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REGULAMENTO DISCIPLINAR

MILITAR

DECRETO N.º 6.752, de


1º de outubro de 1980
DECRETO Nº 6.752, de 1º de outubro de 1980

       (0(17$ Dispõe sobre o Regulamento


Disciplinar da Polícia Militar
Pernambuco


O Governador do Estado, no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 69,
Inciso II, da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto nos Artigos 46 e 136, da
Lei n.º. 6.783, de 16 de outubro de 1974.

D E C R E T A:

Art. 1º. - Fica aprovado o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Esta-


do de Pernambuco, anexo a este Decreto.

Art. 2º. - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º. - Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio do Campo das Princesas, em 1º de outubro de 1980.

MARCOS ANTÔNIO DE OLIVEIRA MACIEL

HONÓRIO DE QUEIROZ ROCHA


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Capítulo I

GENERALIDADES

Art. 1º. - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Pernam-


buco tem por finalidade especificar e classificar as transgressões disciplinares, estabelecer
normas relativas a amplitude, aplicação das punições disciplinares, classificação do com-
portamento policial militar das praças, interposição de recursos contra punições aplicadas
e, em parte, as recompensas especificadas no Estatuto dos Policiais-Militares.

Art. 2º. - A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da


família policial militar, devendo existir as melhores relações sociais entre os policiais
militares. Incumbe aos superiores incentivar, manter a harmonia e a amizade entre seus
subordinados.

Art. 3º. - A civilidade é parte da educação policial militar e, como tal, de inte-
resse vital para a disciplina consciente. O superior deve tratar os subordinados com urba-
nidade e justiça, interessando-se, inclusive, pelos seus problemas. Em contrapartida, o
subordinado é obrigado a todas as provas de respeito, cortesia e deferência para com os
seus superiores, de conformidade com os regulamentos policiais-militares.

Parágrafo Único - As demonstrações de camaradagem, cortesia e consideração,


obrigatórias entre os policiais-militares, devem ser dispensadas aos militares das Forças
Armadas e policiais-militares de outras Corporações.

Art. 4º. - Para efeito deste regulamento, todas as organizações policiais-


militares são denominadas de "OME", e seus Comandantes, Diretores e Chefes, denomi-
nados de "Comandantes".

Capítulo II

PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 5º. - A hierarquia policial militar é a ordenação de autoridade, em níveis


diferentes, por postos e graduações.

Parágrafo Único - A ordenação dos postos e graduações obedece ao disposto


no Estatuto dos Policiais-Militares.
Art. 6º. - A disciplina policial militar é a rigorosa observância e o integral aca-
tamento às leis, regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumpri-
mento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes do organismo policial
militar.

§ 1º. - São manifestações essenciais da disciplina:

I - A correção de atitudes;

II - A obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos;

III - A dedicação integral ao serviço;

IV - A colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da institui-


ção;

V - A consciência das responsabilidades;

VI - A rigorosa observância das prescrições regulamentares.

§ 2º. - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos permanente-


mente pelos policiais-militares na ativa e na inatividade.

Art. 7º. - As ordens devem ser prontamente obedecidas.

§ 1º. - Cabe ao policial militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e
pelas conseqüências que delas advierem;

§ 2º. - Cabe ao subordinado que receber uma ordem, solicitar os esclarecimen-


tos necessários ao seu total entendimento e compreensão;

§ 3º. - Quando a ordem contrariar preceito regulamentar ou importar em res-


ponsabilidade criminal para o executante, poderá o mesmo solicitar confirmação por es-
crito, cumprindo a autoridade que a emitiu atender a solicitação;
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§ 4º. - Ao executante, que exorbitar no cumprimento da ordem recebida, caberá


a responsabilidade pelos excessos e abusos que vier a cometer.

Capítulo III

DA ESFERA DA AÇÃO E COMPETÊNCIA


PARA A APLICAÇÃO

Art. 8º. - Estão sujeitos a este regulamento, os policiais militares na ativa e os


na inatividade.

Parágrafo Único - Os alunos de cursos policiais-militares, também estão sujei-


tos às normas e prescrições contidas nos regulamentos que lhes são peculiares.
Art. 9º. - Os policiais-militares na inatividade poderão tratar no meio civil, in-
clusive sob forma de crítica, pela imprensa ou outro meio de divulgação de qualquer as-
sunto, excetuado o de natureza policial militar, de caráter sigiloso ou funcional, ou que
atente contra os princípios da hierarquia, da disciplina, do respeito e do decoro policial
militar, ou ainda, qualquer outro que atinja negativamente o conceito ou a base institucio-
nal da Corporação.

Art. 10 - A competência para aplicar as prescrições contidas neste regulamento


é conferida ao cargo e não ao grau hierárquico, sendo competentes para aplicá-las:

I - O Governador do Estado, a todos os servidores militares estaduais ;

II - O Comandante Geral, aos que estiverem sob o seu comando, e o Chefe da


Casa Militar, aos que estiverem sob sua chefia;

III - O Chefe do Estado-Maior Geral e o Secretário Adjunto da Casa Militar,


aos que lhes são subordinados;

IV - O Subchefe do EMG, os Comandantes de Policiamento da Região Metro-


politana e do Interior, os Comandantes de Policiamento de Área, O Corregedor da Polícia
Militar, os Diretores Setoriais e os Diretores de Diretorias da Casa Militar, aos que servi-
rem sob suas ordens;

V - O Ajudante Geral, Assistente do Comando Geral, o Comandante ou Chefe


de Unidade e de Subunidade Independente, aos que servirem sob seus comandos.
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Art. 11 - Todo policial militar que tiver conhecimento de um fato contrário à


disciplina deverá participar ao seu chefe imediato, por escrito ou verbalmente. Neste úl-
timo caso, deve confirmar a participação, por escrito, no prazo máximo de 48 (quarenta e
oito) horas.

§ 1º. - A parte deve ser clara, concisa e precisa, deve conter os dados capazes
de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data, a hora da ocorrência e ca-
racterizar as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou opiniões pesso-
ais.

§ 2º. - Quando, para preservação da disciplina e do decoro da Corporação, a


ocorrência exigir da autoridade policial militar uma pronta intervenção, mesmo sem pos-
suir ascendência funcional sobre o transgressor, cabe à de maior antigüidade que presen-
ciar ou tiver conhecimento do fato, tomar imediatas e enérgicas providências, inclusive
prendê-lo "em nome da autoridade competente", que é aquela à qual o transgressor estiver
disciplinarmente subordinado, dando-lhe ciência, pelo meio mais rápido, da ocorrência e
das providências em seu nome tomadas.

§ 3º. - Nos casos de participação de ocorrências com policial militar de OME


diversas daquela a que pertence o signatário da parte, deve este, direta ou indiretamente,
ser notificado da solução dada, no prazo máximo de seis dias úteis. Expirando este prazo,
deve o signatário da parte informar a ocorrência referida à autoridade a que estiver subor-
dinado.
§ 4º. - A autoridade, a quem a parte disciplinar é dirigida, deve notificar o
transgressor no prazo máximo de cinco dias úteis, cumprir o rito estabelecido no Anexo
IV, obedecidas as demais prescrições regulamentares. Na impossibilidade da notificação
neste prazo, o seu motivo deverá ser necessariamente publicado em boletim e, neste caso,
poderá ser prorrogado por até 30(trinta) dias, ou mais, caso a autoridade determine a ins-
tauração de IPM ou Sindicância.
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§ 5º. - A autoridade que receber a parte, não sendo competente para solucioná-
la, deve encaminhá-la a seu superior imediato.

