Meu nome é ALESSANDRA RIBEIRO sou liderança (mestra) da Comunidade
de "Jongo Dito Ribeiro" , Gestora cultural da Casa de Cultura afro "Fazenda
Roseira" em Campinas e penso que a minha inserção nessa militância e cultural afro ela começou de uma maneira muito invertida. Sou da quinta geração de uma família negra aqui em Campinas, praticamente todos os meus antepassados foram escravizados nessa região e que em algum momento principalmente a partir da Lei do Ventre Livre a minha família se torna matriarcal. E essa minha tataravó, ela copiava praticamente todos os valores que ela via dentro das casas dos brancos que ela trabalhava e inseria dentro da nossa família, a nossa família desde muito pequena começou com algumas coisas que não eram comuns e nessa cidade de Campinas que se lamente racista territorialista e quando a primeira coisa que ela Fazia era realmente exige que todo mundo soubesse nem escrever 4 das famílias brancas então a gente desde pequeno aprendeu a recitar poesia de grandes poetas tinha um conhecimento cultural gosto muito forte presente no nosso corpo entretanto com essa escolha que ela fez tudo que se referia diretamente a matriz ficava no quartinho.então nos crecemos todos os católicos apostólicos Romanos associamos os valores da igreja estudando mais qualquer dor de barriga que tinha gente tomava o passe no quartinho com a preta velha tinha as rezas as bençãos mais saia do quartinho todo mundo era católico apostólico romano estratégica teve em alguma perspectiva Quando penso hoje foi fundamental porque nos incentivou a não ter medo de fazer coisas né então para a gente ir para a escola não é problema faz a gente ser preto ou preto na universidade a gente tinha estrutura para lidar com aquilo porque não era o primeiro Acadêmico da família questões étnico-raciais então eu começo a ter consciência do que é ser uma Mulher, Preta! Quando o outro me olhava como ''Mulher Preta''. Eu Sabia o querer ser Mulher, eu sabia que tinha que ser educada, sabia que eu tinha que estudar, eu sabia que tinha que saber me relacionar com as outras pessoas, eu sabia que eu tinha que trabalhar, mas, eu não sabia que eu tinha que ser Mulher Preta, eu achava que basta ser Mulher , ser humana. Então essa consciência do racismo, deste racismo que nos oprime ainda hoje, que quanto mais preta a nossa pele mais racismo a gente sofre. Eu só fui entendendo a partir do outro, e quando o outro foi me colocando essa condição ..." o mesmo diploma que não tinha acesso a mesma oportunidade fato de eu ter o mesmo saber é louco mesmo acesso esse mundo do concreto dando que não existe uma igualdade por mais que eu fosse criada todo mundo come mal e que essa diferença estava assim associada ao fato de ser uma mulher e de ter a pele escura são mesmo que a gente tem a mesma consciência essa primeira descoberta para mim foi o que me despertou ânsia de querer entender o que que é miss universo negro nego eu nego parece que não é foi o meu primeiro desafio eu descobrir as nossas culturas as nossas mitologias as nossas contribuições científicas elemento negro que tanto faz com que a sociedade tenta sufocar é porque realmente tem uma potência e todo mundo tiver muita consciência da potência da força que tem somente parte de uma grande generosidade a maioria dos atores não tem esse ódio no coração Então esse foi meu primeiro despertar o que fez amadurecer da consciência de si esse conjunto de elementos negros para trazer ele para fora de mim os negros ele já existia dentro da minha alma no campo da consciência as rezas a mediunidade a umbanda ela já existia na minha família dentro do quartinho mas sempre tudo para dentro universo o que eu posso levar para a rua porque eu não posso amadurecimento de entender que eu posso ser sim mulher preta macumba fogueira foi meu encontro com meu ancestral depois eu acho que foi um divisor de águas na minha vida 68 mas a minha família tem que ser a criança meio estranha tenho mediunidade desenvolvida cedo então sempre Joinville a minha mediunidade auditiva sem ser muito potente ouvir coisas desde cedo eu nem sabia e ao ser cantado vai terminar da música aqui mediunicamente né que foi a forma que eu conseguirei porque não era uma emoção tão próxima de mim que me fazer chorar eu choro que não parou quando acabou que quando eu vou pro terreiro falar com a preta velha UFPE cantar para você é melhor você trazer esse povo que cantou para você para cantar de novo quando a gente faz a primeira roda de jogo na casa da minha mãe daquele eu descubro que meu avô fazia que ela não entende de choro tão falando que eu tinha que continuar o tirado o quartinho da família essa nossa raiz da matriz africana e põe na rua todo processo de recuperar a memória do meu avô de do Ribeiro foi a minha maior escola de Deixa Rolar e deixar fluir para o mundo essa Matriz que estava guardada no quarto Esse encontro que fez Recuperar memória processo de contato Como começar uma comunidade atrair a atenção de E aí acaba decidindo já com mais de 26 anos e para academia história que eu queria escrever Minha História saber o que que acontecia com quem chegava na academia que às vezes você fala uma coisa transforma em outra né qui qui qui academia que faz as pessoas mudarem você tá dizendo E aí conhecendo as ferramentas da academia quando a gente escreve a gente mesmo nossa história não lembro que o meu TCC Na graduação história foi se jogar no universo do jogo né Alessandra tem que fazer uma escolha hoje todo mundo vai ficar falando de você e você vai ficar incomodada ou você vai se apropriar desse debate do jogo e vai ser a detentora que fala com você mesmo isso mas aí eu pintei então eu mesmo quero falar de mim eu quero discutir com você aí terminando a graduação já fazia mais de 8 anos a comunidade João a gente se reencontra com a Roseira dor no peito e crescemos brincando na margem desse espaço Por que que eu não pego uma propriedade particular e quando esse equipamento se torna público prefeitura gente percebe que começa a ser depredado quanto movimento né que o João grupos culturais gente tinha vivenciado nos anos anteriores no governo Toninho o fato de ter perdido a fazenda Jambeiro Toninho foi o primeiro prefeito em Campinas que tem espaço para cultura afro ampliada pensão patrimônio fique com o processo como processo da morte quando a gente chega né Aí tenta fazer um processo equipamento pensado em um município Tempo Perdido quando chegou a Roseira que passa pelo mesmo processo histórico começa a depressão com processo de agregação de onde surge a consciência guardar coisas denunciar para prefeitura E aí 7 anos de luta até a gente brigar até a gente conseguir formalizar esse espaço da Casa de Cultura como um espaço interno toda descrição da Cultura como para fora dele tendo como linha condutora principal a salvaguarda do patrimônio até agora Academia Sempre tem problema identificar também do lugar do acadêmico quanto movimento social o processo de dissertação de mestrado na área de Goiânia para registrar tudo que a gente viveu filme poder público E aí esse ano sendo concluído com a tese de doutorado que faz com que em alguma medida todas as experiências de quase 20 anos neta de Vitor Ribeiro que começa lindo valores impostos pelo This is the limit para esse processo de calúnia e borboleta de entender que é Possível sim a gente se completa a gente sentir a partir da nossa base da nossa identidade na nossa realidade e eu acho que é o registro dessas culturas fala um pouco disso quando eu penso um pouco o que é ser matriz africana não como adjetivo roupa de matriz africana calça de matriz africana gincana conceito de uma essência