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Administração Financeira e Orçamentária p/

Auditor Federal de Controle Externo/TCU


Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 06

AULA 06: Classificação da receita pública:


institucional, por categorias econômicas, por
fontes. Execução orçamentária e financeira:
estágios e execução da receita pública.
SUMÁRIO PÁGINA
1.Apresentação. 1
2.Principais classificações e um “esquenta” 2
3.Ingressos e dispêndios: conceitos e diferenças 5
4.Classificação da receita quanto à natureza
11
(econômica)
5.Classificação por fonte de recursos 25
6.Classificação da receita para apuração do resultado
36
primário
7. Classificação por esfera orçamentária 39
8. Classificação contábil quanto aos efeitos no
40
patrimônio líquido
9. Classificação quanto à coercitividade 44
10. Classificação quanto à periodicidade (regularidade) 48
11.Tabela-síntese da classificação das receitas 49
12.Etapas da receita e da despesa orçamentária 51
13.Etapas/ estágios da receita orçamentária 52
14.Questões comentadas 59
15.Lista das questões apresentadas 70

1. APRESENTAÇÃO
Pessoal aula de hoje veremos as classificações oficiais da receita.
Durante a aula trataremos ainda das demais classificações: quanto aos
efeitos sobre o patrimônio, quanto à coercitividade (classificação alemã) e
quanto à regularidade. Por fim, trataremos das etapas e dos estágios da
receita.

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2. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES E UM “ESQUENTA”
O quadro a seguir evidencia as principais classificações da receita já
cobradas em prova.

Quadro 1: Visão Geral das Classificações da Receita


É uma classificação
Tipo de Classificação Critérios
oficial na LOA?
Orçamentário e
Tipo de ingressos Não
Extraorçamentário
Natureza (Econômica) Corrente e Capital Sim
Fonte Ordinária e Vinculada Sim
Resultado Primário Primária e Financeira Sim
Fiscal, Seguridade e
Esfera Orçamentária Sim
Investimento
Coercitividade
Originária e Derivada Não
(Acadêmica)
Contábil Efetiva e Não Efetiva Não
Periodicidade Ordinária e
Não
(Regularidade) Extraordinária

Observa-se que existem atualmente 4 (quatro) classificações


oficiais da receita: natureza, fonte, resultado primário e por esfera
orçamentária.
A título de “ESQUENTA” vou apresentar três questões discursivas
que cobraram esse tema. Vejam como é importante saber sobre as
receitas de forma completa.

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TCU/2009/AFCE/Cespe

TRT 17ª Região/2009/Contador/Cespe

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ANCINE/2013/Analista/Cespe

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3. INGRESSOS E DISPÊNDIOS: CONCEITOS E DIFERENÇAS
Antes de ingressarmos nas classificações das receitas propriamente
ditas vou apresentar o conceito de ingressos e dispêndios. Na aula
seguinte sobre despesas, retomarei mais uma vez a este tópico.
Os ingressos são todas as entradas de bens ou direitos, em
determinado período de tempo, que o Estado utiliza para financiar
seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio. Pode ser
de natureza orçamentária, extra-orçamentária ou intra-orçamentária.
Em sentido amplo, aos ingressos de recursos financeiros nos cofres
do Estado denominam-se receitas públicas, catalogadas como
orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos
financeiros para o erário público, ou extraorçamentárias, quando
não representam disponibilidades de recursos para o erário.
O Quadro 2 que contém os conceitos relacionados aos ingressos que
ocorrem nos cofres públicos.

Quadro 2: Conceitos dos ingressos no setor público


Entradas financeiras que aumentam o saldo do
patrimônio financeiro.
São disponibilidades de recursos financeiros que
ingressam durante o exercício orçamentário e
constituem elemento novo para o patrimônio
público.
Instrumento por meio do qual se viabiliza a
execução das políticas públicas, a Receita
Orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado
Ingressos Orçamentários
em programas e ações cuja finalidade precípua é
atender às necessidades públicas e demandas da
sociedade.
Pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do
Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro, e, via
de regra, por força do Princípio Orçamentário da
Universalidade, estão previstas na Lei
Orçamentária Anual – LOA . 1

Exemplos: impostos, taxas, aluguéis.

1
Nem todas as receitas orçamentárias passam pelo estágio da previsão.

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Entradas que provocam alterações do patrimônio
financeiro, porém não modificam o seu saldo.
Ela não integra o orçamento público, não
constituindo renda da Administração, uma vez que a
sua execução não se vincula à execução do orçamento.
Não constitui renda do Estado, sendo o mesmo
mero depositário dos valores assim recebidos. Possui
caráter temporário.
O Estado apenas é considerado seu depositário
Extraorçamentários
quando do seu ingresso e nesse momento é gerado
um aumento de igual valor no ativo e no passivo,
ambos financeiros, mantendo inalterado o saldo
patrimonial financeiro.
Exemplos: Depósitos em caução, Fianças,
Operações de Crédito por Antecipação de Receita
Orçamentária – ARO, Emissão de moeda e outras
entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiros.

A Figura 1 ilustra os ingressos orçamentários e extraorçamentários.

Figura 1: Segregação dos ingressos no setor público

Fonte: MTO

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A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes
públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos
prestados à sociedade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são
tipificados em orçamentários e extraorçamentários.
Quadro 3: Conceitos de dispêndios no setor público
Saídas ou despesas financeiras que diminuem o
saldo do patrimônio financeiro.
Orçamentários É o fluxo que deriva da utilização de crédito
consignado no orçamento da entidade, podendo ou não
diminuir a situação líquida patrimonial.
Saídas financeiras ou despesas que provocam
alterações no patrimônio financeiro, sem que, porém
ocorram modificações no saldo patrimonial
Dispêndios financeiro.
Saída financeira que gera diminuição de igual valor
Extra- no ativo financeiro e no passivo financeiro.
orçamentários É a aquele que não consta na lei orçamentária anual,
compreendendo as diversas saídas de numerários,
decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a
pagar, resgate de operações de crédito por
antecipação de receita e saídas de recursos
transitórios (pagamento de pensão alimentícia).
A Figura 2 ilustra os dispêndios orçamentários e extraorçamentários.
Figura 2: Segregação dos dispêndios no setor público

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1.(Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As emissões de papel-


moeda estão entre as receitas compreendidas na lei de orçamento.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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1.(Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As emissões de papel-
moeda estão entre as receitas compreendidas na lei de orçamento.
ERRADO, neste caso seriam receitas extraorçamentárias.

Vimos até aqui o que existe no nível conceitual. Porém, queria


apresentar a vocês uma dica prática para acertar qualquer questão que
envolva a diferenciação entre receitas orçamentárias e
extraorçamentárias, e entre despesas orçamentárias e
extraorçamentárias. As receitas extraorçamentárias são entradas
compensatórias no ativo financeiro e no passivo financeiro,
enquanto as despesas extra-orçamentárias são saídas
compensatórias do Ativo Financeiro e do Passivo Financeiro.
Observemos o Quadro 4 contendo o Balanço Patrimonial.

Quadro 4: Estrutura do Balanço Patrimonial conforme Lei 4320/1964


ATIVO PASSIVO
ATIVO FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO
ATIVO PERMANENTE PASSIVO PERMANENTE
Soma do Ativo Real Soma do Passivo Real
SALDO PATRIMONIAL
TOTAL GERAL TOTAL GERAL
Fonte: Anexo 14 – Lei 4320/1964

Assim, se ocorrer algum evento que aumente simultaneamente o


ativo financeiro e o passivo financeiro é receita extra-orçamentária; e se
ocorrer algum evento que diminua simultaneamente o ativo financeiro e o
passivo financeiro é despesa extra-orçamentária.
Na sequência vou pedir para vocês gravarem os componentes da
dívida flutuante que está inserida no Passivo Financeiro:
-Restos a pagar;
-Serviço da dívida a pagar;
-Cauções, depósitos (inclusive judiciais), consignações, retenções;
-Débitos de Tesouraria (Antecipação de Receita Orçamentária);
-Papel moeda.

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Observe que estes itens são itens estáticos, ou seja, são
obrigações. Assim, a dica é (não vale para fins conceituais de
concurso): quando um desses itens aumenta ocorre receita extra-
orçamentária, quando um desses itens diminui ocorre despesa
extra-orçamentária. O Quadro 5 mostra a “Dica Prática”.

Quadro 5: Dica Prática de receitas e despesa extra-orçamentárias


Item Estático da Dívida Fluxo de aumento do Fluxo de diminuição do
Flutuante Obrigação item  Receita extra- item  Despesa extra-
do Passivo Financeiro. orçamentária. orçamentária.
Restos a pagar Inscrição de Restos a Pagamento de Restos a
Pagar Pagar
Serviço da Dívida a Pagar Inscrição de Serviço da Pagamento de Serviço da
Dívida a Pagar Dívida a Pagar
Cauções, depósitos, Recebimento de cauções Devolução de cauções e
consignações, retenções e depósitos. depósitos.
Registro da consignação, Pagamento da
retenção. consignação, retenção.
Antecipação de Receita Contratação de ARO. Pagamento de ARO.
Orçamentária
Papel moeda Emissão de Papel Resgate/Baixa do Papel
Moeda. Moeda.

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4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA QUANTO À NATUREZA
Na lei orçamentária anual a receita apresenta a classificação quanto
à natureza (classificação econômica). A classificação econômica foi
instituída pela lei 4320/1964 e é adotada até hoje. Apesar disso, no caso
das receitas existem pequenos cuidados que devemos ter quanto aos
conteúdos da lei 4320/1964 e a portaria 163/2001, pois nem todos os
conteúdos são idênticos. Inicialmente apresento a vocês o Quadro 6 que
contém a classificação econômica instituída pela lei 4320/1964.

Quadro 6: Classificação da Receita conforme a Lei 4320/1964


Impostos, Taxas,
Tributária
Contribuições de Melhoria.
Profissionais, Sociais
(COFINS, CSLL),
Contribuições
Interventivas (CIDE-
combustível).
Receitas imobiliárias, receitas
de valores mobiliários,
Patrimonial
participações e dividendos,
outras receitas patrimoniais.
Agropecuária -
Receita Receita de Serviços
Corrente Industrial Industriais, outras Receitas
Industriais
Juros sobre empréstimos
Serviços
concedidos.
Multas, Cobrança da Dívida
Outras Ativa, Outras Receitas
Diversas.
Provenientes de recursos financeiros
Recebimento de recursos de
recebidos de outras pessoas de direito
transferências de pessoas
público ou privado, quando destinadas
(doações) e de entes
a atender despesas classificáveis em
(convênios)
Despesas Correntes
As provenientes da realização de
recursos financeiros oriundos de Operações de Crédito.
constituição de dívidas
Alienação de Bens Móveis e
Da conversão, em espécie, de bens e
Imóveis, Amortização de
Receita direitos.
Empréstimos Concedidos.
de Capital
Recursos recebidos de outras pessoas
Transferências de Capital.
de direito público ou privado.
Destinados a atender despesas
Outras Receitas de Capital.
classificáveis em Despesas de Capital.
O superávit do Orçamento Corrente. -
Legenda: o superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais
das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº
1, não constituirá item de receita orçamentária.

