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Comunicação

O processo cíclico de comunicação


O processo de comunicação, ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou sinal)
ao recetor (ou decodificador), através de uma chamada, por exemplo, o telefone. O recetor interpretará
a mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a
partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação.

Interferências mediáticas
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação
involuntária ou um ato comunicativo propositado.
Alguns psicólogos (e.g. Armindo Freitas-Magalhães, 2007) afirmam que os sinais não-verbais têm as
funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes
interpessoais:
a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão
fisionómica. Por vezes, os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas
pessoas tentam inibir a expressão emocional.
b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo
pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça,
provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a
ideia de submissão como a de desinteresse.
c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.
d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras
do que a expressão facial para se detetar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores
hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a
mostrar-se descontraídos.
e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-
se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens
mais claras do que uma voz agitada.
f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria
de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, objetos pessoais, postura, gestos,
modo de falar, etc, as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser
tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua
projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.

Fontes de Informação
As fontes são portadoras de informação. Podem ser pessoas, falando por si ou coletivamente, ou
documentos escritos ou audiovisuais, por meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de
informações, opiniões ou dados e, também, verificam o rigor dos dados obtidos ou aferem a veracidade
dos juízos de valor que lhes foram apresentados anteriormente.

Suportes de Comunicação
Os suportes de comunicação social são todas as tecnologias de media, incluindo a internet, a televisão,
os jornais e a rádio, que são usados para comunicação de massa.

A Comunicação Visual
A comunicação visual apoia-se em linguagens. Em que a imagem desempenha um papel fundamental.
Uma grande vantagem das linguagens visuais, como a pintura, a escultura, a arquitetura, o design, a
dança, etc., é a de poderem ser compreendidas por pessoas de várias nacionalidades e de
culturas muito diversas.
Esquema da comunicação aplicado à pintura S. Pedro de Grão Vasco
Grão Vasco (c. 1475-1542), S. Pedro, c. de 1530. Óleo sobre madeira, Museu Grão Vasco, Viseu
EMISSOR: pintor renascentista português Grão Vasco, que
viveu e trabalhou em Viseu há cerca de 500 anos.
RECETOR: o público que vê a pintura
MENSAGEM: o conteúdo do quadro. Nesta pintura o conteúdo
é o retrato de S. Pedro com cenas alusivas a momentos da sua
vida. Embora S. Pedro fosse pobre e pescador, Grão Vasco
retratou-o como sendo um imperador, simbolizando desse
modo a sua posição de chefe espiritual da Igreja Cristã.
CÓDIGO: é a linguagem visual da pintura. Neste caso as
características da pintura renascentista: a representação
realista do espaço e da profundidade (fazendo uso das leis da
perspetiva), a representação do volume, da cor e da luz.
CANAL: é a pintura a óleo sobre madeira.
CONTEXTO: é a sociedade portuguesa e o meio religioso da
época

Esquema da comunicação aplicado a um cartaz de publicidade


Cartaz Kiss, 1991. Benetton, Oliviero Toscani
EMISSOR: O emissor é a empresa de vestuário
Benetton através do designer e do fotógrafo que o
executaram.
RECEPTOR : O recetor é o público que vê o cartaz na
rua ou reproduzido em outros suportes.
MENSAGEM : A mensagem é o conteúdo da fotografia
e do texto. A primeira leitura do conteúdo deste cartaz
transmite-nos um conceito anti-racista, de
fraternidade entre humanos, através do gesto
simbólico representado pela expressividade do beijo
dado por um rapaz branco a uma rapariga negra. A
segunda leitura, que inclui a referência ao texto
"United Colors of Benetton", diz-nos que é a conhecida
marca de vestuário quem promove a mensagem anti-racista. Percebemos então que utiliza também a
mensagem para se promover, de uma forma não direta (apelando aos seus produtos) mas por associação
ao conceito humanista.
CÓDIGO: O código é a linguagem do design gráfico e da publicidade. Neste caso, a fotografia colorida,
o enquadramento e a expressividade visual dos modelos retratados, a simbólica da cor e do texto do
logotipo.
CANAL: O canal é o cartaz impresso.

Exercício 1
1. Responda às questões seguintes:
1.1. O que é comunicar?
____________________________________________________________________________
1.2. Quais são os elementos mais importantes num processo de comunicação?
____________________________________________________________________________
2. Observe a seguinte imagem:

2.1. Analise a imagem tendo em conta:


EMISSOR _________________________________________________
RECEPTOR ________________________________________________
MENSAGEM _______________________________________________
CÓDIGO __________________________________________________
CANAL ___________________________________________________

3. Pesquisa na Web imagens de cartazes publicitários. Seleciona um exemplo atendendo à sua


originalidade/criatividade e efetua a análise crítica da imagem eleita de acordo com o esquema de
comunicação indicado.
Nota: deves responder às questões anteriores num documento word e enviar para a plataforma Moodle.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio1.teresa.marcelino

Gramática/códigos visuais
Os artistas gráficos identificam certos atributos das imagens que o cérebro humano distingue como
matéria: pontos, linhas e formas. Existem três formas básicas: paralelograma, círculos e triângulos.
A mais simples matéria gráfica, o ponto, foca de imediato a atenção numa imagem e deve ser usado
cuidadosamente e com propósitos concretos. As linhas podem ser criadas por sequências de pontos ou
podem ser implícitas pelas arestas ou pelo posicionamento dos objetos.
 Paralelo grama constituído por quatro linhas retas
 Quadrados podem ser vistos como monótonos ou podem simbolizar solidez, força ou retidão
 Retângulos normalmente constituem a moldura de uma imagem, os elementos posicionados dentro
de um retângulo podem estar fora do centro e no entanto ser o foco de atenção, já que o espaço
branco pode causar uma sensação de balanço
 Círculos são supostamente a primeira forma a ser notada pelo ser humano, pois imitam os corpos
celestes como observados pelo olho humano. São símbolos muito poderosos e estão associados a
padrões rítmicos intemporais
 Triângulos são a forma mais dinâmica e ativa
 Triângulos equiláteros transmitem estabilidade e serenidade.
 Triângulos isósceles veem o seu poder advir das pontas formadas pelos lados mais longos, sentido
de direção ou movimento implicado

Paralelamente aos elementos de matéria existem três blocos básicos de construção em gráficos de
computador: pontos, linhas e polígonos. Todos os gráficos computorizados são criados usando estas.
Uma vez que linhas retas não ocorrem na natureza, gráficos computorizados constituídos apenas por
linhas retas não podem ser representações adequadas da realidade. Geometrias fractais permitem a
utilização de pequenos segmentos de linha reta para formar imagens muito mais realistas.
Composição - O processo de composição é o passo mais difícil na solução dos problemas visuais. Ele é
que determina o objetivo e o significado da manifestação visual influenciando diretamente o que é
recebido pelo espectador. É nessa etapa do processo criativo que o comunicador visual exerce o mais
forte controle sobre o seu trabalho e tem a maior oportunidade de expressar, o estado de espírito que a
obra se destina a transmitir. O modo visual, porém, não oferece sistemas estruturais definitivos e
absolutos. Uma boa estrutura de design é o resultado de uma combinação inteligente dos elementos que
a compõe.
Composição Formal ou Simétrica – É calma e estática. Traçando uma linha vertical imaginária pelo
centro da composição, os elementos de ambos os lados são análogos.
Composição Informal ou Assimétrica – É dinâmica e facilita a variedade. Equilíbrio dos elementos
sobre uma vertical, assimetricamente dispostos. É o mais usado em publicidade.
SINTAXE VISUAL - Na composição visual as regras não são absolutas. O que existe é um alto grau
de compreensão do que vai acontecer em termos de significado, se fizermos determinadas ordenações
das partes. Muitos dos critérios decorrem da investigação do processo da perceção humana.

