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APOSENTADORIA ESPECIAL

PROF.ª ADRIANE BRAMANTE

Advogada. Mestre em Direito


Previdenciário pela PUC-SP.
Coordenadora e Professora
de cursos de pós-graduação.
Vice-Presidente do IBDP.
Autora do livro
“Aposentadoria Especial.
Teoria e Prática”. 2ª Edição
Ed. Juruá, dentre outros.
Membro Efetivo da Comissão
de Previdência Social da
OAB/SP.
Fundamentação Jurídica:

-CF art. 201, § 1º;


-Lei 8.213/91, arts. 57 e 58;

-Decreto 3048/99 - Art. 64 a 70, com


alterações pelo Decreto 8.123/13;
A APOSENTADORIA ESPECIAL NO
RGPS:
Art. 201, § 1º, CF alterado pela EC 47/05:

“É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a


concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de
deficiência, nos termos definidos em lei complementar.” (grifo
nosso)
ALTERAÇÕES NOS ÚLTIMOS 20 ANOS
ESPECIFICAMENTE QUANTO À APOSENTADORIA
ESPECIAL FORAM MUITAS...

LEIS DECRETOS
Lei 9.032/95; Decreto 2.172/97;
Lei 9.528/97; Decreto 3.048/99;
Lei 9.711/98; Decreto 4.032/01;
Lei 9.732/98 Decreto 4.729/03;
Decreto 4.827/03;
Decreto 4.882/03
Decreto 8.123/13
Conceito-Base da
Aposentadoria Especial
É a sujeição do segurado aos agentes
nocivos prejudiciais à saúde ou à
integridade física pelo tempo mínimo
estabelecido em lei (15, 20 ou 25
anos), cujo objetivo principal é a
proteção do trabalhador,
proporcionando-lhe uma prestação de
natureza eminentemente preventiva.
APOSENTADORIA ESPECIAL.
CARACTERÍSTICAS:
15, 20 ou 25 anos;
Exposição a agentes
agressivos, prejudiciais
à saúde ou integridade
física:
1. Físicos
2. Químicos
3. Biológicos
4. Associação de agentes
Riscos Ambientais físicos:

Conceito: pode trazer o


ocasionar danos à saúde ou à
integridade física, em razão
de sua intensidade e
exposição.

Exemplos mais comuns:


ruídos
vibrações
calor
pressões anormais
radiações ionizantes
AGENTES QUÍMICOS

Slide de Sandro J. A. Bittencourt


Riscos Ambientais químicos:
Conceito: pode trazer o
ocasionar danos à saúde ou à
integridade física, em razão de
sua concentração, manifestados
por névoas, neblinas, poeiras,
fumos, gazes, vapores de
substâncias nocivas presentes no
ambiente de trabalho, absorvidos
pela via respiratória ou outras
vias.
Exemplos mais comuns:
asbestos
arsênio
benzeno
chumbo
Cloro
Hidrocarbonetos
Outros (20)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL.
MECÂNICO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO. REAFIRMAÇÃO DA DER. HONORÁRIOS.
PEDIDO IMPLÍCITO

1. Atividade de mecânico passível de


enquadramento como especial,
considerando o contato, ainda que não
permanente, com graxas, óleos e gasolina,
pois o critério pautado para aferição da
especialidade é qualitativo.
(TRF4, APELREEX 5000882-85.2011.404.7001,
Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Ezio Teixeira,
D.E. 05/07/2013)
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA
ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES OU
PERIGOSOS. FRENTISTA. RECONHECIMENTO. TERMO
INICIAL DA CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS

"Há contato direto com hidrocarbonetos saturados,


olefínicos, aromáticos e Benzeno [...].". Por fim,
concluiu: "O obreiro mantém contato frequente com
inflamáveis líquidos, gasolina, álcool, óleo diesel,
hidrocarbonetos, sem utilização de equipamentos
específicos e necessários para sua proteção individual,
prática constatada no local de trabalho. As atividades
desenvolvidas pelo Autor são caracterizadas com
insalubres, uma vez que permanece em contato com
produtos nocivos a sua saúde".
(AC 0011136-58.2007.4.01.3500 / GO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL
FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ
ROCHA (CONV.), SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.116 de 28/05/2014)
INDÚSTRIA DE CALÇADOS DE FRANCA.
ENQUADRAMENTO POR AGENTES QUÍMICOS.

(...)
A parte autora apresentou laudo
técnico elaborado por engenheiro de
segurança do trabalho a pedido do
Sindicato dos Empregados nas
Indústrias de Calçados de Franca,
através de visita em estabelecimentos
de porte e ambiente similar
(fl.72/122), não havendo que se
desqualificar tal documento, vez que
atendeu aos critérios técnicos relativos
à perícia ambiental, especialmente por
se tratar de funções cuja insalubridade
decorre do uso de equipamentos e
produtos químicos inerentes a
determinado ramo de atividade...
(AC0003658-5.2010.4.03.6113.
Rel. Des. Fed. Dr. Sérgio
Nascimento. DJ 12/08/2014)
Benzeno: vide Memorando-Circular
n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014
“Orientamos aos peritos médicos que, na
análise dos benefícios de Aposentadoria
Especial oriundos da exposição ao agente
químico Benzeno, seja adotado e critério
qualitativo e que não sejam considerados
na avaliação os equipamentos de
proteção coletiva e/ou individual, uma vez
que os mesmos não são suficiente para
elidir a exposição a esse agente químico”
AGENTES BIOLÓGICOS

Slide de Sandro J. A.
Bittencourt
Riscos Ambientais biológicos:
Conceito: pode trazer o
ocasionar danos à saúde ou
à integridade física, em
razão de sua natureza.

Exemplos mais comuns:


bactérias
fungos
parasitas
vírus
contato em pacientes
portadores de doença
infecto-contagiosas ou com
manuseio de materiais
contaminados;
Entendimento da IN 77/2015
a partir de 6 de março de 1997, data da publicação
do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997,
tratando-se de estabelecimentos de saúde, somente
serão enquadradas as atividades exercidas em
contato com pacientes acometidos por doenças
infectocontagiosas ou com manuseio de materiais
contaminados, considerando unicamente as
atividades relacionadas no Anexo IV do RPBS e RPS,
aprovados pelos Decreto nº 2.172, de 5 de março
de 1997 e n° 3.048, de 1999, respectivamente. (art.
285 II)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL.
AGENTES NOCIVOS BIOLÓGICOS E RADIAÇÃO IONIZANTE. CATEGORIA
PROFISSIONAL. DENTISTA. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. LEI N. 9.032/95. CUMPRIMENTO
IMEDIATO DO ACÓRDÃO. 1... 2. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da
especialidade por categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, aceitando-se
qualquer meio de prova (exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não mais é
possível o enquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da
sujeição a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então,
por meio de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 3. A
exposição a radiação ionizante e à agentes nocivos biológicos (decorrentes do contato com
pacientes) enseja o reconhecimento do tempo de serviço como especial. 4. A atividade de
dentista exercida até 28-04-1995 deve ser reconhecida como especial em decorrência do
enquadramento por categoria profissional. 5. Os equipamentos de proteção individual não
são suficientes, por si só, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada
pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 6. A Lei n. 9.032,
de 28-04-1995, ao alterar o § 3º do art. 57 da Lei n. 8.213/91, vedando, a partir de então, a
possibilidade de conversão de tempo de serviço comum em especial para fins de concessão
do benefício de aposentadoria especial, não atinge os períodos anteriores à sua vigência,
ainda que os requisitos para a concessão da inativação venham a ser preenchidos
posteriormente, visto que não se aplica retroativamente uma lei nova que venha a
estabelecer restrições em relação ao tempo de serviço. 7. Implementados mais de 25 anos
de tempo de atividade sob condições nocivas e cumprida a carência mínima, é devida a
concessão do benefício de aposentadoria especial, a contar da data do requerimento
administrativo, nos termos do § 2º do art. 57 c/c art. 49, II, da Lei n. 8.213/91.. (TRF4,
APELREEX 5000472-61.2010.404.7001, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Roger Raupp
Rios, juntado aos autos em 27/03/2014)
Período: 01-05-1987 a 31-07-2009.
Empresa: Consultório Dentário próprio.
Ramo: Odontologia.

