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Lição 8
25 de Novembro de 2018
Encontrando o Nosso Próximo
próximo?
30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e
passou de largo.
32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou
de largo.
33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-
se de íntima compaixão.
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e,
pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;
35 E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-
lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.
36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos
dos salteadores?
37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai
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“2. Pondo Jesus à prova ou “tentando-o”. O Mestre conta essa parábola
porque um doutor da Lei, bem-sucedido, procura-o para “pô-lo à prova”
(ARA) ou “tentá-lo” (ARC), conforme consta no versículo 25.0 termo grego
utilizado oferece a ideia de colocar à prova o “caráter” de Cristo. Isso mostra
que aquele homem, de maneira ardilosa, busca colocar o Mestre dos mestres
em situação difícil e, quem sabe imaginando receber algum elogio, o
interroga dizendo: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (v.25).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 8, 25 Nov 18).
A parábola do Bom Samaritano inicia-se exatamente a partir do versículo 30,
mas sua análise deve iniciar a partir do versículo 25 para chegarmos a uma
perfeita interpretação. Nesse verso, nos é dito que numa dada ocasião se
levantou um doutor da lei (provavelmente um fariseu), dirigindo-se a Jesus o
chamou de mestre e lhe fez uma pergunta maliciosa: “que farei para herdar a
vida eterna?”. A parábola então é a resposta à uma segunda pergunta maliciosa:
“e quem é o meu próximo?”. É exatamente a partir dessa pergunta que Jesus
conta a parábola do bom samaritano e critica a falsa religiosidade tão evidente
na seita dos Fariseus. A falsa religiosidade é o ato de apenas ter uma religião,
praticar rituais ou aparentar ser um crente. É a hipocrisia, a falsidade. O
sacerdote e o levita deveriam exercitar seu amor por alguém que precisava, já
que tinham o conhecimento da vontade de Deus.
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“3. “Como lês?” Jesus, como é de costume, “responde” com outra pergunta
(v.26). Ao perguntar sobre o conteúdo do mandamento, Jesus não questiona
aquele doutor para ver se ele o conhecia, isto é, sua pergunta demonstra
interesse na forma particular de interpretação do mandamento por parte daquele
homem. Jesus quer saber como o doutor lê, como o interpreta e de que forma
olha para o mandamento. O homem não compreendendo limita-se a responder
recitando o mandamento tal como está escrito (v.27). Percebendo Jesus que o
homem conhecia muito bem o texto a ponto de recitá-lo, o Mestre então o chama
à prática (v.28). Para Jesus não bastava que aquele doutor soubesse o conteúdo
do mandamento, antes, ao Mestre importava que o homem soubesse interpretar
corretamente e, muito mais importante, colocar o mandamento em ação em sua
vida. Por isso, o Senhor Jesus diz: “faze isso e viverás” (v.28).”(LB CPAD, 4º
Trim 2018, Lição 8, 25 Nov 18).
No versículo 27, o doutor da Lei responde a pergunta de Jesus da seguinte
maneira: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Jesus imediatamente o elogia e determina que, se ele quisesse obter a vida,
deveria fazer exatamente isso (v 28). O doutor da Lei respondeu à pergunta de
Jesus citando Deuteronômio 6.5, um texto que era recitado duas vezes ao dia
por todo judeu fiel. Este texto resumia o padrão ético central da Lei. O doutor
também aludiu a Levítico 19.18. O fundamento da resposta do homem é uma
expressão de lealdade e devoção que também pode ser vista como a
demonstração natural de fé, visto que a pessoa por completo — o coração, a
alma, as forças e o entendimento — está envolvida. O tema do amor a Deus é
desenvolvido nos versículos 38 a 42, com sua ênfase na devoção a Jesus, e em
Lucas 11.1-13, onde os discípulos são instruídos a serem devotos a Deus em
oração. Entenda que ao elogiar o doutor da Lei e exortá-lo a fazer o que
conhecia, Jesus não estava dizendo que a retidão é o resultado das obras. Ele
dizia que o amor e a obediência a Deus são as consequências naturais quando
se coloca a fé no Senhor. Aqueles que acreditam em Jesus e seguem-no
receberão recompensas eternas. Jesus estabeleceu este princípio a Pedro em
Mateus 19.27-30.