Elementos da forma
Ponto - é o elemento visual mais simples e elementar;
Linha – é um conjunto de pontos interligados;
Textura - É o aspeto da superfície das formas que chamamos textura e do qual nos apercebemos através
da visão e do tato;
Superfície - corresponde a um espaço bidimensional, definido por altura e comprimento ou largura. As
superfícies podem ser planas ou curvas e representam o interior ou exterior dos objetos;
Volume - é uma forma tridimensional que possui altura, largura e comprimento. O volume ocupa um
espaço próprio, possui um espaço interior e está envolvido por um espaço exterior.
Luz e Cor - Associamos a luz à cor, pois sem luz não conseguiríamos percecionar a cor de tudo que nos
envolve.

Sinais e signos visuais


SIGNOS VISUAIS - As imagens são, na comunicação visual, o que as palavras são na comunicação
escrita. Na comunicação visual, a simbologia gráfica é o método mais eficaz de transmitir uma ideia, um
sentimento, uma ordem, uma reclamação e até uma identidade, numa comunidade. O signo visual é
uma das muitas formas de comunicar que o Homem utiliza no seu dia a dia. Para que o processo de
comunicação se torne possível, é necessário a intervenção de uma série de elementos (os fatores da
comunicação) relacionados entre si. Através deles podemos emitir ou criar uma mensagem, recebê-la e
responder.
Um signo visual para atingir os seus objetivos tem que ter uma estrutura constituída pelos seguintes
elementos:
SIGNIFICADO - Um signo visual só funciona se tiver um único significado, que se mantém durante
muito tempo e é reconhecido pelos recetores. O símbolo representado permitiu ao partido Nazi
reconverter um antigo e de sinal positivo num emblema político de força bruta.
OBJETIVOS - Antes de se pensar num signo visual, deve-se definir os seus objetivos e função. O mesmo
suporte serve para transmitir ao recetor vários signos diferentes com o mesmo objetivo.
SUPORTE - Um signo visual deve ser estudado de acordo com o suporte que vai transmitir. Cada tipo
de suporte, desenho, pintura imagem, fotografia, cartaz, tem características próprias, não só materiais
como funcionais, que têm que ser estudadas em conjunto com o signo visual que vai receber.
RECETOR - Cada signo visual tem um recetor próprio e, como tal, não deve ser entendido ou utilizado
em situações diferentes. No caso do exemplo da imagem, o autocolante é destinado a um recetor
específico, procurando sensibilizá-lo para os inconvenientes do tabaco.
SIMPLICIDADE - Um signo visual é uma forma de comunicação que se pretende seja de compreensão
rápida, eficiente, completa e clara, para não causar dúvidas ou erros. No exemplo ao lado, diferentes
símbolos de informação, cuja imagem foi simplificada ao máximo, estão representados em branco,
contrastando com o fundo preto.
SINAL - É também um signo elementar, destinado a provocar uma ação condicionada imediata, sem
necessidade de reflexão. Os sinais são convenções que por isso, necessitam de ser apreendidas, embora
na sua conceção se procure um significado universal. Por exemplo, os sinais de transito são iguais e
compreendidos em todo o mundo, ou das bandeiras dos países.

A sinalização do meio social é fundamental à vista das pessoas na sociedade moderna. A circulação de
veículos e de pessoas, no quotidiano das cidades, seria um caos se não dispuséssemos de sinais
informativos. Milhares de pessoas circulam todos os dias nos aeroportos, nas estações de comboio e de
metro, nos autocarros e nas ruas das cidades. Também se constroem, cada vez mais, edifícios de grandes
dimensões, onde são fornecidos serviços públicos. Os grandes centros comerciais, os hospitais, os
restaurantes, os cinemas e os correios são alguns exemplos de serviços muito procurados pelas pessoas.
Os pictogramas são sinais elementares destinados a comunicar, informar, identificar ou localizar esses
serviços.
Onde estão as escadas rolantes? Onde estão os elevadores?
Onde ficam os wcs?

ÍCONES/ PICTOGRAMAS – São um SIGNO elementar que tem como significado


direto a imagem representada. São assim chamados pelo seu significado direto e
leitura imediata como por exemplo uma faca e um garfo, assinalam um restaurante.

OS SÍMBOLOS - São SIGNOS que não têm correspondência direta entre a sua forma
e o seu significado. Para compreender a mensagem comunicada no símbolo é
necessário reconhecer o código a que o símbolo pertence ou a intenção do que se
pretende comunicar. Existem símbolos que são universais, e por isso reconhecidos
pela maioria das pessoas, e outros que sendo símbolos novos, obrigam, por isso, a
novas aprendizagens.

O INDÍCIO - É um SIGNO incompleto porque sugere sem afirmar ou representar


completamente. O INDÍCIO é um SIGNO visual próprio da comunicação casual. Por
exemplo, as nuvens negras no céu indicam a possibilidade de chover, a existência de
fumo no pinhal indica a possibilidade de um incêndio, as marcas deixadas na areia
da praia podem sugerir…….

Exercício 2
1. Responde à questão seguinte:
1.1. O que são signos visuais?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Identifique as imagens seguintes:
 Sinais  Ícones
 Símbolos  Índices

___________________ ___________________
___________________ ___________________
2. Escolha um dos códigos (sinal, símbolo, ícone ou índice) e faça um desenho utilizando o software que
achar conveniente.

3. Em grupo, crie um sinal para ser fixado na escola. É preciso pensar nos espaços da escola e analisar
quais necessitam de um sinal que informe melhor as pessoas que ali circulam. Por exemplo, será que
o refeitório, a secretaria, os wc’s ou a saída estão bem sinalizados? Será que um desenho que
represente esses espaços será útil, auxiliando e informando melhor?

Nota: deves responder às questões anteriores e enviar para a plataforma Moodle.


O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio2.teresa.marcelino

Perceção e comunicação visual


Na criação de mensagens visuais, o significado encontra-se nos efeitos cumulativos e no mecanismo
preceptivo universalmente compartilhado pelo organismo humano.

Psicologia da forma
A psicologia da gestalt (forma) ou gestaltismo desenvolveu-se a partir de 1912, pela necessidade da
existência de uma teoria que, não esquecendo o valor e a necessidade da experimentação científica,
salientasse sobretudo o aspeto global da realidade psicológica. Os grandes impulsionadores desta escola
foram os psicólogos Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Hohler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-
1940), que, depois de 1910, trabalhando na universidade de Frankfurt, criticaram fortemente a escola
de Wilhelm Wundt(1832-1920), fundador da psicologia moderna e responsável pelo primeiro laboratório
de psicologia experimental. Coube a Max Wertheimer ser o fundador da teoria, ao ter conseguido provar,
experimentalmente, diferentes formas de organização percetiva (o campo visual é percebido de uma
forma organizada e com significado próprio para cada um de nós). Assim, já era válido defenderem o
principal ponto de vista da escola desses cientistas: o conhecimento do mundo obtém-se a partir de
elementos que por si só constituem formas organizadas. Para a psicologia da forma o todo é mais do
que a soma das partes que o constituem.
A teoria da forma parte, assim, da perceção como um todo: as suas propriedades não resultam da soma
das propriedades dos seus elementos. Por exemplo, mesmo nos casos em que há apenas uma figura
(como um ponto negro) desenhada numa folha branca, há uma totalidade, não existe só a figura, existe
uma figura desenhada que sobressai num fundo branco (na folha do papel). Para os psicólogos da gestalt
existem quatro princípios para a perceção de objetos e formas: a tendência à estruturação, a segregação
figura-fundo; a pregnância ou boa forma e a constância percetiva. A tendência à estruturação explica-
se pela natural propensão dos indivíduos a organizar ou estruturar os diferentes elementos que se lhe
deparam. Tendemos a agrupar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam
semelhantes. A segregação figura-fundo explica-nos que percecionamos figuras definidas e salientes que
se inscrevem em fundos indefinidos. Não podemos ver objetos sem os separarmos do seu fundo. Por
exemplo, para vermos um cálice branco pintado num fundo preto, temos de fixarmos o olhar na parte
branca. Se fixarmos o olhar na parte preta, podemos ver outras formas que não a do cálice.
Designa-se por pregnância das formas, a qualidade que determina a facilidade com que percecionamos
figuras. Percecionamos mais facilmente as boas formas, ou seja, as simples, regulares, simétricas e
equilibradas. A constância percetiva traduz-se na estabilidade da perceção (os seres humanos possuem
uma resistência acentuada à mudança). Existem três grandes tipos de constância: a da grandeza
(estabilidade de perceção em relação ao tamanho dos objetos), a da forma (em relação à forma que os
objetos normalmente têm) e a constância da cor (que tem a ver com a quantidade de luz recebida).
A constância percetiva é particularmente importante porque, graças a ela, o mundo surge-nos com
relativa estabilidade. […]1

