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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
MOTOCICLISTA E BATEDOR MILITAR
(EXEMPLAR-MESTRE)
Edição Experimental
2018
EB70-CI-11.419
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
MOTOCICLISTA E BATEDOR MILITAR
Edição Experimental
2018
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Pag
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade .….......................................................................................... 1-1
1.2 Objetivo …............................................................................................... 1-1
1.3 O Motociclista Militar e Batedor…........................................................... 1-1
1.4 A Motocicleta…........................................................................................ 1-1
1.5 O Equipamento Individual….................................................................... 1-2
1.6 A Instrução …........................................................................................... 1-2
1.1 FINALIDADE
- Este Caderno de Instrução tem por finalidade apresentar o material e as técni-
cas a serem adotadas por motociclistas militares e batedores na execução das
escoltas.
1.2 OBJETIVO
- Padronizar e orientar, no âmbito do Exército Brasileiro, a atividade do motoci-
clista militar e batedor.
1.4 A MOTOCICLETA
1.6 A INSTRUÇÃO
1.6.1 A instrução do motociclista militar e batedor deve ser pautada pelo caráter
eminentemente prático. As instruções teóricas devem ser ministradas, unica-
mente, como apoio à aquisição do conhecimento necessário ao desenvolvimen-
to de capacidades essenciais ao motociclista.
1.6.2 O Estágio de Motociclista Militar e Batedor (EMMB) fornece o embasamen-
to teórico e prático para o desempenho das funções atinentes ao motociclista
militar e batedor. O adestramento do motociclista somente será alcançado no
exercício cotidiano de sua função, pois “o bom motociclista se aperfeiçoa no
trânsito”.
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CAPÍTULO II
UNIFORME E EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO DO MOTOCICLISTA MILITAR
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uniforme, estão descritos em regulamentação específica.
2.1.4 Manutenção: lavar as peças do uniforme com água e sabão neutro. A parte
externa do blusão e das botas deverão ser engraxadas constantemente para
evitar o ressecamento do couro.
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Fig 4 - Protetor de coluna, do tipo mochila, com Fig 5 - Militar utilizando protetor de coluna, do
cinta abdominal tipo mochila, com cinta abdominal
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CAPÍTULO III
MECÂNICA DE MOTOCICLETAS
3.2 SISTEMAS
- Para facilitar o entendimento do funcionamento dos diversos sistemas, o as-
sunto Mecânica de Motocicletas será dividido da seguinte forma:
3.2.1 SISTEMAS MECÂNICOS:
- motor;
- lubrificação:
- arrefecimento:
- transmissão;
- freios;
- suspensão; e
- rodas e pneus.
3.2.2 SISTEMAS ELÉTRICOS:
- partida;
- ignição;
- carga;
- iluminação; e
- sinalização.
3.3 INSPEÇÕES
- antes da partida;
- durante a missão;
- no retorno da missão; e
- Preventivas.
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3.4 SISTEMA MECÂNICO - MOTOR
- Motor é uma máquina que transforma energia térmica em energia mecânica.
Essa energia mecânica nada mais é do que o movimento. Comumente, os mo-
tores das motocicletas são de quatro tempos e, por isso, este Caderno de Instru-
ção abordará apenas esta classe de motores.
3.4.1 FUNCIONAMENTO DO MOTOR
3.4.1.1 Para entender o funcionamento de um motor, é necessário conhecer
suas peças básicas (Fig 17).
Tampa de Válvulas
Duto de Vela de Ignição
Admissão
Cabeçote Duto de escape
Água Pistão
ADMISSÃO
COMPRESSÃO
EXPLOSÃO
EXAUSTÃO
Centelha
Ponto Morto Superior
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3.4.1.2 O motor a quatro tempos tem este nome porque o seu funcionamento é
baseado em quatro fases distintas: admissão, compressão, explosão e escapa-
mento (expulsão) (Fig 18).
3.4.1.2.1 1º Tempo - Admissão: nesse tempo de funcionamento, estando a vál-
vula de admissão aberta e a válvula de escapamento fechada, o pistão desce no
interior do cilindro provocando uma depressão e succionando o ar já misturado
com o combustível;
3.4.1.2.2 2º Tempo - Compressão: com as duas válvulas fechadas, o pistão sobe
dentro do cilindro, comprimindo a mistura de ar e combustível admitida;
3.4.1.2.3 3º Tempo - Explosão: ainda com as duas válvulas fechadas, e o pistão
em cima, é liberada uma centelha pela vela de ignição, que ocasiona uma ex-
plosão no interior do cilindro, empurrando o pistão para baixo. A aplicação dessa
força de forma brusca na cabeça do pistão faz com que ele, através da biela,
transmita o movimento para árvore de manivelas, transformando o movimento
vertical (sobe e desce) do conjunto pistão/biela em movimento rotativo da árvore
de manivelas. Este é o único tempo útil do motor, ou seja, aquele que produz
trabalho; e
3.4.1.2.4 4º Tempo - Escapamento (Expulsão): com a válvula de escapamento
aberta, o pistão realiza um movimento ascendente jogando para fora do cilindro
todos os gases resultantes da queima da mistura ar-combustível.
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Observação: dessa maneira obtém-se a produção de energia cinética necessá-
ria ao funcionamento de outros sistemas existentes na motocicleta.