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“4. Questão principal. Não satisfeito, o doutor da Lei quer saber de Jesus
“quem” seria o seu próximo (v.29). Pode ser que ele até tenha imaginado que
Jesus revelaria o nome de um ente querido ou um amigo muito amado. Quem
sabe imaginou que Jesus diria que o próximo é apenas quem nos faz bem. É
neste contexto então que a Parábola é contada pelo Senhor. Jesus, ao contar a
parábola, deixa claro que as tradições e a religiosidade não podem ensinar-nos
acerca de quem é o nosso próximo. O homem que desceu de Jerusalém para
Jericó estava caído e ferido (v.30), porém, o sacerdote não o viu como seu
próximo e o levita também não (vv.31,32), mas o samaritano,
surpreendentemente, assim o enxergou (v.33). Surpreendentemente porque
jamais um judeu praticante da Lei, como aquele doutor, enxergaria nos “impuros”
e “mestiços” samaritanos, alguém próximo seu. Jesus, no entanto, assim o vê e
quer que aquele doutor da Lei veja também.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 8,
25 Nov 18).
“Lucas deixa claro que o doutor estava tentando colocar-se em posição de
satisfazer as mais altas exigências da Lei. E quem é o meu próximo? Esta
pergunta era uma tentativa de limitar as demandas da Lei pela sugestão de que
algumas pessoas seriam identificadas como o próximo e outras não. O doutor
da Lei estava buscando a obediência mínima, enquanto Jesus queria a
obediência absoluta.” (BIBLIOTECABIBLICA). Para entender porque judeus não
se davam com samaritanos clique aqui. No versículo 36, Jesus pergunta ao
doutor da lei: “qual desses três te parece que foi o próximo do homem caído”? O
doutor, encurralado, responde: “o que usou de misericórdia para com ele”. Então
disse Jesus: “vai e faze da mesma maneira”.
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“2. Ajudar ao próximo não salva, mas é algo que deve ser feito por quem
é salvo. Nesta parábola, Jesus não quer afirmar que o samaritano pudesse
alcançar a salvação por causa de sua beneficência e de sua atitude amorosa.
Jesus apenas está respondendo à pergunta formulada pelo professor da Lei. É
importante salientarmos que fazer obras de caridade não leva ninguém à
salvação (Ef 2.8,9). Contudo, os verdadeiros filhos de Deus são “feitos” para as
boas obras, isto é, as realizam naturalmente (Ef 2.10; Tg 2.14,17). Assim, Cristo
mostra ao mestre da Lei que uma pessoa sincera soluciona facilmente essa
questão que, aos olhos daquele homem, parecia tão complexa.” (2 Co 5.17).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 8, 25 Nov 18).
No Cristianismo o fato de fazer caridade não nos garante crédito no céu; mas
é uma demonstração de que somos de fato cristãos – parecidos com Cristo.
Quando Jesus terminou de contar esta história do bom Samaritano, disse para
o doutor da lei: "Vai e procede tu de igual modo, e mais,... faze isto e viverás."
(Lc 10.37-38). Em Efésios 2.8-9, Paulo afirma que a salvação é pela graça,
mediante a fé. Ele acrescenta claramente que as obras não fazem parte do
processo da salvação para que “ninguém se glorie”. As obras, como defende
Tiago, têm o seu papel, não de salvar, mas são decorrentes da fé (são frutos):
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2. 10). As boas
obras devem fazer parte da vida do salvo, mas não são o agente da salvação.
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“4. Sendo o próximo. O doutor da Lei havia perguntado quem era o próximo
dele (v.29). Na resposta de Jesus, a pergunta é inversa, ou seja, de quem eu
posso, ou devo, ser o próximo? (v.36). A questão colocada pelo doutor da Lei
não continha nenhum interesse ou compromisso em ajudar de verdade. Já a
indagação de Jesus forçava-o a pensar acerca dessa obrigação. De acordo com
o ensinamento de Jesus, o que fica claro é que o “próximo” trata-se de qualquer
pessoa que se aproxima de outras com amor verdadeiro e generoso sem Levar
em conta as diferenças religiosas, culturais e sociais. Jesus retoma a pergunta
inicial e conclui dando uma resposta inesperada, pois o caminho proposto por
Ele é pautado no amor, com demonstrações práticas, para com todos os homens
(Lc 10.37). O coração cheio de amor fala e age de acordo com a consideração
do Mestre, perguntando sempre de quem eu posso ser o próximo, ou seja, a
quem devo socorrer.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 8, 25 Nov 18).
