Professional Documents
Culture Documents
• Os Pensadores
• Os filósofos
• O Absolutismo
• O Ordenamento Jurídico
• Adaptação feita para as aulas dos dias 01 e 04 de Fevereiro de 2019.
• O Império Romano acaba perdendo a força e a Igreja Católica domina o cenário europeu.
• Os principais Filósofos medievais foram:
• Santo Agostinho
• (Aurelius Augustinus)
• Nasceu no norte da África, em 354
• Morreu em 430.
• Uma das principais obras foram:
• “Confissões” e “Cidade de Deus”
• Agostinho retorna aos ensinamentos de Platão (neoplatonismo): o mundo perfeito, paralelo ao mundo físico, seria o Reino de
Deus.
• Afirmava que a Razão deveria estar a serviço da Fé.
• Por isso, haveria duas razões:
• Razão superior:
• Com a razão superior, o homem obtém a Fé, o mais próximo de Deus que se pode chegar.
• As vezes, a razão inferior não pode explicar todos os desígnios de Deus, tais como a “virgindade de Maria”, “a Santíssima
Trindade”, etc.
• Razão Inferior:
• Conhecimento da realidade, do mundo sensível.
• Para Santo Agostinho, o Estado não pode ser completamente justo, afinal é feito e governado pelos Homens, que são
imperfeitos.
• Somente a Igreja, que é a representante na Terra de Deus, é que pode ser justo em seus julgamentos.
• São Tomaz de Aquino
• Italiano, nasceu em 1225
• Morreu em 1274
• Principais obras:
• "Summa Theologiae"
• e "Summa Contra Gentiles".
• Para São Tomaz de Aquino não há contradição entre fé (teologia: revelação) e razão (filosofia).
• A razão é um caminho para se chegar até a Fé.
• Enquanto Santo Agostinho buscava em Platão a base de sua filosofia-cristã, São Tomaz de Aquino busca em Aristóteles a base
de sua filosofia:
• Aristóteles afirmava que existia um ser
• UNO-PERFEITO-INICIAL- UNIVERSAL e ATEMPORAL.
• São Tomaz afirmava que esse Ser era justamente DEUS, com uma inteligência divina, pois ordenou todo o universo.
• Para São Tomaz de Aquino, as leis seriam divididas em:
• 1. Lei Eterna:
• A ordem existente em todo o Universo.
• Impossível de compreensão em sua totalidade pelo Homem.
• 2. Lei Natural:
• Deus revela ao homem, através da concessão de sua inteligência, o que deve e o que não se deve fazer.
• Tem, como principal fonte as palavras (oficiais) de Deus: os Dez Mandamentos (antigo testamento); novo testamento; as
interpretações da Bíblia (monopólio da Igreja) bem como as Leis oriundas da Igreja (Direito Canônico).
• 3. Lei Positiva:
• A lei feita pelos homens Como, conclui São Tomaz de Aquino, a Lei Positiva nem sempre é justa (afinal, o homem nem sempre
é justo!);
• Assim, o homem deve seguir a Lei Natural que necessariamente é justa.
• A Igreja Católica Apostólica Romana, guardiã natural dos ensinamentos e interpretação da vontade de Deus deve se sobrepor
aos Estados-Feudos.
Consequências do “Mundo Medieval” para o Direito
• Com o crescimento do Direito Canônico, isto é, o direito originário da Igreja Católica Apostólico, fez-se oposição ao Direito
Feudal, praticado pelos Senhores Feudais dentro do limite de seus feudos (jurisdição).
• Contudo, alguns fatores foram determinantes para a ascensão e predomínio do Direito Canônico perante o Direito Feudal:
• Se a Igreja Católica Apostólica Romana era a “palavra de Deus” dever-se-ia abranger a todos as suas decisões; afinal, o homem
erra (leia-se, os Senhores Feudais), Deus nunca (ou seja, a Igreja Católica)
Monopólio da escrita pela Igreja:
• Com isso, os senhores feudais praticavam o direito consuetudinário (costumeiro)
• E a Igreja “registrava” seus julgamentos através da escrita.
• Sendo Deus justo e poderoso, não deixa nenhum justo e honesto padecer nenhum tipo de injustiça.
• Assim, ao final, Deus sempre Salva:
• com isso, acontece julgamentos sem o menor critério de racionalidade, como por exemplo, “jogar uma pessoa com uma pedra
amarrada no pescoço em um rio ou lago. S
• e essa pessoa fosse inocente, Deus, com todo o seu poder e bondade – a salvaria”.
• O Tribunal da Santa Inquisição foi oficialmente aberto em 1231 para julgar os “hereges”.
