Nuno Correia 2011/12 3 Nuno Correia 2011/12 4 Nuno Correia 2011/12 5 Nuno Correia 2011/12 6 A Rocha da Pena localiza-se no Algarve, próximo de Salir, no concelho de Loulé, e está referenciada como Sítio Classificado, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 392/91, de 10 de outubro. Trata-se de um património geológico que importa valorizar e divulgar como um georrecurso cultural, não renovável, e que deve ser preservado e legado como herança às gerações futuras. Apresenta diversas unidades litostratigráficas, entre elas a formação de Mira, constituída por xistos argilosos, o complexo vulcanossedimentar, constituído por piroclastos, tufos vulcânicos, brechas vulcânicas, escoadas de basaltos e intrusões magmáticas, e a formação de Picavessa, constituída por calcários e brechas com fósseis de corais e de gastrópodes.
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Nuno Correia 2011/12 8 Nuno Correia 2011/12 9 Nuno Correia 2011/12 10 Nuno Correia 2011/12 11 A formação de Picavessa, que constitui as escarpas da Rocha da Pena, apresenta litologias indicadoras de que aqueles materiais tiveram origem em plataformas marinhas carbonatadas de águas quentes, límpidas e pouco profundas.
Explique, utilizando o príncípio das causas atuais, de
que modo a presença de fósseis de corais permite deduzir o paleoambiente em que foi originada a formação de Picavessa.
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Naquele que é hoje o Alentejo metalogenético integrado na Faixa Piritosa Ibérica (FPI), uma importante atividade vulcânica submarina deu origem a jazigos de sulfuretos maciços, devido à libertação de enxofre, que depois se viria a combinar com ferro. A circulação de fluidos hidrotermais entre as rochas vulcânicas e sedimentares deu lugar a processos físico-químicos que conduziram à deposição, em ambiente marinho, de massas de sulfuretos ricas em ferro, cobre, zinco, chumbo, prata e ouro. Estes jazigos vulcanogénicos, notáveis quer pelas suas dimensões quer pelos metais neles existentes, são, assim, constituídos por massas de sulfuretos polimetálicos em que predomina a pirite.
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Selecione a alternativa que permite obter uma afirmação correta. A aplicação de princípios estratigráficos à unidade geológica que constitui o Maciço Ibérico possibilitou a...
a) determinação da sua idade relativa através da aplicação de
radioisótopos. b) identificação dos tipos de rochas existentes nesta formação. c) reconstituição da sequência dos acontecimentos geológicos que o originaram. d) determinação da sua idade absoluta através do estudo dos fósseis encontrados.
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Nuno Correia 2011/12 15 Nuno Correia 2011/12 16 Nuno Correia 2011/12 17 Nuno Correia 2011/12 18 Nuno Correia 2011/12 19 Os veículos motorizados interagem com o ambiente através de todo o seu “ciclo de vida” – desde o fabrico até ao seu uso em estrada e ao seu eventual desmantelamento, quando atingem o “fim de vida”. Os seres autotróficos fixam CO2, contribuindo, assim, para uma tendencial estabilização da concentração deste gás na atmosfera. Após a morte destes organismos, o enterramento geológico permite a incorporação da matéria orgânica na crosta terrestre (sedimentos), podendo originar combustíveis fósseis. A Figura (A e B) representa esquematicamente a circulação do CO2 entre diferentes sistemas.
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Nuno Correia 2011/12 21 Nuno Correia 2011/12 22 Nuno Correia 2011/12 23 Nuno Correia 2011/12 24 A cadeia montanhosa dos Himalaias resulta da colisão entre a placa Indiana e a placa Euro-Asiática. Atualmente, a placa Indiana continua a deslocar-se para norte à velocidade aproximada de 2 cm por ano, o que faz com que a altitude dos Himalaias continue a aumentar à razão aproximada de 5 mm por ano. A geóloga Yani Najman, recorrendo à análise de isótopos de árgon presentes em minerais constituintes de rochas da região, reavaliou a idade da cordilheira dos Himalaias e considerou que esta formação seria 15 milhões de anos mais jovem do que inicialmente se pensava. A análise de isótopos incidiu sobre pequenos grãos de mica branca (moscovite), recolhidos na mais antiga bacia sedimentar continental encontrada na área. Nuno Correia 2011/12 25 Nuno Correia 2011/12 26 Nuno Correia 2011/12 27 Na cordilheira dos Himalaias, encontram-se mármores com cristais de rubi, tendo o movimento das placas litosféricas contribuído para a sua formação. Há cerca de 50 milhões de anos, entre a placa indiana e a placa euroasiática existia um mar, o Mar de Tétis. À medida que a placa indiana se movimentou em direção à placa euroasiática, o Mar de Tétis foi-se fechando e devido a intrusões magmáticas, ocorreu metamorfismo das rochas carbonatadas do fundo marinho. A presença de numerosos fósseis de animais marinhos nos estratos superiores dos Himalaias constitui uma prova da existência do Mar de Tétis. Não se encontram cristais de rubi em todos os mármores da crosta terrestre. Os geólogos têm investigado os mecanismos envolvidos na sua formação e propuseram o seguinte modelo: na evolução orogénica, grande parte do fundo do Mar de Tétis continha os elementos necessários à formação daquelas pedras preciosas e o mar era tão superficial. em determinados locais, que secou e se formaram camadas de sais, os evaporitos.
