11/02/2019 Aeródromos podem fechar no Estado

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VIDA URBANA
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Aeródromos podem fechar no
Estado 1 Aeródromos podem fechar no Estado

Falta de plano exigido pela Força Aérea deve impedir funcionamento de 12 pistas
Carol
Almeida em Goiás. Documento visa estabelecer normas de segurança para área de pousos 2 Governo quer cancelar R$ 7,4 bilhões
de indenização a ex-militares
e decolagens
carol.almeida@
opopular.com.br
07/02/2019 - 23:09
3 Novo comandante da Aeronáutica
prevê di culdades ao governo Bolsonaro

4 Mulher de 24 anos morre após

capotamento na BR-060, entre Goiânia …

5 Caminhão bate contra poste e deixa

Avenida Anhanguera e região sem…

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CAPA POLÍTICA ECONOMIA MUNDO

Aeródromo VIDA URBANA
de Pirenópolis, ESPORTE
que em 2018 MAGAZINE
teve grande OPINIÃOdurante
movimentação ESPECIAIS VÍDEOS
o feriado INFOMERCIAL
prolongado GUIAS ÁUDIO DIGITAL
de Carnaval (Foto: Diomício Gomes)

Em Goiás, 12 aeródromos estão impossibilitados de operar regularmente

devido ao não cumprimento das exigências estabelecidas pela Força
Aérea Brasileira (FAB). O problema diz respeito à não apresentação do
Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA), que,
resumidamente, estabelece normas de segurança para manter livre de
obstáculos a área em que ocorrem pousos e decolagens. O imbróglio
burocrático desperta a preocupação de especialistas e pro ssionais da
área da aviação civil, que temem o desguarnecimento, principalmente do
Norte Goiano, onde estão algumas das pistas afetadas.

Responsável pela operação das unidades, o Estado terá um período de

três meses, entre os dias 11 de fevereiro e 10 de maio, para submeter os
planos à aprovação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(Decea). Neste período, os locais são considerados fechados.

No início do mês de janeiro deste ano, avisos, chamados NOTAM, foram

incluídos na plataforma de informações aeronáuticas do Decea,
indicando a aeronavegantes que os referidos aeródromos estão fechados
temporariamente devido à pendência. Com isso, pilotos são impedidos
de aprovar planos de voo que incluam tais localidades. Segundo o

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Classi consultor
Clube O Popular Jornalem aviação
Daqui Jornal Reinaldo
do Tocantins Moreira
Ludovica Del Fiaco, isso signi ca dizer que,
na prática, pousos e decolagens realizados em tais unidades são
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desprovidos, por exemplo, de autorização para abastecimento de
combustível e, também, de cobertura de seguro. Formalmente, a ausência
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da documentação signi ca que os operadores não garantiram o
cumprimento dos padrões de segurança naquele local, continua ele.

Operadora de 26 aeródromos no Estado, incluindo os 12 em xeque, a

Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), antiga Agetop,
a rma que “encaminhou à Secretaria Nacional de Aviação Civil a relação
das providências que estão sendo adotadas para garantir o pleno e
regular funcionamento dos aeródromos goianos”. De acordo com o órgão,
que se manifestou por meio de nota encaminhada pela assessoria de
comunicação, a aprovação do Plano exigido não foi obtida pela gestão
anterior. “A presidência atual da Goinfra solicitou à Secretaria Nacional
de Aviação Civil a prorrogação dos prazos para regularizar a situação e
evitar qualquer prejuízo ao funcionamento dos aeródromos”, diz o texto.

Situação conhecida

De acordo com o professor, consultor em aviação e presidente da

comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil em
Goiás (OAB-GO), Georges Ferreira, a necessidade de adequação de alguns
aeródromos do interior do Estado já era conhecida e alertas sobre a
“situação grave” em torno da possibilidade de fechamento de tais
unidades já haviam sido feitos à gestão anterior. Contudo, as adequações
não foram feitas e o prazo para tal encerrou-se no ano passado.
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Classi O prejuízo
Clube O Popular JornalàDaqui
Região Norte,
Jornal maior Ludovica
do Tocantins afetada pela paralisação, com quatro
unidades listadas, é um dos maiores motivos de preocupação para
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Ferreira. Segundo ele, o fechamento de tais aeródromos pode contribuir
para a perda de referência de pilotos durante voos sobre o território,
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uma vez que a quantidade de locais para pousos de emergência, por
exemplo, será diminuída. Além disso, locais ermos podem deixar de ser
atendidos. “Isso pode contribuir para a insegurança”, avalia.

Para Del Fiaco, o problema também pode afetar o bolso do Estado,

devido ao prejuízo econômico causado pela interrupção das atividades. O
feriado do Carnaval, que neste ano ocorrerá no início de março, costuma
gerar aumento no movimento de voos, explica ele. “Aeródromos como os
de Pirenópolis, Ceres e Aragarças, por exemplo, apresentam boa
movimentação nessa época”, diz.

Um homem que diz atuar voluntariamente na manutenção da unidade de

Pirenópolis e preferiu não se identi car a rma que no Carnaval do ano
passado o movimento registrado foi grande, maior do que ocorreu
durante todo o ano, que é de cerca de 6 aeronaves por mês. Apesar de o
local apresentar problemas visíveis, o funcionário garante que ali já
esteve muito pior. “Quando cheguei aqui, há três anos, estava
praticamente abandonado. As pessoas entravam aqui à noite. Agora cou
bom”, argumenta.

Goiânia

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Classi Em setembro
Clube O Popular do ano
Jornal Daqui Jornalpassado,
do Tocantinso Aeródromo
Ludovica de Goiânia, considerado um
dos maiores polos de prestação de serviços de manutenção de aeronaves
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de pequeno e médio porte no País, foi fechado também pela falta do
PBZPA. Para resolver o problema, condôminos do local, que possui cerca
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de 100 hangares, se reuniram para adquirir o rádio necessário para o
controle a telecomunicação com os pilotos, além de terem feito a reforma
do prédio. “Tudo foi doado ao Estado”, a rma Arsênio Neiva, presidente
do Aeroclube de Goiás. “Mesmo assim, o aeródromo só voltou a seu
funcionamento pleno no início deste ano”.

Assim como os demais pro ssionais ouvidos pela reportagem, Neiva

critica o fechamento das unidades no interior de Goiás. “Não signi ca
necessariamente que os locais são inseguros, mas, sim, que o Estado não
cumpriu com sua obrigação burocrática”, a rma. “E se uma ambulância
aérea precisar pousar? Não vai conseguir por causa de um papel”,
desabafa.

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