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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
Sumário
Módulo III - Noções de Administração Orçamentária
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No âmbito governamental isso ocorre de uma maneira bem mais detalhada e com outro enfoque,
pois no orçamento público se pretende mostrar o que o governo fará com o dinheiro arrecadado
da sociedade em termos de plano de trabalho, e não propriamente o que ele vai comprar com
aquele recurso.
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ORÇAMENTO = PROGRAMA DE TRABALHO DO GOVERNO
Depois de apresentar a despesa dessa forma, o orçamento público a detalha ainda mais,
agora já em termos de Grupos de Natureza de Despesa (GND), o que nos permite saber
em qual classe de gasto será enquadrada a despesa.
- GND 4 – Investimentos
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Explicando cada um:
GND 4 - Investimentos
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A título de ilustração, apresentamos a seguir alguns
Elementos de Despesa utilizados pelo Orçamento da
União:
ELEMENTOS DE DESPESA
01 - Aposentadorias
03 - Pensões
04 - Contratação por Tempo Determinado
05 - Outros Benefícios Previdenciários
06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 – Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
...
30 - Material de Consumo
31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas
e Outras
32 - Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita
33 - Passagens e Despesas com Locomoção
34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de
Terceirização
35 - Serviços de Consultoria
36 – Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
37 - Locação de Mão-de-Obra
38 - Arrendamento Mercantil
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
...
51 - Obras e Instalações
52 - Equipamentos e Material Permanente
61 - Aquisição de Imóveis
...
91 - Sentenças Judiciais
92 - Despesas de Exercícios Anteriores
93 - Indenizações e Restituições
94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
97 - Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS
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Unidade 2 - Dotação
Orçamentária X
Recursos Financeiros
A partir dos conceitos apresentados na
lição anterior, podemos definir despesa
pública como o conjunto de gastos do
Estado necessários para o funcionamento e
aperfeiçoamento dos serviços públicos
postos à disposição da sociedade.
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
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Vocês já devem ter percebido que
cada Estado e cada Município têm
o seu próprio orçamento,
independente do da União, e que
cada orçamento
conterá o programa de trabalho
daquele ente (União, Estado, DF
ou Município) e as respectivas
receitas. Isso vale para todo e
qualquer município,
não importa o seu tamanho.
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Constituição
Lei n.º4.320/64
Federal
I - o início de A Lei de
programas ou Orçamento
projetos não compreenderá
incluídos na todas as
lei despesas
orçamentária próprias dos
anual;” órgãos do
Governo e da
administração
centralizada,
ou que, por
intermédio
deles se devam
realizar,
observado o
disposto no
artigo 2°.”
Ou seja, o Governo
(Federal, Estadual,
Distrital ou Municipal) só
pode executar os gastos
que estão previstos no
seu orçamento. Se não
está no Orçamento, não
pode gastar. Com essa
regra em mente,
podemos dizer que o
orçamento público fixa
as despesas do governo
para aquele ano.
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“Estima a
receita e fixa a
despesa da
União para o
exercício
financeiro de
2011.”
Nesse mesmo
rumo, podemos
dizer também
que o
orçamento
público, mais
do que fixar,
autoriza o
governo a
executar os
gastos nele
previstos, e
somente
aqueles nele
previstos.
Esse é o termo
que os
estudiosos de
orçamento
público mais
gostam de
utilizar:
“autoriza”. Para
eles, o
orçamento é
um instrumento
autorizativo,
pois qualquer
despesa que
esteja fora dele
é proibida de
ser realizada, é
dizer-se, não
autorizada.
Juntando os
conceitos
expostos até
agora, podemos
dizer que o
orçamento
público contém
as autorizações
de despesas
que o governo
realizará
naquele ano,
ou, de forma
mais técnica, as
dotações
orçamentárias
de um
determinado
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exercício
financeiro.
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4
Esse
é
o
termo
correto
para
se
referir
a
um
gasto
autorizado
pelo
orçamento
(ou
seja,
constante
do
orçamento):
DOTAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA.
