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ENGENHARIA ELÉTRICA
GUARULHOS
2014
ADENILSON DE MELO SILVA
ANDRÉ GERONAZZO FERNANDES
CLEBER FERREIRA DE BRITO
FRANCISCO EDUARDO LEITÃO
JOSÉ PAULO SOUZA LOPES
VINICIUS DE LIRA TEIXEIRA
GUARULHOS
2014
ADENILSON DE MELO SILVA
ANDRÉ GERONAZZO FERNANDES
CLEBER FERREIRA DE BRITO
FRANCISCO EDUARDO LEITÃO
JOSÉ PAULO SOUZA LOPES
VINICIUS DE LIRA TEIXEIRA
_________________________________
Wagner Marques Rossini
Faculdades Integradas Torricelli da Anhanguera Educacional
Mestre
_________________________________
Diego Campos Ribeiro
_________________________________
José dos Santos Garcia Neto
_________________________________
Suely Midori Aoki
Dedicamos esse trabalho de conclusão de
curso a Deus e aos nossos familiares.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado a oportunidade e a força para
que completássemos, com sucesso, mais uma etapa de nossa caminhada.
Aos nossos pais e familiares que sempre nos apoiaram dando-nos força e suporte
na busca de conhecimento.
Ao nosso orientador Prof. Msc. Wagner Marques Rossini, pela atenção e a confiança
dada durante o desenvolvimento do trabalho.
Ao Prof. Msc. Luiz Felipe Gonçalves Sartori e por nos ter tirado muitas dúvidas
referente ao trabalho.
Ao Prof. Msc. Willian Trovo, que nos ajudou na organização do trabalho indicando-
nos referências bibliográficas para o desenvolvimento do mesmo.
A todos que de alguma forma nos ajudaram a chegar nessa nova fase de nossas
vidas.
“Talvez não tenha conseguido fazer o
melhor, mas lutei para que o melhor fosse
feito. Não sou o que deveria ser, mas
Graças a Deus, não sou o que era antes”.
Tabela 1 - Consumo por classe consumidora no Brasil (GWh) do ano 2008 ao ano
de 2012. .................................................................................................................... 27
Tabela 2 - Tarifa média por classe (R$/MWh). ......................................................... 30
Tabela 3- Consumo da classe iluminação pública no Brasil e tensão de fornecimento
(GWh). ....................................................................................................................... 31
Tabela 4 - Tipos de tráfego motorizado e de pedestre. ............................................ 50
Tabela 5 - Exigências de luminância e uniformidade. ............................................... 50
Tabela 6 - Iluminância média mínima e a uniformidade para cada classe de
iluminação. ................................................................................................................ 51
Tabela 7 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de
iluminação. ................................................................................................................ 52
Tabela 8 - Quantidade de veículos por fluxo luminoso da lâmpada. ......................... 67
Tabela 9 - Quantidade de veículos por potência dissipada. ..................................... 67
Tabela 10 - Resultados com os sensores fixados a 90 cm do piso e 120 cm
equidistantes. ............................................................................................................ 76
Tabela 11 - Resultados com os sensores fixados a 70 cm do piso e 105 cm
equidistantes. ............................................................................................................ 76
Tabela 12 - Sequência de alimentação dos terminais no sentido horário. ................ 82
Tabela 13 - Sequência de alimentação dos terminais no sentido anti-horário. ......... 82
Tabela 14 - Resultados das grandezas elétricas em relação à dimerização. ........... 95
Tabela 15 - Resultados das medições do reator eletromagnético. ........................... 97
Tabela 16 – Medições do sistema atual na calçada da Avenida Tiradentes. .......... 100
Tabela 17 - Medições do sistema atual nas faixas de rolamento da Avenida
Tiradentes. .............................................................................................................. 100
Tabela 18 - Cálculo luminotécnico do sistema atual da Avenida Tiradentes. ......... 101
Tabela 19 - Resultados do sistema atual com quatro lâmpadas a vapor de sódio 250
W na Avenida Tiradentes, obtidos com software DIALux. ....................................... 101
Tabela 20 - Estudo luminotécnico do sistema atual com quatro lâmpadas a vapor de
sódio 250 W na Avenida Tiradentes. ....................................................................... 101
Tabela 21 - Estudo luminotécnico com quatro lâmpadas a vapor de sódio 150 W na
Avenida Tiradentes. ................................................................................................ 102
Tabela 22 - Estudo luminotécnico com três lâmpadas a vapor de sódio 150 W na
Avenida Tiradentes. ................................................................................................ 103
Tabela 23 - Estudo luminotécnico com quatro lâmpadas a vapor de sódio 100 W na
Avenida Tiradentes. ................................................................................................ 103
Tabela 24 - Byte de dados do controle por Emed/min (pátio). ................................... 105
Tabela 24 - Byte de dados do controle por Emed/min (pátio). ................................... 106
Tabela 25 - Valores de iluminância máxima e mínima obtidos na Tabela 24. ........ 106
Tabela 26 – Iluminância média calculada para determinar do byte de dados do
controle. .................................................................................................................. 107
Tabela 27 - Influência dos reatores na iluminância do pátio. .................................. 110
Tabela 28 - Potência dos equipamentos de iluminação pública utilizados da Avenida.