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As bancas gostam de incluir receitas de contribuições como sendo parte


integrante das receitas tributárias, quando na verdade as
contribuições de melhoria é que são receitas tributárias. As
contribuições de melhoria não se confundem com as
contribuições profissionais, interventivas e sociais.

2. (Cespe/TCDF/2014) As contribuições parafiscais, assim como os


impostos, são classificadas como tributos, e sua arrecadação é destinada
ao custeio de atividade paraestatal.

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2. (Cespe/TCDF/2014) As contribuições parafiscais, assim como os
impostos, são classificadas como tributos, e sua arrecadação é
destinada ao custeio de atividade paraestatal.
ERRADO, são receitas de contribuições (código 1.2).

Pessoal, vimos os conceitos e a classificação da receita disposta na

lei 4320/1964, porém devemos saber também a classificação da receita

conforme a portaria 163/2001 que possibilita a identificação detalhada

dos recursos que ingressam nos cofres públicos. Esta classificação é

formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em

seis níveis: categoria econômica (1º dígito), origem (2º dígito),

espécie (3º dígito), desdobramento para identificação de

peculiaridades (4º, 5º, 6º e 7º dígitos), tipo (8º dígito):

C.O.E.DESD.T

A Figura 3 ilustra a classificação quanto à natureza da receita

estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos

os entes (União, Estados, DF e Municípios)2.

2
Art. 2º A classificação da receita, a ser utilizada por todos os entes da Federação, consta do Anexo I desta
Portaria, ficando facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades.

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Figura 3: Classificação quanto à natureza estabelecida pela portaria 163/2001
atualizada

O Quadro 7 mostra os conceitos relacionados a cada nível da receita


orçamentária.
Quadro 7: Conceitos atrelados a cada nível da classificação quanto à natureza da receita
Nível Conceito
Impacto das decisões do Governo na Economia
1º Categoria Econômica Nacional (para estatísticos e consolidação do
sistema de contas Nacional).
2º Origem Identifica a precedência ao fato gerador.
Permitem qualificar com maior detalhe o fato
3º Espécie
gerador (a origem) de tais receitas.
Tem finalidade de identificar peculiaridades de cada
receita, caso seja necessário. Desse modo, esses
Desdobramento para dígitos podem ou não ser utilizados conforme a
4º identificação de necessidade de especificação do recurso.
peculiaridades No caso de receitas exclusivas de Estados e
Municípios, o quarto dígito geral (1º dígito do
desdobramento) utilizará o número “8”.
O tipo, correspondente ao último dígito na natureza
5º Tipo de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de
arrecadação a que se refere aquela natureza.
Fonte: MTO

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4.1. Classificação da receita quanto à categoria econômica

Quanto à categoria econômica as receitas se classificam em


Receitas Correntes e Receitas de Capital. O Quadro 8 contém os conceitos
das relacionados às receitas correntes e de capital.

Quadro 8: Receitas correntes e de capital


São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado, em geral com
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem
instrumento para financiar os objetivos definidos nos
programas e ações correspondentes às políticas públicas.
Classificam-se como correntes as receitas provenientes de
Receita tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio
Corrente estatal (Patrimonial); da exploração de atividades
econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes (Transferências
Correntes); e demais receitas que não se enquadram nos
itens anteriores (Outras Receitas Correntes).
Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado.
Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas
de Capital em regra não provocam efeito sobre o
Patrimônio Líquido.
Receita Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização
de Capital de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e
da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto os
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado e destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital.

Na sequência vamos retornar a Figura 1 na seção 2. Lá observamos


que há as receitas intraorçamentárias. As receitas intraorçamentárias
decorrem do controle que existe sobre as operações intraorçamentárias.

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As operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre
órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente
federativo. Não representam novas entradas de recursos nos
cofres públicos do ente, mas apenas remanejamento de receitas entre
seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são contrapartida de
despesas intraorçamentárias, que, devidamente identificadas, evitam a
dupla contagem na consolidação das contas governamentais.
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF 338/2006 incluiu as
Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital
Intraorçamentárias representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e
8 em suas categorias econômicas. Essas classificações não
constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas
especificações das categorias econômicas Receitas Correntes e
Receitas de Capital. A Figura 4 ilustra essa codificação.

Figura 4: Codificação das receitas intraorçamentárias

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3. (Cespe/MPU/2010/Técnico de apoio-orçamento) A classificação de


receitas intraorçamentárias correntes e de capital foi incorporada à lei
que trata das normas gerais de orçamento, dada a necessidade de
registro de receitas provenientes de órgãos pertencentes ao mesmo
orçamento, evitando-se as duplas contagens na consolidação das contas
públicas.

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3. (Cespe/MPU/2010/Técnico de apoio-orçamento) A classificação de
receitas intraorçamentárias correntes e de capital foi incorporada à lei
que trata das normas gerais de orçamento, dada a necessidade de
registro de receitas provenientes de órgãos pertencentes ao mesmo
orçamento, evitando-se as duplas contagens na consolidação das contas
públicas.
ERRADO, as receitas intraorçamentárias decorrem de operações entre
entes integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social.
Assim, fica a assertiva errou ao incorporar no conceito o termo “mesmo
orçamento”, pois inclui o orçamento de investimento.

4.2. Classificação quanto à categoria origem


A Figura 5 contém a relação entre as categorias econômicas e as
origens.
Figura 5: Classificação quanto à origem

Fica claro que a classificação quanto à origem estabelecida pela


portaria 163/2001 segue de lógica semelhante da classificação da lei
4320/1964 exposta no Quadro 6. Porém, o concurseiro deve gravar as
receitas que estão abrangidas por cada origem. O Quadro 9 contém as
receitas correntes e o Quadro 10 as receitas de capital.

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Quadro 9: Receitas abrangidas pelas receitas correntes


Receitas Receitas que estão abrangidas
Correntes
Receitas Englobam os impostos, as taxas e as contribuições de
Tributárias melhoria, previstos no art. 145 da CF.
Reúnem-se nessa origem as contribuições sociais, de

Receitas de intervenção no domínio econômico e de interesse das


Contribuições categorias profissionais ou econômicas, conforme
preceitua o art. 149 da CF.
São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente
público, como, por exemplo, bens mobiliários e imobiliários

Receitas (foros, laudêmios, arrendamentos) ou, ainda, bens intangíveis


Patrimoniais e participações societárias. Exemplos: compensações
financeiras/ royalties3, concessões e permissões, entre
outras.
Trata-se de receita originária, auferida pelo Estado quando
atua como empresário, em posição de igualdade com o
particular. Decorrem da exploração econômica, por parte
Receitas
do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a
Agropecuárias
venda de produtos agrícolas (grãos, tecnologias, insumos
etc), pecuários (semens, técnicas em inseminação, matrizes
etc), para reflorestamentos etc.
São provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente
Receitas
público, como: indústria de extração mineral, de
Industriais
transformação, de construção, entre outras.
Decorrem da prestação de serviços por parte do ente público,
tais como: financeiros (juros), comércio, transporte,
Receitas de
comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços
Serviços
recreativos, culturais etc. Tais serviços são remunerados
mediante preço público, também chamado de tarifa.

3
As compensações financeiras e os royalties têm origem na exploração do patrimônio do Estado, constituído
por recursos minerais, hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico. As compensações
financeiras são forma de se recompor financeiramente prejuízos, danos ou o exaurimento do bem porventura
causados pela atividade econômica que explora esse patrimônio estatal. Os royalties são forma de participação
no resultado econômico que advém da exploração do patrimônio público. O § 1º do art. 20 da CF versa sobre o
assunto e assegura que os entes federados e a administração direta da União terão participação nos recursos
auferidos a esses títulos.

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Recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado destinados a atender despesas
de manutenção ou funcionamento, a fim de atender finalidade
pública específica que não seja contraprestação direta em
bens e serviços a quem efetuou essa transferência. Os
recursos assim recebidos se vinculam à consecução da
finalidade pública objeto da transferência. As transferências
ocorrem entre entidades públicas (seja dentro de um
Transferências mesmo ente federado, seja entre diferentes entes) ou entre
Correntes entidade pública e instituição privada.
Transferências de Convênios: são recursos transferidos
por meio de convênios firmados entre entes públicos ou
entre eles e organizações particulares destinados a custear
despesas correntes e com finalidade específica: realizar ações
de interesse comum dos partícipes.
Transferências de Pessoas: compreendem as contribuições
e as doações que pessoas físicas realizem para a
Administração Pública.
Constituem-se pelas receitas cujas características não
permitam o enquadramento nas demais classificações da
Outras Receitas
receita corrente, tais como indenizações, restituições,
Correntes
ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas,
entre outras.

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Quadro 10: Receitas abrangidas pelas receitas de capital
Receitas de Receitas que estão abrangidas
Capital
Recursos financeiros oriundos da colocação de títulos
Operações de
públicos ou da contratação de empréstimos junto a
Crédito
entidades públicas ou privadas, internas ou externas.
Ingressos financeiros provenientes da alienação de
bens móveis ou imóveis de propriedade do ente
público. O art. 44 da LRF veda a aplicação da receita de
Alienação de
capital decorrente da alienação de bens e direitos que
Bens
integrem o patrimônio público para financiar despesas
correntes, salvo as destinadas por lei ao RGPS ou ao regime
próprio do servidor público.
Ingressos financeiros provenientes da amortização de
financiamentos ou de empréstimos que o ente público
haja previamente concedido. Embora a amortização do
Amortização de empréstimo seja origem da categoria econômica Receitas de
Empréstimos Capital, os juros recebidos associados ao empréstimo
são classificados em Receitas Correntes/ de Serviços/
Serviços Financeiros, pois os juros representam a
remuneração do capital.
São os recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado e destinados a
atender despesas com investimentos ou inversões
financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica
Transferências que não seja contraprestação direta a quem efetuou essa
de Capital: transferência. Os recursos assim recebidos vinculam-se à
consecução da finalidade pública objeto da transferência. As
transferências ocorrem entre entidades públicas (seja dentro
de um mesmo ente federado, seja entre diferentes entes) ou
entre entidade pública e instituição privada.
Registram-se nesta origem receitas cuja característica
não permita o enquadramento nas demais
Outras Receitas
classificações da receita de capital, como: Resultado do
de Capital
Banco Central, Remuneração das Disponibilidades do Tesouro
Nacional, Integralização do Capital Social, entre outras

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A diferença entre receitas de transferências correntes e receitas de


transferências de capital é que as primeiras se destinam a atender
despesas de manutenção ou funcionamento (despesas correntes) e as
segundas se destinam a atender despesas com investimentos ou
inversões financeiras (despesas de capital). Não confundir este
conceito como o conceito de receitas correntes e receitas de capital. Isso
porque podemos aplicar receitas correntes em despesas de capital.