Art. 12 - No caso de ocorrência disciplinar envolvendo policiais-militares de


mais de uma OME, caberá ao Comandante imediatamente superior da linha de subordina-
ção, apurar ou determinar a apuração dos fatos, procedendo a seguir de conformidade
com o artigo anterior e seus parágrafos com os que não sirvam sob sua linha de subordi-
nação funcional.

Parágrafo Único - No caso de ocorrência disciplinar envolvendo militares das


ForçasArmadas e policiais-militares, a autoridade policial militar competente deverá to-
mar as medidas disciplinares referentes aos elementos a ela subordinados, informando ao
escalão superior sobre a ocorrência, as medidas tomadas e o que foi por ela apurado, dan-
do ciência também do fato, ao Comandante Militar interessado.

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Capítulo IV

CONCEITUAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 13 - Transgressão disciplinar é qualquer violação dos preceitos da ética,


dos deveres e das obrigações policiais-militares, na sua manifestação elementar e simples,
qualquer omissão ou ação contrária aos preceitos estatuídos em leis, regulamentos, nor-
mas ou disposições, desde que não constituam crime.

Art. 14 - São transgressões disciplinares:

I - Todas as ações ou omissões contrárias à disciplina policial militar especifi-


cadas no Anexo I do presente Regulamento;

II - Todas as ações, omissões ou atos, não especificados no Anexo I deste Re-


gulamento, que afetem a honra pessoal, o pundonor policial militar, o decoro da classe, o
sentimento do dever e outras prescrições contidas no Estatuto dos Policiais-Militares, leis
e regulamentos, bem como aquelas praticadas contra regras e ordens de serviço, estabele-
cidas por autoridade competente.
Capítulo V

DO JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 15 - O julgamento das transgressões deve ser precedido de uma análise que
considere:

I - Os antecedentes do transgressor;

II - As causas que a determinaram;

III - A natureza dos fatos ou os atos que a envolveram;

IV - As conseqüências que dela possam advir.

Art. 16 - No julgamento das transgressões podem ser levantadas causas que jus-
tifiquem a falta, ou circunstâncias que a atenuem ou a agravem.

Art. 17 - São causas de justificação:

I - Ter sido cometida a transgressão na prática de ação meritória, no interesse


do serviço ou da Ordem Pública;

II - Ter sido cometida a transgressão em legítima defesa própria ou de outrem;

III - Ter sido cometida a transgressão em obediência a ordem superior;

IV - Ter sido cometida a transgressão pelo uso imperativo de meios violentos, a


fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, no caso de perigo;
necessidade urgente; calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina;

V - Ter havido motivo de força maior, plenamente comprovado e justificado;

VI - Nos casos de ignorância, plenamente comprovada, desde que não atente


contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade.
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Parágrafo Único - Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa
de justificação.

Art. 18 - São circunstâncias atenuantes:

I - Excepcional, ótimo e bom comportamento;

II - Relevância de serviços prestados;

III - Ter sido cometida a transgressão para evitar mal maior;


IV - Ter sido cometida a transgressão em defesa própria, de seus direitos ou de
outrem, desde que não se configure causa de justificação;

V - Falta de prática do serviço.

Art. 19 - São circunstâncias agravantes:

I - Mau comportamento;

II - Prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;

III - Reincidência de transgressão;

IV - Conluio de duas ou mais pessoas;

V - Ser praticada a transgressão durante a execução de serviço;

VI - Ser cometida a falta em presença de subordinados;

VII - Ter abusado o transgressor de sua autoridade hierárquica ou funcional.

VIII - Ser praticada a transgressão com premeditação;

IX - Ter sido praticada a transgressão em presença de tropa;

X - Ter sido praticada a transgressão em presença de público.


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Capítulo VI

DA CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

Art. 20 - A transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja
causa de justificação, em:

I - Leve;

II - Média;

III - Grave.

Parágrafo Único - A classificação da transgressão compete a quem couber apli-


car a punição, respeitadas as considerações estabelecidas no Artigo 15, deste regulamen-
to.

Art. 21 - A transgressão da disciplina deve ser classificada como "grave", quan-


do constitua ato que afete o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor policial
militar e o decoro da classe.


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Capítulo VII

GRADAÇÃO, EXECUÇÃO DAS PUNIÇÕES E REABILITAÇÃO

Art. 22 - A punição disciplinar objetiva o fortalecimento da disciplina.

Parágrafo Único - A punição deve ter em vista o benefício educativo ao punido


e à coletividade a que ele pertence.

Art. 23 - As punições disciplinares a que estão sujeitos os policiais-militares,


segundo a classificação resultante do julgamento da transgressão, são as seguintes, em
ordem de gravidade crescente:

I - Advertência;

II - Repreensão;

III - Detenção;

IV - Prisão e prisão em separado;

V - Licenciamento e exclusão a bem da disciplina.

§ 1º. - As punições disciplinares de detenção e prisão não podem ultrapassar de


30 (trinta) dias.
§ 2º. - As punições, exceto a Advertência devem ser publicadas no boletim da
OME e constar nas alterações ou ficha disciplinar do punido.

Art. 24 - Advertência - é a forma mais branda de punir, e consiste numa admo-


estação feita verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter particular ou ostensivo.

§ 1º. - Quando em caráter ostensivo poderá ser na presença de superiores, no


círculo de seus pares ou na presença de toda, ou parte da OME.

§ 2º. - A Advertência, por ser verbal, não deve constar das alterações do puni-
do, devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar.

Art. 25 - Repreensão - é a punição que, publicada em boletim, não priva o pu-


nido da liberdade.

Art. 26 - Detenção - Consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual


deve permanecer no local que lhe for determinado, normalmente o Quartel, sem que fi-
que, no entanto, encarcerado.
§ 1º - O detido comparece a todos os atos de instrução e serviços.

§ 2º - Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, o Ofi-


cial ou Aspirante-a-Oficial pode ficar detido em sua residência.

Art. 27 - Prisão - Consiste no encarceramento do punido em local próprio e de-


signado para tal.

§ 1º - Os policiais-militares dos diferentes círculos de Oficiais e praças não po-


derão ficar presos na mesma dependência.

§ 2º - São lugares de prisão;

I - Para Oficiais e Aspirantes-a-Oficial - O determinado pelo Comandante do


aquartelamento;

II - Para Subtenentes e Sargentos - Compartimento denominado "prisão de Sub-


tenentes e Sargentos";

III - Para as demais praças - Compartimento fechado denominado "Xadrez".

§ 3º - Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou a punição, o Ofi-


cial ou Aspirante-a-Oficial pode ter sua residência como local de cumprimento da prisão,
quando esta não for superior a 48 (quarenta e oito) horas.

§ 4º - Quando a OME não dispuser de instalações apropriadas, cabe à autorida-


de, que aplicou a punição, solicitar ao escalão superior local para servir de prisão em ou-
tra OME.

§ 5º - Os presos disciplinares devem ficar separados dos presos à disposição da


Justiça.

§ 6º - Compete à autoridade que aplicar a primeira punição de prisão à praça,


ajuizar da conveniência e necessidade de não encarcerar o punido, tendo em vista os altos
interesses da ação educativa da coletividade e a elevação do moral da tropa. Neste caso,
esta circunstância deverá ser fundamentadamente publicada em Boletim da OME, e o
punido terá o quartel por menagem.

Art. 28 - A prisão dever ser cumprida sem prejuízo da instrução e dos serviços
internos. Quando for com prejuízo, esta condição deve ser declarada em Boletim da O-
ME.

Parágrafo Único - O punido fará suas refeições no refeitório da OME, a não ser
que o Comandante determine o contrário.