................................................................................................................................ 112
Tabela 29 - Tráfego de veículos no período de 15 minutos. ................................... 113
Tabela 30 - Tráfego de veículos pela potência do conjunto lâmpada e reator. ....... 114
Tabela 31 - Potência dos equipamentos de iluminação pública com o sistema
proposto. ................................................................................................................. 114
Tabela 32 - O custo dos materiais para aplicação da proposta. ............................. 115
Tabela 33 - Potência dos equipamentos de iluminação pública com o sistema
proposto. ................................................................................................................. 116
Tabela 34 - O custo dos materiais para aplicação da proposta. ............................. 117
Tabela 35 - Consumo de energia elétrica dos sistemas propostos......................... 118
Tabela 36 - Total de investimento. .......................................................................... 118
Tabela 37 - Payback da proposta 1. ....................................................................... 118
Tabela 38 – Payback da proposta 2. ...................................................................... 119
Tabela 39 - Medições do consumo de energia. ...................................................... 120
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
% – Porcentagem
< – Menor que
> – Maior que
∆ – Variação
≤ – Menor ou igual a
≥ – Maior ou igual a
°C – Graus Celsius
cd – Candela
cd/m2 – Candela Por Metro Quadrado
CdS – Sulfeto De Cádmio
CdSe – Seleneto De Cádmio
Cm – Centímetro
cos – Cosseno
E – Iluminância
Emed – Iluminância média
Emin – Iluminância mínima
FP – Fator de potência
GWh – Gigawatt-hora
h – Hora
Hz – Hertz
I – Intensidade luminosa
IR – Raios Infravermelhos
K – Kelvin
KHz – Quilo-hertz
Km/h – Quilometro por hora
kV – Quilovolts
kVRMS – Quilovolts de tensão eficaz
kW – Quilowatt
kWh – Quilowatt-hora
KΩ – Quilo-ohm
l – Comprimento de arco
L – Luminância
Lm – Lúmen
lm/W – Lúmen por watt
lx – Lux
m – Metro
mA – Miliampère
med – Média
MHz – Mega-hertz
mín – Mínimo
min – Minuto
MIPS – Millions of Instructions Per Second
Mm – Milimetro
mV – Milivolt
MWh – Megawatt-hora
mΩ – Miliohm
nm – Nanômetro
P – Potência
R – Raio da circunferência
R$ – Real
Ra – Índice de reprodução de cor
rad – Radiano
Si – Silício
sr – Esterradiano
ta – Ambient temperature
tc – Temperature casing
TCC – Temperatura da Cor Correlata
U – Fator de uniformidade da iluminância em determinado plano
Uo – Fator de uniformidade da luminância (uniformidade global)
UV – Raios Ultravioletas
V – Volt
Veficaz – Tensão eficaz
VPP – Valor de pico a pico
W – Watt
α – Ângulo plano
η – Eficiência Energética
μs – Microssegundos
πR – Pi-radiano
ρ – Refletância ou Coeficiente de Reflexão
Φ – Fluxo Luminoso
ω – Ângulo sólido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 23
1.1 História da iluminação pública no Brasil .......................................................... 24
1.2 Panorama atual da iluminação pública no Brasil ............................................. 27
1.3 Trabalhos relacionados ................................................................................... 33
1.4 Objetivo geral .................................................................................................. 37
1.5 Objetivos específicos....................................................................................... 37
1.6 Justificativa ...................................................................................................... 37
1.7 Estrutura do trabalho ....................................................................................... 38
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 39
2.1 Grandezas e unidades fotométricas ................................................................ 39
2.1.1 Fluxo radiante e fluxo luminoso ............................................................. 40
2.1.2 Eficiência energética ............................................................................. 41
2.1.3 Intensidade luminosa ............................................................................. 42
2.1.4 Iluminância ............................................................................................ 43
2.1.5 Luminância ............................................................................................ 44
2.1.6 Temperatura de cor correlata ................................................................ 45
2.2 Equipamentos de iluminação pública .............................................................. 46
2.3 Norma ABNT NBR 5101:2012 ......................................................................... 47
2.3.1 Termos e definições da norma .............................................................. 47
2.3.2 Características gerais da norma ............................................................ 49
2.4 Protocolo DALI ................................................................................................ 54
2.4.1 Especificações elétricas ........................................................................ 56
2.4.2 Configurações de rede DALI ................................................................. 57
2.4.3 Comunicação......................................................................................... 59
2.4.4 Mestre escravo ...................................................................................... 59
2.4.5 Níveis de Dimerização ........................................................................... 61
2.4.6 Vantagens do protocolo DALI ................................................................ 62
2.4.7 Desvantagens do protocolo DALI .......................................................... 63
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 64
3.1 Proposta do protótipo ...................................................................................... 64
3.2 Descrição geral do funcionamento .................................................................. 65
3.3 Instalação dos equipamentos na faculdade .................................................... 66
3.3.1 Lógica de funcionamento ...................................................................... 67
3.4 Dispositivos aplicados no projeto .................................................................... 68
3.4.1 Sensores ............................................................................................... 68
3.4.1.1 Sensor de luminosidade ............................................................ 69
3.4.1.2 Sensor de barreira ativo com feixe infravermelho ..................... 73
3.4.1.3 Sensor de corrente .................................................................... 76
