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nêste número

Discursos da 140 Conferência


Geral Anual
Mensagem de Inspiração
LeGrand Richards publicação mensal da Igreja de Jesus Cristo
do Conselho dos Doze dos Santos dos Últimos Dias editada pelo
C e n tro Ed itorial B ras ileiro
R. São Tomé, 520 ■V, Olímpia
CP 19079, São Paulo, SP
Tel. 80-9675

Editor
Hélio da Rocha Camargo

O
profeta Isaías anteviu o dia em que viveríamos em um nôvo
Redator
céu e uma nova terra, em que construiríam os casas para as F. Máximo
habitar e plantaríamos vinhas para comermos o seu fruto.
Produtor
Então acrescenta: "...p o r q u e são a posteridade bendita do Senhor e Aldo Francesconi
os seus filhos estarão com êles". (Vide Isaías, 65:17,19-25) Estaca São Paulo
Que conforto para aqueles dentre vós que sepultaram um filh o pe­ R. Iguatemf, 1980. São Paulo. SP
queno, saber que serão privilegiados na ressurreição com a oportuni­ Redator Regional
W alter G. de Queiroz
dade de criarem seus pequenos até a maturidade.
As doutrinas humanas das chamadas igrejas cristãs não dão aos Estaca São Paulo Leste
R. Ibituruna, 82, São Paulo, SP
seus membros tais promessas de conforto. Redator Regional
Compareci ao funeral da jovem filha única de um dos meus sócios Estevam Giagnório
e lá o m inistro não assegurou qualquer esperança para os desconsola­ Missão Brasil Central
dos pais, de que viessem jamais vo ltar a ver sua preciosa filha. R. Henrique Monteiro, 215
CP 20.809, São Paulo, SP ■
Após os serviços, disse ao meu amigo que o Senhor tinha algo
Tel. 80-4638
melhor do que isso para êle, se estivesse disposto a colocar-se à altu­ Redatores Regionais
ra. Desde então, filiou-se à verdadeira Igreja do Senhor e agora con­ R. Kent Mathews, Werner Spõrl
templa o privilégio de vir a cria r sua filhinha na manhã da prim eira Missão Brasil Sul
ressurreição. R. Dr. Flôres, 105, 14°
CP 1513, Pôrto Alegre, RS
Tel. 24-9748
Redatora Regional
Nêste Número Wilma Bing Torgan
Missão Brasil Norte
R. Stefan Zweig, 158, Laranjeiras
Mensagem de Inspiração. LeGrand Richards 2 CP 2502, ZC-00, Rio de Janeiro, GB
As Rédeas da Responsabilidade... Pres. Joseph Fielding Smith 3 Tel. 225-1839
Os Dias em que Vivemos. Pres. Harold B. Lee 4 Redator Regional
As Bênçãos da Obediência. Pres. N. Eldon Tanner 6 Michael D. Knight, W almir Silva

A Necessidade de Um Profeta. Pres. Spencer W. Kimball 9 Construção Geral no Brasil


R. Itapeva, 378, São Paulo, SP
Coragem. M arvin J. Aston H Tel. 288-4118
Conheça a Joseph Smith. Pres. Paul H. Dunn 14 Redator Regional
Precisa-se... Bispo V ictor L. Brown 15 Manoel Marcelino Netto
Oração pela Paz. Pres. Joseph Fielding Smith 16 Departamento Fotográfico
Rui Maraues Bronze
Um Bom Negócio. Lucile C.'Reading 17
Um Dia para as Mães. Lucy Parr 18
Uma Festa para os Inimigos. Lucile C. Reading 20
A LIAHONA — Edição brasileira do "The Unified Maga­
zine" da Igreja de Jesus C risto dos Santos dos últim os
Aprender a Trabalhar. Bispo John H. Vandenberg 21
Dias, acha-se registrada sob o número 93 do livro B,
Os Jovens Atendem ao Chamado. David Wakeling 22
n.° 1, de Matrículas de Oficinas Impressoras de Jornais
Jovens, Usem os Dons. Percy K. Fetzer 23
e Periódicos, conforme o Decreto n.° 4857 de 9-11-1930.
"The Unified Magazine" é publicado, sob outros títulos,
De Deus e dos Pais. Linda Campora 24
também em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, es­
A Arte de Contar Histórias. Evan H. M itton 25
panhol, finlandês, francês, holandês, inglês, italiano, ja­
O Homem que Lembro Melhor. George Durrant 27
ponês, norueguês; -samoano, suéco, taitiano e tonganês.
Composta pela Linotipadora Godoy Ltda., R. Abolição, 263.
Ela Esfregava Nossas Almas. Lindsay R. C urtis 28
impressa pela Editora Gráfica Lopes, Rua Francisco da
Ensine as Verdades. . . Margery Cannon 30
Silva Prado, 172, São Paulo, SP.
Notícias da Igreja no Brasil. 31
Devido à orientação seguida por esta revista, reserva­
mo-nos o direito de publicar somente os artigos solici­
Se não Deseja que a Tentação. .. Richard L. Evans 40
tados pela redação. Não obstante, serão bem-vindas
tôdas as colaborações para apreciação da redação e da
equipe internacional do “ The Unified Magazine” . Os ar­
tigos publicados nas páginas dos redatores regionais
são de responsabilidade dêles e dos seus eventuais
Capa colaboradores.
Subscrições: Tôda a correspondência sôbie assinaturas
sta vista explodida do Tabernáculo da Praça do Templo de au­ deverá ser endereçada ao Departamento de Assinatu­

E
ras, Caixa Postal 19079, São Paulo, SP. Preço da assi­
toria de Gerreld L. Pulsipher, que guarda acuradas proporções, natura anual para o Brasil: Cr$ 10,00: para o exterior,
número de assentos, colunas e detalhes em geral, destinada simples: US$ 3,00; aérea: USS 7,00. Preço do exemplar
avulso em nossa agência: Cr$ 1,00; exemplar atrasado:
a explicar os procedimentos de votação da solene assembléia realizada
Cr$ 1,20. As mudanças de enderêço devem ser comunica­
durante a conferência de abril últim o, foi tão bem executada que a das indicando-se o antigo e o nôvo enderêço, devendo-se
apresentamos na capa dêste mês. aguardar até oito semanas para o processamento postal.
Discursos proferidos pelas Autoridades Gerais durante a 140." Conferência
Geral Semi-anual, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ültimos Dias
discurso de abertura da conferência

As Rédeas da
Responsabilidade
e da Liderança
Presidente Joseph Fielding Smith

ueridos irmãos e irmãs. A p re ­ sua Igreja pelas veredas da retidão, para espiritual que lhe permitem liderar, acon­

Q
sento-m e diante de tod os em cumprimento de todos os seus propósitos. selhar e dirigir com acêrto.
hum ildade e em ação de graças
E o que digo a re speito do Presidente
pelas bênçãos que o Senhor Nossa fé é cen tralizada no Senhor Je­
Lee e do P residente Tanner aplica-se tam ­
tem derram ado sôbre m im , minha fa msus
ília , C ris to e através dêle, no Pai. C rem os bém ao Quórum dos Doze e às ou tras A u­
os aqui presentes e sôbre tod o o seu povo. em C ris to , aceitâm o-lo com o o Filho de
toridade s G erais. São homens de Deus.
Sei que estam os engajados na obra do Deus e tom am os sôbre nós o seu nome
Senhor e que êle levanta homens em tôdas nas águas do ba tism o, tornando-nos filh a s Sou grato por levan tar o Senhor ho­
as épocas da h is tó ria da te rra para re a li­ e filh o s seus por adoção. mens com a fô rça e o poder que êsses ir ­
zarem a sua obra. mãos possuem e por cham á-los e prepa-
Regozijo-me na obra do Senhor e glo ­ rá-los para ocuparem lugares de lideran­
C omo Igreja e com o povo. fom os gran­ rio-m e na certeza que tenho em minha a l­ ça na sua Igreja.
dem ente abençoados durante m u ito s anos ma da sua verdade e divindade!
Não há, na te rra , obra tão im portan­
pela inspirada liderança, pelo grande d is ­ te quanto a obra do Senhor e não há car­
ce rnim en to e s p iritu a l e pela mão firm e do Com tod o o meu coração, dou te s te ­
m unho de que Jesus C ris to é o Filho do gos e responsabilidades que tenham um
Presidente D avid O. M cKay. A gora que a e fe ito de tão am plas conseqüências sôbre
sua valorosa obra está encerrada e êle fo i Deus v iv o ; de que êle chamou ao Profeta
S m ith para e sta r à cabeça desta dispensa- os filh o s do Pai quanto êstes. Oro para que
chamado de v o lta ao lar para s e rv ir de ou­ todos nós, trabalhando ju n to s com o verda­
tro s m odos, o Senhor entregou as rédeas ção e organizar novam ente sôbre a te rra a
Igreja e o re in o de Deus; e de que a obra de iros irm ãos no reino do Senhor, possa­
da responsabilidade e da liderança dêste mos fazê-lo de modo a re alizar a grande
reino te rre s tre a nós outros que perm ane­ em que estam os engajados é verdadeira.
obra que está diante de nós.
cem os aqui.
Quando meu pai, o P residente Joseph
V ivem os numa época em que o e sp í­
E desde que sabemos que o Senhor F. S m ith, fo i cham ado para s e rv ir com o
rito do am or e da harm onia está aum en­
"nunca dá ordens aos filh o s dos homens sexto P residente da Igreja, expressou gra­
tando en tre pessoas de d ife re n te s crenças
— sem antes preparar o cam inho pelo qual tid ã o po r seus devotados co n se lh e iro s e
e aderim os aos homens de boa vontade de
possam s e r c u m p rid a s ” (I N efi 3 :7 ), e s ta ­ declarou sua intenção de aconselhar-se com
tôdas as Igrejas em expressarm os am or e
m os hu m ildem ente con fiante s de que, sob êles em todos os assuntos p e rtin e n te s à
preocupação pelo bem -estar e sp iritu a l e
a sua orientação, esta obra con tinuará a Igreja, de modo a haver unidade de propó­
tem poral de todos os filh o s de nosso Pai.
prosperar. s ito en tre os irm ãos e dian te do Senhor.
Agrada-nos cooperar com pessoas
D iria que, de si mesm o, ninguém pode Hoje, posso dizer que tenho in te ira boas e sinceras de tôda parte em tudo o
d irig ir esta Igreja, a Igreja do Senhor Je­ confiança em meus co n selheiros. São ho­ que prom ova o avanço e o aprim oram ento
sus C ris to , que é o seu cabeça. A Igreja mens de Deus guiados pela inspiração ce­ do próxim o, pois reconhecem os todos os
traz o seu nome, possui o seu sacerdócio, le s tia l. Gozam o dom e o poder do Espí­ hom ens com o filh o s de Deus e com o ir ­
ad m inistra o seu Evangelho, prega a sua rito Santo e não têm ou tros desejos que mãos na fa m ília humana.
doutrina e faz a sua obra. o de prom overem os in te rê sse s da Igreja
Possa nosso Pai C e le stia l derram ar
e o de abençoarem tod os os filh o s de nos­
Êle escolhe os hom ens e os chama suas bênçãos sôbre as obras das suas
so Pai, aperfeiçoando a obra do Senhor na
para serem in strum en tos em suas mãos, mãos, abençoando os pais com d is c e rn i­
terra.
para a realização dos seus propósito s. Êle m ento e inspiração no ensinarem aos seus
os o rie nta e d irig e o seu trabalho. Mas os O P residente H arold B. Lee é um sus- filh o s ; possa tam bém abençoar nossos f i ­
homens são apenas in strum en tos nas mãos te n tá c u lo da verdade e da re tidão, verda­ lhos e os joven s para buscarem e aceita­
do Senhor e a êle devem ser dadas a honra de iro vid e n te que possui enorm e fô rça es­ rem conselho e para guardarem os man­
e a glória para sem pre, por tudo quanto p iritu a l, d isce rn im e n to e sabedoria, cujo dam entos; a todos os o fic ia is , professores
realizam os seus servos. con hecim e nto e com preensão da Igreja e e m em bros da Igreja de nosso Pai, para
das suas necessidades não é ultrapassado que possam s e rv i-lo em ju s tiç a , fie l e efe­
Fôsse esta obra de hom ens, fra cassa­ por homem algum. tiva m e n te ; ao mundo e a todos os homens
ria; mas é a obra de Deus e não falha. para que possam to rn a r a êle em retidão,
E se nos assegurarm os de guardar os man­ O presiden te N. Eldon Tanner é um ho­ en contrar paz, fe lic id a d e e propósito na v i­
dam entos e form os valen tes no te s te m u ­ mem de ca lib re sem elhante, de p e rfe ita da — é tud o quanto peço, hum ilde e agra-
nho de Jesus e fié is à confiança em nós inte grida de, de devoção à verdade, dotado decidam ente, em nome de Jesus C risto.
depositada, o Senhor nos guiará a nós e a de habilidade a d m in is tra tiv a e capacidade A m ém .

O utubro de 1970 3
Os Dias em que Vivemos

Presidente Harold B. Lee


P rim eiro C onse lheiro da P rim eira P residência e P residente do C onselho dos Doze

eitero os sentimentos do meu O P residente David O. MacKay e to ­ as chaves do re in o de Deus em concêrto

R amado colega, P residente Kim-


ba ll, em dar boas vinda s ao
nosso c írc u lo de A utoridade s
G erais, aos nossos qu erido s associados,
Irm ãos Boyd K. Packer, Joseph A nderson,
dos os P residentes da Igreja, seus prede-
cessores, têm -nos legado rico s teso uro s
de sabedoria e de con hecim ento. No pas­
sam ento de cada um dêles, o coração de
um povo agradecido fo i, por assim dizer,
com todos os ou tros apóstolos ordenados,
recebe a autoridade sacerdotal necessária
para ocupar qualquer posição na Igreja, in­
clu sive a de presidência sôbre a Igreja,
caso fô r chamado pela autoridade p re s i­
David B. H aight e W illia m H. B ennett. À com êles arrebatado. Os anais da vida, dente e apoiado pelo voto de uma assem ­
medida em que os irm ãos e irm ãs em ge­ obras, palavras e m in is té rio de cada um bléia c o n s titu in te dos mem bros da Igreja.
ral v ie re m a conhecê-los ta l com o nós os dêles são, afo rtunadam ente, lições do­
conhecem os, s en tirão a grande fô rç a da cum entadas na h is tó ria e s c rita da Igreja e O Profeta Joseph S m ith declarou que
sua liderança. na m em ória dos que os seguiram . Possa “ não havendo presiden te, não há P rim eira
Deus abençoar êste legado aos fié is de P residê ncia” . Im ediatam ente após a m orte
Não poderíam os de ixa r passar êsse tôda pa rte. A cim a de tud o, seus m aiores de um presiden te, o corpo de autoridade
m om ento sem nos lem brarm os do nosso anais estão e s c rito s nos corações daque­ seg uinte, o Quórum dos Doze A pósto los,
amado P residente M cKay, assim com o da les a quem buscaram tã o d ilig e n te m e n te torna-se a autoridade presidente, tornando-
Irm ã M cKay se ela nos e s tiv e r ouvindo; à s e rv ir. se o P residente dos Doze, autom àticam en-
notável fa m ília que o P residente McKay te , o P residente da Igreja in te rin o , até que
possui, estendem os nosso am or e nossas Poderá se r in s tru tiv o e esclarecedor
seja o ficia lm e n te ordenado e apoiado em
bênçãos ao passarm os agora para uma ou­ para m u ito s dos m em bros da Igreja e para
seu cargo um P residente da Igreja.
tra era da h is tó ria da Igreja. ou tros que possam e sta r ouvindo nossas
palavras, d ize r algo p e rtin e n te à reorga ni­
Nos p rim e iro s tem pos desta dispen­
Hoje A Igreja de Jesus C ris to dos San­ zação da Igreja após a m o rte do P residente.
sação, devido a certas condições então re i­
to s dos Ü ltim o s Dias abre um nôvo ca p í­
A os que inte rrog am : "C om o é e le ito nantes, o C onselho dos Doze continuou a
tu lo na sua h is tó ria de 140 anos, desde
ou esco lh ido o P residente da Ig re ja ? ” A p re s id ir com o grupo por até trê s anos en
sua organização nesta dispensação da ple ­
resposta, sim p le s e c o rre ta , de veria ser quanto não se efe tivava a reorganização
nitude dos tem pos, com o está d ito nas
uma citaçã o da qu in ta Regra de Fé: "C re ­ A o tornarem -se as condições da Igreja mais
Escrituras.
mos que o homem deva se r chamado por estabilizadas, a reorganização pôde e fe ti-
O pro fe ta a n te rio r, nosso nobre P resi­ Deus, pela p rofecia e pela im posição de var-se prontam ente após o passam ento de
dente M cKay, fo i chamado de v o lta ao lar, mãos, por aquêles que têm autoridade para um P residente da Igreja.
para fazer um re la tó rio de sua m ordom ia pregar o Evangelho e a d m in is tra r suas
com o cabeça te rre n o da Igreja. Sem pre, ordena nças” . Todos os m em bros da P rim eira Presi­
com o passam ento de um p ro fe ta -líd e r, dência e os Doze são regularm ente apoia­
O p rin c íp io do chamado de uma pes­
têm -se seguido grandes aco ntecim entos, dos com o "p ro fe ta s , vid e n te s e revelado­
soa para se r o P residente da Igreja real­
tan to na Igreja quanto no m undo. Tenho co­ re s ", ta l com o esta congregação o fêz hoje.
m ente se dá ao ser chamado, ordenado e
gitado se o re la tó rio do nosso pro fe ta ao Isto s ig n ific a que qualquer um dos após­
designado para se r m em bro do Quórum
nosso A u to r te ria tid o grande s ig n ific â n - to lo s assim esco lh idos e ordenados, pode­
dos Doze A p ó sto lo s. Tal chamado por pro­
cia nos assuntos humanos cá da te rra . ria p re s id ir sôbre a Igreja caso fô sse “ es­
fe cia , ou em ou tras palavras, por in sp ira ­
colhid o pelo grupo (que tem sido in te rp re ­
ção do Senhor ao que detém as chaves da
A tra n s iç ã o , ao s e r mudada a adm i­ tado para s ig n ific a r o Quórum dos D o z e ),
presidência, a subseqüente ordenação e a
nistração da Igreja, se faz por um proces­ designados e ordenados para êste o fíc io e
designação pela im po sição de mãos pela
so s ingu lar e por um plano ordenado que aprovados pela confiança, fé e orações da
mesm a autoridade, coloca cada apóstolo
e v ita r, com o o tem d ito o E lder K im ball, Igreja, form am o quórum da P residência da
num quórum sacerdotal de doze homens
a p o ssib ilid ade de em pregar-se recursos Ig re ja ’ (V ide D&C 107:22)
de tento res do apostolado.
p o lític o s ou m étodos re vo lu cio n á rio s que
possam causar confusão e fru s tra ç ã o à Cada ap óstolo assim ordenado, sob as Vez ou outra alguém pergunta se outra
obra do Senhor. mãos do P residente da Igreja, que detém pessoa que não o m ais antigo dos Doze po­

A LIAHONA
deria tornar-se Presidente. A lgum a m e d ita ­ Êste chamado de Joseph Fielding não duvido de que, durante o m in is té rio
ção a re s p e ito s u g e riria que qualquer ou­ S m ith para tornar-se P residente da Igreja dêste nobre filh o e neto, àqueles que já
tro além do m ais antigo dos Doze sòm ente tem um especial sig n ifica d o : uma re ve la ­ pa rtira m , será p e rm itid o achegarem-se ao
poderia tornar-se P residente da Igreja ca­ ção dada a Joseph S m ith a re sp e ito de seu descendente, a quem o Senhor ora
so o Senhor revelasse ao P residente dos H yrum S m ith, avô de Joseph Fielding honrou com esta desafiadora responsabi­
Doze que outra pessoa e não êle mesmo, S m ith, o Senhor disse o seg uinte: “ E no­ lidade, a d e speito de sua avançada idade.
deveria ser escolhido. vam ente, na verdade vos d ig o ... que meu Não me surpree nde ria que estive ssem co­
servo H y ru m ... possa e xe rcer o o fíc io do nosco nesta ocasião.
sacerdócio e pa tria rca que por seu pai lhe
O Senhor revelou ao p rim e iro profeta
fo i designado, por bênção e tam bém por Tenho d ito aos m em bros da p o sterida­
desta dispensação o plano regular de lid e ­
rança da Igreja por uma organização pre­ d ire ito ; de de H yrum S m ith, após te r citad o a pro­
determ inada do reino te rre s tre de Deus. fe c ia que re fe ri, que devem esforçar-se
Êle deu estas orientações e sp e cífica s, co­ “ Que de agora em diante possua as com tôda a sua alm a por serem leais ao
mo d iríam os: "D o S acerdócio de M elqui- chaves das bênçãos p a tria rc a is sôbre as sangue real dos profeta s desta dispensa­
sedeque, trê s Sum o-Sacerdotes P residen­ cabeças de tod o o meu povo; ção que corre em suas veias.
tes, escolhidos pelo grupo, designados, o r­
denados a êsse o fíc io e apoiados pela con­ "Para que quem abençoar seja aben­
Os aco ntecim e nto s atuais têm -m e con­
fiança, fé e orações da Igreja, form am o çoado e quem am aldiçoa r seja am aldiçoa­
quórum da (P rim e ira) P residência da Igreja. duzido às m ais graves re flexões da minha
do; que tud o que lig a r na te rra seja ligado
vida. D urante as ú ltim a s dez sem anas, que
nos céus e tud o o que d e slig a r na te rra
decorreram desde a m om entosa experiên­
"O s doze con selheiros v iajan tes são s eja deslig ado nos cé u s". (D&C 124:91-93)
cia e s p iritu a l, em com panhia dos meus
chamados para ser os Doze A pósto los, ou treze irm ãos que detêm o apostolado, nu­
testem unhas especiais do nome de C ris to Mas além dê ste o fíc io , fo i-lh e dado ma das salas do pavim ento sup erior do
no mundo todo — d ife rin d o assim dos ou­ ou tro dom , que jam a is fo i dado a qualquer tem plo, onde os m em bros da nova p re si­
tro s o fic ia is da Igreja no que diz re speito ou tro pa tria rca da Igreja que o sucedeu, dência da Igreja foram esco lh idos e orde­
aos deveres do seu chamado. neste ou tro chamado: nados, tenho v iv id o tôda a .minha vida em
re tro sp é cto e os dias fu tu ro s em pros-
“ E êles form am um quórum igual em “ E, dêste m om ento em diante designo-o pécto, em algum a extensão.
autoridade e poder aos trê s presidentes profeta , vid e n te e revelado r à minha Ig re ­
prèviam ente m encionados". (D&C 107:22-24) ja , com o meu servo Joseph;
D urante estas sem anas, tenho reconhe­
cido m inhas lim ita çõ e s e tenho com preeen-
“ Para que proceda em c o n cê rto com
Com re ferê ncia a isto , o quarto P residen­ dido m e lh or do que nunca m inha to ta l de­
meu servo Joseph, o qual lhe m o strará as
te da Igreja, W ilfo rd W ood ruff, fêz algumas pendência do Deus Todo-Poderoso, nosso
chaves pelas quais poderá p e d ir e receber,
observações em uma carta ao P residente Pai C e le stia l, quanto ^ fô rça além da m i­
s e r coroado com a m esm a bênção, gló ria ,
H eber J. G rant, então um dos Doze, datada nha re sistê n cia natural, sabedoria além da
honra, sacerdócio e dons do sacerdócio,
de 28 de m arço de 1887, a qual passo a humana e disce rn im e n to e s p iritu a l dos pro­
que antes foram colocados sôbre a cabeça
cita r: blem as que possam agora se r da minha
daquele que era meu servo, O live r
responsabilidade. Sòm ente com a ajuda de
C ow dery;
Deus posso desem penhar o trabalho para
" . . . quando o Pres. da Igreja m orre,
o qual fu i esco lh ido pelo P residente da
quem é então A u toridade P residente da “ Que meu servo Hyrum te s tifiq u e quan­ Igreja e do Quórum dos Doze, posição
Igreja? O Quórum dos Doze A pósto los (o r­ to às coisas que eu lhe m o strar, para essa que agora fo i apoiada pelo Sacerdó­
denado e organizado por revelação de Deus que seu nome seja lem brado em honra de c io e pela Congregação neste Tabernáculo
e ninguém m a is ). Então, quando êstes Doze geração em geração, para todo o se m p re ". e tam bém pelos m u itos fié is não presen­
A pósto los presidem a Igreja, quem é o (D&C 124:94-96) te s, que pa rticiparam dos trabalhos desta
P residente da Igreja? É o P residente dos
solene assem bléia.
Doze A pó s to lo s , que v irtu a lm e n te é tão
Seu filh o , Joseph F. S m ith, se rviu co ­
Presidente da Igreja enquanto P residente
mo sexto p residen te da Igreja de 1901 a
dos Doze, quanto o é quando organizado Acho-m e quase que trê m u lo devido a
1918. Quando criança vive u as provações
com o Presidência da Igreja, presidind o sô­ um se n tim e n to de inadequação ao re cor­
de M is s o u ri e Illin o is . Após o m a rtírio de
bre do is ho m ens” . Êste p rin c íp io tem v ig o ­ dar os grandes líd e re s desta dispensação
seu pai e de seu tio , o P rofeta Joseph
rado já por 140 anos desde a organização que nos precederam em posições de lid e ­
S m ith, nas mãos de uma turba em Cartha-
da Ig re ja .” C ontinua o P residente W ood ruff: rança. A o ponderar sôbre isto , em longas
ge, o m enino, então com apenas nove anos
de idade, conduziu uma ju n ta de bo is atra­ horas de m editação e prece, sin to a re a li­
vés das p la n ície s, desde o Rio M isso u ri dade do fa to de que uma pessoa, como
“ No que a m im re speita, seria neces­
eu, não tom a o lugar daqueles que já se
sária uma revelação do m esm o Deus que até o vale do Lago Salgado, onde chegou
em 1848. Sua mãe m orreu em 1852. Dois foram . Os que som os chamados a ocupar
organizou a Igreja e por inspiração a d iri­
anos depois, com apenas 15 anos de idade, ta is posições m eram ente preenchem os va­
giu nos cam inhos que trilh o u por 57 anos,
p a rtiu para uma m issão nas Ilhas Ha­ gas criadas pelo passar do tem po. Os que
para que eu me dispusesse a apoiar ou
vaianas. já se foram ainda detêm seus lugares nos
exe rcer in flu ê n cia para afastarm o-nos do
mundos eternos e nos corações dos m i­
cam inho seguido pelos A pósto los desde a
lhares a que serviram .
organização da Igreja e seguido por in s p i­ Esta é a fib ra da descendência de
ração do Todo-Poderoso, durante os 57 H yrum S m ith , da qual procede nosso Pre­
anos passados, pelos apóstolos, ta l com o siden te Joseph F ie ld ing S m ith. Estou se­ M a is do que nunca, com preendo o
está re gistrad o na h is tó ria da Ig re ja ". guro de que o céu hoje está s a tis fe ito e que o antigo Profeta N efi sen tiu quando