3.4.2 ALIMENTAÇÃO DO MOTOR
- O conjunto composto pelo tanque de combustível, tubulações, filtro de combus-
tível, filtro de ar, carburador (ou unidade injetora) e acelerador tem por finalidade
levar até o interior do cilindro a mistura ar-combustível que será queimada no
tempo de explosão, para a produção do tempo útil do motor.
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Fig 21 - Manutenção do Kit de Transmissão
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3.9.4 PANES NA SUSPENSÃO:
- desgaste da ação das molas (molas cansadas);
- desgaste da ação dos amortecedores; e
- desgaste das buchas e batentes.
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que servem como referência do limite de uso. Pode-se também levar como base
a profundidade dos sulcos, que, pela legislação brasileira, não pode ser inferior
a 1,0 mm em motos.
3.10.5.3 Na chuva, os sulcos são de vital importância, pois têm o papel de fazer
o escoamento da água, evitando assim o efeito aquaplanagem. Nunca passar
qualquer produto para deixar brilho na borracha. Estes são feitos à base de óleos
e ceras que podem escorrer para a banda de rodagem e provocar uma queda.
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3.13 SISTEMA ELÉTRICO - CARGA
3.13.1 FUNCIONAMENTO DA CARGA ELÉTRICA:
- Toda energia elétrica da motocicleta é gerada no alternador. Esse, na grande
maioria das motocicletas, está localizado na tampa esquerda do motor, e o seu
conjunto é formado por rotor e bobinas que transformam a energia mecânica,
através da rotação do motor, em energia elétrica de tensão alternada. Uma vez
produzida, a energia deve ser armazenada em algum lugar, até que seja utili-
zada. A bateria é um acumulador que armazena e disponibiliza a carga elétrica
para os diversos sistemas elétricos da motocicleta. O regulador ou retificador
é o componente do sistema encarregado de completar a carga da bateria, e
interromper seu carregamento, quando estiver com carga plena. Ele regula a
tensão alternada, proveniente do alternador, de maneira que ela permaneça na
faixa adequada de trabalho da motocicleta e transforme a tensão alternada em
tensão contínua.
3.13.2 COMPONENTES DA CARGA ELÉTRICA:
- alternador;
- retificador;
- chicote elétrico e suas conexões; e
- bateria.
3.13.3 PANES MAIS COMUNS NA CARGA ELÉTRICA:
- conexões do estator e regulador/retificador defeituosas, oxidadas ou contami-
nadas por água;
- cabos danificados, ressecados ou prensados na carcaça do motor;
- superaquecimento nas bobinas, causado por baixo nível de óleo do motor;
- sobrecarga no sistema, pelo acréscimo de acessórios;
- folga nos rolamentos da árvore de manivelas;
- lado esquerdo da árvore de manivelas desalinhado, fazendo o volante tocar as
bobinas;
- volante (rotor) solto ou estator solto; e
- chaveta do rotor quebrada.
3.13.4 MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA CARGA ELÉTRICA:
- verificar o nível do eletrólito da bateria; e
- limpar os bornes e terminais de baterias.
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3.14 SISTEMA ELÉTRICO - ILUMINAÇÃO
3.14.1 FUNCIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO
- Ao ligar a chave de ignição, todos os sistemas elétricos são alimentados. Quan-
do se aciona os interruptores de um dos itens de iluminação e/ou sinalização, o
circuito é fechado e a lâmpada acende, seja do farol, luz traseira, luz de patrulha,
ou estrobo light, ou ainda, a sirene.
3.14.2 COMPONENTES DA ILUMINAÇÃO
3.14.2.1 Luz no Painel Indicadora de Direção
- acendem, intermitentemente, quando as setas são ligadas e servem para indi-
car mudanças de faixa, direção ou alerta (Fig 23).
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3.14.2.6 Lanternas de Patrulha:
- serão usadas em atividade de escolta ou, comumente, à noite, como dispositivo
de alerta (Fig 28).
3.14.2.8 Farol:
- em algumas motos ele ascende automaticamente quando a chave de ignição é
ligada, e deve permanecer ligada como regra de trânsito (Fig 30).
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Fig 30 - Farol
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3.15.2 SINALIZAÇÃO SONORA
3.15.2.1 Funcionamento
- As sinalizações sonoras têm por finalidade alertar aos motoristas ou pedestres
da aproximação de uma motocicleta.
3.15.2.2 Componentes:
- buzina; e
- sirenes.
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- farol;
- luzes de freio;
- luzes direcionais:
- luzes de patrulha;
- rotor light;
- buzina; e
- sirene
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3.19.3.1 Luzes: verificar o funcionamento da lanterna, luz de freio e piscas (dian-
teiro e traseiro), farol baixo/alto.
3.19.3.2 Parte elétrica: deve-se ter atenção para a instalação de equipamento/
acessórios não recomendados pelo fabricante, para não danificar o sistema elé-
trico.
3.19.3.3 Bateria: ao deixar a motocicleta parada por longo período, recomenda-
-se retirar a bateria e guardá-la em local seco e arejado (conforme manual do
proprietário).
3.19.4 ÓLEO E COMBUSTÍVEL
3.19.4.1 Óleo: verificar o nível de óleo, periodicamente, antes de pilotar a moto-
cicleta, e adicionar, se necessário. Substituir o óleo de acordo com as instruções
no manual do proprietário.