3.4.2 Microcontrolador .................................................................................... 78
3.4.3 Motor de passo ...................................................................................... 81
3.4.4 Controle DALI ........................................................................................ 83
3.4.5 Reator DALI ........................................................................................... 85
3.4.5.1 Características de funcionamento do reator .............................. 87
3.5 Supervisório .................................................................................................... 90
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................................... 92
4.1 Testes realizados com o reator DALI .............................................................. 92
4.2 Testes realizados com reator eletromagnético ................................................ 97
4.3 Curva característica do fluxo luminoso da lâmpada Vialox Nav-T 150 W Super
4y 98
4.4 Estudo luminotécnico ...................................................................................... 99
4.4.1 Situação atual da Avenida Tiradentes ................................................. 100
4.4.2 Proposta futura para a Avenida Tiradentes. ........................................ 102
4.4.3 Estacionamento externo (local onde as luminárias foram instaladas). 104
4.4.4 Níveis de dimerização no estacionamento .......................................... 106
4.5 Análise econômica do consumo de energia elétrica na Avenida Tiradentes. 111
4.5.1 Análise econômica do consumo atual de energia elétrica da Avenida
Tiradentes. .................................................................................................... 111
4.5.2 Análise econômica do consumo futuro de energia elétrica da Avenida
Tiradentes. .................................................................................................... 113
4.5.2.1 Sistema com reatores DALI e configuração utilizando 3
lâmpadas a vapor de sódio de 150 W por poste. ................................ 114
4.5.2.2 Sistema com reatores DALI e configuração utilizando quatro
lâmpadas a vapor de sódio de 100 W por poste. ................................ 116
4.5.2.3 Cálculo de retorno de investimento para as duas propostas ... 117
5 RESULTADO DO PROTÓTIPO .......................................................................... 120
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 121
6.1 Comentários finais ......................................................................................... 121
6.2 Melhorias futuras ........................................................................................... 122
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 123
APÊNDICES ........................................................................................................... 127
ANEXOS ................................................................................................................. 130
23
1 INTRODUÇÃO
apresentava durante o período compreendido entre Abril 2012 e Março de 2013 uma
parcela aproximada de 4,1% do consumo total de energia elétrica, o que equivale ao
consumo de 13101942 MWh nesse mesmo período. Esse consumo de energia
acontece num horário de demanda máxima do sistema elétrico (19 h 00 min às 21h
00 min).
Segundo estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2014), vinculada
ao Ministério de Minas e Energia, o consumo nacional de energia elétrica atingiu
40.251 GWh em Janeiro de 2014, volume 4,9% superior ao registrado no mesmo
mês do ano 2013. Ainda segundo estudos da EPE (2013), divulgados no “Anuário
estatístico de energia elétrica 2013”, a iluminação pública houve um aumento no
consumo de energia elétrica de 3,5 % entre ano de 2011 e 2012.
Com o crescente aumento de demanda por energia elétrica e a estagnação
da geração da mesma nos últimos tempos, junto às mudanças normativas da
ANEEL através da Resolução n.º 414 do dia 9 de setembro de 2010, na qual diz que
em 2014 todos os municípios brasileiros passarão a assumir os serviços de
iluminação pública. As prefeituras serão obrigadas a gerenciar e contratar toda a
iluminação da cidade, demandando novos estudos e a oportunidade de buscar
novas tecnologias, menor custo, também lembra a Eletrobrás através da Procel Info
(2014) que há de se ter equipamentos cada vez mais sofisticados que proporcionem
uma iluminação adequada e que consomem menos energia e reduzem os gastos
com manutenção.
Dentro desse contexto, pensar em iluminação pública de forma improvisada já
não é mais admissível, já passamos da fase das simples trocas de lâmpadas.
(FAGUNDES, 2014). Observando a norma da ABNT NBR 5101:20121, nota-se a
possiblidade de se economizar energia e reduzir custo na iluminação pública,
através do controle dos níveis de iluminação viária a partir do fluxo de veículos.
1
Norma, elaborada pela Comissão de Estudo para Iluminação Pública (CE-03:034.01), do Comitê
Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), estabelece os requisitos para iluminação pública, priorizando
segurança aos tráfegos de pedestres e de veículos. Fonte ABNT NBR 5101:2012, p.1.
25
Tabela 1 - Consumo por classe consumidora no Brasil (GWh) do ano 2008 ao ano de 2012.
Part. %
2008 2009 2010 2011 ∆%
2012 (2012)
(2012/11)
Brasil 388.472 384.306 415.683 433.034 448.117 3,5 100
Nordeste; 21%
Sudeste; 45%
Centro Oeste;
10%
Fonte: http://www.eletrobras.com/elb/main.asp?TeamID=%7BEB94AEA0-B206-43DE-8FBE-
6D70F3C44E57%7D. Acesso: em 08 dez. 2013.
000%
Outras
Multi-Vapor 001%
Metálico
001%
Fluorescente
001%
Incandescente
002%
Mista
032%
Vapor de Mercúrio
063%
Vapor de Sódio
2011 para 2012 houve uma variação de 6%, mostrando uma tendência no aumento
de custo de energia para o setor em questão, conforme é mostrado na Tabela 2.
4
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL): Sistema de Apoio à Decisão (SAD) última
atualização em 16/04/2013.
5
Conjunto de todos os bens, instalações e direitos que, direta ou indiretamente, concorram, exclusiva
e permanentemente, para manutenção das atividades da concessionária de serviço público de
energia elétrica, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial e comercial.
(ANEEL,2013).
31
Segundo Gioielli (2013) a diferença entre o valor das tarifas B4a e B4b fica
aproximadamente de 9%, sendo certo que a B4a tem um valor menor. Uma vez que
o custo da manutenção será suportado pelo município pode-se fazer a seguinte
análise de custo em que um município que gastou R$ 6.902.593,92 com iluminação
pública em 2012 para manter o parque de iluminação aceso, obterá um desconto na
32
8
Trabalho de conclusão do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Energia na Escola
Politécnica da Universidade de Pernambuco, publicado em Anais do XIX Congresso Brasileiro de
Automática, CBA 2012.
34
uma vez que esses sensores apresentam falhas constantes aumentando o custo
com manutenção.
