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1. Aula 01
Nesta aula, iremos analisar as principais bases científicas das questões que
envolvem as mudanças climáticas verificadas atualmente em escala global. Dessa
forma, abordaremos como o efeito estufa e o aquecimento do planeta estão
relacionados e de que forma influenciam no controle climatoambiental da Terra.
De acordo com o IPCC, o termo “mudanças climáticas” pode ser definido como as
mudanças no estado do clima que podem ser identificadas (p. ex,. usando testes
estatísticos) através das alterações na média e/ou na variabilidade de suas
propriedades, e que persistem por um extenso período, tipicamente décadas ou
mais. Mudanças climáticas podem ser verificadas devido a processos naturais
internos do planeta, forçantes externos ou ainda devido a mudanças persistentes,
causadas por ações antropogênicas, na composição da atmosfera ou no uso da
terra (SOLOMON et al., 2007).
O ozônio é uma molécula que se encontra presente em toda atmosfera com maior
concentração entre 25 e 35 km de altitude ao redor do planeta, na região
denominada camada de ozônio. Essa camada absorve a radiação solar,
principalmente na faixa do ultravioleta tipo UV-B, que é prejudicial à vida no planeta
e a principal causadora do câncer de pele.
O efeito estufa natural torna possível a vida na Terra, uma vez que sem ele a
temperatura média da superfície terrestre seria aproximadamente -18oC (Fig. 1.1).
Entretanto, a ação humana, principalmente através da queima de combustíveis
fósseis e do desmatamento das florestas, tem intensificado fortemente o efeito
estufa natural, aumentando a concentração de gases na atmosfera e assim levando
a um maior aquecimento do sistema climático global (DIAS, 2011).
O efeito estufa quase não é influenciado pelos dois gases mais abundantes na
atmosfera, o nitrogênio e o oxigênio, representando 78% e 21% da atmosfera,
respectivamente. Em vez disso, o efeito é controlado por moléculas mais complexas
e muito menos comuns.
1.3 Conclusão
Aula 2
Figura 2.2 – Imagens de duas das principais fontes naturais de CO2 para a
atmosfera: oceanos (esq.) e vulcões (dir.).
Diversos estudos realizados sobre a composição da atmosfera comprovam que nos
últimos duzentos anos a concentração de CO2 atmosférico já aumentou
aproximadamente 27%, em grande parte em virtude de ações antrópicas, tais como:
queima de combustíveis fósseis, desmatamento das florestas e mudanças no uso
do solo (Fig. 2.3). A queima de combustíveis fósseis, o carbono armazenado
durante milhares de anos na Terra, é oxidado e liberado para a atmosfera em forma
de CO2 (PACHECO; HELENE, 1990).