3.19.4.2 Filtro de ar: se trafegar em ruas de terra com muita poeira e condições
severas, verificar com maior frequência o filtro de ar.
3.19.4.3 Combustível: verificar o nível de combustível principalmente se a moto-
cicleta não é utilizada diariamente. Para motocicletas carburadas, voltar o regis-
tro para a posição ON após o abastecimento.
3.19.5 CORRENTE DE TRANSMISSÃO
3.19.5.1 Ajuste da corrente: manter a corrente ajustada e lubrificada.
3.19.5.2 Limpeza e lubrificação: evitar produtos derivados do petróleo, lubrificar
com óleo de transmissão SAE 80 ou 90 e aplicar pelo lado interno da corrente.
3.19.5.3 Efetuar as manutenções com maior frequência quando utilizar a mo-
tocicleta para uso comercial ou em condições severas. Consultar o Manual do
Proprietário.
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CAPÍTULO IV
TÉCNICA DE PILOTAGEM
4.1 INTRODUÇÃO
- Este capítulo fornecerá os subsídios básicos para que o motociclista tenha
condições de dominar a máquina e, por conseguinte, poder desempenhar com
desenvoltura as funções de batedor, dirimindo, em muito, o risco inerente às
atividades dos motociclistas em escolta. Uma boa noção de pilotagem possibilita
distinção correta de como agir em determinadas situações, de quando se deve,
ou se pode aumentar, ou diminuir a velocidade, ou quando se deve ser arrojado
ou cuidadoso. Pilotagem é a principal atividade do motociclista.
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4.2.2.3.1 Circunstâncias que Podem Fazer com que a Lâmpada Indicadora do
Nível de Óleo Fique Acesa:
- nível de óleo baixo: desligar o motor imediatamente e adicionar óleo;
- óleo diluído: trocar o óleo o mais rápido possível; e
- óleo incorreto para a temperatura operacional: trocar o óleo o mais rápido pos-
sível.
4.2.2.4 Instrumentos do Painel (Fig 35)
1 Interruptor da chave de ignição/farol dianteiro: na posição central OFF, a igni-
ção, as lâmpadas e os acessórios ficam desligados. Partindo da posição central
OFF, girar no sentido anti-horário, para a posição ACESSORY (ACC), os acessó-
rios serão ligados. O pisca-alerta pode ser deixado ligado. As lâmpadas do freio
e a buzina podem ser ativadas. Partindo da posição central OFF, girar no sentido
horário, para a posição IGNITION (IGN), a ignição, as lâmpadas e os acessórios
ficam ligados.
2 Interruptor de função: deve-se pressionar o interruptor para visualizar no mos-
trador as seguintes opções: odômetro, odômetro parcial A, odômetro parcial B e
autonomia (consultar o item 10 ).
3 Indicador de combustível: indica a quantidade aproximada de combustível
(consultar o item 7 ).
4 Lâmpada que indica em que marcha está a transmissão.
5 Velocímetro: indica a velocidade instantânea medida em Km/h.
6 Lâmpada de verificação do motor: indica se o sistema de gerenciamento do
motor ou o motor está funcionando normalmente. A cor da lâmpada do motor
é laranja. A lâmpada do motor geralmente acende quando a ignição é ligada e
permanece ligada por aproximadamente quatro segundos, enquanto o sistema
de gerenciamento do motor executa uma série de autodiagnósticos.
Observação: se a lâmpada do motor acender em qualquer outra ocasião, deve-
-se consultar o mecânico da Organização Militar (OM).
7 Lâmpada indicadora de nível baixo de combustível. Quando acender indicará
que resta 3,8 litros de combustível no tanque (consultar o item 3 ).
8 Lâmpada indicadora de descarga da bateria: a lâmpada vermelha de carga
da bateria indica sobrecarga ou carga insuficiente da bateria.
9 Tampa do reservatório de combustível: girar no sentido horário para abrir, e
anti-horário para fechar.
10 A função autonomia do combustível exibe a quilometragem aproximada dis-
ponível com o volume de combustível restante no tanque de combustível. Com
o interruptor da ignição na posição ACC ou ignição IGN, pressionar o interruptor
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de função até que a função de autonomia do combustível seja exibida, indicado
pela letra “r” no lado esquerdo do visor do odômetro. O visor só será atualizado,
quando o veículo estiver em movimento. Quando o cálculo de autonomia chegar
em 16 km restando, o indicador de autonomia mostrará “r Lo” para indicar que
em breve a motocicleta ficará sem combustível.
Fig 35 - Painel
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chave se encontra na posição LIGADO para indicar que o sistema está opera-
cional. Ela continuará a piscar até que a velocidade da motocicleta ultrapasse 9
km/h. Em velocidades acima de 9 km/h, a lâmpada somente acenderá quando o
ABS detectar que o sistema apresenta funcionamento incorreto.
Fig 36 - Velocímetro
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4.3 LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DA MOTOCICLETA XRE 300 (Fig 39 a 41)
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8 Indicador do sistema PGM-FI (laranja): acende por dois segundos após o
ruptor de ignição ser ligado, apagando-se em seguida.
