You are on page 1of 154

Manual de

Gerenciamento de Áreas Contaminadas


Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 1

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO .................................................................................................................................................. 7
3 PARTE 1 - PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................... 9
3.1 Levantamento de Dados Históricos .............................................................................................. 9
3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área .................................................................................... 11
3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo ................................................................................ 13
3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC) .................................................................................. 14
3.4.1 Fontes de Contaminação ............................................................................................................. 15
3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI) .................................................................................... 15
3.4.3 Receptores Potenciais ................................................................................................................. 16
3.4.4 Pontos de Exposição (PDE) .......................................................................................................... 16
3.4.5 Caminhos de Exposição ............................................................................................................... 17
3.4.6 Vias de Ingresso ........................................................................................................................... 17
3.4.7 Composição do Modelo Conceitual ............................................................................................ 18
3.5 Caracterização Geológica ............................................................................................................ 18
3.6 Mapeamento da Contaminação .................................................................................................. 19
3.6.1 Fase Livre ..................................................................................................................................... 21
3.6.2 Fase Retida .................................................................................................................................. 23
3.6.3 Água Subterrânea ........................................................................................................................ 24
3.7 Investigação de Vapores de Solo................................................................................................. 25
3.8 Execução de Sondagens Ambientais ........................................................................................... 26
3.9 Instalação de Poços de Monitoramento ..................................................................................... 27
3.10 Amostragem e Análises Químicas .............................................................................................. 29
3.10.1 Água subterrânea ........................................................................................................................ 29
3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer ............................................................... 29
3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão ..................................................................................... 30
3.10.2 Água Superficial e Sedimentos .................................................................................................... 32
3.10.2.1 Água Superficial ........................................................................................................................... 32
3.10.2.2 Sedimentos .................................................................................................................................. 33
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 2

3.10.3 Solo .............................................................................................................................................. 33


3.10.3.1 Amostragem de Solo para Análise Química ................................................................................ 33
3.10.3.2 Amostragem do material construtivo: lascas, varrição e secagem ............................................. 35
3.10.3.3 Amostragem por meio de limpeza ou secagem (wipe test) ........................................................ 36
3.10.4 Análises Químicas ........................................................................................................................ 37
3.11 Tamponamento de Poços............................................................................................................ 39
3.12 Execução de Ensaios do tipo Slug Test ........................................................................................ 39
3.13 Teste de Bombeamento .............................................................................................................. 41
3.14 Levantamento Topográfico ......................................................................................................... 41
3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos ........................................................................... 42
3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Orgânicos Voláteis (COV)................................ 43
4 PARTE 2 - PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL .............................................................. 45
4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação ...................................................................................... 45
4.1.1 Ensaio Piloto ................................................................................................................................ 45
4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediação por Extração Multi-Fásica:............................... 45
4.1.1.2 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Extração de Vapores (SVE) .............................. 47
4.1.1.3 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Injeção de Ar (IAS) ........................................... 48
4.1.1.4 Ensaio piloto para Sistema de Bombeamento (Extração de fase Livre)...................................... 50
4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Aquisição de Dados ........................... 51
4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Testes de Bancada ............................. 53
4.1.2 Projeto Executivo de Remediação............................................................................................... 53
4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas............................................................................ 57
4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Multifásica (MPE) Portátil ou Fixo.................... 58
4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração de Vapores (SVE) .......................................... 60
4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA) .................................................................................................... 62
4.6 Construção de Trincheiras........................................................................................................... 63
5 Serviços e Equipamentos Complementares ........................................................................................... 66
5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO) ...................................... 66
5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de água contaminada .......................................... 67
5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeção ................................................................ 68
5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos .................................................................................. 69
5.5 Destinação de Resíduos Sólidos .................................................................................................. 70
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 3

6 PARTE 3 - ESCOPO MÍNIMO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS ........................................................................ 73


6.1 Avaliação Preliminar .................................................................................................................... 75
6.2 Investigação Confirmatória ......................................................................................................... 81
6.3 Investigação Detalhada ............................................................................................................... 87
6.4 Avaliação de Risco ....................................................................................................................... 97
6.5 Plano de Intervenção ................................................................................................................ 113
6.6 Projeto de Remediação ............................................................................................................. 117
6.7 Monitoramento Operacional de Sistema de Extração de Fase Livre ........................................ 118
6.8 Monitoramento de Performance .............................................................................................. 123
6.9 Monitoramento Ambiental e de Pós Remediação .................................................................... 132
6.10 Relatório de Encerramento de Sistema de Extração de Fase Livre ........................................... 140
7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................................................ 146
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 4

1 INTRODUÇÃO

Este manual apresenta os procedimentos técnicos e as boas práticas de campo utilizadas para o
diagnóstico e remediação ambiental de áreas contaminadas, bem como as estratégias para avaliação e
interpretação de dados ambientais para elaboração de relatórios técnicos para o gerenciamento de áreas
contaminadas por hidrocarbonetos derivados do petróleo.

A avaliação e a recuperação da qualidade ambiental em áreas contaminadas (solo e água


subterrânea) por hidrocarbonetos derivados do petróleo, deve ser efetuada com base no processo de
gerenciamento descrito na resolução CONAMA 420 e em Valores Orientadores de Referência de
Qualidade, de Prevenção e de Investigação recomendados na resolução supramencionada. Caso o órgão
ambiental estadual competente possua Valores Orientadores Estaduais, devem ser estes utilizados.

Foram escolhidas para serem descritas no presente manual, as principais tarefas de campo a serem
executadas nas etapas de avaliação preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada,
avaliação de risco e remediação de áreas contaminadas.

Os seguintes procedimentos, normas e protocolos foram adotados:

 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM E 2081-00. Standard Guide for Risk-Based
Corrective Action;

 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM PS104 (2002) Standard Guide for Risk-Based
Corrective Action for Chemical Releases. EUA.

 CONAMA (2009) – CONAMA 420. Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

 CETESB (2001) – Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, SP.

 CETESB (2014) – DD 045/2014/E/C/I. Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas no Estado
de São Paulo. São Paulo, SP.

 CETESB (2006) – Procedimento para identificação de passivos ambientais em estabelecimentos com


sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC).

 CETESB (2007) – DD 103/2007. Gerenciamento de Áreas Contaminadas em SP.


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 5

 CETESB (2009) – DD 263/2009. Investigação Detalhada e Plano de Intervenção para Postos de Serviço
e Sistemas Retalhistas.

 U.S. Environmental Protection Agency (U.S.EPA). (1989). Risk Assessment Guidance for Superfund,
Volume I, Human Health Evaluation Manual (Part A), Interim Final. EPA/ 540/1-89/003. Washington,
D.C. December .

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, 1987. Norma NBR 10.004 (Revisão PN
1.603.06-008) - Resíduos Sólidos, Classificação.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR 15.495 – Poços de monitoramento de


águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2:
Desenvolvimento.

 BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para


consumo humano e seu padrão de potabilidade, Portaria N° 2914 de 12 de dezembro de 2011.
Brasília.

 ABNT, NBR 15492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento
(Jun/07).

 ABNT, NBR 15495-1 – Poços de monitoramento de água subterrânea em aquíferos granulados. Parte
1: Projeto e Construção (Mai/05).

 ABNT, NBR 15495-2 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte
2: Desenvolvimento (Jul/08);

 ABNT NBR 15515-1:2007 Errata 1:2011- Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 1:
Avaliação Preliminar;

 ABNT NBR 15515-2:2011 - Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2: Investigação
confirmatória. Publicação em 22/03/11.

 ABNT NBR 15515-3:2013 - Avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 3 —
Investigação detalhada.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 6

 ABNT NBR 16209:2013 - Avaliação de risco à saúde humana para fins de gerenciamento de áreas
contaminadas.

 ABNT NBR 16210:2013 - Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas —


Procedimento.

Por questões didáticas e para facilitar a consulta, este manual foi estruturado em três partes:

 PARTE 1: Diagnóstico Ambiental


 PARTE 2: Procedimentos de Remediação
 PARTE 3: Relatórios Técnicos
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 7

2 OBJETIVO

O presente documento tem como objetivo apresentar uma orientação técnica para tarefas
executadas em campo e em escritório, no desenvolvimento de projetos de gerenciamento de áreas
contaminadas (GAC), a fim de promover a recuperação de áreas comprovadamente contaminadas por
compostos derivados de hidrocarbonetos.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 8

PARTE 1

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 9

3 PARTE 1 - PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 Levantamento de Dados Históricos

Deverão ser verificados os documentos pré-existentes, por vezes disponíveis no local, que
possibilitem a identificação do histórico das instalações, operações, bem como de eventos de acidentes,
derrames e/ou vazamentos ocorridos na área em estudo. Para isso deve-se levantar:

 Dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na área de estudo e arredores antes da


implantação do empreendimento, devendo considerar a interpretação de fotos aéreas históricas
da área;
 Histórico das unidades operacionais, desde o início de sua operação, com descrição das
instalações;
 Planta atualizada do local, com identificação de todas as unidades operacionais (Exemplo:
plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, tanques, bombas de
abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de
carregamento, área de descarregamento, área de troca de óleo, filtro de diesel e tubulações);
 Relatórios de investigações ambientais realizadas anteriormente na área com breve resumo sobre
os resultados referentes a passivo ambiental no solo e na água subterrânea, se disponível.

Realizar a descrição cronológica dos fatos ocorridos na área relativos a:

 A instalação e operação de equipamentos;


 Reformas e manutenções realizadas;
 Tipos e volumes de produtos armazenados na área;
 Geração, armazenamento temporário e destinação de resíduos;
 Outras atividades desenvolvidas na área, como lavagem de veículos, troca de óleo no caso de
postos de serviço; outros processos produtivos no caso de bases e terminais;
 A evolução do uso e ocupação do solo na vizinhança;
 Posicionamento de receptor e bens a proteger.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 10

A identificação da área deve conter as seguintes informações:

 Bases e Terminais: Razão social, bandeira operadora, data em que passou a operar a base;

 Postos de Serviço: Razão social e nome fantasia da empresa, atual e histórico e respectiva bandeira
fornecedora de combustível, informando-se a data em que passou a fornecer combustível ao
posto;

 Localização, com endereço completo da empresa, coordenadas geográficas em projeção UTM e


respectivos datum, assim como planta de localização com orientação espacial, escala gráfica e
indicação da fonte do mapa-base e fonte de dados, legendas e convenções cartográficas;

 Zoneamento da área/uso do solo com referência à fonte de consulta;


 Apresentação das principais vias de acesso (ruas, avenidas etc.) em planta;
 Indicação da existência de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e de outras
utilidades subterrâneas, como bueiros e bocas de lobo, com localização em planta;
 Identificação e descrição em texto e mapa da geologia regional, hidrogeologia regional,
geomorfologia, meteorologia e bacia hidrográfica (BH), na qual está inserida a área.
A Tabela 1 apresenta sugestão de tipos de informações a serem levantadas nesta etapa de
identificação da contaminação. Não devem ser descartadas outras informações sobre a área que não
estejam listadas nesta tabela.

Tabela 1 – Sugestões de tipos de informações a pesquisar sobre o histórico da área.

TIPOS DE INFORMAÇÃO DOCUMENTOS A CONSULTAR

Histórico operacional Entrevistas

Tipos e quantidades de tanques, filtros e bombas instaladas na


Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros
área

Tipos de produtos comercializados Entrevistas, documentos de compra e venda de combustível

Tipos e locais das atividades realizadas (ex.: lavagem de veículos,


Entrevistas, plantas das instalações
troca de óleo, borracharia, etc.)
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 11

Realização e tipo de reformas Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros

Local de instalação dos equipamentos Entrevistas, plantas das instalações

Captação e uso água subterrânea Inspeção da área, outorgas de poços, entrevistas


Tipo, volume e destinação de resíduo Certificados de Destinação e Manifesto de Resíduos
Notificações de Órgão Ambiental Documentos do posto
Reclamações de vizinhos Entrevista

Histórico ambiental e operacional


Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plantas do
Dados sobre o meio físico posto
Histórico sobre os equipamentos e instalações

Informações sobre a situação legal do posto de serviço Processos

Histórico ambiental e operacional


Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plano
Dados sobre o meio físico
diretor, plantas da área
Histórico sobre os equipamentos e instalações

Histórico das instalações do posto Relatórios, plantas, notas de serviços

Histórico das manutenções e reformas Relatórios, plantas, notas de serviços

Tipo, volume e destinação de resíduo. Notas de serviços

Tipos de emergências ocorridas Relatórios, notas de serviços

Ocorrência de fatos marcantes relacionados ao posto Jornais, revistas


Histórico ambiental e operacional Registro de entrevistas realizadas

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área

A inspeção para reconhecimento da área deverá possibilitar a identificação e a avaliação das


instalações atualmente operadas na área de estudo, seus vizinhos, bem como determinar os caminhos
potenciais de transporte de contaminantes, além da localização e caracterização dos receptores e bens a
proteger. Além da inspeção da área, devem ser realizadas entrevistas com funcionários, vizinhos da área
etc.. Para isso:

 Identificar o tipo e a locação dos equipamentos instalados na área, no caso de postos de


abastecimento, instalações como tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de
veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarga, área
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 12

de troca de óleo, filtro de diesel, tubulações, etc. No caso de bases e terminais, plataformas de
carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, transformadores;
 Caracterizar e avaliar as condições de operação de cada equipamento, piso e canaletas;
 Descrever as atividades desenvolvidas;
 Identificar a geração, os locais e o modo de armazenamento temporário de resíduos;
 Relatar acidentes ocorridos, incluindo perda de produto, vazamentos e acidentes;
 Informar sobre manuseio e armazenamento de substâncias químicas.

Nas entrevistas, devem, no mínimo, ser questionados:

 Ocorrência de acidentes e vazamentos;


 Locais de disposição de resíduos;
 Reclamações;
 Problemas com a qualidade do ar, água e solo;
 Obras realizadas;
 Presença de captação de água subterrânea (Poço de Abastecimento, Poço Cacimba, Cisternas e
Poços Artesianos).
Realizar o levantamento de uso do solo para um raio de 200 metros a partir do limite do posto de
serviço, conforme proposto na DD 263/2009 CETESB, considerando:

 O levantamento das atividades realizadas a norte, sul, leste e oeste do local, por nome e tipologia;
 A identificação, em imagem de satélite, de receptores potenciais ou bens a proteger, como por
exemplo, áreas residenciais, áreas comerciais, áreas industriais, áreas de lazer, áreas de produção
agropecuária, piscicultura, hortas, escolas, hospitais, creches, etc.;
 A representação na imagem de satélite da localização e a classificação de corpos hídricos
superficiais (vereda/brejo, córrego/rio, mar, lago/laguna/lagoa), Áreas de Preservação
Permanente (APP), Unidade de Conservação (UC) e áreas com tombamento histórico;
 A pesquisa e localização de poços de abastecimento ou poços cacimba, cadastrados e não
cadastrados no órgão ambiental;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 13

 A localização de Área com Potencial de Contaminação (AP), Área Suspeita de Contaminação (AS),
Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Área em
Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR) e Área Reabilitada para o Uso Declarado
(AR), eventualmente existentes na região, conforme registro do órgão ambiental competente
(CONAMA 420).

As instalações e áreas representadas na imagem de satélite devem ser referendadas em texto, sendo
informado sobre o bem identificado e o modo de pesquisa onde se obteve a informação.

Na impossibilidade de se obter informações sobre o histórico de operação da área e de alterações no


layout, todos os locais da área em estudo onde exista a possibilidade de terem sido desenvolvidas
atividades de armazenamento e manejo de combustíveis, lubrificantes ou outras substâncias deverão ser
investigadas.

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

A caracterização do uso e ocupação do solo visa a identificar os potenciais receptores expostos à


contaminação detectada na área de interesse. O levantamento das informações sobre o uso e a ocupação
do solo deverá ser realizado com raio de no mínimo 200 metros em relação aos limites da área
investigada, contendo os seguintes itens:

 Identificação de área industrial, residencial e comercial, bem como, escola, creche, igreja,
asilo, restaurantes, hospitais, parques, plantações, criações de gado, entre outros.
Destacando a existência de edificações com piso ou garagem subterrânea;
 Identificação de instalações subterrâneas como gás, esgoto, rede de distribuição de águas,
redes elétricas, telefonia, entres outros;
 Localização de áreas contaminadas cadastradas no órgão ambiental responsável;
 Localização de corpos de águas superficiais e sua classificação;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 14

Deverá ser considerado um raio de 500 metros em relação aos limites da área investigada para
a localização de poços de rebaixamento do lençol freático, poços de captação de água subterrânea,
cadastrados e/ou outorgados em órgão competente, quando possível e disponível os não
cadastrados, destacando sua profundidade, perfil construtivo, aquífero explorado e uso.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

 Texto explicativo e mapas explicativos sobre o uso e ocupação da área e sua distribuição;
 Mapa de uso e ocupação contendo a localização dos poços de rebaixamento e captação de
água subterrânea (georreferenciadas), bem como todos os elementos descritos acima.

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC)

A elaboração dos cenários de exposição deverá representar todos os caminhos que permitem a
evolução do contaminante partindo da origem da contaminação (fonte de contaminação) até chegar aos
receptores potenciais. Os cenários de exposição são divididos em cenários de exposição direta e cenários
de exposição indireta.

 Exposição Direta: quando o receptor está diretamente em contato com o compartimento


do meio físico contaminado ou com a fonte de contaminação.
 Exposição Indireta: quando as SQIs atingem o receptor por meio de outros
compartimentos do meio físico, que não estão contaminados, mas que poderão afetá-lo
em decorrência do transporte da SQI.

Os cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos:

 Fonte de Contaminação;

 Substância Química de Interesse (SQI);

 Receptores Potenciais;

 Ponto de Exposição (PDE);

 Caminho de Exposição;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 15

 Via de Ingresso.