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Nuno Correia 2011/12 29 Nuno Correia 2011/12 30 Nuno Correia 2011/12 31 Nuno Correia 2011/12 32 As séries evaporíticas apresentam, às vezes, grandes espessuras de sedimentos que, por natureza, são próprios de pequenas profundidades. As rochas evaporíticas, em especial o sal-gema, são pouco densas e muito plásticas. Esta características contribuem para que grandes massas de sal ascendam da profundidade, através de zonas de fraqueza, sob a ação da pressão das rochas sobrejacentes. Tais massas ascendentes deformam as camadas superiores em corpos abobadados, constituindo os anticlinais de sal, diapiros ou domos salinos. Explique como é possível realizar prospecção de sal-gema e de hidrocarbonetos com base nas características descritas no texto.
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De entre os granitos portugueses, o da Castanheira é o único que apresenta discos circulares biotíticos. Os nódulos achatados, biconvexos, de 1 a 12 cm de diâmetro, possuem um núcleo de quartzo e feldspato, revestido por camadas concêntricas de biotite. As fortes amplitudes térmicas que se fazem sentir na região, as cunhas de gelo que vão crescendo junto aos nódulos e a erosão do granito nodular da Castanheira contribuem para a separação e posterior expulsão dos nódulos de biotite. Ao soltarem-se, deixam à superfície da rocha-mãe cavidades revestidas de biotite. Na região, chamam a esta rocha «a pedra que pare pedra» e, daí, a famosa designação popular de «Pedras Parideiras» para esta invulgar formação geológica. Um caso particular de meteorização física é o que ocorre no Norte de Portugal, com as conhecidas «Pedras Parideiras». Explique em que medida as fortes amplitudes térmicas da serra da Freita contribuem para a expulsão dos nódulos biotíticos das «Pedras Parideiras».
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Nuno Correia 2011/12 35 A serra de Sintra, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, na categoria de Paisagem Cultural, é também um local de grande relevância do ponto de vista geológico. Deve a sua origem a um fenómeno de intrusão magmática. A atividade magmática da região está relacionada com a abertura do oceano Atlântico, de sul para norte, e com a abertura do golfo da Biscaia. Uma vez que as Placas Euro-Asiática e Norte- Americana se encontravam unidas e que o Atlântico não se encontrava totalmente aberto, um braço de mar insinuava-se, de sul para norte, constituindo a Bacia Lusitânica, onde as formações sedimentares se foram depositando. A história geológica desta região começa com a deposição de sedimentos em meio marinho profundo. Devido ao preenchimento da bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de deposição evoluiu sucessivamente, no decurso do Mesozoico, para marinho menos profundo, recifal, laguno- marinho, fluvial e lacustre. As rochas magmáticas geradas a grandes profundidades, há cerca de 80 milhões de anos, metamorfizaram as formações sedimentares do Mesozoico. Posteriormente, estas foram erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo, que se encontra atualmente acima das plataformas sedimentares que o rodeiam. Este núcleo apresenta uma estrutura em domo, de forma aproximadamente elíptica, alongada na direção E-W, com 10 km de comprimento e 5 km de largura. Algumas das rochas que o constituem são granitos, dioritos e gabros, que resultaram de um mesmo magma parental. A figura representa, sem relações de escala, um corte geológico da região.
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Nuno Correia 2011/12 37 Nuno Correia 2011/12 38 Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta. De entre as rochas sedimentares, a deposição mais _____ da unidade de conglomerados permite inferir que houve ________da energia do agente transportador. (A) antiga … aumento (B) recente … aumento (C) antiga … diminuição (D) recente … diminuição
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Nuno Correia 2011/12 40 Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. Foi possível reconstituir o paleoambiente do Mesozoico na serra de Sintra, devido à... A) ocorrência de rochas magmáticas. B) existência de fósseis de idade na região. C) ocorrência de fenómenos de metamorfismo. D) existência de fósseis de fácies na região.
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No final do Mesozoico, extinguiram-se os dinossauros e formou-se a serra de Sintra. O registo fóssil que comprova a presença desses animais na região encontra-se em estratos com posição vertical. Explique a posição atual dos estratos em que se observa o registo fóssil de dinossauros, tendo em conta a posição original dos estratos onde esse registo terá ocorrido.
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O Grand Canyon, nos EUA, para além das suas paisagens assombrosas, apresenta expostos cerca de 2000 milhões de anos da história geológica desta região da Terra. É um vale largo e profundo, que foi escavado pelo rio Colorado e pelos seus afluentes. Ao longo do curso do rio Colorado, foram construídas barragens que controlaram o seu caudal e alteraram o regime de cheias. O bloco diagrama da Figura representa, de forma muito simplificada, as formações geológicas existentes num local do Grand Canyon.
