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05292014 3509
artigo article
Bullying during adolescence in Brazil: an overview
Abstract Bullying has been the subject of worl- Resumo Embora o bullying seja um tema am-
dwide study for over four decades and is widely plamente disseminado nas mídias sociais e estu-
reported by social media. Despite this, the issue is dado internacionalmente há mais de quatro dé-
a relatively new area of research in Brazil. This cadas, no Brasil, somente passou a ser objeto de
study analyzes academic literature addressing estudo a partir do final da década de 90 e início do
bullying produced in Brazil focusing on aspects ano 2000. Para compreender a produção científica
that characterize this issue as a subtype of vio- nacional acerca deste tema, considerou-se aspec-
lence: gender differences, factors associated with tos que o caracterizam como subtipo de violência,
bullying, consequences, and possible interven- diferença entre gêneros, fatores associados, conse-
tion and prevention approaches. The guiding quências e possíveis abordagens intervencionistas
question of this study was: what have Brazilian e preventivas. A pergunta norteadora desta revi-
researchers produced regarding bullying among são integrativa foi “O que têm produzido pesqui-
adolescents? The results show that over half of the sadores brasileiros acerca do bullying entre ado-
studies used quantitative approaches, principally lescentes?” – sendo realizada através de sete bases
cross-sectional methods and questionnaires, and de dados. Os dados mostram que mais da metade
focused on determining the prevalence of and fac- das pesquisas são de cunho quantitativo, através
tors associated with bullying. The findings showed de estudos transversais e aplicação de questioná-
a high prevalence of bullying among Brazilian rios, visando estabelecer a ocorrência do bullying
adolescents, an association between risk behavior e seus fatores associados. Demonstrou a signifi-
and bullying, serious consequences for the men- cante incidência de bullying entre os adolescen-
tal health of young people, lack of awareness and tes brasileiros, a relação com comportamentos de
understanding among adolescents about bullying risco, as graves consequências à saúde mental dos
and its consequences, and a lack of strategies to jovens, a falta de compreensão desta faixa etária
1
Escola de Enfermagem, manage this type of aggression. There is a need for sobre o que é o bullying e a escassez de estratégias
Departamento de intervention studies, prevention and restorative de manejo deste tipo de agressão. Indica-se a im-
Enfermagem Materno practices that involve the community and can be portância de estudos preventivos, interventivos e
Infantil e Psiquiátrica,
Universidade de São Paulo. applied to everyday life at school. restaurativos que envolvam a comunidade e que
Av. Doutor Enéas Carvalho Key words Bullying, Adolescent, Health care façam parte do cotidiano escolar.
de Aguiar s/n, Cerqueira Palavras-chave Bullying, Adolescente, Atenção
César. 05403-000 São Paulo
SP Brasil. à saúde
pamelapigozi@usp.br
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Pigozi PL, Machado AL
I35 Bullying: comportamento agressivo 2005 Revisão de literatura Não há Alertar os pediatras sobre a
entre estudantes alta prevalência de bullying
entre estudantes
II36 Bullying and Sexual Harassment 2005 Não cita o tipo 400 adolescentes Investigar o bullying e
Among Brazilian High School de estudo. Utiliza do ensino médio o assédio sexual entre
Students questionários adolescentes
III37 Sentimentos do adolescente 2006 Pesquisa descritiva 17 adolescentes de Identificar sentimentos que
relacionados ao fenômeno bullying: de abordagem 5ª a 8ª séries estejam relacionados ao
possibilidades para a assistência de qualitativa bullying em adolescentes
enfermagem nesse contexto
IV38 Do Bullying ao Preconceito: os 2008 Estudo teórico: Não há Realizar uma análise crítica
desafios da barbárie à educação análise crítica sobre um tipo de violência
escolar, o bullying
V39 Prevalência e fatores associados 2008 Estudo Transversal 1.145 adolescentes Estimar a prevalência e
ao transtorno da conduta entre entre 11 e 15 anos os fatores associados ao
adolescentes: um estudo de base transtorno de conduta
populacional
VI40 De Columbine à Virgínia Tech: 2009 Estudo teórico: Não Há Refletir sobre o fenômeno
Reflexões com Base Empírica sobre reflexões bullying
um Fenômeno em Expansão