Função/Atividades: Cirurgião-Dentista autônomo. As atividades consistiam em


efetuar procedimentos odontológicos tais como: restaurações, tratamento
endodôntico, próteses, cirurgia e tratamentos periodontais, instalação de implantes
dentários, dentre outros.
Categoria profissional: Dentista.
Agentes nocivos: Biológicos (decorrentes do contato com a saliva dos
pacientes) e Físicos (radiação ionizante).
Enquadramento legal: Códigos 2.1.3 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64, 2.1.3
do Quadro II do Anexo do Decreto n. 72.771/73 e 2.1.3 do Anexo II do Decreto n. 83.080/79
- Dentista; Códigos 1.3.2 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64 (germes infecciosos ou
parasitários humanos - animais), 1.3.4 do Anexo I do Decreto n. 83.080/79 (doentes ou
materiais infecto-contagiantes), 3.0.1 do Anexo IV do Decreto n. 2.172/97
(microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas) e 3.0.1 do Anexo IV do
Decreto n. 3.048/99 (microorganismos e parasitas infectocontagiosos vivos e suas toxinas);
Códigos 1.1.4 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64 (radiação), 1.1.3 do Quadro I do
Anexo do Decreto n. 72.771/73 (radiação ionizada), 1.1.3 do Anexo I do Decreto n.
83.080/79, 2.0.3 do Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 e 2.0.3 do Anexo IV do Decreto n.
3.048/99 (radiações ionizantes).
Provas apresentadas ao
processo:
(i) Testemunhal; (ii) Perícia Judicial;
(iii) Declaração emitida pela Associação Odontológica do Norte do Paraná em
2009, no sentido de que o requerente faz parte do quadro associativo
daquela entidade desde 1979, na condição de cirurgião-dentista;
(iv) Diploma Universitário, informando a graduação em Odontologia no ano
de 1980;
(v) Carteira Profissional de Cirurgião-Dentista, com inscrição no ano de 1981;
(vi) CTPS, na qual se verifica que o possuiu vínculo empregatício como
dentista entre agosto de 1980 e setembro de 1986, e como cirurgião-
dentista entre outubro de 1980 e fevereiro de 1984;
(vii) Informações do CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais,
extraídas em 2009, nas quais se verifica que o segurado está cadastrado
como autônomo desde 1987, e especificamente como dentista/odontólogo
desde 1993;
(viii) Certificado de Especialização em Periodontia em nome do demandante,
informando conclusão no ano de 1992; e
(ix) Certificado de Especialização em Implantodontia em nome do
requerente, informando conclusão no ano de 2005
ATIVIDADE ESPECIAL EXERCIDA POR VIGILANTE.
TRATORISTA. MOTORISTA DE AMBULÂNCIA. AGENTES
NOCIVOS. EPI. AGRAVO DESPROVIDO
1. A atividade de Tratorista é equiparada à de motorista de caminhão, com
enquadramento no código 2.4.4 do Decreto 53.831/64 e 2.4.2 do Decreto 83.080/79,
e de modo que o enquadramento se dá pela presunção legal. A partir da Lei
9.032/95, deve ser demonstrado o exercício da atividade especial mediante
formulário padrão e após 10.12.97, mediante laudo pericial.
2. O serviço de vigilante é de ser reconhecido como atividade especial, mesmo
quando o trabalhador não portar arma de fogo durante a jornada laboral, devendo o
respectivo tempo de atividade ser convertido em tempo comum. Precedente desta
Corte.
3. A parte autora comprovou que exerceu atividade especial no período
laborado na Prefeitura Municipal de Pedregulho, onde exerceu as funções de
motorista de ambulância, conforme PPP, exposto a agentes nocivos
biológicos, ante o contato direito com pacientes doentes ou acidentados, e
limpeza das ambulâncias, agentes nocivos previstos no item 3.0.1 do Decreto
3.048/99.(...)
(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC 0005362-17.2012.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR
FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em 11/03/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:19/03/2014)
Periculosidade. Fundamentos para
Enquadramento como especial
- São agentes perigosos:
Inflamáveis, explosivos,
eletricidade, segurança
pessoal ou patrimonial e
motociclista.

-Fundamentos:
a) Art. 193 da CLT;
b) CF e Lei 8.213/91:
“integridade física”;
c) NR 10, 16 e Anexo 3
d) Súmula 198 TFR;
d) Recurso Repetitivo;
STJ julga recurso repetitivo por exposição
à eletricidade após 1997
...”No caso concreto, o Tribunal de origem
embasou-se em elementos técnicos
(laudo pericial) e na legislação
trabalhista para reputar como especial o
trabalho exercido pelo recorrido, por
consequência da exposição habitual à
eletricidade, o que está de acordo com o
entendimento fixado pelo STJ”.
(Resp. 1.306.113. Min. Herman Benjamin. Transitado
em julgado em 16/06/2013)
Portaria MTE 1885/2013.
VIGIA/VIGILANTE
2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os
trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de


segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança
privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça,
conforme lei 7102/1983 e suas alterações posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou


pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias,
aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela
administração pública direta ou indireta.
SÚMULA 26 DA TNU

A atividade de vigilante enquadra-se como


especial, equiparando-se à de guarda,
elencada no item 2.5.7. do Anexo III do
Decreto n. 53.831/64.
PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE.
IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA
PROFISSIONAL APÓS VIGENCIA DO DECRETO 2.172/97

...3. Apesar de o enquadramento por categoria profissional ter sido


abolido pela Lei nº 9.032/95, ainda se admite o enquadramento da
atividade de vigilante como especial no período compreendido entre
29/04/1995 (início da vigência da Lei nº 9.032/95) e 04/03/1997 (antes
de entrar em vigor o Decreto nº 2.172/97), porque o Decreto nº
53.831/64 persistiu em vigor nesse período. 4. Uniformizado o
entendimento de que a partir de 05/03/1997, quando iniciou a
vigência do Decreto nº 2.172/97, não cabe reconhecimento de
condição especial de trabalho por presunção de periculosidade
decorrente de enquadramento na categoria profissional de
vigilante. 5. Pedido provido.
(PEDILEF 05007011020124058502. Juiz Federal Rogerio Moreira alves.
DOU 28/10/2013)
VIGILANTE ARMADO APÓS 05/03/97.
TNU. VOTO DIVERGENTE
“VOTO DIVERGENTE (JUIZ FEDERAL JOÃO BATISTA LAZZARI) Já tive
a oportunidade de apreciar a matéria ora em debate quando atuava
como membro suplente desta e. Turma Nacional e, naquela ocasião,
lancei voto divergente no qual expus as razões pelas quais entendia
que a questão do vigilante merecia o mesmo tratamento conferido
pelos tribunais pátrios aos obreiros sujeitos à eletricidade, por
acarretarem, ambas as profissões, risco aos trabalhadores que a
desempenham (PEDILEF 5006955-73.2011.4.04.7001). Continuo
entendendo possível o reconhecimento da especialidade em
razão do exercício de atividade perigosa (nesta incluída a de
vigilante armado) mesmo após o advento do Decreto n.
2.172/1997, inexistindo limitação temporal, a meu ver, para a
contagem privilegiada em face da proteção constitucional à
integridade física do trabalhador, prevista no art. 201, § 1º,
da Constituição Federal/1988”. (PEDILEF 05007011020124058502.
Juiz Federal Rogerio Moreira alves. DOU 28/10/2013)
PROCESSO CIVIL: AGRAVO LEGAL. ARTIGO 557 DO CPC. DECISÃO
TERMINATIVA. APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTO DE
LABOR ESPECIAL EM PERÍODO ESPECÍFICO. VIGILANTE. AGRAVO
IMPROVIDO