Linguagem das formas-linguagem não verbal


Consideramos linguagem todas as formas de comunicação que o homem criou ao longo dos tempos.
A linguagem verbal é a da palavra articulada e pode ser oral ou escrita. As outras todas são não-verbais
- linguagens que utilizam sons, como a música, as linguagens clássicas e as visuais. Há também as
linguagens que são múltiplas, como, por exemplo, o teatro, a televisão, o cinema, que são visuais,
sonoras, sinestésicas. Envolvem a visão, a audição e o movimento.
Quais as principais diferenças entre as linguagens verbal e não-verbal?
 O meio - cada linguagem tem o seu suporte.;
 A linguagem verbal é também mais racional - pode explicitar o raciocínio lógico, mais que o
movimento, uma cor, ou o som de uma música;
 Na linguagem escrita não temos modulação de voz, não temos a entonação. Ao falar, posso ser
irónico, engraçado, tremer a voz, demonstrar emoção…
 Na linguagem não verbal podemos formular hipóteses mentais, imaginárias e criar um contexto
e uma situação na própria mente que, às vezes, é muito mais rica do que aquilo que o próprio
autor pensou;
 Depende da intenção da mensagem, do contexto, das pessoas que estão em contato, da
participação de cada um na comunicação para que certo tipo de linguagem seja mais eficiente
que o outro, ou para que um conjunto deles promova uma melhor comunicação.

Perceção visual
No sentido da psicologia e das ciências cognitivas:
 É uma de várias formas de perceção associadas aos sentidos;
 É o produto final da visão consistindo na habilidade de detetar a luz e interpretar (ver) as
consequências do estímulo luminoso, do ponto de vista estético e lógico.
Na estética:
 Entende-se por perceção visual um conhecimento teórico, descritivo, relacionado à forma e suas
expressões sensoriais;
 Um tipo de talento, uma característica desenvolvida como uma habilidade de um escultor ou
pintor que diferencia os pontos relevantes e não-relevantes de sua obra para que depois de pronta
– numa análise mais detalhada - possa explicar os atributos ali contidos.
Tipos de perceção:
 Formas;
 Faces e emoções associadas;
 Profundidade, orientação e movimento;
 Cores; (ou visão em preto e branco)
 Intensidade luminosa.

A teoria da Gestalt: leis gestaltistas da organização


O princípio da Gestalt foi desenvolvido no início do século XX por dois famosos teóricos: Wolfgang Köhler
e Kurt Koffka. Eles observaram que a mente humana tem um comportamento bem padronizado ao
perceber as formas vistas nos objetos, nas pessoas, nos cenários e em tudo o que vemos.

1
In https://www.infopedia.pt/$psicologia-da-forma (Janeiro:2019)
Os gestaltistas afirmam que, ao receber um estímulo visual, o nosso cérebro não recebe uma excitação
sensorial isolada, mas vários sinais complexos que agrupam todas as características que consideramos
semelhantes, somando rapidamente todas as partes do item visto. A Gestalt estudou a importância dos
padrões visuais e descobriu como o organismo humano vê e organiza a dinâmica visual. Os
componentes físicos e o psicológico são relativos, todos os padrões visuais têm uma qualidade dinâmica
que não pode ser definida apenas pelo lado intelectual, emocional ou mecanicamente, através de
tamanho, direção, forma ou distância. Esses estímulos visuais são, na verdade, forças psicofísicas que
modificam o espaço e ordenam ou perturbam o equilíbrio; criando a perceção de um design, de um
ambiente ou de um objeto.

A Gestalt é uma teoria que estuda como nós, seres humanos, percebemos as coisas. A psicologia da
Gestalt aborda os princípios que determinam que a nossa perceção não se dá por “pontos isolados”, mas
sim, pela compreensão do “todo”.

A Gestalt aplicada na percepção de objetos possui oito leis básicas:


1. LEI DA UNIDADE

A lei da unidade consiste em afirmar que a perceção de um elemento pode ser construído por uma ou
até mesmo várias partes que constroem o todo. Sendo assim, uma unidade é percebida como um
elemento único. Esta lei se faz presente em diversas criações publicitárias famosas. Uma delas é
o logo da Adidas. A disposição de faixas retangulares cortadas do símbolo é um exemplo fiel de como
uma composição original pode ser feita a partir de pequenas unidades já existentes.

2. LEI DA SEGREGAÇÃO

Esta lei foca-se na capacidade preceptiva de isolar, evidenciar ou identificar objetos, ainda que
sobrepostos, dentro de uma composição. Isso acontece por causa da variação estética (cor, textura,
sombra, brilho, etc). Na construção de anúncios, cartazes e identidade visual de marcas é muito comum
o uso de contrastes para obtenção de uma leitura visual impactante e melhor entendimento pelo público.
Também é possível estabelecer “níveis” de segregação, hierarquizando os objetos na imagem para
valorizar uma parte mais importante em relação à outra.
3. LEI DA UNIFICAÇÃO

A unificação pode ser definida pela igualdade ou equilíbrio de estímulos em todos os elementos de uma
determinada composição. Desta forma, tem-se um objeto coerente e harmonizado. Símbolos como o
yin-yang e as mandalas são exemplos desse tipo de lei.
4. LEI DO FECHAMENTO

Esta é uma das mais aplicadas leis da gestalt. É possível encontrá-la em diversos logotipos famosos, tais
como: Carrefour, NBC e Johnnie Walker, entre outros. A lei do fechamento parte do princípio de que o
nosso cérebro “fecha” a formação de imagens completas quando vemos apenas formas inacabadas ou
silhuetas. Isso significa que, ao deixar a mente se guiar pela continuidade de uma forma, ela já é capaz
de prever toda a sua estrutura sozinha.
5. LEI DA CONTINUIDADE

A continuidade diz respeito à forma como a sucessão de elementos e o fluxo de informações funciona
no nosso cérebro. Representa, ainda, a tendência de que objetos acompanhem outros no sentido de
alcançar uma forma — seja pelo uso de cores, volumes, texturas e formas estruturalmente estáveis.
6. LEI DA PROXIMIDADE

Elementos distintos que se posicionam de formas muito próximas uns dos outros tendem a ser percebidos
juntos. Consequentemente, também são interpretados como apenas uma unidade. Essa impressão é
ainda mais forte quando esses elementos são semelhantes. Vários publicitários e arquitetos usam esta
estratégia para unificar formas. Os exemplos então tanto em algumas logos famosas (como IBM e
Unilever).
7. LEI DA SEMELHANÇA

Aqueles objetos que possuem formas, cores ou aparência geral semelhante também tendem
a ser interpretados como uma só unidade. Na publicidade, essa lei geralmente é utilizada para
criar releituras a partir do agrupamento de outras formas que são iguais ou parecidas entre
si.
8. LEI DA PREGNÂNCIA (BOA FORMA)

Esta lei (também conhecida como “boa forma”) nada mais é do que o princípio básico da perceção visual
da Gestalt. Sempre que olhamos uma composição visual geral como um todo antes de nos
aprofundarmos nos seus elementos mais complexos.

Exercício 3
1. Responda às questões seguintes:
1.1. Quando surgiu a psicologia da forma?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
1.2. No que consiste a teoria da forma?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2. Estabeleça a correspondência da Tabela A com a Tabela B.