Estes elementos devem ser identificados e caracterizados para que um cenário de exposição seja
considerado completo. A caracterização de cada um desses elementos servirá como base para
identificação de eventos de exposição atuais e futuros relacionados ao sítio em análise. Caso um ou mais
destes elementos estejam ausentes, o cenário será incompleto e não será considerado na avaliação de
risco.

3.4.1 Fontes de Contaminação

A fonte de contaminação (Área Fonte) está relacionada a um determinado processo operacional que
ocasionou a origem da contaminação, liberando a SQI no meio físico.

A caracterização da fonte de contaminação deve permitir avaliar quais compartimentos do meio físico
podem ser impactados e como as SQIs chegarão aos receptores potencialmente expostos. Cada área
fonte compreende um ponto ou área onde ocorre ou ocorreu a liberação da SQI para o meio físico. Para
esta etapa é necessária a identificação e relação das fontes de contaminação.

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI)

As substâncias químicas de interesse (SQI) que devem ser consideradas na Avaliação de Risco à Saúde
Humana são todas aquelas identificadas nas amostras de solo e água subterrânea em concentrações
superiores aos VIs.

A SQI será selecionada desde que ocorra pelo menos em uma única vez em concentração superior ao
VI adotado. Para esta etapa devem ser relacionadas as SQIs consideradas na avaliação de risco.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 16

3.4.3 Receptores Potenciais

A identificação de receptores potenciais a serem considerados na avaliação de risco visa a


representar indivíduos humanos expostos às SQIs, considerando situações atuais e futuras de exposição,
sendo classificados em:

 Receptores Residenciais: todo residente que possa estar potencialmente exposto direta ou
indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área
investigada ou em suas proximidades.
 Receptores Trabalhadores (Comercial/Industrial): todo funcionário que possa estar
potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos
do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.
Para esta etapa devem ser relacionados os receptores potenciais considerados na avaliação de risco.

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE)

Os pontos de exposição (PDE) são pontos onde ocorre a exposição do receptor à SQI. Os PDEs devem
ser identificados para cada compartimento do meio físico impactado ou potencialmente impactado,
considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação do solo.

Os seguintes compartimentos devem ser considerados para a identificação de PDEs:

 Água Subterrânea: se ocorrer a utilização de poços e nascentes para abastecimento municipal,


industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais.
 Solo: se ocorrer contato com as SQIs presentes no solo superficial e subsuperficial.
 Água superficial: se ocorrer sua utilização para abastecimento municipal, industrial, doméstico
e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de pesca.
 Ar: na ocorrência de cenários de exposição em ambientes abertos e espaços fechados
contemplando todos os potenciais receptores.
Para esta etapa devem ser relacionados os PDEs considerados na avaliação de risco.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 17

3.4.5 Caminhos de Exposição

Um caminho de exposição descreve o curso de uma SQI, desde a área fonte até o receptor, no ponto
de exposição (PDE). São considerados caminhos de exposição as seguintes situações:

 Emissão de vapores e partículas a partir do solo superficial;

 Lixiviação do solo para água subterrânea;

 Transporte em meio saturado de água subterrânea contaminada;

 Transporte em meio não saturado de vapores a partir do solo subsuperficial;

 Transporte em meio não saturado de vapores a partir da água subterrânea;

As seguintes informações deverão ser consideradas na análise dos caminhos de exposição:

 Os compartimentos do meio físico que estão impactados (ar, água e solo);


 Os mecanismos de transporte das SQIs desde a área fonte até os PDEs;
 A localização dos PDEs;
 Os receptores potencialmente expostos.
Para esta etapa devem ser relacionados os caminhos de exposição considerados na avaliação de risco.

3.4.6 Vias de Ingresso

Os potenciais receptores identificados podem entrar em contato com as SQIs por meio de
determinadas vias de ingresso, que são:

 Ingestão de contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial, solo.

 Inalação de contaminantes presentes no ar, incluindo vapores emitidos a partir da água


subterrânea, água superficial, solo superficial e solo subsuperficial.

 Contato dérmico com contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial e solo.

Para esta etapa devem ser relacionadas as vias de ingresso consideradas na avaliação de risco.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 18

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual

O Modelo Conceitual (MC) deverá ser elaborado, objetivando a apresentação de uma síntese das
informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da contaminação, o transporte e a
distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDE e a relação com a exposição dos receptores
existentes, representando o conjunto de cenários de exposição presentes na área de interesse. O MC
deverá ser desenvolvido para a área de interesse considerando suas características específicas.

A consolidação do MC deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto explicativo.

3.5 Caracterização Geológica

A caracterização geológica do local deverá ser realizada com base na execução das sondagens
ambientais de acordo com a norma ABNT/NBR 15.492, incluindo registros existentes nos relatórios,
considerando os seguintes objetivos:

 Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de todas as sondagens executadas;


 Coleta de amostras do material perfurado, para determinação de granulometria, porosidade
total, porosidade efetiva, densidade do solo, umidade do solo e fração de carbono orgânico. Estas
amostras devem ser coletadas em diferentes pontos de sondagem e diferentes profundidades,
considerando as camadas litológicas importantes para a distribuição dos contaminates em
subsuperfície, previstas no Modelo Conceitual da Área;
 Validação da geologia regional.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

 Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens e dos pontos de coleta de
amostras de solo;
 Perfis das sondagens realizadas e no mínimo, duas seções geológicas para representar o
entendimento da geologia do local. Deve ser destacada a descrição do material identificado, sua
cor, textura e granulometria;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 19

 Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM, elevação, perfil de
sondagem, profundidade da coleta de amostra, data e hora de amostragem, número da cadeia de
custódia, entre outros;
 Texto explicativo com resumo da geologia local e relação com o contexto geológico regional.

3.6 Mapeamento da Contaminação

O mapeamento da contaminação deverá ser desenvolvido com o objetivo de:

 Promover a completa delimitação vertical e horizontal da contaminação por fase retida (solo
superficial e subsuperficial), fase dissolvida e fase livre;

 Possibilitar o entendimento da distribuição espacial da contaminação.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

 Coletar as amostras de solo e água subterrânea conforme item 4.10 deste manual;

 Realizar análise química laboratorial para Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e isômeros de Xilenos
(BTEX); Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP), em todas as amostras coletadas. Caso o
Modelo Conceitual da Área em estudo indique a possível ocorrência de outras substância
químicas associadas a potenciais fontes de contaminação, estas também deverão ser analisadas
em laboratório;

 Realizar análise química laboratorial para Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH), somente em
amostras coletadas em potenciais áreas fonte de contaminação identificadas no modelo
conceitual da área que indiquem a necessidade desta quantificação;

 Promover a delimitação das plumas de contaminação (fase retida e fase dissolvida) considerando
os Valores de Investigação (VI), mesmo que para isto tenham que ser executadas mais de uma
etapa de coleta de amostras. Para o mapeamento das plumas dissolvidas os parâmetros a serem
determinados são os BTEX e HAP.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 20

 Promover a delimitação da pluma de fase livre, por meio da instalação de poços de


monitoramento com seção plena, considerando os procedimentos técnicos descritos na
NBR/ABNT 15.495: Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados
parte 1: projeto e construção; e na NBR/ABNT 15.495: Poços de monitoramento de águas
subterrâneas em aquíferos granulares parte 2: desenvolvimento.

As amostras da etapa de investigação da contaminação devem, preferencialmente, ser coletadas em


uma única campanha de amostragem. Se após a avaliação dos resultados analíticos se verificar que as
plumas de contaminação estão abertas, deve ser realizada nova etapa de campo e consequentemente,
nova coleta de amostras. Neste caso, amostras coletadas em campanhas distintas podem ser utilizadas
em uma mesma etapa de investigação ambiental, se a coleta for realizada em um intervalo de no máximo
90 dias corridos contados da data da primeira amostra, comprovados pelo adequado preenchimento da
Cadeia de Custódia.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

 Cadeia de Custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta das
amostras, bem como funcionário do laboratório responsável pelo recebimento das amostras;

 Ficha de recebimento das amostras (checklist), devidamente preenchida e assinada pelo


responsável, no laboratório, pela verificação das condições de recebimento e acondicionamento
das amostras;

 Laudos analíticos laboratoriais originais, assinados pelo responsável técnico do laboratório


emitidos de acordo com o especificado na ABNT NBR ISO/IEC 17025;

 Tabelas comparativas entre os resultados analíticos para as análises realizadas e os Valores de


Intervenção Estadual ou CONAMA;
 Representação das plumas de contaminação em fase retida (horizontal e vertical);

 Representação das plumas de contaminação em fase dissolvida (horizontal e vertical);

 Representação da pluma de contaminação em fase livre;


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 21

 Texto explicativo com resumo do mapeamento da contaminação, sua relação com as fontes
primárias de contaminação identificadas no modelo conceitual da área.

3.6.1 Fase Livre

Realizar o mapeamento da fase livre a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada sua
ocorrência, considerando os seguintes itens:

 O mapeamento da fase livre deverá ser realizado por meio da instalação de poços de
monitoramentos com seção plena, locados estrategicamente em função do modelo conceitual da
área.

 Os poços de monitoramento onde foi verificada a ocorrência de fase livre não devem ser
desenvolvidos.

 As medidas do nível de produto em fase livre, tomadas com o equipamento interface de óleo e
água, representam a espessura aparente de fase livre sobrenadante ao aquífero local.

 Será considerada película de produto em fase livre, espessura aparente menor ou igual a 5,00
milímetros.

 A pluma de produto em fase livre será considerada, delimitada horizontalmente, se tiver poços de
monitoramento instalados na borda da pluma, sem a ocorrência produto.

 A delimitação da pluma em fase livre no plano horizontal será definida considerando a metade da
distância entre o poço de monitoramento que apresentar presença de produto em fase livre e o
poço de monitoramento onde for observada a ausência de fase livre.

 O mapeamento de fase livre em plano vertical deverá ser apresentado em seções


hidrogeológicas, onde o limite superior da pluma será referente à cota superior do nível de fase
livre medido no poço de monitoramento e o limite inferior será a cota do nível de água local
medido no poço de monitoramento. Deve ser gerada a espessura real e aparente, usada para a
etapa seguinte.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 22

 Cálculo do volume de produto em fase livre mapeado, considerando as espessuras aparente e


real.

 Cálculo da espessura real de produto em fase livre, a partir da espessura aparente medida em
área, por meio da fórmula empírica do método de Pastrovich:

t g  t 1 do / da 
onde:
tg – Espessura real de fase livre
t – Espessura aparente
do – Densidade do produto
da – Densidade da água

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Fase Livre em Bailer


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 23

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Ausencia de Fase Livre em Bailer

3.6.2 Fase Retida

Realizar o mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens onde foi verificada a SQI acima
dos VIs, considerando os seguintes itens:

 No plano horizontal a partir da sondagem onde foi identificada a contaminação, executar


sondagens em malha aproximada de 5 x 5 metros com distanciamento máximo de 10 metros,
podendo estas distâncias serem alteradas a critério do responsável técnico e em função do
modelo conceitual da área;

 No plano vertical coletar pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre 0,0 e 0,5
metros de profundidade, outra na franja capilar e a última, na maior medição de COV. Caso a
medição de COV seja nula, justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo
coletada;

 O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será
interpolado na metade da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração
acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de VI;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 24

 Para o mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a metade da
distância entre a amostra em profundidade que apresentar concentração acima de VI e a amostra
que apresentar concentração abaixo de VI. Quando a amostra de solo coletada na franja capilar
apresentar concentrações acima dos VIs para as SQIs, considerar como delimitação da
contaminação a profundidade do nível de água do local. Na ausência de amostras superficiais com
concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima.

3.6.3 Água Subterrânea

Realizar o mapeamento da fase dissolvida a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada a
SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

 No plano horizontal instalar poços de monitoramento a partir do poço onde foi identificada a
contaminação, conforme o modelo conceitual da área;
 Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no
plano vertical, esta poderá ser realizada com a instalação de poços multiniveis. Quando assim
definido, deverão ser instalados no mínimo, dois conjuntos de poços multiníveis, localizados
internamente aos limites da área de interesse, dispostos no centro de massa da pluma de
contaminação da pluma em fase dissolvida, ou seja, onde forem verificadas as maiores
concentrações das substâncias químicas de interesse, considerando a direção do fluxo de
água subterrânea. A instalação de poços simples ou multiníveis externos aos limites da área
de interesse deve ser realizada quando a pluma de contaminação em fase dissolvida
ultrapassar os limites da área ou quando ocorrer fluxo vertical descendente.
 O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será
interpolado a ¾ da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração
acima do VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo do VI;

 Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no


plano vertical, esta deverá ser realizada para cada SQI, onde o limite da pluma será
interpolado na metade da distância entre a base da seção filtrante do poço que apresente
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 25

concentração abaixo do VI e a base da seção filtrante do poço adjacente que apresente


concentração da SQI acima do VI.

3.7 Investigação de Vapores de Solo

Os trabalhos de avaliação de vapores no solo deverão obedecer ao procedimento específico do


Órgão Ambiental Regulador local. Quando não houver, será adotado o procedimento “Identificação de
Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis
- SASC” da CETESB e as considerações deste manual.

Deverá ser feita a avaliação da presença destes vapores, em malha regular com execução de
sondagens de 1,5 metros de profundidade, com diâmetro de 25 a 50 mm, nas quais será introduzida uma
sonda para a medição de concentrações de vapores a cada 0,5 metro, por sucção do ar de seu interior,
contemplando toda a área do empreendimento e com a apresentação dos perfis litológicos das
sondagens, caso julgue-se necessário.

Adicionalmente, deverá ser realizada medição de explosividade e vapores orgânicos, bem como
avaliação quanto à presença de produto (combustíveis) em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água,
energia e telecomunicações, etc.), câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no
empreendimento e em seu entorno, num raio de 200 metros. Deve-se indicar no croqui e listar em tabela,
os pontos medidos. Também, serão alvo deste levantamento os pontos de captação de água (cursos
d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos mesmos quanto à presença
de produto. No caso de poço tubular, informar dados construtivos, uso da água, vazão captada e perfil
litológico do poço.

Caso o levantamento esteja sendo desenvolvido em área de posto de serviço, deverá ser realizada
a sua classificação (com justificativas) conforme ABNT NBR 13.786, apresentando mapa de ocupação do
entorno, no raio de 100 metros (ou conforme definição do órgão ambiental local), em escala compatível,
detalhando adequadamente o entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR 13.786, uso e
ocupação das áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

O empreendimento deverá ser georreferenciado por meio do levantamento das coordenadas


UTM do empreendimento, com a utilização de GPS, estação total e levantamento topográfico.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 26

Deverá ser apresentado um relatório conclusivo contendo os resultados das avaliações descritas
acima e a caracterização da extensão da ocorrência de vapores orgânicos derivados de combustíveis no
solo (por meio inclusive, de desenho da pluma de contaminação com curvas de iso-concentração a 0,5,
1,0 e 1,5 metros), considerando-se, sempre que possível, o tipo de contaminante, as condições do meio e
as limitações técnicas do local, tais como solo, edificações, espaço físico para instalação de equipamentos,
dentre outras.

3.8 Execução de Sondagens Ambientais

As perfurações a serem realizadas têm por objetivo a descrição da litologia / pedologia / geologia
em subsuperfície, coleta de amostras de solo, instalação de poços de monitoramento de seção plena (PM)
ou multiníveis (PMN), bombeamento (PB), de extração (PE) e/ou de injeção (PI), bem como a coleta de
amostras para análise química.

As sondagens devem ser realizadas em conformidade com a Norma ABNT NBR 15.492 –
Sondagem de Reconhecimento Para Fins de Qualidade Ambiental –Procedimento.

O material perfurado deve ser descrito e amostrado a cada metro ou a cada mudança pedológica
/ litológica / Geológica. A concentração de COVs deve ser medida a cada 0,5 metro perfurado. Deve ser
feita a identificação e a descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as
recomendações do Manual de Descrição Coleta de Solos no Campo, da Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo e outros documentos aplicáveis à descrição de materiais em subsuperfície;

As perfurações devem penetrar no máximo, 4,0 metros abaixo do nível d’água ou, a
profundidades maiores em função do Modelo Conceitual da Área. Caso haja impedimento de ordem da
natureza do substrato investigado, a perfuração poderá ser finalizada fora das condições descritas acima.
Ao término das perfurações, os furos devem ser limpos através de caçamba / balde. Devido à constituição
pedológica / litológica da área, caso haja necessidade, deverá ser revestido o furo, a fim de atender às
condições de perfuração descritas acima.

Não será permitida a utilização de fluídos de perfuração para a completação do furo, após atingir
o nível d’água. Para a completação do furo após atingir o nível d’água, pode ser utilizado o sistema de
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 27

caçamba/balde ou lavagem com água para aprofundar o furo até a profundidade exigida, desde que o
mesmo esteja revestido.

A definição dos equipamentos a serem utilizados para realização das sondagens deverá ser feita
com base no Modelo Conceitual da Área, previamente desenvolvido pelo Responsável Técnico.

Caso seja indicado no Modelo conceitual da Área, serão coletadas amostras de solo durante a
execução das sondagens para análises químicas laboratoriais. O amostrador e o material de sondagem
devem ser lavados com sabão neutro e água desmineralizada, antes e após cada amostragem de solo.

Em cada sondagem, deverão ser obtidas pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre
0,0 e 0,5 metro de profundidade, outra na franja capilar e a última, na maior medição de COV. Caso a
medição de COV seja nula, justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo
coletada, devendo todas serem encaminhadas para análise química.

Todos os pontos onde ocorrerem sondagens deverão ser georreferenciados. As coordenadas dos
pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições
devem ser realizadas por meio de Estação Total.

Elaborar modelo hidrogeológico conceitual em conformidade com a ABNT NBR


15.495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares –Parte 1: Projeto e
construção.