Art. 29 - Em casos especiais, a punição de prisão, para as praças de graduação


inferior a Subtenente, pode ser agravada para "Prisão em Separado", devendo o punido
permanecer encarcerado e isolado, fazendo suas refeições no local da prisão. Isto não se
aplica às praças que estejam no excepcional comportamento.
Parágrafo Único - A prisão em separado, em princípio, deve constituir a parte
inicial do cumprimento da punição e nunca exceder à metade da punição aplicada.

Art. 30 - O recolhimento de qualquer transgressor à prisão, sem publicação em


Boletim, somente poderá ocorrer por ordem das autoridades referidas no Artigo 10, deste
regulamento.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica ao caso configurado no


§ 2º, do Artigo 11, ou ainda, quando houver:

I - Presunção ou indício de crime;

II. - Embriaguez;

III. - Ação de psicotrópicos;

IV - Necessidade de averiguações;

V - Necessidade de incomunicabilidade.

Art. 31 - O licenciamento e exclusão a bem da disciplina consiste no afasta-


mento, "ex-officio", do policial militar das fileiras da Corporação, conforme prescrito no
Estatuto dos Policiais-Militares.

§ 1º. - O licenciamento a bem da disciplina deve ser aplicado à praça sem esta-
bilidade assegurada, mediante a análise de suas alterações, por iniciativa do Comandante
Geral ou a este solicitado pelo Comandante da OME, quando:

I - A transgressão afetar o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor


policial militar, o decoro da classe, e como repressão imediata, se assim se tornar absolu-
tamente necessário à disciplina.

II. - No comportamento MAU, for verificada a impossibilidade de melhoria de


comportamento, como está prescrito neste Regulamento, precedido de Libelo Disciplinar
e oportunidade de defesa.
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§ 2º. - A exclusão a bem da disciplina deve ser aplicada "ex-officio" pelas auto-
ridades especificadas nos incisos I e II, do Artigo 10, deste regulamento, ao Aspirante-a-
Oficial e à praça com ou sem estabilidade assegurada, de acordo com o prescrito no Esta-
tuto dos Policiais-Militares.

§ 3º. - É reservado o direito ao Comandante Geral de conceder a reabilitação do


licenciado ou excluído a bem da disciplina nas seguintes condições:

I - A concessão se fará mediante requerimento do interessado instruído com


documento passado por autoridade policial do município de sua residência, comprovando
o seu bom comportamento, como civil, nos 2 (dois) últimos anos que antecederam o pe-
dido;
II. - Quando, comprovadamente, for constatada ilegalidade ou injustiça na apli-
cação do licenciamento ou exclusão a bem da disciplina, a reabilitação poderá ser conce-
dida ex-offício;

III. - Quando o licenciamento ou exclusão a bem da disciplina for decorrente de


condenação, o prazo de 2 (dois) anos para a reabilitação, será contado após cumprida a
pena correspondente.

IV - A reabilitação será publicada em Boletim Geral e registrada nas alterações


ou ficha disciplinar do ex-policial militar, sendo-lhe fornecido um documento que men-
cionará esta condição, as punições aplicadas e suas datas, sem contudo transcrever as
transgressões disciplinares que a motivaram.

V - A reabilitação não constituirá causa para a reinclusão e nem anulará as pu-


nições que servirão para fins de referência.
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Capítulo VIII

NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO


DAS PUNIÇÕES

Art. 32 - A aplicação da punição compreende uma descrição sumária, clara e


precisa dos fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão (Anexo II), o enqua-
dramento da punição e a decorrente publicação em Boletim da OPM.

§ 1º. - Enquadramento - é a caracterização da transgressão, acrescida de outros


detalhes relacionados com o comportamento do transgressor, cumprimento da punição ou
justificação. No enquadramento são necessariamente mencionados:

I - A transgressão cometida, em termos precisos, sintéticos, e a especificação


em que a mesma incida, pelos números constantes do Anexo I ou pelo Inciso II, do Artigo
14. Não devem ser emitidos comentários deprimentes e/ou ofensivos, sendo, porém, per-
mitidos os ensinamentos decorrentes, desde que não contenham alusões pessoais;

II - Os incisos, artigos e parágrafos das circunstâncias atenuantes ou agravantes,


ou causas de justificação;

III - A classificação da transgressão;

IV - A punição imposta;

V - A classificação do comportamento policial militar em que a praça punida


permaneça ou ingresse;

VI - A data de início do cumprimento da punição, se o punido tiver sido reco-


lhido de acordo com § 2º, do Artigo 11, e prescrições contidas no Artigo 28, deste regu-
lamento;

VII - A determinação para posterior cumprimento, se o punido estiver afastado


do serviço ou à disposição de outra autoridade;
VIII - O local de cumprimento da punição, se for o caso.

§ 2º. - Publicação em Boletim - é o ato administrativo que formaliza a aplicação


da punição ou sua justificação.

§ 3º. - Quando ocorrer causa de justificação, no enquadramento da punição, pu-


blica-se a justificação da falta, em lugar da punição imposta.

§ 4º. - Quando a autoridade que aplicar a punição não dispuser de boletim para
a sua publicação, esta deve ser feita, mediante solicitação escrita da autoridade imediata-
mente superior.

Art. 33 - A aplicação da punição deve ser feita com justiça, serenidade e impar-
cialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que a mesma se inspira no
cumprimento exclusivo de um dever.

Art. 34 - A publicação da punição imposta a Oficial ou Aspirante-a-Oficial, em


princípio, deve ser feita em Boletim Reservado, podendo ser em Boletim Ostensivo, se as
circunstâncias ou a natureza da transgressão assim o recomendarem.

Art. 35 - A aplicação da punição deve obedecer às seguintes normas:

I - A punição deve ser proporcional à gravidade da transgressão dentro dos se-


guintes limites:

a) de advertência até 10 (dez) dias de detenção, para transgressão leve;

b) de detenção até 10 (dez) dias de prisão, para a transgressão média;

c) de prisão a punição prevista no Artigo 31 deste regulamento, para a trans-


gressão grave.

II - A punição não pode atingir até o máximo previsto no inciso anterior, quan-
do ocorrerem apenas as circunstâncias atenuantes;

III - A punição deve ser dosada quando ocorrerem circunstâncias atenuantes e


agravantes;

IV - Por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma punição;

V - A punição disciplinar, no entanto, não exime o punido da responsabilidade


civil que lhe couber;

VI - Na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre si, a cada


uma deve ser imposta a punição correspondente. Em caso contrário as de menor gravidade
serão consideradas como circunstâncias agravantes da transgressão principal.

§ 1º. - No concurso de crime e transgressão disciplinar, quando forem da mes-


ma natureza, deve prevalecer a aplicação da pena relativa ao crime.
§ 2º. - No caso de haver absolvição ou rejeição da denúncia, a transgressão dis-
ciplinar será julgada para efeito de aplicação da punição.

Art. 36 - A aplicação da punição visa, antes de tudo, o benefício educativo do


punido e da coletividade.

Art. 37 - Nenhum policial militar deve ser interrogado ou punido em estado de


embriaguez ou sob a ação de psicotrópicos, ficando desde logo, detido, até possuir condi-
ções de plena capacidade.

Art. 38 - O início do cumprimento da punição disciplinar deve ocorrer com sua


publicação no Boletim da OPM devendo o punido, caso ainda não esteja, ser recolhido ao
local apropriado.

§ 1º. - O tempo de detenção ou prisão, antes da respectiva publicação no Bole-


tim da OME, não deve ultrapassar de 72 horas.

§ 2º. - A contagem do tempo de cumprimento da punição vai do momento em


que o punido for recolhido até aquele em que for posto em liberdade.