Segundo Dos Santos e Bonkoski (2012), os sensores ópticos de barreira ativa
usam a radiação da faixa infravermelha do espectro eletromagnético para detectar
os objetos. Possuem uma fonte de radiação infravermelha chamada de emissor e
um receptor que é o sensor propriamente dito. São altamente confiáveis e tem uma
facilidade em detectar superfícies irregulares, podendo operar em altas taxas de
transmissão de dados, pois possuem um baixo tempo de resposta.
Conforme Simoni (2008, apud Ueda et al., 1997) menciona a metodologia
que aplica pulsos de feixe radiação eletromagnética enviados por um diodo laser
infravermelho com o intuito de contar os eixos de carros e caminhões. Também foi
estudada a barreira a laser, onde a interrupção óptica ocasionada pela passagem do
veículo resulta no monitoramento dos eixos.
A simples substituição de luminárias e lâmpadas de maior eficiência a fim de
se obter uma economia de energia é um processo conhecido como retrofit, onde o
fluxo luminoso e a potência dissipada são constantes no decorrer do tempo.
Segundo Júnior (2011) este conceito não é a única solução para o problema, tendo
em vista o grande desenvolvimento tecnológico que traz consigo novas tecnologias
e conceitos para o setor em questão. Pensando nisto Júnior (2011) em sua obra
monográfica “Analise de Viabilidade da Utilização do Protocolo DALI em Projetos de
Eficiência Energética”, onde o autor do trabalho propôs a verificação da viabilidade
econômica da utilização do Protocolo DALI em projetos de iluminação. Por ser uma
tecnologia nova e ainda não difundida no mercado nacional. No estudo sugerido
compara-se a viabilidade entre o sistema retrofit e o uso de novas tecnologias como
o Protocolo DALI. Depois de se ter feito alguns estudos luminotécnicos utilizando-se
de software para a iluminação como o DIALux, e de se ter estudado as
características e aplicado o Protocolo DALI juntamente com técnicas de eficiência
energética de iluminação, Junior (2011) obteve um payback de 5,29 anos com o
sistema utilizando o Protocolo DALI, se comparado ao outro sistema de que se
utilizou o retrofit, que teve um payback de 6,2 anos, o trabalho por ele proposto
provou a possibilidade de ganho econômico com a aplicação de novas tecnologias
como o Protocolo DALI.
37
1.6 Justificativa
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando uma fonte de luz qualquer converte toda sua potência de entrada (W)
em luz (lm) é considerada uma fonte de luz ideal, mas isso na prática não acontece
porque parte da sua potencia de entrada também é convertida em radiação
infravermelho ou ultravioleta. Diz-se que capacidade da fonte de converter a
potência em luz é denominada de eficiência energética, cujo, o símbolo é a letra
grega eta (η) e sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI)
lúmen por watt (lm/W). O quociente entre o fluxo luminoso emitido pela potência
consumida pela fonte resulta na eficiência energética da fonte. A Equação 1 que
expressa o rendimento luminoso é dada por:
(1)
Fonte: http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/140.pdf.
42
(2)
Fonte: http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/140.pdf)
(3)
43
Fonte: http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/140.pdf.
(4)
2.1.4 Iluminância
Quando uma fonte de luz irradia um fluxo luminoso sobre uma superfície
qualquer, esta se tornará iluminada. A medida da quantidade de luz sobre a
superfície por unidade de área é a iluminância, que é representada pela letra E e
sua unidade no SI lúmen/m² ou lux (lx). (PEREIRA; SOUZA 2005).
O conceito de iluminância é dado por uma densidade que quando variada
pode ter percepção visual, logo que a iluminância não é nada mais que fluxo
44
(5)
Onde:
E é o Iluminância, em lx
Φ é o Fluxo luminoso, em lm
A é a Área, em m²
2.1.5 Luminância
(6)
Onde:
L é a luminância, em cd/m²
I(α) é a intensidade luminosa na direção considerada, em cd
A∙cos(α) é a área da superfície aparente para o observador, em m²
α é o ângulo considerado, em graus.
(7)
45
Onde:
ρ é a refletância ou coeficiente de reflexão
E é a iluminância sobre essa superfície, lx
Figura 5 - Luminância.
Fonte:http//www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Material_de_Apoio/
03_-_Ia._Conceito_Fundamentais_(grandezas_Luminosas).pdf.
Fonte: http://www.energia.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/519.pdf.
47
(8)
Onde:
U é o fator de uniformidade da iluminância
Emín é a iluminância mínima
Emed é a iluminância média
(9)
Onde:
Uo é o fator de uniformidade da luminância
Lmín é a luminância mínima
Lmed é a luminância média
(10)
Onde:
UL é o fator de uniformidade da luminância
Lmín é a luminância mínima
Lmáx é a luminância máxima
Para vias com tráfego menor do que 150 veículos por hora considerar as
exigências mínimas do grupo leve (L) e, para vias com tráfego com grande
intensidade, superior a 2400 veículos por hora considerar as exigências máximas do
grupo de tráfego intenso (I).
Após a classificação da via e do tipo de tráfego, deve-se verificar os níveis de
iluminância e os fatores de uniformidades mínimos para cada situação segundo a
norma ABNT NBR 5101:2012, em que se recomenda os requisitos de iluminância e
uniformidade dentro das classes de iluminação, onde se tem de V1 a V5 para
veículos e P1 a P4 para pedestres. A escolha das classes é feita conforme a função
da via e das variáveis de tráfego, tais como densidade, complexidade, separação e a
existência do controle de tráfego, como os sinais. Na seleção de classe há de se
considerar todos os usuários da estrada, como motoristas, motociclistas, ciclistas e
pedestres. As Tabelas 5 a 7 a seguir exemplificam a questão.