O utubro de 1970 5
lhe fo i dada por seu pai Lehl, a aparente­ "guiado pelo E s p írito , não sabendo ante­ santos do A ltís s im o , só estou "a se rviço
m ente irre a lizá ve l ta re fa de o b te r as pla­ cipadam ente o que de veria fa ze r". do seu D e u s” e meu Deus.
cas de latão nas quais estavam contidas
Com tôda m inha alm a, com prom eto-m e P resto-lhes meu testem unho, com o o
as e s c ritu ra s dos profeta s do V elho Testa­
com os santos fié is em em pregar tôda a E sp írito tem prestado e agora presta te s ­
m ento, ta l com o hoje as conhecem os.
fôrça do meu corpo, m ente e e s p írito , tem unho à minha alm a, de que foram con­
N efi escreveu sôbre esta e x p eriên­ para com preender em tôda extensão, com o fiadas a esta, a verdadeira Igreja de Jesus
cia: " . . . e u , N efi, e n tre i na cidade e me o expressou o fié l Rei B enjam im , que em ­ C ris to nestes ú ltim o s dias, as verdadeiras
d irig i à casa de Labão. bora tenha em pregado tod os os meus dias do utrina s de salvação pelas quais a huma­
ao se rviço de vocês, “ não é meu desejo nidade pode se r redim ida, m ediante a ex-
“ Eu ia guiado pelo E s p írito , não sa­
v an gloria r-m e , po is só e stive a se rviço de piação de nosso Senhor e M e stre , o Salva­
bendo antecipadam ente o que deveria fa ­
D eus” . (M o sía h 2:16) dor do m undo. O Senhor Jesus C ris to vive
z e r". (I Ne 4:5-6)
e p reside de sua elevada habitação, o seu
S into a mesma coisa agora, m u ito pro­ O ro fe rvo ro sa m e n te para que eu ta m ­ reino de Deus sôbre esta te rra , por m eio
fundam ente. Devo ir, em m u itas ocasiões, bém possa aprender que, quando estou ao daquele que hoje fo i apoiado com o seu
com o o fêz N efi na antiguidade, sendo seu se rviço , meus fié is irm ãos e irm ãs, P residente, profeta , vid e n te e revelador.

As Bênçãos
da Obediência

Presidente N. Eldon Tanner


Segundo C o n se lheiro da P rim eira Presidência

esta bela manhã sabática, é um mos tôdas as bênçãos prom etid as para os Tendo is to em m ente, desejo fazer a l­

N prazer e um p riv ilé g io para m im


tra z e r saudações da P rim eira
P residência e dos meus c o le ­
gas, a tod os que aqui estão reunidos a
todos os que nos ouvem .
que guardam os seus m andam entos. N es­
te s ú ltim o s dias, exp lico u nestas palavras:

“ Há uma lei, irre vogà velm en te decre­


tada nos céus, desde antes da fundação
gumas observações sôbre As Bênçãos da
Obediência. A o fazê-lo, rogo que o E spírito
do Senhor nos atenda e guie. Lembremo-
nos das palavras de Samuel e Saul: “ Eis
que o obedecer é m e lh or do que o sa cri­
dêste mundo, na qual se baseiam todas fic a r e o atender m e lh or é do que a go r­
Na semana passada, com em oram os a dura de c a rn e iro s ” . (I Samuel 15:22). E
re ssurre ição de nosso Senhor e Salvador, as bênçãos. lem brem o-nos tam bém de que "p o r m eio
a qual tra z esperança e prom essas a todos “ E quando de Deus obtem os uma bên­ do s a c rifíc io e xp ia tó rio de C ris to , tôda a
os que aceitam e estão preparados para ção, é pela obediência àquela lei na qual hum anidade pode ser salva pela obediên­
guardar seus mandam entos. D isse êle: a bênção se ba se ia ” . (D&C 130:20-21) cia às leis e ordenanças do Evangelho".
" . . . v im para que tenham vida e a tenham
com abundância” . (João 10:10) Estamos todos preocupados com as Dias atrás, enquanto conversávam os,
condições do mundo atual, procurando so­ disse-m e um jo ve m : "E stou fa rto e can­
“ Eu sou a re ssurre ição e a vida; quem luções para os m u ito s problem as que afe­ sado de que me digam : “ Você tem que fa ­
crê em m im , ainda que este ja m o rto, v i­ tam nossa vida, nossa com unidade, nosso zer is to , ou você tem que faze r aquilo.
verá; país. Embora seja verdade que o mundo Q uero se r liv re para d e c id ir por mim mes­
de hoje tende à anarquia, à desordem e à mo o que quero fa z e r” .
“ E tod o aquêle que v iv e e crê em m im ,
rebelião, estam os cansados da exploração
nunca m o rre rá ". (João 11:25-26) Respondi: “ Você é liv re para escolher
dessa tendência nos m eios de com unica­
ção e nas conversas diárias. Abordando a exatamente o que quer fazer, o ta n to quan­
E então deu-nos grande segurança nes­ to is to não re s trin ja ou não se imponha
tas palavras: questão de m aneira p o s itiv a precisam os
con centrar nossos esfo rço s em v iv e r e em aos d ire ito s e liberdades alheias, mas você
en sin ar o Evangelho elim in ando assim as deve se r responsável pelos seus atos e
” . . . esta é a minha obra e m inha g ló ­
causas e m elhorando as condições. Todos, esta r preparado para arcar com as con­
ria: p roporciona r a im o rta lid a d e e a vida
incluso os rebeldes, que são honestos con­ seq üência s".
eterna ao hom em ". (M o is é s 1:39)
sigo m esm os devem a d m itir que o que E xpliquei-lhe que o m a io r dom do Se­
Deu por nós sua vida e o plano que, estão buscando em ú ltim a análise é a fe ­ nhor concedido ao homem é trip lo : p rim e i­
se seguido, tornar-nos-á p o ssível gozar­ licidad e e uma vid a m elhor. ro, o d ire ito à im o rta lid a d e e à vida e te r­

A LIAHONA
na; segundo, o plano pelo qual pode obtê- a lei da gravidade e tôda outra lei p e rti­ C ris to , que desejam que sejam os fe lize s e
la; te rc e iro : seu livre arbítrio de escolher nente ao vôo te ve que se r com preendida e bem sucedidos, deram-nos leis que, se a p li­
o que fazer. aplicada pelos que estavam ligados e en­ cadas em nossa vida, aperfeiçoarão nos­
gajados nos preparativos. Não con sid era­ sas condições sociais e nosso relaciona­
O Senhor nos deu o plano que nos tra ­ ram estas leis com o im pedim entos ou res­ m ento m útuo. Se todos nós obedecêssemos
rá a m aior alegria e fe lic id a d e , quando triç õ e s , mas com o m eio pelo qual pode­ estas leis, não te ría m o s nenhuma das per­
estêve nesta te rra , o qual nos preparará riam re alizar seu program a; dispuseram -se turbad oras condições hoje prevalescentes
para a vida eterna. Tudo quanto tem os a a aprender tud o o que pudessem sôbre as e nossos joven s não te ria m razão, neces­
fazer para a gozarmos é obedecerm os a lei le is das quais dependia seu sucesso e a sidade, nem desejo de protesta rem contra
e guardarm os seus mandam entos. obedecê-las ou aplicá-las de modo a se­ uma sociedade que hoje não pratica o que
rem bem sucedidos em sua m issão. prega.
Sugeri àquele jovem que considerasse
com igo as le is fís ic a s ou naturais, que são Referim o-nos a alguns mandam entos,
Isto tam bém é vá lid o para a vida. Para
fixa s, im utáveis e aplicam -se a tod os, não
ser m úsico, a tle ta , para bacharelar, para os quais são tão aplicáveis hoje com o o
im portando sua posição, instrução ou in ­
re alizar qualquer coisa que valha a pena, foram nos tem pos de M oisés e m ais ta r­
tenção. Se alguém to c a r um fogão quente
devem os esta belece r m etas, d e te rm in a r o de foram ensinados no tem po de C risto .
ou fio nú de alta volta gem , quer tenha co­
que querem os fazer, de sejar realizá-lo, nos Se todos obedecessem aos m andam entos:
nhecim ento ou seja ignorante, quer in te n ­ “ Não roubarás, não m atarás, não cobiçarás,
dispo rm o s a d e sco b rir quais le is devem
cional ou acide ntalm ente , so fre rá as con­
s e r obedecidas para to rn a r is to p o ssível e não adulterarás nem darás fa lso te ste m u ­
seqüências. Se po r qualquer razão atirar-se
então nos discip lin a rm o s de modo a rea­ nh o ” , poderíam os de ixa r desguarnecidos os
diante de um carro em alta velocidade,
lizá-lo. nossos lares, cam inhar a qualquer hora
ainda que seja para salvar uma vida, fe rir-
por qualquer rua, sem mêdo de ladrões e
se-á ou m orrerá. N um erosos exem plos po­
Quando o fazem os, nos colocam os a salteadores ou de que alguém atentasse
deriam s e r citad os para m o s tra r que es­
cam inho do sucesso, ao passo que, os que contra nossa vida.
tam os s u je ito s a le is , não im po rta quem
c o n tinuam ente re siste m às le is, recusam -
sejam os ou quais poderiam s e r as nossas Im aginem tam bém a alegria de viv e r
se a obedecer e queixam -se dos re q u is i­
intenções. Não podemos m udar as le is da numa com unidade na qual não houvesse
to s, tornam -se fru s tra d o s , com eçam a re­
natureza. cobiça, calúnia ou ad u lté rio ; onde todos
belar-se e fracassam na realização dos
vivessem segundo a lei. A lém da feliz
Ao com preenderm os as le is naturais seus de sígnios.
existê ncia p a cífica que te ría m o s e da fo r­
e as re speitarm os, podemos aplicá-las para te va lia que seria m os uns para os outros,
Como o disse alguém , não quebram os
o nosso bem. Se as v io la rm o s , sofrem os; pensem na fortu n a que pouparíam os em
leis, quebram o-nos ao nos re cusarm os a
se as obedecerm os, serem os abençoados. segurança pública e prejuízos causados
re speitá-las no que se aplicam à nossa con­
Quão afortunados som os de saber que po­ por crim e s, a qual poderia re v e rte r em
dição. A lei aplica-se e nossas ações de­
demos nos apoiar nestas le is na tura is: que com bate à pobreza, ou à elevação do nível
te rm in a m o re sultado . M u ito fre que ntem en­
o sol s urgirá na sua hora tôda manhã; que de saúde, ou à criação de fa cilida des edu­
te estam os despreparados para nos d is c i­
a ele tricid a d e , em bora não saibam os exata­ cacionais e ou tros proveitoso s propósitos.
plina rm o s e fazerm os o que é necessário
m ente o que seja, atuará sem pre da m es­ Não podemos sequer ca lcu la r as bênçãos
à realização daquilo que m ais desejam os.
ma m aneira, sôbre as m esmas condições: te m porais que receberíam os pela obediên­
que o sol será eclipsado pela lua num c e r­ cia a êstes m andam entos.
Reconhecessem todas as pessoas a lei
to m om ento, dia e ano, tudo porque as leis
com o b e n e fício para o hom em , honrando-a
da natureza jam a is varia m . Im agine-se um O utro m andam ento m u ito im portante
e obedecendo-a, is to c o n trib u iria grande­
engenheiro, um m édico ou um c ie n tis ta na vida de tod os nós é a lei de saúde do
m ente para a nossa saúde, bem -estar e fe ­
qualquer que não pudesse fia r-s e nas leis Senhor, chamada Palavra de Sabedoria, que
licidad e. A s le is são esse nciais. Im aginem
da natureza ou que as desprezasse. O ho­ de veria se r ensinada em tod os os lares,
uma cidade, com unidade, estado ou país
mem jam a is pode ag ir ignorando as leis pelo exem plo e por p receito. Nela somos
sem le is ou regulam entos. Quanto m ais
naturais que afetam seus atos e ainda as­ ad vertido s con tra o consum o de fum o,
desprezarm os, desobedecerm os e o s te n ta r­
sim se r bem sucedido. Na verdade, ignorá- álcool e outras coisas nocivas ao corpo.
mos a lei, m ais estarem os perdendo nossa
las seria desastroso. Estou seguro de que podemos nela in clu ir
liberdade, privando a ou tros da dê le s e
o consum o de drogas.
Todas as le is de Deus, as leis da na­ conduzindo à anarquia. E xistindo le is más,
tureza e as le is da te rra são fe ita s para o o povo deveria tom ar as m edidas legais Embora o Senhor nos tenha dado esta
be n e fíc io do hom em , para seu c o n fo rto , através dos d is p o s itiv o s governam entais lei há m ais de cem anos, era quase que
gôzo, segurança e bem -estar; com pete ao para aperfeiçoá-las ou m udá-las, mas en­ to ta lm e n te ignorada até que os cie n tista s
indivíd uo aprender estas leis e determ in ar quanto forem le is , devem ser obedecidas. e a experiência provaram , acim a de d ú vi­
se gozará ou não dêstes be n e fício s pela da, que estas coisas são não sòm ente no­
obediência à lei e pela observância dos G eralm ente tem os que d e te rm in a r que civas ao corpo com o tam bém uma ameaça
m andam entos. Meu in te iro p ro p ó s ito hoje espécie de vida querem os v iv e r ou de que para a sociedade. M u ito s ainda ignoram e
é dem onstrar que as le is e xiste m para o espécie de am biente querem os to m a r par­ desafiam esta lei, prontos a correre m os
nosso b e n e fíc io e que para serm os f e li­ te . A inda hoje há na hum anidade pessoas risco s. O consum o destas coisas resulta
zes e bem sucedidos devem os obedecer que praticam can ib alism o nas selvas, on­ em lares d e sfe ito s, fís ic o do entio e e sp í­
às leis e regras que digam re s p e ito às de os in stin to s anim ais no homem go ver­ rito alquebrado, destruição de bens, m isé­
nossas ativida des; estas le is atuarão ou nam e onde a lei da selva é vig e n te . Se ria, m o rte nas rodovias e m uitas outras
para nossa a le g ria e bem -estar ou para é esta espécie de vida que desejam os, tra géd ia s m u ito num erosas para serem
nosso p rejuízo e tris te z a , conform e os nos­ é-nos a ce ssível. Parte do p ro pósito da nos­ m encionadas, que estão agora causando
sos atos. sa e xistê n cia , en tre ta n to , é nos alçarm os séria s preocupações à sociedade, aos le­
acim a dos in s tin to s anim ais e alcançarm os gislad ore s e aos o fic ia is da segurança
Para a realização do grande vôo da o m ais elevado plano de com portam ento pública.
Apolo-11, que re sultou no pouso sôbre a humano nas nossas relações sociais.
Lua, tôda lei natural que afetasse esta em ­ Recentem ente, chamou-me a atenção a
presa teve que ser e s trita m e n te observa­ Para que possam os re alizar isto , Deus, seg uinte n o tícia num jorn al local: “ O nú­
da: as leis da fís ic a , as le is da qu ím ica, nosso Pai e C riad or, e seu Filho Jesus m ero de acidentes a u to m o b ilístico s envol­

Outubro de 1970 7
vendo um único v e íc u lo dobrou em 1969". S a n tifica rm o s o sábado dá-nos o p ortu­ Como pais, para ensinarm os nossos
V inte e seis por cento dos acidentes fa ta is nidade de aprenderm os o Evangelho, me­ filh o s a guardarem os m andam entos e an­
ocorreram após o m o to ris ta te r bebido. d ia n ia a adoração e o estudo e de apren­ darem retam ente diante de Deus, devemos
derm os a conhecer Deus, o que é essen­ ser para êles exem plos vivo s. Não pode­
Conhecida personalidade da te le v is ã o c ial no nosso de stin o eterno. mos quebrar nenhum a lei im punem ente, es­
faleceu de câncer pulm onar aos 45 anos perando que nossos filh o s honrem e obe­
de idade. Havia declarado publicam ente que D isse o Senhor: “ E a vida eterna é deçam a nós e à le i. Não podemos ques­
p re fe ria c o n tinuar fum ando apesar do ris ­ esta: que te conheçam a Ti, o único Deus tio n a r os ensinam entos e os mandam en­
co, a ser um “ saudável n e u ró tic o ” . . . D ei­ verdade iro e a Jesus C ris to , a quem en- to s do Senhor sem causar grandes dúvidas
xou de fum ar ao saber que tin h a câncer. v ia s te *. (Lu. 17:3) na m ente dos nossos filh o s quanto à razão
de terem que observar os m andam entos.
Um incên dio num ho tel, causado por Na verdade, um dia em cada sete po­
Não podem os se r hip ó crita s. Não podemos
um c igarro, custou quatorze vidas e um dem os e precisam os v o lta r nossos pensa­
en sin ar ou p rofessa r crença em uma c o i­
c igarro aceso noutro e d ifíc io causou qua­ m entos ao nosso C riad or e a lim e n ta r nos­
sa, v iv e r ou tra e esperar que nossos f i ­
renta e cinco m il cru zeiros de prejuízo. so e s p írito , aprender obediência a Deus e
lhos obedeçam ao m andam ento: “ Honra a
ensinar re verên cia e obediência aos nos­
teu pai e a tua mãe, para que se prolon­
Os danos causados pela maconha são sos filh o s . Uma das m aiores lições que
guem os te u s dias na te rra que o Senhor
m u ito reais e as drogas põem entolhos na podemos aprender na vid a é que “ não só
teu Deus te d á ". (Ex. 20:12)
juventude. de pão vive rá o hom em , mas de tôda a
palavra que sai da bôca de D e u s” . (M t. 4:4)
A s crianças que são ensinadas a obe­
D evem os a nós m esm os, à nossa ju ­
decerem e honrarem a le i, a terem fé em
ventude e ao fu tu ro do nosso país re s trin ­ A lguém disse sàbiam ente: “ A i dos que
Deus e a guardarem seus m andam entos,
g ir e se po ssível e x tin g u ir in te ira m e n te o consideram as le is de Deus sòm ente com o
ao cre scerem honrarão os pais e serão
consum o destas coisas diab ólicas e de­ fôrças de conveniência, para serem ignora­
m o tivo de g ló ria para êles, capacitar-se-ão
le té ria s que têm causado tan ta tra géd ia ao das ou em pregadas à vontade. A i dos in ­
a encararem e solverem seus problem as,
mundo m oderno. Ouçam a grande prom es­ d ivíd u o s, classes e nações que acreditam
encontrarão m a io r sucesso e alegria na v i­
sa dada pelo S enhor a todos quantos guar­ no poder da sua riqueza, na fô rça das suas
da e co n trib u irã o grandem ente para a so­
darem êste e os outros m andam entos: arm as, na in ven cibilidad e das suas po­
s iç õ e s". lução dos problem as que ora tan to tra n s ­
to rn o causam ao m undo. Cabe aos pais
"E todos os santos que se lem brarem
Nenhuma c u ltu ra pode durar, nenhuma cuidarem de que seus filh o s sejam pre­
de guardar e faze r estas coisas, andando
nação ou união de nações pode sob reviver, parados, pela obediência à le i, para as po­
em obediência aos mandamentos recebe­
se igno rar as le is de Deus. O Senhor sições de liderança que ocuparão no fu ­
rão saúde para o seu um bigo e m edula
adm oestou: tu ro , quando então sua responsabilidade
para os seus ossos.
será tra zer paz e ju s tiç a ao mundo.
“ . . . buscai p rim e iro o re in o de Deus
"E correrão e não se cansarão, c am i­ A mensagem do Senhor pode se r resu­
e a sua ju s tiç a e tôdas estas coisas vos
nharão e não de s fa le c e rã o ” . m ida na sua declaração:
serão acrescentadas*. (M t. 6:3 3), s ig n ifi­
“ E eu, o Senhor, faço-lhes a prom essa cando que tud o é para o nosso bem.
“ A m arás o S enhor te u Deus de tod o o
de que o anjo d e s tru id o r os passará, com o teu coração, de tôda a tua alma e de to d r
Não podemos s a n tific a r o sábado, nem
aos filh o s de Israel e não os matará. o teu pensam ento.
gozarm os suas bênçãos, buscando sa tis fa ­
A m é m ” (D&C 89:18-21, destaques no ssos).
zer nossas necessidades m a te ria is e pra-
zeres. É vá lid o d ize r que as coisas m ate­ “ Este é o p rim e iro grande manda
Podem im aginar uma prom essa ainda
ria is não tê m poder para fazer flu tu a r um m ento.
m aior?
e s p írito afundado. A riqueza do mundo não
“ E o segundo, sem elhante a êste, é
Deixem -m e re fe rir o u tro mandam ento pode curar um coração fe rid o e a sabedo­
A m arás o teu próxim o com o a ti m e sm o” .
m u ito im po rtan te: “ Lem bra-te do dia do ria de tôdas as un ive rsida des não pode
sábado, para o s a n tific a r. tra z e r à re tidão uma alm a e xtraviada ".
"D ê ste s dois m andam entos dependem
tôda a lei e os p ro fe ta s ". (M t 22:37-40)
‘ Seis dias trabalharás e farás tôda a Por m ais Im portante que seja irm o s à
tua ob ra*. casa de oração e sa n tifica rm o s o sábado, C ertam ente, se am arm os o Senhor,
o ensino da esp iritu a lid a d e não pode ser
guardando seus m andam entos e se am ar­
“ Mas o sé tim o dia é o sábado do Se­ deixado sòm ente às igre jas. Os pais têm
mos nosso próxim o, gozarem os a utopia
nhor te u Deus; não farás nenhuma o b ra .” a p rim e ira e m aior responsabilidade de en­
nesta te rra .
(Ex. 20:8-10) s in a r as le is de Deus no lar. O Senhor nos
disse: Como ainda prom eteu o Senhor:
E o Senhor tem -nos dito :
"S e em Slão ou em qualquer das suas ” . . . aquêle que pra tica as obras de
“ E, para que te conserves lim po das Estacas organizadas houver pais que, te n ­ ju s tiç a receberá a sua recom pensa, sim ,
manchas do mundo, irás à casa de oração do filh o s , não os ensinarem a com preen­ paz neste mundo e vida eterna no mundo
e ofe rece rás os teus sacram entos no meu de r a do u trin a do arrependim ento, da fé em v in d o u ro ". (D&C 59:23)
dia s a n tific a d o *. (D&C 59:9) C ris to , o Filho do Deus vivo, do batism o e
do dom do e s p írito Santo pela im posição P resto-lhes neste dia o testem un ho de
Embora m u ito s digam o c o n trá rio , esta das mãos ao alcançarem o ito anos de ida­ que, ao aceitarm os Deus com o nosso Pai
é a lei de Deus, uma lei re lig io s a e con­ de, sôbre a cabeça dos pais seja o pecado. e seu Filho Jesus C ris to com o Salvador
sequentem ente uma lei m oral. Se fô r do mundo e guardarm os os m andam entos,
observada, tra rá m u itas bênçãos que de ou­ “ E tam bém ensinarão seus filh o s a terem o s m aior alegria aqui na te rra e vida
tro s modos não poderiam s e r gozadas; e, o ra r e a andar em re tidão perante o Se­ eterna no mundo vindouro. O ro hum ilde­
da mesma form a, com o qualquer ou tra le i, n h o r." (D&C 68:25-28). Is to s ig n ific a guar­ m ente para que esta possa ser a bênção
se não fô r obedecida tra rá condenação à dar seus m andam entos — amá-lo, honrá-lo de todos nós, em nome de Jesus C risto .
alma. e obedecê-lo. A m ém .

