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LEIS DECRETOS
Lei 9.032/95; Decreto 2.172/97;
Lei 9.528/97; Decreto 3.048/99;
Lei 9.711/98; Decreto 4.032/01;
Lei 9.732/98 Decreto 4.729/03;
Decreto 4.827/03;
Decreto 4.882/03
Decreto 8.123/13
Conceito-Base da
Aposentadoria Especial
É a sujeição do segurado aos agentes
nocivos prejudiciais à saúde ou à
integridade física pelo tempo mínimo
estabelecido em lei (15, 20 ou 25
anos), cujo objetivo principal é a
proteção do trabalhador,
proporcionando-lhe uma prestação de
natureza eminentemente preventiva.
APOSENTADORIA ESPECIAL.
CARACTERÍSTICAS:
15, 20 ou 25 anos;
Exposição a agentes
agressivos, prejudiciais
à saúde ou integridade
física:
1. Físicos
2. Químicos
3. Biológicos
4. Associação de agentes
Riscos Ambientais físicos:
(...)
A parte autora apresentou laudo
técnico elaborado por engenheiro de
segurança do trabalho a pedido do
Sindicato dos Empregados nas
Indústrias de Calçados de Franca,
através de visita em estabelecimentos
de porte e ambiente similar
(fl.72/122), não havendo que se
desqualificar tal documento, vez que
atendeu aos critérios técnicos relativos
à perícia ambiental, especialmente por
se tratar de funções cuja insalubridade
decorre do uso de equipamentos e
produtos químicos inerentes a
determinado ramo de atividade...
(AC0003658-5.2010.4.03.6113.
Rel. Des. Fed. Dr. Sérgio
Nascimento. DJ 12/08/2014)
Benzeno: vide Memorando-Circular
n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014
“Orientamos aos peritos médicos que, na
análise dos benefícios de Aposentadoria
Especial oriundos da exposição ao agente
químico Benzeno, seja adotado e critério
qualitativo e que não sejam considerados
na avaliação os equipamentos de
proteção coletiva e/ou individual, uma vez
que os mesmos não são suficiente para
elidir a exposição a esse agente químico”
AGENTES BIOLÓGICOS
Slide de Sandro J. A.
Bittencourt
Riscos Ambientais biológicos:
Conceito: pode trazer o
ocasionar danos à saúde ou
à integridade física, em
razão de sua natureza.
-Fundamentos:
a) Art. 193 da CLT;
b) CF e Lei 8.213/91:
“integridade física”;
c) NR 10, 16 e Anexo 3
d) Súmula 198 TFR;
d) Recurso Repetitivo;
STJ julga recurso repetitivo por exposição
à eletricidade após 1997
...”No caso concreto, o Tribunal de origem
embasou-se em elementos técnicos
(laudo pericial) e na legislação
trabalhista para reputar como especial o
trabalho exercido pelo recorrido, por
consequência da exposição habitual à
eletricidade, o que está de acordo com o
entendimento fixado pelo STJ”.
(Resp. 1.306.113. Min. Herman Benjamin. Transitado
em julgado em 16/06/2013)
Portaria MTE 1885/2013.
VIGIA/VIGILANTE
2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os
trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:
I - O agravo em exame não reúne condições de acolhimento, visto desafiar decisão que, após exauriente
análise dos elementos constantes dos autos, alcançou conclusão no sentido do não acolhimento da
insurgência aviada através do recurso interposto contra a r. decisão de primeiro grau.
II - A partir da edição da Lei 9.032/95, para fazer jus ao cômputo da atividade especial, o segurado deve
comprovar o trabalho permanente em condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade
física. É dizer, deve ficar comprovada a efetiva exposição a agentes físicos, químicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física; o exercício de atividade insalubre. Não é
viável o reconhecimento do labor especial com base apenas na categoria profissional do trabalhador.
III - Não há como se reconhecer a especialidade do trabalho do agravante no período posterior à edição
da Lei 9.032/95, eis que a documentação juntada aos autos não traz a informação de que ele se expunha
a qualquer agente nocivo, executando tarefas insalubres.