“Muitos dizem ser discípulos de Cristo, mas estão distantes das virtudes
bíblicas. Estes não evidenciam sua fé por intermédio de suas atitudes. Os
pseudodiscípulos visam os seus interesses particulares e não a glória de Deus.
Precisamos urgentemente priorizar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33).
Tiago nos ensina, assim como João Batista (Lc 3.8-14), que precisamos produzir
frutos dignos de arrependimento” (3Trim2014_Lição 1: Tiago — A fé que se
mostra pelas obras).
Observe como o samaritano ama: “Ele o viu” (Lc 10.33) - o sacerdote e o levita
também, mas não demonstraram amor. Ele viu e reconheceu a necessidade
urgente de resgatar esse homem. Ele assumiu o fardo do homem ferido como
se fosse o seu próprio – isso é o amor de Deus, isso é o significado do termo
ágape.
CONCLUSÃO
“A parábola estudada na lição de hoje foi uma “história-exemplo”, pois se trata
de um mandamento de amar e exercitar a misericórdia para com o próximo. Aqui
aprendemos que o amor não aceita limites na definição de quem é o próximo.
Enquanto todas as sociedades e seus segmentos sociais acabam levantando
barreiras para separá-las das demais pessoas, os discípulos de Cristo devem
olhar para os seres humanos com igualdade, pois o próprio Deus não faz
acepção de pessoas (At 10.34).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 8, 25 Nov 18).
A melhor maneira que existe de demonstrar que realmente amamos a Deus é
amando a todas as pessoas, independente de quem sejam. Mesmo aquelas que
não são nossos amigos, ou que pensamos que não merecem nossa atenção,
como foi o caso do bom samaritano. Nós mesmos somos naus e apesar desta
condição do nosso homem interior, Deus nos ama. Demonstrar amor aos demais
não é só falando e nem ajudando somente quem conhecemos e a quem
gostamos. Demonstrar amor é ajudar mesmo aqueles a quem detestamos por
suas práticas e conduta. Em 1 João 3.18 está escrito “filhinhos, não amemos
apenas de palavras e de boca, mas de fato e de verdade”. A parábola do bom
samaritano foi dada a fim de ilustrar o importantíssimo mandamento da lei:
“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o
gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Encontrando o Nosso Próximo”, responda:
• Por que Jesus conta a Parábola do Bom Samaritano?
O Mestre conta essa parábola porque um doutor da Lei, bem-sucedido, procura-
o para “pô-lo à prova” (ARA) ou “tentá-lo” (ARC), conforme consta no versículo
25.
• Qual era o interesse de Jesus em perguntar ao homem como estava escrito ou
como se lia?
Ao perguntar sobre o conteúdo do mandamento, Jesus não questiona aquele
doutor para ver se ele o conhecia, isto é, sua pergunta demonstra interesse na
forma particular de interpretação do mandamento por parte daquele homem.
Jesus quer saber como o doutor lê, como o interpreta e de que forma olha para
o mandamento.
• Para Jesus, qual é a prova de que realmente a pessoa está praticando a
caridade?
Para Cristo, só existe realmente caridade se houver demonstração de amor, pois
no texto de João 3.16 não diz apenas que Deus “amou”, mas também que Ele
“deu” o seu Filho.
• Se as boas obras não salvam, por que devemos praticá-las?
Os verdadeiros filhos de Deus, são “feitos” para as boas obras, isto é, as realizam
naturalmente (Ef 2.10; Tg 2.14,17).
• De acordo com o ensinamento de Jesus, quem é o “próximo”?
De acordo com o ensinamento de Jesus, o que fica claro, é que o “próximo” trata-
se de qualquer pessoa que se aproxima de outras com amor verdadeiro e
generoso sem levar em conta as diferenças religiosas, culturais e sociais.
Postado por Francisco Barbosa