sejam usadas para interpretar a Bíblia. Isto debilita
completamente o uso da linguagem para comunicar.
3. Os cientistas evolucionistas alegam que as camadas fósseis por toda a
superfície da Terra têm centenas de milhões de anos. Permitindo a idade
de milhões de anos para as camadas de fósseis, tem que se aceitar a
morte, o derramamento de sangue, doença, espinhos e sofrimento antes
do pecado de Adão.
Depois de Adão desobedecer a Deus, o Senhor vestiu Adão e Eva com 'casacos
de pele' (Genesis 3:21) 26. Para fazer isto, Ele deve ter matado e derramado
sangue de pelo menos um animal. A razão para isto pode ser resumida em
Hebrews 9:22: "E quase tudo, segundo a Lei, é purificado com sangue; sem
derramamento de sangue, não há remissão."
A sentença de pena de morte para Adão era uma maldição e uma bênção. Uma
maldição porque a morte é horrível e lembra-nos continuamente de como o
pecado é feio; e uma bênção porque significa que as consequências do pecado
- separação da comunhão com Deus - não precisam de ser eternas. A morte fez
com que Adão e os seus descendentes deixassem de viver num estado de
pecado para sempre, com todas as consequências que isso traria. E porque a
morte era a punição justa pelo pecado, Jesus Cristo sofreu uma morte física,
derramando o Seu sangue, para libertar os descendentes de Adão das
consequências do pecado. O Apóstolo Paulo fala disto em profundidade em
Romans 5 e I Corinthians 15.
Revelation 21-22 torna claro que um dia haverá um 'novo céu e nova Terra';
onde não haverá mais morte nem maldição - tal como era antes do pecado
mudar tudo. Se houver animais na nova Terra, obviamente que estes não irão
morrer ou comer-se uns aos outros, nem comer as pessoas arrependidas!
Portanto, acrescentar milhões de anos às Escrituras destrói a base da
mensagem da Cruz.
Objecção 2
De acordo com Génesis 1, o sol só foi criado no quarto Dia. Como poderia
haver dia e noite (dias normais) sem o sol nos primeiros três dias?
Resposta
1. Mais uma vez, é importante que deixemos a linguagem da palavra de
Deus falar-nos. Se olharmos para Génesis 1 sem nenhuma influência
exterior, como temos vindo a mostrar, cada um dos seis Dias da Criação
aparece juntamente com a palavra hebraica yom ligada a um número e
à frase 'tarde e manhã'. Os primeiros três dias são escritos da mesma
forma que os três dias seguintes. Então, se deixarmos a linguagem falar-
nos - todos os seis dias eram normais dias terrestres.
2. O sol não é necessário para o dia e a noite! O que é preciso é luz e uma
Terra que rode. No primeiro dia da Criação, Deus fez a luz (Génesis 1:3).
A frase 'tarde e manhã' certamente implica uma Terra em rotação.
Portanto, se tivermos luz de uma determinada direcção e uma Terra a
rodar, pode haver dia e noite.
De onde é que a luz veio? Não nos é dito 27, mas Génesis 1:3 indica certamente
que foi criada uma luz para providenciar dia e noite até que Deus fizesse o sol
no quarto Dia para reger o dia que Ele criou. Revelation 21:23 diz-nos que um
dia o sol já não será necessário, pois a glória do Senhor iluminará a cidade de
Deus.
Talvez uma razão para Deus o fazer desta maneira, tenha sido para mostrar
que o sol não tem na criação a proeminência que as pessoas tendem a dar-lhe.
O sol não fez nascer a Terra como as teorias evolucionistas postulam; o sol foi
a ferramenta de Deus para reger o dia que Deus fez (Génesis 1:16).
Através dos tempos, pessoas como os Egípcios, adoraram o sol. Deus avisou os
Israelitas, em Deuteronomy 4:19, para não adorarem o sol como faziam as
culturas pagãs à volta deles. Deus mandou-lhes que adorassem o Deus que fez
o sol - não o sol que foi feito por Deus.
Objecção 3
2 Peter 3:8 declara que 'um dia é para o Senhor como mil anos', portanto os
dias da Criação poderiam ser longos períodos de tempo.
Resposta
1. Esta passagem não está relacionada com a Criação - não está a referir-
se a Génesis ou aos seis Dias da Criação.