VIII42 Correlações entre a percepção da 2010 Não cita o tipo 501 alunos Investigar correlações entre
violência familiar e o relato de de estudo. Utiliza do ensino a percepção da violência
violência na escola entre alunos da questionário fundamental familiar e o relato de
cidade de São Paulo fechado violência na escola
IX43 Comportamento de bullying e 2010 Não cita o tipo 16 adolescentes Investigar comportamentos
conflito com a lei de estudo. Utiliza do sexo de bullying em jovens
questionário masculino entre que cumpram medidas
fechado com 13 e 19 anos socioeducativas
abordagem
quantitativa
X44 Bullying and associated factors in 2012 Estudo transversal 1.145 adolescentes Avaliar comportamentos
adolescents aged 11 to 15 years entre 11 e 15 anos de bullying e transtornos
associados
XI27 Bullying nas escolas brasileiras: 2010 Estudo transversal 60.973 estudantes Identificar e descrever a
resultados da Pesquisa Nacional de descritivo do 9º ano ocorrência de bullying
Saúde do Escolar (PeNSE), 2009
XII30 Prevalence and characteristics of 2011 Estudo transversal 1.075 estudantes Descrever a prevalência de
school age bullying victims entre 1ª e 8ª série vítimas de bullying, suas
características e os sintomas
associados
continua
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Pigozi PL, Machado AL
Quadro 1. continuação
XIV29 Bullying: prevalência, implicações e 2012 Correlacional de 465 alunos da 4ª a Levantar a ocorrência de
diferença entre os gêneros corte transversal 8ª série bullying em crianças e
adolescentes escolares da
cidade de Porto Alegre
XV46 Universo consensual de 2012 Não cita o tipo de 177 alunos de 12 Apreender as representações
adolescentes acerca da violência estudo. Utilizou a 18 anos sociais da violência escolar
escolar questionário com adolescentes de uma
sociodemográfico e escola pública
associação livre de
palavras
XVI47 Relação entre violência física, 2012 Estudo de análise de Adolescentes Identificar a associação entre
consumo de álcool e outras drogas dados provenientes entre 13 a 15 anos o consumo de álcool e outras
e bullying entre adolescentes de um inquérito drogas e o bullying
escolares brasileiros epidemiológico
XVII48 Agressões entre pares no espaço 2013 Revisão de literatura Não há Apresentar uma revisão de
virtual: definições, impactos e literatura sobre publicações
desafios do cyberbullying teóricas e empíricas
relacionadas ao cyberbullying
XVIII49 Bullying in Brazilian Schools and 2012 Estudo piloto 113 estudantes Investigar a prevalência do
Restorative Practices com uso de da 4ª a 7ª série, bullying e como práticas
questionários, 45 estudantes restaurativas ajudam a
diário de campo, da 1ª série e 242 amparar este tipo de conflito
entrevistas e grupos professores
focais
XIX50 Victims and bully-victims but not 2013 Estudo transversal 2.355 estudantes Investigar a prevalência
bullies are groups associated with entre 9 e 18 anos de comportamentos de
anxiety symptomatology among bullying e sua associação
Brazilian children and adolescents com sintomas de ansiedades
em uma ampla amostra de
estudantes e adolescentes
XX51 Bullying victimization is associated 2013 Estudo transversal 50.882 adultos Avaliar a associação entre
with dysfunctional emotional traits características emocionais
and affective temperaments e temperamento afetivo
com o tempo de exposição
ao bullying na infância e
adolescência
XXI28 Bullying and self-esteem in 2013 Estudo transversal 237 estudantes do Realizar diagnóstico
adolescents from public school 9º ano situacional do bullying e da
autoestima
continua
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XXII31 Prevalence and characteristics 2013 Estudo 1.230 escolares de Verificar a prevalência
of victims and perpetrators of epidemiológico 11 a 14 anos de bullying e variáveis
bullying transversal associadas, em uma amostra
representativa de escolares
do sexto ano na cidade de
Caxias do Sul/RS
XXIII52 Intimidações na adolescência: 2013 Estudo com 28 alunos entre 16 Compreender os significados
expressões da violência entre pares abordagem e 18 anos produzidos pelas práticas
na cultura escolar qualitativa de intimidação no ambiente
escolar
XXIV53 Efeitos tardios do Bullying e 2013 Revisão Não há Analisar a possível relação
Transtorno de Estresse Pós bibliográfica entre bullying e transtorno
Traumático: uma Revisão Crítica de estresse pós-traumático
11
3 3 3
2 2
1
Gráfico 1. Representação da quantidade de artigos segundo tipo de estudo - São Paulo, SP - 2014.