I - O agravo em exame não reúne condições de acolhimento, visto desafiar decisão que, após exauriente
análise dos elementos constantes dos autos, alcançou conclusão no sentido do não acolhimento da
insurgência aviada através do recurso interposto contra a r. decisão de primeiro grau.
II - A partir da edição da Lei 9.032/95, para fazer jus ao cômputo da atividade especial, o segurado deve
comprovar o trabalho permanente em condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade
física. É dizer, deve ficar comprovada a efetiva exposição a agentes físicos, químicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física; o exercício de atividade insalubre. Não é
viável o reconhecimento do labor especial com base apenas na categoria profissional do trabalhador.
III - Não há como se reconhecer a especialidade do trabalho do agravante no período posterior à edição
da Lei 9.032/95, eis que a documentação juntada aos autos não traz a informação de que ele se expunha
a qualquer agente nocivo, executando tarefas insalubres.
IV - O fato de a atividade do vigilante ser considerada perigosa não legitima o
reconhecimento da sua especialidade para fins previdenciários, eis que, para tanto, faz-se
necessário o exercício de atividade insalubre - aquelas que prejudicam a saúde do
trabalhador -, o que não se confunde com atividade perigosa.
V - A sentença de primeiro grau andou bem ao reconhecer como especial o período laborado pelo
agravante como vigilante apenas no intervalo de tempo de 05/07/1989 e 28/04/1995.
VI - Não reconhecido como especial o período de 29.08.1995 até 02.10.2012. O agravante não faz jus à
aposentadoria especial requerida, sendo de rigor a manutenção da sentença também nesse particular...
VIII - Agravo improvido. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AMS 0000393-98.2013.4.03.6126, Rel. DESEMBARGADORA
FEDERAL CECILIA MELLO, julgado em 31/03/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)
STJ TNU
SEM OU COM ARMA DE FOGO?
...a súmula de nº 26 da Turma
2. A jurisprudência deste Nacional de Uniformização – TNU
Superior Tribunal é firme –, é clara ao dispor: A atividade
no sentido de permitir a de vigilante enquadra-se como
conversão em comum do especial, equiparando-se à de
tempo de serviço guarda, elencada no item 2.5.7.
prestado em condições do Anexo III do Decreto n.
especiais (Vigilante), 53.831/64. Assim, é forçoso
reconhecer o direito do autor à
para fins de concessão conversão de tempo comum em
de aposentadoria, nos especial no período laborado como
termos da legislação vigilante de 01.08.1990 a
vigente à época em que 28.04.1995. Demais disso, frise-
exercida a atividade se, que a tese da equiparação é
possível, desde quando não resta
especial.... contrariado o uso da arma de
fogo(PEDILEF 200570510050451.
REsp 506014 / PR (17.06.11)
Penosidade
É o desgaste físico
ou mental da
atividade exercida
pelo trabalhador

Exemplo:
motorista de ônibus
cobrador de ônibus
professor
PREENCHIMENTO DO REQUISITO ETÁRIO. TEMPO
ESPECIAL. RECONHECIMENTO. CORTADOR DE
CANA. PREVISÃO LEGAL. PRECEDENTE DE
JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 2. A
atividade de cortador de cana merece ser
reconhecida como de natureza especial, pela
presença dos agentes agressivos descritos pelos
formulários e laudos anexados, enquadrada no
Código 2.2.2 do Decreto nº 83.080/79. 3.
Precedentes da Jurisprudência do E. Superior
Tribunal de Justiça e desta Corte. 4. Agravos do
INSS e da parte autora desprovidos. (TRF 3ª R.;
AGLeg-APL-RN 0036926-68.1999.4.03.9999; SP;
Turma do Projeto Mutirão; Relª Juíza Fed. Conv.
Giselle Franca; Julg. 16/02/2012; DEJF
02/03/2012; Pág. 1161)
ENQUADRAMENTO POR
ATIVIDADE PROFISSIONAL
É aquele pelo qual o enquadramento é
feito por categoria profissional e não
individualizado, por agente nocivo. Há
uma presunção absoluta de agentes
nocivos presentes no exercício dessas
atividades. Essa regra vale até a
publicação da Lei 9.032, de
28/04/95.
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º
ART.557 DO C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL TRATORISTA.
DECRETOS 53.831/64 E 83.080/79 ROL MERAMENTE
EXEMPLIFICATIVO

I - A jurisprudência pacificou-se no sentido de que pode ser considerada especial a


atividade desenvolvida até 10.12.1997, advento do Lei 9.528/97, sem apresentação de
laudo técnico, com base nas atividades previstas nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79,
cujo rol é meramente exemplificativo. II - Mantidos os termos da decisão agravada que
determinou a conversão de atividade especial em comum de 01.07.1985 a 13.03.1995,
em razão da atividade de tratorista (PPP doc.27/28), atividade considerada penosa,
por conduzir máquina pesada, análoga à de motorista, prevista no código
2.4.4 do Decreto 53.831/64 e código 2.2.2 do Decreto 83.080/79. III -
Conforme Circular nº 08, de janeiro de 1983 do antigo INPS, a própria autarquia
previdenciária equiparou a atividade de tratorista com a de motorista, em face do
pronunciamento no Proc. 113.064/80 do Ministério do Trabalho. IV - Os demais
períodos, quais sejam, de 12.04.1995 a 14.06.1999 e de 15.06.1999 a 15.02.2008, a
conversão de atividade especial em comum, na função de tratorista, em usina
canavieira, justifica-se pelo contato habitual e permanente à herbicida
(hidrocarbonetos), agente nocivo previsto no código 1.12.10, anexo I, do Decreto
83.080/79, comprovado pelo Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP doc.32/40 e
fl.42/43). IV - Agravo (art.557, §1º do C.P.C.) do INSS improvido.

(AC 0009767-21.2010.4.03.6102. Des. Fed. Sérgio Nascimento. TRF 3ª R. DJ 29/05/12)


ATIVIDADE DE TRATORISTA
A atividade de tratorista pode ser
equiparada à de motorista de caminhão
para fins de reconhecimento de
atividade especial mediante
enquadramento por categoria
profissional.
(SÚMULA 70 TNU – 13/03/2013)
REGULAMENTO É
EXEMPLIFICATIVO?
De De De
ATÉ 28/04/95 28/04/95 a
05/03/97
06/03/97 a
06/05/99
07/05/99
até hoje
SUMULA 198 TFR:
- Físicos; - Físicos; - Físicos; - Físicos;
- Químicos - Químicos - Químicos - Químicos
“Atendidos os demais
-Biológicos - Biológicos
dos Decretos
- Biológicos - Biológicos
Decreto
requisitos,
- Categoria
Decreto

Profissional
53.831/64 e
83.080/79
2.172/97 3.048/99 É devida aposentadoria
especial
se pericia judicial constata
que a
Atividade exercida pelo
segurado
É perigosa, insalubre ou
penosa,
mesmo não inscrita em
+ NR´S Regulamento.”
ANEXOS NORMA REGULAMENTADORA 15
ANEXO 1 RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE
ANEXO 2 RUÍDO DE IMPACTO
ANEXO 3 CALOR
ANEXO 4 REVOGADO
ANEXO 5 RADIAÇÕES IONIZANTE
ANEXO 6 PRESSÃO ATMOFÉRICA ANORMAL
ANEXO 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
ANEXO 8 VIBRAÇÕES
ANEXO 9 FRIO
ANEXO 10 UMIDADE
ANEXO 11 AGENTES QUIMICOS POR LIMITE DE TOLERANCIA
ANEXO 12 POEIRAS MINERAIS ASBESTOS – LT
ANEXO 13 AGENTES QUÍMICOS QUALITATIVOS
ANEXO 13-A BENZENO
ANEXO 14 AGENTES BIOLÓGICOS
Anexo IV do RPS X NR´s
Divergências técnicas:

Agentes Biológicos;
Omissão quanto ao frio;
Agentes Químicos omissos no Anexo IV
e constantes na NR-15: ácido clorídrico,
ácido cianídrico, amônia, dióxido de
enxofre, entre outros;
Quanto aos agentes químicos, o RPS
exige critério quantitativo para todos,
divergindo em muitos casos, da NR-15.
O que diz a IN 77/2015:
Art. 288. As atividades, de modo
permanente, com exposição aos
agentes nocivos frio, eletricidade,
radiações não ionizantes e umidade, o
enquadramento somente será possível
até 5 de março de 1997.
ENQUADRAMENTO DO CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL

Contribuinte Individual- até


28/04/95, sem LTCA, mas
comprovando exposição a
agentes agressivos é possível
reconhecer até hoje (na justiça!).
Súmula 62 TNU
"O segurado contribuinte individual
pode obter reconhecimento de
atividade especial para fins
previdenciários, desde que consiga
comprovar exposição a agentes nocivos
à saúde ou à integridade física."

