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ANEXO II
Estudo para Modernização de Elevadores
1.OBJETO
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O Edifício Brasília, no Setor Bancário Sul, abriga a sede do Banco de Brasília – BRB.
É sabido, na prática, que os equipamentos já estão em sobrevida, uma vez que a vida
útil de elevadores com essas características e com esse regime de trabalho é de 30
anos em média.
QUANTIDADE
O edifício está equipado com 07 (sete) elevadores, sendo 06 (seis) no “hall” principal
de acesso e 01 (um) de uso exclusivo em “hall” separado. Dos 06 (seis) elevadores
instalados no “hall” principal, 04 (quatro) são de uso público, denominados sociais, 01
(um) para serviços gerais e 01 (um) para uso privativo da Diretoria do Banco.
VELOCIDADE
CAPACIDADE
NÚMERO DE PARADAS
PERCURSO
CASA DE MÁQUINAS
ACIONAMENTO
Convencional a cabos de tração, efeito simples, com 6 cabos de 5/8” (15,87 mm).
COMANDO
MÁQUINAS DE TRAÇÃO
Marca Atlas Villares, Tipo SE 11, de tração direta, sem engrenagem, de corrente
contínua, 45HP, 95 rpm,tensão da armadura 230 VDC, corrente nominal 165A, freio
eletromagnético 125 VDC, polia com 700 mm de diâmetro, ano de fabricação1961.
RETIFICADORES DE CORRENTE
Tipo rotativos, marca Atlas, Motor AC IV pólos, 380 VAC, 60 Hz, Gerador DC 33 kW.
Vale enfatizar que a potência total desses grupos retificadores é de 231 kW, que se
mantêm em funcionamento contínuo, mesmo com os elevadores parados, o que
também se traduz em grandes perdas de energia.
O sistema de despacho do grupo também já está superado, pois ainda opera com
lógica de relês eletromecânicos o que, naturalmente, propicia limitada capacidade de
processamento das chamadas.
Diante disso, deverão ser aplicadas nos elevadores do BRB, quadros de comando
equipados com “drive regenerativo”, ultima inovação em termos de acionamento de
motores para equipamentos de transporte vertical, cuja energia dissipada é de boa
qualidade e retorna para a rede de alimentação dos elevadores.
CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011 5
Aumento de Performance
Ecologicamente Corretos
Pelo menor consumo próprio e pela regeneração da energia dissipada torna o “drive
regenerativo” o equipamento próprio para os chamados edifícios “verdes”,
ecologicamente corretos;
Produzem energia limpa com baixa distorção de harmônicas, atenuando para valores
próximos a 10%, enquanto esses valores chegam a 80% para os “drives” não
regenerativos.
Isso resulta em menor poluição do sistema elétrico do edifício, ajudando a proteger os
equipamentos sensíveis a harmônicas.
O “drive regenerativo” foi projetado para possibilitar sua operação com variações de
tensão de até 30%, trazendo significativas vantagens em áreas onde essas flutuações
são comuns.
CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011 6
Economicamente Viáveis
OBSERVAÇÕES:
1- Os testes foram realizados em elevador com capacidade de 1.600 Kgf e velocidade
de 1,75 m/segundo.
2 - Foram realizadas 2.000 viagens por carga %, totalizando 10.000 viagens.
3 - Os maiores porcentuais de economia (em vermelho) se deram com o carro
completamente vazio ou completamente cheio.
4 - A diferença de custos dessa nova tecnologia, já disponível em todos os renomados
fabricantes é de apenas 5%, conforme informou a OTIS.
O sistema de despacho hoje instalado no Edifício Brasília já está superado, pois ainda
opera com lógica de relês eletromecânicos o que, naturalmente, propicia limitada
capacidade de processamento das chamadas.
Com a substituição dos comandos a relês por novos comandos micro processados,
também os sistemas de despachos serão substituídos por tecnologia similar, onde as
chamadas de pavimento e de cabina são processadas e o sistema de despacho orienta
o elevador que atenda a chamada no menor tempo.
PARTICULARIDADES DO SISTEMA
Por tratar-se de um edifício de uma única entidade, com tráfego de média intensidade e
com ampla comunicação entre os vários pisos, e ainda com elevadores de destinação
específica dentro do grupo, o Sistema deve atender às seguintes particularidades:
- Prever a instalação de dois teclados em cada piso, tendo em vista que os elevadores
são dispostos em linha no centro de um grande corredor, com fluxo de passageiros
em duas direções;
Equipamentos de Referência
As máquinas de tração são do tipo tração direta, sem engrenagens e já estão com mais
de quarenta anos de funcionamento. Apesar de estarem em condições normais de
funcionamento, já apresentam, pela concepção tecnológica defasada em mais meio
século, limitações técnicas e operacionais, especialmente quando da necessidade de
peças de reposição, tais como os enrolamentos das bobinas de campo do estator e do
rotor, que já apresentam deficiência nos seus isolamentos, coletores, escovas e
mancais de rolamentos, que já apresentam desgaste acentuado.
Vale destacar, ainda, que a potência total dessas máquinas de tração é de 315 HP, e
operam com tensão de 230 VDC, enquanto a tensão fornecida pela concessionária de
energia é de 380 VAC.
CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011 9
Pelos motivos descritos, essas máquinas de tração deverão ser substituídas por novos
conjuntos mais eficazes e confiáveis.
Essa velocidade, portanto, deve ser definida de modo a propiciar os menores custos
sem prejudicar a Capacidade de Transporte do sistema de elevadores da edificação.
Para que um elevador atinja sua velocidade nominal, é necessário que haja um
espaço suficiente para tal, sem que os passageiros sintam desconforto físico causado
pela aceleração ou pela desaceleração do carro que, em linhas gerais está associada à
aceleração “g” da gravidade.