Surpreendente foi o artigo V, no qual 100% prática do bullying, como alvos e autores simul-
dos 16 adolescentes cumprindo medidas socioe- taneamente. Os relatos de bullying mais frequen-
ducativas (8 em regime de semiliberdade e 8 em tes estavam relacionados aos garotos que haviam
liberdade assistida) estavam envolvidos com a se envolvido em crimes mais sérios. No entanto,
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Pigozi PL, Machado AL
o estudo sugere que outras investigações sejam físicas, isolamento de determinado grupo e co-
feitas para compreender a associação do bullying ação, enquanto meninas são centro de fofocas e
como precursor ou consequência de atos infra- importunadas pelos pares, o que é menos per-
cionais43. ceptível44. Além disso, meninos têm 2 vezes mais
Os dados de bullying no Brasil aqui men- chances de serem os agressores31, o que não deve
cionados, assemelham-se aos de estudos in- levar à ideia de que eles são mais agressivos, e sim
ternacionais. Um estudo transversal, realizado de que podem estar mais envolvidos em situações
com 1.756 estudantes coreanos da 7ª e 8ª séries, de bullying29.
mostra que 40% destes estavam envolvidos com A diferença cultural na formação e desenvol-
o bullying, sendo 14% vítimas, 17% agressores e vimento de meninos e meninas pode sustentar
9% vítimas/agressores55. Outro estudo, realiza- tais comportamentos. Meninos são atravessados
do nos Estados Unidos com 15.686 estudantes desde sua infância até a vida adulta por tendên-
de 6 a 10 anos, em escolas públicas e privadas, cias agressivas no comportamento, fortalecidas
revelou que 29,9% dos escolares estavam envol- por uma sociedade machista que os encoraja a ter
vidos de forma moderada ou frequente com si- atitudes hostis com seus pares57. Também porque
tuações de bullying: 10,6% como vítimas, 13% meninos e meninas têm percepções diferentes da
como agressores e 6,3% em ambos os grupos56. violência escolar, através da associação livre de
Segundo o artigo XIV, os tipos mais frequentes palavras. Meninas percebem a agressão através
de bullying (praticado e sofrido) são os verbais: das palavras “assédio, desrespeito, falta de edu-
apelidar, insultar e “tirar sarro”29. Dados que cor- cação, dor e inimizade”, enquanto que meninos
roboram com os obtidos no artigo XXI, no qual através das palavras “roubar, matar, falar pala
o tipo mais frequente entre as vítimas foi o de so- vrão, bater e bagunça”46.