Tabela A Tabela B Tabela B
É a capacidade percetiva de separar, identificar, evidenciar ou
A Lei da Pregnância 1
destacar unidades formais em um todo compositivo.
Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se
Lei da encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão
B 2
Semelhança mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como
um grupo, mais do que se estiverem distantes de seus similares.
Há uma tendência de a nossa perceção seguir uma direção para
Lei da
C 3 conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou
Continuidade
fluir em uma direção específica.
Os objetos similares tendem a agrupar-se. A similaridade pode
Lei da
D 4 acontecer na cor dos objetos, na textura e na sensação de massa
Proximidade
dos elementos.
Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter
mais simples. É o princípio da simplificação natural da perceção.
Lei da
E 5 Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada: desta forma,
Segregação
a parte mais facilmente compreendida em um desenho é a mais
regular, que requer menos simplificação.

3. Relacionada as imagens com as leis gestaltistas. Para cada uma das 8 leis destaca um anúncio
publicitário ou logótipo. Fazendo a sua análise.

Nota: deves responder às questões anteriores num documento word e enviar para a plataforma Moodle.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio3.teresa.marcelino

Sensação/perceção
Sensação e conhecimento:
 Importância do conhecimento do meio;
 Problema da origem do conhecimento;
2 posições básicas:
Os empiristas: o conhecimento é adquirido a partir da experiência;
Os inatistas: vários aspetos do nosso conhecimento têm origem em características inatas do espírito
humano (ou, como diríamos atualmente, do cérebro).
Segundo John LOCKE – todo o conhecimento vem dos sentidos – sendo uma cópia da realidade

exterior: objeto = percepto;
 A sensação está na base do conhecimento que temos do mundo à nossa volta;
 Esse conhecimento é muito importante pode ter valor de sobrevivência.
O problema da perceção:
 Como se passa do sensorial ao preceptivo

Significado preceptivo da informação visual:


 Identificação da natureza do objeto = prob cultural
 Construção da noção de objeto = prob. Psicológico
Empiristas: - experiência/memória;
Inatistas: - perceção depende de fatores organizativos inerentes aos sistemas preceptivos.
Natureza da perceção:
 Processo próximo e direto;
 Processo seletivo - limitação informativa;
 Processo ativo - construção da realidade;
 Processo hipotético - confirmação baseada na integração num quadro de referência (contexto);
 Processo relacional - percecionamos não somente elementos mas também relações.
Distinguir sensação de perceção:
 Tradição filosófica - complexidade;
Sensação é uma reação corporal imediata a um estímulo ou excitação externa;
Perceção é uma elaboração mental com base em sensações.
 Sensação conduz à perceção;
 Psicologia da Gestalt – não é possível distinguir sensação de perceção.

Organização percetiva- figura/fundo


Segundo Meyers, ”…Para transformar informações sensoriais em perceções significativas nós precisamos
organizá-las: Nós devemos perceber os objetivos como diferentes de seu meio, suas distâncias e seus
movimentos. A hipótese de que o cérebro contém regras para a construção de perceções explica os
quebra cabeças preceptivos…”;
A nossa primeira tarefa percetiva é perceber qualquer objeto (figura) como distinto dos que estão à sua
volta (fundo);
A relação figura-fundo reverte continuamente, mas o estímulo é sempre organizado numa figura contra
um fundo. Essa reversibilidade mostra que o estímulo pode difundir mais do que uma perceção.

Agrupamento percetivo (proximidade, semelhança, boa forma)

Proximidade Semelhança Continuidade

“…tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob as condições do estímulo…”
Os psicólogos da Gestalt denominaram isto de "boa forma“;
Uma boa forma é simétrica, simples e estável, não podendo ser tornada mais simples ou ordenada;
Na figura, os quadrados são boas formas pois são percebidos como completos e organizados.

Ilusões visuais

As duas bolas centrais da figura são de tamanhos diferentes?


As ilusões visuais, ou também chamadas de ilusões de ótica, provam ainda mais que utilizamos uma
série de pistas sensoriais para gerar experiências preceptivas que podem (ou não) corresponder ao que
existe no mundo real. Ao compreender o modo como somos “levados” a ver algo que não existe,
adquirimos conhecimentos sobre como os processos preceptivos funcionam no dia-a-dia em
circunstâncias normais.

O que é ilusão de ótica? Damos o nome de ilusão de ótica às ilusões que enganam o nosso sistema
visual. A ilusão faz com que enxerguemos qualquer coisa que não esteja presente ou faz com que
enxerguemos imagens de uma forma errada. Podem surgir naturalmente ou criadas por astúcias visuais
especificas, sendo algumas de caráter fisiológico ou cognitivo.

Como funcionam as ilusões de ótica? As Ilusões de ótica do tipo fisiológico atuam diretamente no no
trabalho dos nervos ópticos e como eles interagem com a nossa perceção.

As do tipo cognitivo usam como base o nosso conhecimento de mundo para nos confundir.

As que se mexem!

Escondidas!
Apenas café?? Olhe bem, e você notará algo diferente!

Impossíveis!
E agora? Como resolver?

Após efeito!
Concentre-se na cruz, no meio das bolinhas, e veja que elas desaparecem, com o tempo!

Concentre-se no ponto central, e veja que a neblina diminui com o tempo!


Anáglifas 3D! | Observação: A visão em três dimensões depende muito do fato de possuirmos dois olhos (visão binocular).

Estereogramas! | Este efeito é possível graças ao efeito estereoscópico.

Na Arte! | São obras publicadas de artistas consagrados com ilusões de ótica.


Julian Beever Escher

Nas Letras!
Veja se consegue dizer a sequência de cores abaixo. Mas preste atenção!!! Não pode ler as palavras,
mas apenas dizer quais são as cores que você está vendo em sequência rapidamente.

Troca-Letras: A ordem das letras não importa tanto na leitura das palavras.
Cnofrome um etsduo de uma uvinesriadde ignlsea, tntao faz a sqeünêica em que as ltreas se ecnonrtem nas plaarvas. O úicno
foatr ioptrmatne é que a pmirirea e a úmtlia ltrea etseajm no dvedio lgaur. O rsteo pdoe etsar em ttoal dseroedm que msmeo
aissm cnsoeuigoms ler.
Itso se dvee ao ftao de não lromes as ltreas mas sim as plaarvas itnreias.

Conforme um estudo de uma universidade inglesa, tanto faz a sequência em que as letras se encontrem nas
palavras. O único fator importante é que a primeira e a última letra estejam no devido lugar. O resto pode estar em
total desordem que mesmo assim conseguimos ler. Isto de deve ao fato de não lermos as letras mas sim as palavras
inteiras.

Troca de letras por números: mostra-nos o quanto o cérebro se adapta e reforça a ideia do exercício
anterior.
3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 3U N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M
MU170, C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314 C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453
4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3,
D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, M45 40 CON7R4R10, C0RR3R4M P3L4 PR414 D3
M405 D4D45, FUG1ND0 D4 4GU4, 3 R1ND0 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.
C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4
C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4
C0N57RU1R, E QU3 QU4ND0 1550 4C0N73C3R, 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42
D3 50RR1R!
S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 0 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314 !
Em um dia de verão, estava eu na praia, observando duas crianças brincando na areia. Elas trabalhavam muito,
construindo um castelo de areia com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam quase acabando,
veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma. Acuei que depois de tanto
esforço e cuidado, as crianças cairiam no choro, mas ao contrário, correram pela praia de mãos dadas, fugindo da
água, e rindo começaram a construir outro castelo.
Compreendi que havia aprendido uma grande lição: gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa
e mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para construir, e que
quando isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de sorrir!
Só o que permanece é a amizade, o amor e o carinho. O resto é feito de areia!
Exercício 4
1. Escolha múltipla:
1.1. O que significa a palavra Gestalt?
1.1.1. __ Teve origem no sobrenome do Psicólogo criador do movimento.
1.1.2. __ Do grego, significa Gestão das Formas.
1.1.3. __ É uma palavra de origem germânica que significa "forma" ou "figura".
1.1.4. __ É o sinónimo de Similaridade.
1.1.5. __ Tem como definição o Estruturalismo.
1.2. A perceção tem como objetivo:
1.2.1. __ atribuir significados
1.2.2. __ receber informações do meio interno
1.2.3. __ processar os estímulos sensoriais
1.2.4. __ recuperar informação externa
1.3. À noite, quando observamos o céu, vemos constelações isoladas. Esta organização prévia (ou «a
priori») da perceção designa-se por…
1.3.1. __ Segregação figura-fundo
1.3.2. __ Fechamento
1.3.3. __ Pregnância
1.3.4. __ Tendência à estruturação
1.4. A imagem que a seguir se apresenta pode despertar no observador várias interpretações. No
caso, tanto se pode percecionar uma jovem mulher como uma senhora idosa. Esta diversidade
de interpretação do sujeito observador (ou simplesmente «sujeito preceptivo») é causada por
um processo psicológico designado…

1.4.1. __ Indiferenciação figura-fundo.