Publicação 03/07/2012
PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE
ESPECIAL ATUALMENTE

PERMANENCIA
• E
NOCIVIDADE
...Ademais, a identificação entre o conceito de permanência com
integralidade da jornada, constante na redação original do
regulamento da previdência – Decreto n. 3.048/99 (“Art. 65.
Considera-se tempo de trabalho, para efeito desta Subseção, os
períodos correspondentes ao exercício de atividade permanente e
habitual (não ocasional nem intermitente), durante a jornada
integral,
integral em cada vínculo trabalhista, sujeito a condições
especiais...”) já foi abandonada pela própria Previdência Social há
quase uma década, quando o Decreto nº 4.882/2003 deu nova
redação ao dispositivo, relacionando o conceito de permanência ao
caráter indissociável da exposição em relação à atividade, e não
mais à integralidade da jornada (“Art. 65. Considera-se trabalho
permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de
forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do
serviço”). (PROCESSO: 244-06.2010.4.04.7250. ORIGEM: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE SANTA CATARINA. RELATOR: ANDRÉ CARVALHO MONTEIRO. DJ 17/05/2013)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS. ATIVIDADE
ESPECIAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA.
4. Para a caracterização da especialidade, não se reclama
exposição às condições insalubres durante todos os
momentos da prática laboral, sendo suficiente que o
trabalhador, em cada dia de labor, esteja exposto a
agentes nocivos em período razoável da jornada,
salvo exceções (periculosidade, por exemplo).
5. A habitualidade e permanência hábeis aos fins visados
pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do
serviço cometido ao trabalhador, cujo desempenho, não
descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à
prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou
associadas que degradam o meio ambiente do trabalho.
(TRF4, APELREEX 5000456-80.2010.404.7107, Sexta Turma, Relator p/
Acórdão Celso Kipper, D.E. 01/08/2013)
Agentes Biológicos e a
permanência
...”Acórdão da Turma Regional de Uniformização da 4ª Região
conhecendo e negando provimento ao incidente “para reafirmar
o entendimento no sentido de que, para o enquadramento do
tempo de serviço como especial após o início da vigência da
Lei nº 9032/95, não é necessário que a exposição a
agentes biológicos ocorra durante a integralidade da
jornada de trabalho do segurado, bastando, nesse caso,
que haja efetivo e constante risco de contaminação e de
prejuízo à saúde do trabalhador, satisfazendo, assim, os
conceitos de habitualidade e permanência, analisados à
luz das particularidades do labor desempenhado”.
(TNU. PEDILEF 50010260420124047202. JUIZ FEDERAL ADEL
AMÉRICO DE OLIVEIRA. DOU 01/03/2013)
O CRITÉRIO DA PERMANÊNCIA
NA APOSENTADORIA ESPECIAL

EXIGIDA SOMENTE A PARTIR


DA LEI N.º 9032/95
SÚMULA 49 DA TNU
“Para reconhecimento de condição especial de
trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a
agentes nocivos à saúde ou à integridade física
não precisa ocorrer de forma permanente”.
Precedentes: Pedilef nº 0002950-
15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012),
Pedilef nº 2007.71.95.022763-7 (julgamento
02/08/2011), Pedilef nº 2007.72.51.008595-8
(julgamento 17/03/2011).
NÃO DESCARACTERIZAM A
PERMANÊNCIA:
Descansos e afastamentos, tais
como: férias, licença médica e
auxílio-doença acidentário,
aposentadoria por invalidez
acidentária e salário maternidade,
desde que, à data do afastamento,
o segurado estivesse exercendo
atividade considerada especial. (§
único do artigo 65 RPS);
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
REQUISITOS. ATIVIDADE ESPECIAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA. AUXÍLIO-
DOENÇA....
5. A habitualidade e permanência hábeis aos fins visados
pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do
serviço cometido ao trabalhador, cujo desempenho, não
descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à
prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou
associadas que degradam o meio ambiente do trabalho.
6. O período de gozo de auxílio-doença deve ser
considerado como tempo especial quando a
incapacidade decorre do exercício de atividades
especiais. Precedentes desta Corte. (TRF4, APELREEX 5000456-
80.2010.404.7107, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E.
01/08/2013)
NOCIVIDADE. CONCEITO
Característica do agente: análise do
agente para saber sob aspecto técnico
se o mesmo é capaz de causar danos à
saúde e quais danos seriam estes.
Quantidade do agente: análise se a
quantidade de exposição do agente é
suficiente para causar dano.
Apuração da nocividade:
a) Qualitativo: nocividade presumida,
constantes nos Anexos 6,13,13-A e 14 da NR
15 e no Anexo IV do Decreto 3048/99 para
agentes iodo e níquel;

b) Quantitativo: considerada pela


ultrapassagem dos limites de tolerância ou
doses, dispostos nos Anexos 1,2,3,5,8,11 e
12 da NR 15.

- Observar o campo 15.5 do PPP.


EXIGÊNCIAS PARA CRITÉRIO
QUALITATIVO:
A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será
comprovada mediante descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a
determinado agente nocivo ou associação de agentes
nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda
a jornada;
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos
agentes mencionados no inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos
trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da
exposição, a frequência e a duração do contato.
(§ 2º. Art. 68, com nova redação pelo Decreto 8.123, de 17/10/2013)
AGENTES CANCERIGENOS.
PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE:
A presença no ambiente de trabalho, com
possibilidade de exposição a agentes
nocivos reconhecidamente cancerígenos em
humanos, listados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, será suficiente para
a comprovação de efetiva exposição
do trabalhador, pelo critério
qualitativo e mesmo com uso de EPI.
(art. 68, § 4º RPS, com nova redação Decreo
8123/13 e 284 § único da IN 77/2015)
ALGUNS AGENTES CONFIRMADOS
COMO CANCERÍGENOS:

Butadieno (suspeito ainda não


confirmado);
Cloreto de Vinila (confirmado);
Metais: arsênio, berílio, cádmio, mercúrio
e níquel. O cromo e o chumbo são
considerados provavelmente
cancerígenos (WHO, 2007);
Agrotóxicos: arsênio e inseticidas
extraídos do site: www.inca.gov.br
OUTROS FATORES DE RISCO:
CÂNCER RELACIONADO AO
TRABALHO E AO AMBIENTE:

poeiras (sílica e amianto); agrotóxicos;


solventes (benzeno, tolueno e xileno);
radiação ionizante;
radiação solar
(http://www1.inca.gov.br/vigilancia/docs/
ex_ocup_ambient2006.pdf)
PORTARIA INTERMINISTERIAL
Nº 9, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014

Publica a Lista Nacional de Agentes


Cancerígenos para Humanos
(LINACH),
como referência para formulação de
políticas públicas, na forma do anexo a
esta, dentre eles:
Benzeno, compostos de cromo, poeira
de sílica, óxido de etileno, dentre
outros
EFEITOS COMBINADOS DOS AGENTES QUÍMICOS

EXEMPLO: Após a realização de avaliações quantitativas em


um ambiente industrial, foi constatada a seguinte concentração
dos agentes químicos abaixo:

AGENTE CONCENTRAÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

Tolueno 45 ppm 78 ppm

Acetato de etila 215 ppm 310 ppm

Metil ciclohexanol 15 ppm 39 ppm

Slides de Sandro J. A. Bittencourt


AGENTE CONCENTRAÇÃO LIMITE DE TOLERÂNCIA

Tolueno 45 ppm 78 ppm

Acetato de etila 215 ppm 310 ppm

Metil ciclohexanol 15 ppm 39 ppm

Calculando os efeitos combinados teremos:


C1 C2 C3
+ +
LT1 LT2 LT3

45 215 15
+ + =
1,65
78 310 39
Slides de Sandro J. A. Bittencourt
História da Aposentadoria Especial
Foi instituída com a LOPS - Lei 3.807/60:
“Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao
segurado que, contando no mínimo com 50 anos de
idade e 15 de anos de contribuição, tenha
trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos pelo menos,
conforme a atividade profissional, em serviços que,
para esse efeito, forem considerados penosos,
insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder
Executivo”.
Idade e Agentes Agressivos
Em 25/03/64, publica-se o Decreto 53.831/64
com o quadro anexo III;
Idade mínima de 50 anos vigorou até a Lei
5440-A, de 23/05/68. Contudo, no âmbito
administrativo, somente foi acolhido em 1995
(27 anos depois), por força do parecer
CJ/MPAS 2.33/95.
Lei 5.890/73 altera carência para 60 meses;
Em 24/01/79, publica-se o Decreto
83.080/79, com o quadro anexo I e II.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988 PASSOU A GARANTIR, NA
REDAÇÃO ORIGINAL:

Aposentadoria por tempo de serviço aos


35 anos para homem ou 30 anos para
mulher ou, em tempo inferior, se
sujeitos a trabalho sob condições
especiais, que prejudicassem a saúde
ou a integridade física, definidas em lei.
Lei 8.213/91, artigo 57,
redação original:
“A aposentadoria especial será devida,
uma vez cumprida a carência exigida
nesta lei, ao segurado que tiver
trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos,
conforme a atividade profissional,
sujeito a condições especiais que
prejudiquem à saúde ou a integridade
física”.
Redação atual do art. 57, Lei
8.213/91:
“A aposentadoria especial será devida,
uma vez cumprida a carência exigida
nesta Lei, ao segurado que tiver
trabalhado sujeito a condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze),
20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,
conforme dispuser a lei”.
DATAS LIMITES PARA
ENQUADRAMENTO, CONFORME INSS
De De De
ATÉ 28/04/95 28/04/95 a 06/03/97 a 07/05/99
05/03/97 06/05/99 até hoje
- Físicos; - Físicos; - Físicos; - Físicos;
- Químicos - Químicos - Químicos - Químicos
- Biológicos - Biológicos - Biológicos
-Biológicos
dos Decretos Decreto Decreto
- Categoria 53.831/64 e 2.172/97 3.048/99
Profissional 83.080/79
AGENTE AGENTE OU CODIGO DE DATA LIMITE,
ATIVIDADE? SE HOUVER
ENQUADRAMENTO

VIGIA/VIGILANTE Atividade 2.5.7 III 28/04/95


Profissional
MECANICO Química 1.2.11 anexo III 05/03/1997
1.0.19 IV 3048
anexo 13 NR 15
judicial
PINTOR PISTOLA Atividade 2.5.4, III mais fácil 28/04/95 ou
Profissional e 2.5.3 anexo III 05/03/97
Químico 2.2.11,III Até os dias atuais
1.2.11, III judicial
1.08 do anexo IV só
se tiver presente o
chumbo
ENFERMEIRA Atividade 2.1.3 II 05/03/97
Profissional e 2.3. I
Biológico 1.3.4 I 1.32 III
3.01 V judicial ou
recurso
AJUD. CAMINHÃO Atividade 2.4.4 28/04/95
COMPROVAÇÃO DA
ATIVIDADE ESPECIAL
ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL,
ATÉ 28/04/95 DISPENSA COMPROVAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO POR AGENTES, BASTANDO COMPROVAR
O EXERCICIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL;

POR AGENTES NOCIVOS: DECRETOS n.ºs 53.831/64;


83.080/79; 2.172/97 E 3.048/99;

CARÁTER EXEMPLIFICATIVO DAS LISTAS. VIDE


SÚMULA 198 EXTINTO TFR.
...até o advento da Lei nº 9032/95, que
condicionou o reconhecimento da
atividade laborada sob condições
especiais à apresentação dos formulários
SB-40 e DSS-8030, o enquadramento
da atividade especial era feito por
categoria profissional, sem a
necessidade de laudo técnico ou até
formulário, exceto nos casos de ruído e
calor, bem como naquelas atividades não
previstas no regulamento.(PEDILEF
200261840163391. JUÍZA FEDERAL ROSANA NOYA
ALVES WEIBEL KAUFMANN. DOU 08/07/2011 )
EMPRESA EXTINTA DISPENSA
FORMULÁRIO:
No caso de empresa legalmente extinta, a não apresentação
do formulário de reconhecimento de períodos laborados em
condições especiais ou PPP não será óbice ao enquadramento
do período como atividade especial por categoria profissional
para o segurado empregado, desde que conste a função ou
cargo, expresso e literal, nos documentos relacionados no
inciso I deste artigo, idêntica às atividades arroladas em um
dos anexos legais indicados no art. 269, devendo ser
observada, nas anotações profissionais, as alterações de
função ou cargo em todo o período a ser enquadrado.

(Art. 270 § 1º da IN 77/2015)


FORMAS CLÁSSICAS DE
COMPROVAÇÃO:
Formulários antigos: SB/40; DIRBEN 8030; DSS 8030
Novo formulário: PP. Exigidos a partir de 01/01/2004.

Laudo Técnico de Condições Ambientais – LTCAT, exigível


após a 9.528/97* para todas as funções, exceto ruído que
é obrigatório para qualquer período de trabalho. Pode ser
coletivo, devendo constar a análise ambiental de todos os
setores da empresa; ou individual, ou seja, específico para
cada empregado.

PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e


PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional).
*Posicionamento do INSS o LTCAT passa a ser exigido a partir da MP
1523, de 13/10/96.
LAUDO EXTEMPORÂNEO
1. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º ART.557 DO C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL.
RUÍDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO EXTEMPORÂNEO. I -
Independentemente do período, faz prova de atividade especial o laudo técnico
e o Perfil Profissiográficio Previdenciário - PPP, instituído pelo art.58, §4º, da Lei
9.528/97, pois ambos trazem a identificação do engenheiro ou perito
responsável pela avaliação das condições de trabalho. II - Uma vez que o autor
trabalhou no setor de serraria, de 01.04.1992 a 30.09.2006, na função de
operador de máquinas, sem que tenha havido alteração do maquinário ou
condições ambientais, o nível de ruído de 103 decibéis, obtido pelo médico do
trabalho da empresa, comprova a exposição a ruídos acima dos limites
legalmente admitidos a que esteve exposto no período pretérito, ou seja, desde
o início do pacto laboral, vez que a responsabilidade pela expedição do
PPP/laudo técnico é do empregador, não podendo o empregado arcar com o
ônus de eventual desídia daquele. III - Agravo previsto no §1º do art. 557 do
C.P.C., interposto pelo INSS, improvido.
2. (AC 0018309-40.2011.4.03.9999. TRF 3ª R. Des. Fed. Sérgio Nascimento. DJ
07.08.12)
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA.
PRESUNÇÃO DE MELHORA DO
AMBIENTE LABORAL
O fato de o laudo pericial que atestou a atividade
insalutífera ter sido elaborado após o término do
período postulado em juízo não impede o
reconhecimento da atividade especial, até porque
como as condições do ambiente de trabalho
tendem a aprimorar-se com a evolução
tecnológica, é razoável supor que em
tempos pretéritos a situação era pior ou
quando menos igual à constatada na data da
elaboração. (Processo nº 2002.72.08.001261-1, Relator Juiz
Sebastião Ogê Muniz, Sessão de 10.09.2002)(grifamos)
LAUDO EXTEMPORÂNEO.
QUESTÃO SUMULADA PELA TNU

O laudo pericial não


contemporâneo ao período
trabalhado é apto à comprovação
da atividade especial do segurado.
(SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12)
Laudo extemporâneo.
Decisão do STJ
“Não prospera a alegação do INSS de
que o laudo pericial (fls. 250/258)
apresentado é extemporâneo ao
período que o autor pretende provar,
vez que a extemporaneidade do laudo
pericial não desnatura sua força
probante”.
(AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 329.827 – SE. (2013/0111547-2)
RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN. DJ 03/06/2013)
PP E NÃO MAIS PPP
§ 9o Art. 68. “Considera-se perfil
profissiográfico, para os efeitos do § 8o, o
documento com o histórico-laboral do
trabalhador, segundo modelo instituído pelo
INSS, que, entre outras informações, deve
conter o resultado das avaliações ambientais, o
nome dos responsáveis pela monitoração
biológica e das avaliações ambientais, os
resultados de monitoração biológica e os dados
administrativos correspondentes”.
SEGURADO COMO “AGENTE
FISCALIZADOR”:
§ 10 art. 68. O trabalhador ou seu
preposto terá acesso às informações
prestadas pela empresa sobre o seu perfil
profissiográfico, podendo inclusive solicitar
a retificação de informações quando em
desacordo com a realidade do ambiente de
trabalho, conforme orientação estabelecida
em ato do Ministro de Estado da
Previdência Social.
O que diz a nova IN 77/2015:
§ 4º Em caso de divergência entre o formulário
legalmente previsto para reconhecimento de
períodos alegados como especiais e o CNIS ou
entre estes e outros documentos ou
evidências, o INSS deverá analisar a questão no
processo administrativo, com adoção das medidas
necessárias.
§ 5º Serão consideradas evidências, de que trata o
§ 4º deste artigo, entre outros, os indicadores
epidemiológicos dos benefícios previdenciários cuja
etiologia esteja relacionada com os agentes
nocivos. (art. 293)
PROVA PERICIAL
Objetivos: Desconstruir PPP divergente ou
fazer prova inicial de ambiente laboral.
Artigos 420 a 439 do CPC;
Evitar Juizado Especial Federal;
Deverá apresentar indício de formulário
preenchido incorretamente;
Discussão sobre competência: justiça
federal ou justiça do trabalho?
RITO SUMARÍSSIMO. RETIFICAÇÃO DO PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE
INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO
DECLARATÓRIA. MATÉRIA FÁTICA.
É insuscetível de revisão, em sede extraordinária, a decisão
proferida pelo Tribunal Regional à luz da prova carreada aos
autos. Somente com o revolvimento do substrato fático-
probatório dos autos seria possível afastar a premissa sobre a
qual se erigiu a conclusão consagrada pelo Tribunal Regional,
no sentido de que não resultou comprovada nos autos a
necessidade de retificação do perfil profissiográfico
previdenciário (PPP) do obreiro. Incidência da Súmula
n.º 126 do Tribunal Superior do Trabalho. Agravo de
instrumento a que se nega provimento.
(Processo: AIRR-815-38.2011.5.03.0087 Data de
Julgamento: 14/05/2013, Relator Ministro: Lelio Bentes
Corrêa, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/05/2013).
(...) COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ENTREGA DO
FORMULÁRIO DSS-8030 PREENCHIDO. DOCUMENTO NECESSÁRIO AO
REQUERIMENTO, PELO EMPREGADO, DE APOSENTADORIA ESPECIAL.
OBRIGAÇÃO DE FAZER IMPOSTA À RECLAMADA.

