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Preparação para o teste de

avaliação
Exercício 1

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A Rocha da Pena localiza-se no Algarve, próximo de Salir, no
concelho de Loulé, e está referenciada como Sítio Classificado, ao
abrigo do Decreto-Lei n.º 392/91, de 10 de outubro. Trata-se de
um património geológico que importa valorizar e divulgar como um
georrecurso cultural, não renovável, e que deve ser preservado e
legado como herança às gerações futuras. Apresenta diversas
unidades litostratigráficas, entre elas a formação de Mira,
constituída por xistos argilosos, o complexo vulcanossedimentar,
constituído por piroclastos, tufos vulcânicos, brechas vulcânicas,
escoadas de basaltos e intrusões magmáticas, e a formação de
Picavessa, constituída por calcários e brechas com fósseis de corais e
de gastrópodes.

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A formação de Picavessa, que constitui as escarpas da
Rocha da Pena, apresenta litologias indicadoras de
que aqueles materiais tiveram origem em plataformas
marinhas carbonatadas de águas quentes, límpidas e
pouco profundas.

Explique, utilizando o príncípio das causas atuais, de


que modo a presença de fósseis de corais permite
deduzir o paleoambiente em que foi originada a
formação de Picavessa.

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Naquele que é hoje o Alentejo metalogenético integrado na Faixa
Piritosa Ibérica (FPI), uma importante atividade vulcânica submarina
deu origem a jazigos de sulfuretos maciços, devido à libertação de
enxofre, que depois se viria a combinar com ferro. A circulação de
fluidos hidrotermais entre as rochas vulcânicas e sedimentares deu
lugar a processos físico-químicos que conduziram à deposição, em
ambiente marinho, de massas de sulfuretos ricas em ferro, cobre,
zinco, chumbo, prata e ouro. Estes jazigos vulcanogénicos, notáveis
quer pelas suas dimensões quer pelos metais neles existentes, são,
assim, constituídos por massas de sulfuretos polimetálicos em que
predomina a pirite.

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Selecione a alternativa que permite obter uma afirmação
correta. A aplicação de princípios estratigráficos à unidade
geológica que constitui o Maciço Ibérico possibilitou a...

a) determinação da sua idade relativa através da aplicação de


radioisótopos.
b) identificação dos tipos de rochas existentes nesta formação.
c) reconstituição da sequência dos acontecimentos geológicos que
o originaram.
d) determinação da sua idade absoluta através do estudo dos
fósseis encontrados.

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Os veículos motorizados interagem com o ambiente através de todo
o seu “ciclo de vida” – desde o fabrico até ao seu uso em estrada e
ao seu eventual desmantelamento, quando atingem o “fim de vida”.
Os seres autotróficos fixam CO2, contribuindo, assim, para uma
tendencial estabilização da concentração deste gás na atmosfera.
Após a morte destes organismos, o enterramento geológico permite
a incorporação da matéria orgânica na crosta terrestre
(sedimentos), podendo originar combustíveis fósseis. A Figura (A e
B) representa esquematicamente a circulação do CO2 entre
diferentes sistemas.

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A cadeia montanhosa dos Himalaias resulta da colisão
entre a placa Indiana e a placa Euro-Asiática. Atualmente,
a placa Indiana continua a deslocar-se para norte à
velocidade aproximada de 2 cm por ano, o que faz com
que a altitude dos Himalaias continue a aumentar à razão
aproximada de 5 mm por ano. A geóloga Yani Najman,
recorrendo à análise de isótopos de árgon presentes em
minerais constituintes de rochas da região, reavaliou a
idade da cordilheira dos Himalaias e considerou que esta
formação seria 15 milhões de anos mais jovem do que
inicialmente se pensava. A análise de isótopos incidiu sobre
pequenos grãos de mica branca (moscovite), recolhidos na
mais antiga bacia sedimentar continental encontrada na
área.
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Na cordilheira dos Himalaias, encontram-se mármores com cristais de rubi, tendo o
movimento das placas litosféricas contribuído para a sua formação. Há cerca de
50 milhões de anos, entre a placa indiana e a placa euroasiática existia um mar, o
Mar de Tétis. À medida que a placa indiana se movimentou em direção à placa
euroasiática, o Mar de Tétis foi-se fechando e devido a intrusões magmáticas,
ocorreu metamorfismo das rochas carbonatadas do fundo marinho. A presença de
numerosos fósseis de animais marinhos nos estratos superiores dos Himalaias
constitui uma prova da existência do Mar de Tétis. Não se encontram cristais de
rubi em todos os mármores da crosta terrestre. Os geólogos têm investigado os
mecanismos envolvidos na sua formação e propuseram o seguinte modelo: na
evolução orogénica, grande parte do fundo do Mar de Tétis continha os elementos
necessários à formação daquelas pedras preciosas e o mar era tão superficial. em
determinados locais, que secou e se formaram camadas de sais, os evaporitos.