1.4.2. __ Ambiguidade da figura.
1.4.3. __ Reversibilidade figura-fundo.
1.4.4. __ Segregação figura-fundo.
1.5. Ao observarmos a figura abaixo apresentada, temos a tendência para agrupar os quadrados com
os quadrados e os círculos com os círculos. Em função deste agrupamento observamos filas
verticais e não horizontais. Esta tendência de estruturação designa-se corretamente como uma
lei de agrupamento percetivo, a saber…
1.5.1. __ lei do fechamento.
1.5.2. __ lei da pregnância.
1.5.3. __ lei da proximidade.
1.5.4. __ lei da semelhança.
1.6. A figura abaixo indicada representa uma das leis, ou princípio organizativo da perceção...
1.6.1. __ Lei da proximidade.
1.6.2. __ Lei da semelhança (ou similaridade).
1.6.3. __ Lei da continuidade.
1.6.4. __ Lei do fechamento.
1.7. A figura abaixo representada refere-se a uma dificuldade de perceção por parte do sujeito e que
se designa corretamente como um fenómeno de…
1.7.1. __ Indiferenciação figura-fundo.
1.7.2. __ Reversibilidade figura-fundo.
1.7.3. __ Ambiguidade da figura.
1.7.4. __ Constância percetiva da forma.
1.8. A imagem abaixo exposta refere-se a uma das leis básicas da perceção.
1.8.1. __ Lei da semelhança.
1.8.2. __ Lei do fechamento.
1.8.3. __ Lei da continuidade.
1.8.4. __ Lei da proximidade.
1.9. As figuras abaixo indicadas pretendem ilustrar uma das leis da organização percetiva que, de
acordo com os psicólogos da «Gestalt», pois se os pontos estão ligados entre si de um modo
suave, por meio de uma linha curva, em vez do sujeito observar linhas e ângulos separados,
percebe as linhas no seu campo visual como uma só. A lei em causa é…

1.9.1. __ Lei da semelhança.


1.9.2. __ Lei do fechamento.
1.9.3. __ Lei da continuidade.
1.9.4. __ Lei da proximidade.
1.10. Um dos princípios básicos que organizam a constituição do campo percetivo é a apreensão
das formas mais simples, de modo que quanto mais simples foram as formas, maior é a facilidade
de assimilar e reconhecer um dado objeto no campo visual. Esse princípio da perceção pode ser
observado nas figuras abaixo desenhadas. Chama-se a esse princípio…

1.10.1. __ Pregnância.
1.10.2. __ Fechamento.
1.10.3. __ Reversibilidade figura-fundo.
1.10.4. __ Proximidade.

2. Responde às questões seguintes:


2.1. O que é a ilusão de ótica?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

2.2. Como funcionam as ilusões de ótica?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Faz uma pesquisa sobre as ilusões de ótica na publicidade. Apresenta 3 exemplos e faz a sua análise.

Nota: deves responder às questões anteriores num documento word e enviar para a plataforma Moodle.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio4.teresa.marcelino
A definição das funções do produto

Funções estético-formais
Adequação do produto às necessidades físicas e fisiológicas e de uso – à medida do ser humano:
Ergonomia.

Funções indicativas
Funções Semânticas: indicativas, as que indicam o uso:
Contrastes entre áreas; Versatilidade;
Estruturas superficiais; Uso;
Formação de grupos; Precisão;
Contraste de cores; Relação ergonómica;
Orientação; Evidencia das funções;
Solidez; Modelo conceitual adequado;
Estabilidade; Feedback

Funções simbólicas
Funções simbólicas:
 Código de valor;
 Contexto social, cultural, natural;
 De acordo à existência histórica, psíquica, mental, de acordo à perceção: Relação homem-
objeto.

Exercício 5
1. Realiza uma pesquisa sobre a ergonomia. Tendo em conta:
 Definição do conceito de  A finalidade da ergonomia
ergonomia  O ergodesign
 A origem da ergonomia

Nota: deves responder às questões anteriores num documento word e enviar para a plataforma Moodle.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio5.teresa.marcelino

Expressão e representação

Gráfica e plástica
Expressão Gráfica
Na história da humanidade, temos o Desenho como um elemento precursor da Expressão Gráfica, sendo
considerado como fonte de registros primitivos e forma de linguagem e expressão, muito antes do
desenvolvimento da escrita.
Ao longo dos tempos, a representação de observações e sentimentos transformou o desenho numa forma
de comunicação tão inerente à evolução do ser humano, quanto à própria linguagem oral e escrita;
A transmissão do conhecimento, seja esta formal ou não, recorre ao uso das mais variadas formas de
expressão;
Entre estas formas encontramos a expressão gráfica, que utiliza diferentes tecnologias de representação,
agindo como recurso didático no processo de aprendizagem.
Expressão Plástica
O termo foi adotado pela educação e pela arte portuguesa, para designar o modo de expressão-criação
através do manuseamento e modificação de materiais plásticos;
Na antiga Grécia, a palavra “plastike” referia-se à arte de modelar figuras em barro;
O termo latino “plástica” já abrangia outros materiais (gesso, pedra, madeira, metal);
Atualmente consideram-se os materiais como possuindo características físicas elásticas ou plásticas;
Os primeiros possuindo a propriedade de, depois de deformados, voltar à sua forma primitiva e os
segundos mantendo a deformação que lhes foi dada;
Artes plásticas ou expressão plástica referem-se, por isso, às atividades artísticas envolvendo este tipo
de materiais.
Bi e tridimensional
A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão;
A dimensão existe no mundo real;
Não só podemos senti-la, mas também vê-a, com o auxílio de nossa visão estereótica e binocular;
Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, como o desenho, a pintura, a
fotografia, o cinema e a televisão, existe uma dimensão real - é apenas implícita.;
A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção
técnica da perspetiva;

Os efeitos produzidos pela perspetiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-
escuro, a dramática enfatização de luz e sombra;
A perspetiva tem fórmulas exatas, com regras múltiplas e complexas,
Recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de realidade. Há
algumas regras e métodos bastante fáceis de demonstrar;
Mostrar de que modo dois planos de um cubo aparecem aos nossos olhos depende, em primeiro lugar
de que se estabeleça o nível do olho;
Só há um ponto de fuga no qual um plano desaparece.

A dimensão real é o elemento dominante no desenho industrial, no artesanato, na escultura e na


arquitetura, e em qualquer material visual em que se lida com o volume total e real;
É um problema de enorme complexidade, e requer capacidade de pré-visualizar e planear em tamanho
natural;
A diferença entre o problema da representação do volume em duas dimensões e a construção de um
objeto real em três dimensões pode ser bem ilustrada pela figura, onde se vê uma escultura como uma
silhueta aumentada.

O corte dessa escultura em pedaços da espessura de uma folha de papel resultaria em um número
infinito de silhuetas.
É essa enorme complexidade de visualização dimensional que exige do criador uma imensa capacidade
de apreensão do conjunto;
Para a boa compreensão de um problema, a conceção e o planeamento de um material visual
tridimensional exige sucessivas etapas, ao longo das quais se possa refletir e encontrar as soluções
possíveis;
Primeiro vem o esboço, geralmente em perspetiva - pode haver um número infinito de esboços;
Depois vêm os desenhos de produção, rígidos e mecânicos.
Os requisitos técnicos e de engenharia necessários à construção ou manufatura exigem que tudo seja
feito com riqueza de pormenores;
Por último, apesar dos altos custos que acarreta, a elaboração de urna maquete talvez seja a única forma
de fazer com que as pessoas de pouca sensibilidade para a visualização possam ver como uma
determinada coisa vai ficar em sua forma definitiva.