UO UL TI9
Classe de iluminação Lmed SR10
≥ ≤ %
V1 2,00 0,40 0,70 10 0,5
V2 1,50 0,40 0,70 10 0,5
V3 1,00 0,40 0,70 10 0,5
V4 0,75 0,40 0,60 15 -
V5 0,50 0,40 0,60 15 -
Fonte: adaptado da norma ABNT NBR 5101:2012.
9
É o incremento de limiar em que a limitação do ofuscamento perturbador ou inabilitador nas vias
públicas, que afeta a visibilidade dos objetos.
10
É a relação entre Emed das áreas adjacentes à via nas faixas com largura de até 5m e a Lmed da via
na faixa com largura até 5m ou metade da largura da via em ambos os lados de suas bordas.
51
Nas vias de trânsito rápido que são vias de alta velocidade de tráfego,
com separação de pistas, sem cruzamentos em nível e com controle de
acesso; vias de trânsito rápido; autoestradas onde o volume de tráfego
intenso pertence à classe V1 e o volume de tráfego médio à classe V2.
Nas vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com separação de
pistas; vias de mão dupla, com cruzamentos e travessias de pedestres
eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com
separação por canteiro ou obstáculo tem o volume de tráfego intenso
classificado como V1 e o volume de tráfego médio classificado como V2.
Nas vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de
interligação entre bairros, com tráfego de pedestres elevado tem o
volume de tráfego intenso classificado como V2 e o volume de tráfego
médio classificado como V3 e o volume de tráfego leve na classe V4.
Nas vias locais; vias de conexão menos importante; vias de acesso
residencial obstáculo tem o volume de tráfego intenso classificado como
V4 e o volume de tráfego médio classificado como V5.
(11)
Onde:
s é o espaçamento entre os postes.
(12)
Onde:
fr é a largura da faixa de rolamento.
∑
(13)
No caso de calçadas para largura menor que 3 metros faz-se uma linha
longitudinal no centro da calçada e as linhas transversais em número igual e
coincidente com as linhas do leito transitável por quaisquer veículos motorizados ou
não. Sendo a calçada com largura maior ou igual a 3 metros têm-se duas linhas
longitudinais espaçadas entre elas em uma distância (d) e entre uma linha e a
extremidade da calçada adjacente espaçadas em d/2 e as linhas transversais em
número igual e coincidente com as linhas do leito carroçável.
11
A International Electrotechnical Commission (IEC), em português, Comissão Eletrotécnica
Internacional. É uma organização não governamental sem fins lucrativos, líder global que publica
padrões internacionais baseados em consenso e gerenciamento dos sistemas de avaliação de
conformidade para os produtos elétricos e eletrônicos, sistemas e serviços elétricos e eletrônicos,
conhecidos coletivamente como eletrotécnica.
56
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 –“DALI Control Devices Protocol, part 1-2004”.
do sinal digital, com o menor sistema DALI possível que é composto por uma
luminária, reator e controlador o consumo da corrente de linha é no máximo de 2
mA, portanto a energia consumida para efetuar o controle e baixa, porém na prática
as impedâncias DALI são iguais, sendo assim as correntes podem variar dentro do
range estabelecido. Se o limite for excedido instabilidade e problemas de partidas
serão inerentes. (DALI AG, 2014).
E importante ressaltar que não é necessário à utilização de blindagem nos
cabos de transmissão de dados do DALI, pois a elevada relação entre o sinal ruído
acontece em baixa frequência possibilidade de interferências são extremamente
baixas. (JUNIOR, 2011).
De acordo com Bedin (2008) uma rede genérica DALI pode ser composta por
até 64 dispositivos escravos, interligados ao mesmo barramento de comunicação
DALI que possua no máximo um comprimento de 300 metros, devido a queda de
tensão máxima na linha não poder exceder a 2 V, onde o controle DALI fornece um
endereço denominado de short address (em português endereço curto) para cada
estação, o protocolo também proporciona a alternativa de atribuir um mesmo
escravo a até 16 grupos diferentes.
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 – “DALI Control Devices Protocol – Part 1-2004”.
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 – “DALI Control Devices Protocol – Part 1-2004”.
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 – “DALI Control Devices Protocol – Part 1-2004”.
2.4.3 Comunicação
1 bit de start;
1 byte de endereçamento: sendo que o 1 bit informa se é de carácter
individual ou grupo, 6 bits dedicados a endereço e um bit designado a seleção;
1 byte de dados;
2 bits de stop.
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 – “DALI Control Devices Protocol – Part 1-2004”.
1 bit de start;
1 byte de dados;
2 bits de stop.
12
National Electrical Manufacturers Association, em português, Associação Nacional de Produção
Elétrica. É uma associação de fabricantes de equipamentos elétricos e hospitalares, sediada nos
Estados Unidos com a finalidade de normalizar padrões de fabricação para melhor qualidade e
competividade dos produtos de seus associados.
61
Fonte: NEMA Standard Publication 243-2004 – “DALI Control Devices Protocol – Part 1-2004”.
Dos dezenove bits utilizados para envio da mensagem, oito deles estão
relacionados aos dados, estes responsáveis pela dimerização. Segundo Júnior;
Kopte; Feitosa (2012) o protocolo DALI possui 254 níveis, sendo que o reator que
eles utilizaram altera o fluxo luminoso da lâmpada entre o byte 235 e 254, quando
fornecido o pacote de dados ao reator.