9 Indicador de sinaleira: pisca quando a sinaleira é ligada.
10 Indicador de farol alto (azul).
11 Indicador de ABS (apenas na XRE 300 Abs).
12 Botão Reset: zera o odômetro parcial e ajusta o relógio.
13 Alterna entre o odômetro e o odômetro parcial, e ajusta o relógio.
4.6 POSTURA
- A boa postura é nescessária para minimizar o cansaço e melhorar o desempe-
nho (Fig 43).
4.6.1 Cabeça: levantada, com a visão mais adiante possível.
4.6.2 Coluna: ereta para evitar fadiga.
4.6.3 Ombros e braços: relaxados para facilitar o movimento do pescoço.
4.6.4 Cotovelos: ligeiramente flexionados.
4.6.5 Punhos: paralelos em relação às mãos.
4.6.6 Mãos: firmes no centro das manoplas (polegar empunhando a manopla
por baixo).
4.6.7 Quadril: próximo ao tanque.
4.6.8 Joelhos: pressionando levemente o tanque.
4.6.9 Pés: apoiados nas pedaleiras e apontados para a frente.
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deve-se inclinar
4.7 FRENAGEM
- A frenagem compreende os freios dianteiro, transeiro e motor (Fig 44).
Fig 44 - Frenagem
4.7.1 Freio dianteiro: acionar o freio dianteiro com os quatro dedos aumentando
a capacidade de frenagem.
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4.7.2 Freio traseiro: utilizar o freio traseiro evitando o travamento da roda.
4.7.3 Freio motor: evitar o acionamento da embreagem para utilizar o freio motor.
4.7.4 Utilizar os freios simultaneamente e evitar usá-los durante curvas.
4.7.5 Manter os joelhos pressionando o tanque, braços semiflexionados e traje-
tória retilínea.
4.8 CURVAS
- Pode-se dividir a curva em três etapas.
4.8.1 1ª ETAPA:
- Ajustar a velocidade para preparação da curva.
- Utilizar uma marcha menor para manter a motocicleta tracionada.
- Fazer uma varredura com os olhos por onde vai passar.
4.8.2 2ª ETAPA:
- Direcionar o olhar mais adiante possível, para um melhor aproveitamento da
visão periférica.
- Durante a curva, manter a aceleração constante e não acionar a embreagem.
4.8.3 3ª ETAPA:
- Retomar gradualmente a aceleração para retornar à posição vertical.
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4.13 PISOS
4.13.1 POSTURA
- Ao transpor lombadas ou buracos, utilizar a técnica de ficar, ligeiramente, em
pé sobre as pedaleiras.
4.13.2 ADERÊNCIA
4.13.2.1 Quando diminuir a tração em trechos de pouca aderência, reduzir a
velocidade e evitar movimentos bruscos.
4.13.2.2 A chuva diminui consideravelmente a aderência provocando a derrapa-
gem.
4.13.2.3 Caso haja um desequilíbrio, usar os pés para correção e retornar ime-
diatamente os pés para as pedaleiras como último recurso.
4.15 EMBREAGEM
- Durante a mudança de direção não é recomendado a utilização da embreagem,
pois se acionada, em conjunto com o freio traseiro, pode ocasionar o travamento
da roda traseira.
4.16 CONTRA-ESTERÇO
- Executar duas curvas consecutivas repentinamente, empurrando o guidão no
sentido da curva. Olhar para o percurso, o mais adiante possível.
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4.17.3 Em uma frenagem severa, o sistema ABS poderá entrar em funcionamen-
to, podendo causar uma leve trepidação no pedal de freio e no manete, o que é
normal para categoria.
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ao ofuscamento por outro veículo. Aumentar a capacidade de ser visto, usando
roupas claras ou material refletivos sobre a roupa e a motocicleta. Trafegar em
velocidades reduzidas.
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CAPITULO V
TÉCNICA DE ESCOLTA
5.1 ESCOLTA
- É o acompanhamento proporcionado por militares às autoridades civis e mili-
tares, nacionais e estrangeiras, ou aos comboios conduzindo cargas especiais
(homens, munições, armamentos, suprimentos, etc) com a finalidade de propor-
cionar segurança, trânsito livre ou honras militares. As escoltas podem ser: a pé,
a cavalo ou motorizada (automóveis, motocicletas, viaturas blindadas, etc).
5.2 BATEDORES
5.2.1 Batedores são os motociclistas que realizam escolta utilizando motocicle-
tas.
5.2.2 A missão dos batedores é escoltar, com segurança, proporcionando fluidez
do trânsito, estabelecida pela prévia interrupção de todas as vias que incidam no
itinerário de deslocamento dos comboios.
5.2.3 Os veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem, confor-
me prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Portanto, os batedores devem
impedir a interferência de veículos e de pedestres nos deslocamentos, evitando
acidentes de trânsito e garantindo a segurança.
5.2.4 O efetivo de batedores a ser empregado durante uma escolta pode variar
de 8 a 15 militares, dependendo do número de viaturas e das vias previstas para
o deslocamento.
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5.3.1.3 Escolta Fúnebres
5.3.1.3.1 Proporcionadas aos cortejos fúnebres de autoridades ou de persona-
lidades civis ou militares, com objetivo duplo de proporcionar livre trânsito ao
cortejo e compor o quadro de honras e cerimonial que faz jus à autoridade ou
personalidade falecida.