Sempre
lembrando
que
as
Dotações
Orçamentárias
virão
discriminadas
no
orçamento,
como
vimos
na
Lição
1,
em
Programas
de
Trabalho,
que
por
sua
vez
serão
desmembrados
em
Grupos
de
Natureza
da
Despesa,
que
por
fim
serão
subdivididos
em
Elementos
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de
Despesa.
DOTAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA
=
FIXAÇÃO
DE
GASTOS
=
AUTORIZAÇÃO
PARA
REALIZAÇÃO
DE
DETERMINADAS
DESPESAS
OBSERVAÇÃO
IMPORTANTE:
As
dotações
orçamentárias
também
são
chamadas
de
créditos
orçamentários.
Para
reafirmar
a
necessidade
de
haver
dotação
orçamentária
para
que
uma
despesa
possa
ser
realizada,
o
art.
55
da
Lei
8.666/93
determina
que
deve
constar
dos
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contratos
firmados
pela
Administração
o
crédito
orçamentário
da
despesa.
Vejamos:
“Art.
55.
São
cláusulas
necessárias
em
todo
contrato
as
que
estabeleçam:
I
-
o
objeto
e
seus
elementos
característicos;
II
-
o
regime
de
execução
ou
a
forma
de
fornecimento;
III
-
o
preço
e
as
condições
de
pagamento,
os
critérios,
data-
base
e
periodicidade
do
reajustamento
de
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preços,
os
critérios
de
atualização
monetária
entre
a
data
do
adimplemento
das
obrigações
e
a
do
efetivo
pagamento;
IV
-
os
prazos
de
início
de
etapas
de
execução,
de
conclusão,
de
entrega,
de
observação
e
de
recebimento
definitivo,
conforme
o
caso;
V
-
o
crédito
pelo
qual
correrá
a
despesa,
com
a
indicação
da
classificação
funcional
programática
e
da
categoria
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econômica;
...”
Vocês
podem
reparar
que
até
este
momento
não
se
falou
em
dinheiro
propriamente
dito,
mas
somente
em
dotação
orçamentária,
que
como
vimos
vem
a
ser
a
autorização
para
a
realização
de
determinado
gasto
que
consta
do
orçamento
na
forma
de
um
programa
de
trabalho.
Os
recursos
financeiros
são
os
dinheiros
arrecadados
pelo
governo,
em
caixa,
que
serão
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utilizados
para
o
pagamento
das
despesas
públicas
(dotações
orçamentárias).
Portanto,
para
que
uma
despesa
pública
seja
realizada,
é
necessário
ter
a
respectiva
dotação
orçamentária
(constar
do
orçamento)
e
ter
os
recursos
financeiros
para
o
seu
pagamento.
Entenderam
a
diferença?
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pág.
5
Nesta
lição
vimos
que
cada
ente
federativo
(União,
Estado,
Distrito
Federal
ou
Município)
tem
o
seu
próprio
orçamento,
independente
do
da
União,
que
deve
ser
votado
e
aprovado
pelo
respectivo
Poder
Legislativo
(Congresso
Nacional,
Assembléia
Legislativa,
Câmara
Distrital
e
Câmara
de
Vereadores).
Os
Orçamentos
Públicos
contém
as
dotações
orçamentárias
(ou
créditos
orçamentários)
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de
um
ente
federativo
para
um
determinado
exercício
financeiro,
frente
às
receitas
públicas.
Os
recursos
financeiros
são
os
valores
em
dinheiro
arrecadados
pelo
governo,
em
caixa,
que
serão
utilizados
para
o
pagamento
das
despesas
públicas,
que
aparecem
nos
orçamentos
sob
forma
de
dotações
orçamentárias.
O Governo (Federal, Estadual, Distrital ou Municipal) só pode executar os gastos que estão
previstos no seu orçamento - se não está no orçamento, não pode gastar.
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Unidade
3
-
Estágios
e
execução
das
despesas
orçamentárias
Conforme
estudamos
na
lição
anterior,
para
que
um
gasto
público
seja
realizado,
é
necessário
ter
a
respectiva
dotação
orçamentária
(constar
do
orçamento)
e
deter
os
recursos
financeiros
(dinheiro
em
caixa)
para
o
seu
pagamento.