A curva característica que expressa o envio de 1 byte para o reator
informando a porcentagem do fluxo luminoso da lâmpada é indicado na Gráfico 3.
Para obter a intensidade luminosa que se deseja, basta enviar o byte de controle ao
reator relacionado ao percentual do fluxo luminoso da lâmpada.
62
3 METODOLOGIA
Fonte: O autor.
65
Fonte: O autor.
Painel de controle
Sensor de barreira ativo
Fonte: O autor
67
3.4.1 Sensores
Fonte: http://p.globalsources.com/IMAGES/PDT/B1059413054/CDS-Photoresistor-LDR.jpg.
(14)
Onde:
R é a resistência, em ohm (Ω)
L é a iluminação, em lux
A e α as são as constantes dependentes do processo de fabricação e material
utilizado.
Fonte: O autor.
71
RPOT R2
50k 51K
+
Vcc
-
Fonte: O autor.
(15)
(16)
3
Entrada +
1
Saída
2
Entrada
-
Fonte: O autor.
RPOT R2
50k 51K
3
+
4 1 Saída
2 11
-
R1 RLDR
2K2
Fonte: O autor.
Figura 24 - LM 324.
Fonte: http://www.hobbytronics.co.za/content/images/thumbs/0001686_lm324_opamp.jpeg
Fonte: http://www.connectparts.com.br/arquivos/sensor-barreira-connect-parts.png.
-+
12 Vcc
NA NF C
Saída
-+
12 Vcc
Transmissor Receptor
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
75
10K
PIC
12V
-+
12 Vcc
NA NF C
Saída
-+
12 Vcc
-+
12 Vcc
NA NF C
Saída
-+
12 Vcc
Fonte: O autor.
Fonte: O autor
77
Fonte: http://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos10/art1050_05.jpg.
3.4.2 Microcontrolador
Fonte: http://2.imimg.com/data2/GK/XN/MY-3187696/pic18f4520-microcontroller-dip-250x250.jpg.
13
Do inglês Complementary Metal-Oxide-Semiconductor, em português “Semicondutor Metal-Óxido
Complementar”.
14
Do inglês Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory, em português “Memória Só de
Leitura Eletricamente Apagável e Programável”.
79
15
Do inglês Read Only Memory, em português “Memória Somente de Leitura”.
80
M
Laranja
Vermelho
Amarelo Azul
Fonte: O autor.
82
Fonte: http://robocraft.ru/files/datasheet/28BYJ-48.pdf.
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
1 0 0 0
Fonte: O autor.
1 0 0 0
0 1 0 0
0 0 1 0
0 0 0 1
Fonte: O autor.
Para que o eixo do motor atinja 360º são necessários 2048 pulsos
sequenciais. Cada passo do motor está defasado em 0,17578125º.
Instalou-se um driver com o circuito impresso ULN2003 com a finalidade de
proteger os I/O do microcontrolador que suportam em seu pino de saída no máximo
25 mA. A corrente consumida pelo motor de passo é de aproximadamente 140 mA.
O ULN2003 é capaz de comutar cargas indutivas de 0,5 A através transistores
Darlington, quando recebem sinais em seus pinos de entrada.
83
Fonte: http://www.ti.com/lit/ds/symlink/uln2003a.pdf.
Fonte: O autor.
Fonte: http://www.osram.com.br/media/resource/hires/334686/dali-mcu--digital-rotary-dimmer.pdf,
2014.
Fonte: http://www.osram.com.br/media/resource/hires/334686/dali-mcu--digital-rotary-dimmer.pdf.
17
Fonte: http://www.osram.com
18
Fonte: http://www.osram.com .
17
OSRAM, Technical Application Guide POWERTRONIC®, 2014, p. 39. Disponível em:
< http://www.osram.pt/media/resource/hires/334206/technical-guide---powertronic-for-hid-lamps-
gb.pdf?search_result=%2fosram_pt%2fsearch%2fadvanced_search.jsp%3faction%3ddosearch%26in
p_searchterm_1%3dPOWERTRONIC%2bOUTDOOR%2bPTo%2b%26website_name%3dosram_pt
>. Acesso em: 10 de mar. de 2014.
18
Id.,2014, p. 6.
87
Fonte: http://www.osram.com.
Fonte: http://www.osram.com
90
3.5 Supervisório
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
92
Fonte: O autor.
93
A lâmpada a vapor de sódio empregada neste teste foi o modelo Vialox NAV-
T 150 W SUPER 4Y da fabricante OSRAM GmbH. A seguir são descritos os dados
elétricos, luminotécnicos, de temperatura e sobre a expectativa de vida da lâmpada:
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor
Fonte: O autor.
97
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Através dos dados fornecidos pela OSRAM GmbH visto na Figura 51,
levantou-se os demais pontos necessários para dimerização da lâmpada,
relacionando-as com a potência consumida pelo conjunto formado pela lâmpada e
reator (PS). A Equação 17 aplicada é:
(17)
Gráfico 6 - Curva característica levantada da lâmpada VIALOX NAV-T 150 W SUPER 4Y.
Fonte: O autor.
Tabela 19 - Resultados do sistema atual com quatro lâmpadas a vapor de sódio 250 W na
Avenida Tiradentes, obtidos com software DIALux.
E med,min E min (lux) U Lm (cd/m2) Uo UL
(lux)
Calçada 48 35 0,74 - - -
Rua 92 44 0,48 8,75 0,48 0,21
Fonte: O autor.