2. Este versículo tem o que é chamado 'artigo comparativo' - 'como' - que
não é visto em Génesis 1. Por outras palavras, não está a dizer que um
dia é mil anos - está a comparar um dia literal e real com mil anos
literais e reais. O contexto desta passagem é a Segunda Vinda de Cristo.
Está a dizer que, para Deus, um dia é como mil anos, porque Deus é
intemporal. Deus não está limitado por processos naturais e pelo tempo
como os seres humanos estão. O que para nós parece ser um longo
período de tempo (esperando a Segunda Vinda), ou um curto espaço de
tempo, para Deus não é significativo, em ambas as situações.
3. A segunda parte do versículo diz: 'e mil anos como um dia' que, em
essência, cancela a primeira parte do versículo para aqueles que querem
igualar um dia a mil anos! Portanto, não pode estar a dizer que um dia é
mil anos ou vice-versa.
4. Psalms 90:4 declara: 'Mil anos diante de Ti, são como o dia de ontem
que já passou, ou como uma vigília da noite.' Aqui, mil anos estão a ser
comparados com uma 'vigília na noite' (quatro horas 29. Como a frase
'vigília na noite' está relacionada de uma forma particular com 'ontem',
está a dizer que mil anos está a ser comparado com um curto período de
tempo - não simplesmente um dia.
5. Se alguém usou esta passagem para alegar que 'dia' na Bíblia significa
mil anos, então, para ser consistente, teria de se dizer que Jonas esteve
no ventre do peixe três mil anos, ou que Jesus ainda não ressuscitou dos
mortos!
Objecção 4
Insistindo em seis dias solares para a Criação limita Deus, ao passo que
conceder a Deus biliões de anos não o limita.
Resposta
De facto, insistir em seis dias de rotação terrestre da Criação não está a limitar
Deus, mas a limitar-nos a nós a acreditar que Deus fez o que Ele diz na Sua
Palavra. E também, se Deus criou tudo em seis dias, como a Bíblia diz, isso
certamente revela o poder e a sabedoria de Deus de uma maneira profunda -
Deus Todo Poderoso não precisou de muito tempo! Pelo contrário, os cenários
de biliões de anos diminuem Deus, ao sugerir que o mero acaso poderia criar
coisas, ou que Deus precisou de enormes quantidades de tempo para criar
coisas.
Objecção 5
Adão não poderia ter realizado tudo o que a Bíblia diz num dia (sexto Dia). Ele
não poderia ter dado nome a todos os animais, por exemplo; não teria havido
tempo suficiente.
Resposta
Adão não teve de dar um nome a todos os animais - somente àqueles que Deus
trouxe até ele. Por exemplo, Adão recebeu ordens para dar nome a 'todos os
animais ferozes do campo' (Genesis 2:20), não 'todos os animais ferozes da
Terra' A frase 'animais ferozes do campo' pode ser uma sub-definição de um
grupo maior de 'animais ferozes da Terra'. Ele não teve de nomear 'todos os
animais da Terra' (Genesis 1:25) ou qualquer criatura dos mares., O número de
'espécies' também seria muito inferior ao número de 'espécies' na classificação
actual. 30
Quando os críticos dizem que Adão não poderia ter dado nome aos animais em
menos de um dia, o que eles realmente querem dizer é que não entendem
como eles o poderiam fazer e portanto, Adão também não poderia. Contudo, o
nosso cérebro sofreu 6000 anos de Maldição - foi grandemente afectado pela
Queda. Antes do pecado, o cérebro de Adão era perfeito.
Quando Deus fez Adão, Ele deve tê-lo programado com uma linguagem
perfeita. Hoje, programamos computadores para 'falar' e 'lembrar'. Deus criou
Adão como um homem adulto (ele não nasceu como uma criança a precisar de
aprender a falar) com uma linguagem perfeita na sua memória celular, com
uma compreensão perfeita de cada palavra. (Por isso Adão entendeu quando
Deus lhe disse que ele morreria se desobedecesse, embora ainda não tivesse
visto nenhuma morte). Adão pode também ter tido uma memória 'perfeita'
(talvez algo como uma memória fotográfica).
Não haveria qualquer dificuldade para este primeiro homem perfeito criar
palavras para dar um nome aos animais que Deus lhe trouxe e lembrar-se dos
nomes - em menos de um dia.31
Objecção 6
Génesis 2 é um registo diferente da Criação, com uma ordem diferente. Então,
como é que se pode aceitar que o primeiro capítulo se refira a seis dias literais?
