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Interpretação do Ensaio SPT Baseados em Conceitos de Energia

Edgar Odebrecht
Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, SC

Bianca O. Lobo, Fernando Schnaid e Marcelo Maia Rocha


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

RESUMO: Novos métodos de interpretação do ensaio SPT destinados à previsão de propriedades de


comportamento de solos e à estimativa de capacidade de carga de estacas são apresentados e discutidos neste
trabalho. Ao contrário de outras metodologias consagradas na prática de engenharia, estas novas abordagens
são estruturadas em conceitos da dinâmica e fazem uso da medição da energia necessária à cravação do
amostrador SPT no solo. Embora os métodos apresentem rigor conceitual, preservam a simplicidade de
aplicação necessária para uso em projetos geotécnicos correntes.

PALAVRAS-CHAVE: Sondagem, Investigação Geotécnica, SPT.

1 INTRODUÇÃO (Lobo, 2005). Este trabalho tem por objetivo


divulgar os métodos desenvolvidos na UFRGS
Os métodos correntes de interpretação do ilustrando suas aplicabilidades.
ensaio SPT (Standard Penetration Test) foram
desenvolvidos entre as décadas de 1960 e 1980. 2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA
Na prática brasileira de projetos de fundações,
por exemplo, métodos tradicionais Os métodos de interpretação do ensaio SPT
desenvolvidos para o cone foram adaptados de desenvolvidos na UFRGS são baseados nos
forma a estabelecer correlações entre medidas conceitos de energia e trabalho, a partir dos
de Nspt e a capacidade de carga de estacas (e.g. quais se podem estabelecer correlações entre as
Aoki e Velloso 1975; Decourt e Quaresma fórmulas da teoria de propagação de ondas e
1978; Velloso 1981). Conceitos de energia para propriedades de comportamento de solos, bem
padronização do ensaio foram incorporados à como a estimativa de capacidade de carga de
engenharia geotécnica na década de 1970 (e.g. estacas. Estes métodos estão fundamentados na
Schmertmann e Palácios 1979; Belincanta variação da energia potencial gravitacional do
1989; Kovacs 1977; Cavalcante 2002) sem, no sistema, ou seja, no trabalho efetivamente
entanto alterar as formas de interpretação do entregue ao solo para a cravação do amostrador.
ensaio. O trabalho associado ao valor da penetração
Estudos recentes desenvolvidos na permanente do amostrador permite determinar a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul força dinâmica de reação do solo, utilizada para
(UFRGS) introduziram novos conceitos para a interpretação do ensaio.
interpretação do SPT, através dos quais a No desenvolvimento teórico faz-se
energia entregue à composição de hastes referência aos trabalhos recentemente
durante a cravação do amostrador é utilizada publicados por Odebrecht et al. (2004, 2005),
para calcular o valor da força dinâmica (Fd) de nos quais demonstram-se que a energia
reação do solo. O conhecimento desta força, transferida ao solo durante a penetração de um
fundamentada nos princípios da dinâmica, amostrador SPT, deve ser expressa como
possibilita o desenvolvimento dos métodos função da energia E através da Equação (1):
racionais de estimativa da resistência ao
cisalhamento tanto para solos arenosos como ∞

para solos argilosos (Odebrecht et al. E = ∫ F (t )V (t )dt (1)