Por fim, pessoal apresento mais algumas pegadinhas que já vi cair


em concurso e que devemos saber.
Quadro 11: Pegadinhas de concurso
Nomenclatura Categoria Econômica
Alienação de Bens Apreendidos Receita Corrente: outras
Dividendos
Receita Corrente: patrimonial
Taxa de Ocupação de Imóveis
Juros de empréstimos concedidos Receita Corrente: Serviços
Títulos de Responsabilidade do Tesouro
Receita de Capital: Operações de
Nacional
Crédito
Empréstimos Compulsórios
Receita de Capital: Alienação de
Alienação de Estoques
Bens
Integralização do Capital Social
Resultado do Banco Central do Brasil Receita de Capital: Outras Receitas
Remuneração das Disponibilidades do de Capital
Tesouro Nacional

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Com a mudança promovida pela Portaria SOF nº 45, de 26 de agosto de


2015, a receita da dívida ativa que antes em regra era classificada como
outras receitas correntes, agora a passa a acompanhar a origem (2º
nível) e espécie (3º nível). Ou seja, é possível haver receita da
dívida ativa em diversos tipos de receitas agora.

4. (Cespe/ANP/2013/Analista) As receitas dos royalties são originadas


pela exploração do patrimônio do Estado, que é constituído por recursos
minerais, hídricos e florestais. Essas receitas são classificadas como
patrimoniais, dentro da categoria econômica receitas correntes.

5. (Cespe/ANTAQ/2014) Caso se pretenda identificar, dentro de cada


espécie de receita, uma qualificação mais específica ou agregar
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre
si, deve-se utilizar o nível de codificação da receita denominado rubrica.

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4. (Cespe/ANP/2013/Analista) As receitas dos royalties são originadas
pela exploração do patrimônio do Estado, que é constituído por recursos
minerais, hídricos e florestais. Essas receitas são classificadas como
patrimoniais, dentro da categoria econômica receitas correntes.
CERTO. Royalties são receitas correntes patrimoniais.

5. (Cespe/ANTAQ/2014) Caso se pretenda identificar, dentro de cada


espécie de receita, uma qualificação mais específica ou agregar
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre
si, deve-se utilizar o nível de codificação da receita denominado
rubrica.
ERRADO, não existe mais rubrica desde de 01/01/2016.

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5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FONTE DE RECURSOS
A classificação orçamentária por Fontes/Destinações de
recursos tem como objetivo de identificar as fontes de
financiamento dos gastos públicos. As Fontes/Destinações de
recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras
previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas
Fontes/Destinações são associadas a determinadas despesas de
forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos.
Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código
de Fonte/Destinação de recursos exerce um duplo papel no
processo orçamentário.

Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a


destinação de recursos para a realização de determinadas despesas
orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos
recursos que estão sendo utilizados.

A figura 6 ilustra essa associação entre a receita e a despesa.

Figura 6: Fonte de recurso: relação entre receita e despesa

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Observa-se que a classificação por fonte de recursos é ao


mesmo tempo uma classificação da receita e da despesa. Assim,
mesmo código utilizado para controle das destinações da receita
orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das
fontes financiadoras da despesa orçamentária. Desta forma, este
mecanismo contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º da
LRF e o art. 50, inciso I da mesma Lei:

Art. 8º [...]
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a


escrituração das contas públicas observará as seguintes:
I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo
que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória
fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

A natureza da receita orçamentária busca identificar a


origem do recurso segundo seu fato gerador. Existe, ainda, a
necessidade de identificar a destinação dos recursos arrecadados.
Para tanto, a classificação por Fonte/Destinação de Recursos
identifica se os recursos são vinculados ou não e, no caso dos
vinculados, pode indicar a sua finalidade. A destinação pode ser
classificada em vinculada e ordinária. O Quadro 12 mostra os conceitos de
cada destinação.

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Quadro 12: classificação das destinações de recursos
Tipo de
Conceito
destinação
É o processo de vinculação entre a origem e a aplicação
Destinação
de recursos, em atendimento às finalidades específicas
Vinculada
estabelecidas pela norma.
É o processo de alocação livre entre a origem e a
Destinação
aplicação de recursos, para atender a quaisquer
Ordinária
finalidades.

A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada


em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de
recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos,
entidades e fundos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de
convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos
recursos são obtidos com finalidade específica.

5.1. Códigos Utilizados


Chegou a hora de apresentarmos os códigos que permitem a
operacionalização das fontes de recursos. A classificação de fonte de
recursos consiste em um código de três dígitos. O 1º dígito representa
o grupo de fonte, enquanto o 2º e o 3º representam a
especificação da fonte. O Quadro 13 mostra a classificação por fonte de
recursos.

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Quadro 13: Classificação por fonte de recursos
Classificação
Grupo fonte de Especificação das fontes de
por fonte de
recursos recursos
recursos
É o código que individualiza cada
destinação. Possui a parte
mais significativa da
classificação. Sua
apresentação segrega as
Identifica se os
destinações em dois grupos:
recursos são ou
Destinações Primárias e Não-
não do tesouro
primárias.
Finalidade nacional; e se
As Destinações Primárias são
pertencem ao
aquelas não-financeiras.
exercício atual ou
As Destinações Não-
anteriores.
Primárias, também chamadas
financeiras, são representadas
de forma geral por operações de
crédito, e amortizações de
empréstimos.
Exemplo de
1 00
código
Descrição do Tesouro nacional
Recursos ordinários
código exercício corrente

Observa-se no exemplo acima que os recursos são originários do


Tesouro Nacional e podem ser aplicados em quaisquer finalidades.
Na sequência, a Figura 7 contém os demais códigos do grupo
fonte de recursos.

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Figura 7: Código de grupo fonte de recursos

-Os Recursos do Tesouro são aqueles geridos de forma centralizada pelo


Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as
disponibilidades financeiras.
-Os Recursos de Outras Fontes são aqueles arrecadados e controlados de
forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob responsabilidade
desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de
autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor
desses valores. De forma geral esses recursos têm origem no esforço
próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços
ou exploração econômica do patrimônio próprio.
-Os Recursos Condicionados, que são aqueles incluídos na previsão da
receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na
legislação para integralização dos recursos. Quando confirmadas tais
proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e
definitivas.

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Prosseguindo na classificação por fonte de recursos, a Figura 8
contém alguns exemplos de códigos da especificação da fonte de
recursos, enquanto a Figura 9 contém combinações dos grupos fontes e
especificações das fontes.

Figura 8: Exemplos de especificações de fonte de recursos

Figura 9: Exemplos de combinações entre grupo e especificações de


fonte de recursos

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5.2. Aplicação da fonte de recursos
Pessoal gostaria de apresentar um último conceito descrito a seguir.
Uma mesma receita arrecadada
pode no momento da
arrecadação ter mais de uma
fonte.
Por exemplo, a receita de imposto
de renda terá 3 especificações de
fontes distintas: 00, 01 e 12.

A seguir, vamos detalhar cada uma das especificações.


A fonte 00 corresponde aos Recursos Ordinários. Receitas do
Tesouro Nacional, de natureza tributária, de contribuições, patrimonial, de
transferências correntes e outras, sem destinação específica, isto é, que
não estão vinculadas a nenhum órgão ou programação e nem são
passíveis de transferências para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. Constituem recursos disponíveis para livre
programação.
Temos como exemplos: a Receita do Principal do Imposto de
Importação, do imposto de renda, do imposto de produtos
industrializados. Impostos Extraordinários, Aluguéis, arrendamentos.
A fonte 01 corresponde às transferências do imposto sobre a
renda e sobre produtos industrializados. É a fonte composta pelas
transferências dos recursos provenientes da arrecadação desses tributos,
segundo o art. 159 da Constituição Federal (alterado pela Emenda
Constitucional nº 55, de 20 de setembro de 2007). A figura 10 mostra a
repartição desses impostos.
Figura 10: Repartição do imposto de renda e do imposto dos produtos
industrializados
TRANSFERÊNCIAS IR (%) IPI (%)
Fundo de Participação dos Estados 21,5 21,5
Fundo de Participação dos Municípios 24,5 24,5
Estados Exportadores - 10
Programas de Financiamento ao Setor Produtivo 3,0 3,0

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Isso significa que quando a União arrecada 100 reais de
imposto de renda, R$ 24,50 são destinados ao Fundo de
Participação dos Municípios; R$ 21,50, ao Fundo de Participação
dos Estados; e R$ 3,00, aos fundos constitucionais do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
A fonte 12 corresponde aos recursos destinados à
manutenção e desenvolvimento do ensino. É a fonte composta pela
parcela mínima de 18% do produto da arrecadação dos impostos,
líquidos de transferências constitucionais, que a União deve aplicar na
manutenção e desenvolvimento do ensino, de acordo com o art. 212
da Constituição Federal. No caso dos Estados, Distrito Federal e
Municípios o valor a ser aplicado é de 25% sobre os impostos líquidos
de transferências constitucionais.
Por fim, apresento a Figura 11 que contém a distribuição de uma
receita de arrecadada de R$ 100,00 de imposto de renda.

Figura 11: Repartição de 100 reais de imposto de renda

FPM  24,50

FPE  21,50 Fonte  01

FNE, FNO e FCO


 3,00

Manutenção e
R$ 100,00 de
desenvolvimento do Fonte  12
imposto de renda
Ensino  9,72

Recursos Ordinários
Fonte  00
 41,28

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Pessoal não caiu em prova até hoje, porém vou apresentar como
cheguei aos valores dos recursos destinados à manutenção e
desenvolvimento do ensino e dos recursos ordinários. O Quadro 14 e 15
contém os detalhes.

Quadro 14: Memória de cálculo dos recursos destinados à manutenção e


desenvolvimento do ensino
A - Imposto de renda bruto R$ 100,00
B- FPE (C = A x 21,5%) R$ 21,50
C- FPM (D = A x 24,5%) R$ 24,50
D - Imposto de renda líquido
R$ 54,00
(E = A – B – C)
Valor a ser aplicado à manutenção e
desenvolvimento do ensino R$ 9,72
(E x 18%)

Quadro 15: Memória de cálculo dos recursos ordinários


A - Imposto de renda bruto R$ 100,00
B- FPE (B = A x 20%) R$ 21,50
C- FPM (D = A x 23,5%) R$ 24,50
D – FNE, FNO e FCO (D = A x 3%) R$ 3,00
E – Manutenção e desenvolvimento do
R$ 9,72
ensino
F – Recursos ordinários
R$ 41,28
(F = A – B – C – D - E)

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6. (Cespe/DPU/2010/Contador) O código de classificação de fontes de


recursos é composto por três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo
de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes
de recursos. O indicador de grupo de fontes de recursos identifica se o
recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao
exercício corrente ou a exercícios anteriores.