• Assim, a Santa Inquisição Medieval persegue aqueles que não eram católicos:
• Bruxas Judeus Muçulmanos
• Geralmente, as provas eram obtidas através de torturas (roda, “pêra”, afogamentos, quebra de ossos, gaiolas, etc).
Top dez: Torturas
Maquiavel
• O governante visa a estabilidade interna e independência externa; em sua obra, pela primeira vez, utiliza-se a palavra Estado.
• Ao monarca tudo é permitido (construção teorética do absolutismo): "os meios justificam os fins": Real Politicks.
• Por isso, é considerado como um dos criadores da ciência política moderna;
• Ceticismo humano quando a bondade natural; - o governante deve ser amado e temido, mas se não puder ser os dois ao
mesmo tempo, deve preferir ser temido.
• Questão:
• Maquiavel foi realmente maquiavélico?
• Será que escreveu a sua obra para agradar e ensinar a nobreza.
• Ou para alertar o povo das práticas dos (maus) governantes?
Jean Bodin (1529- 1596)
• Como Bodin era Calvinista, combatia a Igreja Católica.
• Desejava que a Igreja Católica perdesse o seu poder político.
• Foi defensor do Estado Absolutista:
• o Rei deveria ter todo o poder para poder governar.
• Afinal, o Rei era Rei por vontade divina (teoria do "direito divino do rei").
• Se Deus escolheu o rei através da hereditariedade, é porque assim queria.
• E não competia ao homem desobedecê-lo.
Hugo Grotius (1583- 1645)
• Principais obras: De Iure belli ac Pacis :
• O direito da Guerra e da Paz, publicado em 1625 e
• Mare liberum: Os Mares são livres (1606)
• Defende a ideia que os Estado deveriam ser Laicos, isto é, não vinculados a nenhuma religião.
• Entende que religião é uma coisa individual e pessoal, não sendo do interesse do Governante-Estado.
• Defende a Soberania: os Estados deveriam ter autonomia para se auto governarem.
• Postula a Igualdade Internacional dos Estados: na ordem internacional, todos os Estados devem se respeitar igualitariamente,
mesmo que um Estado seja menor ou tenha um exercito mais fraco, ou ainda que seja mais desfavorecido economicamente.
Thomas Hobbes (1586-1679)
• Principais obras: Leviatã (1651) e Do Cidadão (1651
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço.
• Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo.
• Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa.
• Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo.
• Principais obras: "O Contrato Social" (1762);
• "Discurso sobre a origem da desigualdade" e o "Discurso sobre a economia política", (ambos de 1755)
• Para Rousseau o "O homem é bom por natureza.
• É a sociedade que o corrompe."
• Defende que "a única instituição que ainda se constitui natural é a Família" e chega a combater a propriedade:
• "O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer 'isto é meu' e
encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo.
• Também defende a liberdade e igualdade.
François Marie Arouet, (Voltaire)
• Principal obra:
• Dos delitos e das penas (Dei Delitti e Delle Pene, 1766).
• Em seu livro Beccaria repudia os julgamentos secretos, as torturas empregadas como meio de se obter a prova do crime, a
prática de confiscar bens do condenado.
• Defende a igualdade perante a lei dos criminosos que cometem o mesmo delito.
O seu livro é considerado como o berço do Direito Penal Mod
Ordenamentos jurídicos
• Antes da Revolução, havia na França mais de 366 ordenamentos jurídicos civis.
• Importante observar que não era do interesse da nobreza regular as normas de transmissão de propriedade, afinal, quando
desejavam alguma propriedade simplesmente expropriavam.
• Assim, a França dividia-se em:
• No Norte prevalecia o Direito costumeiro, mais próximo do sistema germânico;
• Ao Sul, o Direito derivado do Direito romano e do Direito canônico.
• Percebendo a insegurança jurídica causado do excesso
• E muitas vezes contraditórias - de normas civis (o iluminista Voltaire criticava o Estado Frances, afirmando que, ao se cruzar a
França, ele trocava mais vezes de leis que de cavalos...)
• Napoleão constitui uma junta de juristas para elaborar um Código Civil, nos anseios da burguesia.
• Assim, em 21 de março de 1804, Napoleão promulga o Code Civil.
• Na visão de Napoleão o Código Civil, por ser uma obra endereçada aos burgueses, deveria conter todos os "passos" da vida de
um burguês
• Para Napoleão, o Código deveria prever:
• Sobre a força da lei;
• O surgimento da pessoa;
• Dos bens e como serem apropriados pelas pessoas;
• E como se adquirir a propriedade.
• Dessa forma, descrevia a trajetória da vida comum de um burguês comum.