Art. 39 - A autoridade que necessitar punir seu comandado, à disposição ou a


serviço de outra autoridade, deve a ela requisitar sua apresentação a fim de proceder o
cumprimento da punição imposta.

Parágrafo Único - Quando o local determinado para o cumprimento da punição


não for a sua OPM, poderá solicitar aquela autoridade que determine o recolhimento do
punido diretamente ao local designado.

Art. 40 - O cumprimento da punição disciplinar, por policial militar afastado do


serviço, deve ocorrer após a sua apresentação, pronto na OME, salvo nos casos de preser-
vação da disciplina e do decoro da Corporação.

Parágrafo Único - A aplicação de punição disciplinar ao policial militar em go-


zo de licença que acarrete sua interrupção só será procedida pelas autoridades especifica-
das nos Incisos I e II do Artigo 10 deste Regulamento, obedecidas as prescrições referen-
tes ao Estatuto dos Policiais-Militares.

Art. 41 - As punições disciplinares de que trata este Regulamento, devem ser


aplicadas de acordo com as prescrições no mesmo estabelecidas. A punição máxima que
cada autoridade referida no Artigo 10 pode aplicar, acha-se especificada no quadro apenso
(Anexo III).
§ 1º. - Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas com
ação disciplinar sobre o transgressor, conhecerem da transgressão, à de nível mais elevado
competirá punir, salvo se entender que a punição está dentro dos limites da competência
da de menor nível, caso em que esta comunicará àquela a sanção disciplinar que aplicou.

§ 2º. - Quando uma autoridade, ao julgar uma transgressão, concluir que a puni-
ção a aplicar está além do limite máximo que lhe é autorizado, cabe-lhe solicitar à autori-
dade superior, com ação disciplinar sobre o transgressor, a aplicação da punição devida.
Art. 42 - A interrupção da contagem de tempo da punição, nos casos de baixa a
hospital, enfermaria e outros, terá início no momento em que o punido for retirado do lo-
cal de cumprimento da punição concluindo com o seu retorno.

Parágrafo Único - O afastamento e o retorno do punido ao local do cumprimen-


to da punição devem ser publicados em Boletim.

Capítulo IX

MODIFICAÇÃO NA APLICAÇÃO DAS PUNIÇÕES

Art. 43 - A modificação da aplicação de punição pode ser realizada pela autori-


dade que aplicou ou por outra, superior e competente, quando tiver conhecimento de fatos
que recomendem tal procedimento.

Parágrafo Único - As modificações da aplicação de punição são:

I - Anulação;

II - Relevação;

III - Atenuação;

IV - Agravação.

Art. 44 - A anulação da punição consiste em tornar sem efeito a aplicação da


mesma.

§ 1º. - Deve ser concedida a anulação quando for comprovado ter ocorrido in-
justiça ou ilegalidade na sua aplicação.

§ 2º. - A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos:

I - Em qualquer tempo e em quaisquer circunstâncias, pelas autoridades especi-


ficadas nos Incisos I e II, do Artigo 10, deste regulamento;

II - No prazo de 60 (sessenta) dias, pelas demais autoridades, exceto quando a


punição for publicada em Boletim do Comando Geral, competindo-lhes dar ciência de sua
decisão ao escalão superior.

§ 3º. - Quando a anulação for concedida durante o cumprimento da punição, se-


rá o punido posto em liberdade imediatamente.

Art. 45 - A anulação da punição deve eliminar toda e qualquer anotação ou re-


gistro nas alterações do policial militar, relativas à sua aplicação, observadas as prescri-
ções contidas no artigo 65, deste regulamento.

Art. 46 - A autoridade que tomar conhecimento de comprovada ilegalidade ou


injustiça na aplicação de punição e não tenha competência para anulá-la, ou não disponha
dos prazos referidos no § 2º. do Artigo 44, deve propor a sua anulação à autoridade com-
petente, fundamentadamente.

Art. 47 - A relevação da punição consiste na suspensão do cumprimento da pu-


nição imposta.

Parágrafo Único - A relevação da punição pode ser concedida:

I - Quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados com a


aplicação da mesma, independente do tempo de punição a cumprir;

II - Por motivo de passagem de comando, data de aniversário da OME ou data


nacional, quando já tiver sido cumprida pelo menos metade da punição.

Art. 48 - A atenuação de punição consiste na transformação da punição propos-


ta ou aplicada em uma menos rigorosa, se assim o exigir o interesse da disciplina e da
ação educativa do punido.

Art. 49 - A agravação da punição consiste na transformação da punição propos-


ta ou aplicada em uma mais rigorosa, se assim o exigir o interesse da disciplina e da ação
educativa do punido.

Parágrafo Único - A "Prisão em Separado" é considerada como uma das formas


de agravação da punição.

Art. 50 - São competentes para anular, relevar, atenuar e agravar as punições


impostas por si ou por seus subordinados, as autoridades especificadas no Artigo 10, deste
regulamento. Esta decisão deve obedecer às prescrições contidas neste Capítulo, observar
os limites estabelecidos no Quadro a este apenso, bem como ser justificada em Boletim da
OME.

Parágrafo Único - As autoridades especificadas nos incisos I e II, do Artigo 10,


deste regulamento, poderão, por iniciativa própria ou por solicitação dos comandos subor-
dinados, anular, relevar, atenuar e agravar as punições por estes impostas.

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Capítulo X

CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E
MELHORIA DO COMPORTAMENTO

Art. 51 - O comportamento policial militar das praças espelha o seu procedi-


mento civil e policial militar sob o ponto de vista disciplinar.
§ 1º. - A classificação, a reclassificação, bem como a melhoria de comporta-
mento, são da competência do Comandante Geral e dos Comandantes de OPM, obedecen-
do o disposto neste Capítulo e, necessariamente, publicadas em seu Boletim.

§ 2º. - Ao ser incluída na Polícia militar, a praça será classificada no Compor-


tamento "BOM".

Art. 52 - O comportamento policial militar das praças deve ser classificado em:

I - Excepcional - Quando, no período de 8 (oito) anos de efetivo serviço, não


tenha sofrido qualquer punição disciplinar;

II - Ótimo - Quando, no período de 4 (quatro) anos de efetivo serviço tenha sido


punida com até 1(uma) detenção;

III - Bom - Quando no período de 2 (dois) anos de efetivo serviço tenha sido
punida com até 2 (duas) prisões;

IV - Insuficiente - Quando no período de 01 (um) ano de efetivo serviço te-


nha sido punida com até 2 (duas) prisões;

V - Mau - Quando no período de 1 (um) ano de efetivo serviço tenha sido puni-
da com mais de 2 (duas) prisões.

Art. 53 - A reclassificação e melhoria de comportamento das praças serão feitas


automaticamente, mediante a aplicação da escala móvel, resultante dos prazos estabeleci-
dos no artigo precedente.

§ 1º. - A praça punida com prisão em separado ingressará automaticamente no


comportamento "Mau", respeitado o disposto no Artigo 29, deste regulamento.

§ 2º. - Para efeito de classificação do comportamento, a condenação da praça,


por sentença transitada em julgado, é equiparada:

I - A prisão, considerada no limite máximo de que trata o § 1º, do Artigo 23, se


resultante de crime;

II - A detenção, considerada no limite máximo previsto no § 1º, do Artigo 23, se


decorrente de contravenção penal
$UWFRPUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

Art. 54 - A contagem de tempo para reclassificação e melhoria de comporta-


mento, de que trata o artigo anterior, começa a partir da data em que se encerra o cum-
primento da punição disciplinar.
$UWFRPUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

Art. 55 - Para efeito de classificação, reclassificação e melhoria de comporta-


mento, e estabelecida a seguinte equivalência:

I - 2 (duas) repreensões eqüivalem a 1(uma) detenção;


II - 4 (quatro) repreensões eqüivalem a 1 (uma) prisão;

III - 2 (duas) detenções eqüivalem a 1 (uma) prisão.