(Cespe/ANAC/2009/Analista Administrativo) No que se refere à


destinação de recursos na contabilidade pública e a suas peculiaridades,
julgue os itens a seguir.
7. A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja
para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.
Outro tipo de vinculação deriva de convênios e contratos de empréstimos
e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.

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6. (Cespe/DPU/2010/Contador) O código de classificação de fontes de
recursos é composto por três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo
de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes
de recursos. O indicador de grupo de fontes de recursos identifica se o
recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao
exercício corrente ou a exercícios anteriores.
CERTO, são os códigos 1, 2, 3 e 6 do grupo fonte que permitem tal
identificação.

(Cespe/ANAC/2009/Analista Administrativo) No que se refere à


destinação de recursos na contabilidade pública e a suas peculiaridades,
julgue os itens a seguir.
7. A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja
para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.
Outro tipo de vinculação deriva de convênios e contratos de empréstimos
e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.
CERTO, temos todas essas vinculações conforme consta na Figura
8.

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6. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PARA APURAÇÃO DO RESULTADO
PRIMÁRIO
Esta classificação orçamentária instituída pela União e válida para
os demais entes tem por objetivo identificar quais são as receitas e as
despesas que compõem o resultado primário do Governo Federal, que é
representado pela diferença entre as Receitas Primárias e as
Despesas Primárias.
As receitas do Governo Federal podem ser divididas entre
primárias e não primárias (financeiras).
O primeiro grupo refere-se predominantemente a receitas
correntes e é composto daquelas que advêm dos tributos, das
contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos
pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das
decorrentes do próprio esforço de arrecadação das unidades
orçamentárias, das provenientes de doações e convênios e outras
também consideradas primárias.
Já as receitas não primárias (financeiras) são aquelas que não
contribuem para o resultado primário ou não alteram o endividamento
líquido do Governo (setor público não financeiro) no exercício financeiro
correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um
direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou
externo, alterando concomitantemente o ativo e o passivo financeiros.
São adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da
emissão de títulos, da contratação de operações de crédito por
organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da
União (juros recebidos, por exemplo), das privatizações e outras.

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Quadro 16: Comparação entre as receitas primárias e financeiras
com a classificação quanto à natureza
Exemplo de receita Exemplo de receita
Classificação
corrente de capital
Receita Primária Demais em regra. Demais em regra.
Operações de Crédito e
Juros e aplicações
Receita Financeira Amortização de
financeiras.
Empréstimos.

8. (Cespe/2015/STJ) A classificação destinada a identificar as receitas de


acordo com sua inclusão no resultado fiscal do governo divide-se em
receitas de resultado primário e secundário.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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8. (Cespe/2015/STJ) A classificação destinada a identificar as receitas de
acordo com sua inclusão no resultado fiscal do governo divide-se em
receitas de resultado primário e secundário.
ERRADO, seria resultado primário e a divisão seria: primária e
financeira.

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7. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA
A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar
se a receita pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de
Investimento das Empresas Estatais, conforme distingue o § 5o do art.
165 da CF.
Além das características comuns à classificação da despesa por
esfera orçamentária, vale destacar os seguintes constantes do quadro a
seguir.
Quadro 17: Receitas por esfera orçamentária
Referem-se às receitas arrecadadas pelos Poderes da
União, seus órgãos, entidades fundos e fundações,
inclusive pelas empresas estatais dependentes [vide
Receitas do
art.2º, inciso III, da LRF]. Compreendem, por
Orçamento Fiscal
exclusão, as receitas não classificadas nos
Orçamentos da Seguridade Social e de
Investimento.
Abrangem as receitas de todos os órgãos, entidades,
Receitas do
fundos e fundações vinculados à Seguridade Social, ou
Orçamento da
seja, às áreas de Saúde, Previdência Social e
Seguridade Social
Assistência Social.
Referem-se aos recursos arrecadados pelas empresas
Receitas do
estatais não dependentes [não enquadradas no art. 2º,
Orçamento de
inciso III, da LRF] em que a União, direta ou
Investimento das
indiretamente, detenha a maioria do capital social com
Empresas Estatais
direito a voto.

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8. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA QUANTO AOS EFEITOS SOBRE O
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a

receita pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”. O Quadro 18 mostra a diferença

entre as receitas efetivas e não efetivas.

Quadro 18: Receitas efetivas e não efetivas em comparação com a classificação


quanto à natureza
Exemplo de
Exemplo de
Classificação Conceito receita de
receita corrente
capital
Aquela que, no momento Receitas tributárias,
do reconhecimento do de contribuições,
crédito, aumenta a patrimoniais,
Receita
situação líquida agropecuárias, Transferências de
Orçamentária
patrimonial da industriais, de capital.
Efetiva
entidade. Constitui fato serviços, de
contábil modificativo transferências
aumentativo. correntes.
Aquela que não altera a
situação líquida
Receita Operações de
patrimonial no
Orçamentária crédito, alienação
momento do Receita da dívida
não Efetiva (por de bens,
reconhecimento do ativa.
mutação amortização de
crédito e, por isso,
patrimonial) empréstimos.
constitui fato contábil
permutativo.

Em regra as receitas correntes são receitas efetivas e as receitas de


capital são não efetivas. Porém, existem receitas correntes não efetivas
(cobrança da dívida ativa) e receitas de capital efetivas (transferências de
capital).

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Na receita não efetiva, o estado recebe dinheiro a partir da perda


de um bem ou de um direito ou do surgimento de uma obrigação. Na
receita efetiva o estado recebe o dinheiro sem perder um bem ou direito,
ou sem ganhar uma obrigação. O Quadro 19 mostra alguns exemplos.

Quadro 19: Exemplos de receitas não efetivas (por mutação patrimonial)


Exemplo de É baixado um
receita bem/direito ou é
Como se dá o processo?
ganha uma
obrigação?
É ganha uma No momento da arrecadação quando
Operação de obrigação ocorre do aumento do caixa (no ativo),
crédito (empréstimos a ocorre simultaneamente um aumento
pagar). de uma obrigação (no passivo).
No momento da arrecadação quando
Alienação de É baixado um bem ocorre do aumento do caixa (no ativo),
bens móvel ou imóvel. ocorre simultaneamente uma baixa de
um bem (no ativo).
No momento da arrecadação quando
É baixado um
Amortização de ocorre do aumento do caixa (no ativo),
direito (empréstimo
empréstimo ocorre simultaneamente uma baixa de
a receber).
um direito (no ativo).
No momento da arrecadação quando
É baixado um
Recebimento ocorre do aumento do caixa (no ativo),
direito (dívida ativa
da dívida ativa ocorre simultaneamente uma baixa de
a receber).
um direito (no ativo).
Legenda: lembre-se que o patrimônio é composto por bens, direitos e
obrigações.

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(Cespe/MTE/2014) No que se refere aos conceitos e às categorias


econômicas das receitas e das despesas públicas, julgue o seguinte item.
9. Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação
líquida patrimonial da entidade.

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(Cespe/MTE/2014) No que se refere aos conceitos e às categorias
econômicas das receitas e das despesas públicas, julgue o seguinte item.
9. Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação
líquida patrimonial da entidade.
CERTO. Trata-se de fato modificativo aumentativo do Patrimônio
Líquido. Em regra, todas as receitas correntes são efetivas.

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9. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COERTICIVIDADE
A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em
originárias e derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico e não é
normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da
receita pelo poder público. O Quadro 20 mostra os conceitos e
exemplos de cada uma.
Quadro 20: receitas derivadas e originárias
Exemplo de Exemplo de
Classificação Conceito receita receita de
corrente capital
Segundo a doutrina, são as
arrecadadas por meio da
exploração de atividades
econômicas pela
Administração Pública.
Operações de
Resultam, principalmente, de Receitas
créditos,
Receitas rendas do patrimônio patrimoniais,
alienação de
públicas mobiliário e imobiliário do agropecuárias,
bens,
originárias Estado (receita de aluguel), industriais, de
amortização de
de preços públicos ou serviços.
empréstimos.
tarifas, de prestação de
serviços comerciais e de
venda de produtos industriais
ou agropecuários.
São receitas voluntárias.
Segundo a doutrina, são as
obtidas pelo poder público
por meio da soberania
Receitas Receitas Receitas de
estatal. Decorrem de norma
públicas tributárias e de empréstimos
constitucional ou legal e, por
derivadas contribuições. compulsórios.
isso, são auferidas de
forma impositiva.
São receitas compulsórias.

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Existem receitas correntes que são derivadas e que são


originárias. Assim, como existem receitas de capital que são
derivadas (empréstimos compulsórios) e que são originárias.

Taxas são compulsórias (decorrem de lei). O que legitima o Estado a


cobrar a taxa é a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis
ou o regular exercício do Poder de Polícia. A relação decorre de lei,
sendo regida por normas de DIREITO PÚBLICO.
Preço Público, sinônimo de tarifa, decorre da utilização de
serviços facultativos que a Administração Pública, de forma direta ou
por delegação (concessão ou permissão), coloca à disposição da
população, que poderá escolher se os contrata ou não. São serviços
prestados em decorrência de uma relação contratual regida pelo
DIREITO PRIVADO.

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10. (Cespe/2016/TCE-PR) Assinale a opção correta a respeito de receita


pública.
a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o
originalmente previsto na LOA serão classificadas como ingressos
extraordinários.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação
orçamentária da receita é a Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser
originárias ou complementares.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito
positivo no patrimônio líquido do Estado.

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10. (Cespe/2016/TCE-PR) Assinale a opção correta a respeito de receita
pública.
a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.
CERTO, apenas os empréstimos compulsórios são derivadas.
Todas as demais receitas de capital são originárias.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o
originalmente previsto na LOA serão classificadas como ingressos
extraordinários.
ERRADO, serão receitas orçamentárias. Ingressos extraordinários
são: empréstimos compulsórios guerra, doações de recursos
financeiros.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação
orçamentária da receita é a Secretaria do Tesouro Nacional.
ERRADO, seria a SOF – Secretaria de Orçamento Federal.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser
originárias ou complementares.
ERRADO, a classificação coercitiva é acadêmica – não oficial. Ela
divide a receita entre derivadas e originárias.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas,
efeito positivo no patrimônio líquido do Estado.
ERRADO, em regra as receitas correntes sim, e em regra as
receitas de capital não.

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10. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PERIODICIDADE
A última classificação pouco usual em prova refere-se à
periodicidade da receita. O Quadro a seguir contém os conceitos.

