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RESUMO
Embora o ensino deva ser interpretado como uma proposta enriquecedora na área de
língua portuguesa é preciso promover condições para que o leitor desenvolver as habilidades
em que estão apoiadas. Tais condições consistem, essencialmente, na análise de aspectos, no
conhecimento de textos, históricos, leituras e releituras de contos. Pois a leitura enfatiza a
descoberta de um mundo novo cheio de fantasia.
A partir de todo processo desenvolvido, consideramos que a leitura é de suma
importância para a criação, para inovar seus conhecimentos, tanto em sala de aula como
também em casa, pois trabalhar contos de fada foi uma idéia bastante acolhedora para toda a
turma. A relevância dessa pesquisa é a importância de envolver os alunos no processo da
leitura, possibilitando o despertar crítico sobre seu papel na escola e na comunidade.
Considerando que a leitura se dá no processo de inovação e num processo positivo,
na qual posso adquirir uma evolução de novos pensamentos. Encontramos os modelos que
são: O que é ler, a leitura na escola, a importância de ler vencido o fracasso e a importância da
prática pedagógica na escola, que dessa forma clareou bastante na hora do desenvolvimento
do projeto.
INTRODUÇÃO
1. O QUE É LER?
2. A LEITURA NA ESCOLA
Um dos múltiplos desafios a ser enfrentados pela escola é o de fazer com que os
alunos aprendam a ler corretamente. Isto é lógico, pois a aquisição da leitura é imprescindível
para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca uma desvantagem profunda
nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem.
Sabemos que a leitura é determinante do êxito ou do fracasso escolar, pois a mesma
constitui, por sua vez, matéria de instrução e meio de aprendizagem e, em conseqüência, a sua
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eficiência está estreitamente relacionada ao êxito escolar. O leitor eficiente possui um notável
instrumento para penetrar no amplo mundo do conhecimento que subjaze atrás da capa dos
livros. O leitor deficiente lê de modo tão lento, que sua compreensão do significado fica
limitada. Em conseqüência, ele depende em grande parte do que escuta, tendendo, por isso, a
fracassar em seus estudos. Este fracasso cresce à medida que o aluno passa de ano e que
aumenta a sua necessidade de ler para aprender.
Para estimular a leitura os educadores têm o desafio de melhorar a qualidade das
capacidades lingüísticas e comunicativas dos seus alunos, tão necessária para um
desenvolvimento humano harmônico, num mundo complexo e cambiante. Esta tarefa é
particularmente desafiadora para os educadores que não possuem métodos adequados para
enfrentar as crianças com dificuldades no processo de aprendizagem da leitura.
Poderíamos pensar que atualmente, quando o sistema educacional é acessível para
todos os cidadãos, não caberia falar de situações de analfabetismo, que infelizmente ainda
permeia a sociedade brasileira.
Deste modo, é possível assistir com uma certa regularidade à reedição do eterno
debate sobre os métodos através dos quais se ensina as crianças a ler, a discussão em torno da
idade e que deve ser iniciada a instrução formal em leitura ou sobre os aspectos indicadores
de uma leitura eficaz.
Considero que o problema do ensino da leitura na escola não se situa no nível do
método, mas na própria conceitualização do que é a leitura, da forma em que é avaliada pelos
professores, dos meios que arbitram para favorecê-la e, naturalmente, das propostas
metodológicas que se adotam para ensiná-la.