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento

Os poços devem ser construídos e instalados em total conformidade com a Norma ABNT NBR
15.495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e
construção. O desenvolvimento dos poços deverá ser realizado em conformidade com a Norma ABNT
NBR 15.495-2 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 2:
Desenvolvimento.
Os poços serão instalados nos furos de sondagem com diâmetros de 2”, 4“ou 6” a serem
executados conforme exposto no item 4.7 (Execução de Sondagens Ambientais).
Os poços serão construídos com tubos do tipo geomecânico/PVC (liso e/ou filtro) ou similar, nos
diâmetros de 2” ou 4”, ou se forem piezômetros no diâmetro de 1”. Os poços de monitoramento devem
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 28

ser instalados com: (1) seção filtrante plena, com comprimento máximo de 3 metros, sendo 1 metro na
zona não saturada e 2 metros na zona saturada; (2) seção filtrante afogada com comprimento máximo de
1 metro abaixo do nível d’água estabilizado (cerca de 25 cm). O Modelo Conceitual da Área deverá ser
utilizado para escolha entre a seção plena ou afogada.
O espaço anular entre o filtro e a parede de perfuração deve ser preenchido por um
pré-filtro definido de acordo com a Norma ABNT NBR 15.495-1. O espaço anular superior ao pré-filtro
deve ser preenchido por bentonita ou por mistura de bentonita com cimento.O acabamento final dos
poços deverá constar de proteção sanitária em concreto e colocação de câmara de calçada construída no
nível da superfície do terreno. O cap superior dos poços será móvel, acoplado ao tubo e deve ter a sua
tampa trancada com trava via cadeado (segredo único) e o cap inferior do tubo deve ser fixado. O cap
superior deve garantir a perfeita vedação do poço.
Deve ser garantida a identificação, vedação e inviolabilidade dos PMs, PBs, PEs e
PIs instalados. As tampas e câmaras de calçada para proteção sanitária devem suportar o tráfego de
veículos pesados, serem estanques, possuir fixação que evite seu deslocamento e identificação de poço
de monitoramento. Tais câmaras de calçada deverão ter diâmetro mínimo de 12”.
Todos os detalhes da instalação dos poços e execução das sondagens, bem como informações
sobre o perfil construtivo, pedológico e litológico dos poços, profundidade do NA, cota altmétrica,
coordenadas UTM (medidas por EstaçãoTotal e vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro - SGB) e
informação sobre a existência ou não de fase livre nos poços, devem constar no relatório técnico de
investigação ambiental (confirmatória, detalhada).
Os piezômetros deverão ser compostos por um tubo de PVC rígido com diâmetro de 1”, devendo
sua extremidade inferior ser vedada com um cap e o tubo perfurado num trecho que esteja limitado a
uma única unidade estratigráfica, limitado ao comprimento máximo de 100 cm a partir da extremidade
inferior. Os furos do trecho perfurado deverão apresentar diâmetro de 3 mm distribuídos aleatoriamente
entre si com distância circular de no máximo, 10 cm. O trecho do tubo perfurado deve ser envolto por, no
mínimo, duas camadas de tela de nylon de malha nominal de 2 mm. O espaço anelar entre o tubo de PVC
e o furo deve ser preenchido com areia somente no trecho onde o tubo foi perfurado e envolto com tela;
o restante deve ser preenchido com bentonita na forma de calda. Para servir de vedação, quanto à
entrada de águas pluviais, a parte superior de 50 cm do espaço anelar será preenchida por uma
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 29

argamassa de cimento e areia. Deve ser previsto cap de pressão para a extremidade superior do tubo
(boca).

Detalhe de Acabamento de Poços Detalhe de Acabamento de Câmara de Calçada

3.10 Amostragem e Análises Químicas

O procedimento para a coleta de amostras de água e solo deve seguir o estabelecido neste escopo,
nas normas brasileiras aplicáveis ou na ausência destas, a EPA SW-846, Test Methods for Evaluating Solid
Wastes.

3.10.1 Água subterrânea

A coleta das amostras de água deverá ser realizada por um dos métodos a seguir:

(1) Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer; (2) Micro Purga com Baixa Vazão.

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Bailer

Deverá ser utilizado amostrador de água manual tipo bailer nos poços de monitoramento. O material
constituinte do bailer deverá possuir as seguintes características: não adsorver, absorver ou liberar
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 30

constituintes das ou para as amostras, ser resistente a ataque químico (deterioração de parte plástica) e
ataque biológico, ser transparente, descartável, longilíneo (90cm) e de diâmetro compatível com o ponto
de coleta, permitir estimar a espessura e coloração de fases formadas na solução dentro do bailer,
principalmente a espessura de produto dentro dos poços.

A amostragem através de bailer deverá ser sempre precedida por purga, a qual consistirá no
esgotamento de 3 a 5 vezes o volume do poço, devendo seu efluente ser devidamente acondicionado e
descartado.
A coleta deve ocorrer, no mínimo, após 24 horas da conclusão da purga, sendo que a introdução do
bailer no poço não provoque distúrbio na coluna d’água (misturar, aerar ou aumentar sua turbidez). O
bailer utilizado para purga do poço não poderá ser utilizado para sua coleta.
Todos os bailers utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados
agrupados e cortados transversalmente (de forma a permitir sua contagem) e corretamente destinados,
devendo ser seus certificados de destinação apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços.
Preferencialmente, os materiais plásticos devem ser destinados à reciclagem.

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão

O responsável deverá utilizar equipamentos que sejam compostos por materiais que não adsorvam,
absorvam ou liberem constituintes das ou para as amostras, sejam resistentes a ataques químicos
(corrosão das partes metálicas e deterioração das partes plásticas) e ataques biológicos e sejam
resistentes aos procedimentos de limpeza (produtos de limpeza específicos sucedidos por limpeza com
sabão neutro e água deionizada).

A amostragem por equipamento de baixa vazão deve ser precedida por purga de baixa vazão que
permita a coleta de amostras representativas. O procedimento de coleta da amostra deve ser iniciado
somente após a purga apresentar estáveis parâmetros monitorados (em tempo real) de turbidez,
condutividade, pH, oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox Potencial) da água. Três
leituras consecutivas devem apresentar variações máximas de ±0,1 para o pH, ±3% para a condutividade,
±10mv no potencial de redox e ±10% para oxigênio dissolvido e turbidez. O intervalo de tempo entre as
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 31

leituras deve variar em função da velocidade de bombeamento e pode ocorrer, no mínimo, a cada 1
minuto.
O equipamento deverá ter vazão de coleta máxima de 100ml/min e rebaixamento máximo de 10cm
na coluna d’água estabilizada (monitorada por equipamento denominado como Interface) durante o
bombeamento de coleta e purga. Durante o processo, não deverá haver distúrbio na coluna d’água de
forma a misturá-la (homogeneizar as zonas distintas) e provocar aumento de turbidez. A amostra deverá
ser coletada na metade da seção filtrante do poço, ou seja, a captação da bomba deve ser posicionada
nesse ponto indicado. As partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores à bomba, que entrarem em
contato direto com o líquido amostrado, devem ser sempre substituídas para cada ponto de coleta
durante o processo de amostragem. O frasco de coleta da amostra deve estar sempre em posição
anterior à bomba. Durante a coleta de amostra de água devem-se obter os valores de turbidez,
condutividade, potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução
(Redox Potencial) para cada amostra, devendo os dados ser inseridos no relatório.
Os resíduos gerados pela coleta devem ser identificados e corretamente destinados. Todas as partes
do equipamento (ex. mangueiras), anteriores à bomba, que entrarem em contato direto com o líquido
amostrado, utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados,
agrupados, destruídos e corretamente acondicionados e destinados, devendo ter seus certificados de
destinação apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais
plásticos devem ser destinados à reciclagem.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 32

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

3.10.2 Água Superficial e Sedimentos

3.10.2.1 Água Superficial

A coleta das amostras de água superficial será realizada com base no “Guia Nacional de Coleta de
Amostras” – CETESB e ANA, 2012. A coleta deverá ser realizada em embarcação adequada, caso
necessário, para o porte do corpo d’água em questão, sendo ancorada para coleta em cada ponto de
amostragem definido no modelo conceitual. Caso a época da amostragem, o corpo d’água em questão
tenha largura e profundidade que permitam a sua amostragem pelas margens, esta poderá ser realizada
desta forma.

A amostragem das águas superficiais será realizada por meio da inserção dos frascos de coleta na
água, na profundidade média de 25 a 30 cm da superfície ou ainda com o uso de amostradores
apropriados para coleta em profundidade. Deverá ser realizada a leitura dos parâmetros físico-químicos
(pH, condutividade elétrica, potencial de oxirredução, temperatura, e oxigênio dissolvido).

Após a coleta, os frascos foram devidamente identificados e posteriormente acondicionados em caixa


térmica com gelo, garantindo um ambiente com baixas temperaturas (4 oC ± 2) até o envio ao laboratório,
dentro do tempo de validade das mesmas.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 33

3.10.2.2 Sedimentos

A coleta de amostras de sedimentos deve ser realizada com base no “Guia Nacional de Coleta de
Amostras” – CETESB e ANA, 2012. O amostrador de fundo deve obter amostras representativas dos
sedimentos, sendo que a escolha do equipamento mais apropriado dependerá das características do
corpo d´água em questão no momento da amostragem, sendo considerado a princípio, os pegadores de
Ekman-Birge, Petersen e Van Veen®. A amostragem de sedimentos poderá ser realizada utilizando-se
pegadores ou testemunhadores (“core sampler” ou “corer”), que devem ser preferencialmente usados
sobre uma superfície de apoio (ex.: barco ou plataforma).

Durante a coleta, cada amostra deverá ser acondicionada em embalagem apropriada devidamente
identificada com etiqueta. Essas alíquotas serão destinadas às análises química e sedimentológica.

Após a coleta, os frascos serão devidamente identificados e posteriormente acondicionados em caixa


térmica com gelo, garantindo um ambiente com baixas temperaturas (4 oC ± 2) até o envio ao laboratório,
dentro do tempo de validade das mesmas.

3.10.3 Solo

3.10.3.1 Amostragem de Solo para Análise Química

As informações sobre o compartimento solo devem estar de acordo com a Norma ABNT NBR 15.492 -
Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental, bem como adequadas para possibilitar a
caracterização do comportamento dos contaminantes no meio físico, sendo necessário:

 Definir as dimensões da área de estudo com base no modelo conceitual da área;

 Executar o número suficiente de sondagens com distribuição adequada para o entendimento


espacial deste compartimento do meio físico;

 Executar sondagens ambientais até profundidades que permitam a caracterização detalhada dos
materiais que ocorrem em subsuperfície, identificando e procedendo a caracterização das
propriedades físicas do solo, como: classe textural, determinação estrutural, densidade,
porosidade, determinação dos agregados e definição da cor dos diferentes horizontes utilizando-
se da tabela Munsell para esta definição (BRADY, 2009);
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 34

 Quando disponíveis, verificar a consistência da interpretação dos dados geofísicos. Quando não
disponíveis, verificar a necessidade de realização de métodos não destrutivos de varredura
screening para maior detalhamento do entendimento da distribuição espacial dos materiais em
subsuperfície;

 Considerar na interpretação da geologia local, as características geológicas regionais,


estabelecendo de maneira clara as correlações texturais entre o que foi observado nas sondagens
e o que é descrito na literatura;

 Elaborar seções geológicas em número suficiente para caracterização do meio físico em


subsuperfície, considerando o sentido longitudinal e transversal do escoamento da água
subterrânea;

 Executar a determinação de granulometria, pH, potencial redox, fração de carbono orgânico,


capacidade de troca catiônica (CTC), densidade aparente, umidade, permeabilidade, porosidade
total e efetiva, para cada uma das camadas da zona não saturada1 representativas para a
caracterização do meio físico em subsuperfície, obtidas por meio de amostras indeformadas e
deformadas.

As informações do compartimento solo podem ser complementadas por meio de pesquisa


bibliográfica junto ao meio acadêmico e a outras fontes governamentais acessíveis, tais como CPRM -
Serviços Geológicos do Brasil (http://www.cprm.gov.br/), DNPM - Departamento Nacional de Pesquisa
Mineral (http://www.dnpm.gov.br/) e EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2006 e
2007).

Visando à adequada coleta das amostras significativas para a área de interesse, deverá ser
desenvolvido um plano de amostragem. Nele, deverão ser considerados:

 Local, número do projeto, data, nomes do chefe do projeto e do responsável pela amostragem;

 Localização dos pontos de amostragem;

1 Zona não Saturada: zona situada entre a superfície do terreno e o nível de água
subterrânea superficial.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 35

 Número e profundidade das amostras;

 Tipo de amostragem a ser desenvolvida (deformada ou indeformada);

 Técnicas de amostragem;

 Tipos de equipamentos a serem utilizados;

 Identificação dos pontos de amostragem e respectivas amostras;

 Tipos de análises;

 Técnicas de preservação de amostras;

 Laboratórios a serem enviadas as amostras e

 Descontaminação dos equipamentos envolvidos na amostragem.

3.10.3.2 Amostragem do material construtivo: lascas, varrição e secagem

A tomada de amostras do material construtivo de um imóvel ou edificação, segundo IHOBE (1998) e


EPA (1994), dependem basicamente das características físicas e do estado do material construtivo a ser
amostrado, bem como o poder de penetração que determinados grupos contaminantes possuem em
relação à porosidade e à dureza dos materiais construtivos a serem amostrados.

Estes métodos de amostragem podem ser utilizados para superfícies contaminadas por bifenilas
policloradas (PCB), Dioxinas (PCDD), furanos (PCDF), metais, amianto, cianeto, agrotóxico e outros grupos
contaminantes.

3.10.3.2.1 Amostragem por meio de lascas ou pedaços (chip test).

Esta técnica é indicada para se avaliar tanto contaminação superficial como em profundidade, em
materiais que tenham superfícies porosas (EPA, 1994).

Para se efetuar a amostragem, deve-se selecionar uma área e marcar um quadrado com dimensões
de 0,30 x 0,30 m.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 36

Utilizando-se um martelo manual ou elétrico e um formão (todos previamente descontaminados),


deve-se coletar uma amostra do material, no sentido horizontal e outra no sentido vertical, em
profundidade de 0,04 a 0,10 m, dentro do quadrado.

A amostra deverá ser coletada e envasada, segundo indicação do laboratório que irá proceder a
análise.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4oC, até o


envio ao laboratório e o preenchimento da cadeia de custódia.

3.10.3.2.2 Amostragem por meio de varrição (sweep test)

Se a suposta substância se encontra na forma de pó ou poeira, depositado sobre uma superfície


qualquer, preferencialmente na posição horizontal, deve-se varrê-lo utilizando para isto um pincel ou
escova, previamente descontaminados, e recolhê-lo no envase que o laboratório indicar.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4o C, até o


envio ao laboratório e deve-se preencher a cadeia de custódia.

3.10.3.3 Amostragem por meio de limpeza ou secagem (wipe test)

O procedimento básico de amostragem, por este método, em superfícies não porosas, se inicia
delimitando-se uma área de 0,30 x 0,30 m no objeto a ser amostrado.

Após a demarcação do local, toma-se um pedaço de gaze (descontaminada previamente) e embebe-


se com agente de extração adequado à substância.

Com a gaze molhada, deve-se limpar toda a área delimitada, com movimentos na posição horizontal e
depois na vertical, para se assegurar que toda a área foi limpa (amostrada). Esta gaze é envasada e levada
para análise.

É aconselhável a manutenção da amostra, em ambiente refrigerado com temperatura de 4oC, até o


envio ao laboratório e deve-se preencher a cadeia de custódia. É recomendável, para todos os testes, que
sejam tomadas amostras de branco.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 37

3.10.4 Análises Químicas

Para as amostras de água subterrânea e solo, destinadas ao mapeamento de plumas de


contaminação originadas nas fontes de contaminação identificadas no modelo conceitual da área em
estudo, deverão ser realizadas análises químicas para a determinação das concentrações de BTEX
(benzeno, tolueno, etilbenzeno e isômeros de xilenos) por cromatografia gasosa e HPA (Hidrocarbonetos
Aromáticos Policíclicos). Em função do modelo conceitual da área, poderão ser realizadas também
amostras de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) finger print, DRO ou GRO.
Os limites de quantificação deverão ser inferiores aos valores mais restritivos de referência
estabelecidos (devem ser considerados o CONAMA 420/2009, as listas da CETESB, Lista Holandesa e a lista
de órgão ambientallocal, se existir).
As amostras de água e solo deverão ser remetidas ao laboratório de análises químicas no prazo
máximo de 24 horas após a coleta. Durante o período de armazenamento e transporte das amostras do
campo para o laboratório, as mesmas deverão ser mantidas em recipientes térmicos, acondicionadas com
gelo, à temperaturade no máximo, 4 graus Celsius.
Serão coletados padrões brancos inicial e final, para cada dia de amostragem, antes do início e após o
término da amostragem de água. Também, deverá ser coletada e analisada uma amostra réplica de água
subterrânea em ponto definido pelo responsável técnico em campo, visando a avaliar a confiabilidade do
laboratório.

O laboratório deverá apresentar os resultados das análises de surrogates compounds. O critério de


aceitação e a taxa de recuperação dos surrogates deverão ser apresentados e interpretados pelo
responsável técnico. Os resultados das análises deverão estar acompanhados dos respectivos
cromatogramas. Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISSO – IEC
17.025, devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada a amostra, acompanhados da
ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelo laboratório no ato de recebimento das mesmas
e da cadeia de custódia referente às amostras coletadas, devidamente preenchidas e assinadas. Os
resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados por laboratórios de ensaio acreditados,
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 38

nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025, pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO ou outro organismo reconhecido por ele.
Os certificados de acreditação devem ser apresentados previamente ao início das atividades do
presente contrato. Tais certificados devem ser apresentados sempre que revalidados.