2004,2005; Schnaid et al. 2004) e pode ser útil 0

na previsão de capacidade de carga de estacas


onde: F(t) e V(t) são a força e a velocidade, Eamostrador = Ws + Wnc (4)
respectivamente.
Na medida em que adota-se um intervalo de
Como o trabalho efetivamente entregue ao
integração na Equação (1) entre 0 e ∝,
solo é conhecido (Equação 3), e nesta equação
incorpora-se o valor da penetração permanente
as perdas já estão computadas a partir da
do amostrador no solo e, portanto todos os
introdução dos coeficientes de eficiência, é
impactos contidos em um golpe do martelo são
possível calcular o valor da força dinâmica (Fd)
considerados. Assim, a energia produzida por
média de reação do solo:
um golpe é função da altura de queda teórica de
0,75 m acrescida da penetração permanente Δρ
e, como conseqüência a energia efetivamente Eamostrador=Ws = Fd Δρ (5)
empregada na cravação da composição passa a Fd = Eamostrador / Δρ (6)
ser função de 3 fatores: altura de queda e massa
do martelo Mm, tipo de solo que determina a
magnitude de Δρ, e geometria (comprimento e Substituindo-se a equação 3 em 6 tem-se:
seção) das hastes, que determina a massa da
composição Mh (e.g. Odebrecht et al. 2004). η3η1 (0,75 M m g ) + η3η1 ( ΔρM m g ) + η3η2 ( ΔρM h g )
Fd = (7)
Como decorrência, a energia potencial Δρ
*
gravitacional teórica ( EPG ) do sistema
(considerando simultaneamente martelo, haste, Utiliza-se no cálculo da força dinâmica os
solo) é expressa como (Odebrecht et al. 2004): valores de penetração registrados durante o
ensaio (Δρ) ou, alternativamente, pode-se
*
E PG = (0,75 + Δρ) M m g + Δρ M h g (2) utilizar a medida de resistência à penetração
Nspt (adotando nos cálculos um deslocamento
sendo g a aceleração da gravidade. A Equação 2 médio correspondente a Δρ=30/N).
representa uma condição ideal, na qual não
estão computadas as perdas inerentes ao 3 ESTIMATIVAS DE PROPRIEDADES
processo de cravação do amostrador (sistema de
elevação e de liberação do martelo, dimensões Os métodos de estimativa de propriedades de
da cabeça de bater, uso de coxim de madeira solos arenosos e argilosos a partir de resultados
dura, etc.). Computadas as perdas, a energia de ensaios SPT foram apresentados por Schnaid
et al. (2006). Os autores consideram que a
potencial gravitacional do sistema ( Eamostrador ) é
energia transmitida ao sistema haste-
calculada usando-se coeficientes de eficiência amostrador-solo, combinada a teoria de
do martelo (η1), da haste (η2) e do sistema (η3) capacidade de carga, possibilita a estimativa do
(Odebrecht et al. 2004): ângulo de atrito interno (φ’) de areias, expresso
como função da força necessária à cravação do
Eamostrador = η 3 [η1 (0 .75 + Δ ρ ) M m g + η 2 ( M h g Δ ρ )] (3) amostrador. Para tanto, utiliza-se a teoria
clássica de capacidade de carga:

Na Equação 3 pode-se adotar os coeficientes Fe = Ap (c ' N c + poct N q ) + Al ( K s γ L tan δ ) (8)


η1 =0,76; η2= 1 e η3 = (1-0,0042ℓ), segundo
recomendação de Odebrecht et al. (2004), g
igual a 9,81 m/s2, a massa da haste por metro sendo Fe a força estática; Ap a área da ponta do
linear igual a 3,23 kg/m e ℓ igual ao amostrador; Al a área lateral do amostrador (Al
comprimento da haste. = π.D.ha); D o diâmetro do amostrador; ha o
Reconhecendo-se que a variação da energia comprimento médio de penetração do
potencial do sistema martelo-haste é igual à amostrador no solo; c’ = intercepto coesivo (c =
variação do trabalho efetuado por todas as 0,desprezado); Ks coeficiente de empuxo igual a
forças não conservativas: 0,8 (valor médio, Broms 1965); δ = ângulo de
atrito entre o solo e amostrador (aço) igual a 20o resistência ao cisalhamento não drenada; γ o
(Aas 1966); L a profundidade do ensaio, γ o peso específico do solo; L a profundidade e α
peso específico do solo (valor adotado nas o coeficiente de adesão.
análises = 18kN/m3), Nc coeficiente de
capacidade de carga e poct tensão octaédrica na 0
de Mello (1971)
profundidade L.