8 A LIAH O N A
A Necessidade de um Profeta

Presidente Spencer W. Kimball


Presidente em e xe rcício do Conselho dos Doze

O
s acontecimentos de hoje têm « A obra do Senhor é In fin ita . M esm o Nesta s ig n ific a tiv a reunião no tem plo,
sido adm iráveis e m arcantes. quando m orre um poderoso líd e r, a Igre­ quando fo i “ ordenado e designado” como
Perm itam -m e exte nde r ao Elder ja não fic a sem liderança nem por um ins­ P residente da Igreja por seus irm ãos, os
Boyd K. Packer calorosas boas tan te, graças à boa P rovidência que dá ao Doze, escolheu seus con selheiros — dois
vindas de m inha parte e da parte do Quó­ seu reino continuidade e perpetuidade. poderosos homens de va lo r: Elder Harold
rum dos Doze A pósto los. Tal com o já ocorreu por o ito vêzes B. Lee e Elder Nathan Eldon Tanner, com
Têmo-lo observado c re s c e r desde os nesta dispensação, um povo fecha reve­ suas ricas experiências com o professores,
seus p rim e iro s dias com o A s s is te n te , até re ntem ente o túm ulo, enxuga suas lá g ri­ homens de negócio, autoridades públicas
êste dia, ao seu m ais elevado chamado. mas e v o lta suas faces para o fu tu ro . e, especialm ente, líd e re s da Igreja.
Encontrará entre nós a verdade ira fra te r­
A o fin d a r a efêm era vida de um Pre­ A presidência c o n stitu íd a de trê s pes­
nidade na sua m ais elevada expressão.
siden te da Igreja, um corpo de homens tor- soas e o C onselho dos Doze novamente
Damos tam bém boas vindas às f ile i­
na-se o líd e r com posto — homens amadu­ c o n s titu íd o , d irig iram -se hum ildem ente aos
ras das A utoridade s G erais, ao Elder Joseph
recidos com experiência e tre inam e nto. As seus e s c ritó rio s sem alarde ou oste nta­
A nderson, a quem tem os amado e apre­
designações foram fe ita s há m u ito tem po, ção e a nova adm inistração in icio u um nô­
ciado durante tan tos anos e ao Elder David
con ferida a autoridade, entregues as cha­ vo período com a prom essa de grande de­
B. H aight e Elder W illia m H. B ennett, ho­
ves. Por cinco dias o reino m oveu-se sob se n volvim en to e cre scim ento sem pre­
mens de poder, dedicação e s e rviço cons­
êste autorizado conselho. Não houve co r­ cedentes.
tante.
rida para o cargo, nem cam panha e le ito ra l,
Êste é um ano notável na vida dêste Foi um homem bastante jovem que
nem co m ício s. Que d ivin o plano! Quão sá­
mundo. É jane iro. A h is tó ria gira em seus apresentou o program a restaurado a êste
bio é nosso Senhor, por organizá-lo tão per­
gonzos. Outra página fo i voltada e decor- nôvo mundo. Joseph S m ith (23-12-1805/
fe ita m e n te , acim a da fraqueza dos fra cos
tina-se uma nova era. 27-6-1844) tin h a 24 anos quando a Igreja
e ávidos sêres humanos.
É manhã de dom ingo, 18 de ja n e iro de fo i organizada. <
1970. Um grande coração parou de bater Então alvoreceu o notável dia 23 de
ja n e iro de 1970. Q uatorze homens sério s Quando fo i m a rtirizad o aos 38 anos, o
e um corpo idoso relaxou-se e adorm eceu. segundo Presidente, Brigham Young (1-6-
Tal com o um te rre m o to propaga sua onda entram re veren tem e nte no te m p lo de Deus
— o Quórum dos Doze A po sto lo s, o corpo 1801/29-8-1877) tornou-se A p ó sto lo Sênior
de choque ao re dor da te rra , as com unica­
governante da Igreja de Jesus C ris to dos e P residente da Igreja (27 de dezembro de
ções agora cobrem a te rra e m ilhõ es de
Santos dos Ú ltim os Dias, m u itos dos quais 1847) aos 46 anos de idade e p residiu du­
pessoas com penetradas, m esm o nos mais
já passaram antes por esta solene expe­ rante 30 anos (até aos 76 anos).
dista ntes lugares, pausam para p re s ta r en­
tris te c id o trib u to a um poderoso homem riência. John Taylor (1-11-1808/25-7-1887) tinha
de Deus que deixou a m ortalidade. A o em ergirem êstes quatorze homens 71 anos quando tornou-se Presidente da
Durante m u itos dias, longas fila s de do sagrado e d ifíc io m ais tarde naquela ma­ Igreja (10 de outubro de 1880) e m orreu
am áveis seguidores m oviam -se lentam ente nhã, dera-se um aco ntecim e nto de trans- aos 78 anos. A pós sua m o rte, W ilfo rd
pelas ruas, m esm o sob a chuva, para ver cedental im portância — te rm in a ra um bre­ W o o d ru ff (1-3-1807/2-9-1898) tornou-se
uma vez m ais o ro sto do seu líd e r fa le cid o . ve inte rreg no e o govêrno do reino tra n s ­ A p ó sto lo S ênior (25 de julh o de 1887). Dois
O Tabernáculo apinhou-se de pessoas fe riu -s e novam ente do Quórum dos Doze anos m ais tarde (7 de abril de 1889) fo i
que o amavam e foram -lhe prestados doces A pósto los para um nôvo P rofeta, um líd e r apoiado P residente da Igreja aos 82 anos
trib u to s . in d ivid u a l, o re prese ntan te do Senhor na de Idade. M orreu aos 91 anos; em seu lu­
O corpo m ortal do P rofeta D avid O. te rra , o qual tem -se encam inhado d is c re ta ­ gar o P residente Lorenzo Snow (3-4-1814/
MacKay fo i depositado em descanso com m ente para êste elevado chamado, durante 10-10-1901) tornou-se A pósto lo S ênior. Ti­
dign ificada reverência. sessenta anos. Êle agora preside sôbre a nha 84 anos quando tornou-se Presidente
C urvam -se nossas cabeças, ferem -se Igreja. da Igreja (13 de setem bro de 1898). Seu
nossos corações, mas haverá uma fe liz reu­ Entretanto, não fo i por causa de seu períod o de presidência fo i breve. Serviu
nião quando êste inspirado pro fe ta unir-se nome que tê ve acesso a êste a lto cargo, cêrca de trê s anos (até 10 de outubro de
às hostes de seus pares — os Josephs, os mas porque quando ainda m u ito jovem , fo i 1901).
Brigham s e os W ilfo rd s . chamado pelo Senhor para se r um apósto­ O P residente Joseph F. S m ith (13-11-
Em nossa sensação de vazio, parece- lo — m em bro do Quórum — através do 1838/19-11-1918) fo i A pósto lo S ênior por
nos que não poderíam os con tinuar sem então profeta vivo e recebeu as preciosas sete dias (a p a rtir de 10 de outubro de
êle; mas ao desaparecer uma es trê la no e v ita is chaves para conservá-las suspen­ 1901); tornou-se P residente da Igreja em
horizonte outra aparece no firm a m e n to , a sas, esperando o tem po em que poderia 17 de outubro de 1901, aos 62 anos de ida­
m orte gera a vida. tornar-se A p ó sto lo S ênior e P residente. de; faleceu aos 80 anos.

Outubro de 1970 9
0 P residente H eber J. G rant (22-11- ordem revelada desde o in íc io . Brlgham décadas tem sido apoiado pela Igreja com o
1856/14-5-1945) fo i A pósto lo S ênior por Young fo i A p ó sto lo S ênior, tendo tôdas as um profeta . H oje fo i apoiado com o o Pro­
menos de uma semana (em 23 de novem ­ chaves e autoridades, e no presente caso, fe ta , aquêle que sòzinho tem as chaves em
bro de 1918), quando tornou-se Presidente o P residente S m ith fo i A p ó sto lo S ênior. com pleto uso sob o Senhor Jesus C risto ,
da Igreja aos 62 anos; faleceu aos 88 anos. Isto é segundo o Senhor, que retém a li­ que é a pedra angular e a cabeça de sua
derança em suas mãos divinas. Igreja.
O P residente George A lb e rt S m ith
(4-4-1870/4-4-1951) fo i A p ó s to lo S ênior por Quando aconteceu a prim e ira suces­ Para ser um pro fe ta do Senhor, não é
sete dias e tornou-se P residente da Igreja são, a Igreja restaurada era uma criança n e cessário “ s e r tud o para todos os ho­
(21 de m aio de 1945) aos 75 anos; faleceu de apenas 14 anos. Não houvera profeta m e ns". Não necessita se r jo via l e a tlé tico ,
com a idade de 81 anos. nem "v is ã o ab erta " po r m u itos séculos. um in d u s tria l, um fin a n cista , nem um a g ri­
Não é de se adm irar, então, que o povo es­ c u lto r; não precisa se r m úsico, poeta, ar­
O P residente David O. M cKay, nono tiv e s s e cheio de perguntas quando as ba­ tis ta , banqueiro, m édico, d ire to r de escola,
P residente (8-9-1873/18-1-1970), fo i A p ó s to ­ las em C arthage term inaram a vida daque­ general, nem cie n tis ta .
lo S ênior por cinco dias, tendo sido apoia­ le em quem tôdas estas in e stim á ve is bên­
do com o P residente da Igreja (9 de a b ril çãos a Igreja, revelação e profeta s — pa­ Não precisa se r lingu ista, fa la r Fran­
de 1951) aos 77 anos; faleceu com a idadé reciam e sta r centradas. Quando os após­ cês e Japonês, A lem ão e Espanhol, mas
de 96 anos. to lo s retornaram de suas m issões, sep ulta­ precisa en tender a linguagem divina e ser
ram seu pro fe ta m o rto e pensaram no fu ­ capaz de receber mensagens do céu.
O P residente Joseph Fielding S m ith,
tu ro , tôdas as dúvidas foram dissipadas
cuja data de nascim ento é 19 de ju lh o de Não ne cessita ser orador, pois Deus
quando o A p ó sto lo S ênior, tendo já tôdas
1876, tornou-se A p ó s to lo S ênior em 18 de pode torná-lo um. O Senhor pode apresen­
as chaves, colocou-se à fre n te com o M o i­
jane iro e P residente da Igreja em 23 de ta r suas mensagens divina s através de ho­
sés e guiou o povo pelo cam inho.
ja n e iro de 1970, com a idade de 93 anos. m ens fra cos que foram fe ito s fo rte s . Subs­
O e d ito ria l de 2 de setem bro de 1844, titu iu a voz fra ca de M o isé s por uma fo rte
Os presiden tes, de John Taylor até e deu ao jovem Enoque poder que fazia
sôbre a sucessão, disse: “ Por tôda parte
David O. MKay, inclu s iv e , tornaram -se Pre­ tre m erem os homens em sua presença,
prevalece grande e xcita m ento de saber-se
sidentes en tre os 62 e 84 anos de idade e po is, Enoque, com o M oisés, andou com
'quem será o suce ssor de Joseph S m ith '.
faleceram en tre as idades de 79 e 96 anos. Deus.
“ Em resposta, dizem os: Sêde pacien­
É inte ressan te no tar que êste s o ito
te s, sêde pacientes por um m om ento m ais O Senhor disse: ” . . . seja pela minha
Presidentes da Igreja assum iram a respon­ própria voz, ou pela de meus servos, não
até que chegue o tem po ce rto e vos d ire ­
sabilidade de p re s id ir aos 73 anos e a de i­
mos tudo. 'G randes rodas movem -se deva­ im p o rta ". (DSC 1:38)
xaram pela m o rte aos 85 anos, em m édia.
g a r'. No m om ento, podem os dizer que uma
S erviram em m édia cêrca de 12 anos; con­ O mundo ne cessita de um pro fe ta -líd e r
con ferê ncia especial da Igreja fo i realiza­
sequentem ente, os Presidentes da Igreja que dê exem plo — lim po, cheio de fé , —
da em Nauvoo no dia 8 ú ltim o e não houve
têm v iv id o 79 anos em média. sem elhante a Deus em suas atitu des, com
uma só voz divergen te quanto ao fa to de
que os 'D oze' deveriam p re s id ir sôbre tôda um nome im aculado, um espôso amado e
Podemos e s ta r seguros de que o Pre­
a Igreja e quando qualquer alteração na verdade iro pai.
siden te da Igreja será sem pre um homem
idoso; os joven s têm ação, v ig o r, in ic ia ti­ presidência fo r necessária, n o tíc ia s opor­
Um pro fe ta ne cessita ser m ais que
va; os velhos, estabilidade, fô rç a e sabedo­ tunas serão dadas; e os élde res que estão
d is ta n te s, m ostrarão m e lh or sua sabedo­ um sacerdote, m in is tro ou élder. Sua voz
ria através da experiência e longa com u­ torna-se a voz de Deus para re velar novos
nhão com Deus. ria perm anecendo calados sôbre as coisas
que ig n o ra m ... (Tim es and Seasons, Vol. program as, novas verdades, novas so lu ­
ções. Não suste nto sua in fa lib ilid a d e , mas
Nos ú ltim o s dias do P residente M cKay, 5, 2 de setem bro de 1844, pág. 632).
precisa ser reconhecido com o servo de
espalhou-se a especulação entre os c u rio ­
Êstes s ig n ific a tiv o s 140 anos viram dez Deus, uma pessoa com autoridade. Não é
sos, os preocupados e os menos info rm a­
P residentes p residire m sôbre a Igreja e 78 fin g id o com o são tan tos que presunçosa­
dos e continuou com o o prin cip a l tó p ico
apóstolos servirem no Quórum dos Doze. m ente assum em uma posição sem serem
de discussão durante o inte rreg no. M ais
chamados e sem receberem autoridade. De­
de um m ilhão de m em bros não conhece­
A o concentrarm os nossos e sfo rços, ve fa la r com o seu Senhor: " . . . com o quem
ram outro P residente que não fô s s e David
avançamos em uma nova jornada, com uma tem autoridade e não com o os e scrib a s".
O. M cKay; consequentem ente, era natural
fo rte vontade, sob a direção de nossos l í ­ (M t 7:29)
que alguns ficasse m confusos.
deres inspirados, liderados pelo nosso Pro­
Conversavam sôbre idade. Os antigos feta, Joseph Fielding S m ith. Precisa se r corajoso o s u fic ie n te para
patriarcas não foram joven s. Adão já era fa la r a verdade m esm o contra o clam o r po­
É venerável e digno de re speito pelo pular pelo afrouxam ento das re striçõ e s.
m u ito idoso quando pre sid iu sôbre sua pos­
seu caráter, dignidade, idade e posição. Deve e s ta r seguro do seu chamado divino,
teridade , a qual abarcou m uitas gerações.
Ê aquêle a quem sua amada espôsa louvou de sua ordenação c e le s tia l e da sua auto­
Abraão, Isaque, José e M oisés presidira m
nesta manhã, aquêle que é “ lim po de mãos ridade para cham ar ao trabalho, para orde­
sôbre o povo, m orrendo aos 175, 180, 110
e puro de coração, que nãot entrega sua nar, para passar as chaves das fechadu­
e 120 anos.
alm a à vaidade, nem jura enganosam ente". ras eternas.
Eram velhos, mas da sua experiência (S alm os 24:4). É um filh o do seu C riad or e
acumulada flu ia segurança e sólida sabe­ um homem de Deus, lim po e sagrado. A c e i­ Precisa te r poder com o os profeta s an­
doria. ta sua alta posição com o a pessoa esco­ tig o s de " . . . se la r ta n to na te rra com o
lhida pelo Senhor. Tem carregado por 60 nos céus, os incré dulo s e os re b e ld e s .,
Falavam sôbre precedentes. Se é pre­ anos as chaves do reino, gradualm ente mo­ para o dia em que a ira de Deus se de rra­
cedente, assim tornou-se pela repetição da vendo-se em direção a êste dia. Por seis mará sem m edida sôbre os in íq u o s ” (D&C

10 A LIAHONA
1:8-9), e raros poderes: " . . . tudo o que D urante todos êstes séculos tem ha­ no fre s c o r de uma flo re s ta p rim a ve ril e
selares na te rra será selado nos céus; e vido épocas em que profeta s as sinto niza­ num m onte chamado Cum orah. Pedro o en­
tudo o que ligares na te rra , em meu nome ram e as re tra n s m itira m ao povo. A s m en­ con trou no M ar da G aliléia e no M onte da
e pela minha palavra, diz o Senhor, será sagens nunca cessaram . Transfiguração.
ligado eternam ente nos céus; e todos os
pecados que perdoares na te rra serão pe r­ Possa o Senhor, nosso Deus, sustentar
Uma mensagem assim , ve io a Daniel
doados eternam ente nos céus; e todos os êste nôvo profeta chamado, Joseph Fielding
na presença de ou tros e êle que estava
pecados que re tiv e re s na te rra , serão re ti­ S m ith, o qual, a p a rtir de agora, “ cuidará
na fre quê ncia certa, d isse : “ Só eu, Da­
dos nos c é u s ” . (D&C 132:46) dos negócios de seu P ai” , (V ide Lu. 2:49),
n ie l, -vi aquela visão; os homens que es-
continuará a s e rv ir o “ pão da v id a ” do Se­
tavam com igo não a v ira m ” . (Dan. 10:7)
O que é preciso é m ais um M oisés nhor (V ide João 6:41) e as "águas v iv a s ”
do que um Faraó, m ais um Elias do que (V ide João 4:1 0), que com eçará agora a
Um grupo de homens viajava a cam i­ "ace nde r as lâmpadas de Is ra e l” e verda­
um Belsazar; m ais um Paulo do que um
nho de Damasco. Uma esp etacu la r visão deiram e nte tornar-se o porta-voz de Deus.
Pôncio Pilatos.
ve io dos céus, mas sòm ente um homem O ram os para que Deus lhe fa le com o a
estava sintonizado para recebê-la. O que Josué: “ Êste dia com eçarei a engrandecer-
Não necessita ser um a rq u ite to para
para os ou tros ouvidos fo i sòm ente e s tá ti­ te perante os olhos de tod o o Israel, para
c o n s tru ir casas, escolas e e d ifíc io s , mas
ca, para Paulo de Tarso fo i um te rrív e l que saibam , que assim com o fu i com M o i­
sim alguém que con strua es tru tu ra s para
chamado ao dever que m udou sua vida e sés, assim serei c o n tig o ” (Jos. 3:7 ).
abranger o tem po e a eternidade e preen­
co n trib u iu para a tra nsform açã o de m ilhões
cher o hiato entre o homem e seu C riador.
de vidas; não ob stante , fô ra o único que Possa o Senhor abençoar a nós, seus
es tiv e ra sintonizado. servos, que elevam os nossas mãos neste
Quando o mundo tem seguido seus pro­
fetas, tem progredido; quando os tem igno­ dia e a todos os ou tros que não tiveram
rado, os resultados têm sido estagnação, Diz-se que ce rto s cosm onautas russos esta oportunidade, para que desta época
servidão e m orte. afirm ara m que ao penetrarem no espaço em diante possam os, com o os filh o s de
e x te rio r não vira m Deus nem anjos. Preve­ Isra el, levan tar nossas mãos e clam ar co­
nim os a quaisquer cosm onautas de scren­ mo fizeram os filh o s de Isra el, a uma só
A cada m om ento de cada dia, há nu­
te s de Deus que podem ir m il vêzes m ais voz: “ Tudo quanto nos ordenaste farem os
m erosos program as no ar. O uvim os a re­
longe e m ais a lto e ainda estarão longe e aonde quer que nos enviares irem os.
lativam ente poucos, pois estam os absor­
de Deus e das coisas eternas, porque o "C om o em tud o ouvim os a M oisés, assim
vidos em nossas obrigações, mas com po­
e s p iritu a l não é en tendido pelo fin ito . te ou virem o s a ti: tão sòm ente que o Se­
derosas estações de radiodifusão podería­
nhor teu Deus seja con tigo, com o fo i com
mos o u v ir qualquer dos program as se os
M o is é s .” (Jos. 1:16-17).
sintonizássem os. A braão encontrou Deus numa tô rre na
M e sopotâm ia, num m onte na P alestina e
"A s vossas tendas, ó Isra el, permane
Por m ilha res de anos tem havido cons­ nos palácios reais do Egito. M o isé s o en­
cei firm e s , leais e im o v ív e is ” .
tantes ra diodifu sões do céu, de mensagens con trou num re m oto de serto ; no M ar V er­
v ita is de orientação e oportunas adver­ m elho; no M o nte Sinai e na “ sarça arden­
tências. te " (Ex. 3 :2 ). Joseph S m ith o encontrou Em nome de Jesus C ris to . Amém .