Tabela 20 - Estudo luminotécnico do sistema atual com quatro lâmpadas a vapor de sódio
250 W na Avenida Tiradentes.
Calçada Rua
E med,min U E med,min U Lmed Uo UL
(lux) ≥ (lux) ≥ (cd/m2) ≥ ≤
NBR 5101:2012 10 0,25 20 0,3 1,5 0,4 0,7
Medições 36,28 0,78 76,4 0,4 - - -
Software DIALux 48 0,74 92 0,48 8,75 0,48 0,21
Fonte: O autor.
Tabela 21 - Estudo luminotécnico com quatro lâmpadas a vapor de sódio 150 W na Avenida
Tiradentes.
Calçada Rua
Fluxo Luminoso E med,min U E med,min U Lmed Uo UL
2
(lux) ≥ (lux) ≥ (cd/m ) ≥ ≤
NBR 5101:2012 10,00 0,25 20,00 0,30 1,50 0,40 0,70
17442 lm 32,00 0,74 58,00 0,50 5,51 0,50 0,23
9687 lm 18,00 0,74 32,00 0,50 3,06 0,50 0,23
Fonte: O autor.
Na expectativa de tentar obter valores mais coerentes com a norma foi feito
alteração na configuração, diminuindo uma luminária e substituindo os suportes de
quatro pétalas por três pétalas. Cada poste passou a ter três luminárias com
lâmpadas a vapor de sódio de 150 W. Todos os requisitos foram atendidos. Vide
Tabela 22.
103
Tabela 22 - Estudo luminotécnico com três lâmpadas a vapor de sódio 150 W na Avenida
Tiradentes.
Calçada Rua
Fluxo Luminoso E med,min U E med,min U Lmed Uo UL
2
(lux) ≥ (lux) ≥ (cd/m ) ≥ ≤
NBR 5101:2012 10,00 0,25 20,00 0,30 1,50 0,40 0,70
17442 lm 22 0,65 37 0,42 3,51 0,42 0,17
14722 lm 18 0,65 31 0,42 2,96 0,42 0,17
12220 lm 15 0,65 26 0,42 2,46 0,42 0,17
9687 lm 12 0,65 20 0,42 1,95 0,42 0,17
Fonte: O autor.
Tabela 23 - Estudo luminotécnico com quatro lâmpadas a vapor de sódio 100 W na Avenida
Tiradentes.
Calçada Rua
Fluxo Luminoso E med,min U E med,min U Lmed Uo UL
(lux) ≥ (lux) ≥ (cd/m2) ≥ ≤
NBR 5101:2012 10,00 0,25 20,00 0,30 1,50 0,40 0,70
10670 lm 20,00 0,74 35,00 0,50 3,37 0,50 0,23
8020 lm 15,00 0,74 27,00 0,50 2,53 0,50 0,23
6550 lm 12,00 0,74 22,00 0,50 2,07 0,50 0,23
5085 lm 9,39 0,74 17,00 0,50 1,61 0,50 0,23
Fonte: O autor.
Figura 52 - Representação de cores falsas para três lâmpadas a vapor de sódio 150 W.
Fonte: O autor.
Figura 53- Representação de cores falsas para quatro lâmpadas a vapor de sódio 100 W.
Fonte: O autor
Fonte: O autor.
Rua (luxímetro):
Calçada (luxímetro):
Rua (software):
Calçada (software): .
107
Fonte: O autor.
108
Figura 55 - Linhas isográficas (E) no pátio para 254 bits do byte de dados com fluxo
luminoso da lâmpada 17442 lm.
Fonte: O autor.
Figura 56 - Linhas isográficas (E) no pátio para 248 bits do byte de dados com fluxo
luminoso da lâmpada 14722 lm.
Fonte: O autor.
109
Figura 57 - Linhas isográficas (E) no pátio para 242 bits do byte de dados com fluxo
luminoso da lâmpada 12220 lm.
Fonte: O autor.
Figura 58 - Linhas isográficas (E) no pátio para 235 bits do byte de dados com fluxo
luminoso da lâmpada 9687 lm.
Fonte: O autor.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40% Potência (w)
30% Emed Rua (lux)
20%
10% Emed Calçada (lux)
0%
Fonte: O autor.
20
No momento das medições a tensão da rede era 202 V, para os valores dos reatores
eletromagnéticos* tanto na Tabela 27 como Gráfico 8.
111
2012 no seu manual que a perda máxima à quente do reator de 250 W admissível
pela norma da ABNT NBR 13593:2011 é de 28,8 W.
O consumo mensal gerado pela iluminação é definido pela somatória das
potências dos equipamentos vezes a quantidade de horas que a iluminação fica
acesa no período noturno multiplicado por 30 dias.
Para quantificar as horas que a iluminação fica acesa no período noturno,
embasou-se no artigo 24 da Resolução Normativa Nº 414, de 9 de setembro de
2010 da ANEEL, que determina o tempo de 11 horas e 52 minutos para o
faturamento diário, no caso de não se necessitar de iluminação permanente.
O consumo mensal é dado através da Equação 18:
∑ (18)
(19)
113
(20)
(21)
(21)
(22)
Com a implantação do sistema foi levantado o custo dos materiais para esse
trecho da Avenida Tiradentes, conforme ilustrado na Tabela 34:
(23)
5 RESULTADO DO PROTÓTIPO
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
<http://www.eletrobras.com/dicionariodaenergiaeletrica/data/Pages/LUMISEB7EA1A
1ITEMIDEE2182124FBB4ACE94BB6CA950AB7908PTBRIE.htm>. Acesso em: 25
fev. 2013.