5.3.1.3.2 Caracterizam-se pela menor velocidade permitida pela via.
5.3.1.4 Acompanhamento
5.3.1.4.1 Condução de veículos objetivando a sinalização e a segurança durante
o trajeto, respeitando-se as normas de circulação e parada.
5.3.1.4.2 Será realizado com um efetivo de, no mínimo, 2 batedores.
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missão, para, oportunamente, realizar um novo briefing.
5.4.2.7 É, preferencialmente, o fecha comboio durante a execução da escolta.
5.4.3 FURRIEL DA ESCOLTA
5.4.3.1 Integrante da equipe responsável por confeccionar o pedido e a distribui-
ção da munição.
5.4.3.2 Responsável por confeccionar o pedido da ambulância e a solicitação da
equipe médica que acompanhará a escolta.
5.4.3.3 Responsável por realizar o arranchamento da equipe, marcar os horários
das refeições, em coordenação com o serviço de aprovisionamento da OM, con-
forme ordens do Cmt da Escolta.
5.4.3.4 Providencia as bandeiras e insígnias para as motocicletas, quando for o
caso.
5.4.3.5 Responsável por confeccionar o pedido de combustível e coordenar os
abastecimentos nos horários determinados.
5.4.4 SARGENTEANTE DA ESCOLTA
5.4.4.1 Controla o efetivo dos batedores e integrantes do comboio que partici-
pam da missão. Informa, imediatamente, ao Subcomandante (S Cmt) e ao Cmt
qualquer mudança de efetivo ou integrante.
5.4.4.2 Confecciona as documentações, assinadas pelo Cmt da Escolta, para a
publicação em Boletim Interno da OM, solicitando a retirada das demais escalas
no dia que antecede a missão.
5.4.4.3 Confecciona o relatório, assinado e orientado pelo Cmt da Escolta, infor-
mando o que foi planejado, condutas tomadas, pontos fortes e oportunidades de
melhorias.
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boio.
5.5.4.12 Recuperar a Velocidade para Abordar o Próximo Ponto Devendo:
- desenvolver a velocidade suficiente para ultrapassar o comboio, somente pela
esquerda, sem ultrapassar outros pontas em recuperação; e
- ultrapassar o comboio com segurança e sem uso da sirene, podendo ligá-la
após ultrapassar o Regulador de Velocidade e quando necessário.
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- Como fazer? Identificar as ações impostas e visualizar outras ações, necessá-
rias para o cumprimento da missão.
- Quando fazer? Verificar os prazos e horários impostos ou necessários para o
cumprimento da missão.
- Por onde fazer? Levantar a localização e a situação do objetivo, verificando os
itinerários principal, alternativo e eventual.
5.7.2.2 Ao identificar as ações impostas e deduzidas, inicia-se a composição
mental de um quadro de operação. Com o desenvolver do planejamento, o Cmt
da Escolta visualiza a maneira de como irá cumprir a missão, prevendo prová-
veis itinerários (principal, alternativos e evacuação) a fim de prever o necessário
para a missão (efetivo, combustível, munição e outros).
5.9 RECONHECIMENTO
5.9.1 DURANTE O RECONHECIMENTO NO TERRENO DEVE-SE VERIFICAR
5.9.1.1 Características, cuidados, organização e estacionamentos dos pontos de
partida e de chegada de cada deslocamento.
5.9.1.2 Locais de consumo, descanso e espera. Tudo com finalidade de não
expor o batedor, a equipe e a Instituição.
5.9.1.3 Pontos críticos em todos os possíveis itinerários, procurando definir o
itinerário principal, alternativos, evacuação e, se for o caso, prováveis rocadas
(desvios).
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5.9.1.4 Limpeza e estado de conservação das vias que possam influenciar na
segurança dos batedores e do comboio.
5.9.1.5 Pontos, nas vias transversais ao do itinerário, que deverá ser abordado
pelos pontas de lança, analisando e debatendo sobre a melhor forma de abordar,
controlar e abandonar cada um deles.
5.9.2 O reconhecimento deve ser realizado por todos da equipe ou, no impedi-
mento, pelo o máximo de batedores possível.
5.9.3 O reconhecimento na carta deve ser realizado somente em caso de falta de
tempo, porém nunca substitui o reconhecimento no terreno.
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5.11 ESTUDO DE SITUAÇÃO
5.11.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5.11.1.1 O estudo de situação é um processo mental em que o Cmt da Escolta
considera todos os fatores que podem influir nas ações.
5.11.1.2 O estudo de situação tem por finalidade conduzir o Cmt da Escolta a
tomar a decisão.
5.11.1.3 O Cmt da Escolta pode fazer o estudo de situação sozinho ou acompa-
nhado dos demais batedores da equipe de escolta.
5.11.1.4 Durante o seu estudo de situação, o Cmt da Escolta faz anotações vi-
sando à elaboração de sua ordem aos elementos subordinados.
5.11.2 CONDUÇÃO DO ESTUDO DE SITUAÇÃO
5.11.2.1 O estudo de situação inicia-se desde o recebimento da missão.
5.11.2.2 Entrar em contato com responsável que solicitou a escolta, chefe da se-
gurança e do comboio para confirmar agenda (programação), sugerir itinerários,
velocidade e informar os pontos críticos que comprometam a segurança.