Coragem

Marvin J. Ashton
A s s is te n te do C onselho dos Doze

oucos dias atrás, tiv e m o s outra sa ju ven tude escolhida deseja respostas. zes estou desencorajada e desanim ada, es­

P estim u la n te exp eriên cia ao v i­


s ita r alguns de nossos am igos
jovens. O tem po fo i usado não
só para discussões de grupo e op in iões,
com o tam bém para algum as conversas par­
D esejam orie ntaçã o. Desejam a ce ita ­
ção. Uma jovem im pressionou-nos com
sua s inceridad e: "P orque não posso ser
a m esm a todos os dias? Há dias que me
p e cia lm en te com igo m e sm a” .

Irm ãos e irm ãs, nunca houve uma épo­


ca com o esta em que vivem os, na qual há
tão grande necessidade de coragem moral:
ticu la re s . Soubemos novam ente que a nos- s in to e s ta r no tôp o do m undo; ou tras vê- a coragem para con tinuar em retidão, cora­

Outubro de 1970 11
gem para com unlcar-se, coragem para te r Em nosso tra balho no Programa U ni­ ve io à nossa casa, acarlclou-m e a cabeça,
paciência e coragem para te r fé com o as fica d o de S erviços S ociais da Igreja, nada colocou um dó la r de prata em minha mão
crianças. Perm itam -m e re v e r brevem ente nos dá m ais satisfa ção do que ajudar pais e disse: 'A c e ite is to e com ece a econom i­
com vocês êstes tó p ic o s im po rtan tes, on­ e joven s a conhecerem -se ou reconhece- zar para uma m is s ã o "'. N este exem plo de
de é essencial re fo rç a r a coragem . rem -se m e lh or e unidos seguirem novam en­ liderança estão envolvidas tôdas as partes
te o cam inho seguro. Que prazer te r o u vi­ im po rtan tes: reconhecim ento, encorajam en­
A o considerarm os o o b je tiv o de c o n ti­ do, o u tro dia, uma bela jovem de 17 anos, to, desafio e exem plo. Para tra ze r de volta
nuarm os fie lm e n te em re tidão, é im po rtan­ e studante do co le g ia l, dizer: “ não há m ais grupos, necessitam os aprender a tra ze r de
te que tenham os em conta que devem os d ific u ld a d e s de com unicação en tre papai e v o lta o in d ivíd u o através de paciência e
te r: coragem para não serm os desviados, eu. Graças às Reuniões F am iliares estam os am or. Bons líd e re s não de sistem . Bons
coragem para não serm os desencam inha- novam ente entrosados e m u ito bem s in to ­ pais não de sistem . Os bons jovens não
dos, coragem para não nos extraviarm os nizados agora". desistem .
e coragem para estarm os ansiosam ente en­
gajados numa boa obra. Em João 8:31 32, N ecessitam os coragem para ser como
Uma das grandes bênçãos que pode
som os lem brados das bênçãos prom etidas uma crian ça. “ Por conseguinte, tod os os
a d v ir a qualquer criança é o b e n e fíc io de
aos que têm a coragem de c on tinuar: "S e que se arrependerem e vie re m a m im
s er criada num la r onde o pai e a mãe se
vós perm anecerdes na minha palavra, v e r­ com o criancinhas, eu os re ceberei, pois
amam. O am or en tre m a rido e m u lh er de­
dadeiram ente s e reis meus d is c íp u lo s ; e dos ta is é o re in o de D eus". (3 Ne. 9:22)
veria se r caloroso e sin ce ro . Um am or sin­
conhecereis a verdade e a verdade vos li­ cero e m a n ife sto produzirá um am biente N ecessitam os de amor, arrependim en­
be rtará". de v a lo r in e stim á ve l para os filh o s . Os f i ­ to , orações e fé infa n tis.
lhos aprenderão am or ao observá-lo. Uma
Que a leg ria é esta r associado aos
com unicação intensa com os o u tro s desen­ Que calorosa experiência tiv e sem a­
m em bros da Igreja, joven s e ad ultos, que
volve o s e n tim e n to de que pertencem os à nas atrás ao ajoelhar-m e com uma fa m ília
perm anecem nas veredas da re tidão. É SUD no U ruguai e pa rtilharm os os pensa­
fa m ília . Fará com que os ou tros saibam
em ocionante v e r nossa juven tude de esta­
que nos im po rtam os com êles. m entos de uma m enina de 11 anos que
cas e m issões dista n te s, assim com o das
d irig iu-no s em oração. Seu e s p írito tocou-
próxim as, prepararem -se valen tem e nte pa­
O am or e a com paixão não são obso­ nos ao con versar com seu Pai C ele stia l em
ra o casam ento no te m p lo . O utros m ilh a ­
letos nem estão fo ra de moda. São v ir tu ­ espanhol. A o c o n c lu ir sua amável oração,
res inspiram -nos quando os vem os c o n ti­
des que e d ifica m o en tend im ento e a fe ­ perguntam os ao seu pai: “ O que fo i que
nuarem valen tem e nte no se rv iç o m is s io ­
licidad e. É d ifíc il para os joven s guarda­ ela disse em sua oração, acêrca do
nário e m ilita r. Deus nos ajudará a c o n ti­
rem os m andam entos de Deus sem com ­ tem p lo ? "
nuarm os em seus cam inhos, se hu m ild e ­
p a rtilh a re m o se n tim e n to de ín tim o re la ­
m ente procurarm os sua orie ntaçã o. A con­ Seu pai respondeu: “ A juda-m e, Pai Ce­
cionam ento com seus pais e líd e re s da
centração das nossas energias em seus le s tia l, a ser su ficie n te m e n te co rre ta no
Igreja. P rocurem os o m e lh or em nossos
cam inhos tra rá bênçãos de genuína ale­ meu procedim ento, para que eu possa um
filh o s e associados. É desejo do Senhor
gria e fe lic id a d e . Seu cam inho é o cam i­ dia casar-m e no te m p lo ".
que nos e d ifiq uem os e não que nos des­
nho c e rto ; o cam inho c e rto é o cam inho
tru am o s. Nossa re sponsa bilidad e é com u­
da fe lic id a d e . Com a fé igual à desta criança e s in ­
n ic a r o p o s itiv o , s a lie n ta r o p o s itiv o e não
cera preparação diária, os desejos de seu
N ecessitam os a coragem de com uni­ prom overm os o negativo.
coração serão po ssíveis.
car-nos po r palavras e obras a grande v e r­
dade: "Porque não me envergonho do Evan­ N ecessitam os coragem para te r pa­ “ Em verdade, assim diz o Senhor:
gelho de C ris to , pois é o poder de Deus c iência , com preensão e com paixão. P erm i­ A conte cerá que tôda a alm a que renun­
para a salvação de tod o aquêle que c rê ..." tam -m e faze r hu m ildem ente um pedido, por c ia r aos seus pecados e v ie r a m im , e
(Rom. 1:16). A oração de Joseph S m ith no alguns joven s conturbados da nossa com ­ clam ar ao meu nome, e obedecer à m i­
bosque fo i respondida porque êle te v e a plexa sociedade atual, aos seus pais e l í ­ nha voz, e guardar meus m andam entos,
coragem de com unicar-se com inquebran- deres: “ Não de sistam de nós, não nos con­ verá a minha face e saberá que eu so u ” .
tável fé. denem , não se re ssin tam de nós. Não te n ­ (D&C 93:1).
tem conform ar-nos m ediante sim p a tia , em ­
Os canais de com unicação en tre pais baraço ou rid íc u lo . Em Vez disso, deem- Que g loriosa prom essa aos fié is ! Que
e filh o s estão sendo efe tiv a m e n te abertos nos razões, exem plos, deem -nos o m elhor bênçãos para os que perseverarem ! Que
e usados atualm ente. Os pais estão conhe­ de v o c ê s ". Como pais e líd e re s, vivam os o utra hum ilde oração poderia ser mais
cendo m e lh or seus filh o s porque líd e re s dessa form a e conduzam o-nos ao m é rito da eficaz para nós nestes dias trib u la d o s do
sábios têm encorajado o fo rta le c im e n to dos gratidão dos adolescentes: “ O brigado por que pe dir ao nosso Pai C eleste para aben-
laços fa m ilia re s . Quando necessário, desa­ terem me ajudado a en contrar o cam inho çoar-nos com coragem — coragem para
fia m o s nossa ju ven tude a to m a r a direção de v o lta ” ou "O b rigad o po r te re m me aju­ v iv e r de form a a não serm os os m esmos
e v e rific a r que as Reuniões F am iliares se­ dado a perm anecer fir m e ” . Precisam os cada dia, mas com a ajuda do Senhor, um
jam program adas e realizadas de modo tal aprender através de paciência e com preen­ pouquinho m elhores cada dia, passo a pas­
que possa aprender não sòm ente a com u­ são a conduzir nossas am izades. Saibamos so. É m inha esperança hoje que possamos
nicar-se com os m em bros da fa m ília , mas dizer palavras de encorajam ento no tem po m o stra r nosso am or e coragem guardando
tam bém , com m a io r pro p ó s ito , com seu Pai c e rto e no lugar certo. seus mandam entos.
C e le s tia l. M u ito s de nossos joven s fiz e ­
ram is to no passado e hoje seus pais os Que em oção tiv e o u tro dia, ao v is ita r Testem unho-lhes que esta é verdade i­
amam po r isso. A s Reuniões Fam iliares um dos nossos sim p á tico s m issio n á rio s na- ram ente a Igreja de Jesus C risto , Oro hu­
p ropriam ente realizadas, abrirão canais de v ajos de tem po in te g ra l, quando êle disse: m ilde m en te que possam os con tinuar cora­
com unicação não sòm ente para os m em ­ "A razão p rin cip a l pela qual sou m issio n á ­ josam ente em sua obra, seguindo seu ca­
bros da fa m ília , mas tam bém para o Es­ rio hoje, é o fa to de que quando era pe­ m inho, o qual assegura vida abundante, em
p írito de Deus. queno o P residente S pencer W. K im ball nome de Jesus C ris to . Am ém .

12 A LIAHONA
Conheça a Joseph Smith

Presidente Paul H. Dunn


do P rim eiro C onselho dos Setenta

eus irmãos e irmãs de todo o N estes ú ltim o s dois anos, estam os m o­ pois sua expressão e sem blante mudavam

M mundo. Esta é uma época ma­


ravilhosa.

Estou grato por esta o p o rtu n i­


dade de p re s ta r solene testem unho das
rando na Nova In g la te rra e tem os passado
grande parte do tem po no lugar de nasci­
m ento do P rofeta. O Senhor s a n tifico u
aquêle lugar e cada vez que fita m o s o mo­
num ento de g ra n ito que se eleva para o
com seu ânim o.

Ao se observar m ais profundam ente


sua personalidade, experiências e caráter,
vê-se uma notável m istu ra de qualidades
coisas m u ito caras ao meu coração, nas sem elhantes às de C risto . Seus pares fa ­
céu, sôbre o lugar onde nasceu, nosso co­
quais c re io inte iram e nte. laram de sua solenidade nos m om entos sa­
ração enche-se de a leg ria e o E s p írito nos
grados, não obstante agradaram -se de seu
Cêrca de 200 km s. ao norte de Boston, sussu rra: “ Êle fo i verdade iram ente um
hum or p ro fé tic o , seu am or pela música,
M assachusetts, há um dos m ais belos lu­ p ro fe ta ".
poesia, drama e notadam ente seu caloroso
gares que já v i. O que de m e lh or lhes poderia ofe rece r riso. Não se cansavam de adm irar sua ca­
A ninhado nas onduladas colina s verde- hoje s e ria uma oportunidade de conhece­ pacidade de tro c a r de atividades. Podia
jantes de W indsor C ounty, V erm ont, está rem um pouco m e lh or o P rofeta Joseph de ixa r o estudo das E scrituras ou de qual­
no lugar de nascim ento de um profeta do S m ith. Não te n ta re i e xp lica r-lhe s as re a li­ quer das qu atro ou tras línguas com que
Senhor — Joseph S m ith. zações de Joseph S m ith, mas desejo fala r- lidava, para ir jo g a r bola, lu ta r, praticar
lhes sôbre o hom em , o V idente e o Profe­ sa lto em d istâ ncia e v o lta r novam ente ao
No te rre n o de casa o rig in a l, encon­ ta. Penso se r im p o rta n te saberm os o co ­ estudo. Q ualquer pessoa poderia reconhe­
tram -se dois e d ifíc io s , abrigando o bureau mo e o porque de sua vida, po is ao fazê-lo ce r sua aparência jo v ia l e expontânea
de inform ações e um cen tro de exposição am pliarem os nosso entend im ento e apre­ quando estava en volvido em suas d iv e r­
re ligiosa. ciação dêste “ p rín c ip e de nossa atual d is ­ sões, mas percebiam logo seu desagrado
pensação", Joseph S m ith , o homem de po r qualquer coisa que fô sse degradante
Recentem ente, em uma de nossas v ia ­
quem Brigham Young disse: “ Excetuando- ou vulga r. Podia censurar com energia num
gens a êste m onum ento, nossa jovem f i ­
se Jesus C risto , jam a is vive u homem me­ m om ento, mas, m ais tarde, sem pre m os­
lha K ellie acompanhou-nos. Ela estêve lá
lh o r” . (D iscou rses o f Brigham Young, trava um am or m aior (V ide D&C 121:43).
por várias vêzes e sem pre fic a v is iv e l­
pag. 459). “ Estou de cid ido, d isse êle, enquanto lid e ­
m ente em ocionada pelo e s p írito de pro fu n ­
rar esta Igreja, a liderá-la corre ta m e n te ".
da paz que ali predom ina. Ela nunca deixa Uma vida que tornou-se luz do Senhor
o e d ifíc io sem assinar seu nome no liv ro é uma vida que todos de sejariam conhecer Joseph S m ith era um homem rú stico e
de v is ita n te s e de ixa r sua avaliação na co­ m ais clara m en te. Tal vida fo i a de Joseph acostum ado às lides do cam po. Deleitava-
luna reservada aos com entários. S m ith — uma vida de am or dedicada ao se com o tra balho fís ic o e afirm ava que
se rv iç o do próxim o. D eclaram os que fo i, era um p rin c íp io dado por Deus para con­
Neste dia ela escreveu: " A Igreja é a sem dúvida, um dos m ais nobres filh o s de serva'- fo rte o nosso corpo. Durante a
m aior coisa em m inha v id a ". Ò bviam ente, nosso ete rn o Pai C e le stia l. construção do te m p lo de Nauvoo, fre que n­
eu e minha espôsa fica m o s cheios de ju ­ tem ente trabalhava na pedreira. M uitas
bilosa emoção. Por que? Porque a Igreja e Era alto, bem c o n s titu íd o , cêrca de pessoas conheceram a restauração do Evan­
o Evangelho com suas ordenanças são uma 1,80 m de altu ra e 95 kg de pêso. Tinha gelho enquanto trabalhavam a seu lado na
"m aneira de v iv e r” e seguindo seus e n si­ pele clara, cabelo cla ro e olhos azuis, ca­ pe dreira, na flo re s ta ou no cam po de feno.
nam entos, nós, com o fa m ília , estam os en­ pazes de p e rscru ta r o coração de qualquer
contrando a verdadeira alegria e fe lic id a d e hom em . Era lig e iro com o um esq uilo, fo r­ Joseph S m ith tinh a um fo rte e cons­
que todos nós buscamos. te com o um leão e manso com o uma ove­ ta n te testem un ho de Jesus C ris to e nunca
lha. Um jovem d isse a seu re sp e ito : “ Não perdeu um a oportunidade de p a rtilh a r com
Foi há apenas 150 anos, na ú ltim a p ri­ os ou tros seu conhecim ento. Quando fa ­
usava su íça s e no con ju nto apresentava
mavera, que um rapaz com fé s im p le s fêz aparência e xce le nte, sendo um hom em de lava, parecia abalar tôda a te rra e dizia-se
uma pergunta m u ito im po rtan te: "Q ual conduta cava lh e ire sca ." Uma jovem disse que quando pregava tin h a a aparência de
igre ja é verdade ira? " Naquela bela manhã alguém arrebatado ao céu. Não só falava
que não havia fo to g ra fia s suas que pudes­
p rim a ve ril de 1820, Deus, o Pai e seu Fi­ com E sp írito , mas os re la to s m ostram que
sem se com parar com a m ajestade de sua
lho, Jesus C ris to , revelaram -se ao jovem presença. Su§ espôsa d isse que ninguém em uma ou outra época de sua vida pos­
cujo nome jam ais perecerá: Joseph S m ith, poderia cap tar seu ve rdade iro sem blante, suiu todos os dons e s p iritu a is e um dos
o prim e iro pro fe ta desta dispensação.

Outubro de 1970 13
seus m ais profundos ensinam entos fo i ex­ ce quase Im p ossível que um homem pu­ A lguém disse que a m aior das desco­
presso nestas palavras: "F iz d is to minha desse te r fe ito ta n to em tão pouco te m ­ bertas se dá quando um homem descobre
regra: Quando Deus manda, fa ç a ” . po. O Livro de M órm on, os liv ro s de M o i­ Deus. Joseph S m ith colocou à disposição
sés e A braão e D outrina e C onvênios, to ­ do mundo, sem acepções, o conhecim en­
No cum prim e nto dos m andam entos de dos re gistrad os por revelação, som am cê r­ to da verdade ira natureza de Deus, um Pai
Deus, Joseph ad quiriu a rara com binação ca de 830 páginas e sua própria h istó ria , pessoal e am oroso. Ensinou que Deus é
c ris tã , à qual o poeta C arl Sandburg cha­ d is c u rso s e m inutas tota liza m m ais de nosso Pai e que C ris to não é sòm ente seu
mou de “ veludo e a ç o ” que pode m over 3.200 páginas. Filho, mas tam bém nosso irm ão m ais ve ­
pessoas com ge ntileza, brandura e am or lho. A s Igrejas cris tã s de hoje, dizem :
não fin g id o , sem ameaça ou fô rç a . Se o Temos sido considerados o povo mais "A c re d ita m o s em D eus” , mas Joseph
m undo aprendesse os m andam entos de fe liz da face da te rra e m u ito de nossa fe ­ S m ith d isse : “ Vi Deus e C risto e falaram
Deus e v ivesse com o Joseph S m ith vive u , licidad e vem de vive rm o s as verdades a re alm en te c o m ig o ” . Foi perseguido por d i­
que mundo m aravilhoso s e ria êste. nós reveladas por Joseph S m ith. zer que têve uma visão, não obstante era
verdadeira. Não sòm ente deu-nos a conhe­
O P residente M cKay disse-nos várias Se algum homem fo i ensinado por ce r que Deus e xiste , mas tam bém que está
vêzes que nos tornam os iguais àq uilo que Deus e pelos anjos, êste homem fo i Joseph sem pre pronto a responder nossas orações.
am amos. Joseph amou a Jesus C ris to e S m ith. Foi um a n fíb io e s p iritu a l, tinh a um
tornou-se sem elhante a êle. D isse: “ Dese­ pé na te rra e o u tro no céu. Edward Ste- A oração é o sincero desejo da alma,
jo tornar-m e uma seta afilad a na aljava do venson disse: “ Possuia uma infin id a d e de diz um grande hino, e se Joseph S m ith não
T o do-P o dero so... M inha voz é sem pre de con h e cim e n to s". W ilfo rd W o o d ru ff com en­ nos tiv e s s e dado m ais, deu-nos o exem plo
p a z . . . Jesus C ris to é meu grande con­ to u : “ Parecia uma fo n te de saber de cuja por m eio do qual poderíam os satisfa zer
s e lh e iro ". bôca jo rra uma to rre n te de sabedoria e te r­ nossos desejos e lim a r e p u rific a r nosso
n a ” . Parley P. P ratt declarou: "Podia pers- coração. A s s im , em seu cam inho para
Foi um homem com o qualquer um de c ru ta r a ete rnida de, pe n e tra r os céus e C arthage, antes de se r m a rtirizad o, disse:
nós, mas s ofreu in e x p rim ív e is s o frim e n to s com pree nde r todos os m u ndos” . “ Não tem o a m o rte ” . Falou com o um ho­
e perseguições, incom uns a nós hoje em mem cuja vid a poderia ser posta à prova
dia. Foi expulso de qu atro Estados, perdeu Joseph S m ith ensinou que esta grande perante o M e stre.
seis filh o s ao nascerem , fo i c ob erto de p i­ nação da A m é rica fo i uma te rra escolhida
che e de penas, fo i envenenado; não obs­ N aquele fa tíd ic o dia em 1844, êle fo i
que ve io a e sta r sob a dire ção do Senhor
tan te, conduziu seu povo com grande co­ m orto por uma turba de cêrca de 150 ho­
e prestou um fo rte testem un ho da divina
ragem e disse: "N ão posso negar que o mens com as faces pintadas. Por ocasião
im po rtân cia da obra fe ita pelos fundado­
que sei é v e rd a d e iro ” . de sua m o rte fo i e s c rito : “ O golpe que
res dêste grande pa ís. D isse: “ A C o n s ti­
abateu Joseph S m ith paralisou o braço do
tuiçã o dos Estados U nidos é um glo rio so
Brigham Young disse que Joseph v i­ m orm onism o. Irão agora dissipa r-se aos
padrão; está fundada na sabedoria de Deus.
veu m il anos em trin ta e o ito e m esm o quatro ventos e desaparecer gradualm en­
É uma bandeira c e le s tia l; para todos os
quando fo i agredido e espancado, disse te na grande massa da socied ade ". Esta
p riv ile g ia d o s com a brandura da sua li­
sôbre êle, Lydia B aily: “ Sua face m ostrava congregação hoje e os m ilhões que nos
berdade, é com o as som bras agradáveis e
radiante suavidade de uma luz a s tra l” . ouvem re futam aquelas palavras.
as águas re fre sca n te s de uma grande ro­
cha, numa te rra sêca e esgotada. É com o Os in im ig os de Deus estavam certos
C onduziu o povo com o M o isé s, falo u uma árvore sob cujos ram os, homens de de que ao m atar o Profeta, te ria m d e s tru í­
com o Pedro e escreveu com o Paulo. W ilfo rd qualquer clim a podem abrigar-se dos raios do a verdade, mas ela vive ainda, m aior e
W o o d ru ff disse: “ Sua m ente, ta l com o a de de sol ab rasad ore s.” (D ocu m en tary H isto ry m ais fo rte a cada ano que passa. É indes­
Enoque, expande-se com o a ete rnida de e o f th e C hurch, V. 3, p. 304).
tru tív e l, pois é a obra do Senhor e saben­
sòm ente Deus pode com preender sua
do que é a obra do Senhor, sabemos que
alm a ". Nunca pediu uma carga leve, mas an­ Joseph S m ith, que fo i um servo e sco lh i­
te s orou para ser fo rta le c id o ; e era de fa to do de Deus, é um profeta , sagrado e v e r­
Em conhecim ento e e n tend im ento do profeta , pois seu rôgo con stante era: "O h dadeiro, pois disse: “ O btive poder ou os
Evangelho, jam a is fo i ultrapassado. Joseph Senhor, que fa re i? ” A quê le s que ouviram p rin c íp io s da verdade e da v irtu d e , que
S m ith deixou re gistrad as m il e quinhentas suas orações m aravilharam -se com o es­ perm anecerão quando eu e s tiv e r m o rto e
declarações sôbre o fu tu ro . C entenas de­ p ír ito que presenciaram e aprenderam em dista nte.
las já se cum priram e durante o tem po de sua pró p ria vida que os céus poderiam
nossa vida verem os o cum prim e nto de s e r lite ra lm e n te abertos. Entenderam o que Meu testem un ho pessoal é de que êle
m uitas m ais. Você pode pegar ao acaso falo u quando disse: “ Êste é o p rim e iro p rin ­ fo i e é um profeta . Seu m anto caiu sôbre
qualquer um de seus e s c rito s e en contrar c íp io do Evangelho: conhecer com certeza os om bros dos profeta s que o sucederam
m ais inform ação sôbre os ú ltim o s dias do o c a rá te r de Deus e saber que podemos e está hoje sôbre os om bros de Joseph
que na B íb lia in te ira . Seus e s c rito s , cartas con versar com Êle assim com o um homem Fielding S m ith. Em nome de Jesus C risto
e discursos form am ta l volum e que pare­ conversa com o u tro " (DHC, V. 6, p. 305) Am ém .