Para as análises químicas de POTABILIDADE, deverão ser realizadas análises dos seguintes
parâmetros: Al, Amônia, cloreto, dureza, Fe, Mn, Na, Sólidos Dissolvidostotais, sulfato, sulfeto de
hidrogênio, surfactantes, Zn, pH, temperatura, OD, turbidez, condutividade elétrica, coliformes totais e
fecais.

Para as análises químicas de EFLUENTES deverão ser realizadas análises dos seguintes parâmetros:
pH, temperatura, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, DQO, DBO5, Surfactantes e O&G (óleos e
graxas).

Para as análises de Metais em solo e água deverão ser realizadas análises dos seguintes metais:
Alumínio, Antimônio, Arsênio, Bário, Boro, Cádmio, Chumbo (Total, Orgânico e Inorgânico), Cobalto,
Cobre, Cromo (Total e Hexavalente), Ferro, Manganês, Mercúrio (Total, Orgânico, Inorgânico),
Molibdênio, Níquel, Prata, Selênio, Vanádio e Zinco.

Se após o desenvolvimento dos poços for detectado produto em fase livre, o cliente deve ser
comunicado imediatamente. Devem ser inseridos, como anexos, as cadeias de custódia, completamente
preenchidas, bem como as fichas de recebimento das amostras pelos laboratórios. Caso haja exigência,
devem ser informados os cadastramentos dos laboratórios nos órgãos ambientais, bem como apresentar
documento de responsabilidade técnica do órgão de classe competente dos responsáveis técnicos pelos
laboratórios (ART ou equivalente). Devem ser entregues junto aos relatórios, as vias originais dos laudos.
O responsável deverá obter junto aos laboratórios que usar e fornecer, os dossiês de validação para cada
parâmetro analisado.
Os laudos devem apresentar os limites de detecção e quantificação dos parâmetros analisados, bem
como o método analítico utilizado. Quando as análises se destinarem aos serviços de investigação
confirmatória, conforme DDs 103/2007 e 263/2009 da CETESB, a contratada deverá informar, em no
máximo 2 dias úteis após a data de emissão do laudo, a existência de resultados com concentrações
acima dos padrões legais aplicáveis.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 39

Em função do Modelo Conceitual da Área, o responsável técnico deverá coletar amostras para
análises químicas de todas as substâncias descritas nos sub-grupos existentes na Resolução CONAMA
420/2009, para cada item específico. Por exemplo, deverão ser realizadas análises químicas na água das
seguintes substâncias: Cloreto demetileno, clorofórmio e tetracloreto de carbono.

Todos os pontos onde ocorrerem medições (coleta de amostras diversas, leitura direta de dados, etc)
deverão ser georreferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.
Especial atenção deve ser dada aos pontos de medição tais como: coleta de amostrasem águas
superficiais, efluentes e outros similares onde ocorram coleta de dados/amostragens.

3.11 Tamponamento de Poços

O poço de monitoramento ou de remediação deverá ser preenchido com material inerte de baixa
permeabilidade (bentonita umedecida ou calda de cimento). Deverá ser contemplada a remoção da
câmara de calçada e o preenchimento com concreto, na espessura mínima de 50 cm abaixo do piso, o
qual deverá ser reconstituído de acordo com o existente no local.

3.12 Execução de Ensaios do tipo Slug Test

Os ensaios de permeabilidade serão executados nos furos de sondagens e/ou nos PMs, PBs, PEs e PIs
e em conformidade com as diretrizes da ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia) contidas
no boletim vigente.
Nas sondagens revestidas, sem a instalação dos poços, o trecho de ensaio corresponderá ao intervalo
entre o final do revestimento e o fundo do furo e no caso de ser executado em PMs, PBs, PEs e/ou PIs, o
trecho de ensaio corresponderá ao comprimento do filtro.

Procedimento para execução de ensaios de infiltração à carga constante:

 Enche-se o furo com água até a boca, tomando-se este instante como tempo zero.

 O nível de água no furo deve ser mantido constante, alimentado por uma fonte apropriada,
medindo-se o volume de água introduzido durante um certo intervalo de tempo (vazão).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 40

 É aconselhável a elaboração de um gráfico onde sejam lançados na abscissa, o tempo e na


ordenada, o volume acumulado ou vazão. Tal gráfico possibilita a observação da estabilização da
vazão, que é caracterizada por uma reta. Essa é a vazão que será utilizada no cálculo da
permeabilidade (vazão constante).

 Pode-se estimar um tempo médio de 30 minutos por ensaio, não ultrapassando 60 minutos.
Procedimento para execução dos ensaios de rebaixamento à carga variável:

 Enche-se o furo até a boca, tomando-se este instante como tempo zero. Nos ensaios realizados
tanto acima e abaixo do nível d’água do terreno, o nível d’água do furo deve ser mantido na boca,
estável por cerca de 10 minutos para saturação.

 Interrompe-se o fornecimento d’água, e a intervalos curtos no início e mais longos em seguida,


por exemplo, 15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, 5’, etc., acompanha-se o rebaixamento do nível d’água no
furo. O ensaio será dado por concluído quando o rebaixamento atingir 20% da carga inicial
aplicada ou 30 minutos de ensaio, não ultrapassando 120 minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de recuperação:

 Os ensaios serão executados mediante a extração de água e posterior monitoramento da


recuperação do nível de água em intervalos de tempo pré-definidos. Para o tratamento dos dados
pode ser utilizada a Equação de Hvorslev ou por outro método definido.

 O ensaio será considerado concluído quando a coluna de água do poço atingir 80% de
recuperação em relação ao nível estático medido no início da extração de água do poço.

Execução e acompanhamento dos ensaios no campo:

 Para o acompanhamento adequado dos ensaios, os dados de campo devem ser lançados em uma
tabela, conforme modelo da ABGE.

 As medições da variação do nível d’água, quando da realização dos ensaios, devem ser
necessariamente, efetuadas com medidor de nível d’água elétrico.

Ao final deverá ser calculado o coeficiente de permeabilidade.


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 41

3.13 Teste de Bombeamento

Os testes de bombeamento escalonado serão executados em 4(quatro) etapas com duração de


3(três) horas em cada etapa, podendo ter uma duração de até 24 horas à vazão máxima. Será realizada a
determinação das características hidráulicas do poço e das condições de explotação do aquífero (Vazão
Ótima de Explotação, Equação de Rebaixamento e Equação do Poço). Ao término do ensaio de
bombeamento escalonado, deve se proceder a execução do ensaio de recuperação do poço de
bombeamento, para o cálculo do coeficiente de permeabilidade. O relatório de testes de bombeamento
deverá conter, no mínimo: os resultados obtidos e a metodologia aplicada.
O ensaio de aquífero deve ser realizado à vazão constante. As medidas de rebaixamento devem ser
efetuadas nos PIs (Poços de Injeção), PBs (Poços de Bombeamento) e PMs (Poços de Monitoramento)
próximos, em número mínimo de 02 poços de observação. Os dados do ensaio devem ser interpretados
pelo método bi-logarítmico, em regime de não equilíbrio de Theis e pela aproximação logarítmica de
Jacob.

Será realizada a determinação das características hidráulicas e hidrodinâmicas do aquífero, a saber:

 Coeficiente de Transmissividade (T);

 Coeficiente de Armazenamento (S); e

 Raio de Influência R.

Ao término do ensaio de aquífero, deve-se proceder a execução do ensaio de recuperação do poço


de bombeamento, para o cálculo do coeficiente de permeabilidade.

3.14 Levantamento Topográfico

Os serviços topográficos devem contemplar o levantamento planialtimétrico com locação e


determinação das cotas altimétricas das sondagens, poços de monitoramento/bombeio/injeção, pontos
de captação de água, rede de interferências elétrica, água, esgoto, telefonia e gás etc.), equipamentos,
edificações, vias de acesso, vizinhanças, cursos d’água, áreas sensíveis, tancagem aérea e subterrânea,
redes de extração, caixas separadoras, canaletas perimetrais, etc. Também devem ser indicados os níveis
topográficos de interesse.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 42

A escala a ser utilizada para a confecção das plantas planialtimétricas e a área a ser levantada serão
definidas pela contratante, em comum acordo com a empresa contratada. Deverá ser apresentada
planilha contendo os dados de campo obtidos no levantamento. Este tópico deve estar claramente
indicado na ART do relatório, quando realizado.

Deverá ser considerado o georeferênciamento, em coordenadas UTM. Os levantamentos devem ser


realizados com Estação Total ou Teodolito, com precisão de até 20“, régua graduada e balizas. Não será
permitida a utilização de GPS para o levantamento topográfico.

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos

As amostras de água devem ser analisadas para determinação dos parâmetros Fe++ e Fe+++. Sempre
que possível os parâmetros devem ser avaliados em campo.

Devem ser feitas no mínimo 3 amostras por local investigado.

Deve ser determinado o parâmetro fração de Carbono Orgânico através de no mínimo 2 amostras.
Devem ainda ser coletadas amostras do material que compõe as camadas representativas do
solo/rocha/sedimento/aterro para determinação de granulometria, densidade, umidade, porosidade total
e porosidade efetiva, num total de 4 amostras. Os dados obtidos devem ser avaliados em relação à
literatura para cada tipo de solo.

Devem ser também coletadas amostras em horizontes distintos de solo para a quantificação da fração
de carbono orgânico, contemplando a área contaminada e ponto de background da área.

Os procedimentos de coleta, manuseio, preservação, armazenamento e transporte, serão


determinados pelo responsável conforme normalização nacional e internacional aplicável.

Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISO – IEC 17.025,
devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada a amostra, acompanhados da ficha de
recebimento de amostras (checklist) emitida pelo laboratório no ato de recebimento das mesmas e da
cadeia de custódia referente às amostras coletadas, devidamente preenchidas e assinadas.

Os resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados por laboratórios de ensaio
acreditados, nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025, pelo Instituto
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 43

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO ou outro organismo


reconhecido por ele.

Todos os pontos onde ocorrerem coleta de amostras e medições deverão ser georreferenciados. As
coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).
Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Orgânicos Voláteis (COV).

Os trabalhos de Monitoramento de Explosividade e COV deverão obedecer ao procedimento


específico do Órgão de Controle local. Quando não houver, será adotado o Procedimento “Identificação
de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de
Combustíveis - SASC” da CETESB, considerando as determinações mais restritivas contidas nesta
Especificação de Serviços ou atender a norma técnica específica vigente.

No caso da medição de explosividade, de COV e avaliação quanto à presença de produto


(Combustíveis) e água em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e telecomunicações, etc.),
câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no empreendimento e em seu entorno,
num raio de 100 metros, deve-se indicar no croqui e listar em tabela os pontos medidos, identificação dos
pontos de captação de água (cursos d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a
verificação dos mesmos quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados
construtivos, uso da água, vazão captada e perfil litológico do poço.
Classificação (com justificativas) do local conforme ABNT NBR 13.786, apresentando mapa de
ocupação do entorno, no raio de 100m (ou conforme definição do órgão ambiental local), em escala
compatível, detalhando adequadamente o entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR
13.786, uso e ocupação das áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).
Todos os pontos monitorados deverão ser georreferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no
site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser
realizadas por meio de Estação Total. Apresentação de relatório conclusivo contendo os resultados das
avaliações acima e a caracterização da extensão da contaminação considerando-se, sempre que possível,
o tipo de contaminante, as condições do meio e as limitações técnicas do local, tais como solo,
edificações, espaço físico para instalação de equipamentos, dentre outras.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 44

O equipamento a ser utilizado para medição das concentrações dos compostos orgânicos voláteis
deve ter condições de medir, no mínimo, até a concentração de 10.000 ppm e realizar as medições com
eliminação de metano. Tais equipamentos deverão possuir certificado de calibração emitido por
laboratório credenciado pela Rede Brasileira de Calibração. O certificado deve acompanhar o
equipamento com as equipes de campo e estar dentro do prazo de validade quando da execução de cada
um dos serviços. O equipamento de medição dos COVs deve ser totalmente limpo e descontaminado ao
término de cada medição de concentrações.

PARTE 2

REMEDIAÇÃO AMBIENTAL
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 45

4 PARTE 2 - PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL

4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação

4.1.1 Ensaio Piloto

Os Ensaios Piloto terão por objetivo avaliar, por meio de simulação no local a ser remediado, as
técnicas de remediação previamente a sua implantação. O evento do ensaio piloto deverá servir também,
para que sejam feitos todos os levantamentos de infra-estrutura necessários à adequada elaboração do
projeto executivo.

4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediação por Extração Multi-Fásica:

Deverá ser instalado um poço de extração e no mínimo, três poços de verificação, a uma distância de
1m, 3m e 10m do poço de extração, não alinhados, para determinação da viabilidade de aplicação e dos
parâmetros de operação da técnica de remediação por MPE para remediação da água subterrânea e solo
até que sejam atingidas as metas estabelecidas para o caso em questão. Também, deverá dimensionar a
unidade de Extração Multifásica, assim como unidades de tratamento de água e vapor.
Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários uma unidade móvel de MPE,
equipada de bomba a vácuo de no mínimo 10 HP, uma unidade separadora de água e óleo com placas
coalescentes, uma unidade de tratamento de água com carvão ativado e uma unidade de tratamento de
ar, assim como os medidores de nível d’água, medidores de vazão de vapores, detector de gases
combustíveis, manômetro(s), vacuômetro(s), mangueiras, fiação elétrica, disjuntores, conexões e demais
acessórios necessários à execução dos ensaios.
A primeira etapa do piloto consiste em um teste inicial para a determinação dos parâmetros de
funcionamento ou seja, para a determinação da sucção máxima de operação, que é possível obter na
parte superior do tubo de aspiração (e não na cabeça do poço). A duração mínima desta etapa é de 4
horas. A segunda etapa do piloto consiste em um ensaio em patamares, visando à determinação da vazão
ótima de sucção do sistema. O ensaio deverá ser executado em três patamares até que as condições de
equilíbrio sejam estabelecidas, com duração mínima de 8 horas para cada patamar. Em
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 46

cada patamar, deverão ser aplicados os seguintes valores de sucção: (1) no primeiro patamar deverá ser
aplicado ¼ da sucção máxima, (2) no segundo patamar, deverá ser aplicado ½ da sucção máxima e (3) no
terceiro patamar, deverão ser aplicados ¾ da sucção máxima. O sistema deve ser interrompido entre cada
patamar para que as condições iniciais sejam reestabelecidas ou 80% do nível d’água tenha sido
recuperado.
A partir desta etapa, será determinada a sucção otimizada do sistema, que consiste em: (1) que
não haja perda de sucção devido à formação de uma coluna d’água estagnante no tubo de aspiração; (2)
uma recuperação máxima do produto em fase livre; (3) que não ocorra uma recuperação importante de
água no poço; (4) que não promova o carreamento de partículas finas no poço no tubo de aspiração. A
etapa final do teste consiste na execução de um teste pneumático de longa duração, utilizando a sucção
otimizada do sistema, conforme determinado na etapa anterior e posicionando o tubo de aspiração na
zona não saturada. A duração mínima desta etapa é de 12 horas.
Medidas de nível d’água, espessura da lâmina de produto (eventuais) e vácuo
devem ser efetuadas nos PMs envolvidos no ensaio antes e durante o mesmo. Medidas de vácuo devem
ser efetuadas nos tubos de aspiração e na cabeça do tubo do poço nos Poços de Extração Muntifásica
(PEMs) envolvidos no ensaio, antes e durante o mesmo. Medidas de vácuo, vazão de ar, concentrações de
gases combustíveis, taxa de recuperação e volume cumulativo de água recuperada, assim como taxa de
recuperação e volume cumulativo de produto recuperado, devem ser efetuadas na unidade de MPE antes
e durante o ensaio. As medições devem ser executadas na seguinte frequência: a cada 30 minutos nas
quatro primeiras horas (0 - 4 hs) de ensaio e a cada hora a partir de então.
As medições devem ser executadas através de conexões seladas, de maneira a não permitir a
troca de ar entre o interior dos poços e a atmosfera durante a execução do monitoramento. Os poços
devem permanecer totalmente fechados durante o ensaio de maneira a evitar entrada de ar atmosférico
para o sistema.
Deverão ser determinadas as características do aquífero (permeabilidade, raio de influência,
vazão de extração de água subterrânea, vazão de extração de vapores, taxa de remoção de produto
sobrenadante (eventual), taxa de remoção de vapores orgânicos, etc.). Deverá ser emitido um relatório
contendo as planilhas dos dados obtidos, cálculos, resultados e conclusões do ensaio. Deverá ser incluído
um sistema de tratamento de vapores provenientes da extração durante o ensaio piloto, bem como o
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 47

monitoramento da eficiência deste sistema. Deverão ser apresentados critérios baseados em legislação
aplicável para as emissões atmosféricas. Na ausência de referências nacionais do órgão vigente, deve-se
usar referências internacionais.
O efluente proveniente do bombeamento durante o ensaio, será direcionado para a unidade
separadora de água e óleo com placas coalescentes e posteriormente, para a unidade de tratamento com
carvão ativado e então, descartado preferencialmente, na rede de esgotos. Este resíduo deverá atender
aos limites estabelecidos pelo órgão ambiental local na saída do sistema.
O acabamento final dos PEMs terá proteção sanitária em concreto armado, caixa de alvenaria
quadrada, com aro e tampa metálicas de dimensões 0,60 metros x 0,60 metros ou em manilha de
concreto com tampa metálicas circulares, ambas reforçadas para suportar tráfego de veículos pesados.