Esta Corte superior vem se posicionando no sentido de que


a Justiça do Trabalho detém competência para impor
ao empregador obrigação de fazer concernente à
entrega do formulário DSS-8030 preenchido, a fim de
possibilitar ao empregado o requerimento de
aposentadoria especial junto ao INSS, por cuidar-se
de obrigação resultante do contrato de emprego
havido ente as partes. Hipótese em que não se reconhece
a alegada ofensa aos artigos 109, inciso I e § 2º, e 114 da
Constituição da República. Recurso de revista de que não se
conhece. (...).- (RR-5600-03.2001.5.19.0005, Relator
Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de Julgamento:
19/05/2010, 1ª Turma, Data de Publicação: 11/06/2010.)
RETIFICAÇÃO DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO -
PPP.
INSALUBRIDADE APURADA EM JUÍZO.

1. Nos termos do § 1º do artigo 58 da Lei n.º 8.213/91, o Perfil


Profissiográfico Previdenciário - PPP é o documento pelo qual o
trabalhador segurado faz prova junto ao INSS da sua exposição a
agentes nocivos no desempenho de suas funções, de modo a ter jus à
aposentadoria especial. Ainda segundo o referido dispositivo, a empresa
ou seu preposto são os responsáveis pela emissão do referido
documento atestando as condições especiais de trabalho, com base em
laudo técnico de condições ambientais de trabalho. 2. Diante disso,
constatada em Juízo a existência de insalubridade nas
condições de trabalho do empregado, é lícita a ordem de
retificação do documento PPP pela empregadora, de modo a
atender plenamente o comando do artigo 58, § 1º, da Lei n.º
8.213/91. 3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
(Processo: AIRR - 352-95.2010.5.03.0034 Data de
Julgamento: 22/05/2013, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, 1ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 31/05/2013.)
OUTRAS FORMAS DE COMPROVAÇÃO:
Exames de saúde do segurado;
Emissão de CAT;
Inspeção pelo próprio INSS ou por profissional
habilitado. (Vide artigo 68,§ 5º do Decreto
3.048/99;
Denúncia ao Ministério Público do Trabalho
sobre as condições agressivas ou não
fornecimento de PPP, com pena de multa
prevista no art. 283 do RPS;
Notificação extrajudicial à empresa. Multa por
descumprimento da lei: entre de R$ 1.925,81 a
R$ 192.578,66 (Portaria MPS/MF 13, de
12/01/15);
EMPRESA INATIVA. MEIOS DE PROVA

Para enquadramento pela função, até 28/04/95


há presunção de agressividade, não sendo tão
rígida a comprovação.
Justificação Administrativa (baseada em início de
prova material);
Prova emprestada;
Laudo arquivado no INSS;
Comprovação por similaridade;
Laudos provenientes de: Reclamação Trabalhista,
FUNDACENTRO ou outros órgão oficiais.
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. PERÍCIA
TÉCNICA POR SIMILARIDADE. COMPROVAÇÃO
DE ATIVIDADE ESPECIAL.

A perícia técnica deve ser elaborada de forma


indireta, em empresa similar àquela em que
laborou o segurado, quando não há meio de
reconstituir as condições físicas do local de
trabalho em face do encerramento das suas
atividades. (TRF da 4ª Região, Proc.: 0014727-
29.2011.404.0000/RS, 1ª Turma, Rel.: Des. Fed.
JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, J. em
15/02/2012 D.E. 24/02/2012)
PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. PERÍCIA
TÉCNICA DIRETA E INDIRETA. POSSIBILIDADE.
AGENTE NOCIVO RUÍDO. OITIVA DE TESTEMUNHAS.

Sendo a perícia técnica o meio adequado para se atestar a


sujeição a agentes nocivos à saúde, para efeito de
enquadramento como atividade especial e havendo
impugnação, pelo autor, ao perfil profissiográfico
previdenciário - PPP, o indeferimento da prova pericial
implica cerceamento de defesa.
Quanto ao pedido de prova testemunhal para o
reconhecimento de atividade em condições especiais, deve
ser indeferido, pois a prova da especialidade deve ser feita
mediante perícias técnica direta e indireta.
(AG 5005804-89.2012.404.000. 5ª T. TRF 4ª R. DJe
06/09/12. Relatora Des. Vivian Josete Pantaleão Caminha)
Trabalho especial a partir de 1º/01/2004
pode ser comprovado com PPP, mesmo
sem laudo

O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é


documento hábil à comprovação do agente
agressivo ruído, independentemente da
apresentação do laudo técnico, se o período
de trabalho especial a ser reconhecido é
posterior a 1º de janeiro de 2004.

(TNU, sessão de julgamento de 17/05/2013)


COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL
Até 29/04/95 A partir de A partir de
28/04/95 a 10/12/97 01/01/04
09/12/97

Enquadra por Formulários Formulário e PPP


presunção e LTCAT para expedido
por agentes, Laudo só todos os com base
mesmo sem para ruído agentes no LTCAT.
Formulário. nocivos
Laudo só para LAUDO fica
Ruído. arquivado
na empresa
O CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL

A Lei 9.732 acrescentou o parágrafo 6º, à lei


8.213/91:
“O benefício previsto neste artigo será financiado
com os recursos provenientes da contribuição de
que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8212/91,
cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove
ou seis pontos percentuais, conforme a atividade
exercida pelo segurado a serviço da empresa
permita a concessão da aposentadoria especial
após 15, 20 ou 25 anos de contribuição,
respectivamente.”

Há confrontação entre o CNI´s e GFIP.


O “Adicional” do SAT com
efeito apenas educativo
Atuarialmente, seriam necessárias alíquotas
de:

74%............................... 25 anos
107%............................. 20 anos
177%............................. 15 anos

Obs. Considerando entrada no mercado de trabalho aos 18 anos

Fonte: Informe da Previdência Social – setembro/01


Código da GFIP no PPP
1 - Nãoexposição a agente nocivo
2 - Exposição a agente nocivo ( 15 anos de serviço)
3 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)
4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)
Obs. O código 1 somente será utilizado no caso de
trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a
agente nocivo, no mês de competência. Para os
trabalhadores com mais de um vínculo empregatício:
5 - Não exposição a agente nocivo
6 - Exposição a agente nocivo (aos 15 anos de serviço)
7 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)
8 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)
O RUÍDO E SUAS NUANCES
SUPERIOR A 80 DECIBÉIS, S
na vigência do Decreto n. 53.831/64 Ú
M
U
L
SUPERIOR A 90 DECIBÉIS, A
na vigência do Decreto n. 2172/97 e 3048/99
N.º
32