14 A LIAHONA
Precisa-se:
Pais com Coragem

Bispo Victor L. Brown


Segundo C onse lheiro do Bispado P residente

em os em P rovérbios: "In s tru i ao exibição de ab je to desejo. Se êste é o A lguns estão m esm o dizendo: “ O que

L m enino no cam inho em que de­


ve andar, e até quando enve­
lhece r não se desviará d ê le ”
(Prov. 22 :6). O hu m orista Josh B illin g s
(1818-1885), assim parafraseou esta verda­
tip o de d iv e rtim e n to que nós adultos apre­
ciam os, com o poderem os en sin ar m o ra li­
dade aos nossos filh o s?

Quando era adolescente, um ativo lí ­


der re lig io s o contou-m e uma h is tó ria suja.
há de errado em tornar-se hom ossexual?”
Em certa Igreja, seu líd e r realizou recen­
tem e n te um casam ento entre dois homos­
sexuais e o caso fo i m u ito explorado pelo
n o tic iá rio m undial. Quem é responsável por
de: “ Para educar uma criança no cam inho essa decadência moral? Os filh o s? D ific il­
Embora m inha m em ória para h is tó ria s seja
que deveria seg uir, trilh e você próprio m ente. Somos nós os adultos, que p e rm iti­
no toriam ente fraca, esta h istó ria ainda não
êste cam in ho” . T rilh e você p ró p rio êste mos a venda de obscenidades em bancas
fo i esquecida e lem bro-m e do nome do ho­
cam inho. Quantos de nós estam os trilh a n d o de jo rn a is e sua tele-transm lssão.
mem que a contou. Que espécie de exem ­
êste cam inho?
plos som os com o adultos? Nosso caráter Tempos atrás, enquanto esperava m i­
Ouvi uma educadora renomada entre muda com as circu n stâ n cia s ta l com o o nha espôsa te rm in a r as com pras, exam i­
nós, fa la r na te le v is ã o sôbre a maconha. cam aleão muda de côr? A linguagem que nei a esta nte de revistas de um nôvo su­
D isse que seu uso não era m ais p re ju d i­ usamos muda para adaptar-se ao am bien­ perm ercado. Com uma ou duas exceções,
cial do que outros hábitos s ociais, suge­ te? A s s is tim o s a film e s que apelam para as capas das re vista s e as legendas dos
rindo que realm ente não havia nenhum mal os nossos in s tin to s anim ais e nos fazem artig o s p rin cip a is tratavam de sexo de uma
em os joven s fum arem -na. Recentem ente, esp ojar na im u n d ície com os autores e form a ou de ou tra. Isto estava numa loja
im po rtan te personalidade do govêrno, que atôres? Quebram os a lei porque is to é o fa m ilia r, num ba irro re sid encia l. Quanto
ocupa posição de grande responsabilidade que a m u ltid ão quer faze r naquele m om en­ tem po você im agina que durariam aquelas
e influê ncia sôbre o que chega a nossos to ou som os s u fic ie n te m e n te fo rte s parâ publicações se nós adultos não as com
lares através do rádio e te le visã o , disse: perm anecer em nossos p rin c íp io s , sem prássem os? O que está havendo conosco
A linguagem que uso quando estou num co­ nos im po rtarm os com a pressão social? que pe rm itim o s que nossos padrões se
quetel é d ife re n te da que uso em casa ou Estas são algum as das perguntas que de­ corrom pam de ta l form a? Não aconteceu da
na Igreja e não con sid ero is to uma hipo­ veríam o s fazer a nós p ró p rio s se quizes- no ite para o dia. Não, aconteceu tão deva­
c ris ia ” . O utro dia numa de nossas próprias sem os en sin ar aos nossos flih o s o cam inho gar e s ü tilm e n te que a m aioria de nós nem
com unidades, alguns pais evidentem ente que nós m esm os de vería m os seg uir. m esm o está con scie nte que is to de fato
revoltados por alguma coisa, esvaziaram os ocorreu.
Em tôda parte na Igreja, ouço dos pre­
pneus de alguns carros da p o líc ia , a fim
siden tes de estaca e dos bispos o se­
de in te rfe rir no cum prim e nto da lei, e de­ C oncordo com D avid K lein que esta
g u in te com entá rio: “ Se não tivésse m os
pois d iv e rtira m -s e m u ito com entando o as­ corrupção m oral com eçou quando "o ho­
problem as com os pais, não os te ría m o s
sunto na presença de seus filh o s . mem o cide ntal com eçou a perder sua fé
com os jo v e n s ” . Como um povo, ace ita­
em Deus com o fô rça pessoal, com o árbi­
Quanto à c rític a ao tip o de film e s e x i­ mos hoje padrões de conduta que te ria m
tro de seu d e stino, com o ju iz suprem o de
bidos nas tela s hoje em dia, os produto­ sido to ta lm e n te Ina ceitáve is on tem . Por
suas ações. A idéia de que Deus criou o
res cinem atog ráfico s respondem que pro­ exem plo, a linguagem im unda e negra
homem tornou-se obsoleta; e v o lu ím o s ...
duzem sòm ente aquilo que o pú blico com ­ que é lida e ouvida sob o p re te xto de li­
A vida com eçou a se r encarada com o mais
pra. Dos v in te e um film e s exibid os aqui berdade de expressão está se tornando
ou menos acide ntal, o pecado tornou-se re­
recentem ente, só pude en contrar trê s que m ais e m ais aceitável na chamada so cie ­
la tivo , um assunto so cio ló g ico , e para mui
não indicavam nenhuma re s triç ã o ao pú­ dade re sp e itá ve l. A po rnografia tornou-se
to s uma pura fic ç ã o ... O homem ainda
b lico , por con ter m a terial que pudesse ser uma grande in d ú stria em m uitas pa rtes do
acreditava no ce rto e no errado, e ainda
ofensivo ou o b je tável, e esta censura fôra mundo. O chefe de p sicoterap ia de um dos
sabia quando estava e rra d o ... mas nãc
fe ita pela própria in d ú s tria cinem atográfica. m aiores h o spitais de W ashington diz: “ Um
m ais acreditava que havia ofendido a Deus
rapaz ou uma m enina norm al de doze ou
po r isso ou que estava su je ito a ser puni­
Uma cena, num dêstes film e s p e rm iti­ treze anos, expôsto à lite ra tu ra pornográ­
do por Êle.
do a tôdas as idades, s u je ito apenas à su­ fic a , poderia tornar-se hom ossexual. Moças
pervisão dos pais, provocou estrondosa e rapazes sadios expostos a anorm alida­ "A dife rença en tre v iv e r desta form a
gargalhada da audiência quando o bêbado des v irtu a lm e n te c rista liza m e esta bele­ e te n ta r v iv e r retam ente por causa dos
arrancou a blusa de uma m ulher, numa cem seus hábitos para o re sto da v id a .” m andam entos de Deus é profunda.

Outubro de 1970 15
" 0 que costum ava s e r uma ofensa a Como disse K lein: “ Se um pai precisa d i­ N ecessitam os pais com coragem , que
Deus tornou-se “ a n ti-s o c ia l"; um pecado zer a um jovem que sua vid a não tem se levantem e defendam o certo, que es­
tornou-se um c r im e ... O roubo fo i conde­ sig n ifica d o , com o pode dizer-lhe que não teja m ativa m ente envolvidos em todos os
nado porque a honestidade era a m elhor deveria tom ar drogas?" (Ib id ., p. 53). níve is de liderança; pais m odestos no ve s­
p o lític a . Tentava-se e v ita r ser in fie l à com ­ tir , no fa la r e na conduta; pais que não se
panheira porque poderia pre ju d ic a r as re la­ A menos que essas tendências sejam envergonham do Evangelho de Jesus C ris ­
ções conjugais. Devia-se fre q ü e n ta r os s e r­ re v e rsíve is, nada senão tra géd ia s nos es­ to ; pais que ensinam a seus filh o s que te ­
viços re lig io s o s para re s p e ita r as tra d i­ pera. Grandes im pé rios cairam porque mos um Pai no céu, que som os seus filh o s
ções. A v irtu d e tornou-se sua própria inex­ seu povo extraviou-se. O que fazer? e s p iritu a is , que êle nos colocou aqui para
plicáve l recom pensa, pois não havia o u tra " um grande e glo rio so propósito , que nos
(D avid Raphael K lein, “ E xiste s u b s titu to ama, que tem -nos dado m andam entos ju n ­
Cada adulto que entra em con tato com
para D eus?", Reader's D igest, m arço de tam ente com o liv re a rb ítrio , que recebe­
a vida de um jovem afeta êste indivíd uo
1970, p. 51-52). rem os recom pensas e punições segundo
de uma form a ou de outra. E ntretanto, os
nossas própria s ações: pais que aceitam
Êste tip o de do utrina não é estável. adultos que m ais profundam ente in flu e n ­
todos os m andam entos com o sendo dados
Muda com as m óveis areias do tem po, lu­ ciaram a vida dos jovens para o bem ou
por Deus, para serem obedecidos por essa
gar e circun stância s. Está su je ita às fa n ­ para o mal são os pais. Se devem os edu­
razão e por nenhuma outra; pais que não
tasia s, hábitos e filo s o fia s do hom em . Não, car nossos filh o s no cam inho que nós
têm ou tros deuses diante do Senhor, que
não há nada a que o homem possa ad erir mesm os deveríam os trilh a r, devem os v o l­
não com etem ad u lté rio , que não roubam,
com a segurança de que cada p rin c íp io re­ ta r às básicas, sim p le s, sonoras e im u­
que não cobiçam a m u lh er ou o m arido de
s is tirá à erosão da sociedade. táve is verdades do Evangelho de Jesus
seu próxim o, que não dão fa ls o te ste m u ­
C ris to e torná-las vivas em nossa vida. O
nho do seu próxim o; pais que amam o
A to le râ n c ia tem se tornado tão a ce i­ que precisam os hoje são pais conversos
Senhor seu Deus com tod o o seu coração,
tável na sociedade na qual vivem o s, que ao Evangelho de Jesus C ris to ; dispostos
com tôda sua alm a e com tôda sua m ente
m u itos de nós estam os receiosos de esta­ a aplicá-lo, acreditá-lo e praticá-lo ; que pa­
e que amam o próxim o com o a si mesmo.
be le cer sólida s e firm e s d ire triz e s para gam um dízim o honesto, que são hones­
nós m esm os e para a juven tude . Quão im ­ tos com seu próxim o e com seus deveres; É minha convicção, dou meu te ste m u ­
portante é haver regras e padrões pelos que re alm en te apoiam as A utoridade s da nho, de que êste é o único cam inho para
quais vivam os e que êsses padrões sejam Igreja e que ensinam o Evangelho aos seus a salvação da humanidade nessa vida, as­
baseados em sólido s fundam entos. É pre­ filh o s de ta l form a que êstes venham a sim com o na vida vindoura, em nome de
ciso haver sig n ifica d o para os padrões. am ar o Senhor. Jesus C risto . Amém ,

discurso de encerramento da conferência

Oração Pela Paz


Presidente Joseph Fielding Smith

I
rmãos e irmãs, penso que êste obras e g lo rifiq u e m a vosso Pai que está guiados por essa luz que Ilum inou cada
tem sido um dia m aravilhoso, nos c é u s ” (M t. 5:16). um que vem ao mundo e que por m eio
e ouvim os m uita coisa p ro ve i­ D eixo minhas bênçãos com tod os, m i­ dela possam ganhar sabedoria para re s o l­
tosa se souberm os guardá-las. nha certeza de que Deus está com seu ve r os problem as que acossam a huma­
Estamos chegando aos m om entos f i ­ povo e de que o tra balho no qual nos en­ nidade.
nais de outra grande C onferência Geral da gajam os triu n fa rá e progre dirá até que os S uplico ao nosso m ise rico rd io so Pai
Igreja. propósito s eternos do Senhor sejam que derram e suas bênçãos sôbre todos os
Reunimo-nos para apoiar a nossa P ri­ cum pridos. hom ens, sôbre os velho s e os jovens, sôbre
meira Presidência e para receber conselho Oro para que as bênçãos dos céus pos­ os que têm razão para lam entar-se, sôbre
e orientação do Senhor, através de seus sam e sta r e perm anecer conosco e com os fa m in to s e necessitados, sôbre os que
servos, os profetas. todos os homens. são v ítim a s do in fo rtú n io e de am bientes
Congregamo-nos para p a rtilh a r das Que os céus possam derram ar re tidão p e rnicioso s e sôbre todos aquêles que ne­
boas coisas do E sp írito , para s e n tir a in­ e verdade sôbre todo o mundo! cessita m de soco rro, ajuda, a u x ílio e sabe­
flu ê n cia que vem sòm ente do Senhor e Que todos os homens de tod o lugar doria e tôdas estas grandes e boas coisas
para c re s c e r em fé e em testem unho. possam escu tar e atender às palavras de que sòm ente êle pode dar.
V iem os para adorar o Senhor, para de­ luz e verdade que vêm dos servos do Juntam ente com tod os vocês, tenho
clara r nosso am or po r êle e nossa devo­ Senhor. am or, preocupação e com paixão pelos f i ­
ção à sua causa e viem o s desejosos em Que os p ropósito s do Senhor, entre lhos de nosso Pai em tôda te rra , e oro
nosso coração de guardarm os o manda­ todo o povo em tôda nação, possam ra pi­ que suas condições possam se r m elhora­
m ento que diz: “ Am arás ao Senhor teu dam ente se r cum pridos! das tem poral e e sp iritu a lm e n te ; oro que
Deus de tod o o teu coração, de tod o o Oro pelos m em bros da Igreja, que são possam chegar a C ris to , aprender dêle e
teu poder, m ente e fôrça; e em nome de os santos do A ltís s im o , que possam ser to m a r sôbre êles seu jugo , que possam en­
Jesus C ris to o s e rv irá s ” (D&C 59:5). fo rta le c id o s em sua fé , que os desejos de co n tra r descanso para sua alma, pois seu
S into que os p ropósito s da con ferê n­ re tidão possam aum entar em seu coração jugo é suave e seu fardo é leve. (Vide
cia foram a tin gidos. Estamos prontos ago­ e que possam re alizar sua salvação com M t. 11:29-30).
ra para s e g u ir nossos diversos cam inhos te m o r e tre m o r diante do Senhor. Oro para que os santos dos ú ltim o s
com uma dedicação renovada no engrande- Oro pelo bem e pela re tidão en tre tô ­ dias e todos que a êles se unirem na guar­
cim ento do trabalho de nosso Pai e com das as pessoas, que possam se r levadas a da dos m andam entos do Pai de nós todos,
a de term inação de usarm os nossa fô rç a e procura r a verdade, apoiar todo p rin c íp io possam v iv e r de form a a ganhar paz nesta
influê ncia para abençoar todos seus filh o s . verdade iro e ajudar na causa da liberdade vida e na vida eterna no mundo vindouro
A tentem os para seu conselho, que diz: e ju s tiç a . — tudo is to rogo em hum ildade e ação de
"A s s im resplandeça a vossa luz diante dos N esses tem pos a flitiv o s e d ifíc e is , oro graças, em nome do Senhor Jesus C risto .
homens, para que vejam as vossas boas para que todos os homens possam ser Am ém .

16 A LIAHONA
Uma h is tó ria v e ríd ic a relatada po r Lu cile C. Reading

E ra primavera. As montanhas arenosas verm e­


lhas que rodeiam Kanab, Utah, brilhavam ao
calor do sol. Os meninos ficaram contentes
por seu pai tê-los enviado em missão ao acampamento
Os meninos arregalaram os olhos de surprêsa, com
a beleza e a quantidade de cobertores que lhes fôra
apresentada. Enrolaram-nos, colocaram os rolos sôbre
os pôneis e voltaram para casa orgulhosos pelo bom ne­
indígena, distante vários quilôm etros do forte. Fôra di­ gócio que haviam feito.
vertido poder cavalgar em seus poneis através da vege­
tação verde-cinzenta em vez de capinar na horta como O pai os esperava quando chegaram. Seus olhos ar-
teriam que fazer se tivessem ficado em casa. regalaram-se de surprêsa quando retirou dos pôneis a
pesada carga e desenrolou os cobertores, mas nada dis­
Enquanto cavalgavam, levando um cavalo para ser se. Olhou cuidadosamente os cobertores e mantos, di-
negociado com os índios, falavam pouco, cada qual apre­ vidindo-os em duas pilhas. Os meninos esperavam que
ciando a beleza do mundo que os cercava, naquela sua­ êle falasse, mas trabalhou em silêncio. Ao term inar,
ve manhã de primavera. Era tão bom estar vivo! enrolou cuidadosamente os cobertores que tinha pôsto
em uma das pilhas e disse aos meninos que deveriam
devolvê-los.
Um velho chefe Navajo, chamado Frank, saiu a sau-
dá-los quando entravam no acampamento. No dia ante­
O dia parecia haver escurecido ao voltarem ao
rior havia dito ao pai dêles que desejava um bom cavalo
acampamento índigena, imaginando como poderiam ex­
e esperava que alguém lhe trouxesse um. O chefe Frank
plicar porque haviam voltado.
ajudou os meninos apearem de seus pôneis, olhou rapi­
damente para o cavalo que haviam trazido para negociar Mas o chefe Frank recebeu-os com um cálido sor­
e então apontou alguns cobertores mais além. riso. Ergueu seus velhos braços para receber de volta
o rôlo de cobertores e então antes que qualquer expli­
As côres e desenhos dos cobertores eram muito cação pudesse ser-lhe dada, disse: Sabia que vocês vol­
bonitos, mas Jacob, de 10 anos, havia advertido ao seu tariam . Sabia que seu pai não aceitaria tantos. Êle cuida
irmão menor, W alter, que deveriam agir de maneira de nós. É para nós um pai tam bém ” .
adulta e certificarem -se de fazer um bom negócio. Ba­
lançaram negativamente a cabeça e Jacob disse ao che­ Repentinamente o dia prim averil pareceu brilhar de
fe que o cavalo que haviam trazido valia m uito mais. nôvo, mais belo do que nunca, ao começarem a com­
preender quão sábio e querido seu pai, Jacob Hamblin
O velho índio hesitou sòmente por um momento e (Jacob Hamblin — conhecido como o apóstolo dos ín­
então trouxe dois mantos de búfalo e mais cobertores. dios (1819-1886), realm ente era.

O utubro de 1970 17
Um Dia Para as Mães
Lucy Parr

A
melhor parte de cada semana na escola No início da primeira página lia-se “ Dia
Navajo, pensou Slim Girl, ocorria quan­ das M ães” . Havia a figura de uma senhora.
do sua bela professora dizia a cada uma Suas roupas eram muito diferentes da blusa
delas que poderiam escolher qualquer livro das aveludada e da saia que sua mãe usava. Mas
estantes. O resto da tarde passavam lendo sô­ em sua face havia a mesma expressão de bon­
bre coisas e lugares estranhos e novos. dade e amor que Slim Girl tinha visto tantas
Cuidadosamente, Slim Girl colocou o livro vêzes na face de sua mãe, quando falava a uma
que escolhera sôbre a mesa, pausando por um das crianças.
momento, antes de abrí-lo e iniciar a leitura de “ Um dia para as mães", lia-se.
Dias Festivos. O coração de Slim Girl sentiu alegria ao
ler isto. Um dia especial reservado para hon­ mente do hogan. Procurou pelas vertentes das
rar as mães, com presentes, flôres e amor. colinas, entre os arbustos e matacões. Parecia
Se alguém merecia tal honra, era sua bon­ quase um sinal, pensou, de que seu plano era
dosa e paciente mãe. afinal bom. Jamais sonhara que pudesse en­
“ Farei is to ” , Slim Girl pensou. Ela reser­ contrar flôres, o bastante para encher as mãos,
varia seu próprio dia especial para dizer à mãe em tão pouco tempo!
quanto a queria. Voltou correndo ao abrigo de verão, cober­
Embora dizê-lo sòmente não seria o bas­ to de sapé, ao lado do hogan, onde encheu um
tante. vaso com água para conservar frescas as flô ­
Que poderia fazer? res. Ao lado do vaso colocou os mocassins e o
Não poderia dar-lhe o tipo de flôres apre­ cartão colorido. Oh, estava lindo. Seus presen­
sentado no livro. Nem poderia dar-lhe os ado­ tes pareciam-se um pouco, pelo menos, com as
ráveis presentes que essas mães sorridentes figuras do livro.
estavam recebendo. Êsses presentes eram de Slim Girl sorriu e retirou-se. Não havia
uma loja, tal como havia lido, muito mais ele­ tempo para sonhar — nem esta manhã.
gante do que o entreposto próximo à escola. Movendo-se tão silenciosamente quanto
Mas certamente deveria haver algo que possível, ascendeu o fôgo e começou a prepa­
pudesse fazer. rar o desjejum. Um cheiro agradável impregnou
Se procurasse cuidadosamente, talvez en­ o ar antes que tôda a sua família acordasse.
contrasse flôres silvestres que floresciam nas O pai saiu do hogan primeiro, passando a
vertentes das colinas e entre as rochas de sua mão no cabelo. “ Oh, ho", disse ao ver Slim Girl
terra. Um outro presente, seria fazer em se- curvada sôbre o fogo — “ O que está aconte­
grêdo um par de mocassins, tal como sua mãe cendo?”
havia-lhe ensinado, embora êste devesse ser A mãe estava logo atrás dêle. “ Que sur­
muito mais belo do que qualquer outro que t i­ prêsa” , exclamou, vendo que o desjejum que
vesse feito antes. Slim Girl preparava estava quase pronto.
Sua ansiedade crescia. Precisava fazer Timidamente, Slim Girl voltou-se para os
isto por sua mãe. presentes. “ Para você — para dizer-lhe que a
Hesitantemente, foi à mesa da professora, amo muito e sou-lhe grata” .
esperando em silêncio, até que ela a atendeu. Lágrimas brilhantes inundaram os olhos
“ Por favor, disse timidamente, poderia da mãe, ao ver as flôres e ao tocar os mocas­
dar-me uma fôlha de papel? É para minha mãe, sins. “ Que lin d o ” , exclamou.
tomou fôlego, para fazer um cartão para minha E as lágrimas correram-lhe pelas faces
mãe.” quando Slim Girl disse — “ Hoje farei o traba­
Pacientemente, com lápis de côr, copiou lho no hogan. Cuidarei das crianças. Hoje a
as flôres e os enfeites das figuras do livro. Na senhora estará livre de trabalho e preocupa­
parte interna escreveu as palavras de amor que ção” .
sentia cada vez que pensava em sua mãe. A mãe sorriu entre lágrimas. — “ Quase
Passou vários dias preparando os mocas­ que não saberei o que fazer nêste dia.” E en­
sins, em segrêdo, para fazer-lhe uma surprêsa. tão assentiu. “ Visitarei minha irm ã” . Juntas
No dia seguinte não haveria aula, e finalmente poderemos procurar as plantas que usamos
seus planos e preparativos estavam term ina­ para tin g ir os tapêtes, que vendemos no entre­
dos. posto ” .
Acometida pela ansiedade e a dúvida, Slim “ Uma ótima e feliz maneira de passar par­
Girl não conseguiu adormecer. Seria esta ape­ te dêste dia que minha filha me proporcionou” .
nas uma idéia tôla devido a não te r podido equi­ Olhando ao redor, a mãe acrescentou —
parar seus presentes às adoráveis coisas que “ Mas não ficarei o dia todo. Desejo passar a
eram apresentadas no livro? maior parte dêste dia aqui em casa” . Durante
Na manhã seguinte, quando acordou, a au­ tôda a refeição matinal um sorriso de felicida­
rora era apenas uma tênue luz no oriente. de permaneceu nos lábios da mãe.
Prendendo a respiração e movendo-se suave­ Isto é uma ótima coisa, pensou Slim Girl,
mente como um brisa prim averil, saiu furtiva­ um dia especial para as mães.