Porém,
para
que
a
despesa
possa
ser
efetivamente
paga,
são
necessários
alguns
procedimentos
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formais
para
se
ter
certeza:
i) da
existência
de
necessária
dotação
orçamentária;
ii) do
efetivo
recebimento
do
objeto
do
gasto;
e
iii) da
certeza
quanto
ao
destinatário
do
pagamento.
Nesse
sentido,
a
despesa
pública
passa
por
três
etapas
(a
doutrina
chama
de
estágios):
Vamos
a
cada
um
deles?
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2
Empenho
Empenho:
O
empenho
é
obrigatório
e
fundamental,
não
sendo
permitida
a
realização
de
despesa
sem
prévio
empenho.
O
empenho
é
a
garantia
de
que
existe
uma
autorização
no
orçamento
para
aquele
gasto,
ou
seja,
de
que
existe
dotação
orçamentária
para
a
despesa
que
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se
quer
realizar.
Em
outras
palavras,
empenhar
é
reservar
créditos
orçamentários
no
valor
da
despesa
que
se
quer
executar.
Quando
o
administrador
faz
o
empenho
de
uma
dotação
orçamentária,
ele
está
dizendo
ao
orçamento
que
aquela
dotação
está
reservada
para
uma
determinada
empresa
que,
caso
execute
o
contrato
a
contento
da
Administração,
receberá
o
devido
pagamento.
Por
isso
o
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empenho
também
é
visto
como
uma
garantia
para
o
fornecedor
ou
prestador
de
serviço
contratado
pela
Administração
Pública
de
que
receberá
o
pagamento
se
cumprir
o
contrato.
A
empresa
contratada
recebe
da
Administração
um
documento
chamado
Nota
de
Empenho,
que
contém
o
número
do
empenho,
o
nome
do
contratado,
o
objeto
e
o
valor
do
contrato.
Aliás,
nos
casos
de
Licitação
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na
modalidade
Convite,
a
Administração
pode
substituir
o
respectivo
contrato
administrativo
a
ser
firmado
com
o
licitante
vencedor
pela
própria
nota
de
empenho,
nos
termos
do
art.
62
da
Lei
8.666/93:
Art.
62.
O
instrumento
de
contrato
é
obrigatório
nos
casos
de
concorrência
e
de
tomada
de
preços,
bem
como
nas
dispensas
e
inexigibilidades
cujos
preços
estejam
compreendidos
nos
limites
destas
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duas
modalidades
de
licitação,
e
facultativo
nos
demais
em
que
a
Administração
puder
substituí-
lo
por
outros
instrumentos
hábeis,
tais
como
carta-
contrato,
nota
de
empenho
de
despesa,
autorização
de
compra
ou
ordem
de
execução
de
serviço.
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pág.
3
Como
já
dissemos,
o
empenho
é
prévio,
precede
a
realização
da
despesa
e
tem
por
objetivo
respeitar
o
limite
da
dotação
orçamentária,
como,
a
propósito,
prevê
o
art.
59
da
Lei
nº.
4.320/64:
“O
empenho
da
despesa
não
poderá
exceder
o
limite
de
créditos
concedidos”.
A
emissão
de
um
empenho
abate
o
seu
valor
da
dotação
orçamentária
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total
do
respectivo
programa
de
trabalho
a
que
pertence
a
despesa,
tornando
a
quantia
empenhada
indisponível
para
novo
empenho.
Ou
seja,
o
valor
fica
lá
no
orçamento
reservado
para
aquele
contratado.
Os
empenhos,
de
acordo
com
a
sua
natureza
e
finalidade,
são
classi-
ficados
em:
empenho
ordinário:
utilizado
para
despesas
com
valor
previa-
mente
conhecido
e
cujo
pagamento
deve
ocorrer
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de
uma
só
vez.
Exemplo:
uma
compra
simples
–
um
móvel
para
a
Assembléia
Legislativa.
É
a
modalidade
mais
comum.
empenho
global:
destinado
a
atender
às
despesas
com
valor
também
previamente
conhecido,
tais
como
as
contratuais,
mas
de
pagamento
parcelado
(§
3º
do
art.
60
da
Lei
nº.
4.320/64).