Desenho
Desenhar é um ato inteligente de representação que põe forma e sentido ao pensamento e ao conteúdo
que foi assimilado;
O processo de desenhar está interligado com a capacidade de “ver” (percepção);
Está relacionado ao desenvolvimento das cinco habilidades básicas necessárias à capacidade de
percepção: desenho de meros contornos (percepção de arestas); espaços negativos e formas positivas
(percepção dos espaços); proporção e perspectiva (percepção dos relacionamentos); luzes e sombras
(volumes) e o gestalt (que é a percepção do todo ou sistema de leitura visual da forma);
A última habilidade não é ensinada nem apreendida, simplesmente surge como resultado da aquisição
das outras quatro;
Há a necessidade também de se ter consciência das habilidades básicas adicionais necessárias ao
desenho criativo e expressivo: desenho de memória, o desenho a partir da imaginação e naturalmente
as técnicas de desenho.

Organização Formal

CAMPO VISUAL
Espaço físico que é possível abranger com o olhar

CAMPO VISUAL / GRÁFICO


Espaço restrito onde damos forma a uma determinada ideia, formato A4 do cartaz, etc.…

ESTRUTURA DO CAMPO
Torna-se visível a partir do momento em que surgem as formas gráficas composicionais. É composto
por vários eixos, um vertical e um horizontal, e outros dois diagonais.

Peso Visual
de uma forma é o maior ou menor poder de atração, que a forma exerce sobre o nosso olhar... varia
conforme a colocação da forma no campo visual / gráfico e depende de vários fatores:
1. Posição
2. Dimensão
3. Cor Formas
4. Textura
5. Direção
Uma forma colocada no centro do campo visual está equilibrada…

Uma forma maior é visualmente mais pesada que uma menor…

Tem mais peso a forma que tiver uma cor mais luminosa ou que faça mais contraste com o fundo…

Quanto mais texturada for uma forma, maior é o seu poder de atração visual…
Tem mais peso a forma gráfica que expressar maior movimento…

?????
Regras de Composição Gráfica
As relações de agrupamento das partes das formas gráficas, definem uma área a que se chama,
composição visual / gráfica.

Analogias de Composição

TAMANHO - As formas constituem grupos por semelhança dos seus tamanhos, independentemente da
sua colocação no espaço gráfico/visual

FORMA - As formas constituem grupos por semelhança do seu contorno ou da sua configuração

COLOCAÇÃO - As formas constituem grupos por semelhança de colocação no espaço

COR - As formas constituem grupos por semelhança de cor, cada parte distingue-se pela qualidade
cromática

DIRECÇÃO - As formas constituem grupos por semelhança das respetivas colocações no espaço

Ritmos Composicionais
ASCENDENTE - As formas parecem crescer, subir, elevar-se no sentido vertical da folha de desenho ou
projeto multimédia

DESCENDENTE - AS formas parecem cair, em direcção ao plano inferior da composição gráfica

SIMÉTRICO - As formas são rigorosamente iguais, quer ao nível da linha de contorno, quer ao nível do
tamanho relativamente ao eixo principal da composição
ASSIMÉTRICO - As formas são diferentes, colocadas arbitrariamente no campo visual

Suportes, materiais e técnicas


Desenho:
 Lápis, Carvão, Nanquim, Grafite, Pastel, Caneta, Pincel, etc.
 Muitos são à base de água ou óleo e são aplicados secos, sem nenhuma preparação – lápisa
quarela, pastéis oleosos e lápis de cera;
 Desenho técnico ou industrial, arquitetónico, científico, ilustração e croqui ou esboço.
Gravura:
 É produzida a partir de uma matriz que pode ser feita de metal (calcografia), pedra (litografia),
madeira (xilogravura) ou seda (serigrafia);
 O artista trabalha nesses suportes fazendo uma gravação da imagem de acordo com as
ferramentas que utiliza com o propósito de imprimir uma tiragem de exemplares idênticos,
podendo ser feita pelo próprio artista ou orientando um impressor especializado.
 É considerada original quando é assinada e numerada pelo artista dentro de conceitos
estabelecidos internacionalmente;
 Após aprovar uma gravura o artista tira várias provas que são chamadas p. a. (prova do artista);
 Ao chegar ao resultado desejado é feita uma cópia "bonne à tirer" (boa para imprimir – b.p.i.);
 A tiragem final deve ser aprovada pelo artista, que, então, assina a lápis, coloca a data, o título
da obra e numera a série.
Pintura:
 Refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície
bidimensional, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas;
 Diferencia-se do desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto
aquele apropria-se principalmente de materiais secos;
 Enquanto técnica, a pintura envolve um determinado meio de manifestação (a superfície onde
ela será produzida) e um material para lidar com os pigmentos (os vários tipos de pincéis e
tintas);
 Os materiais comuns são: a tinta a óleo, a tinta acrílica, o guache e a aquarela;
 Técnicas: Muralismo, pintura mural ou parietal, tinta a óleo, acrílico, aguarela e guache.
Colagem:
 É considerada uma técnica convencional de artes visuais que utiliza vários materiais aplicados em
diferentes suportes para criar um efeito diferente e interessante;
 Ao abranger no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de jornal e papéis
de todo tipo, tecidos, madeiras e objetos variados, passa a ser concebida como construção sobre
um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura.
Escultura:
 É uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial usando a
tridimensionalidade do espaço;
 Os processos da arte em escultura podem ser classificados segundo o material empregado: pedra,
metal, argila, gesso ou madeira.
 A técnica da modelagem consiste em elaborar esculturas inéditas através desta técnica e são
utilizados materiais macios e flexíveis, facilmente modeláveis, como a cera, o gesso e a argila.
 É o primeiro passo para a confeção de esculturas através de outras técnicas, como a fundição e
a moldagem.
Escultura:
 A técnica do entalhe é um processo que requer tempo e esforço, já que o artista trabalha
minuciosamente numa escultura, cortando ou extraindo o material supérfluo (madeira, por
exemplo) até obter a forma desejada;
 A técnica de fundição de metal (ferro, cobre, bronze etc) é um processo complexo que começa
com um modelo em argila, passando por um molde que será preenchido com cera, obtendo-se
outra peça idêntica neste material, que poderá ser retocada, para corrigir algumas imperfeições
derivadas do molde;
 Em seguida, o metal líquido é colocado dentro de um molde, ocupando o lugar deixado pela cera;
 O gesso é dissolvido em numa lavagem a jato de água, revelando a peça com seus contornos;
 A escultura de metal passa, então, por um processo final de recorte e de acabamento.

Publicidade
O que é a publicidade?
A publicidade é uma forma de comunicação e informação, dirigida a um publico maioritário que se baseia
na arte da persuasão, na emotividade, no poder sugestivo das imagens e das palavras e numa série de
estratégias técnicas, criativas e artísticas, como forma de incrementar as vendas de determinado
produto.