Para formar leitores devemos ter paixão pela leitura. Neste sentido concordo com o
autor francês Bellenger, quando o mesmo comenta:
“Em que se baseia a leitura? No desejo. Esta resposta é uma opção. É tanto o
resultado de uma observação como de uma intuição vivida. Ler é identificar-
se com o apaixonado ou com o místico. É ser um pouco clandestino, é abolir
o mundo exterior, deportar-se para uma ficção, abrir o parêntese do
imaginário. Ler é muitas vezes trancar-se. É manter uma ligação através do
tato, do olhar, até mesmo do ouvido (as palavras ressoam). As pessoas lêem
com seus corpos. Ler é também sair transformado de uma experiência de
vida, é esperar alguma coisa. É um sinal de vida, um apelo, uma ocasião de
amar sem a certeza de que se vai amar. Pouco a pouco o desejo desaparece
sob o prazer”. (Lionel Bellenger, Os métodos de leitura, p.17)
Ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não consegue
extrair o sentido. Essa é uma boa caracterização da tarefa de ler em sala de aula, para uma
grande maioria dos alunos ela é difícil demais, justamente porque ela não faz sentido.
Devemos lembrar que, para a maioria, a leitura não é aquela atividade no aconchego
do lar, no canto preferido, que nos permite nos isolarmos, sonhar, esquecer, entrar em outros
mundos, e que tem as suas primeiras associações nas estórias que a nossa mãe nos lia antes de
dormir. Pelo contrário, para a maioria, as primeiras lembranças dessa atividade são a cópia
maçante de palavras e sílabas decoradas, essas atividades substituem o aconchego e o amor
para essas crianças, encravando assim o caminho até o prazer.
Após esse desapontador contato com a palavra escrita, a desilusão continua, o
fracasso se instala como uma constante na relação com o livro. Muitas das práticas do
professor nesse período após a alfabetização sedimentam as margens negativas sobre o livro e
a leitura desse aluno, que logo passa a ser mais um não leitor em formação.
As práticas desmotivadoras, perversas até, pelas conseqüências nefastas que trazem,
provêm, basicamente, concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura, e, portanto,
da linguagem. Elas são práticas sustentadas por um entendimento limitado e incoerente no
que seja ensinado português entendimento este tradicionalmente legitimado tanto dentro como
fora da escola. É dessa legitimidade que se deriva um dos aspectos mais nefastos das práticas
limitadoras de aprendizagem. Estas práticas são perpetuadas não só dentro da escola, o que
seria de se esperar, mas também funcionam como um mecanismo mais poderoso para a
exclusão fora da escola. Os diversos concursos para cargos públicos e para vagas em colégios
e universidades sejam estes de nível estadual, federal ou municipal, exigem do candidato
conhecimento fragmentado e mecânico sobre a gramática da língua decorrente de uma
abordagem de ensino que é ativamente contrária a uma abordagem global, significativa,
baseada no uso da língua.
Assim acredito que uma das primeiras barreiras que o professor tem que negociar
para poder ensinar a ler é a resistência do próprio aluno, já ouvimos aluno do ensino médio
dizer “Eu não quero trabalhar textos, eu quero aprender português”, expressando o mesmo
pré-conceito de um adulto analfabeto em curso supletivo de alfabetização que disse: “Eu não
quero trabalhar textos, eu quero aprender a ler”. Essas convicções estão baseadas numa
concepção de saber lingüísticos desvinculadas do uso da linguagem: no primeiro caso, fica
claro que o aluno está reivindicando a regra gramatical tradicional, que não faz sentido, que
deve ser memorizada só para a prova, mas que será a que determinará sua inclusão ou
exclusão no banco, na repartição pública, na faculdade: no segundo caso, o aluno reivindica a
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decifração e cópia de letras e sílabas, como um fim em si, sem perceber que essas atividades
são apenas prelúdio para a atividade de leitura, porque nunca ninguém desvendou para ele
verdadeiro significado da atividade.
É justamente essa a resistência a que é usada pelo burocrata (que pode ser o diretor
da escola, outros professores), para efetivamente impedir uma prática alternativa. E
encontramos na maioria dos casos e muito rapidamente o professor novo (recém-chegado ou
recém-formado e com uma proposta renovadora), que desiste em parte pelo fato de ele se
encontra dentro da estrutura de poder na escola, no degrau mais baixo, e também, pelo fato de
sua proposta estar baseada apenas numa convicção de necessidade de mudança, mas sem a
formação necessária para essa mudança. Por isso, acreditamos na formação teórica do
professor na área de leitura.