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Para passageiros com idade de até 40 anos em média, segundo estudos realizados
pela empresa britânica UNIDRIVE, é suportável sem desconforto acentuado uma
aceleração de até 0,7 “g”, enquanto que, para passageiros com idade superior a 40
anos, essa tolerância é de no máximo 0,5 “g”.
Não adianta, portanto, que um elevador tenha uma grande velocidade nominal, se
não houver espaço físico suficiente entre duas paradas consecutivas para que essa
velocidade seja atingida.
TABELA 3
VELOCIDADES RECOMENDADAS PARA EDIFÍCIOS NÃO RESIDENCIAIS
As máquinas de tração instaladas no BRB são do tipo tração direta, sem engrenagens
com velocidade nominal de 3,5 m/s.
Mesmo com a redução dessa velocidade para 2,5 m/s, quando se poderiam instalar
máquinas com redutor de velocidade, optou-se pela instalação de máquinas de tração
direta, sem engrenagem “Gearless”, semelhantes às atuais, em face das seguintes
características:
3.2.5.Cabos de Tração
Os cabos de tração se constituem num dos itens de segurança mais importante dos
elevadores.
Na análise dos cabos de tração, foram adotados critérios técnicos normalizados para
condenação e troca desses componentes, estabelecidos pela ABNT e pelos fabricantes
tradicionais desses componentes.
CONCLUSÃO:
Após análise das condições de todos os cabos de tração, segundo os critérios acima
descritos, verificou-se que os mesmos já apresentam desgaste acentuado, contudo, os
seus diâmetros efetivos ainda estão acima do limite mínimo estabelecido pelas normas
técnicas do fabricante e conclui-se que os elevadores, quanto a esses itens,
apresentam CONDIÇÕES NORMAIS DE SEGURANÇA.
Entretanto, pela avançada vida útil dos mesmos, os cabos de aço e seus tirantes
deverão ser substituídos durante o processo de modernização dos elevadores.
Os elevadores estão dotados de guias laminadas tipo T160 nos carros e T161 nos
contra pesos.
Após análise visual das condições de todas as guias dos carros e dos contra peso, e
da verificação das condições de conforto nas viagens, optou-se pala manutenção das
guias dos carros e dos contra pesos, devendo ser procedida, quando da modernização
dos elevadores, apenas a limpeza, desoxidação onde houver e lubrificação geral.
Essas novas armações deverão ser equipadas, a exemplo do contra peso, com
corrediças de roletes (Roller Guides), minimizando os ruídos e vibrações nas cabinas,
eliminando o excesso de óleo nas guias e evitando paralisações para substituição das
corrediças convencionais de náilon.
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Os dispositivos de para choque são do tipo hidráulico para os carros e de molas para
os contra pesos e estão em condições normais de conservação e segurança.
O sistema de arraste das portas é feito por patins fixos, já bastante desgastados.
3.2.12. Cabina
As cabinas têm largura livre de 1.520 mm, profundidade de 1.830 mm e altura de 2.250
mm, com área útil de 2,78 m2, suficiente para comportar, segundo a antiga Norma
NBR 7192, 17 passageiros ou 1.190 kgf.
4. ESTUDO DO TRÁFEGO
Esse estudo poderá levar também em conta o futuro da instalação, isto é, o que poderá
acontecer com a população do Edifício Brasília e com o seu transporte interno em face
das naturais mudanças operacionais do Banco.
POPULAÇÃO DO EDIFÍCIO
A População é calculada com base numa relação entre as diversas áreas do edifício e
uma taxa de ocupação dessas áreas.
COMPOSIÇÃO
RELAÇÃO
Para o caso do BRB, classificado como escritórios de uma única entidade, a NBR 5665
estabelece uma taxa de ocupação de um habitante para cada 7 (sete) metros
quadrados da edificação.
POPULAÇÃO TOTAL
Essa taxa, dividindo a área útil total dos escritórios, estabelece a população a ser
transportada pelos elevadores, descontando a população total do pavimento térreo e
50% da população do primeiro andar acima e abaixo do andar de acesso, além do
redutor de 15% nos pavimentos tipo.
Para edifícios de escritórios de uma única entidade, o conjunto de elevadores deve ser
capaz de transportar em 5 minutos no mínimo 15% da População Total.
A Capacidade de Tráfego dos elevadores é, portanto, de no mínimo 126 passageiros
a cada 5 minutos, com base em dados experimentais.
ELEVADORES
5 – PERCURSO: É a distância percorrida pelo carro desde o nível do piso inferior até o
nível do piso da última parada. Para efeito de cálculo serão considerados apenas os
elevadores 3 a 6 com percurso de 51 metros.
TEMPOS ADOTADOS
4.2. CONCLUSÃO
Esses tempos médios de espera foram verificados tanto nos horários de pico de
subida, entre 9 e 10 horas, em pico de descida entre 16:00 e 17:00 horas, tendo
atingido até 90 segundos, como em situação normal de tráfego entre 10:30 e 11,00 h,
onde o tempo máximo médio de espera foi de 50 segundos.
5. DA NECESSIDADE DE MODERNIZAÇÃO
É sabido, na prática, que os equipamentos já estão em sobrevida, uma vez que a vida
útil de elevadores com essas características técnicas e com esse regime de trabalho é
de 30 anos em média.
Outro fator que tem que ser levado em conta na modernização é o fator tecnologia,
pois os elevadores atualmente instalados são de concepção antiga, todos com
máquinas de corrente contínua, acionados por um grupo motor gerador de grande
potência e de baixo rendimento eletromecânico, o que se constitui em grande consumo
de energia elétrica, vindo contrariar as prescrições governamentais, que através do
PROCEL, orienta a redução do consumo de energia elétrica no país.