Nσ' = 100kPa - de Mello (1971)


(N1)en - Presente Trabalho
10
O fator de capacidade de carga Nq é

(N1)60 - Decourt (1989)


Ir = 100

determinado por expansão de cavidade (Vésic 20


Ir = 200
1972). Os efeitos visco-plásticos são
30 Presente Trabalho Ir = 300
desconsiderados. A equação 8 permite Curva para distintos
valores de Ir
estabelecer uma correlação direta entre (N1)en e 40
Ir = 400

φ’, onde (N1)en é a resistência à penetração Ir = 500

normalizada tanto para o nível de tensões como 50 Presente Trabalho Ir = 600

v
Curva proposta
para a energia do sistema. Os valores assim 60
estimados são apresentados na Figura 1. Na Decourt (1989)

abordagem proposta é possível isolar e 70

quantificar cada um das variáveis envolvidas na 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

previsão do ângulo de atrito, sem a necessidade φ


de recorrer a tratamento estatístico. A Figura 1. Correlações para estimativa do ângulo de atrito
racionalidade do método proposto consiste interno φ’ a partir do ensaio SPT.
justamente em reconhecer os efeitos do peso da
composição, do martelo empregado, das perdas Da Equação 9 é possível isolar o valor de Su.
ao longo das hastes e da profundidade do Efeitos visco-plásticos são computados segundo
ensaio, além dos efeitos decorrentes da a abordagem sugerida por Hermansson e
compressibilidade do solo. Verifica-se no Grävare (1978), enquanto o valor do coeficiente
gráfico que a relação entre (N1)en e φ’ é de adesão (α) pode ser obtido através de
extremente sensitiva à variação do índice de procedimentos consagrados, análogos ao
rigidez do solo, conforme demonstrado adotado em projetos de capacidade de carga de
recentemente por Odebrecht et al. (2005). Na estacas (Flaate 1968; Tomlinson 1969).
prática de engenharia, valores representativos Observa-se que estes valores de coeficiente de
de φ’ podem ser estimados considerando-se que adesão foram obtidos a partir de prova de carga
Ir aumenta com o aumento da resistência ao de estacas realizadas apos alguns dias do
cisalhamento do solo, hipótese a partir da qual é término da instalação da mesma onde é
estabelecida a correlação proposta pelos esperado um ligeiro aumento da adesão. Desta
autores, incluída na Figura 1 e comparada às forma, ao se adotar os valores de α propostos
correlações semi-empíricas estabelecidas por de por Flaate (1968) e Tomlinson (1969) está se
Mello (1971) e Decourt (1989). obtendo valores conservadores de Su.
De forma análoga à interpretação do ensaio Para ilustrar a aplicabilidade do método,
em areias, explora-se neste artigo a utilizam-se resultados da campanha de
possibilidade de relacionar a força dinâmica Fd investigação geotécnica realizada por Ortigão
(força de reação do solo à cravação) à (1980) e Ortigão e Collet (1986) no aterro
resistência ao cisalhamento, Su, mobilizada em experimental de Sarapuí, Rio de Janeiro, Tabela
condições não-drenadas. Considere-se a teoria 01. O valor da resistência não drenada foi
de capacidade de carga de estacas em argilas: obtido através de ensaios de palheta. O perfil
típico de sondagem obtido a partir do SPT é
apresentado na Figura 2 na qual se identifica a
Fe = ( N c Ab S u + γ LAb ) + ( S u α Al ) (9) presença de uma camada de argila mole de
espessura aproximada de 9 m, subjacente a uma
Sendo, Nc o coeficiente de capacidade de carga; crosta pré-adensada.
Al a área lateral; Ab a área de ponta; Su a
]
Tabela 1 – Cálculo de Su a partir do SPT (Aterro experimental de Sarapuí – Rio de Janeiro).
Penetraçã Penetraçã
Prof. γ γw σv N o o Energia Força Su
(m) (kN/m3) (kN/m3) (kN/m2) (spt) (cm) (m) (J) (kN) (kN/m2)
1 13.00 9.81 3.19 0 45 0.45 301.08 0.67 13.29
2 13.00 9.81 6.38 0 45 0.45 315.33 0.70 13.78
3 13.00 9.81 9.57 0 120 1.20 878.89 0.73 8.13
4 13.00 9.81 12.76 0 120 1.20 916.90 0.76 8.38
5 13.10 9.81 16.05 0 115 1.15 915.12 0.80 8.87
6 13.20 9.81 19.44 0 115 1.15 951.54 0.83 9.11
7 13.30 9.81 22.93 1 118 1.18 1161.37 0.59 7.45
8 13.40 9.81 26.52 1 95 0.95 1028.47 0.65 8.05
9 13.70 9.81 30.41 1 95 0.95 1052.95 0.67 8.07
10 13.80 9.81 34.40 1 82 0.82 977.40 0.72 9.42
11 14.00 9.81 38.59 1 47 0.47 719.87 0.92 15.98