Quadro 21: Receitas quanto à periodicidade em comparação com a classificação


quanto à natureza
Exemplo de Exemplo de
Classificação Conceito receita receita de
corrente capital
Entradas periódicas e
constantes, compondo de
forma permanente o
Receita orçamento do Estado, isto é, Receitas Operações de
Ordinária ingressam com regularidade tributárias Crédito
por meio do normal
desenvolvimento da atividade
financeira do Estado
Se aufere excepcionalmente e
de forma temporária em
decorrência de determinada
circunstância, como por
Imposto
Receita exemplo, o empréstimo Empréstimo
extraordinário
Extraordinária compulsório (art.148 da Compulsório
de Guerra
CF/88), o imposto
extraordinário (art.154,II, da
CF/88) ou uma doação ao
Estado

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11.TABELA-SÍNTESE DA CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA
Receita Classificação quanto aos
Classificação quanto à Classificação quanto ao resultado
quanto à efeitos sobre o Patrimônio
coerticividade primário
categoria Líquido
econômica Derivada Originária Efetiva Não efetiva Primária Financeira
Receita de
aplicação
Receita do financeira
Patrimoniais,
recebimento da (integram as
Agropecuárias,
Em regra as dívida ativa; Em regra as
Tributária, Industriais, receitas
Corrente receitas Receita de receitas
Contribuições. Serviços, patrimoniais);
correntes. alienação de correntes.
transferências receitas de juros
bens
correntes. (integram as
apreendidos.
receitas de
serviços)
Operações de Empréstimos
crédito; alienação compulsórios;
de bens; Receita de Em regra as Alienação de
Empréstimos Em regra as
Capital amortização de transferências receitas de bens móveis e
Compulsórios. receitas de capital.
empréstimos; de capital. capital. imóveis;
transferências de transferências de
capital. capital.

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1ª Dica: Não há generalizações, ou seja, não se pode afirmar que todas


as receitas correntes são receitas originárias, que todas as receitas de
capital são receitas financeiras.
2ª Dica: Existe uma divergência normativa entre o MTO (Manual de
Técnico do Orçamento) e o Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF).
Pelo MDF as receitas de capital de alienação de bens são receitas
financeiras.
Pelo MTO uma parte das receitas de capital de alienação de bens são
receitas financeiras (alienação de Estoques da Política de Garantia de
Preços Mínimos - PGPM), enquanto outra parte são receitas primárias
(Alienação de Títulos Mobiliários, alienação de bens móveis, alienação de
bens imóveis, alienação de embarcações, alienação de equipamentos).
Ou seja, pelo MTO alguns tipos de alienação de estoques são
receitas financeiras. Todas as demais receitas de alienação de bens
são receitas primárias.
Pelo MDF as receitas de alienação de bens são receitas
financeiras.

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12. ETAPAS DA RECEITA E DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Inicialmente gostaria de apresentar as etapas das receitas e das
despesas as quais constam no Quadro 22.

Quadro 22: Etapas da receita e da despesa

Fonte: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP


Assim, observamos que na administração pública conforme
estabelecido pela STN (órgão central de contabilidade) as etapas da
receita e da despesa são as mesmas. A diferença está nos estágios que
estão dentro de cada etapa.
Algumas questões, porém, podem ainda trabalhar com os
estágios da receita e da despesa antes da publicação do MCASP. O
Quadro 23 mostra os estágios.

Quadro 23: Estágios da receita e da despesa

Observa-se que o Quadro 22 é mais completo que o Quadro 23,


dessa forma, deve-se ter total atenção quanto à nomenclatura utiliza na
prova.

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13. ETAPAS/ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
Vimos na seção anterior as etapas e os estágios da receita. A Figura
10 ilustra a sequência desde a previsão até o recolhimento.
Figura 10: Estágios da receita

Fonte: MCASP
Um questionamento inicial e recorrente em provas é se o
lançamento seria ou não um estágio da receita. Hoje não resta
dúvida de que o lançamento é sim estágio da receita. Porém, ele não
se aplica a todas as receitas. A figura 11 ilustra o entendimento do
Manual Técnico do Orçamento (MTO).

Figura 11: Estágios da receita

Fonte: MTO
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de
receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação não só das
receitas que não foram previstas (não tendo, naturalmente, passado

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pela etapa da previsão), mas também das que não foram “lançadas”,
como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos

Previsão e lançamento são estágios da receita, porém nem todas as


receitas passam por eles.

13.1. Etapa de Planejamento


Esta etapa compreende a previsão de arrecadação da receita
orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante de
metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições
constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das
receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária.
Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e
legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
Conforme a LRF as previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três
anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

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No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas
orçamentárias busca assimilar o comportamento da arrecadação de
determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o
período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. A
busca deste modelo dependerá do comportamento da série histórica
de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos
orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidos no processo.
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do
montante de despesas que irão constar nas leis de orçamento, além
de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do
governo.

13.2. Etapa de execução


A realização da receita se dá em três estágios: o lançamento, a
arrecadação e o recolhimento.

13.2.1. Lançamento
O lançamento é o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e
inscreve o débito desta4. O lançamento é uma atividade vinculada.
Por sua vez, para do Código Tributário Nacional, lançamento é o
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determina a matéria
tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o
sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade
cabível5. Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro
contábil do crédito tributário em favor da fazenda pública em
contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa.

4
Art. 53º lei 4320/1964.
5
Art. 142º lei 5.172/1966.

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Observa-se que, segundo o Código Tributário Nacional, a etapa de
lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou
seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Além disso, são objeto de lançamento os impostos diretos e as
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou
contrato6.
Assim, autores como Giacomoni consideram que passam por esta
fase (lançamento) as receitas provenientes de tributos ou
derivadas. Segundo o autor as receitas originárias, não estão sujeitas a
lançamento e ingressam diretamente no estágio da arrecadação.
O Quadro 24 que contém as diferenças entre as receitas derivadas e
receitas originárias.

Quadro 24 Diferenças entre as receitas derivadas e receitas originárias


Segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio da
exploração de atividades econômicas pela Administração
Receitas
Pública. Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio
públicas
mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços
originárias
públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de
produtos industriais ou agropecuários.
Segundo a doutrina, são as obtidas pelo poder público por
meio da soberania estatal. Decorrem de norma constitucional
Receitas
ou legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva,
públicas
como, por exemplo, as receitas tributárias, as de contribuições
derivadas
especiais (profissionais, interventivas e sociais), empréstimos
compulsórios.

Por fim, relembro que lançamento é estágio da receita. Este


estágio, porém, não se aplica a todas as receitas.

6
Art. 52º lei 4320/1964.

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13.2.2. Arrecadação
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos
contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores
ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.
Dessa forma, é neste estágio que o contribuinte quita suas
obrigações junto ao estado por intermédio dos agentes arrecadadores
ou bancos autorizados pelo ente.
Segundo o art. 35 da Lei no 4.320/1964 pertencem ao exercício
financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção
do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. Ressalto,
porém, que na visão do regime orçamentário o regime é misto: caixa para
as receitas e de competência para as despesas (despesas legalmente
empenhadas).

13.2.3. Recolhimento
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do
Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e
programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de
Tesouraria ou de Caixa, representado pelo controle centralizado dos
recursos arrecadados em cada ente.

13.3. Etapa de controle e avaliação


Esta fase compreende a fiscalização realizada pela própria
administração, pelos órgãos de controle e pela sociedade.
O controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em
consonância com a previsão da receita, destacando as providências
adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação,
as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e
judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas
tributárias e de contribuições.

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As últimas versões do MTO não vêm trazendo mais controle e avaliação


como etapa da receita e da despesa, em que pese o controle ser
obrigatório pelos sistemas de controle externo e interno.

11. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A arrecadação é o estágio final do


processamento da receita pública e corresponde à entrada efetiva dos
recursos nos cofres públicos, sendo antecedida pelas fases previsão da
receita e recolhimento.

12. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A estimativa da receita terá por base


demonstrações mensais da receita arrecadada durante os dois últimos
exercícios, bem como as circunstâncias de ordem conjuntural que
possam afetar a arrecadação total de cada fonte de receita, admitida a
reestimativa por parte do Poder Executivo.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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11. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A arrecadação é o estágio final do
processamento da receita pública e corresponde à entrada efetiva dos
recursos nos cofres públicos, sendo antecedida pelas fases previsão
da receita e recolhimento.
ERRADO, o estágio final de execução é o recolhimento. Ela é
precedida por previsão, lançamento e arrecadação.

12. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A estimativa da receita terá por base


demonstrações mensais da receita arrecadada durante os dois
últimos exercícios, bem como as circunstâncias de ordem
conjuntural que possam afetar a arrecadação total de cada fonte de
receita, admitida a reestimativa por parte do Poder Executivo.
ERRADO, a receita tem por base a avaliação da arrecadação dos
últimos 3 anos corrigida pelos efeitos crescimento econômico,
inflação e legislação. A reestimativa é permitida pelo Poder
Legislativo na fase de aprovação.

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14. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS
BATERIA CESPE

1. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) No orçamento de determinado ente, a


diferença entre as receitas correntes, no valor de R$ 6,5 bilhões, e as
despesas correntes, de R$ 6,0 bilhões, é considerada receita de capital.

2. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) A legislação classifica como receitas


orçamentárias as operações de crédito, ainda que não previstas no
orçamento, inclusive as decorrentes de antecipação de receita.

3. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) Quando a despesa realizada for maior


que a fixada, a unidade orçamentária deverá solicitar a abertura de
crédito adicional.

(Cespe/SEPLAG-DF/2009/Assistente de Educação) A Lei n.º 4.320/1964


estabelece como estágios da execução da receita pública orçamentária o
lançamento, a arrecadação e o recolhimento. Acerca do estágio do
recolhimento, julgue o item subsequente.
4. O estágio do recolhimento consiste na transferência de valores
arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela
administração e pelo controle da arrecadação bem como pela
programação financeira.

(Cespe/IBRAM/2009/Contador) No setor público, a receita orçamentária


corrente é classificada como receita originária ou receita derivada. Acerca
das características das receitas originárias, julgue o item abaixo.
5. São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva,
mediante a arrecadação de tributos e multas.

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(Cespe/ANAC/2009/Analista Administrativo) No que se refere à
destinação de recursos na contabilidade pública e a suas peculiaridades,
julgue os itens a seguir.
6. A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja
para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.
Outro tipo de vinculação deriva de convênios e contratos de empréstimos
e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.

7. A destinação ordinária de recursos consiste no processo de alocação


livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer
finalidades.

8. Ocorre destinação desvinculada quando não há o processo de


vinculação entre a origem e a aplicação de recursos.

9. (Cespe/TRT 17ª Região/2009/Analista) A receita pública somente pode


ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária
anual.

10. No conceito de receita orçamentária, estão incluídas as operações de


crédito por antecipação de receita, mas excluídas as emissões de papel-
moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

11. (Cespe/Anatel/2009/Analista) As receitas intraorçamentárias se


contrapõem às despesas intraorçamentárias e se referem a operações
entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social da mesma esfera governamental.

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(Cespe/Previc/2011/Analista Administrativo) Em relação aos tributos e à
receita pública, julgue os itens.
12. As receitas correntes do orçamento público incluem, entre outros, a
receita tributária, que corresponde à oriunda de tributos, conforme o
estabelecido na legislação tributária, e os recursos financeiros oriundos da
constituição de dívidas.