Exemplos:
aluguéis,
prestação
de
serviços
por
terceiros,
salários,
pro-
ventos
e
pensões,
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inclusive
as
obrigações
patronais
decorrentes,
etc.
empenho
estimativa:
para
acolher
despesas
cujo
valor
não
se
possa
determinar
previamente.
Exemplo:
água,
luz,
telefone,
gratificações,
diárias,
reprodução
de
documentos,
etc.
Nós
dissemos
há
pouco
que
a
emissão
de
um
empenho
abate
o
seu
valor
da
dotação
orçamentária
total
do
respectivo
programa
de
trabalho
a
que
pertence
a
despesa,
tornando
a
quantia
empenhada
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indisponível
para
novo
empenho.
Mas
e
se
o
contratado
não
cumprir
o
contrato?
Perde-
se
essa
dotação
orçamentária?
Não,
nesse
caso
podemos
anular
aquele
empenho
e
o
seu
valor
volta
a
se
tornar
disponível
para
outro
novo
empenho.
A
anulação
de
um
empenho
pode
ocorrer:
.
no
decorrer
do
ano:
Parcialmente,
quando
seu
valor
exceder
o
montante
da
despesa
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realizada;
Totalmente:
•
quando
o
serviço
contratado
não
tiver
sido
prestado;
•
quando
o
material
encomendado
não
tiver
sido
entregue;
ou
•
quando
o
empenho
tiver
sido
emitido
incorretamente.
.
no
final
do
ano,
quando
o
empenho
se
referir
a
despesas
não
realizadas,
salvo
aquelas
que
se
enquadrarem
nas
condições
previstas
para
inscrição
em
Restos
a
Pagar
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–
nós
veremos
o
que
são
Restos
a
Pagar
mais
à
frente.
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pág.
4
Liquidação
do
Empenho:
Esse
é
o
segundo
estágio
da
despesa.
De
acordo
com
o
art.
63
da
Lei
nº.
4.320/64:
“Art.
63.
A
liquidação
da
despesa
consiste
na
verificação
do
direito
adquirido
pelo
credor
tendo
por
base
os
títulos
e
documentos
comprobatórios
do
respectivo
crédito.
§
1°
Essa
verificação
tem
por
fim
apurar:
I
-
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a
origem
e
o
objeto
do
que
se
deve
pagar;
II
-
a
importância
exata
a
pagar;
III
-
a
quem
se
deve
pagar
a
importância,
para
extinguir
a
obrigação.
§
2º
A
liquidação
da
despesa
por
fornecimentos
feitos
ou
serviços
prestados
terá
por
base:
I
-
o
contrato,
ajuste
ou
acordo
respectivo;
II
-
a
nota
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de
empenho;
III
-
os
comprovantes
da
entrega
de
material
ou
da
prestação
efetiva
do
serviço.”
Vale dizer que é a comprovação de que o contratado cumpriu todas as obrigações constantes do
empenho, ou seja, forneceu o bem ou executou o serviço contratado.
É
nessa
etapa
que
o
gestor
atua,
verificando
cuidadosamente
se
o
contrato
foi
cumprido
integralmente,
fazendo
constar
do
processo
de
compra
toda
e
qualquer
ocorrência
que
julgue
importante
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
ou
que
eventualmente
possa
resultar
em
glosas.
O
estágio
da
liquidação
da
despesa
envolve,
portanto,
todos
os
atos
de
verificação
e
conferência,
desde
o
recebimento
(provisório
ou
definitivo)
do
material
ou
o
atesto
da
prestação
do
serviço,
observando
se
tudo
está
de
acordo
com
as
especificações
do
contrato.
É
tarefa
básica
do
gestor
de
contratos.
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pág.
5
Pagamento:
Por
último,
o
pagamento
é
a
etapa
final
da
despesa.
Este
estágio
consiste
no
pagamento
das
faturas
do
contratado.
No
caso
do
Governo
Federal,
todos
os
pagamentos
são
realizados
por
meio
de
ordem
bancária,
geralmente
pelo
Banco
do
Brasil.
Recapitulando
a
lição
vimos
que
para
que
a
despesa
pública
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
possa
ser
realizada,
deve
passar
por
três
estágios:
Empenho,
Liquidação
e
Pagamento.