Resposta
Na verdade, Genesis 2 não é um registo diferente da Criação. É um registo
mais detalhado do sexto Dia da Criação. O capítulo 1 é uma panorâmica de
toda a Criação; o capítulo 2 dá-nos os detalhes acerca da criação do Jardim, do
primeiro homem e das suas actividades no sexto Dia.32
Entre a criação de Adão e a criação de Eva, está escrito que o 'Senhor Deus,
formou da terra todos os animais do campo e todas as aves. . .' (Genesis 2:19).
Isto parece dizer que os animais e as aves foram criados entre a criação de
Adão e Eva. Contudo, estudiosos Judeus não viram nenhum conflito com o
registo do capítulo 1, onde Adão e Eva foram ambos criados depois dos animais
da terra e das aves (Génesis 1:23-25). Não existe contradição, porque no
hebraico, o tempo do verbo é determinado pelo contexto. É claro, no capítulo 1,
que os animais e as aves foram criados antes de Adão. Então, os estudiosos
Judeus entenderam que o verbo 'formou', em Génesis 2:19 significa 'tinha
formado' ou 'tendo formado'. Se traduzirmos o versículo 19: 'O Senhor Deus,
tinha formado da terra todos os animais do campo. . .', o aparente desacordo
com Genesis 1, desaparece completamente.
A respeito das plantas e ervas em Génesis 2:5 e das árvores em Génesis 2:9
(compara com Génesis 1:12), as plantas e ervas são descritas como 'do campo'
e precisavam de um homem para as cultivar. Estas são claramente plantas de
cultivo e não plantas em geral (Génesis 1). Também, as árvores (Génesis 2:9)
são somente as árvores no Jardim e não árvores em geral.
Em Matthew 19:3-6, Jesus Cristo cita Génesis 1:27 e Génesis 2:24 quando se
refere ao mesmo homem e mulher ao ensinar a doutrina do casamento.
Claramente, Jesus via-os como registos complementares, e não registos
contraditórios.
Objecção 7
Não há 'tarde e manhã' para o sétimo Dia da Semana da Criação (Génesis 2:2).
Portanto, devemos estar ainda no 'sétimo dia' e então nenhum dos dias podem
ser considerados dias normais.
Resposta
Olha de novo para a secção intitulada 'Porquê seis dias?' Exodus 20:11 refere-
se claramente a sete dias literais - seis para trabalhar e um para descansar.
Deus também declarou que Ele 'descansou' do Seu trabalho da criação (e não
que Ele está a descansar!). O facto d'Ele ter descansado do Seu trabalho da
criação não quer dizer que Ele continue ainda a descansar dessa actividade. O
trabalho de Deus agora é diferente - é um trabalho de sustentar a Sua criação
e de reconciliação e redenção por causa do pecado do homem.
Nota: Ao argumentar que o sétimo dia não é um dia normal porque não está
associado a 'tarde e manhã' como os outros dias, os defensores desta teoria
estão implicitamente a concordar que os outros seis dias são dias literais
porque são definidos por uma tarde e uma manhã!
Alguns argumentaram que Hebrews 4:3-4 implica que o sétimo dia seja um dia
contínuo. Contudo, o versículo 4 repete que Deus descansou (tempo passado)
no sétimo dia. Se alguém na Segunda-feira diz que descansou na Sexta-feira e
ainda está a descansar, isto não significa que a Sexta-feira se tenha prolongado
até Segunda-feira! Para além disso, só aqueles que tinham acreditado em Cristo
entrariam nesse descanso, mostrando que é um descanso espiritual, que é
comparado com o descanso de Deus desde a Semana da Criação. Não é um
tipo de continuação do sétimo dia (ou então todos estariam 'neste' descanso)33
Hebreus não diz que o sétimo Dia da Semana da Criação está a continuar hoje,
mas meramente que o descanso que Ele instituiu continua.
Objecção 8
Génesis 2:4 declara: 'No dia que o Senhor Deus fez a terra e os céus'. Como
isto se refere aos seis Dias da Criação, mostra que a palavra 'dia' não significa
um dia literal.
Resposta
A palavra hebraica yom usada aqui não está ligada a um número, à frase 'tarde
e manhã', ou a luz e trevas. Neste contexto, o versículo significa realmente 'na
altura em que Deus criou' (referindo-se à Semana da Criação) ou 'quando Deus
criou'.
