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Embriologia Humana

Prof. Daniel Garcia Silva


Importância Médica
Anatomia

Obstetrícia Pesquisa com células-tronco


Síndromes
Medicamentosa

Pediatria
Posição, direção e planos do corpo
GAMETOGÊNESE
• Desenvolvimento humano Fecundação

Zigoto
(2n)

(n) (n)

Células Germinativas
Espermatogônias/ Ovogônias Primordiais
Células Germinativas
Primordiais – CGP
(Localizadas nas gônadas em desenvolvimento)

Diferenciação

Espermatogônias/Ovogônias

Gametogênese

Preparar para fertilização


MEIOSE
n
n

2n
MEIOSE
Leptóteno
Prófase I Zigóteno
Paquíteno
Diplóteno
Meiose I Diacinese
Metáfase I
Anáfase I
Telófase I

Prófase II
Metáfase II
Meiose II
Anáfase II
Telófase II
MEIOSE I
Prófase I:

A) Leptóteno: condensação dos cromossomos (duplicados)


B) Zigóteno: Cromossomos condensados
Emparelhamento dos homólogos (sinapse)
C) Paquíteno: Crossing – over (permuta gênica)

?
Quiasma
D) Diplóteno: presença de quiasmas
E) Diacinese:
Desaparecimento do envoltório nuclear e nucléolo
Migração dos centrossomos
Término dos quiasmas
Metáfase I:

• Grau máximo de condensação


• Cromossomos homólogos pareados na região equatorial da células
• Cada par de cromossomo unido as fibras do fuso acromático
Anáfase I:

• Encurtamento das fibras do fuso


• Separação (disjunção) dos cromossomos homólogos
• Haploidia (n)
Telófase I:

• Descondensação dos cromossomos


• Reaparecimento do envoltório nuclear e nucléolo
• Citocinese

Entre o final da divisão I e o início da divisão II, pode ocorrer um


pequeno intervalo, a intercinese, no qual não há duplicação do DNA.
Meiose II
 Prófase II:
• Cromossomos condensam
• Centríolos duplicam
• Envoltório nuclear e núcleo desaparece
• Cromossomos espalham pela célula
• Fibras do fuso passam a ocupar a região do núcleo
• Surgem as fibras do cinetócoro
 Metáfase II:  Anáfase II:

Cromossomos localizam na As cromátides irmãs são separadas para


região equatorial da célula cada um dos lados opostos da célula
 Telófase II:

• Descondensação dos cromossomos


• Reaparecimento do envoltório nuclear e nucléolo
• Citocinese

Telófase II
ESPERMATOGÊNESE
Espermatogônias

• Tem início na puberdade


• Envolve processos de mitose e meiose
Mitose

Espermatogônia
Espermatócito primário
46, XY
46, XY
1ª Divisão Meiótica

23,X Espermatócito secundário 23,Y

2ª Divisão Meiótica

Espermátides
23,X 23,X 23,Y 23,Y
Espermátides
23,X 23,X 23,Y 23,Y

Espermiogênese

Espermatozoides Normais
• Fase Gonodal

 A partir da 7ª semana:

Cristas Genitais
(Gônadas em desenvolvimento)

Diferenciar

Testículo
 Ao nascimento:

Células Germinativas Testículo


Encontradas
Primordiais (Cordões Sexuais)

• Células grandes e claras


• Circundadas por células de sustentação
 Puberdade:

Cordões Sexuais

Túbulos seminíferos

Células germinativas Espermatogônias


primordiais (células tronco)
L
Espermatogônias tipo A (células-tronco)

Espermatogônias tipo B (células-progenitoras)

Espermatócitos primários

Espermatócitos secundários

Espermátides

Espermatozóides
1ª Divisão
Meiótica

2ª Divisão
Meiótica

Espermiogênese
?
Funções da Célula de Sertoli
Espermiogênese
 Formação do acrossomo

 Condensação do núcleo

 Formação do colo (parte média da cauda)

 Eliminação da maior parte do citoplasma


Fases da espermiogênese?
• Regulação da espermatogênese:

Hipófise
Hormônio Luteinizante (LH)

Células de Leydig

Testosterona

Hormônio Folículo Estimulante (FSH)

Células de Sertoli

• Produção de líquido testicular


• Síntese de proteínas receptoras de andrógeno
OVOGÊNESE
Células Germinativas
Primordiais
Ovócito II

• Tem início antes do nascimento e é finalizado depois da puberdade

• Processo contínuo até a menopausa


 A partir da 9ª semana:

Cristas Genitais Diferenciar Ovário


(Gônadas em desenvolvimento)

Células Germinativas Ovogônias


Mitoses (Aglomerado de
Primordiais Células)
 Até a 12ª semana (≈ 3º mês)

 Ovogônias
• Aumenta muito a quantidade de mitoses
• Divisão intensa: ≈ 600.000 ovogônias (5º mês: 7 milhões)

 A partir da 12ª semana:

 Ovogônias

• Meiose I Ovócitos I
• Interrompe: prófase I (diplóteno)
Ovócito I

• ‘Parado’ na prófase I (meiose I)


• Permanecerá até o início da puberdade
• São envolvidos por uma camada de células achatadas
( Células foliculares)

Células
Ovócito I Folículo Primordial
Foliculares
(achatadas)

• Células foliculares: Inibidoras da maturação dos ovócitos


 Antes do 7º mês:

• Maioria das ovogônias Ovócitos I

Grande quantidade entram em ATRESIA

• Nascimento: ≈ 500 mil – 2 milhões


• Na puberdade: ≈ 300 – 400 mil
• 40 – 45 anos: ≈ 8 mil ovócitos

Geralmente só um ovócito é liberado a cada ciclo menstrual


Vida Fértil: 450 ovócitos são liberados
 Puberdade

• Do nascimento à puberdade, a maioria dos folículos


primordiais degenera gradualmente
• Restam ≈ 400.000
• Ovário:
Medular Cortical

Junqueira e Carneiro, Histologia Básica - 12ª edição


Junqueira e Carneiro, Histologia Básica - 12ª edição
 A partir da puberdade:

• Pequeno grupo de folículos primordiais: Crescimento Folicular


• Estimulado pelo FSH (secretado pela hipófise)

Folículos Primordiais Folículos Primários Unilaminar

• Crescimento rápido do ovócito


• Células foliculares: Aumentam de volume
Dividem por mitoses
Formam uma camada única de células cuboidais
Folículos Primários
Folículos Primários
Multilaminar
Unilaminar
(pré-antral)

• Células foliculares continuam sua proliferação


• Epitélio estratificado – Camada granulosa
• Zona pelúcida evidente (glicoproteínas)
• Algumas células do estroma ovariano se diferenciam em células da teca
(organizadas concentricamente ao ovócito I)
Junqueira e Carneiro,
Histologia Básica - 12ª edição
 Células da teca

 Teca Interna:
• Histológicas: Células poliédricas, núcleo arredondado
• Ultraestruturais: Células produtoras de esteróides

 Teca Externa:

• Semelhantes às células do estroma ovariano


• Porém, possuem um arranjo organizado
(concêntrico em volta do folículo)
Folículos Primários
Folículos Secundários
Multilaminar
(antral)
(pré-antral)

• Células foliculares continuam sua proliferação (tamanho e número)


• Líquido folicular começa acumular entre as células foliculares
• Formação do antro folicular

Líquido folicular:
Componentes do plasma e produtos secretados por células
Glicosaminoglicanos; proteínas
Esteróides ( progesterona, andrógenos e estrógenos)
Folículo Secundário Folículo Maduro
(antral) (pré-ovulatório ou de Graaf)

• Do grupo de folículos: apenas um atingirá a fase de folículo maduro


(a cada ciclo menstrual)
• ≈ 2,5 cm de diâmetro (pode ser detectado no ultrassom)
• Rearranjo das células foliculares: uma única cavidade
• Os demais degeneram em diferentes fases de maturação
(atresia folicular)
Folículo Primordial

90 dias

Folículo Maduro
Fecundação
Para ter fecundação é necessário que o ovário libere o ovócito

Ovocitação
 Momentos antes da ovocitação
(aumento Retoma a meiose I:
repentino LH)

Ovócito I Ovócito II
N=46 N=23

Folículo Maduro
(Prófase I – Meiose I)
• Imediatamente após a finalização da meiose I: o ovócito II
inicia a meiose II

• Essa divisão será interrompida antes da sua finalização:


metáfase II

• Retomada, somente, após a ovocitação; caso ocorra a


fecundação
 Ovocitação
FSH e LH
(½ ciclo ovariano)
Alta concentração de LH Aumenta os níveis de
prostaglandinas