O utubro de 1970 19
Uma Festa ra hora do recreio. Pat e Peggy sentaram nos

Para os Inimigos E degraus da escola e ficaram observando os


meninos brincando juntos. Nunca foram convi­
dadas a participar. Estavam contentes por serem gê­
meas, pois não teriam que fica r totalm ente sós na nova
escola, mas cada qual sabia quão solitária a outra sen­
tia-se. Parecia-lhes impossível fazer amizades. Frequen­
tem ente conversavam sôbre o divertim ento que tinham
tido na escola antes que o trabalho de seu pai tivesse
tornado necessário que se mudassem para uma estranha
e grande cidade.
Pat e Peggy concordaram que a menina mais conhe­
cida em tôda a escola era uma linda loira chamada Lolla.
Estavam certas de que se pudessem fazer amizade com
ela as outras meninas e meninos não mais as evitariam
ou aborreceriam como vinham fazendo. Mas a cada dia
Lolla parecia inventar uma forma diferente de atormen­
tar Pat e Peggy e im pedir de todo je ito que as outras
crianças fizessem amizade com elas.
Após o jantar daquela noite, papai pôs de lado o
jornal, encarou as duas meninas que estavam sentadas
carrancudas no outro lado da sala, nem mesmo interes­
sadas no programa de televisão, e abanou a cabeça.
Voltou-se como se fôsse ler seu jornal, mas em vez dis­
so sentou-se com a cabeça baixa em profunda m edita­
ção. Finalmente sorriu consigo mesmo, fitou Pat e Peggy
e convidou-as a virem sentar-se nos braços de sua
poltrona.
"Agora digam -me” , disse êle, — “ O que há de erra­
do com vocês que estão sempre felizes?” As gemeas
trocaram olhares, mas não responderam. Em seguida,
papai fêz outras perguntas — “ Há algo errado na esco­
la? É m uito d ifíc il para vocês? Estão triste s porque nos
mudamos?”
Inicialm ente não houve respostas, mas quando
Peggy começou a falar-lhe de sua solidão, Pat interrom ­
peu e ao começarem a falar parecia que não podiam
parar. Tôda a história do tratam ento hostil na escola
desabou em seus ouvidos atentos.
Quando finalm ente term inaram , papai disse: — "Já
sei o que faremos. Vamos dar uma festa".
No prim eiro momento Pat e Peggy ficaram encan­
tadas. Conversaram excitadamente sôbre sorvete, bôlc
e grandes balões vermelhos, mas então pararam. “ Mas
a quem poderemos convidar para a festa?", exclama­
ram. — “ Não temos nenhum am igo". E começaram a
chorar novamente.
Os olhos do pai brilharam ao responder: — “ Oh,
agora não nos preocuparemos em convidar amigos. Será
uma festa para os inim igos. Convidaremos tôdas aque-
meninas e meninos inamistosos de sua classe e ve-
o que acontecerá” .
E foi exatamente isto que Pat e Peggy Mc Evory
fizeram. Quase todos os convidados compareceram. Ao
sairem todos declararam te r sido esta a melhor festa de
que já participaram.
Embora todos tivessem se divertido muito, nunca
mais Pat e Peggy deram outra festa para os inimigos.
Não haveria ninguém para convidar, pois, como por um
passe de mágica, tinham sòmente amigos na escola. Es­
pecialmente Lolla!

Uma h is tó ria ve ríd ica relatada por Lucile C. Reading

20 A LIAH O N A
ajuventudesabre: Aprender a 1rabalhar
O Bispo Presidente Fala A “| ^T l

Bispo John H. Vandenberg

ra costume na antiga Israel A juventude é a época para escritó rio do editor. Entre êstes es­

E o pai co nfe rir um d ireito


de prim ogenitura, consis­
tindo em uma bênção especial ou
um dom ao seu filh o mais velho. O
aprender a trabalhar e apreciar o
trabalho. A oportunidade de apren­
der a trabalhar escapa a cada dia
passado na ociosidade, perdendo-
tavam jovens com roupas sujas e
rasgadas, cabelos cobrindo as ore­
lhas, mãos sujas, sem gravata e sa­
patos mal atados e sujos.
portador do d ireito de primoge­ se, em conseqüência êste inestim á­
“ O jovem felizardo o bastante
nitura usualmente guardava esta vel d ireito de nascimento.
para conseguir esta vaga nestas fé ­
posse cuidadosamente e com gran­ A falecida Helen Keller, que per­ rias terá que esforçar-se m uito. A
de estima. deu a visão e audição quando crian­ competição nunca foi tão dura. Os
ça, aprendeu o valor e a alegria do empregadores podem dar-se ao lu­
Cada um de nós hoje em dia tam ­
trabalho. Disse ela certa ocasião, xo de fazerem rigorosa seleção e
bém tem um d ireito de prim ogeni­
“ Minha parte no trabalho do mun­ examinarão e escolherão os que pa­
tura — uma prim ogenitura que nos
do pode ser lim itada, mas o fato de recerem mais alertas, perspicazes e
torna capazes de moldarmos nosso
que é trabalho torna-o precioso". preparados.
caráter e vida da forma que deseja­
mos. Esta prim ogenitura ou dom é O valor do trabalho não pode ser
“ Neste jornal tôda tarde há co­
o d ireito e habilidade de trabalhar. aprendido vicàriam ente. A juventu­
lunas de anúncios de emprêgos e a
Um jovem que conhece a alegria de de deveria u tiliza r sua engenhosida-
m aioria dos rapazes que candidata­
trabalhar, verdadeiram ente tem uma de em procurar sadias oportunida­
ram-se ao emprêgo de mensageiro
inestimável prim ogenitura, a qual des de trabalho.
do jornal, nem sequer deveriam tê-
abrirá muitas das portas do suces­ Os Quoruns do Sacerdócio e lo fe ito . O cetro do despreparo os
so na vida. classes das A uxiliares poderiam espreita em tôda parte a que vão".
ajudar a encontrar emprêgos.
Embora a prim ogenitura seja uma Exorto-os a aproveitarem a opor­
posse valiosa, há quem não reco­ Ao procurar emprêgo, os jovens tunidade, durante êstes próximos
nheça seu grande valor. Lemos que deveriam te r vários pontos em meses, de aprender a trabalhar —
Esaú, o filh o mais velho de Isaac, mente: não pelo dinheiro que possam con­
vendeu sua prim ogenitura a Jacob, 1. Trabalho aos domingos deve­ seguir pelo seu trabalho, mas pelo
seu irmão mais nôvo. Paulo, refle ­ ria ser evitado. que se tornarão devido a êle.
tindo sôbre êste incidente aconse­ 2. O trabalho deveria ser pro­ O Senhor disse: “ Agora, eu o Se­
lhou os hebreus com estas pala­ curado sòmente nos lugares onde nhor, não estou bem satisfeito com
vras: “ E ninguém seja fornicário, o ambiente perm ite manter os pa­ os habitantes de Sião, pois entre
ou profano, como Esaú, que por um drões da Igreja. êles existem ociosos; e seus filhos
manjar vendeu o seu d ireito de p ri­
3. O trabalho deveria ser pro­ estão também crescendo em ini­
mogenitura.
curado perto de casa. qüidade; não buscam sinceramente
“ Porque bem sabeis que, queren­ Em adição a êstes itens, um jo ­ as riquezas da eternidade, mas
do êle ainda depois herdar a bên­ vem deveria estar consciente de seus olhos estão cheios de avidez.
ção, foi rejeitado, porque não achou sua aparência pessoal e com porta­ “ Estas coisas não deveriam exis­
lugar de arrependimento, ainda que, mento. Asseio, cabelo bem cortado tir e devem ser abolidas de seu
com lágrimas o buscou." (Hb. e penteado e roupas limpas serão m eio". (D&C 68:31:32)
12:16-17) sempre considerados favoravelm en­
te pelo empregador. Nas palavras de Charles Kings»
A mensagem que Paulo estava ley: "Agradeça a Deus cada manhã
transm itindo por meio dêste exem­ O seguinte artigo, concernente a ao levantar-se por te r algo a fazer
plo de Esaú é a de que não pode­ êste assunto foi publicado num neste dia, que deva ser fe ito , goste
mos recuperar, mesmo através do jornal. ou não. Ao ser forçado a trabalhar
arrependimento, o que foi desper­ “ A m aioria dos jovens que res­ e forçado a fazer o m elhor possí­
diçado ontem. Verdadeiramente, po­ ponderam a um anúncio dêste jo r­ vel, desenvolver-se-á em você a
demos nos arrepender e sermos nal, oferecendo vaga para mensa­ temperança e auto-contrôle, diligên­
perdoados, mas jamais poderemos geiro, havia abandonado o colégio, cia e fôrça de vontade, disposição
recuperar o que perdemos por des­ o que fêz com que fôssem elim ina­ e alegria e centenas de virtudes
perdiçarmos nosso tempo. dos sem nem mesmo chegarem ao que o ocioso jamais conheceu” .

O utubro de 1970 21
Devemos a nos­
Pergunta: so Pai Celestial e
à nossa Igreja a
obrigação de ensinar o Evangelho
Jovens Atendem
ao Chamado
ao nosso próximo. É um chamado
específico para os jovens serem
missionários. Quais são suas obri­
gações para prepararem-se para a
experiência de uma missão?

David Wakeling

R e s n o s ta * Onde estaria você hoje se nin- Evangelho. Certamente não é uma tarefa fácil quando
.r * guém tivesse ensinado o Evangelho a as morais do mundo estão em tal decadência hoje em
você ou aos seus ancestrais? Quão dia, e quando beber e fumar parecem contribuir para a
perdidos estaríamos se derepente nos achássemos des­ sociabilidade. Em nossa Igreja há sòmente um padrão
pojados do conhecimento de que Deus vive, de que êle de moralidade e êste aplica-se tanto aos homens como
ouve e responde nossas orações, de que através do ba­ às mulheres. O padrão da Igreja está certo, é divino,
tism o por imersão por aquêles que têm autoridade e contribui para uma honrada masculinidade e virtuosa
mediante a observância de todos os mandamentos de fem inilidade, lares felizes e para a perpetuação da na­
C risto nos capacitaremos a obter a salvação e a exal­ ção. É nossa obrigação prepararmo-nos para sermos
tação para novamente habitarmos com nosso Pai no céu. dignos de representar a Igreja, certificarm o-nos de que
somos suficientem ente maturos, e acima de tudo, te r­
Todos sabemos quão fam intos ficamos quando abs- mos bom caráter. Necessitamos conservar-nos prepara­
temo-nos de duas refeições e quão terrivelm ente fam in­ dos fisicam ente. O trabalho m issionário é exigente, a
tos quando abstemo-nos de três ou mais. Isto se dá com mudança de clima é frequentem ente d ifíc il no início. A
as pessoas que não pertencem à Igreja e vivem em tre ­ saudade e o desencorajamento aparecem muitas vêzes.
vas. Têm fome de verdade e de conhecimento de Deus. A menos que estejamos preparados fisicam ente, cede­
Ansiosamente esperam por alguém que lhes traga. remos sob o esforço.

O mais valioso chamado na vida é aquêle pelo qual Todo élder tem a obrigação de ser um cavalheiro
o homem pode m elhor se rvir a seu próxim o — lutar cristão. Um cavalheiro — alguém que nada tem a escon­
para tornar vidas melhores e mais fe lize s.” . . . quando der, nenhum olhar abatido devido a consciência culpada,
o fizestes a um dêstes meus pequeninos irmãos, a mim alguém que é leal — leal à verdade, à virtude, à Palavra
o fize ste s” . (M t. 25:40) A nenhum outro grupo de ho­ de Sabedoria, honesto consigo próprio e ao julgar os
mens, em todo o mundo, é dada m elhor oportunidade outros, tão fie l à sua palavra quanto à lei. Um élder que
de engajar-se no mais nobre chamado da vida do que sai para cristianizar o mundo deveria ser um homem
aquela dada aos élderes da Igreja de Jesus C risto dos assim.
Santos dos Ú ltim os Dias. Suas vidas são dedicadas em
tôda extensão de seu esforço individual para estabele­ É nossa obrigação preparar-nos para servir a Deus
cer a salvação e a paz — seus talentos e meios são con­ com todo nosso coração, poder, mente e fôrça, para
sagrados a tornar o mundo um lugar m elhor e mais agra­ que possamos permanecer sem culpa perante êle no
dável ao homem. O propósito da nossa Igreja é o de aju­ últim o dia. (Vide D&C 4:2)
dar os homens a viverem as leis perfeitas e as regras
do Evangelho — prepará-los para viver na presença de “ Eis que o campo já está branco, pronto para a
Deus no reino celestial. Podem fazê-lo sòmente pela ceifa; portanto, quem deseja ceifar, que lance a foice
aceitação do Evangelho de Jesus C risto. com sua fôrça e ceife énquanto durar o d ia . ..

Para fazer uma missão, necessitamos anos de pre­ “ Sim, quem lançar a sua foice e ceifar é chamado
paro, através da oração, vida reta e limpa e estudo do de Deus". (D&C 11:3-4).

22 A LIAH O N A
Jovens, Usem
os Dons
Percy K. Fetzer
R epresentante Regional dos Doze, ex-Presidente da M issão de B erlim

N ossa apreciação do Evangelho de Jesus C risto é muitas ve­


zes dependente dos nosso contato com aqueles que pro­
fessam amor e devoção por seus princípios.

Para ilustrar mais claramente esta afirmação, lembramos um


poema narrativo que fala de um leilão. O leiloeiro apresentou um
velho violino, salientou suas virtudes e então, começando de um
preço obviamente baixo, pediu que fizessem os lances. Ninguém se
interessou pelo pregão do leiloeiro ou pelo velho violino e mesmo
a preço baixo não havia ofertantes.

Nesse momento um velho aproximou-se e pediu permissão para


tocar o instrum ento. Seu desejo foi concedido. Afinou as cordas e
com hábeis mãos e a aparência de quem amava o velho violino, en­
cantou seus ouvintes com maravilhosas e inspiradas notas.

A música cessou, mas a admiração continuou. O leiloeiro to r­


nou a apresentar o violino. Foi quase com reverência que o preço
de oferta indicou a mudança de sentim ento entre a audiência. O vio­
lino foi vendido por uma importância respeitàvelm ente alta.

O velho não tinha mudado as características do violino entre a


prim eira e a últim a oferta. Com maestria, havia demonstrado o po­
tencial do instrumento. Era o mesmo violino, mas havia elevado
a estim ativa do valor do violino no coração de seus ouvintes.

De modo semelhante, o Evangelho do Filho de Deus poderá não


te r quem por êle se interesse, por não te r sido favoravelmente de­
monstrado às pessoas, por aquêles que professam possuí-los e guar­
dá-lo como herança..

Como membros da Igreja de Jesus C risto dos Santos dos Ú lti­


mos Dias, têm sido colocados em nossas mãos os instrum entos sa­
grados, que têm valores eternos. M uito depende de como os usa­
mos diante daquêles que foram colocados dentro da área a nós
designada.

O utubro de 1970
De Deus e dos Pais
Linda Campora

ocê foi um espírito valente na pré-existência e alguma vez em fica r uma noite em casa com as crianças

V quando os dois planos foram apresentados, vo­


cê não pôde conter seu entusiasmo e esperança
de ser capaz de receber um tabernáculo de carne e os­
sos a fim de começar de nôvo nova vida na terra. Embo
menores a fim de que êles possam ir ao cinema ou esta­
mos sempre m uito ocupados em nos divertirm os? Ma­
mãe usa sòmente uma vez a blusa nova e então nos
apoderamos dela?
ra tivesse detestado deixar o lar glorioso de seu amado
Pai, duas pessoas na terra estavam orando por você e Pense no sofrim ento de Alma, o pai de Alma, o
aguardando esperançosamente sua chegada. Moço. Seu filh o era verdadeiro criador de problemas:
um anjo do Senhor têve que torná-lo mudo antes que se
Acredito que é isto que Nefi queria dizer, ao decla­ arrependesse e se tornasse um poderoso m issionário.
rar: “Eu, Nefi, tendo nascido de bons pais” (I Ne 1:1],
Obediência, respeito e honra são m uito importan­
Quais são as responsabilidades da juventude para com
seus bons pais? tes, mas a m aior dádiva que pode ser oferecida é viver
bem, guardando os princípios do Evangelho e te r um
testemunho im perecível. Isto inclui te r como meta o ca­
Se Deus têve fé o bastante para confiar a estas
samento no tem plo. Esta é a única coisa que nos per­
duas pessoas um dos seus espíritos escolhidos, seus
m itirá te r uma fam ília e um lugar no reino celestial de
bens mais preciosos, não deveria a juventude te r su fi­
nosso Pai.
ciente fé no juízo do Senhor e ouvir os conselhos de
seus pais, obedecê-los respeitá-los e honrá-los? A fim de sermos dignos do casamento no templo,
precisamos viver sempre uma vida limpa. O período de
Confiamos em nossos pais ou lhes dizemos — “ Vo­ adolescência é o que mais preocupa e aborrece aos pais.
cês não compreendem?” Compartilhamos com êles nos­ Conhecem os fo rtes impulsos e emoções que estamos
sas vidas ou passamos nas pontas dos pés pelo seu começando a experim entar. Suas próprias experiências
quarto, onde nos esperam com as luzes acesas, ao vol­ também foram adoráveis descobertas. Apenas desejam
tarmos de um passeio? Podemos esperar que confiem ajudar e orientar.
em nós quando lhes mentimos sôbre lugares, horas e
amigos? Podemos dizer — "Esta é mamãe e êste é pa­ O espírito que veio era puro, ansioso, valente e es­
pai" e orguiharmo-nos disto ou nos tornarm os tão des­ colhido. Deveríamos viver tendo em mente um só pen­
prezíveis quanto algumas pessoas, quando referem-se samento e um só objetivo: retornarm os tão puros e
a êles como "minha corôa” e “ meu velho"? Pensamos escolhidos como quando viemos.

24 A LIAHONA
Um dos mais ricos auxílios didáticos que se conhe­ profunda pesquisa. Como se sentiam? Como pensavam?
ce é uma boa história bem contada. Uma boa história As passagens das Escrituras devem ser citadas de
quando lida torna-se uma boa história morta, exceto se memória. A linguagem bíblica é maravilhosamente po­
deixarmos os alunos lerem-na por si mesmos na Bíblia. derosa e eloqüente. A continuidade e o contato visual
Bem contar as histórias de Abraão, José, Daniel, são mantidos quando você narra a Escritura de pessoa
Jesus ou de Paulo, é colocar-se no lugar dêles por al­ a pessoa. Indiretamente, você estará dando exemplo de
guns momentos. Isto exige empatia, tanto quanto uma memorizar as Escrituras à sua classe.

tórias das Escrituras demandam nossos melhores es­


A Arte de forços em ajudarmos as crianças a entendê-las e com­
partilharem nossas convições e sinceridade. Uma his­

Contar Histórias tória não será mais convincente do que o professor que
a relata.

Planejamento e Preparação
Ewan H. Mitton Uma história das Escrituras requer muita prepara­
ção, não sòmente é necessário aprender o seu teor, mas
arte de contar histórias é parte essencial da sentir suas qualidades espirituais e ver suas aplicações
instrução religiosa. na vida moderna. Tendo percebido seu significado e im­
A fim de ensinarmos efetivam ente as verda­ portância, o professor eficiente sentirá uma "intensa ne­
des do Evangelho aos nossos filhos, precisamos nos fa­ cessidade de partilhar com outros o que o tocou tão pro­
m iliarizar com as técnicas de preparação e narração de fu n d a m e n te ... não intelectualm ente apenas, mas com
histórias. Em particular, as lições que contenham his- o coração e o espírito. Através do entusiasmo e estí­
mulo do professor as crianças podem criar amor pelas
Ewan H. M itton é professora assistente de música no Oregon Col- histórias das Escrituras e desenvolver uma grande apre­
lege of Education. Cantora de concêrto e ópera, tem se apresentado ciação pelo Evangelho.
em vários lugares na América do Norte e na Europa. Foi solista
com o Côro do Tabernáculo durante a excursão pela Europa em As histórias do Evangelho são para adultos e de­
1955. Tem lecionado na Primária, na Escola Dominical e na A M M
vem ser entendidas nêste nível antes de serem inter­
e presentemente canta no Côro da Estaca de Salem (Oregon).
Casada com George L. M itton. O casal tem 4 filhos. São membros pretadas pelas crianças. Aqui não há substituto para a
da Ala III da Estaca de Salem. preparação. Enquanto os manuais nos assistem bastan­
te em encontrarmos o tratam ento e o vocabulário que
as crianças possam captar, o espírito e o testemunho
que expressamos são enriquecidos por nosso entendi­
mento das histórias tal como são narradas nas Escritu­
ras. Frequentemente podemos precisar de um fundo de
informações suplementares sôbre uma história, em
obras de referência ou em comentários das Escrituras.

Devemos então nos empenhar em tornarm os a histó­


ria viva em nossa mente e
parte da nossa experiência,
de forma que possa ser rela­
tada com vivacidade e com
sentimento.

É importante ser fie l à his­


tória original. Um bom conta­
dor de histórias nunca impro­
visará, tentando aprimorá-la.
Qualquer história digna de
ser contada é interessante
sem rebuscamentos. Também,
não deveríamos perder a sim ­
plicidade e eficácia de uma
história para crianças, devido
a elaboração de detalhes ir­
relevantes.

O utubro de 1970 25
Talvez não compreendêssemos tanto sôbre Jesus As crianças podem ajudar na apresentação de uma
e seu Evangelho se êle não tivesse contado histórias história bíblica que já conhecem, completando detalhes
(parábolas). Você pode imaginar uma resposta melhor ou respondendo perguntas. Antes de ressuscitar a Lá­
para a pergunta “Quem é meu próximo?” do que a his­ zaro do túmulo em que jazia, diz a Bíblia que “Jesus
tória do Bom Samaritano? chorou”. Estava com mêdo? Como isto mostrou seu
Seu testemunho, grande ou pequeno, será refleti­ amor por Lázaro, Maria ou Marta? (Vide João 11:35)
do em tôda história que você conta. Uma história sem Um bom contador de histórias tem a premente ne­
meditação, preparação, sem profunda convicção pessoal cessidade de partilhar com os outros o que o tocou pro­
é hipócrita e desonesta. funda e pessoalmente.