Algumas pessoas querem que os Dias da Criação sejam longos períodos numa
tentativa de harmonizar a evolução ou biliões de anos com o registo bíblico das
origens. Contudo, a ordem dos eventos de acordo com as crenças de eras
longas, não é a mesma da de Génesis. Considera a seguinte tabela:
Claramente, aqueles que não aceitam os seis dias literais são aqueles que lêem
na passagem da criação as suas ideias preconcebidas.
Puras palavras
O povo de Deus precisa de perceber que a Palavra de Deus é algo muito
especial. Não são somente palavras de homens. Como Paulo disse em 1 Thes.
2:13, "Vocês receberam-na não como palavra dos homens, mas como é, a
verdadeira Palavra de Deus."
Nos manuscritos originais, cada palavra e letra da Bíblia está lá porque Deus a
pôs. Vamos então ouvir Deus falar-nos através da Sua Palavra e não pensar
arrogantemente que podemos dizer a Deus o que Ele realmente tem em mente!
Footnotes
1. Van Bebber, M. and Taylor, P., Creation and Time: A Report on the
Progressive Creationist Book by Hugh Ross, Films for Christ, Mesa,
Arizona, 1994. Back
2. Hasel, G., The ‘days’ of Creation in Genesis 1: literal ‘days’ or figurative
‘periods/epochs’ of time? Origins 21(1):5–38, 1994. Back
3. M. Luther as cited in Plass, E., What Martin Luther Says: A Practical In-
Home Anthology for the Active Christian, Concordia Publishing House, St
Louis, p. 1523, 1991. Back
4. Archer, G., A Survey of Old Testament Introduction, Moody Press,
Chicago, pp. 196–197, 1994. Back
5. Boice, J., Genesis: An Expositional Commentary, Vol. 1, Genesis 1:1–11,
Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, p. 68, 1982. Back
6. Spurgeon, C., The Sword and the Trowel, p. 197, 1877. Back
7. Berkhof, L., Introductory volume to Systematic Theology, Wm. B.
Eerdsmans, Grand Rapids, Michigan, pp. 60, 96, 1946. Back
8. Brown, F., Driver, S. and Briggs, C., A Hebrew and English Lexicon of the
Old Testament, Clarendon Press, Oxford, p. 398, 1951. Back
9. Some say that Hosea 6:2 is an exception to this because of the figurative
language. However, the Hebrew idiomatic expression used, ‘After two
days ... in the third day,’ meaning ‘in a short time,’ makes sense only if
‘day’ is understood in its normal sense. Back
10. Stambaugh, J., The days of Creation: a semantic approach, Proc.
Evangelical Society’s Far West Region Meeting, Master’s Seminary, Sun
Valley, California, p. 12, 26 April 1996. Back
11. The Jews start their day in the evening (sundown followed by night)—
obviously based on the fact that Genesis begins the day with the
‘evening.’ Back
12. Stambaugh, Ref. 10, p. 15. Back
13. Stambaugh, Ref. 10, p. 72. Back
14. Stambaugh, Ref. 10, pp. 72–73. Back
15. Stambaugh, Ref. 10, pp. 73–74. Grigg, R., How long were the days of
Genesis 1? Creation 19(1):23–25, 1996. Back
16. Barr, J., Letter to David Watson, 23 April 1984. Back
17. Dods, M., Expositor’s Bible, T & T Clark, Edinburgh, p. 4, 1888, as cited
by Kelly, D., Creation and Change, Christian Focus Publications, Fearn,
Scotland, p. 112, 1997. Back
18. Plass, Ref. 3, p. 1523. Back
19. McNeil, J. (Ed.), Calvin: Institutes of the Christian Religion 1,
Westminster Press, Louisville, Kentucky, pp. 160–161, 182, 1960. Back
20. Hasel, Ref. 2, p. 29. Back
21. Whitcomb, J. and Morris, H., The Genesis Flood, Presbyterian and
Reformed Publ., Phillipsburg, New Jersey, USA, pp. 481–483, 1961,
Appendix II. They allow for the possibility of gaps in the genealogies
because the word ‘begat’ can skip generations. However, they point out
that even allowing for gaps would give a maximum age of around 10,000
years. Back
22. Pierce, L., The forgotten archbishop, Creation 20(2):42–43, 1998. Ussher
carried out a very scholarly work in adding up all the years in Scripture
to obtain a date of Creation of 4004 BC. Ussher has been mocked for
stating that Creation occurred on 23 October—he obtained this date by
working backwards using the Jewish civil year and accounting for how
the year and month etc. were derived over the years. Thus, he didn’t
just pull this date out of the air, but gave a scholarly mathematical basis
for it. This is not to say this is the correct date, as there are assumptions
involved, but the point is, his work is not to be scoffed at. Ussher did not
specify the hour of the day for Creation as some skeptics assert. Young’s
Analytical Concordance, under ‘creation,’ lists many other authorities,
including extra-Biblical ones, who all give a date for Creation of less than
10,000 years ago. Back
23. Morris, H. and Morris, J., Science, Scripture, and the Young Earth,
Institute for Creation Research, El Cajon, California, pp. 39–44, 1989.