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As séries evaporíticas apresentam, às vezes, grandes espessuras de
sedimentos que, por natureza, são próprios de pequenas
profundidades. As rochas evaporíticas, em especial o sal-gema, são
pouco densas e muito plásticas. Esta características contribuem para
que grandes massas de sal ascendam da profundidade, através de
zonas de fraqueza, sob a ação da pressão das rochas
sobrejacentes. Tais massas ascendentes deformam as camadas
superiores em corpos abobadados, constituindo os anticlinais de sal,
diapiros ou domos salinos.
Explique como é possível realizar prospecção de sal-gema e de hidrocarbonetos com
base nas características descritas no texto.

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De entre os granitos portugueses, o da Castanheira é o único que apresenta discos
circulares biotíticos. Os nódulos achatados, biconvexos, de 1 a 12 cm de diâmetro, possuem
um núcleo de quartzo e feldspato, revestido por camadas concêntricas de biotite. As fortes
amplitudes térmicas que se fazem sentir na região, as cunhas de gelo que vão crescendo
junto aos nódulos e a erosão do granito nodular da Castanheira contribuem para a
separação e posterior expulsão dos nódulos de biotite. Ao soltarem-se, deixam à superfície
da rocha-mãe cavidades revestidas de biotite. Na região, chamam a esta rocha «a pedra
que pare pedra» e, daí, a famosa designação popular de «Pedras Parideiras» para esta
invulgar formação geológica.
Um caso particular de meteorização física é o que ocorre no Norte de Portugal, com as
conhecidas «Pedras Parideiras». Explique em que medida as fortes amplitudes térmicas
da serra da Freita contribuem para a expulsão dos nódulos biotíticos das «Pedras
Parideiras».

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A serra de Sintra, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, na categoria
de Paisagem Cultural, é também um local de grande relevância do ponto de vista
geológico. Deve a sua origem a um fenómeno de intrusão magmática. A atividade
magmática da região está relacionada com a abertura do oceano Atlântico, de sul para
norte, e com a abertura do golfo da Biscaia. Uma vez que as Placas Euro-Asiática e Norte-
Americana se encontravam unidas e que o Atlântico não se encontrava totalmente aberto,
um braço de mar insinuava-se, de sul para norte, constituindo a Bacia Lusitânica, onde as
formações sedimentares se foram depositando. A história geológica desta região começa
com a deposição de sedimentos em meio marinho profundo. Devido ao preenchimento da
bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de deposição evoluiu
sucessivamente, no decurso do Mesozoico, para marinho menos profundo, recifal, laguno-
marinho, fluvial e lacustre. As rochas magmáticas geradas a grandes profundidades, há
cerca de 80 milhões de anos, metamorfizaram as formações sedimentares do Mesozoico.
Posteriormente, estas foram erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo, que se encontra
atualmente acima das plataformas sedimentares que o rodeiam. Este núcleo apresenta uma
estrutura em domo, de forma aproximadamente elíptica, alongada na direção E-W, com 10
km de comprimento e 5 km de largura. Algumas das rochas que o constituem são granitos,
dioritos e gabros, que resultaram de um mesmo magma parental. A figura representa, sem
relações de escala, um corte geológico da região.

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Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente,
os espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
De entre as rochas sedimentares, a deposição mais _____ da unidade de conglomerados
permite inferir que houve ________da energia do agente transportador.
(A) antiga … aumento (B) recente … aumento
(C) antiga … diminuição (D) recente … diminuição

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Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação
correta. Foi possível reconstituir o paleoambiente do Mesozoico na
serra de Sintra, devido à...
A) ocorrência de rochas magmáticas.
B) existência de fósseis de idade na região.
C) ocorrência de fenómenos de metamorfismo.
D) existência de fósseis de fácies na região.

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No final do Mesozoico, extinguiram-se os dinossauros e formou-se a serra de Sintra. O
registo fóssil que comprova a presença desses animais na região encontra-se em estratos
com posição vertical. Explique a posição atual dos estratos em que se observa o registo
fóssil de dinossauros, tendo em conta a posição original dos estratos onde esse registo
terá ocorrido.

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O Grand Canyon, nos EUA, para além das suas paisagens
assombrosas, apresenta expostos cerca de 2000 milhões de anos
da história geológica desta região da Terra. É um vale largo e
profundo, que foi escavado pelo rio Colorado e pelos seus
afluentes. Ao longo do curso do rio Colorado, foram construídas
barragens que controlaram o seu caudal e alteraram o regime de
cheias. O bloco diagrama da Figura representa, de forma muito
simplificada, as formações geológicas existentes num local do
Grand Canyon.