§ 1º. - A advertência não modificará o comportamento da praça.

§ 2º. - Bastará uma repreensão, além dos limites estabelecidos no Artigo 52, pa-
ra alterar a classificação do comportamento, respeitada a equivalência de punições previs-
ta nos Incisos I, II e III, deste artigo, e observada a equiparação de que trata o § 2º. do Ar-
tigo 53.
†žFRPUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

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Capítulo XI

APRESENTAÇÃO DE RECURSOS

Art. 56 - Interpor recursos disciplinares é o direito concedido ao policial militar


que se julgar, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou injustiçado por superi-
or hierárquico, na esfera disciplinar.

Parágrafo Único - São recursos disciplinares:

I - O pedido de reconsideração de ato;

II - A queixa;

III - A representação.

Art. 57 - A reconsideração de ato - é o recurso interposto mediante requerimen-


to, por meio do qual o policial militar, que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudi-
cado, ofendido ou injustiçado, solicita à autoridade que praticou o ato, que reexamine sua
decisão e reconsidere seu ato.

§ 1º. - O pedido de reconsideração de ato deve ser encaminhado através da auto-


ridade a quem o requerente estiver diretamente subordinado.

§ 2º. - O pedido de reconsideração de ato deve ser apresentado no prazo máxi-


mo de 2 (dois) dias úteis, a contar da data em que o policial militar tomar oficialmente
conhecimento dos fatos que o motivaram.

§ 3º. - A autoridade a quem é dirigido o pedido de reconsideração de ato, deve


dar despacho ao mesmo no prazo máximo de 4 (quatro) dias úteis.
Art. 58 - Queixa - é o recurso disciplinar, normalmente redigido sob forma de
ofício ou parte, interposto pelo policial militar que se julgue injustiçado, dirigido direta-
mente ao superior imediato da autoridade contra quem é apresentada a queixa.

§ 1º. - A apresentação da queixa só é cabível após o pedido de reconsideração


de ato ter sido solucionado e publicado em Boletim da OPM onde serve o queixoso.

§ 2º. - A apresentação da queixa deve ser feita dentro de um prazo de 5 (cinco)


dias úteis, a contar da publicação em Boletim da solução de que trata o parágrafo anterior.

§ 3º. - O queixoso deve informar, por escrito, à autoridade de quem vai se quei-
xar, do objeto do recurso disciplinar que irá apresentar.

§ 4º. - O queixoso deve ser afastado da subordinação direta da autoridade contra


quem formulou o recurso, até que o mesmo seja julgado. Deve, no entanto, permanecer na
localidade onde serve, salvo a existência de fatos que contra-indiquem a sua permanência
na mesma.

Art. 59 - Representação - é o recurso disciplinar, normalmente redigido sob


forma de oficio ou parte, interposto por autoridade que julgue subordinado seu estar sendo
vítima de injustiça ou prejudicado em seus direitos, por ato de autoridade superior.

Parágrafo Único - A apresentação deste recurso disciplinar deve seguir os mes-


mos procedimentos prescritos no Artigo 58 e seus parágrafos, deste regulamento.

Art. 60 - A apresentação dos recursos disciplinares mencionados no Parágrafo


Único, do Artigo 56, deve ser feita individualmente; tratar de caso específico; cingir-se
aos fatos que os motivaram; fundamentar-se em novos argumentos, provas ou documentos
comprobatórios, elucidativos, e não conter comentários.

§ 1º. - O prazo para apresentação de recurso disciplinar, pelo policial militar


que se encontre cumprindo punição disciplinar, executando serviço ou ordem que motive
a apresentação do mesmo, começa a ser contado quando cessadas estas situações.

§ 2º. - O recurso disciplinar que contrarie o prescrito neste Capítulo é conside-


rado prejudicado pela autoridade a quem foi destinado, cabendo a esta mandar arquivá-lo
e publicar sua decisão em Boletim, fundamentadamente.

§ 3º. - A tramitação de recursos deve ter tratamento de urgência em todos os es-


calões.

Capítulo XII

CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES

Art. 61 - Cancelamento de punição é o direito concedido ao policial militar de


ter cancelada a averbação de punição e outras notas a elas relacionadas, em suas altera-
ções.
Art. 62 - O cancelamento de punição pode ser concedido ao policial militar que
o requerer dentro das seguintes condições:

I - Não ser a transgressão, objeto da punição, atentatória a honra pessoal, ao


pundonor policial militar ou ao decoro da classe;

II - Ter bons serviços prestados, comprovados pela análise de suas alterações;

III - Ter conceito favorável de seu Comandante;

IV - Ter completado:

a) 8 (oito) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de prisão;

b) 4 (quatro) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de repre-


ensão ou detenção.
,QFLVR,9FRPUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH 

Art. 63 - A entrada do requerimento solicitando cancelamento de punição,


bem como a solução dada ao mesmo, devem constar em Boletim da OPM.

§ 1º. - Os prazos a que se referem as alíneas "a" e "b", do Inciso IV, do artigo
anterior, serão contados da punição a cancelar e terão início a partir da data:

I - De publicação, no caso de repreensão;

II - De cumprimento do último dia de detenção ou de prisão.

§ 2º. - O cancelamento de qualquer punição não é prejudicado pela superveni-


ência de outra punição.

§ 3º. - Concedido o cancelamento, o comportamento da praça será alterado,


mediante a aplicação das prescrições sobre melhoria de comportamento contidas neste
regulamento.

§ 4º. - A solução do requerimento de cancelamento é da competência do Co-


mandante Geral.
††žžžHžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH 

Art. 64 - O Comandante Geral, independentemente de requerimento do interes-


sado e das condições enunciadas no Artigo 62, poderá cancelar uma ou todas as punições
do servidor militar que tenha, comprovadamente prestado relevantes serviços e não haja
sofrido qualquer punição nos últimos 2 (dois) anos.
$UWFRPUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

Art. 65 - Todas as anotações relacionadas com as punições canceladas devem


ser tingidas de maneira que não seja possível a sua leitura. Na margem onde for feito o
cancelamento, devem ser anotados o número e data do boletim da autoridade que conce-
deu o cancelamento, sendo estas anotações rubricadas pela autoridade competente para
assinar as Folhas de Alterações.

Capítulo XIII

RECOMPENSAS

Art. 66 - As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços presta-


dos por policiais-militares.

Art. 67 - Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais, são recom-


pensas policiais-militares:

I - O elogio;

II - As dispensas do serviço;

III - A dispensa da revista do recolher e do pernoite, para as praças e alunos dos


cursos policiais-militares a elas destinados.

Art. 68 - O elogio pode ser individual ou coletivo.

§ 1º. - O elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais e profis-


sionais, somente poderá ser formulado a policiais-militares que se hajam destacado do
resto da coletividade no desempenho de ato de serviço ou ação meritória. Os aspectos
principais que devem ser abordados são os referentes ao caráter, coragem e desprendimen-
to, à inteligência, às condutas civil e policial militar, às culturas profissional e geral, à
capacidade como instrutor, à capacidade como comandante, como administrador e à capa-
cidade física.

§ 2º. - O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar um grupo de policiais-


militares ou fração de tropa ao cumprir destacadamente uma determinada missão.