Aumenta a atividade das


colagenases Contrações
musculares na parede
do ovário

Digestão das fibras de


colágeno que circundam Expulsão do ovócito II
o folículo
 Após a ovocitação

Camada granulosa Colapsam e


Teca folicular Interna ficam rugosas

LH

Se desenvolvem em uma estrutura glandular: Corpo Lúteo

Prepara o
Progesterona Glândulas
endométrio
Estrógeno endometriais
(blastocisto)
A progesterona, junto com estrógeno, leva a mucosa uterina a

entrar no estado progestacional (ou secretório), num

processo de preparação para a implantação (nidação) do

embrião.
O ovócito II é dependente da zona pelúcida e corona radiata

Garantem
É uma camadasua funcionalidade
glicoproteica que até o momento da fecundação
É o conjunto de células
São barreiras
constitui ao espermatozóide
a barreira acelular foliculares que constitui a
barreira celular
Entre a membrana citoplasmática do ovócito
e a zona pelúcida

Espaço perivitelino

Permitirá a acomodação do
espermatozóide para que
ocorra a fusão das
membranas citoplasmáticas
dos gametas
 Transporte dos ovócitos

• Após a ovocitação:
Ovócito II Tubas uterinas

Fímbrias da tuba
uterina
Extremidades das fímbrias da tuba uterina aproximam
do ovário:
Movimentam para frente e para trás do ovário
(varredura do ovário)

Ovócitos adentram a tuba uterina


(Região de ampola)
 Espermatozóides ?????

• Apenas 1% dos espermatozoides depositados na vagina entram


no útero

• Movimento dos espermatozoides do colo do útero para a


tuba uterina:
• Útero
Contrações musculares
• Tuba uterina

• 2 a 7 horas
• Quando os espermatozoides atingem o istmo:
tornam menos móveis

• Tornam-se móveis novamente na presença do ovócito

quimiotaxia

• Portanto, na presença de ovócito:


Espermatozóide movimenta até a região de ampola uterina

Fecundação
 Maturação dos espermatozoides:

Espermatozoides recém ejaculados: incapazes de fecundar ovócitos

Necessitam de uma capacitação (condicionamento) - ≈ 7 horas


No útero ou nas tubas uterinas (substâncias secretas)
 Encontro de espermatozoide e óvulo:
Células da corona
Espermatozóide
radiata

Acrossomo: Hialuronidase (enzima)

Atua na junção das células foliculares (corona radiata): provocando


sua dispersão

Até esse momento as reações não são espécie-específicas!


Espermatozóide Zona Pelúcida
(acrossomo intacto) (envoltório glicoproteico acelular)

Constituído por 3 proteínas


- ZP1
- ZP2
- ZP3

A partir desse momento as reações são espécie específicas!


Membrana do Glicoproteína
espermatozoide ZP3
(receptores)

Reação acrossômica

Fusão das membranas citoplasmática do espermatozoide e


membrana externa do acrossomo

Formação de pequenas vesículas e poros: liberação de todo


conteúdo do acrossomo
Membrana interna do Glicoproteína
acrossomo (receptores) ZP2

Permite o avanço do espermatozoide pela zona pelúcida

Membrana interna do
Acrosina
acrossomo
 Após passar pela zona pelúcida:

Espermatozoide adentra o espaço perivitelino

• Apenas UMA fusão de membranas citoplasmáticas dos gametas

• Permite penetração do conteúdo do espermatozoide no citoplasma


do ovócito II
• Desencadeia processos de bloquei à polispermia
Bloqueio à poliespermia

Outros espermatozoides podem ultrapassar a zona pelúcida


e posicionar no espaço perivitelino, mas não ocorrerá a
fusão das membranas citoplasmáticas – Bloqueio!!!!
Fusão das membranas citoplasmáticas do espermatozoide e do ovócito II

Bloqueio à poliespermia Exocitose do conteúdo


dos grânulos corticais
do ovócito II

• Bloqueio permanente da zona


pelúcida
• Impedindo a interação de
outros espermatozóides Proteases

Modifica a ZP3 e hidrolisa a ZP2


 Formação dos pró-núcleos
O conteúdo do espermatozoide penetra no citoplasma do ovócito II
A membrana celular e as mitocôndrias degeneram rapidamente
 Pró-núcleo feminino

Espermatozoide Penetra Ovócito

Segunda divisão meiótica

2º corpúsculo polar Ovócito maduro


N=23, C=23
(pró-núcleo feminino)
•Durante
Os microtúbulos astrais
a aproximação dos(ao redor do pró-núcleo
pró-núcleos: Prófase damasculino:
1ª clivagem
Zigoto: Aproximam pró-núcleo feminino
Condensação dos cromossomos
• ≈ 12h de duração
• Corpúsculos
Determina opolares
•Desorganização finalenvoltórios
dos dadegeneram
fecundação
nucleares de cada pró-núcleo
• Já está em fase avançada da prófase I da primeira clivagem
Os cromossomos de ambos os pró-núcleos se mesclam: zigoto