frer intriga e ser apelidado, enquanto que o mais De acordo com o artigo VII, meninas apre-
praticado entre os agressores foi o de apelidar28. sentam maior média de autoestima no grupo
O artigo XII mostra que os tipos mais prevalen- agressor, enquanto que entre os meninos a maior
tes de intimidação são os verbais e físicos, segui- média está no grupo testemunha. O menor índi-
dos de agressões psicológicas, étnicas e sexuais30. ce de autoestima entre as meninas está no grupo
Por outro lado, os artigos IX e XXII apontam as vítima/agressor e dos meninos no grupo vítima41.
agressões físicas como as mais prevalentes, segui- Considera-se que as interações das meninas ten-
das das verbais31,43. dem a ser mais influenciadas pela afetividade, pe-
O artigo XIII chama atenção ao fato de que los laços de amizade, pelas emoções e sentimen-
as provocações verbais evoluem para agressões tos, enquanto que a dos meninos é afetada pelas
físicas (brigas, tapas, puxões de cabelo e chutes), competições e alcance de objetivos28,41.
e que muitas vezes têm início dentro da escola
e terminam fora do “portão” da escola45. Os in- Fatores associados
sultos verbais também estão entre os tipos de
bullying mais frequentes em estudo internacio- Os artigos VII, XVII e XXI mostram que o
nal, assim como exclusão, bullying físico e forçar bullying está associado à autoestima dos ado-
o outro a fazer algo, com frequências de 22, 23, 16 lescentes e que afeta diferentemente meninos e
e 20%, respectivamente55. meninas em seus distintos papéis como vítima,
O lugar onde mais acontecem as cenas de agressor e vítima/agressor28,41,48-51. Existe ainda
agressão entre pares é fora da sala de aula28, em- uma associação entre a insatisfação com a ima-
bora o artigo XXII tenha mostrado que além do gem corporal (mas não com o excesso de peso)
pátio, a sala de aula é um dos lugares de maior e as chances de ser mais vitimado ou de praticar
incidência31. o bullying31. Há relatos de adolescentes que as-
sociam as diferenças físicas como motivo para a
Diferenças entre gêneros prática da violência psicológica entre pares45, e de
que meninos e meninas que praticam o bullying
Segundo os artigos XI, XII e XXII o envolvi- têm mais propensão a perseguir sexualmente
mento com bullying está mais associado ao sexo seus colegas36. Deste modo, entende-se que tais
masculino do que ao feminino27,30,31, sendo tam- dados demonstram a fragilidade psicológica des-
bém o masculino o que mais sofre o bullying27,30. tes jovens em aceitar/reconhecer suas próprias
Estes achados podem ser explicados pela forma características físicas e em lidar com a diferença
como ocorre o bullying entre os gêneros. Meni- do outro, reforçando a urgência na criação de
nos tendem a ser mais vitimados por agressões estratégias preventivas e restaurativas que traba-
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temperamentos depressivos, apáticos, ciclotími- No artigo XIV, grande parte das vítimas re-
cos (oscilantes) e voláteis (dispersos), e também latou ficarem furiosas ao serem expostas à situ-
a traços emocionais de tristeza, baixa autoestima, ação de agressão, defendendo-se ou ignorando
menor capacidade de foco e disciplina (control), as agressões em sua maioria, e somente 13,3%
de confrontar e resolver problemas (coping) e delas solicitaram ajuda a um adulto29. Levanta-se
maior fragilidade emocional na vida adulta51. a hipótese de que as vítimas que reagiram, possi-
Desta forma, deduz-se que a discriminação, velmente pertencem ao grupo vítima/agressor, já
a intolerância e a agressividade física e psíquica que normalmente os pertencentes ao grupo víti-
entre pares, aspectos que constituem este subtipo ma apresentam características pessoais mais frá-
de violência, têm efeitos maléficos à saúde mental geis do que ao vítima/agressor e não costumam
e vida acadêmica dos escolares, podendo reper- reagir35. As testemunhas não fizeram nada para
cutir na vida familiar e até mesmo no desenvolvi- ajudar as vítimas, o que presume medo de retalia-
mento intelectual por afastá-los da escola4,45. ção por parte dos agressores29. O mesmo também
foi demonstrado no artigo XXIII, que reitera que
Sentimento dos adolescentes a maioria das testemunhas sentem compaixão
pelo vitimado e não gostam de presenciar cenas
Dos 25 artigos analisados nesta revisão, 5 de bullying, porém relatam ter medo de defendê
mostram que os adolescentes subestimam a se- -los para não se tornarem vítimas52.