Um dia vista por um alpinista, foi por ele questionada: “que é que você, águia, está
fazendo no meio das galinhas?” Ao que ela respondeu: “Não me goza. Águia é a vovozinha.
Sou uma galinha de corpo e alma, embora não pareça”.
A fim de resgatar a identidade da ave, o alpinista a conduziu até o alto das montanhas
e a lançou no mais profundo abismo. Diante da queda, algo novo aconteceu: a águia
adormecida, esquecida e alto-negada voou. Não mais estava presa aos limites de um
galinheiro.
Utilizando-me de textos como estes, tento apontar aos alunos, seus pais e professores
que, no momento está acontecendo uma dificuldade de aprendizagem. Mas, que a criança não
é uma “dificuldade de aprendizagem ambulante.” Estamos diante de uma circunstância e não
de uma realidade imutável. É preciso apontar que, apesar de tal dificuldade, a criança possui
outros atributos que a definem como pessoa: ser extrovertida, gostar de conviver em meio aos
seus pares, aprender as experiências do redor, ser esperto no uso do computador, sair-se bem
em um determinado esporte, expressar oralmente os conhecimentos que possui etc.
É uma águia ou um ganso repleto de recursos. Não é uma galinha ou um patinho
feio.
Não podemos usar amarras. Devemos avaliar quais recursos estão aprisionados e
precisam ser libertados. Percebendo-os de forma objetiva e em operatividade, a criança ganha
combustível para superar-se.
Ressalto ser extremamente importante “provar” para a criança que ela é capaz.
Discursos não a convencerão. Temos (profissionais + pais) que apontar concretamente e sem
distorções qual é a realidade que cerca a criança neste momento.
Badão, o dragão (Hidelbrando Pontes Neto/Editora Ática)
Badão é um dragão desajeitado, rejeitado, inferiorizado e apelidado pejorativamente
por várias crianças, justamente por está apresentando qualidade abaixo da média: ao invés de
soltar fogo pelas ventas (como devem fazer os dragões!), atualmente (na velhice), ele apenas é
capaz de soltar uma fumacinha. Isto o entristece grandemente.
Crianças com dificuldade de aprendizagem costumam identificar-se prontamente
com Badão. Ao ouvirem tal estória, acabam conseguindo verbalizar a dor que sentem por não
aprender nos moldes da mídia.
Badão acaba indo para a lua. Embora o desfecho do livro seja poético, muitas
crianças costumam verbalizar sobre o medo que tem de perder o amor de seus pais, por não
conseguirem aprender tal como os mesmos gostariam. É neste momento que tal angústia
passa a ser trabalhada de forma mais direta. Algumas crianças afirmam achar legal a saída de
Badão: o refugiar-se. Outras julgam injusto tão isolamento.
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Assim temos a criança capaz de aprender com eficiência e, portanto, bem sucedida;
do outro, temos a criança que não consegue obter tanto sucesso numa determinada tarefa, mas
essa mesma possui potencialidades diversificadas muitas vezes ocultas ao professor.
impossíveis. Estas são o nosso grande desafio; com elas temos tentando caminhar
delicadamente, em seu ritmo e respeitando os seus limites. Outras ainda se mostram
descrentes e desinteressadas, reagindo a nossas propostas com um “já faço demais”. Estas são
a evidência de que nem são rosa em nosso caminho e nos obrigam a trabalhar a nossa própria
onipotência/impotência.
O processo de tornar-se pesquisadora de sua própria prática faz com que a professora
atualize seu conhecimento que adquiriu em seu curso inicial e que foi enriquecendo em sua
prática e em cursos, leitura e estudos. A investigação da professora é decorrência de sua
preocupação e melhor ensinar e sensibilidade pra compreender seus alunos e alunas, e em
melhor identificar os fundamentos teóricos-epistemológicos e ideológicos de sua prática. Nós
simplesmente atuamos no sentido de atender ao seu desejo, nem sempre consciente e nem
sempre explicitado com clareza, de melhorar sua prática.