O
Empenho
é
o
ato
emanado
de
autoridade
competente
que
cria
para
o
Estado
obrigação
de
pagamento
pendente
ou
não
de
implemento
de
condição.
O
empenho
é
prévio,
precede
a
realização
da
despesa
e
tem
por
objetivo
respeitar
o
limite
da
dotação
orçamentária.
Os
empenhos,
de
acordo
com
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
a
sua
natureza
e
finalidade,
são
classi-
ficados
em:
empenho
ordinário;
empenho
estimativa;
e
empenho
global.
O
segundo
estágio
da
despesa
–
Liquidação
do
Empenho
–
consiste
na
verificação
do
direito
adquirido
pelo
credor
tendo
por
base
os
títulos
e
documentos
comprobatórios
do
respectivo
crédito.
É
nessa
etapa
que
o
gestor
atua,
verificando
cuidadosamente
se
o
contrato
foi
cumprido
integralmente,
fazendo
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
constar
do
processo
de
compra
toda
e
qualquer
ocorrência
que
julgue
importante
ou
que
eventualmente
possa
resultar
em
glosas.
O
Pagamento
é
a
etapa
final
da
despesa,
e
consiste
na
entrega
dos
recursos
financeiros
ao
contratado
por
meio
de
ordem
bancária.
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Unidade
4
-
Créditos
adicionais,
restos
a
pagar
e
despesas
de
exercícios
anteriores
Bem,
sabemos
o
que
é
orçamento
público,
dotação
orçamentária
(ou
crédito
orçamentário),
recursos
financeiros
e
conhecemos
as
fases
da
despesa.
Vamos
agora
ver
o
que
são
créditos
adicionais.
Vocês
se
lembram
que
dissemos
que
se
uma
despesa
não
está
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
prevista
no
orçamento
ela
não
poderá
ser
realizada?
Pois
é,
essa
é
uma
regra
que
não
pode
ser
desrespeitada.
Porém,
imaginemos
os
seguintes
acontecimentos:
1.
Houve
uma
enchente
no
seu
estado
e
o
Governo
Estadual
tem
que
realizar,
com
urgência,
obras
de
contenção
de
várias
encostas
e
recuperação
da
estrutura
de
três
pontes.
Porém,
estas
obras
não
estavam
previstas
no
orçamento,
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pois
não
se
imaginava
que
fosse
acontecer
uma
enchente
dessas.
Como
então
executar
as
obras?
2.
A
sua
cidade
foi
eleita
a
sede
da
olimpíada
estadual
da
criança
e
do
adolescente.
Para
tanto,
o
governo
estadual
pediu
que
a
Prefeitura
construísse
mais
dez
novas
quadras
poliesportivas
ainda
este
ano.
Porém,
quando
o
orçamento
foi
aprovado
na
Câmara
Municipal,
não
se
fazia
47 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
idéia
de
que
a
cidade
seria
eleita,
portanto
a
construção
dessas
quadras
não
constou
do
orçamento.
Como
então
construí-
las?
3.
Houve
uma
decisão
judicial
que
concedeu
aumento
de
remuneração
dos
funcionários
públicos
de
sua
cidade.
Quando
o
orçamento
foi
feito,
não
se
considerou
esse
aumento,
assim
as
dotações
orçamentárias
existentes
para
pagamento
de
pessoal
não
serão
suficientes
para
o
ano
48 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
todo.
Sabe-
se
que
não
se
pode
descumprir
uma
ordem
judicial.
Como
fazer
então?
Para
essas
três
situações
existem
os
chamados
CRÉDITOS
ADICIONAIS,
que
são
uma
maneira
de
alterar
o
orçamento
vigente,
acrescentando
dotações
que
não
existiam
ou
que
se
tornaram,
ao
longo
do
ano,
insuficientes.
49 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pág
2
Vejamos
o
que
dizem
os
artigos
40
e
41
da
Lei
4.320/64:
“Art.
40.
São
créditos
adicionais,
as
autorizações
de
despesa
não
computadas
ou
insuficientemente
dotadas
na
Lei
de
Orçamento.
Art.
41.