§ 3º. - A descrição do fato ou fatos que motivam o elogio deve precisar a atua-
ção do elogiado e citar expressamente os atributos de sua personalidade que ficaram evi-
denciados.
†žFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

§ 4º. - A linguagem deve ser sóbria, como convém ao estilo policial militar, evi-
tando-se as generalizações e adjetivações ocas, desprovidas de real significado.

§ 5º. - Os elogios, quando concedidos por transferência para a inatividade, po-


derão conter, a título de homenagem, ou mesmo de exemplo, breve referência sobre fatos
de períodos anteriores da vida do policial militar, que mereçam destaque especial e ressal-
tem atributos dígnos de nota.
§ 6º. - Só serão registrados nos assentamentos dos policiais-militares os elogios
individuais obtidos no desempenho de funções próprias na Polícia Militar ou consideradas
de natureza policial militar e concedidos por autoridades com atribuição para fazê-los.

§ 7º. - Quando a autoridade que conceder o elogio não dispuser de boletim para
sua publicação, esta deve ser feita, mediante solicitação, por escrito, no da autoridade i-
mediatamente superior.

Art. 69 - As dispensas do serviço, como recompensas, podem ser:

I - Dispensa total do serviço, que isenta de todos os trabalhos da OME, inclusi-


ve os de instrução;

II - Dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos, que devem


ser especificados na concessão.

§ 1º. - A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de 8 (oito)


dias e não deve ultrapassar o total de 16 (dezesseis) dias, no decorrer de um ano civil. Esta
dispensa não invalida o direito de férias.

§ 2º. - A dispensa total do serviço pode ser gozada fora da sede da OPM, fican-
do subordinada às mesmas regras relativas à concessão de férias.

§ 3º. - A dispensa total do serviço é regulada por período de 24 (vinte e quatro)


horas, contadas de boletim a boletim. Sua publicação deve ser feita, no mínimo, 24 (vinte
e quatro) horas antes de seu início, salvo motivo de força maior.

Art. 70 - São competentes para conceder estas recompensas, as autoridades es-


pecificadas no Artigo 10, deste regulamento.

Art. 71 - As dispensas da revista do recolher e de pernoitar no aquartelamento


são da competência das autoridades especificadas no Inciso VI, do Artigo 10, deste regu-
lamento, podendo ser incluídas numa mesma concessão. As praças beneficiadas com esta
recompensa deverão comparecer à instrução e aos serviços para os quais forem escaladas.
$UWFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

Art. 72 - São competentes para anular, restringir ou ampliar as recompensas,


concedidas por si ou por seus subordinados, as autoridades especificadas no Artigo 10,
deste regulamento, devendo esta decisão ser justificada em Boletim da OME, dentro do
prazo de 4 (quatro) dias úteis de sua concessão.

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Art. 73 - Os julgamentos a que forem submetidos os policiais-militares, perante
Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina, serão conduzidos segundo normas
próprias ao funcionamento dos referidos Conselhos.

Parágrafo Único - As causas determinantes que levam o policial militar a ser


submetido a um destes Conselhos "ex-officio" ou a pedido, e as condições para sua instau-
ração, funcionamento, e providências decorrentes, estão estabelecidas na legislação que
dispõe sobre os citados Conselhos.

Art. 74 - É da competência das autoridades especificadas nos Incisos I e II do


Artigo 10, deste regulamento, o direito de punir os policiais-militares inativos encontrados
na prática de transgressão disciplinar.

Art. 75 - O Comandante Geral baixará instruções complementares, necessárias


à interpretação, orientação e aplicação deste regulamento, as circunstâncias e casos no
mesmo não previstos.
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I -Introdução

1. As transgressões disciplinares, a que se refere o Inciso I, do Artigo 14, deste


Regulamento são, neste Anexo, enumeradas e especificadas.

A numeração deve servir de referência para o enquadramento e publicação em


boletim, da punição ou da justificação da transgressão.

2. No caso das transgressões, a que se refere o Inciso II, do Artigo 14, deste re-
gulamento, quando do enquadramento e publicação em boletim da punição ou justificação
da transgressão, tanto quanto possível, deve ser feita alusão aos artigos, parágrafos, inci-
sos e letras das leis, regulamentos, normas ou ordens que forem contrariados ou contra os
quais tenha havido omissão.

II - RELAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES

1. Faltar a verdade.

2. Utilizar-se do anonimato.

3. Concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizade entre polici-


ais-militares ou seus familiares.

4. Deixar de exercer autoridade compatível com seu posto ou graduação.

5. Deixar de punir o transgressor da disciplina.

6. Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência e não
lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, no mais curto prazo.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

7. Deixar de cumprir ou de fazer cumprir norma regulamentar na esfera de suas


atribuições.

8. Deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência no âmbito de


suas atribuições, quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar a respeito.

9. Deixar de comunicar ao superior imediato ou, na ausência deste, a qualquer


autoridade superior, toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pú-
blica ou grave alteração do serviço, logo que disto tenha conhecimento.
10. Deixar de informar processo que lhe for encaminhado, exceto caso de sus-
peição ou impedimento, ou absoluta falta de elementos, hipótese em que estas circunstân-
cias serão fundamentadas.

11. Deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de subordinação e


no mais curto prazo, recurso ou documento que receber, que não for da sua alçada a solu-
ção.

12. Retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordem judicial ou policial de


que esteja investido ou que deva promover.

13. Apresentar parte ou recurso sem seguir as normas e preceitos regulamenta-


res, ou em termos desrespeitosos ou com argumentos falsos, ou de má fé, ou mesmo sem
justa causa ou razão.

14. Dificultar ao subordinado a apresentação de recursos.

15. Recorrer ao Judiciário sobre procedimento, solução ou decisão de autorida-


de policial militar, sem antes esgotar todos os recursos administrativos.

16. Deixar de comunicar ao superior a execução de ordem recebida tão logo se-
ja possível.

17. Retardar, por negligência, a execução de qualquer ordem.

18. Aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de autori-
dade competente, ou para retardar a sua execução.

19. Não cumprir ordem recebida.

20. Simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer dever policial


militar.

21. Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer servi-


ço ou instrução.

22. Causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou instrução,


por imperícia, imprudência ou negligência.

23. Disparar arma por imprudência ou negligência.

24. Não zelar devidamente, danificar ou extraviar, por negligência às regras ou


normas de serviço, material da Fazenda Nacional, Estadual ou Municipal, que esteja ou
não sob sua responsabilidade direta.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

25. Não ter pelo preparo próprio, ou pelo de seus comandados, instruendos e
educandos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever.
26. Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por negligên-
cia ou incúria, medidas contra qualquer irregularidade que venha a tomar conhecimento.

27. Deixar de participar a tempo, à autoridade imediatamente superior, a impos-


sibilidade de comparecer à OPM, ou a qualquer ato de serviço.

28. Faltar ou chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte
ou assistir.

29. Permutar serviço sem permissão da autoridade competente.

30. Abandonar o serviço para o qual tenha sido designado.

31. Afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de disposição legal
ou ordem.

32. Deixar de apresentar-se nos prazos regulamentares, à OPM para que tenha
sido transferido ou classificado, e às autoridades competentes, nos casos de comissão ou
serviço extraordinário, para os quais tenha sido designado.

33. Não se apresentar ao fim de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo
que souber que o mesmo foi interrompido.

34. Representar a OME e, mesmo, a Corporação, em qualquer ato, sem estar


devidamente autorizado.

35. Tomar compromisso pela OME que comanda ou em que serve, sem estar
autorizado.

36. Contrair dívidas ou assumir compromisso superior às suas possibilidades


comprometendo o bom nome da classe.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

37. Esquivar-se de satisfazer compromissos de ordem moral ou pecuniário que


houver assumido.

38. Não atender a observação de autoridade competente, para satisfazer débito


já reclamado.