SUPERIOR A 85 DECIBÉIS, DA
na vigência do Decreto n. 4.882/03 TNU
NOVA REDAÇÃO SÚMULA 32 TNU,
CANCELADA EM 11/10/2013
“O tempo de trabalho laborado com exposição a
ruído é considerado especial, para fins e conversão
em comum, nos seguintes níveis: superior 80
decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a
partir de 5 de março de 1997, superior a 85
decibéis, por força da edição do Decreto n.
4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a
administração pública que reconheceu e declarou
a nocividade à saúde de tal índice de ruído”.
Ruído entre 1997 e 2003.
Julgamento de Repetitivo
Considerando a necessidade de abranger maior diversidade de
fundamentos relativos à presente discussão e conforme facultado pelo
art. 1º, § 1º, da Resolução STJ 8/2008, admito também sob o
mesmo rito o RESP 1.398.260/PR, de acordo com decisão que
profiro nesta mesma data naqueles autos. Determino:

a) a delimitação da seguinte tese controvertida: "possibilidade de


reconhecimento de tempo especial por exposição ao agente
ruído em nível inferior a 90dB no período compreendido entre
5.3.1997 e 18.11.2003, por força da aplicação retroativa do
limite de 85dB estipulado pelo Decreto 4.882/2003 ao Anexo
IV do Decreto 3.048/1999“...;
(REsp Nº 1.401.619 – RS. Min. Hermann Benjamin. DJ
02/09/2013. Publicado em 05/12/2014. Votação não
unânime. Interposto RE)
EPI´s: Há dois entendimentos:

INSS: IN 77/2015 não descaracteriza período


especial com uso do EPI, antes de 03/12/98 e
exige comprovação do uso conforme NR 06;

Judiciário: “O uso de equipamento de Proteção


Individual (EPI, ainda que elimine a
insalubridade, no caso de exposição a ruído,
não descaracteriza o tempo de serviço especial
prestado” (Súmula nº 09 da Turma de
Uniformização dos JEF ratificada pelo STF,
através do ARE 664.335);
O EPI NA IN 77/2015:
...e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e
seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade de
que seja assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a
observância:
I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja, medidas
de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI
somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à
implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial;
II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do
tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de
campo;
III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;
IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada
mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e
V - da higienização. (art. 279)
Comprovar o
Fornecimento
de EPI através
da
Ficha de
Entrega

EPI tem
Higienização que ter
qualidade
(CA)

EPI
Eficaz
Adequado
Treinamento
ao risco

Número
suficiente

Fonte: Dr. José Marcelo O. Penteado.


Médico do Trabalho e Perito Judicial
EPI eficaz é aquele que tem a
capacidade de evitar o aparecimento
de doença ou lesão
no trabalhador
EPI – DIVERGÊNCIA DENTRO
DO PRÓPRIO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

ENUNCIADO N.º 21
IN N.º 77/15 CRPS
Descaracteriza “O simples fornecimento de
equipamento de proteção individual
Atividade especial de trabalho pelo empregador não
pelo uso do EPI exclui a hipótese de exposição do
trabalhador aos agentes nocivos à
saúde, devendo ser considerado
a partir de 03/12/98 todo o ambiente de trabalho.”
EPI EFICAZ?

EPI - Certificação de Aprovação

Nº do CA 11185 Nº do
Processo: 46.0160.07102/2008-
43
Data de Emisão: 26/3/2009 Validade: 26/03/2014

Tipo do EPI RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR TIPO PEÇA SEMIFACIAL FILTRANTE PFF2 COM
FBC1
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS

15.4 15.5 15.6 EPC 15.7 EPI


15.1 15.2 15.3 Fator 15.8 CA
Itens./C Técnica Eficaz Eficaz
Período Tipo de Risco Utilizada
EPI
onc (S/N) (S/N)

F RUÍDO 85,5 Dosimetria


S S 5745
13/09/98 dB(A)
a atual

Nº do CA: 5745 Nº do Processo:


46.0000.07876/2007-62
Data de Emisão: 23/8/2007 Vencido em: 15/05/2012

Tipo do PROTETOR AUDITIVO


Equipamento:
Natureza: Nacional
LTCAT DEVE CONTER INFORMAÇÕES
SOBRE EFICÁCIA DO EPI:
§ 5º, Art. 68. “No laudo técnico referido no § 3o,
deverão constar informações sobre a existência
de tecnologia de proteção coletiva ou individual,
e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com
observância das normas editadas pelo Ministério
do Trabalho e Emprego e dos procedimentos
estabelecidos pelo INSS”.
INSALUBRIDADE - ADMISSÃO PELO RECLAMANTE DO USO DE EPI -
ENUNCIADO 289 DO TST
A confissão, pelo reclamante, do uso de protetores auriculares durante todo
o período contratual, não constitui prova de que estava o obreiro imune aos
efeitos da insalubridade pelo ruído. Constituindo a aferição da insalubridade
matéria eminentemente técnica, depoimento do empregado, nesse sentido,
deve ser reduzido à sua condição de simples informação de caráter leigo,
inapta a, isoladamente, contrapor-se à necessária prova pericial. Há que se
observar que, de acordo com o entendimento cristalizado no Enunciado 289
do C. TST, o simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador
não o exime do pagamento do adicional, cabendo-lhe tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Além de zelar pelo
uso efetivo do equipamento, é imprescindível que o empregador zele pela
eficácia da proteção auditiva fornecida, substituindo os protetores sempre
que necessário. Cabe ao empregador, ao fornecer Equipamentos de Proteção
Individual, observar escrupulosamente o disposto na NR-6 da Portaria 06/83
do MTb. De acordo com o item 6.6.1 daquela norma, constituem obrigações
do empregador fornecer o tipo de EPI adequado à atividade do empregado,
aprovado pelo Ministério do Trabalho e adquirido de empresas cadastradas
no DNSST, além de treinar o trabalhador e tornar obrigatório o uso dos
equipamentos protetores, assim como substituí-los imediatamente, quando
danificados ou extraviados.
TRT-SP 02980300912 - RO - Ac. 08ªT. 19990448747 - DOE 21/09/1999 -
Rel. WILMA NOGUEIRA DE ARAUJO VAZ DA SILVA
ARE 664335 – STF Reconhece
Repercussão Geral pelo uso dos
EPI´s
O INSS afirma que, ao reconhecer a especialidade
do período, ignorando as informações apresentadas
no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) que
comprovam que o trabalhador não exerceu
atividade sob condições especiais porque utilizou
equipamentos de proteção individual eficazes, a
Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária de
Santa Catarina violou o princípio da preservação do
equilíbrio financeiro e atuarial, na medida em que
concedeu benefício previdenciário sem a
correspondente fonte de custeio.
REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 555.

Art. 195 § 5º - CF

CUSTEIO

Art. 201 caput e § 1º da


CF

PREJUÍZO À SAÚDE OU À
INTEGRIDADE FÍSICA
O STF fixou duas teses, no julgamento do
ARE 664.335, ocorrido em 06/12/2014
(acórdão ainda não publicado):
Tese maior: se comprovada a eficácia do
EPI, não será caracterizada a atividade
como especial, deixando de ser aplicado o
art. 201 § 1ºda CF;
Tese menor: A informação de EPI eficaz
no PPP não é suficiente, nos casos de ruído,
para descaracterizar o tempo como
especial.
HAVENDO ENQUADRAMENTO

SOMA 15, 20 OU 25
PERÍODOS ESPECIAIS = OU
ANOS

CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

SOMA
PERÍODOS ESPECIAIS
PERÍODOS ESPECIAIS 15, 20 OU 25 ANOS

NÃO HAVERÁ CONCESSÃO


DE APOSENTADORIA ESPECIAL
CONVERSÃO DE TEMPO
Entende-se por conversão
de tempo de serviço o meio
pelo qual os períodos de
atividades sob condições
especiais, com diferentes
referenciais, são
convertidos, aplicando-lhes
fatores de equivalência
correspondentes, de modo
a torná-los iguais.
LEI 6887/80. CONVERSÃO
Art. 9.º O tempo de serviço exercido
alternadamente em atividades comuns e em
atividades que, na vigência desta Lei, sejam
ou venham a ser consideradas penosas,
insalubres ou perigosas, será somado, após
a respectiva conversão, segundo critérios
de equivalência a serem fixados pelo
Ministério da Previdência Social, para efeito
de aposentadoria de qualquer espécie."
TABELA DE CONVERSÃO
Atividades a
converter MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30

DE 15 ANOS
1,00 1,33 1,67 2,00
DE 20 ANOS
0,75 1,00 1,25 1,50
DE 25 ANOS
0,60 0,80 1,00 1,20
DE 30 ANOS
0,50 0,67 0,83 1,00
A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI
8.213/91, REGULAMENTADA PELO DECRETO
611/92:
Atividade
sa
converter MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)

DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40


DE 30 ANOS 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17
(MULHER)

DE 35 ANOS 0,43 0,57 0,71 0,86 1,00


(HOMEM)
ALTERAÇÃO NA
CONVERSÃO. LEI 9.032/95
DE TEMPO DE TEMPO
DE TEMPO
ESPECIAL COMUM ESPECIAL
PARA TEMPO
PARA ESPECIAL PARA
TEMPO (REVOGADA EM TEMPO
28/04/95)
ESPECIAL COMUM
A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI
9.032/95:

Atividades
a
converter
MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)

DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40


CONVERSÃO DE TEMPO COMUM
... EM ESPECIAL ATÉ 28/04/95.
“7. Registre-se, ainda, a possibilidade de
conversão de tempo comum em especial
até o advento da Lei 9.032/95, vez que a
legislação à época admitia a conversão para
obtenção de aposentadoria especial, nos
termos do art. 57, § 3º da Lei 8.213/91”.