OCR
1 2 3 4 5
N SPT
0.0 Na

Jamilkowski e
S1 S2 S3

Mesri (1975)
outros (1985)
Stroud(1989)

Skempton(1954)
1.0 0/45 0/45 0/45 LP LL Ortigão e Collet (1987)

2.0 0/45 0/45 0/45


Ortigão (1982)

3.0
0/120 0/110 0/127
Argila Mole

4.0
Profundidade (m)

5.0 0/115 0/95 1/74

6.0 1/40 1/70


1/18
1/72
7.0 1/98

8.0
1/95
1/55
9.0 1/89
SPT SPT
1/82
10.0 1/45 1/71 W

11.0
Areia

1/74 7 1/45 OCR SPT


Decourt(1989)
1/5 12
12.0
Perfil 0 40 80 120 160 200 0 10 20 30 0.0 0.4 0.8 1.2 0 10 20 30 40
Teor de Umidade(%) Su (kPa) S u / σ 'v Su / N spt
Figura 2. Compilação de resultados de Su obtidos por ensaios UU e CPTU e a partir da presente proposta (Aterro
Experimental de Sarapuí – Rio de Janeiro).

Verifica-se na figura que os valores de Su 4 PREVISÃO DE CAPACIDADE DE


estimados a partir dos resultados de ensaios CARGA DE ESTACAS
SPT são compatíveis com os valores
estimados a partir do vane. Em particular, a A capacidade de carga de uma estaca é obtida
faixa correspondente a penetrações por peso pelo equilíbrio estático entre a carga aplicada,
próprio da composição (N<1) resultou em Su o peso próprio da estaca e a resistência
≈ 9 kPa. Estes valores dão uma boa idéia dos oferecida pelo solo. Este equilíbrio pode ser
valores de Su para estudos preliminares e ante expresso pela equação 10:
projeto.
QU + W = QL + QP (10)
sendo QU a capacidade de carga total de uma de estacas. Os valores estatísticos foram
estaca; W o peso próprio da estaca; QP a obtidos através da análise de um banco de
capacidade de carga da ponta ou base e QL a dados composto por 324 provas de carga à
capacidade de carga do fuste. compressão e 43 provas de carga à tração.
Desprezando o peso próprio da estaca, a Nas Figuras 3 a 5 são apresentados os
capacidade de carga é expressa como função diagramas de dispersão carga prevista versus
de dois termos, um relativo à resistência de carga medida para estacas cravadas. Nos
ponta e outro relativo ao atrito lateral. Deste diagramas que representam as cargas laterais
modo, a Equação 10 pode ser reescrita como: e de ponta, os pontos são diferenciados em
função do tipo de solo; nota-se que não há
L
necessidade de considerar explicitamente o
Qult = Ap .q p + U ∫ f l .d L = Ap .q P + U .Στ i .ΔL (11) tipo de solo, pois o método captura as
0
variações de comportamento mecânico nas
diferentes unidades geotécnicas. Nos
sendo Ap a área de ponta ou base da estaca; qp
diagramas de carga total, os pontos
a resistência unitária de ponta; U o perímetro
diferenciam-se em função da população que
da estaca; τi resistência lateral unitária; fl a
representam: as provas de carga que atingiram
resistência lateral unitária e ΔL o trecho do
a ruptura ou mais de 90% de carga de ruptura
comprimento da estaca ao qual fl se aplica.
são representadas com símbolos fechados,
Decompondo a força dinâmica Fd medida
enquanto as provas de carga que atingiram
no ensaio SPT em duas parcelas, uma relativa
carregamentos inferiores a 90% da carga de
às tensões cisalhantes ao longo das faces
ruptura são representadas com símbolos
internas e externas e outra relativa às forças
abertos. Apesar da dispersão nos resultados,
normais à ponta do amostrador (Lobo 2005) e
inerentes à engenharia de fundações, o
considerando efeitos de escala associados à
método é efetivo na previsão de capacidade
relação entre a geometria da estaca e do
de carga das estacas que compõem o bando de
ensaio SPT, pode-se estimar a capacidade de
dados da UFRGS.
carga de estacas através da força dinâmica
calculada pelo ensaio SPT: Tabela 2 - Valor dos coeficientes α e β (Lobo et al.
2006)
0,2.U Ap Tipo de Estaca α β
QU = Q L + Q P = ΣFd ΔL + 0,7.Fd (12)
al ap Cravada pré-moldada 1,5 1,1
Cravada metálica 1,0 1,0
A Equação 12 expressa a capacidade de
carga última de estacas cravadas. Sabendo-se 2500

que a capacidade de carga de uma estaca é 100% Superior (1:2)