13. A TAFIC constitui receita da PREVIC a ser recolhida ao


Tesouro Nacional em conta vinculada à autarquia e paga em
estabelecimento bancário integrante da rede credenciada para o
recolhimento de tributos federais. Por ser um tributo exclusivo da PREVIC,
essa taxa é um preço público.

14. A dívida ativa da União é composta pelos créditos da fazenda pública,


tributários ou não, que, não pagos nos vencimentos, são inscritos em
registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza.

15. Os impostos cobrados pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal
e pelos municípios, no âmbito de suas respectivas competências, são
tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Portanto,
o Estado não fica vinculado a nenhuma contraprestação para o
contribuinte que pagou o referido imposto.

(Cespe/ANAC/2012/Analista) Acerca de receitas públicas, julgue os itens


que se seguem.
16.A dívida ativa constitui-se dos créditos não financeiros oriundos de
tributos lançados e não arrecadados em um exercício, bem como dos
autos de infração não contestados.

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17. As receitas públicas classificam-se quanto à categoria econômica em
receitas de capital e receitas correntes, sendo o laudêmio um exemplo de
receita corrente.

18. (Cespe/FNDE/2012/Especialista) Define-se receita pública como a


entrada que se integra ao patrimônio público com reservas, condições ou
correspondência no passivo, acrescendo-se o seu volume como elemento
novo e positivo.

19. (Cespe/FNDE/2012/Especialista) Entre as receitas definidas na


categoria econômica de receitas correntes incluem-se as receitas
tributárias, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de contribuição e de
serviços.

(Cespe/CNJ/2013/Analista) No que concerne à receita pública, julgue os


itens a seguir
20. A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os
quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja
certeza e liquidez foram apuradas. Constitui, portanto, fonte certa de
recursos.

21. Em relação à categoria econômica, a receita pode ser corrente ou de


capital.

22. Se, ao desativar algumas unidades de determinado órgão, o governo


deixar de utilizar alguns imóveis, sendo esses imóveis posteriormente
alugados para a iniciativa privada, então as receitas desses aluguéis
deverão ser classificadas como receitas correntes.

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23. A receita tributária, em relação à coercitividade, é classificada como
derivada.

24. (Cespe/TRT 10ª Região/2013/Analista) No âmbito federal, a


classificação por fontes de recursos permite a visualização de eventuais
vinculações existentes entre receitas e despesas, cuja principal base legal
encontra-se na lei de diretrizes orçamentárias.

25. (Cespe/ANP/2013/Analista) As receitas dos royalties são originadas


pela exploração do patrimônio do Estado, que é constituído por recursos
minerais, hídricos e florestais. Essas receitas são classificadas como
patrimoniais, dentro da categoria econômica receitas correntes.

26. (Cespe/ANS/2013/Técnico) As receitas correntes patrimoniais e de


serviços são tipos de receitas derivadas.

27. (Cespe/ANS/2013/Técnico) Os valores recebidos a título de caução


devem integrar a receita pública do exercício em que esses valores
ingressarem.

28. (Cespe/ANS/2013/Analista) As receitas provenientes da fruição do


patrimônio do ente público, como bens mobiliários, devem ser
classificadas no orçamento como receitas correntes e de natureza
patrimonial.

29. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) Somente a receita orçamentária reúne


condições de percorrer os estágios de previsão, lançamento, arrecadação
e recolhimento.

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30. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) O superávit do orçamento corrente,
dado pela diferença entre receitas e despesas correntes, é classificado na
categoria econômica de receita de capital.

31. (Cespe/MPU/2013/Cargo 8) Constitui uma receita extraorçamentária


o pagamento de taxa ou contribuição efetuado por uma fundação a uma
autarquia da mesma esfera de governo.

32. (Cespe/ANTAQ/2014) Os eventuais resultados positivos obtidos pelo


ente público na prestação de serviços associados ao transporte aquaviário
constituem receitas de capital.

(Cespe/MTE/2014) No que se refere aos conceitos e às categorias


econômicas das receitas e das despesas públicas, julgue os seguintes
itens.
33. Elementos típicos de despesa corrente podem estar relacionados a um
grupo de despesa de capital.

34. Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação


líquida patrimonial da entidade.

35. (Cespe/2014/TJ-SE) Uma receita de capital pode aumentar as


disponibilidades financeiras da Conta Única do Tesouro Nacional, sem
provocar crescimento do patrimônio líquido.

36. (Cespe/ANTAQ/2014) Caso se pretenda identificar, dentro de cada


espécie de receita, uma qualificação mais específica ou agregar
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre
si, deve-se utilizar o nível de codificação da receita denominado rubrica.

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37. (Cespe/TCDF/2014) O controle e a avaliação da receita devem ser
realizados em fase posterior às etapas de planejamento e execução.

38. (Cespe/TCDF/2014) As contribuições parafiscais, assim como os


impostos, são classificadas como tributos, e sua arrecadação é destinada
ao custeio de atividade paraestatal.

39. (Cespe/TCDF/2014) Antes de proceder ao registro de uma receita


extraorçamentária, o órgão público deve, em primeiro lugar, definir a
categoria econômica em que o registro será feito.

40. (Cespe/TCDF/2014) A classificação da receita por fonte de recurso


atende à necessidade de vinculação de receitas e despesas estabelecida
pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

41. (Cespe/TJ-CE/2014) O superávit do orçamento corrente, resultante da


diferença entre os totais das receitas e despesas correntes, é considerado
um item da receita orçamentária de capital para efeito da apuração do
resultado orçamentário do exercício.

42. (Cespe/TJ-CE/2014) A receita de exploração do patrimônio público,


como a auferida pela cessão de uso de imóveis, é considerada uma
receita de capital.

43. (Cespe/TJ-CE/2014) Se, no momento da aplicação, uma pessoa


jurídica de direito público efetua transferência de recursos para outro
órgão público, a transferência é classificada como despesas correntes.

44. (Cespe/TJ-CE/2014) A alienação de bens móveis acima do preço de


aquisição constitui resultado positivo patrimonial caracterizado como
receita corrente.

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45. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) A classificação da
receita orçamentária compõe um instrumento auxiliar na organização do
orçamento. Nesse sentido, norma vigente determinou a classificação das
receitas como periódicas ou esporádicas, criando, com isso, um recurso
para a operacionalização do indicador de resultado primário.

46. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) Os recursos


financeiros, quando recebidos de outra pessoa de direito público, mesmo
que não destinados ao atendimento de despesas correntes, devem ser
classificados como receitas correntes.

47. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As emissões de


papel-moeda estão entre as receitas compreendidas na lei de orçamento.

48. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As concessões e


permissões e as compensações financeiras são registradas como receitas
de contribuição.

49. (Cespe/MDIC/2014) Entre as receitas incluídas na lei orçamentária


anual estão as operações de crédito por antecipação de receita.

50. (Cespe/MDIC/2014) As etapas da receita seguem a ordem de


ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o
modelo de orçamento existente no país. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a etapa de
arrecadação.

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51. (Cespe/ANTAQ/2014) As classificações de receitas correntes
intraorçamentárias e de receitas de capital intraorçamentárias têm
objetivos distintos da classificação da receita por categoria econômica.

52. (Cespe/2015/MPU) Na execução orçamentária, as receitas devem ser


contabilizadas nas origens correspondentes à sua natureza, desde que
estejam previstas em lei orçamentária e que não sejam decorrentes de
operações de crédito.

53. (Cespe/2015/TRF 1ª Região/Juiz) Tendo em vista que as receitas


públicas podem ser classificadas em originárias e derivadas, assinale a
opção correta.
a) A receita patrimonial é originária, uma vez que decorre da exploração
do patrimônio público.
b) A receita corrente é originária, haja vista a sua tendência de sempre se
repetir.
c) A receita de tributos cujo lançamento se opera de ofício é considerada
originária, porque nasce a partir de ato da administração pública.
d) A receita de capital é, por natureza, derivada, pois decorre da
aplicação do dinheiro público.
e) A receita de lucro de estatais é derivada, pois provém de ente privado
para o poder público.

54. (Cespe/2015/STJ) Situação hipotética: Nas previsões de receita de


determinado ente para o exercício subsequente, tomou-se como
referência a arrecadação estimada para o exercício em curso, que
corresponde a R$ 100 bilhões, considerando-se uma inflação de 20%, o
crescimento do PIB de 5% e alterações na legislação tributária com
efeitos residuais na arrecadação.
Assertiva: Nessa situação, as previsões da receita para o próximo
exercício deverão ser de R$ 120 bilhões.

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55. (Cespe/2015/STJ) Caso determinado cidadão pague uma parcela de
dívida de natureza tributária que esteja inscrita na dívida ativa da União e
cujo prazo para pagamento tenha vencido, então a receita
correspondente deverá ser classificada como outras receitas correntes.

56. (Cespe/2015/STJ) A classificação destinada a identificar as receitas de


acordo com sua inclusão no resultado fiscal do governo divide-se em
receitas de resultado primário e secundário.

57. (Cespe/2015/STJ) Se determinado cidadão efetuar um pagamento ao


Tesouro Nacional que, embora seja devido, ainda não tenha sido previsto
na lei orçamentária anual, esse ingresso financeiro deverá ser classificado
como receita orçamentária.

58. (Cespe/2015/TCU/Procurador) As receitas públicas são do gênero


entrada, distinguindo-se dos ingressos públicos em virtude da sua origem,
uma vez que as receitas são sempre derivadas.

59. (Cespe/2015/TCU/Procurador) As A arrecadação é o estágio final do


processamento da receita pública e corresponde à entrada efetiva dos
recursos nos cofres públicos, sendo antecedida pelas fases previsão da
receita e recolhimento.

60. (Cespe/2015/TCU/Procurador) As A estimativa da receita terá por


base demonstrações mensais da receita arrecadada durante os dois
últimos exercícios, bem como as circunstâncias de ordem conjuntural que
possam afetar a arrecadação total de cada fonte de receita, admitida a
reestimativa por parte do Poder Executivo.

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61.(Cespe/2015/Prefeitura de Salvador) Acerca das receitas públicas,
assinale a opção correta.
a) Constitui receita orçamentária o superávit do orçamento corrente
resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes.
b) Os valores obtidos a partir da venda de imóvel pertencente à União são
classificados como receita de capital.
c) As garantias de execução contratual prestadas por empresa contratada
pela União mediante procedimento licitatório, bem como as multas
aplicadas em decorrência de inadimplemento contratual, não são receita
pública, mas simples ingresso, conforme disposições da Lei n.º
4.320/1964.
d) As receitas patrimoniais constituem receita pública derivada e delas
são exemplos os foros e laudêmios decorrentes do uso de bens públicos.
e) Os tributos são receita pública originária decorrente do exercício do
poder de império estatal.

62. (Cespe/2016/TCE-PR) Assinale a opção correta a respeito de receita


pública.
a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o
originalmente previsto na LOA serão classificadas como ingressos
extraordinários.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação
orçamentária da receita é a Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser
originárias ou complementares.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito
positivo no patrimônio líquido do Estado.