Não se trata de sobrecarregar a já sobrecarregada professora com mais uma tarefa,
como temem alguns que, assim pensando protestam. Trata-se apenas de fornece-lhe
instrumental teórico indispensável para que ela possa mudar as lentes com que foi ensinada a
olhar os seus alunos e alunas e, melhor compreendendo, possa contribuir efetivamente para
que todos possam aprender tudo.
Com as perguntas que as professoras se fazem e nos fazem não são as mesmas – pois
variam de acordo com suas histórias pessoais e profissionais, com diferentes conhecimentos
que trazem da realidade, com o contexto em que são formuladas –, as metodologias não
poderiam ser sempre as mesmas. As metodologias que empregamos variam, portanto, de
acordo com o momento e o contexto que se nos apresentam, considerando sempre o caráter
cooperativo flexível da prática alfabetizadora.
No processo de transformação da professora alfabetizadora em professora
pesquisadora estabelece-se um movimento prática – teoria – prática como critério de verdade.
É no cotidiano da sala de aula que a teoria é validada, iluminando a prática e fazendo-a
avançar, confirmando-se ou sendo negado pelas evidências empíricas, o que desafia a
construção de novas explicações. Daí que as discussões teóricas são todo o tempo reportado à
prática alfabetizadora trazida pelas professoras, um processo que visa à recuperação da
unidade dialética teoria e prática. A teoria vai sendo atualizada e ganhando sentido e a prática
vai adquirindo maior consistência. A primeira leitura da escola, na medida em que a teoria é
incorporada, vai se formando mais fina e aguçada, possibilitando à professora ler a realidade
escolar em sua complexidade, antes despercebida. O olhar ocasional torna-se um olhar
intencional e mais apurado, porque enriquecido pela teoria. Os ouvidos desatentos afinam-se
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e passam a ouvir distinguindo a sutileza das falas, conversas, risos, silêncios, gritos; o que
antes parecia apenas ruído torna-se “entonação cheia de sentido” aos ouvidos da professora
pesquisadora.
Sabemos que o gosto pela leitura começa cedo, em cãs, antes mesmo do processo de
alfabetização. As histórias de leitura de apaixonados leitores, como temos observado em
depoimentos de escritores, mostra-nos como são importantes as histórias ouvidas na infância e
o contato com o livro como se fosse um brinquedo para ser trocado, modificado, riscado ou
mesmo destruído. Todo o prazer vem do imaginário solto, a criança vendo e criando histórias
para os livros de imagens, quando ainda não sabem ler. Vem no ato de transformar, questionar
e envolver-se encantatoriamente porque ouviu nas histórias contadas pelos mais velhos, antes,
e com o que leu quando já sabia. Infelizmente a sociedade não cumpre o seu papel de
estimuladora da leitura, não cria bibliotecas para as crianças. A família prefere os brinquedos
apenas, achando caro ou não se importando menos com o livro. Assim, quando chega na
escola é que a criança vai ter muitas vezes, o seu primeiro encontro com o livro. E a escola
falha também, pois quase não tem livros para oferecer, não há bibliotecários que façam a
animação que a leitura exige, não há professores preparados para introduzir a criança no
mundo da leitura.
Pensamos que é primordial rever o currículo e os programas dos cursos de
magistérios, no sentido de valorizar a leitura e, conseqüentemente a produção de texto. O
aluno deveria ler e escrever em todas as disciplinas, não apenas nas aulas de língua e
literatura. Nestas, a leitura e a produção de textos tem que seguir estratégias mais criativas.
Para que o futuro educador saiba criar bons leitores de literatura é preciso de que ele mesmo
sinta o prazer, a fascinação e o envolvimento do texto literário. O contato com o texto teórico
e necessário, mais como apoio para levar ao melhor entendimento do livro de literatura
infantil. A escola precisa tomar consciência da importância do ato de ler e de escrever, tanto
no plano individual como social.