4.1.1.2 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Extração de Vapores (SVE)

Deverão ser instalados, no mínimo, três poços de verificação a uma distância de 1m, 3m e 10m do
poço de extração, não alinhados, para determinação da viabilidade de aplicação e dos parâmetros de
operação da técnica de remediação por SVE para remediação de solo até que sejam atingidas as metas
estabelecidas para o caso em questão. Também deverá ser dimensionada a unidade de Extração de
Vapores, assim como unidades de tratamento.
Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários uma unidade móvel de SVE,
construída para este fim, equipada de um soprador de, no mínimo, 2 HP, condensador, uma unidade de
tratamento de ar com carvão ativado, assim como os medidores de nível d’água, medidores de vazão de
vapores, detector de gases combustíveis, manômetro(s), vacuômetro(s), mangueiras, fiação elétrica,
disjuntores, conexões e demais acessórios necessários à execução dos ensaios. O ensaio deverá ser
executado até que as condições de equilíbrio sejam estabelecidas, com duração mínima do ensaio de 6
horas.
O ensaio deverá ser executado em três estágios de vazão e pressão, devendo ser estabelecidas
condições de equilíbrio nos três estágios. São sugeridas as vazões de 15 m3/h, 30 m3/h e 45 m3/h,
respeitando-se o vácuo máximo de 1,0 mca (metros de coluna d’água) no Poço de Extração de Vapores.
Deverão ser executadas as medidas de vácuo, concentração de vapores e de oxigênio gasoso no Poço de
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 48

Extração de Vapor (PEV) e adicionalmente a esses parâmetros, o nível d’água nos PMs, antes do início do
ensaio e a cada 30 minutos após o início deste.
As medições deverão ser executadas através de conexões seladas, de forma a não permitir a troca
de ar entre o interior dos Poços e a atmosfera durante a execução das determinações. Portanto, durante
a execução do ensaio, os Poços deverão permanecer totalmente fechados, evitando a entrada de ar
atmosférico para interior do sistema de ensaio. Durante a execução do ensaio, não será permitida a
captação de água do aquífero, bem como deverá ser evitada a elevação excessiva do nível d’água no PEV,
ficando estabelecidas as elevações máximas de 0,5 metro.
Deverá ser incluído um sistema de tratamento de vapores provenientes da extração durante o
ensaio piloto, bem como o monitoramento da eficiência deste sistema. Deverá ser emitido um Relatório
do ensaio de extração de vapores contendo as planilhas, cálculos, resultados e conclusões do teste.

4.1.1.3 Ensaio Piloto para Sistema de Remediação por Injeção de Ar (IAS)

Deverá sempre ser realizado em conjunto com SVE, por considerações de segurança. O ensaio
piloto de SVE deve ser efetuado visando à determinação da viabilidade de aplicação e dos parâmetros de
operação da técnica de remediação por IAS para a remediação da água subterrânea até que sejam
atingidas as metas estabelecidas para o caso em questão.
Deverão ser instalados, no mínimo, um poço de injeção de ar (PIA), 3 poços de monitoramento
com o filtro instalado na zona saturada e não saturada (poço não afogado), assim como três sondas
multiníveis (3 níveis cada) para medição de gás e pressão na zona vadosa. Também deverá ser
dimensionada a unidade de Injeção de ar.
O ensaio de injeção de ar deverá ser executado em três estágios correspondentes a três
condições de vazão e pressão, devendo ser estabelecidas condições de equilíbrio nos três estágios. O
ensaio de injeção de ar deverá ser realizado até que as condições de equilíbrio sejam estabelecidas.
Para a execução do ensaio piloto será necessário uma unidade de injeção de ar equipada com um
compressor de ar, capaz de fornecer uma capacidade mínima de vazão de injeção de ar de 20 SCFM
(34Nm3/h), respeitando-se a pressão máxima de 15psi no Poço de Injeção de Ar. Durante a execução do
ensaio piloto de injeção de ar, deverão ser executadas para a 1ª hora a cada 30 minutos e depois a cada
hora, as seguintes medidas: (1) nos PMs: as medidas de nível d’água, pressão, vazão de entrada passiva
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 49

de ar no poço, oxigênio dissolvido; (2) nas sondas multiníveis: pressão, concentração de vapores e
oxigênio gasoso e (3) nos poços de extração de ar: concentração de vapores e vazão de ar. Estas medidas
devem ser realizadas antes do início do ensaio e após o início, conforme acima. Deverão ser executadas
medições de vazão de injeção de ar e pressão no PIA a cada 15 minutos até a estabilização da vazão e a
cada hora depois, durante o ensaio. As medições deverão ser executadas através de conexões seladas, de
forma a não permitir a troca de ar entre o interior dos Poços e a atmosfera durante a execução das
determinações. Portanto, durante a execução do ensaio, os Poços deverão
permanecer totalmente fechados, evitando o vazamento de ar comprimido para aatmosfera.
O sistema de extração de vapores ou de extração multifásica, caso exista no local, deverá
permanecer em operação durante todo o ensaio piloto de injeção de ar para promover a captação do ar
injetado no aquífero. Caso nenhum sistema de extração de vapores exista no local, um sistema de SVE
temporário deverá ser operado durante a
realização do ensaio.Deverão ser determinadas as características do aquífero, como o raio de influência e
decorrente taxa de injeção de ar, pressão de injeção de ar, concentração de COVs nos vapores oriundos
da injeção de ar, alterações na concentração de oxigênio dissolvido na água subterrânea, influência no
nível d’água subterrâneo, etc. Deverá ser emitido um Relatório do ensaio piloto contendo as planilhas,
cálculos, resultados e conclusões do teste.

Detalhe de Cabeçote para Ensaio Piloto Detalhe de Teste Piloto de sistema de Remediação
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 50

4.1.1.4 Ensaio piloto para Sistema de Bombeamento (Extração de fase Livre)

Um poço de bombeamento com no mínimo 4” de diâmetro (sondagem de no mínimo 8”) será


necessário para a realização do ensaio. Esse poço deverá ter uma seção filtrante, com no máximo 4m
abaixo do nível d’água.
Para a execução do ensaio piloto de bombeamento, é possível a utilização dos poços existentes na
área como poços de bombeamento e de monitoramento. Deverá ser observado o seu perfil construtivo e
posicionamento relativo. Caso não existam poços já instalados que viabilizem a adequada execução do
ensaio, deverá ser instalado, no mínimo, 1 (um) poço de bombeamento e no mínimo 1(um) poço de
monitoramento.
Para a execução do ensaio piloto de remediação, serão necessários os equipamentos medidores
de nível d’água, medidores de vazão, manômetros, mangueiras, fiação elétrica, disjuntores, conexões e
demais acessórios necessários à execução dos ensaios. O ensaio deverá ser executado em regime de
carga constante, em duas etapas. Na primeira etapa, são sugeridos três estágios de rebaixamento de 0,5
m, 1,0 m e 2,0 m nos Poços de Bombeamento e correspondentes condições de vazão, devendo ser
estabelecidas condições de equilíbrio nos três estágios. De acordo com as condições do aquífero, estes
parâmetros podem ser alterados.
A segunda etapa é o ensaio de longa duração. Este deve ser realizado com uma vazão de
operação constante (vazão ótima), determinada durante a primeira etapa do ensaio. O ensaio deverá ser
executado até que as condições de equilíbrio sejam estabelecidas, com duração mínima de 12 horas. O
tempo de ensaio será determinado de acordo com as condições do aquífero.
Medidas de nível d’água, espessura aparente da lâmina de produto (eventuais) devem ser
efetuadas no Poço de Bombeamento (PB) e nos Poços de Monitoramento envolvidos no ensaio antes do
início do ensaio. Após o início do teste, a vazão e o devem ser medidos nos poços de Bombeamento a
cada 15 minutos até que seja atingida a estabilização e a cada hora, nas horas a partir de então. O nível
d’água deverá ser medido continuamente nos Poços de Monitoramento (PMs), com a utilização de
medidores eletrônicos de nível.
Deverá ser considerado um sistema de tratamento da água bombeada durante o ensaio piloto,
bem como um planejamento de monitoramento da eficiência deste sistema considerando a redução de
concentração de TPH para padrões de emissões de efluentes. O efluente proveniente do bombeamento
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 51

durante o ensaio, será direcionado para a unidade separadora de água e óleo e a partir desta separação,
para a unidade de tratamento com carvão ativado e então, descartado preferencialmente, na rede de
esgotos ou na caixa separadora do empreendimento, desde que atenda os padrões de emissões de
efluentes indicados pelo órgão ambiental competente. O descarte em rede pluvial ou infiltração no solo
não são permitidos.
O acabamento final dos poços terá proteção sanitária em concreto armado, caixa de alvenaria
quadrada, com aro e tampa metálicas de dimensões 0,60 metros x 0,60 metros ou em manilha de
concreto com tampa metálicas circulares, ambas reforçadas para suportar tráfego pesado.
Deverão ser determinadas as características do aquífero: raio de influência, vazão de extração de
água subterrânea, taxa de remoção de eventual produto sobrenadante etc.). Caso não existam dados
relativos de permeabilidade, um ensaio também deve ser realizado. Deverá ser emitido um relatório
contendo as planilhas dos dados obtidos, cálculos, resultados e conclusões do ensaio.

4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Aquisição de Dados

A tabela a seguir apresenta a compilação dos dados necessários a serem obtidos para subsidiar a
realização do Ensaio Piloto para Oxidação Química e a aplicação de agente oxidante.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 52

Parâmetro Qualidade Critério de Observação


Solo Água Medição
2 análises por
sondagem, 3
sondagens por site
6 6 Por item específico (sondagem
TOC
também por item
específico).
DQO 0 3 Incluso no Item
Eh e OD 0 TODOS PMs Por item específico
pH 6 TODOS PMs Incluso no Item
Condutividade elétrica 0 TODOS PMs Incluso no Item
Item Monitoramento
de
COV, LIE 0 0 Por item específico
Explosividade e COV
Fe²+, Fe³+, Fe Total,
3 3 Por item específico
Mn²+
Alcalinidade
0 3 Incluso no Item
A ser efetuado no
material
extraído em cada
Classificação sondagem
Granulométrica, realizada, efetuando
Físicoquímica um
3 0 Incluso no Item
e mineralógica, tratamento estatístico
incluindo Porosidade que
Total e Efetiva represente o site da
melhor
forma

Visando a garantir a segurança da aplicação do agente oxidante, deverão ser considerados entre
outros: a presença e localização de interferências subterrâneas e aéreas, poços de captação de água
subterrâneas, fossas e sumidouros, entre outros. Todos os dados obtidos neste item deverão compor um
relatório de ensaio piloto de remediação por oxidação química, o qual deverá desenvolver análise
integrada de todos os parâmetros, concluir sobre a possibilidade de aplicação da técnica e direcionar a
execução do Ensaio Piloto de Oxidação Química.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 53

4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Testes de Bancada

O serviço consiste em realizar um ensaio laboratorial (de bancada), no qual deverá definir a
aplicabilidade da técnica oxidação química ao caso em questão.
Com base nos dados obtidos no ensaio de bancada e dos dados de caracterização, caso a técnica
seja aplicável, deverão ser definidos: o agente oxidante a ser utilizado; eventuais co-produtos; forma de
aplicação (por gravidade ou sob pressão); concentrações de aplicação; estado físico do produto; as
formulações; a(s) massa(s) de produto(s) aplicado(s); os pontos de aplicação; o número de campanhas e
demais parâmetros necessários para a aplicação.
Sendo aplicável, deverá ser desenvolvido o Projeto Executivo de Remediação por oxidação
química. O Projeto Executivo deverá desenvolver análise integrada dos resultados do ensaio, a aplicação
desta técnica, parâmetros e cronograma de execução da remediação por oxidação química.
Os ensaios deverão se basear em normas brasileiras. Quando não disponíveis, deve-se usar
internacionais. O Relatório de Ensaio Piloto contemplando o memorial descritivo da remediação
ambiental (critérios e padrões pertinentes ao projeto executado; descrição detalhada das medidas de
remediação e da tecnologia a ser adotada; plano de operação e manutenção, monitoramento e
contingência; plano de saúde e segurança), deverá ser submetido à aprovação, previamente à
implantação do sistema.

4.1.2 Projeto Executivo de Remediação

O Projeto Executivo deverá ser elaborado para cada local e deverá ser feito um projeto específico
de implantação, incluindo uma planta de classificação de áreas, considerando o layout da instalação
existente e os equipamentos que serão instalados.
No que diz respeito à infra-estrutura, o projeto do Sistema de Remediação, deverá contemplar o
seguinte:
 Projeto elétrico com as ARTs da fabricação e da instalação do sistema, atendendo às normas
e legislações vigentes (ver listagem de referência). Neste projeto, deverá constar a
classificação das áreas (devido à atmosfera explosiva de gás) do local em questão,
considerando também a classificação gerada pelos componentes dos sistemas de
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 54

remediação ambiental. Para os sistemas móveis, deverá ser apresentado o projeto executivo
de elétrica e ART da fabricação e montagem do mesmo. Observar que estas ARTs deverão ser
assinadas por profissional habilitado para tal atividade.
 Deve-se atentar para a instalação dos equipamentos em área já classificada por outros
elementos existentes no local e também, para os elementos integrantes do sistema que
movimentem ou armazenem produto, os quais também classificam áreas (CSAO, Bombas,
Poços, Filtros de Carvão, reservatórios, carrinhos, abrigos, etc).
 Não serão permitidos equipamentos elétricos de uso geral para uso em áreas classificadas
(tomadas, fios, quadros, conduítes, painéis, medidores, etc). Devem ser aplicadas unidades
seladoras nas caixas de ligação dos equipamentos ou mesmo na transição entre áreas
classificadas e não classificadas.
 Os equipamentos e materiais que compõem o sistema deverão ser devidamente aterrados.
Preferencialmente, interligando a malha de aterramento existente na base, terminal ou
posto de serviço a ser implantado o sistema. Para os sistemas que utilizem o vácuo, o vaso de
expansão deverá ser construído para atender a faixa de operação requerida, o que deverá
ser comprovado por placa de fabricação. Não será permitido o uso de recipientes
inadequados para esse uso, ou seja, que não tenham sido projetados e construídos para este
fim. Deverá ser apresentado o certificado de teste conforme requerido pelas normas,
notadamente a NR13 do MTE.
 As tubulações deverão atender a esta especificação, não sendo aceitável o uso de
mangueiras de plástico, tubos e válvulas de PVC (água ou esgoto) para uso com produtos
inflamáveis e/ou combustíveis. Os abrigos (container ou estruturas de alvenaria) onde ficam
os sistemas de remediação devem ser instalados em bacias de contenção estanques e com
capacidade adequada para conter eventuais vazamentos, devendo possuir sensores para
evitar transbordamento da mesma (desligar o sistema em caso de enchimento da bacia).
 Os abrigos e bacias devem considerar em seu projeto a correta estocagem dos materiais
utilizados no processo bem como na estocagem de resíduos, atendendo às normas e
legislações vigentes. Deve ser avaliada e prevista no projeto a capacidade máxima de
estocagem dos resíduos e materiais para o correto dimensionamento dos abrigos e bacias de
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 55

contenção. Deve ser considerada também, a correta estocagem dos resíduos gerados
durante a operação do sistema (carvão ativado, plásticos, bailers, etc), em conformidade com
as normas e legislações vigentes, devendo os recipientes para tal serem devidamente
identificados e pintados.
 Os pontos de lançamento de gases dos equipamentos devem ser instalados em área aberta,
em altura adequada, que não cause incômodo às pessoas e à vizinhança e devem possuir
filtro de carvão ativado que garanta a redução de odores e a emissão de compostos
conforme escopo de contrato (e atendimento à legislação local). Deverá constar no projeto a
classificação da área em torno dos pontos de lançamentos de gases.
 Deve ser observado, quando da definição do local de instalação dos sistemas, o tipo de rede
elétrica no entorno e o uso da mesma. Idem para a questão da iluminação na área. Havendo
necessidade de iluminação nos abrigos dos sistemas, deve-se considerar a necessidade desta
ser adequada para ambientes classificados.

Material a ser utilizado nas instalações:


 Hidráulica:Tubos NBR 5.590 SCH80 extremidade em rosca NPT conforme NBR 12.912,
paradiâmetros de 1/2" até 1 1/2", acima deste tamanho SCH 40. Para tubulações aéreas,
usar pintura. Para tubulações subterrâneas, galvanizado usar revestimento externo à base
Coal Tar Epóxi ou PEAD com revestimento de nylon, conforme recomenda a NBR-14.722.
 Conexões em Ferro maleável preto ou galvanizado, conforme NBR 6.925 classe 300libras,
com rosca NPT conforme NBR 12.912, para diâmetros de 1/2" até 1 1/2", acima deste
tamanho, classe 150 libras. Válvulas de gaveta/esfera/retenção em aço forjado NBR
13.182, corpo, tampa e castelo em aço ASTM A105 e internos em ASTM A182-F6a, classe
300 ou 150, conforme a tubulação aplicada (ver acima). As mangueiras deverão ser
apropriadas para uso em derivados de petróleo e preparadas para uso em pressão e
vácuo.
 Elétrica:
o Em área não classificada:
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 56

Eletroduto de aço carbono conforme NBR 5.624 (eletrodutos rígidos de aço-


carbono, com rosca NBR 8.133, fabricados com tubos com costura, com revestimento
protetor, que têm a finalidade de proteger os condutores elétricos).

o Em área classificada:
Eletroduto de aço carbono galvanizado conforme NBR 5.597, rosca NPT
(eletrodutos de aço-carbono fabricados com tubos com ou sem solda longitudinal, com
revestimento protetor, utilizados para proteção de condutores elétricos, cabos de
comunicação, transmissão de dados e similares e seus acessórios (luvas, curvas e niples).
o Caixas de passagem em zona 1 devem ser à prova de explosão conforme NBR
IEC60.079-14 e em zona 2 grau de proteção mínimo IP 54 conforme NBR 6.146.
o Eletrodutos flexíveis à prova de explosão devem atender NBR IEC 60.079-14
o Os quadros e painéis situados em áreas classificadas (zona 1) devem ser à prova
de explosão conforme NBR IEC 60079-14
o Tomadas devem ser à prova de explosão ou com segurança aumentada em áreas
zona1 ou zona 2 conforme NBR IEC 60079-14.