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15. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS
BATERIA CESPE

Os comentários partem da premissa que você leu a parte teórica.

1. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) No orçamento de determinado ente, a


diferença entre as receitas correntes, no valor de R$ 6,5 bilhões, e as
despesas correntes, de R$ 6,0 bilhões, é considerada receita de capital.
CERTO, a lei 4320/1964 considera o superávit corrente (indicador
contábil formado por receita corrente menos despesa correntes) como
item da receita de capital.

2. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) A legislação classifica como receitas


orçamentárias as operações de crédito, ainda que não previstas no
orçamento, inclusive as decorrentes de antecipação de receita.
ERRADO, contratação de ARO – antecipação de receita
orçamentária é receita extraorçamentária. Lembre-se da dívida
flutuante.

3. (Cespe/TJ-CE/2008/Analista) Quando a despesa realizada for


maior que a fixada, a unidade orçamentária deverá solicitar a abertura
de crédito adicional.
ERRADO, não se pode empenhar além da dotação aprovada e
disponível. Caso se precise gastar mais, deve aprovar previamente
o crédito adicional e posteriormente empenhar.

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(Cespe/SEPLAG-DF/2009/Assistente de Educação) A Lei n.º 4.320/1964
estabelece como estágios da execução da receita pública orçamentária o
lançamento, a arrecadação e o recolhimento. Acerca do estágio do
recolhimento, julgue o item subsequente.
4. O estágio do recolhimento consiste na transferência de valores
arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela
administração e pelo controle da arrecadação bem como pela
programação financeira.
CERTO, o recurso entra efetivamente na conta única quando do
recolhimento.

(Cespe/IBRAM/2009/Contador) No setor público, a receita orçamentária


corrente é classificada como receita originária ou receita derivada. Acerca
das características das receitas originárias, julgue o item abaixo.
5. São obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva,
mediante a arrecadação de tributos e multas.
ERRADO, o conceito no item corresponde as receitas derivadas.

(Cespe/ANAC/2009/Analista Administrativo) No que se refere à


destinação de recursos na contabilidade pública e a suas peculiaridades,
julgue os itens a seguir.
6. A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos, seja
para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos.
Outro tipo de vinculação deriva de convênios e contratos de empréstimos
e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica.
CERTO, temos todas essas vinculações conforme consta no tópico
5 da aula – classificação por fontes.

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7. A destinação ordinária de recursos consiste no processo de alocação
livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer
finalidades.
CERTO. É exatamente esse conceito visto no tópico 5.

8. Ocorre destinação desvinculada quando não há o processo de


vinculação entre a origem e a aplicação de recursos.
ERRADO, não existe este tipo de destinação, apenas: ordinária e
vinculada.

9. (Cespe/TRT 17ª Região/2009/Analista) A receita pública somente


pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária
anual.
ERRADO, as receitas de doações de recursos de pessoas físicas ou
jurídicas não constam na LOA e são orçamentárias.

10. No conceito de receita orçamentária, estão incluídas as operações


de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as emissões de
papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiros.
ERRADO, todos os exemplos citados são receitas
extraorçamentárias.

11. (Cespe/Anatel/2009/Analista) As receitas intraorçamentárias se


contrapõem às despesas intraorçamentárias e se referem a operações
entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social da mesma esfera governamental.
CERTO, para ser operação intraorçamentária tem que haver
transação entre entidades do mesmo ente e dos orçamento fiscal
e seguridade social.

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(Cespe/Previc/2011/Analista Administrativo) Em relação aos tributos e à
receita pública, julgue os itens
12. As receitas correntes do orçamento público incluem, entre outros, a
receita tributária, que corresponde à oriunda de tributos, conforme o
estabelecido na legislação tributária, e os recursos financeiros
oriundos da constituição de dívidas.
ERRADO, os recursos oriundos de constituição de dívidas são as
operações de crédito que são receitas de capital.

13. A TAFIC constitui receita da PREVIC a ser recolhida ao


Tesouro Nacional em conta vinculada à autarquia e paga em
estabelecimento bancário integrante da rede credenciada para o
recolhimento de tributos federais. Por ser um tributo exclusivo da PREVIC,
essa taxa é um preço público.
ERRADO. É irrelevante decorarmos quais as receitas específicas de
cada órgão ou entidade. Porém, taxa que é uma receita coercitiva
não se confunde com preço público que é receita de serviço e é
uma receita originária.

14. A dívida ativa da União é composta pelos créditos da fazenda pública,


tributários ou não, que, não pagos nos vencimentos, são inscritos em
registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza.
CERTO. Além disso é importante saber que desde 2016 as receitas
da dívida ativa acompanham a origem da receita inicial.

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15. Os impostos cobrados pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal
e pelos municípios, no âmbito de suas respectivas competências, são
tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Portanto,
o Estado não fica vinculado a nenhuma contraprestação para o
contribuinte que pagou o referido imposto.
CERTO. Nos impostos não há contraprestação por parte do Estado.

(Cespe/ANAC/2012/Analista) Acerca de receitas públicas, julgue os itens


que se seguem.
16.A dívida ativa constitui-se dos créditos não financeiros oriundos de
tributos lançados e não arrecadados em um exercício, bem como dos
autos de infração não contestados.
CERTO, para questão não levantar dúvidas poderia ter dito autos
de infração não contestados e não pagos.

17. As receitas públicas classificam-se quanto à categoria econômica em


receitas de capital e receitas correntes, sendo o laudêmio um exemplo de
receita corrente.
CERTO. É uma receita corrente de patrimonial.

18. (Cespe/FNDE/2012/Especialista) Define-se receita pública como a


entrada que se integra ao patrimônio público com reservas, condições
ou correspondência no passivo, acrescendo-se o seu volume como
elemento novo e positivo.
ERRADO, de fato as receitas públicas constituem fato novo.
Porém, nem sempre impactam o passivo e nem sempre causam
um efeito positivo.

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19. (Cespe/FNDE/2012/Especialista) Entre as receitas definidas na
categoria econômica de receitas correntes incluem-se as receitas
tributárias, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de contribuição e de
serviços.
CERTO. São todas receitas correntes.

(Cespe/CNJ/2013/Analista) No que concerne à receita pública, julgue os


itens a seguir
20. A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os
quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja
certeza e liquidez foram apuradas. Constitui, portanto, fonte certa de
recursos.
ERRADO, nenhuma receita é 100% de certeza (o mais próximo
seriam as operações de crédito contratuais, mas mesmo nestas
pode ocorrer algum problema). As receitas trabalham com
estimativas e projeções.

21. Em relação à categoria econômica, a receita pode ser corrente ou de


capital.
CERTO. São as duas possibilidades quanto à categoria econômica.

22. Se, ao desativar algumas unidades de determinado órgão, o governo


deixar de utilizar alguns imóveis, sendo esses imóveis posteriormente
alugados para a iniciativa privada, então as receitas desses aluguéis
deverão ser classificadas como receitas correntes.
CERTO, são receitas correntes de origem patrimonial.

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23. A receita tributária, em relação à coercitividade, é classificada como
derivada.
CERTO. São derivadas: tributos, contribuições e empréstimos
compulsórios.

24. (Cespe/TRT 10ª Região/2013/Analista) No âmbito federal, a


classificação por fontes de recursos permite a visualização de eventuais
vinculações existentes entre receitas e despesas, cuja principal base
legal encontra-se na lei de diretrizes orçamentárias.
ERRADO, a base original é a LRF em seu artigo 8º.

25. (Cespe/ANP/2013/Analista) As receitas dos royalties são originadas


pela exploração do patrimônio do Estado, que é constituído por recursos
minerais, hídricos e florestais. Essas receitas são classificadas como
patrimoniais, dentro da categoria econômica receitas correntes.
CERTO. Royalties são receitas correntes patrimoniais.

26. (Cespe/ANS/2013/Técnico) As receitas correntes patrimoniais e de


serviços são tipos de receitas derivadas.
ERRADO, ambas são receitas originárias.

27. (Cespe/ANS/2013/Técnico) Os valores recebidos a título de caução


devem integrar a receita pública do exercício em que esses
valores ingressarem.
ERRADO, essas receitas são extraorçamentárias. O termo receita
pública nessa questão estava se referindo às receitas
orçamentárias. Houve recursos, mas os mesmos não prosperaram.

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28. (Cespe/ANS/2013/Analista) As receitas provenientes da fruição do
patrimônio do ente público, como bens mobiliários, devem ser
classificadas no orçamento como receitas correntes e de natureza
patrimonial.
CERTO. Se enquadrariam nessa situação o aluguel de veículos ou
equipamento por parte da administração pública.

29. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) Somente a receita orçamentária reúne


condições de percorrer os estágios de previsão, lançamento, arrecadação
e recolhimento.
CERTO, apenas as receitas orçamentárias percorrem esses
estágios.

30. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) O superávit do orçamento corrente,


dado pela diferença entre receitas e despesas correntes, é classificado na
categoria econômica de receita de capital.
CERTO, conforme consta na lei 4320/1964. Porém, não se
constitui em item da receita.

31. (Cespe/MPU/2013/Cargo 8) Constitui uma receita


extraorçamentária o pagamento de taxa ou contribuição efetuado por
uma fundação a uma autarquia da mesma esfera de governo.
ERRADO, é receita orçamentária.

32. (Cespe/ANTAQ/2014) Os eventuais resultados positivos obtidos pelo


ente público na prestação de serviços associados ao transporte aquaviário
constituem receitas de capital.
ERRADO, é receita corrente de serviços.

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(Cespe/MTE/2014) No que se refere aos conceitos e às categorias
econômicas das receitas e das despesas públicas, julgue os seguintes
itens.
33. Elementos típicos de despesa corrente podem estar relacionados a um
grupo de despesa de capital.
CERTO, por exemplo, serviços de terceiros geralmente estão
inseridos em outras despesas correntes, porém podem estar
agrupados em despesas com investimentos, quando se há a
necessidade de se contratar um consultor para auxiliar em uma
obra.

34. Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação


líquida patrimonial da entidade.
CERTO. Trata-se de fato modificativo aumentativo do Patrimônio
Líquido. Em regra, todas as receitas correntes são efetivas.

35. (Cespe/2014/TJ-SE) Uma receita de capital pode aumentar as


disponibilidades financeiras da Conta Única do Tesouro Nacional, sem
provocar crescimento do patrimônio líquido.
CERTO, essa é a situação mais comum. Exemplo: Operação de
crédito.

36. (Cespe/ANTAQ/2014) Caso se pretenda identificar, dentro de cada


espécie de receita, uma qualificação mais específica ou agregar
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre
si, deve-se utilizar o nível de codificação da receita denominado
rubrica.
ERRADO, não existe mais rubrica desde de 01/01/2016.

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37. (Cespe/TCDF/2014) O controle e a avaliação da receita devem ser


realizados em fase posterior às etapas de planejamento e execução.
ERRADO, o controle pode ser prévio, concomitante e a posteriori.