O interesse será aumentado se a história puder ser E então, apreciaria a si mesmo como contador de his­
relacionada à vida das crianças. Depois de compreender tórias? Um gravador pequeno é pouco dispendioso e
integralmente todos os aspéctos da história intelectual vale cada centavo que custou em têrm os de desenvol­
e sentim entalm ente, deve-se perguntar — “ O que dese­ vim ento dos seus dons de oratória.
jo que minha classe aproveite nessa história? O que ela
Outra forma de praticar é contar histórias a seus
ensina? Como posso relacionar isto à experiência da
filhos e seus amigos, treinando constantemente. Contar
classe?” Devemos fazer pelas crianças o que Nefi fêz
histórias ajuda a torná-las mais claras em sua mente e
pelo seu povo, “ adaptando tôdas as Escrituras à nossa
como na improvisação musical, as idéias brotam ao con­
utilidade e instrução" (Vide l Ne 19:23). Em outras pa­
tá-las, como não acontece de nenhum outro modo.
lavras, precisamos procurar constantemente paralelos
e exemplos na vida moderna que tornam mais significa­ Deixe que suas palavras sugiram o que pode ser
tivas as nossas histórias para os dias de hoje. percebido, tocado, experimentado, visualizado e ouvido.
Deixe as crianças sentirem sua personalidade e con­
Prática e Apresentação vicção. Aceite as sugestões e considerações dos adul­
tos que visitam sua classe.
Contar histórias com sucesso requer prática, tanto
na classe como fora dela. O professor poderá encontrar Antes de contar uma história, tenha em mente, com
muitas oportunidades de praticar, se as procurar. clareza, os detalhes. Uma valiosa forma de abordar uma
história que já ouviu ou contou várias vêzes, é imaginar
Ao treinar a apresentação da história diante do es- que a está ouvindo pela prim eira vez. Escute-a em sua
pêlho, antes de dar a aula, descobrirá várias maneiras mente. Observe-a de vários ângulos, procurando novas
de melhorá-la. Você fica assim animado quando dá relações e significados. As crianças podem ajudar a
aulas? Os seus gestos ajudam efetivam ente a exprim ir apresentar uma história que já conhecem, completando
suas idéias e sentimentos? Êste procedimento também detalhes ou respondendo perguntas que levarão a nova
prevenirá m aneirismos indesejáveis e gestos desneces­ profundidade e entendimento.
sários que distraem a atenção da história.
As histórias do Evangelho permanecerão sempre
Outro auxílio inestimável para auto-avaliação e apri­ vivas na mente e estimularão espiritualidade se adequa­
moramento é o gravador de fita . Se possível, grave a his­ damente preparadas, com devoção e narradas imaginosa
tória que vai narrar e ouça-a, considerando a sua técnica. e convictamente.

Nada há mais enfadonho ou arrazador em uma li­ Cada história deveria ter um ponto central, idéia
ção do que ler uma história tal como está no manual. ou objetivo. Aumentar a história implica atrapalhar o
Uma história bíblica será tão brilhante ou cacête aprendizado. Observe novamente as histórias de Jesus:
quanto você a fizer! Uma narrativa bem feita não depen­ são simples e diretas.
derá muito dos auxílios visuais ou do número de vêzes Uma boa história nem sempre responde a tôdas as
em que você a leu antes de transmití-la, mas da sua perguntas do ouvinte. As histórias de Jesus frequente­
compreensão da história, do seu testemunho pessoal e mente terminavam com uma pergunta. O ouvinte tinha
da sua habilidade em contá-la no nível das crianças. que tirar suas próprias conclusões.

26 A LIAHONA
0 Homem que Lembro Melhor
George Durrant

A
Ala para a qual nos mudamos um dêles em particular. Escutava Jamais pregou a nós, embora a
alguns meses atrás está cuidadosamente tudo que falavam. form a como nos ouvia nos fizesse
conquistando rapidamen­ As crianças sabiam que êle as desejar sermos melhores. Não era
te nosso coração. Suponho que aapreciava. conhecido como um professor ma­
lembrança da antiga Ala, que era Quando nossos bebês foram gistral nem um grande erudito, mas
tão querida para nós, se desvane­ abençoados, êle estêve comigo jun­ através dêle sentíamos fôrça e sa­
cerá assim que as experiências da to com os demais portadores do bedoria. Irradiava um espírito que
nova Ala tornarem-se parte da nos­ Sacerdócio que m inistraram a or­ nos levava a respeitá-lo e confiar
sa vida. Mas recordarei sempre a denança. Quando nossos filho s nêle. Não tanto o que dizia que nos
felicidade que tivem os na Ala da aproximaram-se da idade de serem influenciava, mas aquilo que era.
qual nos mudamos recentemente. batizados, falou-lhes sôbre a im por­
tância desta grande ordenança. Ao Quando veio nos ver, um de seus
Havia muitas boas pessoas. Sem­
entrarem nas águas, lá estava co­ dois filhos, portadores do Sacerdó­
pre sentim os que nossos filho s es­
mo testemunha e regozijou-se co­ cio Aarônico, o acompanhou. Êle
tavam nas melhores classes da
nosco. Suas mãos foram colocadas amava seus filhos. Nossos filhos
Igreja, porque conhecíamos e amá­
sôbre a cabeça dêles, junto com as gostavam de recebê-los para con­
vamos seus professores. Fôra sem­
minhas, quando os confirm ei mem­ versar sôbre esporte e natação.
pre emocionante sentar com meus
bros da Igreja. Quando nosso filho
amigos Sumo-Sacerdotes, sob a di­
mais velho fo i ordenado diácono, Antes de nos mudarmos, fizemos
reção de homens inspirados. Nosso
êste homem veio nos congratular. um pic-nic no gramado do quintal.
bispo era uma fonte de fôrça para
Quando tive que me ausentar da Êle veio com sua fam ília, era nosso
nós e sempre tivem os uma genuí­
cidade a negócios, telefonou diaria­ convidado de honra. Trouxe sorve­
na sensação que nos amava e, o
mente para minha casa, a fim de sa­ te com pêssegos, fe ito em casa. Ao
que é mais importante, desejava o
ber se minha fam ília estava bem. despedirmo-nos, lágrimas vieram
melhor para nós.
Tôda semana, ao entrarm os na ca­ aos nossos olhos.
Mas é de um dos membros de pela, êle nos procurava para nos
nossa Ala, em particular, que me­ cum prim entar. Certa vez, quando Sim, lembro com afeto das lem ­
lhor me recordo. Êle vinha frequen­ fiquei doente, êle e outro irmão vie ­ branças de nossa antiga Ala. Lem­
temente à nossa casa. Quando che­ ram à nossa casa para m inistrarem bro de muitas das pessoas de lá.
gava, chamava cada um de nossos a mim. M uitas vêzes ajoelhou-se Mas o homem que lembro melhor
filhos pelo nome e falava a cada com nossa fam ília e orou conosco. foi meu m estre fam iliar.

Acompanhamento ao Õrgão para as Jóias Sacramentais


_______ _____________________ I______________________________________ R o y M . D a rle y
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3 •'------ H- . J ■
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Jóias Sacramentais
Escola Dominical Júnior Escola Dominical Sênior
“Porque não me envergonho do evangelho de “Bem-aventurados os limpos de coração, por­
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação”. que êles verão a Deus.”
(Romanos 1:16) (Mateus 5:8)

O utubro de 1970 27
ão era pequena a tarefa de providenciar banhos

Ela N para dez crianças e seus pais nos sábados à


noite, embora fôsse mais fácil aquecer água
no nôvo fogão, com recipiente para água embutido, do
que usar panelas para fazê-lo no velho fogão a carvão.

Mamãe, apoiada num dos joelhos, esfregava cada

Esfregava uma das crianças pouco dispostas ao banho por vêz, ins­
pecionando cuidadosamente os resultados. Agora, quase
meio século depois, parece-nos evidente que mamãe não
esfregava apenas nossa pele — ao fazê-lo, limpava tam ­
bém nossa alma para o Sábado.

Nossas Almas Quão bem recordo a história que contava sôbre uns
índios que se aproximaram da porta, quando apenas duas
meninas estavam em casa com sua mãe (a avó de m i­
nha mãe). Que deveriam fazer? Mas, certamente, con­
Lindsay R. Curtis fiavam no Senhor e ajoelharam-se em oração antes de
abrirem a porta da cabana fe ita de troncos.

Dr. Lindsay R. Curtis, Bispo da 2.* Ala do Weber State College


(U ta h ), é ginecólogo e escreve sôbre assuntos médicos para vários
jornais.

A LIAHONA
Examinando a cabana, os índios devem te r com­ Mamãe não tinha que nos dizer quão importante
preendido que a m ulher estava só e desprotegida. Não em nossa vida eram os m estres fam iliares. O fato de
obstante, contentaram-se com a comida que lhes foi da­ cada um deixar o que estava fazendo para dar-lhes tôda
da e seguiram caminho, deixando ilesas a mãe e as atenção e respeito falava por si mesmo. Se naqueles
crianças. dias já houvesse televisão, seria a prim eira coisa a ser
desligada. Depois do nosso bispo, os mestres fa m ilia­
Lembro-me da história que certa mãe pioneira con­ res eram considerados os amigos mais próximos e im ­
tava, a respeito da luva cinza, sem dedos, tricotada a portantes da fam ília.
mão, com um bordado verde ao redor, que usava como
Nunca se disse uma palavra indelicada sôbre o bis­
cofre quando era criança, para economizar seu dízimo,
po ou sôbre outra autoridade qualquer. Não se admira,
centavo por centavo. Após o que pareceu uma eternida­
pois, que tenhamos crescido para amar os irmãos e res­
de à sua mente infantil, economizara finalm ente dez
peitar seu conselho.
centavos, que orgulhosamente entregou ao bispo para
que êste lançasse seu nome nos registros de dízimo da Tornou-se parte de nossa vida a caridade e a abne­
Igreja. Com êsse comêço, a pequena luva cinza come­ gação. Sempre tivem os jantar suficiente aos domingos
çou a “ abrir as janelas do céu" (M t 3:10) para essa me­ para servir bons pratos de comida a algumas das viúvas
nina. O Senhor derramou tantas bênçãos sôbre ela, que mais idosas da Ala, a quem mamãe “ adotara", quando
mal podia recebê-las. Ao crescer o conteúdo da luva era Presidente da Sociedade de Socorro. Não foram des­
cinza, crescia a fé da menina. ligadas da fam ília após deixar o cargo. Suas despensas
foram conservadas supridas até sua morte.
Tendo aprendido tanto a poupança quanto a boa
A fé no Sacerdócio veio na forma de uma experiên­
administração, pareceu te r sempre o suficiente para as
cia inesquecível. O estado de uma de nossas irmãs,
coisas realmente importantes. Abriram -se portas para
que caíra sèriam ente enferma, agravou-se repentina­
a educação. Outras portas abriram-se para qualificá-la
mente. Papai, tem porariam ente não estava disponível,
como professora.
tal como outros portadores do Sacerdócio de Melqui-
sedeque.
Mais tarde, quando esta menina se casou, a luva
continuou a entesourar o dízimo do Senhor, enquanto Havia dois homens no quintal, construindo uma
meus pais lutavam para estabelecer o lar e a família. cêrca ao redor de nossa casa. Mamãe aproximou-se
dêles rapidamente, para perguntar-lhes se eram porta­
Às vêzes, as bênçãos tornaram-se tão grandes que dores do Santo Sacerdócio. Eram, mas sentiam-se pouco
a pequena luva cinza não podia mais conter o dízimo. experientes para o ficia r a im portante ordenança de
Mas havia servido ao seu propósito. Não sòmente ensi­ adm inistrar aos doentes.
nou esta importante lei do dízimo à menina, como tam ­
bém sua lição foi transm itida a mais de cem dos seus “ Venham comigo depressa. Tenho óleo consagrado
descendentes. e lhes direi o que devem d iz e r” , explicou mamãe. E as­
sim fêz. Nenhum de nós esqueceu nem sua lição de fé,
Lembro-me de mamãe quando apanhou uma vara e nem a importância e o poder do Sacerdócio.
quebrou-a facilm ente. Então, tomou dez varas e amar- O método de mamãe lidar com problemas difíceis
randoas juntas, demonstrou quão d ifícil era quebrá-las. era direto. Postando-se de pé diante do espêlho, fitava
firm em ente os próprios olhos e dizia: “ quem é maior,
“ Se vocês se unirem com amor e lealdade, terão você ou o problema?" A resposta era óbvia.
fôrça de ce m ” , explicou mamãe. As varas num feixe têm
continuado como brazão da nossa família. Sim, mamãe esfregava nossas almas como esfrega­
va nossos corpos. Como poderemos recompensá-la por
Um tipo de justiça contra o qual ninguém poderia ajudar a nos preparar para a vida eterna? Não sei ao
argumentar, foi o que mamãe estabeleceu ao ensinar- certo, mas um pensamento me vem à mente:
nos a distin gu ir o certo do errado: ao culpado cabia Em várias ocasiões quando Deus o Pai apresentou
sempre ir cortar a sua própria vara do salgueiro. Ma­ seu Filho, Jesus C risto, apontou-o com justo orgulho
mãe sabia m uito bem que sentíamos a nossa culpa. Nos­ quando disse: “ Êste é meu filh o amado, em quem eu
sa consciência era tal que cada um de nós trazia o ta­ me comprazo" ( M t3 :1 7 ).
manho de vara com o qual merecia ser punido. Não de­
terminamos pelo tipo de vida que vivem os o grau de Podemos acaso pedir mais do que isso: que nossa
recompensa ou punição que receberemos? mãe possa dizer o mesmo de nós?

Outubro de 1970 29
Ensine
as Verdades
do Evangelho
ao seu Bebê
Margery Cannon

ma jovem mãe, ao sair pa­ indivíduo ao longo da vida possa tava sendo acariciado e amado.

avó.
U ra uma viagem de fim de
semana, deixou seu bebê
de oito meses nos braços de
depender do que êle aprendeu an­
tes dos 4 anos. E tendem a concor­
sua que passados êsses prim eiros
dar
anos sensíveis, a criança não apren­
Ocasionalmente imaginava: conse­
guiria realmente ensinar esta ver­
dade a uma criança? Não exatamen­
te, mas êste era o prim eiro passo.
“ Obrigada, mamãe, a senhora é derá jam ais com a mesma natura­ No início iria associar as palavras
um amor. Oh, mais uma coisa. An­ lidade e facilidade. com a demonstração de amor que
tes de dar-lhe de comer, poderia, Há sempre oportunidades para recebera, mais tarde, desenvolve­
por favor, colocar juntas suas mão­ ensinar crianças que estão engati­ ria o entendimento.
zinhas e ajudá-lo a abençoar seu nhando se estiverm os alertas e sou­ Quando começou a engatinhar,
alim ento. Também fazemos oração bermos aproveitá-las. colocamos em seu quarto uma gran­
fa m ilia r com êle à noite. Se a se­ de fotografia colorida de Jesus
Quando nossa filha M arilee tinha
nhora e papai não se importarem C risto com as crianças. Êle enten­
apenas 2 anos, ela, junto com seus
de ajoelhar ao lado de seu bêrço deu que o amor de nosso Pai Celes­
irmãos e irmãs, ajoelhou-se em ora­
para o r a r .. . êle está acostumado tial trouxe o Salvador à terra e de­
ção enquanto meu marido m inistra­
a isso. Penso que isso o ajudaria vido ao seu amor por nós, morreu
va a mim.
sentir-se mais seguro". para que pudéssemos viver nova­
Na manhã seguinte eu estava mente.
Quando a filha desapareceu na
bem. Três dias depois, na hora do
estrada, a avó meditou acêrca do Nosso filho tem 6 anos agora.
jantar, M erilee não queria comer.
que lhe fôra pedido. Que pais sá­ Ultrapassou a idade do bêrço e do
bios são êles, ponderou. Um hábito Percebi que estava fe b ril. “ Ma­ chocalho, mas sua conversa e ora­
em formação aos oito meses será mãe, disse ela pensativa, quando ções revelam sua convicção de que
uma form a de vida aos dezoito você estava doente papai orou por o Pai Celestial e Jesus vivem e o
anos. Não podia deixar de contras­ você e você m elhorou” . Acenei com amam. Deve te r sido seu prim eiro
ta r o procedimento de sua filha a cabeça. Então acrescentou, “ Ma­ pensamento, aprendido enquanto
com o da jovem mãe vizinha. “ Tra­ mãe, papai, orem por m im .” Então, ainda era bebê. E, quem sabe, êle,
balharei até que meu filh o tenha seu pai m inistrou-lhe e na manhã de todos os nossos filhos, possa al­
dois anos e meio. Antes disso os seguinte levantou-se curada. gum dia precisar dessa convicção
bebês não entendem realmente M erilee tem agora dez anos. A in­ mais do que os outros.
quem você é ou o que é a v id a ” . da crê ardorosamente que as ora­ Não podemos ignorar nossos pe­
O Presidente J. Reuben Clark Jr. ções são respondidas. quenos. Estão ansiosos e desejosos
declarou certa vez: " . . . O Senhor Quando nosso sétim o filh o tinha de aprender. E se ensinarmos as
tornou claro em suas revelações três ou quatro meses de idade, an­ verdades do Evangelho bem cedo,
que desde a mais tenra infância, as tes mesmo que conhecesse o signi­ certamente, quando nossas crian­
crianças devem ser ensinadas nos ficado das palavras, começei a en­ ças que engatinham estiverem cres­
princípios do Evangelho e nas dou­ siná-lo a mais im portante verdade cidas, não se afastarão delas; cer­
trinas da Igreja, senão “ sôbre a ca­ de todas — que seu Pai Celeste e tamente serão não sòmente res-
beça dos pais seja o pecado". Jesus o amam. Quando o segurava surectos, mas exaltados e terão
(D&C 68:25) nos braços e sussurava que lhe “ aumento de glória sôbre suas ca­
Atualm ente, a mais significante amava, usualmente acrescentava: beças para todo o sem pre” (Abr.
pesquisa na área do desenvolvim en­ “ O Pai C elestial lhe ama e Jesus 3:26). E nós, como pais, seremos
to infantil diz respeito aos prim ei­ tam bém ". Aquelas palavras foram abençoados com a compreensão de
ros meses de vida. M uitos psicólo­ repetidas muitas vêzes, quase dia­ que cum prim os nossa premente
gos acreditam que o progresso do riam ente e sempre quando êle es­ obrigação com o Senhor!

30 A LIAHONA
Reorganizada a Presidência da MBN
ela terceira vez consecutiva, numa Conferência

P Trim estral do D is trito do Rio de Janeiro, mais


de m il pessoas, entre elas mais de duzentos v i­
sitantes, puderam ouvir os conselhos das autoridades
da Missão Brasil Norte e do D istrito . Um dos princi­
pais temas abordados foi o testemunho dos membros
a respeito da Igreja do Senhor. O Pres. João A. Dias Fi­
lho, do D istrito do Rio de Janeiro, salientou que um ver­
dadeiro testemunho resulta de uma revelação pessoal
vinda de Deus e desafiou todos a receberem êste tipo
de testemunho.
Durante a Conferência foi apoiada a nova Presidên­
cia da Missão Brasil Norte: o Pres. Hal R. Johnson, ini­
ciando já o seu te rce iro ano nessa posição, será auxi­
liado por W alm ir Silva, como Primeiro Conselheiro e
A llen Hasson, Segundo Conselheiro. A saída do Conse­
lheiro Stew art Burton, que deixou a Guanabara em ju­
nho passado para ir trabalhar em Lima, no Perú, havia
deixado incompleta a Presidência da MBN. O Pres. Wal­
Pres. Allen Hasson
m ir Silva tem servido à MBN desde o nascimento desta
em 1968.
O Pres. Allen Hasson é Doutor em Educação e es­
pecialista em Ensino Médio. Está trabalhando no “ Pro­
jeto B ra sil” do C alifórnia State College System. Casa­
do com Letty Darlene, o casal tem cinco filhos.

Missão Brasil Norte


Mantém um Desenvolvimento Firme
N.° de N.° de N.° de M is­ CONVERSÕES
RAMOS/DISTRITOS ENDERÊÇO PRESIDENTE Membros Famílias sionários Julho TOTAL

A nápolis (não há ram o) 15 6 4 _ _


Belo H orizonte R. Levindo Lopes, 214 C láudio I. Bueno 401 156 12 2 33
Floresta R. Levindo Lopes, 214 Robert G. Taylor 260 102 8 4 16
B rasília A v. W5, m od. 59, n.° 913 Pedro B. Pradera 360 143 8 3 28
Goiânia R. 55, n.° 33, CP 714 Fenton L. Broadhead 185 70 8 8 65
Juiz de Fora R. E s p írito Santo, 743 K irk D. M arsh 270 92 4 — 10
TOTAL DA AREA 1491 569 44 17 152
C ascadura R. S ilva Telles, 99 O víd io C. V ieira 422 119 22 8 69
Jardim Botânico R. Zara, 17 Vai H. C arter 401 131 14 4 19
M e ie r R. S ilva Telles, 99 M á rio N. Cam panella 256 101 8 — 35
N iteró i R. M igu el C outo, 418 G eraldo de J. S. e S ilva 365 120 16 2 37
Nova Friburgo A v. G aldino do V ale, 43 K ent Gale 55 13 4 3 15
P etrópolis R. Tereza, 52 A lle n D. B u tle r 145 57 6 3 9
Teresópolis R C arm ela D utra, 661 João Bonatti 124 48 2 _ —
Tijuca R S ilva Telles, 99 W aldem ar C ury 380 125 14 4 39
V itó ria R. Barão de M o njard im , 107 E lverson B. T. M iranda 96 22 4 — 8
V olta Redonda R. Panamá, 11 H eraldo B. Barroso 83 20 — — —
DISTRITO DO RIO DE JANEIRO R. Silva Telles, 99 JOÃO A. DIAS FILHO 2327 756 90 24 231
Campina Grande R. S iqueira Cam pos, 655 José F. Barbosa 71 18 4 _ 8
Fortaleza R. Barão de A ra c a tí, 786 M ichael M o rre ll 66 22 8 _ 12
João Pessoa R. M a tteo Zaccara, 54 Luís P. de C arvalho 148 29 4 _ 3
M aceió R. O sw aldo S arm ento, 82 Dean C le ve rly 59 15 4 _ _
Recife R. das N infas, 30 Evaldo F. de O live ira 408 139 12 3 25
DISTRITO DE PERNAMBUCO R. das N infas, 30 MILTON SOARES, JR. 752 223 32 3 48
MISSÃO BRASIL NORTE R. S tefan Z w e ig , 158 HAL R. JOHNSON 4570 1548 166 44 431

O utubro de 1970 31
A Oração Atendida
uma calma noite de fevereiro do ano passado, se o povo de Nova Friburgo. O número de membros pas­

N Flávio Fialho ajoelhou-se, e em humilde oração


pediu ao Pai Celestial que a sua Igreja verda­
deira viesse a Nova Friburgo. Juntamente com sua
havia experimentado as benções da Igreja no Rio de Ja­
sou de 2 para 55 em menos de 15 mêses. Estão se de­
senvolvendo as Organizações Auxiliares e o Sacerdó­
cio tem crescido em número e espiritualidade. Os pro­
mãe
gramas da Igreja tem sido realizados com grande e fi­
neiro e agora, em Nova Friburgo, sentia falta da fra te r­ ciência: 85% de freqüência, 100% de visitas de Mes­
nidade encontrada na Igreja. No dia seguinte, enquanto tres Familiares e a maioria das fam ílias realizam a Noi­
andava pelo centro da cidade, viu dois rapazes de pe­ te Familiar. Na foto, a mais nova fam ília do Ramo.
culiar aparência e correu ao seu encontro. Chegavam a
Nova Friburgo os dois prim eiros missionários.
A cidade de Nova Friburgo está situada sôbre a re­
gião montanhosa do Estado do Rio de Janeiro. O riginal­
mente, foi colonizada por trin ta fam ílias suíças que alí
chegaram em 1820. A p artir da sua fundação, a cidade
recebeu povos de muitas outras origens: italianos, ho­
landeses, chineses e japoneses. Na praça central, de
uma file ira de mastros, pendem as bandeiras das várias
nações que participaram da edificação da cidade. O c li­
ma assemelha-se ao da Alemanha e às vêzes o ar per­
fuma-se com o convidativo aroma de “ a pfe lstru d el” sen­
do assado nalguma padaria próxima. A cidade, com
100.000 habitantes, conta com várias fábricas alemãs
que desempenham importante papel na sua vida eco­
nômica.
Em 28 de fevereiro de 1969, o Pres. Hal R. Johnson,
da MBN e três missionários dedicaram a cidade para a
obra do Senhor e pediram que o seu espírito abençoas­

O Irmão que Veio da Estepe


empre tive uma grande fé em Deus e sabia completa nas outras igrejas, porque não respondiam às
^ que algures, de algum modo, êle tinha uma minhas questões."
missão para m im ,” disse o Irmão Teodor O Irmão Lomko nasceu em 1888 na aldeia de Che-
Lomko, que aos 82 anos encontrou o que vinha procuran­ niko, Ucrânia, filh o de um coronel dos cossacos. A mãe
do durante tôda a sua vida: o verdadeiro Evangelho de e os filhos cuidavam de uma pequena propriedade rural
Jesus C risto. enquanto o pai prestava serviço m ilitar. Já rapaz, de­
Teodor e sua espôsa Helena foram batizados no vido à revolução bolchevista, após às execução dos seus
início dêste ano graças à ajuda de um membro seu ami­ pais irmãos e irmãs, estêve também prestes a ser
go. Freqüentam o Ramo Recife, MBN. “ Sempre fui um executado quando foi salvo na últim a hora por um gru­
homem religio so,” disse êle “ mas nunca tive uma fé po de amigos. Sua fuga até a fronteira turca consumiu
quase dois anos de peripécias por um trajeto de cêrca
de 1600 quilôm etros.
Sobreviveu aos lôbos das florestas, às persegui­
ções tenazes, a um acidente em uma mina de sal inun­
dada. na qual centenas de companheiros pereceram, às
várias prisões políticas nas quais aguardava execução;
então, aos 40 anos, deixou a Europa e veio para o Bra­
sil, onde conheceu sua espôsa, Helena, também fu g iti­
va da Hungria.
Hoje, estão gratos ao vizinho que preocupou-se em
explicar-lhes sôbre a Igreja e em convidá-los a uma reu­
nião. Embora falem português, lêem a Bíblia em russo
e aguardam o dia em que poderão ler o Livro de Mór-
mon traduzido para êsse idioma. Na foto, comentam
um panfleto da Igreja com um m issionário,

32 A LIAH O N A
Aspecto da reunião de encerramento do I Festival da A M M do Nordeste — MBN.

I Festival da AMM em Recife

C
êrca de 120 jovens participaram do I Festival da AMM
do Nordeste, realizado na Capela do Ramo de Recife
nos dias 17 e 18 de julho passado. Do festival partici­
param jovens vindos de todo o D istrito de Pernambuco: Campi­
na Grande, Fortaleza, João Pessoa, Maceió e Recife. Alguns dos
participantes, como os de Fortaleza, tiveram que viajar mais de
800 quilôm etros para comparecerem às festividades.
As pesadas chuvas que se abateram sôbre a Capital nordes­
tina não dim inuíram o ânimo dos jovens que, impedidos de com­
petirem em esportes ao ar livre, dobraram seu entusiasmo nas
demais atividades, shows e competições. As fotos mostram as­
pectos do concorrido fe stival dos jovens da MBN.