Obs: O uso de unidades seladoras deverá atender ao previsto em norma, isto é, uso emt
ransição de áreas ou nas chegadas a invólucros à prova de explosão contendo chaves,
disjuntores, relês, fusíveis, resistores ou outros equipamentos que possam produzir arcos,
centelhas ou altas temperaturas.

Legislação Aplicável e Normas de Referência (em última versão):


- NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
- NR 13 - Caldeiras e Vasos sob pressão
- Portaria INMETRO 83-2006-Avaliação de Conformidade de Equipamentos Elétricos para
atmosferas potencialmente explosivas
- ABNT NBR 14.639 - Posto de Serviço - Instalações Elétricas
- Norma Petrobras N-2167 - Classificação de áreas para instalações elétricas em unidades
- ABNT NBR 5.410 - Instalações Elétricas
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 57

- ABNT NBR 5.419 - Proteção de estruturas contra descarga atmosférica


- ABNT NBR IEC 60079
- ABNT NBR IEC 60079-2
- ABNT NBR IEC 60079-10
- ABNT NBR IEC 60079-14
- ABNT NBR 5.590
- ABNT NBR 12.912
- ABNT NBR 6.925
- ABNT NBR 6.925
- ABNT NBR 12.912
- ABNT NBR 5.624
- ABNT NBR 5.597
- ABNT NBR 6.146
- ABNT NBR ISO 16.528-1 - Caldeiras e vasos de pressão - Parte 1: Requisitos de
desempenho
- ABNT NBR 12.235/92 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - procedimento
- ABNT NBR 11.174/90 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes –
procedimento.

4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas

Para a instalação e operação da bomba automática para rebaixamento e sistema associado devem ser
considerados os acessórios, constituídos por mangueiras apropriadas, conexões, compressor e demais
equipamentos necessários.

Os equipamentos devem ser instalados de forma a não causar transtorno à movimentação de


veículos, transeuntes e impacto visual que despertem a atenção de pessoas em trânsito pelo local. Os
equipamentos, acessórios e redes hidráulica/elétrica devem estar devidamente acondicionados e
protegidos. Se necessário, a critério da contratante, os equipamentos e redes serão instalados sob o piso.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 58

Os equipamentos automáticos para bombeamento e rebaixamento do aquífero podem ser


instalados e operados em conjunto com o sistema de separação de água e óleo por placas coalescentes.
Deverão ser determinadas as características do aquífero (permeabilidade, raio de influência, vazão de
extração de água subterrânea, taxa de remoção de produto sobrenadante (eventuais), etc.),
apresentando-as no relatório de implantação do sistema.

Durante a execução dos serviços de remediação deverão ser realizadas 2 (duas) medições diárias
(manhã e tarde) dos níveis de água e eventual espessura de lâmina de hidrocarbonetos da rede de PMs
instalados. Caso as medições sejam realizadas por meio de amostrador (bailer), este deve ser individual
por PM. Deverá ser realizada medição diária dos volumes de água bombeada pelo sistema e o eventual
volume de produto recuperado na CSAO. Mediante análise, o monitoramento dos PMs poderá ser
realizado com frequência semanal.

4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Multifásica (MPE) Portátil ou Fixo

Sistema destinado à extração de fases livre, dissolvida, vapor, residual e adsorvida da pluma de
contaminação, através da aplicação de vácuo em poços de extração.

O equipamento deverá ser constituído de uma Unidade de Bombeamento de Alto Vácuo para a
Extração Multi-Fases com tanque de armazenamento e Separação de Fase Líquida-Vapor acoplado. O
sistema deverá possuir uma unidade de abatimento de voláteis. O equipamento deve possuir bomba de
alto vácuo à prova de explosão em capacidade e qualidade adequadas ao pleno funcionamento do
sistema, devendo ser compacta e portátil, de forma a permitir o deslocamento de um Poço para outro.

O sistema deverá ser dotado de Painéis de controle e comando de operação, se necessário com a
colocação de timer, assim como de acessórios constituídos de dutos plásticos reforçados, válvulas,
disjuntores, conexões, vacuômetros, horímetro, medidores de vazão de vapores e líquidos. Os
equipamentos devem ser instalados de forma a não causar transtorno à movimentação de veículos e
transeuntes, assim como minimizar impacto visual, olfativo e sonoro que despertem a atenção de pessoas
em trânsito pelo local ou causem incômodos à população em geral, em qualquer horário de operação.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 59

A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório mensal de operação
de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã e tarde) dos níveis d’água e lâminas
de produto sobrenadantes em todos poços existentes, incluindo fatos notáveis como derrames,
vazamentos, períodos de chuvas, paralisações, etc. Os relatórios deverão conter ainda: desenho
esquemático dos equipamentos e redes de bombeamento, plumas de contaminação em fase livre e
gráfico mensal da evolução da operação do sistema de saneamento da lâmina de fase livre e de
recuperação de hidrocarbonetos, volume de produto recuperado, laudos de disposição dos resíduos
líquidos. Os relatórios mensais devem incluir uma discussão e recomendações sobre as medidas de
otimização do sistema a fim de um melhoramento contínuo do sistema.
O produto em fase livre, caso venha a ser recuperado, deverá ser armazenado provisoriamente em
recipientes de 200 litros, para posterior retirada. No caso da utilização de um sistema de monitoramento
remoto, o recipiente de armazenamento de produto deverá ter uma capacidade maior e deverá ser
instalada sonda de nível alto para a paralisação do sistema, em caso de enchimento do recipiente.
O sistema de extração multifásica fixo (MPE Fixo) deverá atender o especificado abaixo e deverá
operar simultaneamente em Poços de Extração Multifásica (PEMs):
 Unidade de bombeamento de alto vácuo para extração multifásica.
 Unidade de monitoramento e controle de entrada de fases.
 Unidade de armazenamento e separação de fase líquida-vapor.
 Unidade de tratamento de fase vapor.

Os sistemas de MPE fixo deverão estar aptos a operar com no mínimo 12 poços de extração,
contemplando todos os registros, conexões e tubulação/mangueira de extração (slurper).
O ajustamento e calibração do sistema deverá atender ao exposto abaixo:
 O ajustamento e calibração hidrogeológica do sistema consistirão na determinação dos
parâmetros de funcionamento e controle hidrogeológico sob o qual deverá operar o sistema
necessário à execução dos serviços de recuperação da área contaminada. Revisões periódicas,
ajustamento dos equipamentos e calibração do sistema ocorrerão em função da evolução dos
serviços de remediação.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 60

 Para o tratamento dos vapores que serão resultantes do processo de remediação, os mesmos
serão direcionados para a unidade de carvão ativado. Deverão ser realizadas medições de
concentração de vapores na entrada e na saída do sistema de tratamento quinzenalmente, para
verificação da eficácia do processo. Deverão ser apresentados critérios baseados em legislação
nacional para as emissões atmosféricas.

Para o dimensionamento do sistema de tratamento de vapores deverão ser considerados os


parâmetros (concentrações de voláteis, pressões, vazões, massa decontaminante removida) definidos no
projeto de remediação.

4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração de Vapores (SVE)

Sistema detinado à extração de vapores, residual e adsorvida da pluma de contaminação, através da


aplicação de vácuo em poços de extração. O equipamento deve possuir bomba de vácuo à prova de
explosão em capacidade e qualidade adequadas ao pleno funcionamento do sistema.

O sistema deverá ser dotado de painéis de controle e comando de operação, se necessário com a
colocação de timer, assim como de acessórios constituídos de dutos plásticos reforçados, válvulas,
disjuntores, conexões, vacuômetros, horímetro, medidores de vazão de vapores. Os equipamentos devem
ser instalados de forma a não causar transtorno à movimentação de veículos e transeuntes, assim como
minimizar impacto visual, olfativo e sonoro que despertem a atenção de pessoas em trânsito pelo local ou
causem incômodos à população em geral, em qualquer horário de operação. Deverão ser determinadas
as características de operação (raio de influência, vazão de extração de vapores, taxa de remoção de
vapores orgânicos, etc.), apresentando-as no relatório.

O sistema de remediação deverá operar 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados,
devendo ser operado por trabalhador com no mínimo um ano de experiência em serviços afins,
comprovado em carteira de trabalho. Dentre outros aspectos, o uso de sistemas de operação
automatizada com monitoramento remoto dependerá da apresentação de um cronograma de vistorias
semanais ao site para a realização de manutenção preventiva, ajustes do sistema, bem como da medição
do nível d’água e espessura de fase livre.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 61

A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório mensais de
operação de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã e tarde) dos níveis d’água e
lâminas de produto sobrenadantes em todos os poços existentes, incluindo fatos notáveis como
derrames, vazamentos, períodos de chuvas, paralisações, etc. Os relatórios deverão conter ainda:
desenho esquemático dos equipamentos e redes de bombeamento, plumas de contaminação em fase
livre e gráfico mensal da evolução da operação do sistema de remediação. Os relatórios mensais devem
incluir uma discussão e recomendações sobre as medidas de otimização do sistema a fim de um
melhoramento contínuo do sistema.
O Sistema de Extração de Vapores do solo na zona não saturada deverá ser eficaz em no mínimo
10 Poços de Extração (PEV). Deve ser constituído dos seguintes elementos: unidade de monitoramento e
controle de entrada de vapores, unidade de vácuo para extração de vapores e demais acessórios
constituídos de dutos reforçados, válvulas, disjuntores, conexões, vacuômetros, em capacidade,
quantidade e qualidade adequadas ao pleno funcionamento das unidades.
Nos poços de extração de vapores deverão ser instalados caps superiores (cabeçotes) para a
instalação da tubulação de extração, vacuômetros e extremidade amostradora de gases.
O ajustamento e calibração do sistema deverá atender ao exposto abaixo:
 O ajustamento e calibração hidrogeológica do sistema consistirão na determinação dos
parâmetros de funcionamento e controle hidrogeológico sob o qual deverá operar o sistema
necessário à execução dos serviços de recuperação da área contaminada.
 Revisões periódicas, ajustamento dos equipamentos e calibração do sistema ocorrerão em
função da evolução dos serviços de remediação. Deverão ser realizados os ajustes
necessários para garantir a operação adequada e eficiente do sistema.
 Detalhes adicionais em relação à instalação e operação do sistema devem ser discutidos
previamente à entrada em operação do sistema. Para o dimensionamento do sistema de
tratamento de vapores deverão ser considerados os parâmetros (concentrações de voláteis,
pressões, vazões, massa decontaminante removida) definidos no projeto de remediação.
 Os vapores provenientes da extração de vapores deverão ser tratados em unidade de
tratamento de vapores, através de filtro de carvão ativado, e enviados à atmosfera. Deverá
ser executado o controle diário da eficiência do tratamento de vapores através do
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 62

monitoramento de Compostos Orgânicos Voláteis na entrada e na saída do mesmo por meio


de um detector de gás tipo PID.
Deverão ser realizadas medições de concentração de vapores na entrada e na saída do sistema de
tratamento quinzenalmente, para verificação da eficácia do processo e a emissão deverá obedecer aos
critérios baseados na legislação pertinente vigente para o local. Em casos onde seja requerido maior
detalhamento do controle da eficiência, a frequência de medição poderá ser aumentada. Devem se
apresentar critérios baseados em legislação nacional para as emissões atmosféricas.

4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA)

Sistema detinado a injeção de ar na zona saturada (air sparging), aplicada à remediação ambiental
das fases dissolvida, vapor, residual e adsorvida da pluma de contaminação, promovendo a volatilização
de compostos de hidrocarbonetos, bem como auxiliando na biorremediação através do acréscimo na
concentração de oxigênio no meio aplicado. O equipamento deverá ser constituído de uma Unidade de
Injeção de Ar, compressor à prova de explosão em capacidade e qualidade adequadas ao pleno
funcionamento do sistema.
O sistema deverá ser dotado de Painéis de controle e comando de operação, se necessário com a
colocação de timer, assim como de acessórios constituídos de dutos plásticos reforçados, válvulas,
disjuntores, conexões, vacuômetros, horímetro, medidores de vazão de vapores e líquidos.
O equipamento deverá permanecer devidamente sinalizado e isolado. Seus acessórios e rede
elétrica/hidráulica deverão estar adequadamente instalados, devendo ser previamente avaliadas as
condições de segurança da operação do sistema.
A operação do sistema deverá ser reportada mensalmente por meio de relatório mensal de operação
de serviços de remediação, contemplando medições diárias (manhã e tarde) dos níveis d’água e lâminas
de produto sobrenadantes em todos poços existentes, incluindo fatos notáveis como derrames,
vazamentos, períodos de chuvas, paralisações, etc. Os relatórios deverão conter ainda: desenho
esquemático dos equipamentos e redes de injeção, plumas de contaminação em fase livre e gráfico
mensal da evolução da operação do sistema de remediação. Os relatórios mensais devem incluir uma
discussão e recomendações sobre as medidas de otimização do sistema a fim de um melhoramento
contínuo do sistema.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 63

O sistema de injeção de ar deverá ser eficaz em no mínimo, 12 Poços de Injeção de Ar (PIA), com
capacidade mínima de 240 SCFM (408 Nm3/h) e ser constituído dos seguintes elementos: unidade de
compressão à prova de explosão e demais acessórios constituídos de dutos plásticos reforçados, válvulas,
disjuntores, conexões, manômetros, em capacidade, quantidade e qualidade adequadas ao pleno
funcionamento das unidades.

Deverão ser determinadas as características do aquífero, como o raio de influência e decorrente taxa
de injeção de ar, pressão de injeção de ar, concentração de COVs nos vapores oriundos da injeção de ar,
alterações na concentração de oxigênio dissolvido na água subterrânea, influência no nível da água
subterrânea, etc., apresentando-as no relatório. Durante a execução dos serviços de remediação deverá
ser realizada 1 medição diária de oxigênio dissolvido, pH e temperatura nos Poços de Monitoramento
(PMs), e vazão de injeção e pressão em cada Poço de Injeção (PIAs).
Todos os PIs deverão possuir ponto para medição de pressão, de modo que permitam a pronta
instalação de manômetro. No local onde se operar cada sistema, deverá ser disponibilizado um
manômetro que possa ser instalado nestes pontos, a qualquer momento, em qualquer um dos PIs, para
medição momentânea da pressão aplicada pelo sistema. Deverá estar disponível no local certificado
válido de calibração do equipamento. A escala deste instrumento deverá ser compatível com a pressão
esperada nos poços, isto é, a pressão esperada deverá estar no terço central da escala do manômetro.

4.6 Construção de Trincheiras

Sistema detinado à implantação de barreira hidráulica e bombeamento de combustível sobrenadante


no lençol freático e/ou água contaminada. As cavas devem ser locadas conforme as distâncias indicadas
em relação aos pontos de referência estabelecidos no croqui. As cavas devem manter distância mínima de
1,50m entre as bordas e fundações vizinhas, a menos que seja feito estudo específico para garantir a
estabilidade das mesmas.
Após a locação da cava, se necessário, deve ser executado um sistema de drenagem provisório para
proteger a cava das águas de chuva. Esse sistema de drenagem pode ser constituído por pequenas valas
escavadas no solo, que conduzam a água para o sistema de drenagem pluvial local ou pelo simples
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 64

direcionamento da declividade do terreno adjacente. Devem ser observadas as seguintes profundidades


mínimas para as cavas em relação ao piso acabado:

 Até 2,5m para escavação manual (quando a profundidade de escavação atingir 1,4m, as cavas
deverão receber escoramento durante o restante da escavação).

 Até 4,0m para escavação mecanizada.

O solo escavado, a ser reaproveitado, deve permanecer estocado a uma distância da borda da cava
suficiente para garantir o acesso à mesma. Sempre que possível essa distância deve ser de 2,0 (dois) m.
Antes do início da execução dos serviços de escavação devem ser atendidas as seguintes condições:

 instalar uma faixa de segurança com tarjas pretas e amarelas, em todo o perímetro da
mesma, a 0,60m de altura do solo e durante a noite devem ser colocados sinais luminosos;

 emitir AST – Análise de Segurança do Trabalho ou Permissão para Trabalho para os serviços
de escavação manual e escavação mecânica por trator e retro-escavadeira;

 inspecionar visualmente o local a ser escavado, definindo seus limites;

 consultar os órgãos responsáveis pela documentação para verificar presença de


equipamentos, linhas ou cabos elétricos no local. Caso presentes, bloquear, trancar, desligar e
colocar etiquetas de advertência nos locais onde existam linhas e cabos elétricos enterrados;

 durante a execução de uma escavação, pode-se encontrar obstáculos tais como árvores,
raízes, blocos de rocha, fundações antigas. A retirada destes obstáculos deve ser efetuada
com precaução para evitar acidentes;

 os acessos para permitir entrada, circulação e saída de operários devem ser amplos e
permanentemente desobstruídos, para permitir um fluxo contínuo de pessoas em casos de
emergência;

 as passarelas provisórias e rampas que se fizerem necessárias para a circulação de pessoas devem
ser resistentes e ter guarda-corpo de ambos os lados;
Devem ser usados os seguintes equipamentos de proteção individual:

 capacete de segurança, todos os operários;

 cinto de segurança, nos trabalhos em que houver perigo de queda;


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 65

 óculos de segurança, nos trabalhos com talhadeira;

 luva de couro ou raspa, para a proteção das mãos no manuseio de materiais abrasivos ou
cortantes;

 botas impermeáveis, para trabalho em terrenos encharcados;

 sapatos adequados que ofereçam proteção contra pregos.


Imediatamente após a abertura, deve ser instalado o poço de bombeio/injeção, preenchida a cava
com brita, recoberta com solo escavado e recomposto o pavimento e/ou terreno. No caso de barreiras
para água subterrânea, a escavação deve ser executada até no mínimo 1,0 (hum) m abaixo do nível
d’água. Em casos especiais, essa profundidade pode variar entre 0,5 (meio) m a 3,0 (três) m.