<http://www.expolux.com.br/Multimidia/Releases-do-evento/ILUMINACAO-
PUBLICA-SERA-DESTAQUE-NA-EXPOLUX-2014/>. Acesso em: 25 fev. 2013.
MARTINS, Juliana. O papel social da luz urbana. Revista O Setor Elétrico, São
Paulo,ed.60, 2011. Disponível em:
<http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/jose-starosta/745-o-papel-social-
da-luz-urbana.html>. Acesso em: 05 fev. 2014.
PEREIRA, PhD Fernando Oscar Ruttkay; SOUZA, Dr. Marcos Barros de. Apostila
de Conforto Ambiental – Iluminação da UFSC. Florianópolis, 2005. 6-12p.
Disponível em: < http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/140.pdf >. Acesso em: 05 mar.
2014.
APÊNDICES
Fonte: Adaptado do site da Google Maps Street View. Disponível em: <
https://www.google.com.br/maps >. Acesso em: 02 maio 2014.
Podendo então observar-se que neste trecho o maior volume de veículos por
hora esta no sentido bairro da Avenida Tiradentes.
A Figura 60 na página seguinte exibe a interseção da Avenida Tiradentes com
a Avenida Otavio Braga de Mesquita, este ponto trata-se do trecho final para
implementação do projeto. Neste caso os movimentos contados foram os seguintes:
Fonte: Adaptado do site da Google Maps Street View. Disponível em: <
https://www.google.com.br/maps >. Acesso em: 02 maio 2014.
ANEXOS
A.1 - Lâmpadas.
discriminação das cores. Essa lâmpada possui temperatura de cor de 2.700 K, com
índice de reprodução de cor de 85, que são valores muito próximos aos obtidos em
lâmpadas incandescentes. Esse tipo de lâmpada é mais cara e menos eficiente, é
usada para iluminar grandes espaços interiores. As lâmpadas a vapor de sódio de
alta pressão utilizam o sódio misturado com mercúrio, que é colocada em uma
cápsula de vidro, com gás xenônio ou argônio em seu interior. Estes gases nobres
ativam o arco voltaico que é formado entre os eletrodos colocados nas extremidades
da cápsula e iniciam a ignição da lâmpada. Durante o aquecimento inicial da
lâmpada, o sódio e o mercúrio gradativamente se vaporizam, fazendo com que uma
tênue luz seja emitida pela lâmpada. A pressão aumenta a seguir e a luz produzida é
de alta intensidade. A exemplo das outras lâmpadas de descarga, o arco emite raios
UV, invisíveis ao olho humano, mas a ampola é montada no interior de um bulbo
revestido internamente com uma camada de fósforo, que passa a emitir luz assim
que recebe os raios UV. Com exceção das lâmpadas SON a luz dessas lâmpadas
possui tonalidade amarelada. O índice de reprodução de cor das lâmpadas varia
muito conforme o tipo e modelo, para lâmpadas comumente aplicadas na iluminação
pública esse valor gira em torno de 20 e para lâmpadas com rendimento de cor
melhorado esse valor atinge 70. Sua temperatura de cor gira em torno de 2.000 K a
3.200 K. Com o tempo de uso, pode ocorrer variação na tonalidade da luz emitida.
As lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão estão disponíveis numa grande
quantidade de formatos, como as tradicionais formas ovoide e tubular até a forma
refletora parabólica. A eficiência luminosa varia de 80 lm/W, para lâmpadas de 70 W,
a 150 lm/W para lâmpadas de 600 W. Considerando estas mesmas potências, a vida
útil também varia, de 16.000 horas a 32.000 horas, sendo por isso consideradas
lâmpadas de longa durabilidade. Os reatores e fiação devem ser projetados levando-
se em conta o pulso de tensão necessário à partida. Alguns modelos exigem a
utilização adicional de um ignitor transistorizado que provoca a elevação do
transiente da tensão necessária à partida, cerca de 2.500 V. Estas lâmpadas são
extremamente úteis em diversas aplicações, dentre elas portos, rodovias, ferrovias,
estacionamentos, iluminação exterior, iluminação de segurança e iluminação pública
em geral, casos em que a reprodução de cores não é um fator importante. Além das
vantagens já citadas, estas lâmpadas possuem a característica de atrair menos
insetos, em virtude do comprimento de onda da luz que emitem ser diferente do das
outras lâmpadas. Por ser a tecnologia de lâmpada com a maior eficiência luminosa
133
(lm/W) e vida útil da atualidade, as lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão são
recomendadas para o uso em iluminação pública.
A.5 – Reatores.
Fonte: http://www.hortaurbana.com.br/iluminacao/reatores/reator400w.html.
Fonte: http://4280.br.all.biz/reatores-eletrnicos-g12104.
137
Fonte: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/Reatores.pdf.
138
Fonte: http://www.serwal.com.br/produtos_ignitor.asp.
A.10 - Luminárias
A.11 - Braços
Figura 68 - Lâmpada instalada afastada do poste, com pouca inclinação e área iluminada
pelo poste.
Nos dois casos até aqui descritos, a lâmpada ficava exposta a intempéries.
Com isso, tinha sua vida útil reduzida e quebrava-se com frequência, devido ao
choque térmico que lhe era imposto. Em função das ocorrências descritas aqui,
foram desenvolvidos vários tipos de luminárias especialmente para Iluminação
Pública, visando melhorar o rendimento, otimizar a distribuição de luz e proteger a
lâmpada contra as intempéries. Para corrigir esses problemas cada luminária
deveria ser instalada no braço com um ângulo e na altura para os quais fora
projetada como pode ser visto na Figura 70, para dessa maneira se obter o máximo
rendimento luminoso.