5.11.2.3 Prever o horário pronto no ponto inicial de cada escolta (uma hora antes
do horário previsto para o início do deslocamento).
5.11.2.4 O Cmt da Escolta conduz o seu estudo de situação abordando os itens
a seguir relacionados:
- missão;
- situação e linhas de ação;
- análise das linhas de ação;
- comparação das linhas de ação; e
- decisão.
5.11.2.5 Missão: o Cmt da Escolta completa, se for o caso, o seu estudo sumário
da missão de modo a responder indagações a seguir descritas.
- Qual a missão?
- Quando?
- Por onde?
5.11.2.5.1 Ordenar essas ações na sequência em que ocorrerem.
5.11.2.5.2 Para fins de planejamento, o Cmt da Escolta deve considerar as ações
impostas e deduzidas.
5.11.2.6 Situação e linhas de ação: este estudo permitirá ao Cmt da Escolta
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apreciar as informações existentes e levantar linhas de ação para o cumprimento
da missão, analisando vários aspectos tais como:
- condições das vias por onde a escolta irá passar;
- horários de congestionamento;
- conhecimento dos horários da programação da escolta;
- itinerários de fácil fluxo;
- prever o local das refeições da equipe de escolta;
- evitar locais que causem má impressão; e
- evitar deslocamentos por zonas suspeitas.
5.11.2.7 Análise das linhas de ação: o Cmt da Escolta levanta as vantagens e
desvantagens para as linhas de ação montadas. Finalmente, conclui sobre a
necessidade de reajustamentos da equipe de escolta, tais como composição e
efetivo, aperfeiçoando as linhas de ação levantadas.
5.11.2.8 Comparação das linhas de ação: o estudo de comparação das linhas
de ação permite a escolha da mais favorável para o cumprimento da missão,
desde que o Cmt da Escolta tenha levantado mais de uma. Deve-se resumir as
vantagens e desvantagens das possíveis linhas de ação levantadas, quanto aos
aspectos propostos anteriormente, destacando-se as vantagens e desvantagens
que mais influenciam, e concluir com a linha de ação mais favorável ao cumpri-
mento da missão.
5.11.2.9 Decisão
5.11.2.9.1 O Cmt da Escolta deve adotar a melhor linha de ação, expressando
com clareza tudo que fora previsto no estudo sumário da missão.
5.11.2.9.2 Depois de tomada a decisão, o Cmt da Escolta deve rememorar as
atividades a serem realizadas, da partida ao regresso da equipe de escolta, con-
cluindo sobre sua organização detalhada em pessoal e material.
5.11.2.9.3 Na seleção dos homens, considerando a missão e cada tarefa em par-
ticular, o Cmt da Escolta deve atentar para a aptidão, especialidade, experiência,
estado físico e psicológico e condições de saúde de cada motociclista militar.
5.11.3 ORDEM À ESCOLTA
- A ordem à escolta é o momento em que o Cmt apresenta à escolta o planeja-
mento detalhado, informando:
5.11.3.1 O quadro horário da Escolta (até a entrega do relatório).
5.11.3.2 Como será cumprida a missão, detalhando quem faz o quê (funções e
atribuições), como, quando e por onde.
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5.11.3.3 Todos os batedores e demais integrantes do comboio (motoristas, che-
fes de viaturas e equipe médica) devem assistir à ordem a escolta.
5.11.3.4 Esta ordem é realizada com informações que podem evoluir no decor-
rer da missão. Portanto, o Cmt deve ter flexibilidade e apresentar as possíveis
condutas.
5.11.3.5 O Cmt da Escolta deve realizar um briefing com os motoristas e chefes
de viaturas antes de cada deslocamento, independente de terem ou não partici-
pado da ordem à escolta.
5.11.4 INSPEÇÕES
5.11.4.1 Após a Ordem à escolta, o Cmt e SCmt verificam e inspecionam equipa-
mentos, motocicletas, armamentos e apresentação individual dos batedores da
escolta (inspeção inicial);
5.11.4.2 Diariamente, antes da primeira escolta, esta inspeção é realizada (ins-
peção diária).
5.11.4.3 Após a última missão da escolta, a inspeção é, novamente, realizada
com a finalidade de verificar a manutenção para devolução de equipamentos,
motocicletas e armamentos.
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um representante da organização a que pertence, diretamente em contato com
o público externo.
5.12.6 Realiza-se o controle de trânsito sempre que o fluxo de veículos que trafe-
ga na via transversal justifica a interdição momentânea. O objetivo do controle de
trânsito é definir as prioridades de deslocamento em função de uma determinada
situação. Disto decorre a necessidade de concentração total do batedor em sua
tarefa. O controle eficaz do trânsito no local adequado é, também, denominado
“dominar o trânsito” ou “dominar o ponto”.
5.12.7 A comunicação entre o batedor e o motorista é realizada por gestos e
silvos de apito. Portanto, a marcialidade, a postura, a energia na execução dos
gestos e apitos são fatores que devem influenciar positivamente os motoristas e
os pedestres.