Durante a execução dos serviços de remediação deverão ser realizadas 2 (duas) medições diárias (manhã
e tarde) dos níveis de água e eventual espessura de lâmina de hidrocarbonetos na trincheira e na rede de
PMs instalados. Caso as medições sejam realizadas por meio de amostrador (bailer), este deve ser
individual para a trincheira e por PM. Deverá ser realizada medição diária dos volumes de água bombeada
pelo sistema instalado na trincheira e o eventual volume de produto recuperado na CSAO. Mediante
análise, o monitoramento dos PMs poderá ser realizado com frequência semanal.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 66

5 Serviços e Equipamentos Complementares

5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO)

As caixas separadoras de água e óleo (SAO) deverão receber o efluente bombeado dos aquíferos a
partir dos sistemas de remediação e separar desta mistura, o conteúdo de água e o conteúdo de óleo.
Todo produto separado nos dispositivos deverá ser armazenado e disposto conforme item 5.4 deste
manual. O efluente da caixa separadora de água e óleo deverá estar em conformidade e ser disposto de
acordo com a legislação aplicável. No relatório operacional mensal do sistema de remediação, deve
constar a frequência de limpeza do equipamento, o volume e a documentação de destinação dos resíduos
gerados.
A água será considerada tratada quando tiver enquadrada nos limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA 357 e demais legislações aplicáveis vigentes. Caso seja possível e legal lançar a água separada
em rede de esgoto, deverão ainda ser seguidas as determinações do Órgão de Controle e da
Concessionária de Serviço Público local.
Para o parâmetro Óleos Graxas (O&G), a análise deverá ser mensal ocorrendo ou não produto em
fase livre na área onde está sendo operado o sistema de remediação.
Antes da instalação da SAO, deverão ser apresentadas especificações técnicas que comprovem a
eficiência do equipamento, emitidas por laboratório credenciado junto ao INMETRO, baseado em normas
brasileiras e em sua ausência, em normas internacionais. Os dispositivos a serem utilizados deverão,
necessariamente, contar com placas coalescentes e ser mantidos limpos e em condições de operação.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 67

Detalhe de Caixa Separadora de água e óleo

5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de água contaminada

O sistema de carvão ativado para tratamento de água contaminada deverá ser dimensionado de
forma a receber a água bombeada a partir do sistema de remediação e ser capaz de reduzir as
concentrações de BTEX e HPA a níveis aceitáveis pelo órgão ambiental local e atender a legislação vigente
para emissão de efluentes líquidos.

Deve ser realizado o ajustamento e a calibração hidroquímica do sistema, que consistirá na


determinação dos parâmetros de funcionamento e controle hidrológico e hidroquímico, sob os quais
devem operar os sistemas necessários à execução da recuperação da área contaminada.

Deverão ser realizadas análises químicas de BTEX, HPA e TPH finger print no efluente tratado com
periodicidade mensal, a fim de constatar a eficiência do sistema de carvão ativado. A coleta das amostras
deverá ser realizada na entrada e na saída do sistema.

A água será considerada tratada quando estiver enquadrada nos limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA 357 e demais legislações aplicáveis vigentes. Se o lançamento da água for realizado em rede de
esgoto, deverão ainda ser seguidas as determinações do Órgão de Controle e da Concessionária de
Serviço Público local. A seleção e o dimensionamento dos filtros e a substituição dos mesmos devem
assegurar o lançamento do efluente em conformidade com a legislação vigente.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 68

Os resíduos gerados e o carvão ativado contaminado deverão ser acondicionados e destinados


adequadamente em conformidade com a legislação ambiental vigente e aplicada pelo órgão ambiental
local, devendo ser apresentados em relatório técnico, os devidos certificados de destinação.

5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeção

Para a instalação da rede subterrânea, deverão ser abertas canaletas na pista de concreto e
adjacências, com utilização de serra cliper e posteriormente serem reconstituídas em sua forma original.
A especificação técnica das linhas de bombeamento, extração e injeção deverão constar no Projeto
Executivo do sistema de Remediação.
Deverá ser garantida a estanqueidade das instalações, com a execução de teste de estanqueidade
nas tubulações e apresentação do respectivo laudo, antes do início da operação do sistema.
As tubulações não poderão ser construídas com a utilização de mangueiras de plástico, tubos e
válvulas de PVC (água ou esgoto) para uso com produtos inflamáveis e/ou combustíveis. As tubulações
subterrâneas devem ser dispostas dentro de dutos reforçados. As tubulações aéreas devem ser
protegidas por cantoneiras perfil U ou tubulação de aço galvanizado.
Havendo a necessidade de utilização de placas de aço para a proteção das canaletas, câmaras de
calçada ou outros acessórios, estas deverão ser providenciadas com dimensões e espessura que atendam
às condições na área onde serão instaladas (bases, terminais e postos de serviço).
Material a ser utilizado nas instalações:

 Tubos NBR 5.590 SCH80 extremidade em rosca NPT conforme NBR 12.912, para diâmetros de
1/2" até 1 1/2", acima deste tamanho SCH 40.

 Para tubulações aéreas, usar pintura. Para tubulações subterrâneas, em aço galvanizado, usar
revestimento externo à base de Coal Tar Epóxi ou PEAD com revestimento de nylon,
conforme recomenda a NBR-14.722.

 Conexões em Ferro Maleável preto ou galvanizado, conforme NBR 6.925 classe 300 libras,
com rosca NPT conforme NBR 12.912, para diâmetros de 1/2" até 1 1/2", acima deste
tamanho classe 150 libras.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 69

 Válvulas de gaveta/esfera/retenção em aço forjado NBR 13.182 corpo, tampa e castelo em


aço ASTM A105 e internos em ASTM A182-F6a, classe 300 ou 150, conforme a tubulação
aplicada.

 As tubulações deverão ser apropriadas para uso em derivados de petróleo e preparadas para
uso em pressão e vácuo.

5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos

Deverão ser utilizados recipientes para armazenamento dos resíduos (os quais devem atender às
exigências legais), em quantidade necessária para acondicionar todo o efluente oleoso retirado do lençol
freático nas ações de remediação. Estes recipientes devem ser identificados adequadamente.

Será permitida a armazenagem máxima de até 600 litros de produto na área onde ocorre a
remediação, em local sinalizado, seguro, coberto e com contenção para possíveis
vazamentos/derramamentos, em conformidade com a legislação e normas técnicas. Quando da
desativação do sistema, os recipientes armazenados devem ser removidos no ato da desmobilização. Em
situações excepcionais, poderá vir a ser permitida a estocagem de um volume maior.

Deverá ser destinado de forma ambientalmente segura, com validação do órgão ambiental, todo o
produto recuperado e armazenado nos recipientes e apresentar aos responsáveis os certificados exigíveis
pela legislação para todo o volume destinado e as respectivas licenças, inclusive as de transporte e
disposição.

O relatório final de remediação deverá conter, no mínimo: o volume de resíduos oleosos destinados,
as Licenças Ambientais exigidas (destinação e transporte) e os certificados cabíveis emitidos no processo.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 70

Detalhe de acondicionamento de Resíduos Liquidos Detalhe de acondicionamento de Resíduos Liquidos

5.5 Destinação de Resíduos Sólidos

Os recipientes, containers ou sacos (big-bags) devem estar em conformidade com a legislação


vigente, em número suficiente para acondicionar todo o solo contaminado e demais resíduos gerados nas
ações de remediação, inclusive durante a execução de serviços de sondagem para instalação de poços e
de abertura de trincheiras. Os containers utilizados para o armazenamento do solo devem reter a água
proveniente do solo escavado, permitindo sua recuperação visando ao tratamento e a disposição
adequada.

Para efeito deste manual, considera-se “solo contaminado” aquele que apresentar concentração
igual ou superior a 1.000 ppm de COVs, salvo outra orientação do Órgão Ambiental local.

Caberá ao responsável técnico, a avaliação em campo do solo escavado/sondado, a separação do


solo contaminado conforme definido acima, seu armazenamento temporário e destinação final, incluindo
a amostragem de resíduos e as análises químicas em laboratório, em função da legislação vigente.

Será permitida a armazenagem máxima de 2 toneladas de solo contaminado no sítio onde


estejam sendo realizados serviços, em local sinalizado, seguro, coberto e com contenção, em
conformidade com a legislação e normas técnicas. Este solo deverá ser removido em no máximo 30 dias
após a conclusão dos serviços de perfuração ou escavação das trincheiras.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 71

Todo o solo ou resíduo sólido gerado que for classificado como contaminado deverá ser destinado
de forma adequada, obedecendo a legislação vigente. Deverá ser apresentado relatório sobre a
destinação do solo ou demais resíduos não contaminados, a qual deverá ser feita em local apropriado,
segundo a legislação local.

O solo contaminado deverá ser transportado e destinado de forma ambientalmente segura,


conforme legislação aceita pelo orgão ambiental local. Todo o material contaminado e o recipiente
utilizado para armazenagem e transporte deve garantir que não irá gerar poeira nem vazamento de água
durante o transporte e apresentar os certificados pertinentes para toda a massa retirada e as respectivas
licenças de operação (transporte e destinação). O relatório de destinação de resíduos deverá declarar
minimamente:

 número do pedido de serviço;


 nome do cliente;
 número de identificação e data de emissão do relatório de serviço;
 massa de resíduo destinada;
 data da coleta;
 números e cópia autenticada das licenças de transporte e operação;
 número e cópia do certificado de destinação.
 técnica de destinação
 identificação (razão social e CNPJ) da empresa responsável pela destinação

Detalhe de identificação de Resíduos Sólido Detalhe de acondicionamento de Resíduos Sólido


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 72

PARTE 3

RELATÓRIOS TÉCNICOS
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 73

6 PARTE 3 - ESCOPO MÍNIMO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS

A seguir será apresentada a estrutura mínima considerada satisfatória de apresentação de relatórios


que consolidem os serviços executados bem como a interpretação com base metodológica das etapas do
Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

Para todos os relatórios deverão ser considerados os seguintes itens:

 Abreviaturas, siglas e símbolos:


 Quando aparecerem pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome por extenso,
acrescentando-se a abreviatura ou a sigla entre parênteses.
 Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
 Figuras:
 Devem ser auto-explicativas de forma a complementar visualmente o texto;
 As legendas das ilustrações devem ser breves e claras, dispensando consulta ao texto;
 Devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem no texto.
 A legenda da figura deve contemplar todas as ilustrações apresentadas na mesma.
 Tabelas:
 Devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem no texto, legíveis nas
vias impressas e dispostas adequadamente nas páginas;
 Todas as informações com símbolos ou cores devem ter as respectivas explicações na legenda
abaixo da tabela.
 Fotos:
 Sempre que necessário ao bom entendimento das informações, o relatório deverá trazer os
registros fotográficos adequados. Exemplo: Constatação de produto em fase livre – o bailer
com produto deve ser fotografado com escala. Independentemente desta definição, nos
capítulos abaixo, constam algumas indicações de obrigatoriedade de fotos.
 Capa
 Razão Social da empresa executora do serviço;
 Razão Social do local onde foi executado o serviço;
 Endereço completo do local onde foi executado o serviço;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 74

 Tipo do serviço (Avaliação Preliminar, Investigação Confirmatória, Investigação Detalhada,


Avaliação de Risco, Plano de Intervenção, Projeto de Remediação, Monitoramento
Operacional, Monitoramento Ambiental, Monitoramento de Performance, Avaliação para
Retirada de Tanques, Encerramento);
 Data de emissão do relatório;
 Número do contrato ou pedido do serviço;
 Código de identificação do relatório fixado pela empresa executora do serviço;
 Quadro Resumo de Projeto
 Razão Social do local onde foi executado o serviço;
 CNPJ do local onde foi executado o serviço;
 Endereço completo do local onde foi executado o serviço;
 Contato do local onde foi executado o serviço (Nome do Responsável, Cago/Função, Telefone
fixo, Telefone móvel, e-mail);
 Contato do responsável legal do local onde foi executado o serviço (Nome do Responsável,
Cago/Função, Telefone fixo, Telefone móvel, e-mail);
 Nome do Orgão Ambiental Local;
 Endereço do Orgão Ambiental Controlador;
 Motivação para contratação dos serviços apresentados no relatório;
 Equipe técnica e os responsáveis técnicos, com os devidos números de registro na entidade
de classe profissional e com assinatura original nas vias impressas;
 Resumo executivo dos serviços executados.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 75

6.1 Avaliação Preliminar

Para a apresentação do Relatório de Avaliação Preliminar, deve ser considerado no mínimo o escopo
técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 1:
Avaliação Preliminar.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meio da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda, o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.
3. HISTÓRICO AMBIENTAL
 Descrever o histórico de vazamentos, derramamentos e acidentes, informando o histórico
de contaminação por meio dos possíveis eventos (vazamentos em tanques e linhas não
estanque), contemplando as informações de volume, produto e área atingida, quando for
possível. Quando possível, também, apresentar figura com a área impactada.
 Descrever o histórico das bandeiras operadoras da área objeto do serviço, bem como os
eventos de reformas realizados no local.
 Descrever o histórico de serviços ambientais já realizados no empreendimento, relatando
brevemente a data e os serviços executados, empresa executora, resultados obtidos,
conclusões e recomendações de cada relatório previamente desenvolvido. No caso de
remediação, apresentar o período de execução do projeto.
 Relatar o histórico de notificações, convocações e autuações dos órgãos ambientais e ou
Ministérios Públicos, bem como situação quanto ao licenciamento ambiental.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 76

 Apresentar figura com as plantas dos serviços ambientais anteriores , caso sejam
relevantes.

4. FICHA CADASTRAL
 A Ficha Cadastral sugerida pela ABNT/NBR 15.515-1 deverá ser preenchida e apresentada
como anexo ao relatório de Avaliação Preliminar, considerando:
 Determinar os principais receptores ou bens a proteger;
 Confirmar as informações levantadas no estudo histórico;
 Entrevistar pessoas ligadas à área em estudo;
 Identificar acessos e possíveis locais para os pontos de amostragem, e
 Verificar evidências de contaminação por meio de:
 Presença de odores estranhos;
 Coloração ou descoloração de, piso e/ou solo;
 Trincas e rachaduras;
 Solo removido e/ou amontoado;
 Disposição de tambores na área, e
 Constatação de vazamentos e/ou acidentes.
 A Ficha Cadastral deve ser utilizada como guia para obtenção de informações junto a
funcionários, tanto na coleta dos dados existentes quanto na realização da inspeção de
reconhecimento da área. As informações obtidas por meio da aplicação da Ficha
Cadastral deverão ser apresentadas em forma de tabelas.
 Deverá ser realizada a consolidação de informações relativas a:
 Fontes Primárias de Conatminação Potencial;
 Matérias Primas, Insumos e Produtos associados a cada fonte primária de
contaminação potencial identificada;
 Possíveis Mecanismos de Liberação Primária;
 Possiveis Mecanimos de Liberação Secundária;
 Possiveis caminhos e mecanismos de transporte de contaminates;
 Pontos receptores da contaminação;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 77

 A descrição dos itens supra mencionados deverá seguir a metodologia de


desenvolvimento de Modelo Conceitual disposto na ABNT/NBR 15.515-1.

5. MODELO CONCEITUAL INICIAL


5.1 CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO LOCAL
 Descrever as características de uso e ocupação das cercanias para um raio de 200 metros,
considerando tipo, densidade, potenciais poluidores (postos, oficinas, etc), pontos de
captação de água subterrânea e outras características pertinentes e listadas na norma
ABNT de Avaliação Preliminar. Indicar os elementos constantes na ABNT NBR 13.786,
separando-os por classe. Apresentar mapa detalhado de ocupação do entorno/cercanias,
no raio de 200 m, a partir do perímetro (ou conforme definição do órgão ambiental local)
em escala compatível, com a indicação do norte e o datum oficial utilizado. Indicar o fluxo
de água subterrânea inferido. Indicar a existência de corpos hídricos superficiais, com a
devida classificação de uso das águas – CONAMA 357 e a direção do fluxo. Locar as caixas
de passagem de serviços público (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.).
5.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E DO PROCESSO OPERACIONAL
 Apresentar a área total do empreendimento e a área de interesse (m2) para o
disgnóstico. Descrever e justificar a classificação do empreendimento conforme ABNT
NBR 13.786 quando aplicável e descrever a geomorfologia local do empreendimento.
Apresentar tabela padrão da ABNT NBR 13.786, quando aplicável e em anexo.
 Descrever as atividades atualmente desenvolvidas na área, bem como as atividades
históricas. Identificar o tipo de pavimentação e estado de conservação para as diversas
atividades desenvolvidas no local (áreas de tancagem, abastecimento, estacionamento,
troca de óleo, lavagem de veículos e etc.).
 Indicar a existência e condições de conservação das canaletas e caixa separadora de água
e óleo – CSAO, indicando as áreas atendidas por esses sistemas. Indicar a existência de
poços de monitoramento e origem da água consumida no local e nas cercanias. Descrever
a forma de execução dos demais serviços potencialmente poluidores desenvolvidos no
empreendimento. Informar se existem obras e ou reformas em execução ou já realizadas
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 78

no local. Informar os dados sobre a destinação dos resíduos gerados nas atividades afins e
a existência e resultados de monitoramento dos efluentes do empreendimento.
 Descrever o tipo de descarga, método de controle de estoque, armazenamento do óleo
queimado e apresentar os sistemas de proteção conforme NBR 13.786. Apresentar tabela
com a relação de tanques, conforme o número do empreendimento, quantidade, tipo
(aéreo ou subterrâneo), material, idade, capacidade de armazenamento, produtos e
status da operação (em operação, paralisado ou desativado). No caso de tanques aéreos,
descrever o estado de conservação da bacia de contenção, histórico de obras de
manutençãoo e eventuais derramamentos, bem como condições de impermeabilização e
controle.
 Apresentar tabela com a relação de filtros e bombas conforme o número do
empreendimento, tipo, modelo, idade e status da operação (em operação, paralisado e
ou desativado). Apresentar figura da planta total da área com a área de interesse para o
projeto, em escala compatível e com a indicação do norte. Localizar na figura acima de
todas, as instalações e suas características citadas acima, conforme identificação
informada pelo responsável legal e a direção do fluxo. Locar as caixas de passagem de
serviços públicos (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.). Locar os poços de
monitoramento existentes e os tanques removidos e ou desativados.
 Neste item, deverá ser apresentada foto panorâmica das áreas objeto bem como das
regiões onde foram realizados os levantamentos supramencionados.