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Nuno Correia 2011/12 44 Nuno Correia 2011/12 45 Há cerca de 10 milhões de anos, devido a fenómenos tectónicos, ocorreu uma elevação da crosta na zona onde viria a formar-se o Grand Canyon. Antes desse fenómeno, o rio fluía numa zona plana pouco acima do nível do mar. Após essa elevação, a ação do rio foi decisiva para a formação do vale do Grand Canyon. Explique de que forma essa elevação da crosta contribuiu tão decisivamente para a formação do Grand Canyon.
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Nuno Correia 2011/12 47 Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. As rochas que se encontram na base do Grand Canyon pertencem, possivelmente, a um escudo continental, porque este tipo de formação… A) é constituído, essencialmente, por rochas sedimentares. B) corresponde a zonas mais recentes do continente americano. C) é constituído por rochas intensamente metamorfizadas. D) corresponde a zonas de orogenia recente.
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Há cerca de 480 M.a., no período Ordovícico, ocorreu um recuo da linha de costa. Nessa altura, a região de Arouca, situada no bordo norte de um supercontinente, sofreu intensa sedimentação detrítica. A contínua subida do nível médio da água do mar levou à deposição de materiais cada vez mais finos, o que favoreceu a fossilização de muitos seres vivos, tais como as Trilobites e os Graptólitos. Estes seres viviam em ambientes marinhos, não se conhecendo, nessa altura, nem plantas nem animais em ambientes terrestres. Durante o Devónico, ocorreram uma progressiva descida do nível médio da água do mar – regressão marinha – e a consequente deposição de materiais mais grosseiros. Esta regressão marinha deveu-se, em parte, ao movimento das placas tectónicas, que provocou deformações nos materiais, originando uma importante cadeia montanhosa da qual o anticlinal de Valongo é, hoje, uma reminiscência. No final do Carbónico, há 300 M.a., a meteorização e a erosão das vertentes da bacia carbonífera originaram a deposição de materiais que conduziram, posteriormente, à formação de xistos com fósseis de plantas, intercalados com arenitos, e de um espesso conglomerado. O dobramento sofrido por estas rochas terá resultado da reunião dos vários continentes então existentes, que terá dado origem ao supercontinente Pangea, há cerca de 250 M.a. Este processo terá sido responsável pela instalação dos granitos desta região e pela extinção das Trilobites à escala global.
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Nuno Correia 2011/12 50 Nuno Correia 2011/12 51 Nuno Correia 2011/12 52 Nuno Correia 2011/12 53 Nuno Correia 2011/12 54 Nuno Correia 2011/12 55 Nuno Correia 2011/12 56 Nuno Correia 2011/12 57 Nuno Correia 2011/12 58 Nuno Correia 2011/12 59 Nuno Correia 2011/12 60 Nuno Correia 2011/12 61 Nuno Correia 2011/12 62 Nuno Correia 2011/12 63 Nuno Correia 2011/12 64 Nuno Correia 2011/12 65 Nuno Correia 2011/12 66 Nuno Correia 2011/12 67 O granito de Lamares apresenta uma densa rede de fissuras interligadas, o que permite a circulação de água com sais dissolvidos. Explique de que modo as duas condições anteriores permitem explicar o elevado grau de alteração física do granito de Lamares, nas condições climáticas atuais.
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Nuno Correia 2011/12 69 Explique de que modo a deriva continental pode ter contribuído para a diversificação das formas de vida na Terra.
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Há cerca de 2 milhões de anos, no início de uma época chamada Pleistocénico (no Cenozoico), ocorreu uma diminuição acentuada da temperatura média à superfície da Terra, desencadeando uma era glaciar. Mesmo antes de ter sido reconhecida a sua extensão a todo o Globo, já se defendia a ideia da ocorrência alternada de avanços e de recuos do gelo sobre os continentes. Em épocas anteriores, o clima manteve-se, uniformemente, mais ameno. No entanto, há registos de glaciações generalizadas a todo o Globo, durante a era Paleozoica. De acordo com o registo geológico, a ocorrência de eras glaciares é um fenómeno raro na história do planeta. Nuno Correia 2011/12 71 Nuno Correia 2011/12 72 Nuno Correia 2011/12 73 . Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas à estratigrafia, o número (de I a VIII) da chave que assinala o princípio ou conceito geológico em que elas se baseiam. Afirmações Numa sequência não deformada de estratos, aqueles que se encontram no topo são os mais recentes. Permite identificar o período durante o qual se formou um único estrato, independentemente da comparação com outras sequências fossilíferas da região. A ocorrência de balastros graníticos no seio de sedimentos marinhos mostra que estes são posteriores à formação do granito. Torna possível a identificação das idades relativas entre um filão e as rochas que este atravessa. Permite caracterizar as condições físicas e/ou químicas do ambiente em que ocorreu a deposição.
Chave
I – Princípio da inclusão V – Princípio da continuidade lateral
II – Princípio da sobreposição VI – Fóssil de fácies III - Princípio da horizontalidade inicial VII– Fóssil indicador de idade IV – Princípio da identidade paleontológica VIII – Princípio da interseção