IV - O fato de a atividade do vigilante ser considerada perigosa não legitima o
reconhecimento da sua especialidade para fins previdenciários, eis que, para tanto, faz-se
necessário o exercício de atividade insalubre - aquelas que prejudicam a saúde do
trabalhador -, o que não se confunde com atividade perigosa.
V - A sentença de primeiro grau andou bem ao reconhecer como especial o período laborado pelo
agravante como vigilante apenas no intervalo de tempo de 05/07/1989 e 28/04/1995.
VI - Não reconhecido como especial o período de 29.08.1995 até 02.10.2012. O agravante não faz jus à
aposentadoria especial requerida, sendo de rigor a manutenção da sentença também nesse particular...
VIII - Agravo improvido. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AMS 0000393-98.2013.4.03.6126, Rel. DESEMBARGADORA
FEDERAL CECILIA MELLO, julgado em 31/03/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)
STJ TNU
SEM OU COM ARMA DE FOGO?
...a súmula de nº 26 da Turma
2. A jurisprudência deste Nacional de Uniformização – TNU
Superior Tribunal é firme –, é clara ao dispor: A atividade
no sentido de permitir a de vigilante enquadra-se como
conversão em comum do especial, equiparando-se à de
tempo de serviço guarda, elencada no item 2.5.7.
prestado em condições do Anexo III do Decreto n.
especiais (Vigilante), 53.831/64. Assim, é forçoso
reconhecer o direito do autor à
para fins de concessão conversão de tempo comum em
de aposentadoria, nos especial no período laborado como
termos da legislação vigilante de 01.08.1990 a
vigente à época em que 28.04.1995. Demais disso, frise-
exercida a atividade se, que a tese da equiparação é
possível, desde quando não resta
especial.... contrariado o uso da arma de
fogo(PEDILEF 200570510050451.
REsp 506014 / PR (17.06.11)
Penosidade
É o desgaste físico
ou mental da
atividade exercida
pelo trabalhador
Exemplo:
motorista de ônibus
cobrador de ônibus
professor
PREENCHIMENTO DO REQUISITO ETÁRIO. TEMPO
ESPECIAL. RECONHECIMENTO. CORTADOR DE
CANA. PREVISÃO LEGAL. PRECEDENTE DE
JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 2. A
atividade de cortador de cana merece ser
reconhecida como de natureza especial, pela
presença dos agentes agressivos descritos pelos
formulários e laudos anexados, enquadrada no
Código 2.2.2 do Decreto nº 83.080/79. 3.
Precedentes da Jurisprudência do E. Superior
Tribunal de Justiça e desta Corte. 4. Agravos do
INSS e da parte autora desprovidos. (TRF 3ª R.;
AGLeg-APL-RN 0036926-68.1999.4.03.9999; SP;
Turma do Projeto Mutirão; Relª Juíza Fed. Conv.
Giselle Franca; Julg. 16/02/2012; DEJF
02/03/2012; Pág. 1161)
ENQUADRAMENTO POR
ATIVIDADE PROFISSIONAL
É aquele pelo qual o enquadramento é
feito por categoria profissional e não
individualizado, por agente nocivo. Há
uma presunção absoluta de agentes
nocivos presentes no exercício dessas
atividades. Essa regra vale até a
publicação da Lei 9.032, de
28/04/95.
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º
ART.557 DO C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL TRATORISTA.
DECRETOS 53.831/64 E 83.080/79 ROL MERAMENTE
EXEMPLIFICATIVO
Profissional
53.831/64 e
83.080/79
2.172/97 3.048/99 É devida aposentadoria
especial
se pericia judicial constata
que a
Atividade exercida pelo
segurado
É perigosa, insalubre ou
penosa,
mesmo não inscrita em
+ NR´S Regulamento.”