39. Não atender a obrigação de dar assistência à sua família ou dependente le-
galmente constituído.

40. Fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias en-


volvendo assunto de serviço, bens da administração pública ou material proibido, quando
isso não configurar crime.

41. Realizar ou propor transações pecuniárias, envolvendo superior, igual ou


subordinado. Não são consideradas transações pecuniárias os empréstimos em dinheiro
sem auferir lucro.
42. Ter pouco cuidado com o asseio próprio ou coletivo, em qualquer circuns-
tância.

43. Portar-se sem compostura em lugar público.

44. Deixar de tomar, por negligência, providências cabíveis, com relação ao


procedimento de seus dependentes junto à sociedade, quando devidamente admoestado
por seu Comandante.

45. Freqüentar lugares incompatíveis com seu nível social e o decoro da classe.

46. Portar a praça arma da Corporação, sem estar de serviço ou sem ordem para
tal, ou ainda, portar arma não regulamentar, sem permissão da autoridade competente.

47. Permitir, tolerar ou praticar atos contrários à apresentação correta dos sím-
bolos nacionais.

48. Içar ou arriar Bandeira ou insígnia de comandante sem ordem para tal.

49. Dar toques ou fazer sinais, sem ordem para tal.

50. Conversar ou fazer ruído, em ocasiões, lugares ou horas impróprias.

51. Espalhar boatos ou notícias tendenciosas.

52. Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de alarme injustificável.

53. Usar violência desnecessária, no ato de efetuar prisão.

54. Maltratar preso sob sua guarda.

55. Deixar alguém conversar ou entender-se com preso incomunicável, sem au-
torização da autoridade competente.

56. Conversar com sentinela ou preso incomunicável, sem autorização compe-


tente.

57. Deixar que presos conservem em seu poder instrumentos ou objetos não
permitidos.

58. Conversar, distrair-se, fumar ou, ainda, consentir na formação ou perma-


nência de grupo ou de pessoas junto a seu posto de serviço.

59. Permanecer a praça em dependência da OME, desde que seja estranha ao


serviço, ou sem consentimento ou ordem de autoridade competente.

60. Fumar em lugar ou ocasiões onde isso seja vedado, ou quando se dirigir a
superior.
61. Tomar parte em jogos proibidos, ou jogar a dinheiro os permitidos em área
policial militar ou sob jurisdição policial militar.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

62. Tomar parte, em área policial militar ou sob jurisdição policial militar, em
discussões a respeito de política ou religião, ou mesmo provocá-la.

63. Manifestar-se, publicamente, o policial militar da ativa ou convocado, a res-


peito de assuntos políticos ou tomar parte, fardado, em manifestações da mesma natureza.

64. Manifestar-se, publicamente, o policial militar na inatividade, sobre assunto


policial militar de caráter sigiloso ou funcional ou qualquer outro que atinja negativamen-
te o conceito ou a base institucional da Corporação.

65. Notificar, remover, reter ou apreender veículos, ou ainda, advertir, multar


ou apreender documento de habilitação de usuário, sem observar o disposto na legislação
peculiar de trânsito.

66. Ser indiscreto, em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação pos-
sa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

67. Dar conhecimento de fatos, documentos, ou assuntos policiais-militares a


quem deles não deva ter conhecimento e não tenha atribuições para neles intervir.

68. Publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos, documentos ou as-
suntos policiais militares, que possam concorrer para o desprestígio da Corporação ou
ferir a disciplina ou a segurança.

69. Comparecer, o policial militar da ativa, a qualquer solenidade, festividade


ou reunião policial militar, ou de caráter policial militar, em trajes civis ou com uniforme
diferente do determinado.

70. Deixar o superior de determinar a saída imediata, de solenidade policial mi-


litar ou civil, de subordinado que a ela compareça em uniforme diferente do determinado.

71. Apresentar-se desuniformizado, mal uniformizado ou com o uniforme alte-


rado.

72. Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não regulamentar, bem como u-


sar indevidamente distintivo ou condecoração.

73. Recusar insígnia, medalha ou condecoração que lhe tenha sido oficialmente
outorgada.

74. Andar o policial militar a pé, em coletivo público, com uniforme inadequa-
do, contrariando o RUPM ou normas a respeito.

75. Freqüentar ou fazer parte, o policial militar da ativa, de sindicatos, associa-


ções profissionais com caráter de sindicato ou similares.
76. Usar traje civil, o Cabo ou Soldado, quando isso contrariar ordem de autori-
dade competente.

77. Usar o uniforme de serviço, quando de folga, se isso contrariar ordem de au-
toridade competente.

78. Entrar ou sair de qualquer OPM, o Cabo ou Soldado, com objetos ou em-
brulhos, sem autorização do Comandante da Guarda ou autorização similar.

79. Deixar o Oficial ou Aspirante-a-Oficial, ao entrar em OPM onde não sirva,


de dar ciência da sua presença ao Oficial de Dia, e, em seguida de procurar o Comandante
ou o mais graduado dos Oficiais presentes para cumprimentá-lo.

80. Deixar o Subtenente, Sargento, Cabo ou Soldado, ao entrar em OPM onde


não sirva, de apresentar-se ao Oficial de Dia ou ao seu substituto legal.

81. Deixar o Comandante da Guarda ou agente de segurança correspondente, de


cumprir as prescrições regulamentares, com respeito a entrada ou permanência na OPM,
de civis, militares ou policiais-militares estranhos à mesma.

82. Penetrar o policial militar, sem permissão ou ordem, em aposentos destina-


dos a superior, ou onde este se ache, bem como em qualquer lugar onde a entrada seja
vedada.

83. Penetrar ou tentar penetrar o policial militar em alojamento que não seja o
seu depois da revista do recolher, salvo os Oficiais ou Sargentos que, pelas suas funções,
sejam a isto obrigados.

84. Permanecer a praça em dependência da OPM onde sua presença não seja
permitida.

85. Tentar entrar ou sair da OPM com força armada, sem prévio conhecimento
ou ordem de autoridade competente.

86. Retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição policial militar, ma-
terial, viatura ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou proprie-
tário.

87. Abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM, fora das horas de expe-
diente, desde que não seja o respectivo Chefe ou sem sua ordem escrita, com a expressa
declaração de motivo, salvo situações de emergência.

88. Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou


administrativa.

89. Deixar de portar, o policial militar, o seu documento de identidade, estando


ou não fardado, ou de exibí-lo, quando solicitado.

90. Maltratar ou não ter o devido cuidado, no trato com animais pertencentes à
Corporação.
91. Desrespeitar em público as convenções sociais.

92. Desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil.

93. Desrespeitar organização judiciária ou qualquer de seus membros, bem co-


mo criticar, em público ou pela imprensa, seus atos ou decisões.

94. Não se apresentar a superior hierárquico ou de sua presença retirar-se, sem


obediência às normas regulamentares.

95. Deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar a superior, ressalvadas
as exceções previstas no Regulamento de Continência, Honras e Sinais de Respeito das
Forças Armadas.

96. Sentar-se a praça, em público, à mesa em que estiver Oficial ou vice-versa,


salvo em solenidades, festividades ou reuniões sociais.

97. Discutir ou provocar discussões, por qualquer veículo de comunicação, so-


bre assuntos políticos, militares ou policiais-militares, excetuando-se os de natureza ex-
clusivamente técnicas, quando devidamente autorizados.

98. Executar atividade de policiamento sem estar devidamente escalado, exceto


em situações de emergência, calamidade pública, flagrante delito, perturbação da ordem
pública ou outros, em que se fizer necessária a pronta intervenção do policial militar.