Morris, J., The Young Earth, Master Books, Green Forest, Arkansas, pp.
51–67, 1996. Austin, S., Grand Canyon: Monument to Catastrophe,
Institute for Creation Research, El Cajon, California, pp. 111–131, 1994.
Humphreys, D., Starlight and Time, Appendix C, Master Books, Green
Forest, Arkansas, 1996. Progress towards a young-Earth relativistic
cosmology, Proc. 3rd ICC, Pittsburg, pp. 83–133, 1994. Wieland, C.,
Creation in the physics lab (interview with Dr Russell Humphreys),
Creation 15(3):20–23, 1993. Taylor, I., In the Minds of Men, TFE Publ.,
Toronto, pp. 295–322, 1984. Back
24. Ham, K., The Lie: Evolution, Master Books, Green Forest, Arkansas,
Introduction, pp. xiii–xiv, 1987. Ham, K., The necessity for believing in
six literal days, Creation 18(1):38–41, 1996. Ham, K., The wrong way
round! Creation 18(3):38–41, 1996. Ham, K., Fathers, promises and
vegemite, Creation 19(1):14–17, 1997. Ham, K., The narrow road,
Creation 19(2):47–49, 1997. Ham, K., Millions of years and the ‘doctrine
of Balaam,’ Creation 19(3):15–17, 1997. Back
25. Gill, J., A Body of Doctrinal and Practical Divinity, 1760. Republished by
Primitive Baptist Library, p. 191, 1980. This is not just a new idea from
modern scholars. In 1760 John Gill, in his commentaries, insisted there
was no death, bloodshed, disease or suffering before sin. Back
26. All Eve’s progeny, except the God-man Jesus Christ, were born with
original sin (Romans 5:12, 18–19), so Eve could not have conceived
when she was sinless. So the Fall must have occurred fairly quickly,
before Eve had conceived any children (they were told to ‘be fruitful and
multiply’). Back
27. Some people ask why God did not tell us the source of this light.
However, if God told us everything, we would have so many books we
would not have time to read them. God has given us all the information
we need to come to the right conclusions about the things that really
matter. Back
28. Lavallee, L., The early church defended creation science, Impact, No.
160, p. ii, 1986. Quotation from Theophilus, ‘To Autolycus,’ 2.8, Oxford
Early Christian Texts. Back
29. The Jews had three watches during the night (sunset to 10 pm; 10 pm
to 2 am; 2 am to sunrise), but the Romans had four watches, beginning
at 6 pm. Back
30. Ham, K. et al., The Answers Book, Master Books, Green Forest,
Arkansas, pp. 180–182, 2000. Back
31. Grigg, R., Naming the animals: all in a day’s work for Adam, Creation
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32. Batten, D., Genesis contradictions? Creation 18(4):44–45, 1996. Kruger,
M., An understanding of Genesis 2:5, CEN Technical Journal 11(1):106–
110, 1997. Back
33. Anon., Is the Seventh Day an eternal day? Creation 21(3):44–45, 1999.
Back
34. Meldau, F., Why We Believe in Creation Not in Evolution, Christian
Victory Publ., Denver, Colorado, pp. 114–116, 1972. Back
35. Nothing in Gesenius’s Lexicon supports the interpretation of asah as
‘show.’ See Charles Taylor’s Revelation or creation? (1997) found on the
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38. Van Bebber and Taylor, Ref. 1, pp. 55–59. Whitcomb and Morris, Ref.
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39. Plass, Ref. 3, p. 93. Back