ANEXOS NORMA REGULAMENTADORA 15
ANEXO 1 RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE
ANEXO 2 RUÍDO DE IMPACTO
ANEXO 3 CALOR
ANEXO 4 REVOGADO
ANEXO 5 RADIAÇÕES IONIZANTE
ANEXO 6 PRESSÃO ATMOFÉRICA ANORMAL
ANEXO 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
ANEXO 8 VIBRAÇÕES
ANEXO 9 FRIO
ANEXO 10 UMIDADE
ANEXO 11 AGENTES QUIMICOS POR LIMITE DE TOLERANCIA
ANEXO 12 POEIRAS MINERAIS ASBESTOS – LT
ANEXO 13 AGENTES QUÍMICOS QUALITATIVOS
ANEXO 13-A BENZENO
ANEXO 14 AGENTES BIOLÓGICOS
Anexo IV do RPS X NR´s
Divergências técnicas:
Agentes Biológicos;
Omissão quanto ao frio;
Agentes Químicos omissos no Anexo IV
e constantes na NR-15: ácido clorídrico,
ácido cianídrico, amônia, dióxido de
enxofre, entre outros;
Quanto aos agentes químicos, o RPS
exige critério quantitativo para todos,
divergindo em muitos casos, da NR-15.
O que diz a IN 77/2015:
Art. 288. As atividades, de modo
permanente, com exposição aos
agentes nocivos frio, eletricidade,
radiações não ionizantes e umidade, o
enquadramento somente será possível
até 5 de março de 1997.
ENQUADRAMENTO DO CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL
Publicação 03/07/2012
PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE
ESPECIAL ATUALMENTE
PERMANENCIA
• E
NOCIVIDADE
...Ademais, a identificação entre o conceito de permanência com
integralidade da jornada, constante na redação original do
regulamento da previdência – Decreto n. 3.048/99 (“Art. 65.
Considera-se tempo de trabalho, para efeito desta Subseção, os
períodos correspondentes ao exercício de atividade permanente e
habitual (não ocasional nem intermitente), durante a jornada
integral,
integral em cada vínculo trabalhista, sujeito a condições
especiais...”) já foi abandonada pela própria Previdência Social há
quase uma década, quando o Decreto nº 4.882/2003 deu nova
redação ao dispositivo, relacionando o conceito de permanência ao
caráter indissociável da exposição em relação à atividade, e não
mais à integralidade da jornada (“Art. 65. Considera-se trabalho
permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de
forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do
serviço”). (PROCESSO: 244-06.2010.4.04.7250. ORIGEM: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE SANTA CATARINA. RELATOR: ANDRÉ CARVALHO MONTEIRO. DJ 17/05/2013)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS. ATIVIDADE
ESPECIAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA.
4. Para a caracterização da especialidade, não se reclama
exposição às condições insalubres durante todos os
momentos da prática laboral, sendo suficiente que o
trabalhador, em cada dia de labor, esteja exposto a
agentes nocivos em período razoável da jornada,
salvo exceções (periculosidade, por exemplo).
5. A habitualidade e permanência hábeis aos fins visados
pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do
serviço cometido ao trabalhador, cujo desempenho, não
descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à
prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou
associadas que degradam o meio ambiente do trabalho.
(TRF4, APELREEX 5000456-80.2010.404.7107, Sexta Turma, Relator p/
Acórdão Celso Kipper, D.E. 01/08/2013)
Agentes Biológicos e a
permanência
...”Acórdão da Turma Regional de Uniformização da 4ª Região
conhecendo e negando provimento ao incidente “para reafirmar
o entendimento no sentido de que, para o enquadramento do
tempo de serviço como especial após o início da vigência da
Lei nº 9032/95, não é necessário que a exposição a
agentes biológicos ocorra durante a integralidade da
jornada de trabalho do segurado, bastando, nesse caso,
que haja efetivo e constante risco de contaminação e de
prejuízo à saúde do trabalhador, satisfazendo, assim, os
conceitos de habitualidade e permanência, analisados à
luz das particularidades do labor desempenhado”.
(TNU. PEDILEF 50010260420124047202. JUIZ FEDERAL ADEL
AMÉRICO DE OLIVEIRA. DOU 01/03/2013)
O CRITÉRIO DA PERMANÊNCIA
NA APOSENTADORIA ESPECIAL
45 215 15
+ + =
1,65
78 310 39
Slides de Sandro J. A. Bittencourt
História da Aposentadoria Especial
Foi instituída com a LOPS - Lei 3.807/60:
“Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao
segurado que, contando no mínimo com 50 anos de
idade e 15 de anos de contribuição, tenha
trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos pelo menos,
conforme a atividade profissional, em serviços que,
para esse efeito, forem considerados penosos,
insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder
Executivo”.