Os
créditos
adicionais
classificam-
se
em:
I
-
suplementares,
os
destinados
a
reforço
de
dotação
orçamentária;
II
-
especiais,
os
destinados
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
a
despesas
para
as
quais
não
haja
dotação
orçamentária
específica;
III
-
extraordinários,
os
destinados
a
despesas
urgentes
e
imprevistas,
em
caso
de
guerra,
comoção
intestina
ou
calamidade
pública.”
A regra é que todos esses créditos devem, da mesma forma que o orçamento, ser aprovados pelo
Poder Legislativo correspondente (Congresso Nacional, Assembléia Legislativa ou Câmara Municipal,
conforme o caso), na forma de um projeto de lei.
Mas
há
exceções.
No
exemplo
1,
o
crédito
seria
na
modalidade
extraordinário,
pois
o
fato
se
enquadra
no
conceito
de
calamidade
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pública.
Nesse
caso,
o
Governo
Estadual
não
pode
esperar
para
agir
sob
risco
de
perdas
de
vidas.
Portanto,
ele
cria
o
crédito
extraordinário
por
meio
de
uma
Medida
Provisória,
que
altera
o
orçamento,
acrescentando
as
dotações
orçamentárias
para
as
obras
de
contenção
de
encostas
e
recuperação
de
pontes.
Já
o
exemplo
2
é
considerado
como
crédito
especial
–
52 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
não
havia
dotação
específica
para
a
construção
das
quadras,
mas
essa
ausência
não
decorreu
de
calamidade
pública
ou
de
guerra.
Nesse
caso,
deve-
se
seguir
o
rito
ordinário
do
processo
legislativo:
o
Prefeito
propõe
à
Câmara
Municipal
da
cidade
um
projeto
de
lei
criando
o
crédito
adicional,
que
será
votado
e
aprovado
pela
Câmara.
Por
fim,
o
exemplo
3
enquadra-
se
53 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
na
modalidade
suplementar,
pois
já
havia
a
dotação
no
orçamento
para
pagamento
de
pessoal,
porém
ela
não
vai
ser
suficiente.
Nesses
casos,
pode-
se
fazer
o
reforço
da
dotação
até
um
determinado
percentual
(geralmente
10%
-
depende
da
legislação
de
cada
Estado
e
Município)
por
decreto
do
Prefeito,
sem
precisar
da
aprovação
da
Câmara
Municipal.
Acima
desse
percentual,
o
procedimento
adequado
deve
54 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
ser
também
a
via
do
projeto
de
lei.
55 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pág.
3
No
caso
da
gestão
de
contratos,
o
gestor
deve
ficar
atento
para
a
necessidade
de
um
eventual
pedido
de
crédito
suplementar,
caso
as
dotações
orçamentárias
que
suportam
seu
contrato
se
tornem
insuficientes.
Agora,
passemos
a
outro
assunto
que
está
envolvido
diretamente
com
a
gestão
de
contratos:
Restos
a
Pagar.
Vejamos
o
que
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
diz
o
art.
36
da
Lei
nº.
4.320/64:
“Art.
36.
Consideram-
se
Restos
a
Pagar
as
despesas
empenhadas
mas
não
pagas
até
o
dia
31
de
dezembro
distinguindo-
se
as
processadas
das
não
processadas.”
De
uma
maneira
mais
simples,
se
uma
despesa
foi
empenhada
no
final
do
ano,
mas
não
deu
tempo
para
a
empresa
contatada
entregar
o
material
ou
57 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
prestar
o
serviço
ainda
naquele
ano,
deve-
se
inscrever
esse
empenho
em
“Restos
a
Pagar”
para
o
próximo
ano,
de
forma
que
não
se
misturem
despesas
relativas
a
um
ano
com
as
do
ano
seguinte.
Essa
exigência
volta-
se
a
atender
à
obrigação
legal
de
adoção
do
regime
de
competência,
que
exige
que
as
despesas
sejam
contabilizadas
conforme
o
exercício
a
58 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
que
pertençam,
ou
seja,
em
que
foram
gerados.