38. (Cespe/TCDF/2014) As contribuições parafiscais, assim como os


impostos, são classificadas como tributos, e sua arrecadação é
destinada ao custeio de atividade paraestatal.
ERRADO, são receitas de contribuições (código 1.2).

39. (Cespe/TCDF/2014) Antes de proceder ao registro de uma receita


extraorçamentária, o órgão público deve, em primeiro lugar, definir a
categoria econômica em que o registro será feito.
ERRADO, categoria econômica vale apenas para receitas
orçamentárias.

40. (Cespe/TCDF/2014) A classificação da receita por fonte de recurso


atende à necessidade de vinculação de receitas e despesas estabelecida
pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
CERTO, ela foi criada com esse fim.

41. (Cespe/TJ-CE/2014) O superávit do orçamento corrente, resultante da


diferença entre os totais das receitas e despesas correntes, é
considerado um item da receita orçamentária de capital para efeito
da apuração do resultado orçamentário do exercício.
ERRADO, não é item da receita orçamentária (logo não tem
codificação), mas um indicador contábil que também é
considerado receita de capital.

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42. (Cespe/TJ-CE/2014) A receita de exploração do patrimônio público,
como a auferida pela cessão de uso de imóveis, é considerada uma
receita de capital.
ERRADO, receita corrente patrimonial.

43. (Cespe/TJ-CE/2014) Se, no momento da aplicação, uma pessoa


jurídica de direito público efetua transferência de recursos para outro
órgão público, a transferência é classificada como despesas correntes.
ERRADO, faltaram dados sobre a aplicação final do recurso (se
despesa corrente ou se despesa de capital).

44. (Cespe/TJ-CE/2014) A alienação de bens móveis acima do preço de


aquisição constitui resultado positivo patrimonial caracterizado como
receita corrente.
ERRADO, continua sendo receita de capital.

45. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) A classificação da


receita orçamentária compõe um instrumento auxiliar na organização do
orçamento. Nesse sentido, norma vigente determinou a classificação
das receitas como periódicas ou esporádicas, criando, com isso,
um recurso para a operacionalização do indicador de resultado
primário.
ERRADO, não existe essa classificação oficial orçamentária. A
receita quanto à regularidade é acadêmica.

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46. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) Os recursos
financeiros, quando recebidos de outra pessoa de direito público, mesmo
que não destinados ao atendimento de despesas correntes, devem ser
classificados como receitas correntes.
ERRADO, neste caso seriam receitas de capital – transferências de
capital. Se não for destinado a despesas correntes é porque vai
ser destinada a despesas de capital.

47. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As emissões de


papel-moeda estão entre as receitas compreendidas na lei de
orçamento.
ERRADO, neste caso seriam receitas extraorçamentárias.

48. (Cespe/Câmara dos Deputados/2014/Consultor) As concessões e


permissões e as compensações financeiras são registradas como receitas
de contribuição.
ERRADO, receitas correntes patrimoniais.

49. (Cespe/MDIC/2014) Entre as receitas incluídas na lei orçamentária


anual estão as operações de crédito por antecipação de receita.
ERRADO, neste caso seriam receitas extraorçamentárias.

50. (Cespe/MDIC/2014) As etapas da receita seguem a ordem de


ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o
modelo de orçamento existente no país. Dessa forma, a ordem
sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a etapa de
arrecadação.
ERRADO, arrecadação é apenas o 2º estágio da execução.

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51. (Cespe/ANTAQ/2014) As classificações de receitas correntes
intraorçamentárias e de receitas de capital intraorçamentárias têm objetivos
distintos da classificação da receita por categoria econômica.
CERTO, a categoria econômica busca avaliar Impacto das decisões do
Governo na Economia Nacional. As classificações intraorçamentárias
buscam eliminar a dupla a contagem.

52. (Cespe/2015/MPU) Na execução orçamentária, as receitas devem ser


contabilizadas nas origens correspondentes à sua natureza, desde que estejam
previstas em lei orçamentária e que não sejam decorrentes de
operações de crédito.
ERRADO, nem toda receita orçamentária passa pela previsão, e as
operações de crédito também são contabilizadas.

53. (Cespe/2015/TRF 1ª Região/Juiz) Tendo em vista que as receitas públicas


podem ser classificadas em originárias e derivadas, assinale a opção correta.
a) A receita patrimonial é originária, uma vez que decorre da exploração do
patrimônio público.
CERTO.
b) A receita corrente é originária, haja vista a sua tendência de sempre se
repetir.
ERRADO, existem receitas correntes derivadas: tributos e contribuições.
c) A receita de tributos cujo lançamento se opera de ofício é considerada
originária, porque nasce a partir de ato da administração pública.
ERRADO, toda receita de tributos é derivada.
d) A receita de capital é, por natureza, derivada, pois decorre da aplicação do
dinheiro público.
ERRADO, apenas empréstimos compulsórios que é receita de capital é
originária.
e) A receita de lucro de estatais é derivada, pois provém de ente privado para o
poder público.
ERRADO, essa receita seria na verdade os dividendos das estatais –
originária.

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54. (Cespe/2015/STJ) Situação hipotética: Nas previsões de receita de
determinado ente para o exercício subsequente, tomou-se como
referência a arrecadação estimada para o exercício em curso, que
corresponde a R$ 100 bilhões, considerando-se uma inflação de 20%, o
crescimento do PIB de 5% e alterações na legislação tributária com
efeitos residuais na arrecadação.
Assertiva: Nessa situação, as previsões da receita para o próximo
exercício deverão ser de R$ 120 bilhões.
ERRADO, o cálculo seria: 100 bilhões x 1,2 x 1,05 = 126 bilhões.

55. (Cespe/2015/STJ) Caso determinado cidadão pague uma parcela de


dívida de natureza tributária que esteja inscrita na dívida ativa da União e
cujo prazo para pagamento tenha vencido, então a receita
correspondente deverá ser classificada como outras receitas
correntes.
ERRADO, desde de 01/01/2016 essa receita continua a ser
classificada como tributária. Antes era outra receitas correntes
mesmo.

56. (Cespe/2015/STJ) A classificação destinada a identificar as receitas de


acordo com sua inclusão no resultado fiscal do governo divide-se em
receitas de resultado primário e secundário.
ERRADO, seria resultado primário e a divisão seria: primária e
financeira.

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57. (Cespe/2015/STJ) Se determinado cidadão efetuar um pagamento ao
Tesouro Nacional que, embora seja devido, ainda não tenha sido previsto
na lei orçamentária anual, esse ingresso financeiro deverá ser classificado
como receita orçamentária.
CERTO, nem todas as receitas orçamentárias passam pelo estágio
da previsão. Para não ficar na dúvida, lembre-se de todos os casos
de receitas extraorçamentárias.

58. (Cespe/2015/TCU/Procurador) As receitas públicas são do gênero


entrada, distinguindo-se dos ingressos públicos em virtude da sua origem,
uma vez que as receitas são sempre derivadas.
ERRADO, existem receitas derivadas e originárias.

59. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A arrecadação é o estágio final do


processamento da receita pública e corresponde à entrada efetiva dos
recursos nos cofres públicos, sendo antecedida pelas fases previsão
da receita e recolhimento.
ERRADO, o estágio final de execução é o recolhimento. Ela é
precedida por previsão, lançamento e arrecadação.

60. (Cespe/2015/TCU/Procurador) A estimativa da receita terá por base


demonstrações mensais da receita arrecadada durante os dois
últimos exercícios, bem como as circunstâncias de ordem
conjuntural que possam afetar a arrecadação total de cada fonte de
receita, admitida a reestimativa por parte do Poder Executivo.
ERRADO, a receita tem por base a avaliação da arrecadação dos
últimos 3 anos corrigida pelos efeitos crescimento econômico,
inflação e legislação. A reestimativa é permitida pelo Poder
Legislativo na fase de aprovação.

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61.(Cespe/2015/Prefeitura de Salvador) Acerca das receitas públicas,
assinale a opção correta.
a) Constitui receita orçamentária o superávit do orçamento corrente
resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes.
ERRADO, superávit do orçamento corrente é um indicador
contábil. Ele é receita de capital, pois sua existência indica que
recursos que sobram de receitas correntes serão destinadas ao
custeio de despesas de capital. Porém, esse indicador não possui
classificação orçamentária.
b) Os valores obtidos a partir da venda de imóvel pertencente à União são
classificados como receita de capital.
CERTO.
c) As garantias de execução contratual prestadas por empresa contratada
pela União mediante procedimento licitatório, bem como as multas
aplicadas em decorrência de inadimplemento contratual, não são receita
pública, mas simples ingresso, conforme disposições da Lei n.º
4.320/1964.
ERRADO, multas são receitas públicas orçamentárias.
d) As receitas patrimoniais constituem receita pública derivada e delas
são exemplos os foros e laudêmios decorrentes do uso de bens públicos.
ERRADO, as receitas patrimoniais são originárias.
e) Os tributos são receita pública originária decorrente do exercício do
poder de império estatal.
ERRADO, tributos sãos receitas derivadas.

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62. (Cespe/2016/TCE-PR) Assinale a opção correta a respeito de receita
pública.
a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.
CERTO, apenas os empréstimos compulsórios são derivadas.
Todas as demais receitas de capital são originárias.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o
originalmente previsto na LOA serão classificadas como ingressos
extraordinários.
ERRADO, serão receitas orçamentárias. Ingressos extraordinários
são: empréstimos compulsórios guerra, doações de recursos
financeiros.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação
orçamentária da receita é a Secretaria do Tesouro Nacional.
ERRADO, seria a SOF – Secretaria de Orçamento Federal.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser
originárias ou complementares.
ERRADO, a classificação coercitiva é acadêmica – não oficial. Ela
divide a receita entre derivadas e originárias.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas,
efeito positivo no patrimônio líquido do Estado.
ERRADO, em regra as receitas correntes sim, e em regra as
receitas de capital não.

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Gabarito das questões comentadas Cespe
1-Certo 2-Errado 3-Errado 4-Certo 5-Errado
6-Certo 7-Certo 8-Errado 9-Errado 10-Errado
11-Certo 12-Errado 13-Errado 14-Certo 15-Certo
16-Certo 17-Certo 18-Errado 19-Certo 20-Errado
21-Certo 22-Certo 23-Certo 24-Errado 25-Certo
26-Errado 27-Errado 28-Certo 29-Certo 30-Certo
31-Errado 32-Errado 33-Certo 34-Certo 35-Certo
36-Errado 37-Errado 38-Errado 39-Errado 40-Certo
41-Errado 42-Errado 43-Errado 44-Errado 45-Errado
46-Errado 47-Errado 48-Errado 49-Errado 50-Errado
51-Certo 52-Errado 53-A 54-Errado 55-Errado
56-Errado 57-Certo 58-Errado 59-Errado 60-Errado

Pessoal o prazer foi meu. Até a próxima aula.

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