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5.14.2 SINAIS DE TRÂNSITO MANUAIS
5.14.2.1 Generalidades: a regulamentação eficiente do trânsito necessita que
um sistema apropriado de sinalização manual seja empregado, para ensinar a
direção e transmitir ordens aos motoristas. O cumprimento rápido e eficiente dos
sinais depende de sua natureza. Devem ser eles uniformes, claramente visíveis
e rapidamente compreensíveis, e, obedecer à sistematização detalhada no Re-
gulamento do Código Nacional das Leis de Trânsito (RCNLT). Os sinais inapro-
priados causam confusão, hesitação e transgressão que tornam o trabalho do
batedor ser menos eficiente.
5.14.2.2 Gestos: as ordens emanadas por gestos de autoridade de trânsito pre-
valecem sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais
de trânsito.
5.14.2.3 Ordem de Parada Obrigatória para todos os Veículos
5.14.2.3.1 Braço direito distendido acima da linha dos ombros, mão direita espal-
mada (palma da mão voltada para a frente).
5.14.2.3.2 Braço esquerdo caído naturalmente junto ao corpo.
5.14.2.3.3 Pés afastados ou juntos.
5.14.2.3.4 Um silvo longo de apito executado durante o movimento ascendente
do braço e um silvo curto ao término do movimento.
5.14.2.3.5 Quando executado em interseções, os veículos que já se encontram
nela não são obrigados a parar.
5.14.2.4 Significado da Palma da Mão
- A mão do guarda espalmada corretamente com os dedos unidos na vertical
significa interdição na corrente de trânsito no sentido perpendicular à palma da
mão. É utilizado normalmente para indicar as paradas das correntes de trânsito
vindas de sua esquerda ou de sua direita, com a finalidade de dar prioridade de
tráfego a uma outra via.
5.14.2.5 Significado da Linha dos Braços
5.14.2.5.1 A semirreta que tem origem no ombro e passa pelo braço e mão (se
esta não estiver indicando parada oblíqua) significa sentido de trânsito. Também
significa que a corrente perpendicular a esta linha está impedida.
5.14.2.5.2 O peito e as costas significam interdição do trânsito.
5.14.2.5.3 A linha dos braços significa o sentido do trânsito autorizado.
5.14.2.5.4 A flexão do braço simultaneamente com o silvo breve de apito, deter-
mina o início ou a continuidade do deslocamento.
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5.15 ESQUEMA DE TRÂNSITO
5.15.1 É o planejamento feito pelo Cmt da Escolta, no qual ele determinará todos
os itinerários e condutas ao longo do cumprimento da missão.
5.15.2 O ESQUEMA DE TRÂNSITO CONSISTE EM:
5.15.2.1 Verificar os itinerários de fácil fluxo (principal e secundário).
5.15.2.2 Evitar zonas suspeitas (focos de agitação).
5.15.2.3 Identificar os locais de refeições.
5.15.2.4 Padronizar as ações quando em escoltas mistas com outras forças ou
órgãos.
5.15.3 Em caso de parada da comitiva, os motociclistas envolverão o carro da
autoridade de forma a proteger o carro VERY IMPORTANT PERSON (VIP) até
que a autoridade seja deslocada para outro veículo e prossiga o deslocamento.
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pela autoridade fazendo com que os pontas tenham que retornar para a posição
de espera.
5.16.5 Priorização de pontos: os motociclistas deverão sempre trabalhar com
o sistema de parada ponto a ponto (parada nos pontos na sequência do próxi-
mo para o afastado) e somente deverão priorizar um ponto, fora da sequência,
quando for observada a necessidade, devendo informar o Cmt e/ou a equipe de
tal ação.
5.16.6 Procedimento em caso de erro de itinerário por motociclistas da escol-
ta: caso motociclistas da escolta errem o itinerário, o regulador deve reduzir a
velocidade do comboio de forma a permitir que os pontas restantes trabalhem
com mais segurança e os pontas que erraram o itinerário tenham tempo para
retorno. Caso um dos motociclistas a errar o itinerário seja o Cmt da Escolta
o motociclista mais antigo assume o comando da escolta. Poderá também ser
adotado o procedimento de revezamento do cerra-fila, se possível, permitindo
assim que haja pontas a frente trabalhando com mais segurança até o retorno
dos motociclistas.
5.16.7 Parada do ponto à esquerda e de faixa de pedestres em via de mão dupla:
deve-se levar em consideração quais fatores poderão afetar a saída do ponto e
a passagem do comboio. Ao parar, deve-se priorizar o centro da via, parando a
moto aproximadamente um metro para dentro da faixa do sentido contrário (Fig
47). Desta maneira o motociclista controla o trânsito, permite que os pontas em
recuperação o vejam, e facilita a saída do ponta, evitando que tenha de atraves-
sar o fluxo contrário do trânsito e também passar entre o comboio e o cerra-fila
(fecha). Em rodovias, NÃO se realiza a parada no centro da via, devendo o mo-
tociclista parar à direita e controlar o ponto através de gestos e sinais sonoros.
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5.16.10 Parada de rotatória: os motociclistas deverão seguir a sequência normal
dos pontos para realizar a parada. Haverá uma exceção, caso seja necessário
realizar o contorno total da rotatória, que deverá ser realizado seguindo o es-
quema da Fig 50, para se evitar que o trânsito fique travado dentro da rotatória
e bloqueie o comboio.