(Processo n. 2001.33.00001331-7. 2ª T. TRF1. Des. Fed. Juiz


Francisco de Assis Betti. DJ 16/08/2010)
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL.
TEMPO DE SERVIÇO COMUM CONVERTIDO EM
ESPECIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL.

1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na


forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie,
possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por
ele exercida.
2. Ainda que o segurado não conte tempo suficiente para
aposentadoria especial em 28/4/1995, o tempo de serviço
comum, inclusive como segurado especial, pode ser
convertido para especial mediante o emprego do fator
0,71 até a edição da lei n.º 9.032/95.
3. Tem direito à aposentadoria especial o segurado que possui
25 anos de tempo de serviço especial e implementa os demais
requisitos para a concessão do benefício.
(Processo 5012278-96.2010.404.7000. TRF 4ª R. Relator Des. ROGER RAUPP RIOS. Dje
04.09.12)
Conversão de tempo comum em
especial antes de 1995. TNU se
posicionou contrário.
A jurisprudência está pacificada no sentido de que, para fins
previdenciários, o tempo de serviço prestado se
incorpora ao patrimônio jurídico do segurado na
medida em que é prestado, formando direito
adquirido. Assim, por exemplo, o tempo de serviço especial
acumulado até 28/4/1995 não pode deixar de ser computado
como especial se lei posterior modificar os requisitos para
qualificação da atividade especial. Entretanto, a conversão
de tempo de serviço é questão concernente ao regime
jurídico da aposentadoria a ser requerida. Deve ser
aplicado o regime jurídico vigente no momento em que se
completam os requisitos para se aposentar
(2007.71.54.003022-2, Juiz Federal Rogério Moreira Alves)
PRINCIPAIS ARGUMENTOS PARA A
CONVERSÃO JÁ TIVERAM
PRECEDENTES NO STJ
REsp nº 1.151.363/MG: a irrelevância de um
fator numericamente descrito por uma regra
previdenciária de conversão, pois trata-se apenas
de regra matemática de proporcionalidade;
REsp nº 956110/SP que afirma o direito
adquirido, protegido constitucionalmente, à
conversão, logo se contrapõe a ideia da
necessidade de uma regra que disponha sobre um
direito já assegurado (à conversão).

(Vide acórdão. TRF 4ª R. AC Nº 5004349-32.2012.404.7100/RS.


RELATORA : LUCIANE MERLIN CLÈVE KRAVETZ
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA
ESPECIAL. CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL.
OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. O STJ no julgamento do Recurso Especial Repetitivo


1.310.034/PR, fixou a tese de que a configuração do tempo de
serviço especial é regida pela legislação em vigor no momento
da prestação do serviço.
2. Somente com a edição da Lei 9.032/1995, extinguiu-se a
possibilidade de conversão do tempo comum em especial pelo
mero enquadramento profissional.
3. Deve ser aplicada a lei vigente à época em que a atividade foi
exercida em observância ao princípio do tempus regit actum,
motivo pelo qual merece ser mantido o acórdão recorrido.
4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 471.815 – PR. MINISTRO MAURO


CAMPBELL MARQUES. DJ 20/03/2014)
DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Tempo de serviço -
Averbação/Cômputo/Conversão de tempo de serviço
especial EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o


processo em epígrafe na sessão realizada nesta data,
proferiu a seguinte decisão: "A Seção, por unanimidade,
recebeu os embargos de declaração, com efeitos
infringentes, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.“

(Julgamento do REsp 1.310.034, de 26/11/2014, Rel. Min.


Herman Benjamin. Acórdão publicado em 02/02/2015.
Houve ED, adiado o julgamento em 25/03/2015)
A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI
8.213/91, REGULAMENTADA PELO DECRETO
357/91:

Atividades
a converter MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)

DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00


1,20 1,40
DE 30 ANOS 0,50 0,67 1,00 1,17
(MULHER) 0,83
DE 35 ANOS 0,43 0,57 0,86 1,00
(HOMEM) 0,71
Súmula n.º 50 TNU
“É possível a conversão do tempo de
serviço especial em comum do
trabalho prestado em qualquer
período”.

Precedentes: Pedilef nº 0002950-


15.2008.4.04.7158(julg.29/02/2012) Pedilef nº
2005.71.95.020660-1 (julg. 11/10/2011), Pedilef
nº 2006.83.00.508976-3 (julg.02/08/2011).
O CONTRATO DE TRABALHO E A
APOSENTADORIA ESPECIAL
Art. 57, § 8º da Lei 8.213/91:

Aplica-se o disposto no art. 46 ao


segurado aposentado nos termos deste
artigo que continuar no exercício de
atividade ou operação que o sujeite aos
agentes nocivos constantes da relação
referida no art. 58 desta Lei.
O que diz o Decreto 3.048/99?
Parágrafo único, art. 69. O segurado que retornar
ao exercício de atividade ou operação que o sujeite
aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo IV,
ou nele permanecer, na mesma ou em outra
empresa, qualquer que seja a forma de prestação do
serviço ou categoria de segurado, será
imediatamente notificado da cessação do pagamento
de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta
dias contado da data de emissão da notificação,
salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício
dessa atividade ou operação foi encerrado. (nova
redação trazida pelo Decreto Nº 8.123/13)
APOSENTADORIA ESPECIAL E
O CONTRATO DE TRABALHO
Aposentadoria Especial rescinde o contrato de
trabalho?

Como a concessão do benefício gera efeitos


retroativos desde a DER, quais as consequencias
dessa concessão no contrato de trabalho?

Sendo a tutela antecipada decisão de natureza


provisória, como fica o contrato de trabalho no caso
de sua concessão na Aposentadoria Especial?
STF. Previdenciário. Aposentadoria especial. Aposentado. Retorno
voluntário às atividades de trabalho nocivas à saúde. Cancelamento
automático do benefício. Lei 8.213/1991, art. 57, § 8º.
Constitucionalidade. Discussão. Repercussão geral. Reconhecimento.

O STF analisará a constitucionalidade de norma que prevê o cancelamento automático


da aposentadoria especial de beneficiário que retorne voluntariamente às atividades de
trabalho nocivas à saúde, conforme previsão da Lei 8.213/1991 (art. 57, § 8º). Esse
tema teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual do STF. Para o INSS,
autor do recurso, o afastamento «visa primeiro cuidar da saúde do
trabalhador e, segundo, justificar a sua aposentadoria antecipada e, se ele
puder continuar trabalhando, não haverá mais a justificativa para o privilégio
frente aos outros trabalhadores em atividades comuns». «Permitir que,
depois da aposentação, continuasse o segurado exercendo as atividades em
ambiente nocivo, significaria transformar essa adequação em privilégio
descabido, mera vantagem de circunstância», afirma. O relator do processo no
STF, Min. DIAS TOFFOLI, considerou que a matéria presente no recurso extraordinário
envolve o direito constitucional do livre exercício de qualquer trabalho, ofício
ou profissão, «bem como a determinação constitucional da vedação de
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários
do regime geral de previdência, ressalvados os casos de atividades exercidas
sob condições especiais». Diante do interesse coletivo no tema, o relator manifestou-
se pelo reconhecimento da repercussão geral, tendo em vista que o julgamento terá a
capacidade de solucionar inúmeros conflitos semelhantes. (Rec. Ext. 788.092)

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