O professor precisa ver o texto literário como algo que pode e deve ser lido em voz
alta com expressividade, provocando emoção, discussão e motivação, para que o leitor possa
transformá-lo, discuti-lo e recriá-lo. Precisa ser um texto literário como algo que pode ser lido
em silêncio, leitor criando e recriando cenas e personagens, segundo suas vivências e
emoções.
O homem nasce cantando, portanto nasce expressando poeticamente o mundo e seus
sentimentos. O homem nasce cantando, portanto nasce envolvido em histórias, lugares,
personagens, ações reais ou fantásticas. Tudo isso a literatura reflete quando somos leitores
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iniciais. Ela vira feitiço, puro encantamento, o melhor dos vícios. E os vários modos de ler
bem podem e devem ser aprendidos na escola. Após o desenvolvimento do projeto contos de
fada na Escola de Ensino Infantil e Ensino Fundamental Francisco Ricardo da Silva, podemos
detectar e analisar alguns dados no que se refere ao aluno bom e mau leitor. Seguem-se abaixo
algumas informações referentes ao assunto.
BOM LEITOR / MAU LEITOR
BOM LEITOR MAU LEITOR
O bom leitor lê rapidamente e entende bem o O mau leitor lê vagarosamente e entende mal
que lê, tem habilidades e hábitos como: o que lê. Têm hábitos como:
1. Lê como objetivo determinado. 1. Lê sem finalidade.
Ex.: aprende certo assunto – repassar Raramente sabe por que lê.
detalhes e questões.
2. Ler unidade de pensamento. 2. Lê palavra por palavra. Pega o sentido
Abarca, num relance, o sentido de um grupo da palavra isoladamente. Esforça-se para
de palavras. Relata rapidamente as idéias ajuntar os termos para poder entender a frase.
encontradas numa frase ou num parágrafo. Freqüentemente tem de reler as palavras.
3. Tem vários padrões de velocidade. 3. Só tem um ritmo de leitura.
Ajusta a velocidade da leitura com o assunto Seja qual for o assunto, ler sempre
que ler. Se ler uma novela, é rápido. Se um vagarosamente.
livro científico para guardar detalhes, ler
mais devagar para entender bem.
4. Avalia o que lê. 4. Acredita em tudo que lê.
Pergunta-se se freqüentemente: que sentido Para ler tudo que é impresso é verdadeiro.
tem isso para mim? Está o autor qualificado Raramente confronta o que lê com suas
para escrever sobre o assunto? Está se próprias experiências.
apresentando penas um ponto de vista do
problema? Qual é a idéia principal deste
trecho? Quais seus fundamentos?
5. Possui bom vocabulário. 5. Possui vocabulário limitado.
Sabe o que muitas palavras significam. É Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca
capaz de perceber novas pelo contexto. Sabe relê uma frase para pegar o sentido de uma
usar dicionários e o faz freqüentemente para palavra difícil ou nova. Raramente consulta
esclarecer o sentido de certos termos, no um dicionário. Quando faz atrapalha-se em
momento oportuno. achar a palavra. Tem dificuldade em entender
a definição das palavras e em escolher o
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sentido exato.
6. Tem habilidades para conhecer o valor 6. Não possui nenhum critério técnico para
do livro. conhecer o valor do livro.
Sabe que a primeira coisa a fazer quando se Nunca ou raramente lê a página de rosto do
toma um livro é indagar de que trata. Através livro, o índice, o prefácio, a bibliografia,
do título, subtítulos, encontrados na página etc... Antes de iniciar a leitura, começa a ler a
de rosto e não apenas na capa. Em seguida partir do primeiro capítulo. É comum até
ler os títulos do autor, a edição do livro, o ignorar o autor, mesmo depois de terminada a
índice, “orelha do livro”, o prefácio, a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre
bibliografia citada. Só depois é que se vê em leitura e simples consulta. Não consegue
condições de decidir pela conveniência ou selecionar o que vai lê. Deixa-se sugestionar
não da leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe pelo aspecto material do livro.
quando consultar e quando ler.