Idade e Agentes Agressivos
Em 25/03/64, publica-se o Decreto 53.831/64
com o quadro anexo III;
Idade mínima de 50 anos vigorou até a Lei
5440-A, de 23/05/68. Contudo, no âmbito
administrativo, somente foi acolhido em 1995
(27 anos depois), por força do parecer
CJ/MPAS 2.33/95.
Lei 5.890/73 altera carência para 60 meses;
Em 24/01/79, publica-se o Decreto
83.080/79, com o quadro anexo I e II.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988 PASSOU A GARANTIR, NA
REDAÇÃO ORIGINAL:
74%............................... 25 anos
107%............................. 20 anos
177%............................. 15 anos
SUPERIOR A 85 DECIBÉIS, DA
na vigência do Decreto n. 4.882/03 TNU
NOVA REDAÇÃO SÚMULA 32 TNU,
CANCELADA EM 11/10/2013
“O tempo de trabalho laborado com exposição a
ruído é considerado especial, para fins e conversão
em comum, nos seguintes níveis: superior 80
decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a
partir de 5 de março de 1997, superior a 85
decibéis, por força da edição do Decreto n.
4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a
administração pública que reconheceu e declarou
a nocividade à saúde de tal índice de ruído”.
Ruído entre 1997 e 2003.
Julgamento de Repetitivo
Considerando a necessidade de abranger maior diversidade de
fundamentos relativos à presente discussão e conforme facultado pelo
art. 1º, § 1º, da Resolução STJ 8/2008, admito também sob o
mesmo rito o RESP 1.398.260/PR, de acordo com decisão que
profiro nesta mesma data naqueles autos. Determino:
EPI tem
Higienização que ter
qualidade
(CA)
EPI
Eficaz
Adequado
Treinamento
ao risco
Número
suficiente
ENUNCIADO N.º 21
IN N.º 77/15 CRPS
Descaracteriza “O simples fornecimento de
equipamento de proteção individual
Atividade especial de trabalho pelo empregador não
pelo uso do EPI exclui a hipótese de exposição do
trabalhador aos agentes nocivos à
saúde, devendo ser considerado
a partir de 03/12/98 todo o ambiente de trabalho.”
EPI EFICAZ?
Nº do CA 11185 Nº do
Processo: 46.0160.07102/2008-
43
Data de Emisão: 26/3/2009 Validade: 26/03/2014
Tipo do EPI RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR TIPO PEÇA SEMIFACIAL FILTRANTE PFF2 COM
FBC1
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS
Art. 195 § 5º - CF
CUSTEIO
PREJUÍZO À SAÚDE OU À
INTEGRIDADE FÍSICA
O STF fixou duas teses, no julgamento do
ARE 664.335, ocorrido em 06/12/2014
(acórdão ainda não publicado):
Tese maior: se comprovada a eficácia do
EPI, não será caracterizada a atividade
como especial, deixando de ser aplicado o
art. 201 § 1ºda CF;
Tese menor: A informação de EPI eficaz
no PPP não é suficiente, nos casos de ruído,
para descaracterizar o tempo como
especial.
HAVENDO ENQUADRAMENTO
SOMA 15, 20 OU 25
PERÍODOS ESPECIAIS = OU
ANOS
SOMA
PERÍODOS ESPECIAIS
PERÍODOS ESPECIAIS 15, 20 OU 25 ANOS
DE 15 ANOS
1,00 1,33 1,67 2,00
DE 20 ANOS
0,75 1,00 1,25 1,50
DE 25 ANOS
0,60 0,80 1,00 1,20
DE 30 ANOS
0,50 0,67 0,83 1,00
A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI
8.213/91, REGULAMENTADA PELO DECRETO
611/92:
Atividade
sa
converter MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)
Atividades
a
converter
MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)
CERTIDÃO
Atividades
a converter MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)