Situação Ideal (1:1)

relacionada com seu processo construtivo,


devem-se estabelecer ajustes à Equação 12
2000

para considerar os diferentes tipos de estacas.


Ql - Previsto (kN)

Estes ajustes são representados pelos 1500 Areia


Areia Argilo Siltosa
coeficientes α e β aplicados às resistências Areia Argilosa

laterais e de ponta, respectivamente:


Areia Siltosa
1000 Argila
Argila Arenosa
Argila Silto Arenosa

QU = α .QL + β .QP (13) 500


100% Inferior (2:1)
Argila Siltosa
Silte Arenoso
Silte Argilo Arenoso
Silte Argiloso

Os coeficientes α e β, expressos na Tabela 0


Silte Argilo Arenoso

2, são obtidos através de correlações 0 500 1000


Qlrup - Medido (KN)
1500 2000 2500

estatísticas entre os valores previstos pelo Figura 3. Diagrama de dispersão da carga lateral, Lobo
método proposto e valores medidos em et al (2006).
provas de carga estática para diferentes tipos
5000
Areia 100% Superior (1:2)
Areia Argilo Siltosa
Areia Argilosa
Situação Ideal (1:1)
REFERÊNCIAS
Areia Siltosa
4000
Argila
Argila Arenosa Aas, G. (1966) Baerceevne av peler I
Argila Silto Arenosa
frisksjonsjordater. NGI Foreing Stipendium, Oslo.
Qp - Previsto (kN)

Argila Siltosa
3000 Silte Arenoso Aoki, N.; Velloso, D. A. (1975) An approximate
Silte Argilo Arenoso
method to estimate the bearing capacity of piles. V
Silte Argiloso
Argila Areno Siltosa Congreso Panamericano de Mecánica de Suelos Y
2000 Areia Silto Argilosa
Cimentaciones – Passmfe, Buenos Aires, V5, p.
100% Inferior (2:1)
367-374.
Belincanta, A. (1989) Avaliação de Fatores
1000
Intervenientes no Índice de Resistência à
Penetração do SPT. Tese de Doutorado, Escola de
Eng. de São Carlos, Univ. de São Paulo.
Broms (1965) Methods of calculating the ultimate
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
Qprup - Medido (KN) bearing capacity of piles: a summary Sols-Solils,
Figura 4. Diagrama de dispersão da carga de ponta, Vol 5. No. 18-19, pp 21-32.
Lobo et al (2006). Cavalcante, E., H. (2002) Investigação Teórico-
Experimental sobre o SPT, Rio de Janeiro - Tese de
8000
100% Superior (1:2)
doutorado, COPPE/UFRJ.
PC's que atingiram
Situação Ideal (1:1) Décourt, L. (1989) The Standard Penetration Test .
7000
mais de 90% da State of Art Report. Pro. of XII IVSMFE, Vol. IV,
carga de ruptura

6000 PC's que atingiram


pp 2405-2416. Rio de Janeiro.
menos de 90% da
Décourt, L.; Quaresma, A. R. (1978), Capacidade de
Qu - Previsto (kN)

carga de ruptura
5000 carga de estacas a partir de valores de SPT. 6º
Cong.Brasileiro de Mecânica dos Solos e Eng. de
4000 Fundações - COBRAMSEF, Rio de Janeiro.
Flaate, K (1968) Baereevne av Friksjonspeler I Leire,
3000
100% Inferior (2:1) Beregning av Baerevne pa Grunnlag av
2000
Geotekniske Unders Keler. Oslo, Veglaboratariet,
38p. mimeographer.
1000 Hermansson & Grävare (1978) Static Bearing capacity
of Piles from Dynamic Measurements, Särtryck ur
0 Väg och vattenbyggan 8-9.
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
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