riedade e a gravidade do bullying, possivelmente Alguns adolescentes relatam sofrer e indig-
por falta de orientação sobre a repercussão destas narem-se com a ocorrência do bullying, citando
agressões29,35,43,45,52. que os agressores poderiam um dia sofrer a dor
Em estudo realizado com 28 estudantes, por da discriminação37. Outras pesquisas revelam
meio da observação participante e grupos focais, dados preocupantes quanto aos sentimentos dos
os alunos relatam “ter que tolerar a chamada adolescentes em relação à escola, como no arti-
brincadeira desagradável”. O bullying é tolerado go XV, que traz um estudo com 177 adolescen-
repetidamente pela vítima em nome da amiza- tes, com uma média de 14 anos, que mostra que
de e da proteção emocional de pertencer a um 57,8% destes não se sentiram seguros na escola46.
grupo52. Outro estudo realizado com 16 ado- O estudo PENSE, com uma amostra de 60.973
lescentes em conflito com a lei, chama atenção escolares no Brasil, revela que 5,5% dos estudan-
para o fato das agressões verbais serem encaradas tes deixaram de ir à escola por não se sentiram
como “brincadeira” entre os participantes, mes- seguros27.
mo quando evoluem para agressões físicas. Os Verifica-se que o bullying pode contribuir
autores explicam que os jovens apresentam com- acentuadamente para que a escola se torne um
portamentos agressivos como forma de elevar o ambiente conflituoso e desconfortável para os es-
status e o respeito no contexto em que vivem, o colares. Considera-se de suma importância que
que pode justificar o alto índice de bullying, com- um adulto possa intermediar conflitos entre pa-
preendido como “normal” entre eles43. No artigo res, demonstrando limites e respeito em relação à
I, 69,3% dos jovens não compreendem por que o convivência com o outro, para a manutenção de
bullying ocorre e como muitos deles o interpre- uma esfera escolar saudável59,60.
tam como uma “brincadeira”35.
Alguns adolescentes tendem a revidar os ape- Intervenções possíveis
lidos com outros apelidos, muitas vezes evoluin-
do para agressão física, e desta forma fortalecen- Todos os artigos analisados relatam a urgên-
do o ciclo de agressão45. Após o ato de agressão, a cia da criação e manutenção de políticas públicas
maioria dos agressores acha engraçado praticar o de caráter interventivo em relação ao bullying,
bullying com os pares29, muitos relatam um senti- incluindo o desenvolvimento de habilidades in-
mento de bem-estar27 ou satisfação por dominar terpessoais aos alunos e o treinamento e amparo
os colegas, e entenderem como qualidade positi- aos profissionais da educação, para lidar com o
va estas atitudes que trazem prestígio e liderança bullying nas escolas27-31,35-54. Parte deles relata a
perante os pares35. A falta de compreensão dos necessidade da interdisciplinaridade (educação,
jovens sobre o que é o bullying e suas consequên- saúde, família e comunidade), para o fortaleci-
cias, parece ser um dos importantes aspectos que mento das ações antibullying, visto que quanto
contribuem para a ocorrência do bullying e deve mais extensa for a rede intersetorial de estraté-
ser trabalhado em políticas públicas que objetive gias, mais eficaz torna-se o cuidado ofertado à
sua prevenção6. saúde mental dos adolescentes, que, por sua vez,
3519
Colaboradores
Agradecimentos
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