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Há cerca de 10 milhões de anos, devido a fenómenos tectónicos, ocorreu uma
elevação da crosta na zona onde viria a formar-se o Grand Canyon. Antes desse
fenómeno, o rio fluía numa zona plana pouco acima do nível do mar. Após essa
elevação, a ação do rio foi decisiva para a formação do vale do Grand Canyon.
Explique de que forma essa elevação da crosta contribuiu tão decisivamente para
a formação do Grand Canyon.

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Selecione a única alternativa que permite obter uma
afirmação correta. As rochas que se encontram na base do
Grand Canyon pertencem, possivelmente, a um escudo
continental, porque este tipo de formação…
A) é constituído, essencialmente, por rochas sedimentares.
B) corresponde a zonas mais recentes do continente americano.
C) é constituído por rochas intensamente metamorfizadas.
D) corresponde a zonas de orogenia recente.

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Há cerca de 480 M.a., no período Ordovícico, ocorreu um recuo da linha de costa. Nessa
altura, a região de Arouca, situada no bordo norte de um supercontinente, sofreu intensa
sedimentação detrítica. A contínua subida do nível médio da água do mar levou à
deposição de materiais cada vez mais finos, o que favoreceu a fossilização de muitos seres
vivos, tais como as Trilobites e os Graptólitos. Estes seres viviam em ambientes marinhos, não
se conhecendo, nessa altura, nem plantas nem animais em ambientes terrestres. Durante o
Devónico, ocorreram uma progressiva descida do nível médio da água do mar – regressão
marinha – e a consequente deposição de materiais mais grosseiros. Esta regressão marinha
deveu-se, em parte, ao movimento das placas tectónicas, que provocou deformações nos
materiais, originando uma importante cadeia montanhosa da qual o anticlinal de Valongo é,
hoje, uma reminiscência. No final do Carbónico, há 300 M.a., a meteorização e a erosão
das vertentes da bacia carbonífera originaram a deposição de materiais que conduziram,
posteriormente, à formação de xistos com fósseis de plantas, intercalados com arenitos, e de
um espesso conglomerado. O dobramento sofrido por estas rochas terá resultado da
reunião dos vários continentes então existentes, que terá dado origem ao supercontinente
Pangea, há cerca de 250 M.a. Este processo terá sido responsável pela instalação dos
granitos desta região e pela extinção das Trilobites à escala global.

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O granito de Lamares apresenta uma densa rede de fissuras interligadas, o que permite a
circulação de água com sais dissolvidos. Explique de que modo as duas condições
anteriores permitem explicar o elevado grau de alteração física do granito de Lamares,
nas condições climáticas atuais.

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Explique de que modo a deriva continental pode
ter contribuído para a diversificação das formas
de vida na Terra.

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Há cerca de 2 milhões de anos, no início de uma época
chamada Pleistocénico (no Cenozoico), ocorreu uma
diminuição acentuada da temperatura média à
superfície da Terra, desencadeando uma era glaciar.
Mesmo antes de ter sido reconhecida a sua extensão a
todo o Globo, já se defendia a ideia da ocorrência
alternada de avanços e de recuos do gelo sobre os
continentes. Em épocas anteriores, o clima manteve-se,
uniformemente, mais ameno. No entanto, há registos de
glaciações generalizadas a todo o Globo, durante a era
Paleozoica. De acordo com o registo geológico, a
ocorrência de eras glaciares é um fenómeno raro na
história do planeta.
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. Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas à
estratigrafia, o número (de I a VIII) da chave que assinala o princípio ou conceito geológico
em que elas se baseiam.
Afirmações
Numa sequência não deformada de estratos, aqueles que se encontram no topo são os mais
recentes.
Permite identificar o período durante o qual se formou um único estrato, independentemente
da comparação com outras sequências fossilíferas da região.
A ocorrência de balastros graníticos no seio de sedimentos marinhos mostra que estes são
posteriores à formação do granito.
Torna possível a identificação das idades relativas entre um filão e as rochas que este
atravessa.
Permite caracterizar as condições físicas e/ou químicas do ambiente em que ocorreu a
deposição.

Chave

I – Princípio da inclusão V – Princípio da continuidade lateral


II – Princípio da sobreposição VI – Fóssil de fácies
III - Princípio da horizontalidade inicial VII– Fóssil indicador de idade
IV – Princípio da identidade paleontológica VIII – Princípio da interseção

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