Se
uma
despesa
foi
empenhada
em
um
exercício
e
somente
foi
paga
no
seguinte,
ela
deve
ser
contabilizada
como
pertencente
ao
exercício
em
que
foi
empenhada.
a) São Restos a Pagar processados as despesas em que a empresa contratada já tenha cumprido sua
obrigação (já tenha entregue o material, prestado o serviço ou executado a obra) até o final do ano,
porém não houve tempo de pagá-la até 31 de dezembro. Ou seja, a despesa já foi liquidada, mas
ainda não foi paga.
b) São Restos a Pagar não-processados as despesas empenhadas que dependem, ainda, da prestação
do serviço ou fornecimento do material. Ou seja, até o final do ano ainda não foram liquidadas.
59 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pág.
4
A
inscrição
de
empenhos
em
Restos
a
Pagar
terá
validade
até
31
de
dezembro
do
ano
subsequente.
Após
essa
data,
os
saldos
remanescentes
serão
automaticamente
cancelados.
Não
se
deve
confundir
Restos
a
Pagar
com
Despesas
de
Exercícios
Anteriores.
Despesas
de
Exercícios
Anteriores
são
as
dívidas
resultantes
de
compromissos
gerados
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Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
em
exercícios
financeiros
anteriores
àqueles
em
que
devem
ocorrer
os
pagamentos,
e
que
não
estejam
inscritos
em
Restos
a
Pagar,
no
caso
de
se
referirem
ao
exercício
imediatamente
anterior.
Por
exemplo,
o
pagamento
de
um
valor
atrasado
devido
a
um
servidor
público,
referente
ao
exercício
financeiro
de
61 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
2007,
que
somente
agora,
em
2011,
foi
reconhecido
pela
Administração.
Este
valor
não
estava
inscrito
em
Restos
a
Pagar
nem
tampouco
se
refere
a
2011.
Nesse
caso,
vai
ser
pago
sob
o
título
de
“Despesas
de
Exercícios
Anteriores”.
62 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
pág.
5
Créditos
Adicionais
são
entendidos
como
mecanismos
para
se
alterar
o
orçamento
vigente
de
modo
a
se
acrescentar
dotações
que
não
existiam
ou
que
se
tornaram,
ao
longo
do
ano,
insuficientes.
São
classificados
em:
·
Suplementares,
os
destinados
a
reforço
de
dotação
orçamentária;
·
Especiais,
os
destinados
a
despesas
para
as
quais
63 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
não
haja
dotação
orçamentária
específica;
·
Extraordinários,
os
destinados
a
despesas
urgentes
e
imprevistas,
tais
como
em
caso
de
guerra
ou
calamidade
pública.
Restos
a
Pagar
são
despesas
empenhadas,
mas
não
pagas
até
o
dia
31
de
dezembro,
cuja
execução
interessa
ao
Poder
Público,
mesmo
que
aconteça
no
exercício
seguinte.
São
classificados
em
Processados
(liquidados,
mas
não
pagos)
e
Não
64 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
Processados
(ainda
não
liquidados
e
consequentemente
não
pagos).
Já
as
Despesas
de
Exercícios
Anteriores
são
as
dívidas
resultantes
de
compromissos
gerados
em
exercícios
financeiros
anteriores
àqueles
em
que
devem
ocorrer
os
pagamentos,
e
que
não
estejam
inscritos
em
Restos
a
Pagar,
no
caso
de
se
referirem
ao
exercício
imediatamente
anterior.
65 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
Exercícios
de
Fixação
-
Módulo
III
66 of 67 15/02/2019 09:31
Noções de Administração Orçamentária https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=41537
Parabéns! Você
chegou ao
último módulo
de estudo do
curso Direito
Administrativo
para Gerentes
no Setor
Público.
Sugerimos que
você faça uma
releitura do
mesmo e
resolva os
Exercícios de
Fixação. O
resultado não
influenciará na
sua nota final,
mas servirá
como
oportunidade
de avaliar o
seu domínio do
conteúdo.
Lembramos
ainda que a
plataforma de
ensino faz a
correção
imediata das
suas
respostas!
Porém, não
esqueça de
realizar a
Avaliação Final
do curso, que
encontra-se no
Módulo de
Conclusão.
Lembramos
que é por meio
dela que você
pode receber a
sua certificação
de conclusão
do curso.
de
Fixação, clique
aqui.
67 of 67 15/02/2019 09:31