99. Deixar deliberadamente de corresponder a cumprimento de subordinado.

100. Deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil, de cumpri-


mentar superior, uniformizado ou não, neste caso desde que o conheça, ou prestar-lhe as
homenagens e sinais regulamentares de consideração e respeito.

101. Deixar o policial militar, presente a solenidades internas ou externas, onde


se encontrar superiores hierárquicos, de saudá-los de acordo com as normas regulamenta-
res.
 QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

102. Deixar o Oficial ou Aspirante-a-Oficial, tão logo seus afazeres o permitam,


de apresentar-se ao de maior posto e ao substituto legal imediato, da OME onde serve,
para cumprimentá-los, salvo ordem ou instrução a respeito.

103. Deixar o Subtenente ou Sargento, tão logo seus afazeres o permitam, de


apresentar-se ao seu Comandante ou chefe imediato.

104. Deixar ou negar-se de receber vencimentos, alimentação, fardamento, e-


quipamento ou material que lhe seja destinado, ou deva ficar em seu poder ou sob sua
responsabilidade.

105. Dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a superior.


106. Censurar ato de superior ou procurar desconsiderá-lo, seja entre policiais
militares, seja entre civis.

107. Procurar desacreditar seu igual ou subordinado, seja entre policiais milita-
res, seja entre civis.

108. Ofender, provocar ou desafiar seu igual ou superior.

109. Ofender a moral por atos, gestos ou palavras.

110. Ofender, provocar ou desafiar seu subordinado.

111. Travar discussão, rixa ou luta corporal com seu igual ou subordinado.

112. Autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva, se-


ja de caráter reivindicatório, seja de crítica ou de apoio a ato superior, com exceção das
demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com o conhecimento do homenageado.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

113. Aceitar o policial militar qualquer manifestação coletiva de seus subordi-


nados, salvo a exceção do número anterior.

114. Autorizar, promover ou assinar petições coletivas dirigidas a qualquer au-


toridade civil ou policial militar.

115. Dirigir memoriais ou petições a qualquer autoridade, sobre assunto de al-


çada do Comando Geral da PM, salvo em grau de recurso, na forma prevista neste regu-
lamento.

116. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área policial militar ou sob a
jurisdição policial militar, publicações, estampas ou jornais que atentem contra a discipli-
na ou a moral.

117. Ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob jurisdição
policial militar, inflamável ou explosivo, sem permissão da autoridade competente.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

118. Ter em seu poder ou introduzir, em área policial militar ou sob jurisdição
policial militar, bebidas alcoólicas, salvo quando devidamente autorizado.
QžFRPDUHGDomRGDGDSHOR'HFUHWRQžGHGHGH]HPEURGH

119. Comparecer a qualquer ato de serviço em estado de embriaguez, ou embri-


agar-se durante o mesmo, embora tal estado não tenha sido constado por médico.

120. Ter em seu poder ou distribuir, em área policial militar, tóxicos ou entor-
pecentes, que determinem dependência física ou psíquica, a não ser mediante prescrições
de autoridade competente.

121. Fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de tóxicos, entorpecen-
tes ou psicotrópicos, quando isto não constituir crime previsto na legislação peculiar.

122. Usar, quando uniformizado, barba, cabelos, bigode ou costeletas excessi-


vamente compridos ou exagerados, contrariando disposições a respeito, ou em desacordo
com os caracteres individuais expressos na cédula de identidade policial militar.


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02'(/26'(127$'(381,d­2

O Soldado n.º. .......... da ........... Cia, F............de tal, por ter chegado atrasado
ao primeiro tempo de instrução de 20 do corrente (n.º. 28 do Anexo I, com a agravante do
Inciso III o Artigo 19, tudo do RDPM-transgressão leve), fica repreendido, ingressa no
"Comportamento MAU".

O Cabo n.º........... da ........... Cia, F............... de Tal, por ter maltratado, no di-
a..... do corrente, o preso F................ que estava sob sua guarda (n.º. 54 do Anexo I, com
as atenuantes dos Incisos I e II do Artigo 18, tudo do RDPM - Transgressão média), fica
detido por 8 dias; permanece no "Comportamento BOM".

O Soldado n.º. .......... da ........... Cia, F............ de Tal, por ter faltado à verdade
na Sindicância feita pelo Capitão F.................... no dia ................ do corrente (n.º. 1 do
Anexo I, com a agravante do Inciso V do Artigo 19, e a atenuante do Inciso I, do Artigo
18, do RDPM - Transgressão grave), fica preso por 15 dias; ingressa no "Comportamento
INSUFICIENTE".

O Cabo n.º........... do Esq F............... de Tal, por ter sido encontrado no interior
do quartel em estado de embriaguez, no dia .... do corrente (n.º. 119 do Anexo I, com a
agravante do Inciso III, do Artigo 19, e a atenuante do Inciso I, do Artigo 18, tudo do
RDPM - Transgressão grave), fica preso por 10 dias, sendo os dois primeiros dias em se-
parado; ingressa no "Comportamento MAU". Esta punição é a contar de .... data em que
foi recolhido a prisão.

OBS: Não dispondo de Boletim, à autoridade que aplicar a punição caberá soli-
citar sua publicação em boletim daquela a que estiver subordinado.


$QH[R,,,

48$'52'(381,d®(60È;,0$6

Quadro de Punições Máximas referido no Artigo 41, que podem aplicar


as autoridades policiais militares, obedecidas as prescrições estabelecidas neste Regula-
mento.

POSTOS E GRADUAÇÕES Autoridades definidas no Art. 10 (incisos)


- Oficiais da Ativa I; II; III e IV V
- Oficiais da Reserva Remunerada 30 20 15
dias de prisão dias de dias de
detenção prisão
- Aspirante-a-Oficial e Subtenentes
(1)
- Sargentos, Cabos e Soldados
(1) (2) (3)
- Aluno da Escola de Formação de Oficiais
(2) (4)
- Alunos de órgão de Formação de Cb e Sgt
(4)
- Alunos de órgão de Formação de Sd
(2) (4)

(1) Exclusão a bem da disciplina - Aplicável nos casos previstos no § 2º, do


Art. 31, e Art. 73.

(2) Licenciamento a bem da disciplina - Aplicável nos casos previstos no § 1º,


do Art. 31.

(3) Art. 29, e parágrafo único, do Art. 49.

(4) Parágrafo Único, do Art. 8º.




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352&(',0(17263$5$$3/,&$d­2'(381,d®(6

1R&DVRGH3DUWHV'LVFLSOLQDUHVRX6LQGLFkQFLD

I) Recebida a Parte ou Sindicância, o Comandante, Chefe ou Diretor, fará noti-


ficar ao transgressor;

a) do teor da mesma;

b) da abertura do prazo de 5(cinco) dias úteis para a defesa escrita;

II) Apresentada a defesa ou certificada sua não apresentação ou recusa da ciên-


cia da notificação, o Comandante, Chefe ou Diretor apresentará a conclusão da Parte ou
Sindicância, ou encaminhará o processo à autoridade competente para tal.

1R&DVRGH/LEHOR'LVFLSOLQDU

I) Constatada a impossibilidade de recuperação de comportamento da Praça, o


Comandante, Chefe ou Diretor:

a) determinará a consolidação do libelo disciplinar, para fins de pedido de


licenciamento "ex-offício".

b) notificará o policial militar do teor do libelo, bem como da abertura do


prazo de 5(cinco) dias úteis, para apresentação de defesa, cientificando-lhe que a não a-
presentação acarretará a remessa do libelo disciplinar para o Comandante Geral, com o
pedido de licenciamento.

II) Recebido o processo, o Comandante Geral decidirá sobre o licenciamento.


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