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5.18 REALIZAÇÃO DA TÉCNICA ESCAMA
5.18.1 Com o trânsito congestionado, poderá ser iniciado o processo de escama:
técnica que permite que o comboio continue em movimento. Tal técnica pode
ser utilizada em vias de sentido único que possuam ao menos duas faixas. O
motociclista irá contar aproximadamente oito veículos e então irá bloquear a
frente da(s) faixa(s) destes veículos. Imediatamente o motociclista desembarca
da moto e passa a controlar a(s) faixa(s) por sua lateral para evitar que os veí-
culos à retaguarda saiam para a(s) faixa(s) livre(s), na sequência, após passar
o primeiro motociclista, o seguinte realiza o mesmo processo na faixa contrária
(Fig 51). Para haver tal sincronismo é necessário o briefing prévio e que os moto-
ciclistas sempre sigam o mesmo trajeto no corredor para observarem onde estão
posicionados os outros motociclistas.
Moto Batedor
Batedor
Fig 52 - Técnica Fatiamento
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corretamente o motociclista pode evitar acidentes e também informar aos outros
motociclistas a suas intenções durante a condução da motocicleta. Se em algum
momento durante a escolta realizar a sinalização errada, este deverá executar
a ação sinalizada para não gerar uma confusão entre os outros motociclistas.
Exemplo: sinalizar que vai parar um ponto à direita, porém o ponto já está
ocupado. O motociclista para no ponto juntamente com o motociclista que lá
já se encontra, pois, ao sinalizar a parada em ponto, o ponta seguinte já irá dar
início a sua aceleração e, caso o motociclista que sinalizou errado não pare,
poderá vir a causar uma colisão.
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5.29 GESTOS DO MOTOCICLISTA (Fig 54 a 56)
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5.30.2 Coluna por dois: formação usada em rodovias e vias de trânsito rápido
(duas faixas de rolamento) (Fig 58).
5.30.3 Coluna por um alternada (coluna por dois alternada): formação usada
para deslocamentos diversos. Melhor formação para se utilizar durante
os deslocamentos em razão de permitir uma melhor visibilidade à frente
e disponibilizar as laterais como ponto de fuga para se evitar acidentes.
Prioritariamente utilizada em deslocamentos administrativos pela capacidade de
proporcionar boa visibilidade ao motociclista e permitir uma manobra evasiva, se
necessário (Fig 59).
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5.30.4 Em linha: formação utilizada em desfiles e solenidades (Fig 60).
5.31 ACIDENTES
5.31.1 Acidente com Ala, Ponta de Lança, ou Regulador de Velocidade: o Fecha
Comboio permanece no local para acompanhar ou providenciar os primeiros so-
corros, realizar segurança e recolher o equipamento, armamento e motocicleta.
Na falta desses componentes, dois Pontas de Lança assumirão estas atribui-
ções.
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5.31.2 Acidente com o Fecha Comboio: o Ponta de Lança mais próximo perma-
nece no local para acompanhar ou providenciar os primeiros socorros, realizar
a segurança e recolher o equipamento, armamento e motocicleta. O primeiro
Ponta de Lança que observar a falta do Fecha Comboio, em virtude do acidente,
assume a atribuição.
5.31.3 Equipe de Saúde (apoio): em virtude do risco da missão, uma equipe
de saúde deve ser solicitada para fazer parte do comboio, com ambulância. Na
ausência desta, o socorro deve ser realizado por dois Batedores: um com a mis-
são principal de realizar os primeiros socorros e o segundo para apoiar, realizar
segurança e recolher o equipamento, armamento e motocicleta.
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CAPÍTULO VI
PRIMEIROS SOCORROS
6.1 INTRODUÇÃO
6.1.1 Primeiros Socorros - são os cuidados imediatos adotados a uma pessoa,
fora do ambiente hospitalar, cujo estado físico, psíquico e ou emocional coloca
em perigo sua vida ou sua saúde.
6.1.2 O objetivo dos primeiros socorros é manter as funções vitais da pessoa em
risco e evitar o agravamento de suas condições (estabilização), antes da che-
gada do profissional qualificado da área da saúde, ou da ambulância, ou, ainda,
até chegar ao hospital.
6.1.3 Toda pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar (APH), mais
conhecido como primeiros socorros, deve, antes de tudo, atentar para a sua
própria segurança. O impulso de ajudar outras pessoas não justifica a tomada
de atitudes inconsequentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima.
6.1.4 A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom APH. Para
tanto, deve-se evitar que a vítima seja exposta desnecessariamente, e manter o
devido sigilo das informações pessoais, prestadas pela vítima, durante o aten-
dimento.
6.1.5 Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser
desprezado. A demora na prestação do atendimento pode acarretar em sequelas
ao indivíduo, até mesmo levar à morte.
6.1.6 O socorro à vitima abrange o reconhecimento e segurança do local envolvi-
do; chamar o serviço médico; definir o grau de urgência; prestar ajuda conforme
seu conhecimento; além de assistir à vitima até que chegue o socorro.
6.1.7 É importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas
sem comida e uma semana sem água, porém, não sobreviverá mais que cinco
minutos sem oxigênio.
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6.3.3 SINALIZAÇÃO
- Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência
de novos acidentes. A sinalização pode ser feita com cones, fita zebrada, ou
qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o
local. Na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinali-
zando a uma certa distância.
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