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QUÍMICA PRÁTICA

Prof. Dr. Luiz Gustavo

Cromatografia em papel

Acadêmicos:

27 de maio de 2010
INTRODUÇÃO
A cromatografia é uma técnica da química analítica utilizada para a
separação de misturas e substâncias. De maneira mais completa, a técnica
baseia-se no princípio da adsorção seletiva, um tipo de adesão, que relaciona a
polaridade das substâncias. A técnica foi descoberta em 1906 pelo botânico
italiano Mikahail Tswett.
A celulose é um polímero, o que significa que ela é composta por
milhares de moléculas menores que se organizam juntas. Esta organização
molecular que compõe as cadeias de celulose é polar e, como resultado, a
celulose tem muitas regiões de altas e baixas densidades de elétrons. As
regiões "carregadas" em uma cadeia de celulose são atraídas para as regiões
de cargas opostas de outras cadeias adjacentes, e isto ajuda a unir as fibras de
papel. O solvente utilizado tem que ter ser polar para poder interagir com as
áreas polares da celulose e subir através do papel por capilaridade arrastando
consigo o que for também polar.

OBJETIVO
Utilizar a técnica de cromatografia em papel observar a polaridade da
amostra.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para a experiência, utilizamos os seguintes materiais:


• Tiras de papel filtro
• Canetas esferográficas de diferentes cores
• Dois béqueres de 2000 ml
• Acetona e água
• Bastão de vidro
• Vidro de relógio

Procedimentos:

I. Prepara-se em cada béquer uma solução acetona e água. No primeiro


béquer a proporção deve ser de 3:1 acetona/água e no segundo 1:3
acetona/água.
II. Marca-se em duas tiras de papel filtro, três pontos de diferentes cores de
caneta esferográfica, a uma distância de 1,5 cm da base inferior do
papel.
III. Fixa-se cada tira em um bastão de vidro e em seguida coloca-se cada
uma em um béquer contendo as soluções. Deve-se tomar o cuidado
para que os pontos marcados fiquem acima do nível do solvente.
IV. Cubra os béqueres com o vidro de relógio para que não ocorra a
evaporação do solvente, evitando assim uma possível alteração na
concentração da solução.
V. Após a eluição do solvente retiram-se as tiras e em seguida calcula-se o
Rf de cada substancia.

RESULTADOS
Após observar a reação entre as substâncias, a fase móvel e a fase
estacionária, retirou-se as amostras do béquer, e fez-se o cálculo do fator de
retenção Rf, que é obtido através da razão entre a distancia percorrida pela
mancha da substancia (tinta de caneta esferográfica) desde a origem e a
distancia percorrida pelo solvente (acetona/água) desde a origem.
Rf = D(1) / D(2)

Fig.1 Distâncias percorridas pela


substancia e pelo solvente.

Tabela I: Fator de retenção de


cada substancia
CORES ROXO:
VERDE AZUL AZUL E ROSA
SOLVENTE

1:3 Acetona/Água (POLAR) Rf = 0,78 Rf = 0,24 Rf = 0,75 Rf = 0,32

3:1 Acetona/Água (APOLAR) Rf = 0,83 Rf = 0,1 Rf = 0,49 Rf = 0,84

DISCUSSÃO

Na cromatografia em papel (CP), a fase estacionária é o papel colocado


em um frasco. A fase móvel é o eluente que sobe pelo papel carregando as
substâncias que compõem as misturas (no experimento, as substâncias que
compõem as tintas das canetas).
As diferentes substâncias sobem com velocidades diferentes, porque
interagem de forma diferente com o eluente e com o papel. As substâncias que
têm mais afinidade pelo eluente sobem mais rapidamente, enquanto as que
têm grande afinidade pelo papel são arrastadas mais lentamente pelo eluente.
Dessa forma, ocorre a separação, sendo possível visualizar os diferentes
componentes de cada tinta.
No experimento, observou-se a diferença no movimento de cada cor na
fase estacionária, esse movimento variou conforme a afinidade polar ou apolar
de cada substancia. Um exemplo pertinente seria a da caneta esferográfica de
cor roxa que se dividiu em duas outras cores, azul e rosa, as quais tinham
diferentes níveis de polaridade, o que resultou em um fator de retenção
diferente para cada uma delas e que se comportavam de formas contrárias em
cada uma das amostras de solvente.

CONCLUSÃO

Com o auxílio da técnica de cromatografia em papel, foi possível


observar os diferentes níveis de polaridade das amostras de tinta de caneta
esferográfica.
REFERÊNCIAS

• COLLINS, C.H. e BONATO, P.S. Introdução a métodos cromatográficos.


Campinas: Editora da Unicamp, 1990.
• DEGANI, A.L.G.; CASS, Q.B. e VIEIRA, P.C. Cromatografia: um breve
ensaio. Química Nova na Escola, n. 7, p. 21-25, 1998.
• QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, N° 18, NOVEMBRO 2003, Cromatografia
em papel na separação de corantes
• Material da Profa. Dra. Durvalina Maria Mathias dos Santos. Disciplina
de Fisiologia Vegetal, Unesp, Jaboticabal. 2006

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