MENSAGEM
Todo o anúncio publicitário pretende comunicar / transmitir uma mensagem concisa e clara.
Quando analisamos os mecanismos expressivos, psicológicos e simbólicos, utilizados na construção do
anúncio, podemos detectar uma leitura dupla de significado e das suas mensagens: uma parte
positiva e uma negativa.
Conseguimos assim identificar e perceber os aspectos ocultos da publicidade, tais como o uso de
funções sociais, o emprego das motivações mais profundas do ser humano, para desencadear um
consumo massivo, muitas vezes desnecessário, unificado sempre por critérios ideológicos, de modas etc.
A publicidade tem basicamente um sentido comercial, procura criar no consumidor a necessidade de
comprar certos produtos mediante a persuasão e a repetição indiscriminada dos anúncios. As ruas,
autocarros, lojas, revistas, contem uma infinita gama de símbolos/marcas que fazem parte do nosso
meio envolvente mais próximo. Os anúncios oferecem informação, não só sobre produtos mas também
sobre temas diversos, como a ecologia, protecção civil, saúde. Assim é importante que se perceba como
se articula esta linguagem e que o ser humano adopte uma atitude critica perante o discurso
publicitário. A difusão da publicidade, senão for criticamente consumida, pode reduzir as pessoas a um
estado de “massa”, alienando o indivíduo.
LINGUAGEM
Os seus recursos para nos persuadir são a imagem, a palavra e o som, este último na televisão, no
cinema e na rádio. Como se utiliza uma linguagem muito criativa qualquer recurso é válido sempre que
nos seduza e convença para que adquiramos um produto. Os publicitários retiram da língua todas as
suas possibilidades, sobretudo as que colocam em funcionamento a função poética, expressiva e
apelativa.
Características:
 A combinação da linguagem verbal e não verbal: signos e códigos visuais e auditivos
 As mensagens repetitivas, às vezes dirigidas ao subconsciente para provocar um comportamento
ou uma atitude por parte do receptor
 As formas atractivas e sugestivas de apresentação e suporte
 Os recursos literários:
 Fonéticos: rimas, aliterações/repetições, jogos de palavras, onomatopeias...
 Morfo-sintácticos: superlativos (extremos), adjectivos com valor estilístico, uso dos pronomes eu/
tu, uso do imperativo (decisivo; crucial)
 Léxico-semânticos: hipérboles, comparações, metáforas, sinestesias, personificações, antíteses,
paradoxos, neologismos, criação de palavras...
TRUQUES
Muitos anúncios, para vender produtos quase sem darmos conta, utilizam truques publicitários
persuasivos que praticamente não percebemos, mas que são muito úteis aos publicitários para nos
convencer com as suas mensagens sugestivas. Desta forma, e não só informando, despertam-nos o
interesse pelo artigo e o desejo de o comprar.
 Imagens sedutoras. Alguns anúncios vendem mais estilos de vida do que produtos. Como
informar objectivamente o odor de um perfume?
 Músicas sugestivas. O som é uma das peças chave para atrair o espectador para a cascata de
imagens e sonhos que em poucos segundos são apresentadas para o convencer da qualidade do
produto anunciado.
 Bombardeamento audiovisual. Quantos planos de imagens aparecem em media nos anúncios? O
ritmo é muito mais rápido que o de outros géneros televisivos.
 Comparação radical. Apresentam-se dois produtos, de publicidade só se destaca o positivo, do
opositor não se assinala o bom e contrapõe-se de forma radical (bom/mau).
 Impulsividade. Incita-se à compra imediata, sem reflectir sobre o valor objectivo do produto
anunciado.
 Reiteração. Repete-se até à exaustão um anúncio publicitário, para fazer o telespectador
interiorizar a «qualidade» do produto.
 Inovação. Vende-se como novo algo que já o foi apresentado uma infinidade de vezes. A novidade
continua a ser um valor que atrai, capta e vende socialmente.
 Slogans e sons. Com frases simples, facilmente memoráveis e familiares, conseguem que os
observadores recordem a marca durante todo o dia e também quando vão às compras.
Baseado em J. Ignacio Aguaded. La caja Mágica |In, Glocal Youth – 2004 copyright
TIPOS de ANÚNCIOS - Tendo em conta o conteúdo da mensagem classificam-se em 3 grupos:

Publicidade do Produto
Anúncios que apresentam objetos concretos e que podem ser adquiridos individualmente

Publicidade de Serviços
Quando o que é anunciado são factos, ações ou funções realizadas por empresas, bancos, seguros, rádio,
Tv.

Publicidade de Aconselhamento Institucional


Mais do que anunciar um produto, contém recomendações de alguma instituição (pública) dirigida à
população

TIPOS de PRODUTOS - Podem ser classificados tendo em conta as motivações e os aspetos psicológicos
que podem ser relacionados com o futuro comprador
1. Produtos – símbolos de prestígio – objetos de alto poder aquisitivo e elevado estatuto social,
joias, peles, automóveis de luxo
2. Produtos – símbolos de maturidade – tabaco, bebidas alcoólicas e outros objetos símbolo de
maturidade dos consumidores
3. Produtos hedonísticos – sublinham a sensualidade do consumidor / imagem pessoal, perfumes
4. Produtos anti ansiedade – conferem segurança emocional ao consumidor, quanto a complexos
físicos, estéticos, alimentos dietéticos, produtos light
5. Produtos para necessidades básicas – ligados á própria sobrevivência da espécie humana,
alimentos, vestuário

TIPOS de CONSUMIDORES - O mundo publicitário procura conhecer a natureza do consumidor, a sua


maneira de ser e as suas preferências
O preço, a estética e a qualidade influenciam as decisões do consumidor.
Temos dois tipos de consumidores:
1. Racional intelectual – analisa a situação / relação qualidade / preço
Exige uma mensagem publicitária seria, com informação abundante sobre o produto e tende a ser
fiel a determinada marca
2. Consumidor impulsivo – fica mediatizado pelos aspetos atrativos e estéticos dos produtos.
Influenciado pelas campanhas baseadas nas imagens de uma marca. Deixa-se levar pela emotividade
da imagem / mensagem ou identifica-se facilmente com a personagem do anúncio.

FUNÇÕES da PUBLICIDADE
 Básica é informar, comunicar mensagens que devem chegar de forma clara e decisiva á maior
quantidade de público possível
 Económica – a publicidade ativa o consumo e consequentemente as relações económicas
 Financeira – é graças á publicidade que se financiam atividades sociais ligadas aos meios de
comunicação
 Substitutiva – o anúncio substitui o objeto real, não devemos esquecer que a mensagem
publicitária mostra-nos uma imagem que por vezes pouco tem a ver com o real
 Unificadora – unifica critérios, ideologias e modas devido `a sua continuada difusão
 Evasiva – muitas vezes mostra um mundo diferente, de personagens felizes, o espetáculo
publicitário atrai e relaxa a mente do futuro consumidor, conseguindo que este assimile a
mensagem de forma mais direta e eficaz

SLOGANS - "Slogan" vem de sluagh-ghairm (slogorm), do gaélico escocês para "grito de guerra".
Um slogan é uma frase de fácil memorização usada em contexto político, religioso ou comercial,
expressão repetitiva de uma ideia ou propósito. Um slogan político geralmente expressa um objetivo ou
alvo ("Trabalhadores do mundo, uni-vos!"), enquanto um slogan publicitário é mais frequentemente
usado como uma identificação de fácil memorização agregando um valor único à empresa, produto ou
serviço, sendo esse valor concreto ou não. Slogans variam na sua apresentação, podem ser, escritos,
gráficos ou cantados. Quase sempre de natureza simples e retórica, pouco espaço para detalhes, e como
tal servem talvez mais, uma expressão social de propósito unificado, do que uma projeção para uma
pretendida audiência. Slogans são atrativos particularmente na era moderna de bombardeios
informativos dos média.
Slogan Publicitário – características:
 Suporte ou complementação de uma determinada mensagem
 Mensagem curta
 Identificação de fácil memorização
 Forma de destacar os atributos vantagens
 Transcende a materialidade o produto ou serviço
 Complementação de uma mensagem comercial
 Uma frase mnemónica, finalidade de manter-se na mente do consumidor
 Associado à imagem à linguagem escrita e estética
 Transforma-se no afirmativo indicador dos atributos enunciados no texto publicitário

O bom 'slogan' é curto e direto, expressando a história, a psicologia, o conceito da marca, empresa
ou produto e ou serviços.

