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Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio

Disciplina: Filosofia 10º ano –


Turma __

Ficha de trabalho 1- Ação Humana Ano Letivo:


2017/2018
Nome do aluno (a):______ _____________________________________________________
Nrº:________

Condicionantes da ação humana


Para o entendimento deste ponto devemos questionar acerca da legitimidade
das seguintes questões:
1)Será que o homem pode fazer tudo o que quer?; Será que tudo nos é
permitido?;
2)Será que não se pode fazer nada livremente?; Será que o homem não passa
de uma marioneta com ilusões de liberdade?

Para responder a estas questões temos de compreender que é nas situações


particulares que o homem tem experiência da liberdade e é nelas que sente o
que é ser livre e se apercebe dos obstáculos que se opõem à
realização daquilo que deseja. O homem é confrontado com diferentes
condicionantes, ou seja, entraves quando, muitas vezes, pretende atuar.
Alguns obstáculos situam-se em nós mesmos, enquanto outros provêm do
exterior. É que os acontecimentos, o mundo natural e biológico, o espaço
físico e social, o corpo, a hereditariedade, as opiniões alheias, as crenças, as
escolhas já feitas, os hábitos e o nosso próprio inconsciente interferem
grandemente como condicionadores da nossa atuação livre.

Todo o homem é condicionado pela morfologia e fisiologia do seu


próprio corpo. Possuir um corpo saudável e vigoroso permite desenvolver
atividades que um organismo frágil é incapaz de realizar. Todos sabemos que
as nossas capacidades de atuação divergem dependendo de termos saúde ou
de estarmos doentes com algum problema. Toda a estrutura físico-biológica
depende de uma herança que nos foi geneticamente legada pelos nossos
ancestrais. A hereditariedade é, por princípio, uma condicionante básica das
nossas possibilidades de ação. A ação do homem também está dependente
das condicionantes psicológicas força de vontade, a persistência,
motivação, emoção.

Existem ainda condicionantes externas. A construção do ser humano


decorre num ambiente social que exige a sujeição a um sistema de regras que
norteiam o seu relacionamento com os semelhantes. Esta aferição dos modos
individuais de reagir pelas normas e padrões sociais vigentes vai-se efetuando
à medida que se desenrola o processo de socialização. É inegável que o
homem reflete as condições do meio social e histórico em que nasce e se
desenvolve, contexto cultural, enquadramento político e económico, padrões
sociais.

A ação do homem vê-se confrontada com condicionantes?


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A atuação do homem para além das condicionantes…


Antes de mais, o homem pode construir-se a si mesmo.
Apesar de todas as condicionantes biológicas, psicológicas, culturais o homem
nunca se encontra numa via de sentido obrigatório.
Ao invés, depara com uma pluralidade de caminhos que exigem dele uma
escolha.
Rejeitar uns e escolher outros implica o uso da liberdade e é o conjunto de
opções que vai tomando ao longo da vida que o levam a ser aquilo que é. Não
podemos escolher o século nem o dia em que somos lançados ao mundo; não
podemos escolher o passado que tivemos, nem a ascendência, não podemos
escolher a terra em que nascemos, a cor de olhos e a raça a que pertencemos,
mas apesar disso podemos sempre escolher formas de atuação,
determinamo-nos por uns objetivos e não por outros.
Se escolhermos a justiça, tornamo-nos justos. Se preferirmos a disciplina e a
boa educação, construímo-nos disciplinados e boas pessoas. Cada um de nós
será de modo diferente se, ao longo da vida, preferir a crueldade, antipatia, a
injustiça a violência, pautando os seus atos por parâmetros negativos.

As opções que fazemos em função dos valores que julgamos prioritários é que
vão moldando a nossa personalidade. Cada ser humano dispõe de hipóteses
para exercer a sua autonomia, dispõe de uma margem para exercer livremente
as suas funções.
A evolução e o progresso humanos são a prova mais que evidente de que o
homem dispõe de possibilidade de ação que atestam o exercício da sua
liberdade. Mas, como sabemos, há contudo situações mais penosas, naquelas
em que o homem sente sobre si o peso da opressão, de que a pessoa se dá
conta de como a liberdade é uma meta a prosseguir, sendo muitas vezes uma
luta sem tréguas.

As escolhas que fazemos ao longo da vida interferem na construção


da nossa personalidade?
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A Ação é como um campo de possibilidades e espaço para a liberdade


do agente
Temos por certo que o homem é limitado quanto às suas possibilidades de
atuação.
Será, então, que o ser humano não é livre? Qual o espaço da sua liberdade?

Sentindo-se limitado, o homem soube criar formas de compensar a sua


pequenez e inferioridade. E é precisamente na consciência das suas limitações
que residem a força, a dignidade e a superioridade humana. Por outras
palavras, a grandeza do homem não está naquilo que lhe é dado pela
natureza, mas, antes, naquilo a que pode chegar com a sua atuação.

Vamos aqui considerar a liberdade como a capacidade que o homem tem de


tomar racionalmente decisões acerca dos atos que quer praticar e de ser
capaz de os realizar de modo autónomo, isto é, sem obedecer a nenhuma
coação. Será que a liberdade existe? Se não existisse toda uma série de factos
permaneceria inexplicáveis tais como: o modo como nos julgamos livres ao
atuar; o modo como assumimos as responsabilidades dos nossos atos; a
aprovação e a reprovação que fazemos de certas condutas; as provas que o
homem tem dado na criação, investigação e descobertas em diversas áreas;
os alicerces do mundo moral, jurídico, social, político e religioso.

Sendo o homem limitado nas suas possibilidades, deixa de ser livre?


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