7. Sabe quando deve ler um livro até o fim, 7. Não sabe decidir se é conveniente ou não
quando interromper a leitura interromper uma leitura.
definitivamente ou periodicamente. Ou lê todo o livro ou interrompe sem critério
Sabe quando e como retomar a leitura, sem objetivo, apenas por questões subjetivas.
perda de tempo e sem perder continuidade.
8. Discuti freqüentemente o que lê com 8. Raramente discuti com os colegas o que
colegas. lê.
Sabe distinguir entre as expressões subjetivas Quando faz, deixa-se levar por impressões
e valor objetivo durante as discussões. subjetivas e emocionais para defender um
ponto de vista. Seus argumentos, geralmente,
derivam da autoridade do autor, da moda, dos
lugares comuns, das tiradas eloqüentes, do
preconceito.
9. Adquire livros com freqüência e cuida 9. Não possui biblioteca particular.
de ter sua biblioteca particular. Às vezes é capaz de adquirir “metros” de
Quando é estudante procura os livros de livros para decorar a casa. É freqüentemente
textos indispensáveis e se esforça em possuir levado a adquirir livros secundários ao invés
os chamados clássicos e fundamentais. Tem dos fundamentais.
interesse em fazer assinaturas de periódicos Quando estudante só lê e adquire compêndios
científicos formado. Continua alimentando a de aula. Formado, não sabe o que representa
sua biblioteca e restringe a aquisição nos o hábito de “boas aquisições” de livros.
chamados “compêndios.” Tem o hábito de ir
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Os projetos são uma ótima oportunidade para que os alunos possam produzir textos
que tenham uma intenção clara os projetos devem ter um objetivo bem definido e as crianças
têm de entender que as pesquisas, as entrevistas, as leituras, os textos que lerem se destinam a
um objetivo combinado em conjunto entre a classe e o professor.
O projeto contos de fadas desenvolvido na E.E.I.E.F. Francisco Ricardo da Silva, no
município de Mucambo, com duração de 3 meses foi de suma importância para avaliarmos o
nível de leitura, escrita e interpretação de textos, além de ter proporcionado momentos de
descontração e integração entre a turma. Tendo como objetivos o desenvolvimento das
habilidades de compreensão, desenvolver a leitura oral e adquirir e fixar conhecimentos.
Trabalhar contos de fadas em sala de aula é uma experiência inesquecível e
fundamental na formação de um leitor. Quanto mais oportunidades tenham os alunos de ouvir,
ver e sentir leituras alheias, maior será a sensibilidade para compreender o que lêem e ouvem.
A felicidade que sentem quando ouvem as histórias se transformam em fôlego para muito
mais leituras.
Nas histórias infantis encontra-se um mundo maravilhoso. É o faz-de-conta que, ao
mesmo tempo em que encanta com a fantasia e se reproduz na imaginação fértil das crianças e
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serve de referencial para a realidade que elas vivem. Pudemos perceber no decorrer do projeto
que as histórias fascinavam e atraiam as crianças de tal forma que elas se imaginavam no
papel dos personagens principais e, por isso, muitas vezes levavam para a vida real as atitudes
dos personagens, fazendo uma leitura do seu próprio mundo.
Muito se lamenta hoje a falta de hábito de leitura nos jovens. Esquece-se, no entanto
que hábitos são criados a partir de estímulos em idade adequada. A criança que ouve histórias
encantadas por seus pais e professores, que é incentivada a ler as figuras e imaginar o que está
ocorrendo, que é incentivada a criar histórias e contá-las oralmente, enfim, a criança que
descobre a magia dos livros será um eterno leitor.
6. METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONTES ESCRITAS
Apêndices