Cartaz
O cartaz é um dos suportes de comunicação mais utilizado nas diferentes áreas da comunicação.
Podemos observar diferentes finalidades ou funções sociais do cartaz, como por exemplo:
 Informativas  Culturais
 Didáticas  De propaganda ou publicidade
 Políticas
O cartaz é um poderoso meio de comunicação e tem uma função diferente conforme a mensagem a
comunicar e o público-alvo a que se destina, assim as funções comunicacionais mais frequentes nos
cartazes são:
 Informativa – o cartaz informa sobre a existência de serviços, a realização de espectáculos, de
eventos, etc.
 Didáctica – o cartaz pode comunicar uma mensagem para ensinar algo, como por exemplo:
apresentação de um mapa de metro, indicações técnicas sobre montagem de um equipamento,
a apresentação da roda dos alimentos ou de um código de conduta.
 Persuasiva – o cartaz pode apelar para uma campanha social ou política, promover a compra
de um produto ou motivar para novos comportamentos sociais.

O cartaz é um meio de comunicação mista: palavras e imagens que em conjunto pretendem comunicar
uma mensagem.
O que é preciso?
Primeiro, precisas de definir muito bem o que queres fazer. Para isso há três aspectos em que deves
pensar:
1. O tema: deve-se escolher um só assunto por cada cartaz.
2. O slogan: a mensagem do cartaz deve ser curta e sugestiva. Inventa uma frase que tenha entre 5 e
7 palavras, no máximo.
3. A imagem: é o mais importante na transmissão da mensagem. Deve ser sugestiva e de cores
contrastantes.
Regras a seguir:
1º Dividir o espaço útil do papel em três zonas. A colocação dos elementos (slogan, imagem e texto)
deve ser feita de modo a proporcionar um equilíbrio com mais movimento (dinâmico) ou com menos
movimento (estático) conforme o teu objetivo.
2º O tamanho das letras deve diminuir, consoante é título, texto ou legenda.
3º O texto deve ter frases curtas e letras bem legíveis.
4º As imagens devem ter legendas.
5º Os espaços vazios são importantes. São eles que vão fazer sobressair a ilustração e a mensagem do
cartaz.
6º O espaço ocupado pelo texto deve ser menor do que o espaço ocupado pela imagem.
7º O texto pode ser feito à mão, com letras recortadas de jornais e revistas, com letras autocolantes,
com moldes de letras, etc. Deves escolher letras simples e fáceis de ler.
8º Podes destacar palavras ou frases, recorrendo a diferentes estilos, tamanhos ou cores. A sua cor
deverá contrastar com a cor do fundo para que as palavras sejam bem legíveis.
adaptado de "Que fazer na biblioteca da escola", DAPP/ME

Outras dicas para fazer cartazes


 O cartaz serve para motivar ou divulgar, para isso ele deve ser bem-apresentado.
 Atraente: as pessoas passam apressadas e só um cartaz interessante pode chamar-lhes a
atenção.
 Simples: para ser entendido rapidamente. A mensagem deve ser clara, breve, precisa. Tratar de
um só assunto, eliminando o que não for essencial.
 Ilustração: a ilustração deve ser auto-explicativa. Use apenas símbolos que se identifiquem
facilmente com a mensagem.
 Texto: poucas palavras, mas bem significativas e adequadas ao público-alvo. A letra deve ser
bem legível.
 Cor: o cartaz deve apresentar cores vivas e contrastantes, exatamente para chamar a atenção
do público.
 Distribuição dos elementos: texto e gravura devem ser distribuídos de forma agradável

Exercício 6
1. Analisa os três cartazes que se seguem:

a) b) c)

1.1. Compara os três anúncios publicitários tendo em conta:


1.1.1. a marca anunciada ______________________________________________________
1.1.2. o cartaz que apenas recorre a imagem _______________________________________
1.1.3. os cartazes que recorrem a imagem e a texto __________________________________

2. Completa o texto seguinte com a informação adequada aos três anúncios apresentados:
Estes anúncios publicitários têm como objetivo levar o leitor a ______________________
_________________________________. Trata-se, por isso, de um texto de tipo argumentativo, pois
procura _________________________ o consumidor a adquirir um produto.
O elemento que mais se destaca na estrutura global destes anúncios é a ________________.
Quanto aos elementos verbais, destacam-se no anúncio três pontos essenciais:
 no anúncio a), o slogan “isto faz um bem”, introduz a informação que a bebida anunciada
______________________________________________________________________.
 no anúncio b) surge uma importantíssima figura da literatura portuguesa, e mundial, que é
__________________________. Pretende-se, deste modo, mostrar que a Coca-cola é uma bebida
nacional e tão portuguesa como o poeta.
 no anúncio c), o recurso ao modo imperativo – “Abra” –, numa frase bastante atrativa (“Abra a
 felicidade”) tem como objetivo influenciar/ motivar/ convencer o consumidor a
_________________________ o produto para conseguirem ser __________________.

3. Existem dois tipos de publicidade:


COMERCIAL NÃO COMERCIAL/ INSTITUCIONAL

3.1. Depois de observares os dois anúncios com atenção, refere quais serão os objetivos:

a) da publicidade comercial: _________________________________________________________


________________________________________________________________________________
b) da publicidade institucional: _______________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4. Faz a legenda do anúncio, fazendo uso das palavras seguintes:

slogan  logotipo  texto icónico/imagem  texto linguístico

Nota: deves responder às questões anteriores num documento word e enviar para a plataforma Moodle.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio6.teresa.marcelino
Exercício 7
“Composição Gráfica …”
Executa em suporte multimédia um cartaz em formato A4, no âmbito da publicidade / marketing a
um produto existente no mercado, ou outro que queiras inventar, tendo em atenção as regras de
composição gráfica / Teoria da Gestalt.

1. Escolhe um produto a publicitar.


2. Trabalha no software “Photoshop” em formato A4, tendo em atenção as regras que estudaste sobre
a Teoria da Gestalt/peso visual/ritmos de composição etc.
3. Utiliza um Slogan.
Nota: deves enviar para a plataforma Moodle, no formato PDF ou JPEG.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio7.teresa.marcelino

Exercício 8
Executa um cartaz em formato A4, comemorativo do “25 de Abril de 74”:
1. Pesquisa sobre a temática na wikipédia;
2. Seleciona ícones/imagens alusivas ao tema no Google, pesquisa rigorosa de imagens, sobre
“A revolução dos Cravos”;
3. Analisa este documento e utiliza-o como referência para a conceção do teu projeto.
4. Cria o cartaz através da utilização dos softwares de tratamento de imagem à tua escolha,
tendo em atenção a aplicação de filtros ou outras ferramentas, na manipulação ou edição dos
ícones gráficos.
5. Introduz na composição do cartaz a frase “25 de Abril, O virar da Página”.
6. Realiza uma memória descritiva e justificativa sobre o projeto realizado e envie estes
elementos em pasta comprimida zipada para a plataforma moodle.
Nota: deves enviar para a plataforma Moodle, no formato PDF ou JPEG.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio8.teresa.marcelino

Exercício 9
1. Executa um cartaz em formato A4, para um evento de Skate que irá acontecer no Parque da
Zona Norte de Almeirim. O evento será patrocinado pela Red Bull.
Nota: deves enviar para a plataforma Moodle, no formato PDF ou JPEG.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio9.teresa.marcelino

Exercício 10
1. Executa um cartaz em formato A4, para um evento de Skate que irá acontecer no Parque da
Zona Norte de Almeirim. O evento será patrocinado pela Red Bull.
Nota: deves enviar para a plataforma Moodle, no formato PDF ou JPEG.
O nome dos ficheiros deverá obedecer ao seguinte formato:
Dca.modulo3.exercicio(n).(nome).apelido. por exemplo dca.modulo3.exercicio10.teresa.marcelino

Tarefa Nº Aulas (50 min.) Avaliação (70%)


Exercício 1 2 2 Pontos
Exercício 2 4 2 Pontos
Exercício 3 4 2 Pontos
Exercício 4 3 2 Pontos
Exercício 5 3 2 Pontos
35%
Exercício 6 2 2 Pontos
Exercício 7 3 2 Pontos
Exercício 8 3 2 Pontos
Exercício 9 4 2 Pontos
Exercício 10 4 2 Pontos
Teste de Avaliação/ Avaliação Tralhos 2 35% 20Pontos
Total 34 Aulas 70%

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