You are on page 1of 6

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................7

NORMA: TECENDO CONCEITOS ................................................................................................. 11


Objetivos gerais do capítulo .................................................................................................. 11
1. Conceitos de norma ............................................................................................................... 12
2. Um breve histórico .................................................................................................................. 26
3. O conceito de língua não é estritamente linguístico ................................................. 29
4. Considerações sobre a variação linguística.................................................................. 31
5. A cultura normativa ................................................................................................................ 41
6. Os paradoxos da cultura linguística normativa ........................................................... 54
7. O contexto social normativo................................................................................................ 58
8. Os caminhos da padronização........................................................................................... 67
•฀ Leituras complementares .................................................................................................... 74
•฀ Exercícios ................................................................................................................................... 75

NORMA: DESCRIÇÃO E PRESCRIÇÃO ..................................................................................... 77


Objetivos gerais do capítulo .................................................................................................. 77
1. A atitude descritiva e a atitude normativa ..................................................................... 78
2. Filólogos, gramáticos e linguistas..................................................................................... 84
3. Os linguistas e a “norma normativa”............................................................................... 92
4. Investigando o processo normativo ................................................................................. 94
5. Os linguistas entram em cena ........................................................................................... 98
6. Em busca de uma solução ............................................................................................... 117
•฀ Leituras complementares ................................................................................................. 121
•฀ Exercícios ................................................................................................................................ 121

BREVE HISTÓRICO DA NORMATIZAÇÃO DO PORTUGUÊS ......................................... 123


Objetivos gerais do capítulo ............................................................................................... 123
1. A língua em construção ..................................................................................................... 124
2. Rumo a uma norma-padrão............................................................................................. 133
3. A norma ortográfica............................................................................................................. 136
4. A norma-padrão portuguesa............................................................................................ 145
5. O discurso purista ................................................................................................................ 149
6. O problema normativo do Brasil ..................................................................................... 158
7. Outras normas em gestação ........................................................................................... 165
•฀ Leituras complementares ................................................................................................. 169
•฀ Exercícios ................................................................................................................................ 170

NORMA E ENSINO.......................................................................................................................... 173


Objetivos gerais do capítulo ............................................................................................... 173
1. Normas, diversidade e ensino de língua ..................................................................... 174
2. Repensando conceitos com vistas ao ensino ........................................................... 176
2.1 Norma-padrão ................................................................................................................ 177
2.2 Certo-errado ................................................................................................................... 181
2.3 Norma culta e a dinâmica social da língua ........................................................ 184
2.4 Plenitude formal ............................................................................................................ 194
2.5 Camaleão linguístico.................................................................................................... 201

3. À guisa de conclusão ......................................................................................................... 205


•฀ Leituras complementares ................................................................................................. 207
•฀ Exercícios ................................................................................................................................ 208

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 211

OS AUTORES..................................................................................................................................... 219
APRESENTAÇÃO

O tema da norma é dos mais complexos nos estudos da linguagem


verbal. Para começar, há dois conceitos técnicos de norma que precisam
ser bem entendidos para torná-los operativos nas nossas pesquisas e de-
bates. De um lado, há “o que se diz” (que designaremos, num primeiro
momento, de “norma normal”) e, de outro, “o como se deve dizer” (a que
daremos, de início, a designação de “norma normativa”).
Um segundo problema é de natureza terminológica: há muita varia-
ção e imprecisão nos termos utilizados para designar a “norma normativa”.
Além de se confundir, muito frequentemente, norma culta com norma-
padrão, as designações oscilam entre língua/variedade/linguagem/mo-
dalidade culta/formal/padrão; ou português/uso culto/formal/padrão; ou
ainda padrão culto, entre outras. Será necessário, então, um esforço para
alcançar um patamar mais preciso na própria nomenclatura.
Por outro lado, para compreender norma, temos de articular vários
universos conceituais relativos a temas que lhe são correlatos, tais como a
variação linguística, a normatividade em geral, a cultura linguística norma-
tiva (sua origem, características, efeitos e paradoxos), os fatores extralin-
guísticos que intervêm na definição de língua, na hierarquização das varieda-
des sociolinguísticas e na criação da aura de prestígio que cerca variedades
linguísticas assumidas social e culturalmente como modelares.

7
PARA CONHECER Norma Linguística

É, sem dúvida, um longo percurso ao qual agregamos uma indispen-


sável revisão da história do normativismo na língua portuguesa. A pers-
pectiva histórica é fundamental para desmitificarmos e desnaturalizarmos
a questão da norma prescritiva. É importante balizar adequadamente seu
caráter relativo. Só assim tomará novo rumo o debate social sobre essa
questão, que tem sido muito mal encaminhado e até bloqueado entre nós
por falta de referências tecnicamente bem informadas.
Esperamos que este livro traga subsídios para garantir uma compreensão
ampla e substancial da norma em seus diferentes sentidos e para qualificar
o debate social.
Para isso, organizamos o livro em quatro capítulos. No primeiro,
apresentamos os conceitos de norma nos estudos linguísticos e uma série
de outros conjuntos conceituais necessários para compreender esse tema,
tais como a questão geral da normatividade nas sociedades humanas, o
complexo quadro da variação linguística, o conceito sociocultural e po-
lítico de língua, as muitas faces da cultura linguístico-normativa e seus
paradoxos e, por fim, as relações da padronização linguística com a cultura
escrita, com a criação dos Estados modernos e com a expansão do capita-
lismo industrial.
No segundo, diferenciamos a atitude linguístico-descritiva da atitude
linguístico-normativa; caracterizamos os objetos, os objetivos e os proce-
dimentos metodológicos dos três principais estudiosos da linguagem ver-
bal (filólogos, gramáticos e linguistas) e repassamos a história dos princi-
pais critérios utilizados nos processos padronizadores.
No terceiro, tratamos da história da normativização do português, re-
visando os principais momentos da consolidação das normas cultas, do
desenvolvimento da norma-padrão portuguesa e brasileira, da construção
da norma ortográfica e do surgimento do discurso purista. Concluímos o
capítulo com uma discussão sobre as novas normas que estão emergindo
nos outros países de língua oficial portuguesa.
Por fim, no quarto capítulo, tecemos considerações sobre norma e
ensino de língua. A partir de considerações mais amplas sobre normas so-
ciais de comportamento e de uso da linguagem, retomamos os conceitos de
norma-padrão e norma culta no contexto brasileiro, adotando uma postura

8
Apresentação

crítica. Defendemos o ensino produtivo da língua e propomos que o traba-


lho escolar com a norma prestigiada seja articulado com as demais varie-
dades da língua, com as quais contrasta. Para aprofundar essa perspectiva,
questionamos a cultura do certo-errado, ressaltamos a plenitude formal de
todas as variedades e caracterizamos os falantes como camaleões linguís-
ticos, enfatizando o constante processo de escolhas que fazem em busca
da adequação dos enunciados aos propósitos das interações em curso. O
ensino que defendemos tem todos esses componentes e cria espaços para
que a voz dos alunos seja ouvida, valorizada e respeitada na produção de
conhecimentos em conjunto.
Cada capítulo se completa com exercícios e sugestões de leituras
complementares.

You might also like