Fortaleza foi premiada como a delegação mais animada. Missionários participaram do show animando a festividade.

O utubro de 1970 33
“Abram Alas” para

Ala Santo André - ESPL


ez anos após surgirem na região de Santo An­ O secretário da Ala é H ercílio T. Cavalcanti. O Ramo de

D dré os prim eiros frutos da pregação do Evan­


gelho, criou-se a Ala Santo André-ESPL em
1968. A jovem Ala conheceu um rápido e decidido
senvolvim ento e hoje conta com 934 membros d is tri­
Mauá e presidido por Ademar Leal e o nôvo Ramo, San­
to André II, criado a 14 de junho passado, tem como
de­
Presidente M ário Mazzaro. Seus conselheiros são
Marcus F. Guaicurús e Hermelindo Breviglieri. O secre­
buídos pela própria Ala e pelos seus dois ramos depen­ tário do Ramo de Santo André II é Davi A. Patinha.
dentes: Mauá e Santo André li. Pela sua posição privilegiada e devido ao rápido
crescim ento da Igreja no ABC, o belo edifício da R. Ca­
Líder eficiente e amado o Bispo Saul M. de O livei­ tequese, 432, além de abrigar as congregações da Ala
ra preside a Ala de Santo André auxiliado por seus con­ e do Ramo de Santo André, foi escolhida para sede da
selheiros V ictor A. C. V. Vespoli e Antônio D. M artins. mais nova estaca paulista, a Estaca São Paulo Sul.

O Chamado do Senhor
arde da noite, no silêncio de uma biblioteca, Certa noite, 31 de dezembro de 1956, enquanto o fi­

T um pastor evangélico de uma pequena con­


gregação interiorana teve uma profunda expe­
riência religiosa. Ao examinar as Escrituras, um
sículo que já lera e ouvira por centenas de vêzes, soa­
ciava o batismo para algumas pessoas, à medida que o
problema da autoridade de Deus para fazê-lo ia-se acla­
rando em sua mente, suas palavras foram-se tornando
ver­
embargadas. Ao colocar a mão sôbre a cabêça da ú lti­
va-lhe estranhamente: " . . . quem não nascer da água e ma pessoa, quase não conseguiu term inar a oração. Vi^
do Espírito, não entrará no reino de Deus.” Dessa expe­ agora claramente o caminho a seguir.
riência surgiu uma nova compreensão do Evangelho que
em breve o colocaria em choque com as autoridades O Bispo Saul Messias de Oliveira, da Ala de Santo
do seminário em que estudava há quatro anos. E não André, ESPL, nasceu a 1.° de janeiro de 1931 de hum il­
fôra só a êle que o Espírito revelara, mas a m uitos dos de fam ília de tropeiros, em Santa Angélica, ES. Desde a
seus colegas na mesma ocasião, entretanto, poucos pu­ mais tenra infância foi educado nas Escrituras por sua
deram discernir a voz de Deus. zelosa mãe. Mais tarde, ao term inar os estudos secun­
A partir desta época, vários dos seus ensinamen­ dários em Juiz de Fora, para onde se mudara, dirigiu-se
tos contrariavam os da denominação que representava. a São Paulo para estudar na Faculdade de Teologia, on­
Então, a 2 de agôsto de 1956, recebeu uma carta da Con­ de cursou quatro anos. Pastor de uma pequena congre­
gregação da Faculdade de Teologia, cancelando a sua gação de São Roque por dois anos, recebeu uma revela­
m atrícula devido às idéias que vinha pregando. Desde ção sôbre o princípio de autoridade no m inistério e dei­
êsse momento, sentiu que Deus o estava conduzindo xou a denominação à que estivera filiado por tôda uma
para um objetivo ainda oculto aos seus olhos. vida, abandonando a carreira. Batizado na Igreja de Je­
Uniu-se a um grupo que se organizara em Igreja. sus C risto dos Santos dos Últim os Dias em 1958, foi
A lí pretendia propagar livrem ente as idéias que ocupa­ chamado para m uitos cargos de liderança e de presi­
vam sua mente: redigiu os estatutos da nova congrega­ dência. Com a criação da Ala de Santo André, foi cha­
ção e começou a preparar uma exposição sistem ática mado para Bispo. Casado com Elvira M. de C. Oliveira,
das suas doutrinas. o casal tem cinco filhos.

S acerdócio da A la Santo A ndré reúne-se com o Bispo Saul M . Je O liv e ira (o qu arto da esquerda para a d ire ita na p rim eira fila ) .
Cl
\

Da esquerda para a direita: Nei T. Garcia, Francisco Ribeiro, Domingos Tatobene e do Ramo de Jundiaí — MBC.

O Rumo dos Ramos na

Terra da Uva
ão obstante um atribulado início em 1959, de­ e da Igreja: Francisco Ribeiro, Presidente; M ilton J.

N vido às perseguições movidas por denomina­


ções religiosas hostis, dois anos após o m is­

sidência do Ramo de Jundiaí aos membros locais.


Nielsen, 1.° Conselheiro; Nei T. Garcia, 2 ° Conselheiro
e Domingos Fatobene, Secretário. Embora Jundiaí en­
sionários já podiam passar as responsabilidades da Pre­
frente dificuldades de crescim ento rápido, devido ao
com portam ento dos membros inativos e a outros fato­
Após mudar-se para várias instalações, o Ramo fun­ res locais, a Presidência do Ramo e os Líderes das
ciona agora à R. Bartolomeu Lourenço, 202, devendo A uxiliares vêm executando um programa de formação
dentro em breve iniciar a construção da sua capela pró­ de liderança bem planejado, acoplado com os progra­
pria na R. Mendes Sá. mas de Integração e de M estres Familiares, que deverá,
O Ramo é presidido por irmãos de capacidade e a médio prazo, co n trib u ir para o fortalecim ento e pro­
instrução, m uito dedicados ao serviço do seu próxim o gresso da Igreja na Terra da Uva.

O Forte Testemunho

M ilton José Nielsen nasceu em Jundiaí há 25


anos, entrou cêdo para a Igreja (aos 15 anos)
e desenvolveu-se tão rápida e firm em ente nos
negócios de Deus que, ainda m estre e contando apenas
cargos nas Auxiliares, no Sacerdócio e na Presidência
de C uritiba II, foi membro do Conselho do D istrito de
C uritiba e ao retornar a Jundiaí, foi chamado para Pri­
m eiro Conselheiro da Presidência do Ramo.
16 anos de idade, foi chamado para Segundo Conselhei­ Quando aluno da Universidade do Paraná, pela qual
ro da Presidência do Ramo de Jundiaí. formou-se em Engenharia Mecânica, tornou-se vice-pre-
Indo estudar em C uritiba, aproveitou tôdas as sidente da Casa do Estudante U niversitário do Paraná,
oportunidades que surgiram para se rvir aos seus irmãos a qual abrigava 365 jovens, dentre os quais o Irmão
e aprimorar-se em vários chamados: ocupou diversos Nielsen era o único santo dos últim os dias.
Congregação do Ramo de Jundiaí — MBC.
Da esq. para a dir.: W aldemar A. Chrispim; Adelmo Begliomini; Geral Jo de Mendonça e Jorge L. Soler; Pres. do Ramo de Araraquara — MBC.

O Rumo dos Ramos na

Morada do Sol
stiveram reunidos para a XII Conferência do Dis­ o D is trito breve poderá arrancar para meta de tornar-se

E trito de Araraquara em julho passado, os mem­


bros da Igreja nessa cidade, cujo nome signi­
a prim eira estaca do Interior paulista.
Também o ramo tem grandes potencialidades, mui­
tas ainda não completamente exploradas. Sob a Presi­
fica Morada do Sol, do seu ramo dependente, São Car­
los; de Baurú (e do seu ramo dependente, Jaú); de Ma- dência de Geraldo de Mendonça, 44 anos, auxiliado por
rília e de Ribeirão Prêto. Adelm o Begliomini e Waldemar A. Chrispim , o Ramo
O D istrito de Araraquara é uma das áreas da Igreja tem-se fortalecido. Seu salão cultural é um dos maiores
que dentro de alguns anos poderia evoluir para Estaca, e melhores da cidade, sendo em várias ocasiões cedi­
bastando para isso, mediante a aplicação de um pro­ do à Prefeitura local para apresentações artísticas e
grama bem planejado de formação de liderança, supe­ culturais, tornando assim a Igreja m uito conhecida no
rar alguns entraves adm inistrativos que têm freiado um local, o que o caracteriza como um especial instrumen­
maior progresso na região. Contando com um líder e fi­ to de proselitism o que poderá acelerar o desenvolvi­
ciente e dedicado, o Presidente Jalal Samaha, 35 anos, mento da Igreja na Morada do Sol.

Congregação do Distrito de Araraquara durante a conferência. Pres. Jalal Samaha fala durante a conferência distrital.

A LIAH O N A
desenvolvimento rápido que a MBC vem experi­ o número de conversões, baixo no mês passado, elevou-

0 mentando reflete-se tanto no fortalecimento


dos seus quadros de liderança quanto no au­
se consideràvelmente neste mês e a Capital paranaense
está em vias de tornar-se sede da Estaca de Curitiba,
mento numérico das congregações. Como conseqüência,
reunindo os dois ramos de Ponta Grossa.

Nôvo Impulso na MBC


A LA S/ESTAC AS BISPOS/ M ISSIONÁRIOS CONVERSÕES
RAMOS/DISTRITOS PRESIDENTES E s t./D is tr. Integra l
JULHO JULHO Total
A la III — S. A m aro Juan C. Vidal 2 4 9 46
A la IV — P inheiros B enjam im 0 . de A lm eida — 4 6 40
A la V — P inheiros J ú lio K lappoth 4 4 9 42
A la VI — Perdizes M itu o Ikem oto 2 4 6 53
A la V II — Casa Verde G iorgios H. O rfanos — 2 1 15
A la V III — Santana M its u ru K ikuchi 2 6 6 78
A la IX — V. M aria G en til de Souza — 2 2 20
A la X — Penha José M . Rodrigues Filho 1 6 13 66
Sorocaba N elson de Gennaro 6 4 13 90
Sorocaba II Raimundo José Libânio — 2 3 3
Jaçanã B enedito Pires Dias — 4 — 15
Lapa O sw aldo S. Camargo — 2 — 15
Pedreira A lb e rto Barbagallo — 2 2 4
O sasco João M . de Souza — 2 2 23
ESTACA SÃO PAULO WALTER SPÃT 17 48 72 510
A la I — V ila M ariana José G. Galhardo 2 4 3 95
A la II — B. Saúde A n tô n io A n d re o lll 4 4 8 64
A la X I — Moóca W agner dos Santos 8 6 20 85
Cam buci Rodamés Sceppa — 2 — 6
Gonzaga M á rio S. Azevedo — 2 — 21
Ipiranga M a rio Lubrani — 2 1 19
Jabaquara 1Io M . de Souza — 2 — —
Mauá A dem ar Leal — 2 — 3
Santos Joaquim M a rtinez 4 4 8 77
Santo A ndré Saul M . de O liv e ira 4 6 10 80
Santo A ndré II M a rio Mazzaro — — — —
São Bernardo W a lfrid o A . S ilve ira 2 2 2 17
São Caetano A n tô n io J. Padula 2 1 — 7
São V icente A rm ando Jekabson 4 2 7 53
V ila Prudente José V ieira N etto — 2 16 16
ESTACA SÃO PAULO LESTE HÉLIO DA R. CAMARGO 30 41 75 543
C am pinas 1 G eraldo C. Pereira — 2 2 15
C am pinas II Eduardo C. N alll — 2 — 11
C am pinas III A lv a ro Cunha — 2 1 20
C am pinas IV Jesus P. Busto — 2 3 42
Jundiaf Francisco R ibeiro — 2 — 7
Piracicaba N elson Gonçalves — 2 2 9
Rio C laro M icha el G roesbeck — 2 — 8
São José dos Campos Expedito J. Saraiva — 2 2 7
DISTRITO DE CAMPINAS Evaldo Martins — 16 10 119
A raraquara G eraldo de M endonça — 4 11 27
Baurú Robert S utton — 4 2 20
M a rílla M asakasu W atabe — 2 6 17
R ibeirão Preto O riva ld o dos Santos — 4 5 45
DISTRITO DE ARARAQUARA Jalal Samaha — 14 24 109
A raçatuba Ja ir de O liv e ira — 4 2 45
Pres. Prudente Randall Cox — 4 — 14
São José do Rio Preto O scar de O liv e ira — 4 7 20
DISTRITO DE ARAÇATUBA Horácio Saito — 12 9 79
Apucarana José G. Testa — 2 — 8
Londrina João Finardi — 2 — 10
M arinqá C iro L. da S ilva — 2 — 8
DISTRITO DE LONDRINA Günther Salik — 6 — 26
C u ritib a 1 Jorge A oto — 4 2 62
C u ritib a II Enos de C astro Deus — 4 — 59
C u ritib a III Francisco Gomes — 4 — 27
C u ritib a IV Levy G aertner — 4 4 52
C u ritib a V Ism ael C o rd eiro Jr. — 2 13 15
Ponta Grossa 1 Rosaldo G aertner — 2 — 46
Ponta Grossa II — 2 — —
DISTRITO DE CURITIBA Jason Garcia Souza — 22 19 261
MISSÃO BRASIL CENTRAL SHERMAN H. HIBBERT 47 159 209 1647

O utubro de 1970 37
M ais um importante quadro estatístico sôbre o
crescimento da Igreja no País é apresentado
nêste mês nas páginas d’A LIAHONA. Embora
a criação da MBS tenha-se dado oficialmente em 30 de
Hoje a MBS cobre apenas os Estados do Rio Gran­
de do Sul e de Santa Catarina (cedeu anteriormente
o Paraná à MBC) e o progresso que vem experimen­
tando breve implicará na transformação da sua sede,
setembro de 1959; o Sul do País começou a ser evan- Pôrto Alegre, numa nova estaca brasileira: a Estaca de
gelizado há mais de quarenta anos, por missionários se­ Pôrto Alegre, que possivelmente abrangerá, além dos
diados na Argentina. ramos da Capital, os das cidades vizinhas.

Missão Brasil Sul


desperta a área mais antiga da Igreja
CONVERSÕES
RAMOS/DISTRITOS PRESIDENTES JUNHO TOTAL

Bagé David K im m erle 1 4


Livram ento Francisco da S ilva — 4
Dom P edrito Ralph Hill 5 6
DISTRITO DE BAGÉ SALVADOR SANTANA 6 19

C riciúm a Paulo de O live ira _ 1


Tubarão W in fie ld K ie ste r — 2
F lo rianó polis João Raulino — 7
DISTRITO DE FLORIANOPOLIS BRUNO ESPÍNDOLA — 10

Ipom éia H einrich B lind _ 7


Pôrto União Lino L. A lve s — —
DISTRITO DE IPOMÉIA ELIAS L. ALVES — 7

Blumenau George Osmond _ _


Ita ja í Larry W ilkin son — 2
Jo in v ille C eslav G ontarsyck — —
DISTRITO DE JOINVILLE OSCAR PISKE — 2

Erechim C elso Capudi 10 30


Caràzinho Daniel Panhorst — 1
Passo Fundo Ryan Englund — 1
DISTRITO DE PASSO FUNDO W ALDOMIRO RADTKE 10 32

Pelotas José A lve s de A lm eida 5 15


Rio Grande José dos Santos 4 13
DISTRITO DE PELOTAS PAWLO PAWLENKO 9 28

Pôrto A le g re 1 P línio Port 3 39


Pôrto A le g re II José A ris te n M o re ira 10 40
Pôrto A le g re IV N elson D elvaux 3 29
Pôrto A le g re V D orival Breno Kunz 10 21
Pôrto A le g re VI O tá vio Nunes Borba — 3
Pôrto A le g re V II Ivo da S ilva — 15
Canôas A n tô n io K riege r 2 15
C achoeira do Sul M ira c ild o Branco de Ouadros — 12
DISTRITO DE PÔRTO ALEGRE JOAQUIM DA COSTA E SILVA 28 174

Cruz A lta Doug W ilson


Santa Rosa W ayne Hayes
Santo  ngelo K eith Finlayson
Santa M aria Decid D orneles de O live ira
DISTRITO DE SANTA MARIA GIDEON GAY

Caxias do Sul A ri Thomas — 1


Vacaria C raig Rencher — 5
Lages Doug Cardon — 2
Nôvo Hamburgo Erni João Roos 2 12
São Leopoldo Jam es H ales 2 8
M ontenegro Donald Gibson — —

DISTRITO DE SAO LEOPOLDO DARCY GARCIA DA SILVA 4 28

A le g re te C arrol W ile s ___ 13


São Borja S teve Elgan — 7
Uruguaiana T o ribio C ham orro — 2
DISTRITO DE URUGUAIANA RICHARD COLLET — 22
MISSÃO BRASIL SUL THOMAS F. JENSEN 58 328

38 A LIAHONA
\k \ r.

Rodrigues, Queiroz, Camargo, Mura- Carlos, Guitti, Conelli, Boccardo e


ca e Barbagaio, de Santo Amaro Alvaro, de Sorocaba (acim a). Nadi-
(acim a). Rocha, Bacelli, M atavelii, valdo, José Maria, Toninho, Belisá-
Pereira • Benetti, de Sorocaba (di-j rio e Rubinho, de Santo Amaro (di­
reita ). reita) .

Sorocaba x S. Amaro
divididas as honras da vitória

m disputadas partidas de futebol de salão rea­ formada pelos jovens da Ala de Sorocaba derrotou a

E lizadas em 25 de julho passado na quadra da


Ala de Sorocaba, a equipe formada pelos élde-
equipe de jovens da Ala III por 5 a 3. Divididas as hon­
ras da vitó ria, as duas alas da Estaca São Paulo volta­
res da Ala III, Santo Amaro, derrotou pela contagem rão
6 a 3 a equipe formada pelos élderes locais; e a equipe
de a encontrar-se brevemente, desta vez na quadra da
Ala III.

Desenvolvimento da Igreja Exige


Maior Area Imobiliária

ara atender às necessidades im obiliárias de

P uma das áreas da Igreja de mais rápido cres­


cimento em todo o mundo, estêve em visita
a São Paulo no início de agôsto passado, o Irmão J. Pe-
te r Loscher, representante para a Am érica do Sul do
Departamento de Bens Imóveis da Igreja, sediado em
Montevidéu.

O Irmão Loscher, convertido na Alemanha antes da


II Guerra Mundial, estêve no Brasil èm 1930, com outros
quatro missionários, pregando o Evangelho em alemão
e assistindo a mais de uma centena de membros ale­
mães, em Joinville e Ipoméia, os dois prim eiros luga­
res a receberem o Evangelho no País.
Se não Deseja que a Tentação o Acompanhe
Richard L. Evans

omo disse um excêntrico observador, “certas pessoas, ao fu­

C girem da tentação, sempre deixam uma indicação de onde


poderão ser encontradas”. Isto nos traz à questão do que
poderia ser chamado tentar a tentação, flertar com ela, entretê-la.
A s vêzes, pareceria que convidamos os problemas, que convidamos a
tentação, talvez desejando sentir o chamado excitamento, em lugares
errados, em momentos errados e talvez por razões erradas — algumas
vêzes por curiosidade, às vêzes por mórbido interêsse na atividade.
Talvez, não consigam os fazer como disse Mêncio: “Que os homens
decidam firmemente o que não farão e estarão livres para fazer vigoro­
samente o que deveriam fazer”. Frequentemente o problema é que não
decidimos definidamente o que não faremos. Podemos decidir deixar
a porta entreaberta — ir a metade do caminho, parte dêle, ou apenas
afastarmo-nos um pouco. M a s um pouquinho distante é muito longe
em algumas situações. A vida aqui é tão curta, tão rápida, e, não
obstante, é tão importante e infinitamente longa — e havendo tantos
lugares acertados para ir e tantas coisas boas para fazer, como pode­
remos nos justificar em gastar tempo em coisas condenáveis? Não
podemos estar seguros ou certos, ao decidirmos brincar um pouco
com as coisas erradas — somente um pouquinho no comêço, depois
um pouco mais, e, então, talvez percamos nosso se nso de distância
e de direção. Necessitam os padrões, leis, diretrizes na vida; conselho,
mandamentos, princípios morais pessoais. Necessitam os encarar a nós
m esm os com fatos, decidir por nós próprios quão honestos somos,
quão longe iremos e quão longe não iremos — e estendermos uma
linha pela qual nos basearmos, permanecendo do lado certo, seguro,
o lado virtuoso. Pode soar fora de moda, mas nossa paz e auto-respei-
to são mais dignos do que qualquer pequena emoção passageira, qual­
quer pequena indulgência míope, qualquer aventura no lado perigoso
e sórdido. Ninguém jamais caiu em um precipício, sem que tivesse se
aproximado dêle. “Certas pessoas, ao fugirem da tentação, sempre dei­
xam uma indicação de onde poderão ser encontradas".
Se você não deseja que a tentação o acompanhe, não aja como
se estivesse interessado nela.

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