Pró-núcleo
Feminino
N=23, C=46
Pró-núcleo
Masculino
N=23, C=46
Microtúbulos Astrais
(derivados dos centríolos dos espermatozoides)
 Principais resultados da fertilização:

• Restauração do número diploide de cromossomos

• Determinação do sexo do indivíduo

• Início da Clivagem
 Formação do Zigoto
Fase avançada da Prófase da 1ª clivagem (n=46 e C=92)

Mitoses

Blastômeros
 Zigoto até a mórula (16 células): 3 dias
Massa celular interna: origem os tecidos do embrião
Massa celular externa: Trofoblastos (origem da placenta)
 Mórula chega no útero
 Mórula
Invadida por líquidos na massa celular interna
Formação de uma cavidade: Blastocele

Blastocisto
• 6º dia:
As células do trofoblasto começam penetrar entre as células
epiteliais da mucosa uterina
Ao final da primeira semana, o zigoto passa pelas formas de
mórula e blastocisto e começa a implantação na mucosa
uterina
Segunda semana de desenvolvimento:
Formação do disco germinativo didérmico
Temas abordados:
• Nidação

• Formação do disco germinativa didérmico

• Formação das estruturas extra-embrionárias:


• Cavidade aminiótica
• Âmnio
• Saco vitelino
• Pedículo de conexão
• Saco coriônico
Nidação - Implantação

• Eclosão
• Aposição
• Adesão
• Invasão

5º dia
6º e 7º dia

Edemaciado
Muito vascularizado
Apresenta glândulas tortuosas e
volumosas  Glicogênio e muco
7º dia

Enzimas proteolíticas
8º dia
Células deciduais

Células do estroma uterino


tornam-se carregadas de
glicogênio e lipídeos
9º dia
9º dia
9º dia
10º ao 13º
dia
12º dia
12º dia
13º dia
14º e 15º dia
15º dia
15º dia
15º dia
• Durante a 3ª semana de desenvolvimento:

GASTRULAÇÃO

Formação do disco embrionário trilaminar


• Neurulação (????)

Notocorda ( e até mesmo antes de sua formação, os constituintes pré-cordais)

Induz a formação d tubo neural e das cristas neurais a partir do ectoderma


Consequência do alongamento diferencial do embrião:

A linha e o nó primitivo regredirão e degenerarão

Com o alongamento da placa neural, cerca de 50% da área do ectoderma se diferenciará em


neuroectoderma.

A placa neural que antes tinha formato ovalado passará a ter forma semelhante a um chinelo
Placa neural

Região cranial: originará o encéfalo


Região caudal: medula espinhal
O embrião continua crescendo principalmente no eixo longitudinal

• 18º dia

Por ação da notocorda

A placa neural sofrerá invaginação ao longo do eixo central

Fomação do SULCO NEURAL

As bordas laterais do sulco neural se tornarão mais elevadas: pregas neurais

Um grupo de células das pregas neurais irão se diferenciar em cristas neurais


O sulco e as pregas neurais

Formaram na região medial do embrião

Avançam em sentido craniocaudal


No mesmo período:

Início a diferenciação dos mesodermas intraembrionários

Formação dos vasos sanguíneos nos mesodermas extra e intraembrionários

Ex.: Aortas dorsais

Ocorre, inclusive, o desenvolvimento inicial do coração e dos grandes vasos


• Início da 4ª semana:
O sulco neural se tornará mais profundo

• A partir da 22ª semana:

As pregas neurais do embrião se aproximarão uma da outra em direção à linha


média e se fusionarão

Tubo neural
• Tubo neural

Formado por uma parede e uma luz (canal neural)

Permite a circulação do líquido cefalorraquidiano (Iliquor)

O tubo neural (neuroectoderma):


se separa do ectoderma de revestimento
se posiciona dentro da região do mesoderma
fechamento da parede dorsal do embrião (anteriormente não estava completamente
revestida pelo ectoderma de revestimento)
Durante a fusão das pregas neurais

Algumas células da própria prega neural (neuroectoderma) perdem a adesão


entre si e com a membrana basal

Formação de duas massas celulares dispostas longitudinalmente à direta e à esquerda


do tubo neural

Cristas neurais

Localizadas no interior do mesoderma intraembrionário


Originarãoos gânglios dorsais dos nervos espinhais

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