5.3 MEIO FÍSICO


5.3.1 REGIONAL
 Descrever resumidamente o contexo geológico regional no qual a área de interesse do
projeto está inserida, por meio de pesquisa bibliográfica. Apresentar figura do mapa
geológico regional localizando a cidade ou a região onde está localizada a área de
interesse do projeto.
 Descrever resumidamente, o contexo hidrogeológico regional identificando a bacia
hidrológica na qual a área de interesse do projeto está inserida, por meio de pesquisa
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 79

bibliográfica. Apresentar figura do mapa hidrogeológico regional localizando a cidade ou


região onde está localizada a área de interesse do projeto.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfico
e verificação em campo. Apresentar evidências fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.

5.4 MODELO CONCEITUAL DA ÁREA


 O Modelo Conceitual (MC) deverá ser elaborado objetivando a apresentação de uma
síntese das informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da
contaminação, o transporte e distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDEs
e a relação com a exposição dos receptores existentes, representando o conjunto de
cenários de exposição presentes na área de interesse. O MC deverá ser desenvolvido para
a área de interesse considerando suas características específicas.
 A consolidação do MC deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto
explicativo.

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivarão a reabilitação da área objeto do projeto.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 80

 Ficha Cadastral de Áreas Contaminadas


 Licença de Operação do Empreendimento
 Pareceres Técnicos e Cartas do Orgão Ambiental
 Certificados de Licenciamento de Resíduos
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 81

6.2 Investigação Confirmatória

Para a apresentação do Relatório de Investigação Confirmatória, deve ser considerado no mínimo, o


escopo técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte
2: Investigação Confirmatória.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meio da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda, o mapa de localização da área e o período de realização
dos serviços de campo.

2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
 Apresentar a área total do empreendimento e a área de interesse (m2) para o
disgnóstico. Descrever e justificar a classificação do empreendimento conforme ABNT
NBR 13.786 quando aplicável, e descrever a geomorfologia local do empreendimento.
Apresentar tabela padrão da ABNT NBR 13.786, quando aplicável (Anexo I).
 Descrever as atividades atualmente desenvolvidas na área, bem como as atividades
históricas. Identificar o tipo de pavimentação e estado de conservação para as diversas
atividades desenvolvidas no local (áreas de tancagem, abastecimento, estacionamento,
troca de óleo, lavagem de veículos e etc.).
 Indicar a existência e as condições de conservação das canaletas e caixa separadora de
água e óleo – CSAO, indicando as áreas atendidas por esses sistemas. Indicar a existência
de poços de monitoramento e origem da água consumida no local e nas cercanias.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 82

Descrever a forma de execução dos demais serviços potencialmente poluidores


desenvolvidos no empreendimento. Informar se existem obras e ou reformas em
execução ou já realizadas no local. Informar os dados sobre a destinação dos resíduos
gerados nas atividades afins e a existência e resultados de monitoramento dos efluentes
do empreendimento.
 Descrever o tipo de descarga, método de controle de estoque, armazenamento do óleo
queimado e apresentar os sistemas de proteção conforme NBR 13.786. Apresentar tabela
com a relação de tanques, conforme o número do empreendimento, quantidade, tipo
(aéreo ou subterrâneo), material, idade, capacidade de armazenamento, produtos e
status da operação (em operação, paralisado ou desativado). No caso de tanques aéreos,
descrever o estado de conservação da bacia de contenção, histórico de obras de
manutençãoo e eventuais derramamentos, bem como condições de impermeabilização e
controle.
 Apresentar tabela com a relação de filtros e bombas, conforme o número do
empreendimento, tipo, modelo, idade e status da operação (em operação, paralisado e
ou desativado). Apresentar figura da planta total da área com a área de interesse para o
projeto, em escala compatível e com a indicação do norte. Localizar na figura acima de
todas as instalações, suas características citadas acima, conforme identificação informada
pelo responsável legal e a direção do fluxo. Locar as caixas de passagem de serviços
públicos (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.). Locar os poços de monitoramento
existentes e os tanques removidos e ou desativados.
 Neste item, deverá ser apresentada foto panorâmica das áreas objeto bem como das
regiões onde foram realizados os levantamentos supramencionados.

4. SERVIÇOS EXECUTADOS
 Descrever a metodologia aplicada para o desenvolvimento de todos os serviços
executados em campo.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 83

 Descrever a metodologia e o equipamento utilizados para a execução das sondagens,


bem como para a coleta das amostras de solo. Apresentar tabela com as características
das sondagens executadas (identificação, UTME, UMTN, cota, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, justificativa da locação, entre outros).
Apresentar em anexo ao relatório, os perfis de todas as sondagens executadas na área de
interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação das sondagens executadas. Em anexo ao relatório, apresentar os
certificados de calibração dos equipamentos utilizados durante a obtenção das amostras
em campo.
 Descrever a metodologia e as características dos insumos utilizados para a instalação dos
poços de monitoramento considerando ABNT NBR 15.495-1 e 15.495-2. Descrever o
procedimento adotado para coleta de amostra de água subterrânea e água superficial
(caso necessário). Apresentar tabela com as características dos poços de monitoramento
intalados (identificação, UTME, UMTN, cota, tipo, seção filtrante, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, espessura medida e corrigida de fase
livre quando ocorrer, justificativa de locação, entre outros). Apresentar em anexo ao
relatório, os perfis de todos os poços de monitoramento instalados na área de interesse
do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para investigação e
locação dos poços de monitoramento instalados, diferenciando os mesmos por tipo de
poço.
 Descrever a metodologia empregada para realização do levantamento planialtimétrico e
o tipo de equipamento utilizado, que deve seguir as especificações do escopo e as normas
ABNT NBR vigentes. Apresentar tabela com as cotas altimétricas das sondagens e poços
de monitoramento existentes e ou instalados na área. Apresentar a figura com o mapa
base para todas as figuras em planta do relatório, apresentando a Referência de Nível –
RN, ponto de aquisição das coordenadas UTM, nível altimétrico da pista e o datum oficial
utilizado.
 Apresentar a caracterização e quantificação dos resíduos gerados (sólidos e líquidos)
durante a realização dos serviços e apresentar em anexo todos os documentos
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 84

referentes ao transporte e à destinação dos mesmos. Este item poderá ser apresentado
em relatório específico caso solicitado pela empresa contratante.
 Apresentar os métodos analíticos utilizados para quantificação analítica em laboratório
das substâncias químicas de interesse (SQI) presentes nas amostras de solo e água
coletadas na área de interesse para o projeto. Apresentar e descrever os padrões legais
aplicáveis utilizados para interpretação dos resultados analíticos laboratoriais. Em anexo
ao relatório, apresentar a cadeia de custódia da amostragem, comprovantes da
certificação ISO 17.025 dos laboratórios utilizados, laudos analíticos laboratoriais,
checklist de recebimento de amostras.

5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


5.1 MEIO FÍSICO
5.1.1 LOCAL
 Descrever a geologia local por meio da interpretação dos perfis de sondagens executadas
na área de interesse, destacando aspectos relevantes relacionados a características
texturais, litológicas e espaciais, identificando os principais horizontes litológicos
presentes na área. Apresentar anexo com os perfis da sondagens executadas.
 Descrever a hidrogeologia local a partir dos dados obtidos nos poços de monitoramento
instalados na área de interesse para o projeto. Desenvolver a interpretação sobre o nível
de água dinâmico e estático, potenciometria e a direção do fluxo da água subterrânea
local, considerando o mapa potenciométrico. Evidenciar corpos d’água na área e em suas
adjacências, considerando a sensibilidade dos mesmos a eventos de contaminação, bem
como áreas de descarga e recarga do aquífero local. Apresentar tabela com a
identificação dos poços de monitoramento, tipo dos poços de monitoramento, UTME,
UTMN, cota, os níveis de água estático, dinâmico e corrigido quando ocorrer fase livre,
carga hidráulica, nível medido e corrigido de eventual fase livre.

5.2 CONTAMINAÇÃO
5.2.1 SOLO
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 85

 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com


os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
solo considerando a identificação da sondagem e da amostra (sempre em ordem
crescente da identificação da sondagem), unidades, limite de quantificação, data da
coleta, profundidade de amostragem, identificação no laudo analítico e código da cadeia
de custódia e os padrões legais aplicáveis.
 Apresentar mapas individuais com a distribuição em planta de cada substância química de
interesse que apresentar concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.

5.2.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA


 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
água subterrânea considerando a identificação dos poços de monitoramento e das
amostras (sempre em ordem crescente da identificação do poço de monitoramento),
unidades, limite de quantificação, data da coleta, profundidade da seção filtrante,
identificação no laudo analítico e código da cadeia de custódia e os padrões legais
aplicáveis.
 Apresentar mapas individuais com a ocorrência em planta de cada substância química de
interesse que apresentar concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.
 Apresentar mapa com a pluma de fase livre, caso esta ocorra, identificando qual produto
ocorre em fase livre e sua espessura medida e corrigida em cada ponto de ocorrência.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 86

 Caso não seja possível a realização da amostragem de água subterrânea em algum poço
de monitoramento, deverá ser relatado o motivo (seco, fase livre, obstruído, entre
outros), esclarencendo os motivos que levaram à não obtenção da amostra.

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivarão a reabilitação da área objeto do projeto.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 87

6.3 Investigação Detalhada

Para a apresentação do relatório de investigação detalhada, deve ser considerado no mínimo o


escopo técnico disposto na ABNT/NBR 15.515-1 – Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte
3: Investigação Detalhada.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meio da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual a
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.

2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
 Apresentar a área total do empreendimento e área de interesse (m2) para o disgnóstico.
Descrever e justificar a classificação do empreendimento conforme ABNT NBR 13.786
quando aplicável, e descrever a geomorfologia local do empreendimento. Apresentar
tabela padrão da ABNT NBR 13.786, quando aplicável (Anexo I).
 Descrever as atividades atualmente desenvolvidas na área, bem como as atividades
históricas. Identificar o tipo de pavimentação e estado de conservação para as diversas
atividades desenvolvidas no local (áreas de tancagem, abastecimento, estacionamento,
troca de óleo, lavagem de veículos e etc.).
 Indicar a existência e condições de conservação das canaletas e caixa separadora de água
e óleo – CSAO, indicando as áreas atendidas por esses sistemas. Indicar a existência de
poços de monitoramento e origem da água consumida no local e nas cercanias. Descrever
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 88

a forma de execução dos demais serviços potencialmente poluidores desenvolvidos no


empreendimento. Informar se existem obras e ou reformas em execução ou já realizadas
no local. Informar os dados sobre a destinação dos resíduos gerados nas atividades afins e
a existência e resultados de monitoramento dos efluentes do empreendimento.
 Descrever o tipo de descarga, método de controle de estoque, armazenamento do óleo
queimado e apresentar os sistemas de proteção conforme NBR 13.786. Apresentar tabela
com a relação de tanques, conforme o número do empreendimento, quantidade, tipo
(aéreo ou subterrâneo), material, idade, capacidade de armazenamento, produtos e
status da operação (em operação, paralisado ou desativado). No caso de tanques aéreos,
descrever o estado de conservação da bacia de contenção, histórico de obras de
manutençãoo e eventuais derramamentos, bem como condições de impermeabilização e
controle.
 Apresentar tabela com a relação de filtros e bombas, conforme o número do
empreendimento, tipo, modelo, idade e status da operação (em operação, paralisado e
ou desativado). Apresentar figura da planta total da área com a área de interesse para o
projeto, em escala compatível e com a indicação do norte. Localizar na figura acima de
todas, as instalações e suas características citadas acima, conforme identificação
informada pelo responsável legal e a direção do fluxo. Locar as caixas de passagem de
serviços públicos (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.). Locar os poços de
monitoramento existentes e os tanques removidos e ou desativados.
 Neste item, deverá ser apresentada foto panorâmica das áreas objeto bem como das
regiões onde foram realizados os levantamentos supramencionados.

4. CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO LOCAL


 Descrever as características de uso e ocupação das cercanias para um raio de 200 metros
considerando tipo, densidade, potenciais poluidores (postos, oficinas, etc), pontos de
captação de água subterrânea e outras características pertinentes e listadas na norma
ABNT de Avaliação Preliminar. Indicar os elementos constantes na ABNT NBR 13.786,
separando-os por classe. Apresentar mapa detalhado de ocupação do entorno/cercanias,
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 89

no raio de 200 m, a partir do perímetro (ou conforme definição do órgão ambiental local)
em escala compatível, com a indicação do norte e o datum oficial utilizado. Indicar o fluxo
de água subterrânea inferido. Indicar a existência de corpos hídricos superficiais, com a
devida classificação de uso das águas – CONAMA 357 e a direção do fluxo. Locar as caixas
de passagem de serviços público (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.).

5. HISTÓRICO AMBIENTAL
 Descrever o histórico de vazamentos, derramamentos e acidentes, informando o histórico
de contaminação por meio dos possíveis eventos (vazamentos em tanques e linhas não
estanque), contemplando as informações de volume, produto e área atingida, quando for
possível. Quando possível, também, apresentar figura com a área impactada.
 Descrever o histórico das bandeiras operadoras da área objeto do serviço, bem como os
eventos de reformas realizados no local.
 Descrever o histórico de serviços ambientais já realizados no empreendimento, relatando
brevemente a data e os serviços executados, empresa executora, resultados obtidos,
conclusões e recomendações de cada relatório previamente desenvolvido. No caso de
remediação, apresentar o período de execução do projeto.
 Relatar o histórico de notificações, convocações e autuações dos órgãos ambientais e ou
Ministérios Públicos, bem como situação quanto ao licenciamento ambiental.
 Apresentar figura com a plantas dos serviços ambientais anteriores , caso sejam
relevantes.

6. MODELO CONCEITUAL
 Descrever e identificar as potenciais fontes primárias de contaminação, caminhos
potenciais de exposição, mecanismo de transporte de contaminantes e receptores
humanos, bem como ambientais sensíveis aos produtos derivados de petróleo
manuseados, conforme metodologia de desenvolvimento de Modelo Conceitual disposto
na ABNT/NBR 15.515-1.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 90

7. SERVIÇOS EXECUTADOS
 Descrever a metodologia aplicada para o desenvolvimento de todos os serviços
executados em campo.
 Descrever a metodologia e o equipamento utilizados para a execução das sondagens,
bem como para a coleta das amostras de solo. Apresentar tabela com as caracteristaicas
das sondagens executadas (identificação, UTME, UMTN, cota, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, justificativa da locação, entre outros).
Apresentar em anexo ao , os perfis de todas as sondagens executadas na área de
interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação das sondagens executadas. Em anexo ao relatório, apresentar os
certificados de calibração dos equipamentos utilizados durante a obtenção das amostras
em campo.
 Descrever a metodologia e as características dos insumos utilizados para a instalação dos
poços de monitoramento considerando ABNT NBR 15.495-1 e 15.495-2. Descrever o
procedimento adotado para coleta de amostra de água subterrânea e água superficial
(caso necessário). Apresentar tabela com as caracteristicas dos poços de monitoramento
intalados (identificação, UTME, UMTN, cota, tipo, seção filtrante, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, espessura medida e corrigida de fase
livre quando ocorrer, justificativa de locação, entre outros). Apresentar em anexo ao
relatório, os perfis de todos os poços de monitoramento instalados na área de interesse
do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para investigação e
locação dos poços de monitoramento instalados, diferenciando os mesmos por tipo de
poço.
 Descrever o procedimento de sondagem para coleta das amostras geotécnicas de solo
indeformado, amostras para granulometria e fração de carbono orgânico (e ou carbono
orgânico total). Informar se as amostras foram coletadas em aterro. Apresenta figura com
a planta da área de interesse para investigação e locação da amostra geotécnica de solo
indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico (e ou carbono
orgânico total). Apresentar tabela com as características da amostra geotécnica de solo
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 91

indeformado e da amostra para granulometria, fração de carbono orgânico


(Iidentificação, UTME, UTMN, profundidade, parâmetros analisados).
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de permeabilidade realizados.
Apresentar tabela com as medidas de tempo rebaixamento, bem como identificação,
seção filtrante e litologia predominante do poço de monitoramento onde foi realizado o
teste.
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de corrosão, apresentando a
profundidade de coleta da amostra. Apresentar tabela com as informações pertinentes à
sondagem e à coleta de amostra de solo para o ensaio de corrosão.
 Descrever os métodos analíticos laboratoriais utilizados para a determinação dos
parâmetros geotécnicos (amostra indeformada de solo) e amostra para granulometria,
fração de carbono orgânico e os parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada
de solo). Apresentar tabela com os resultados considerando identificação da amostra,
UTME, UTMN, profundidade, tipo litológico predominante, data da coleta, resultados dos
parâmetros analisados com unidades pertinentes.
 Descrever a metodologia empregada para realização do levantamento planialtimétrico e
o tipo de equipamento utilizado, que deve seguir as especificações do escopo e as normas
ABNT NBR vigentes. Apresentar tabela com as cotas altimétricas das sondagens e poços
de monitoramento existentes e ou instalados na área. Apresentar a figura com o mapa
base para todas as figuras em planta do relatório, apresentando a Referência de Nível –
RN, ponto de aquisição das coordenadas UTM, nível altimétrico da pista e o datum oficial
utilizado.
 Apresentar a caracterização e quantificação dos resíduos gerados (sólidos e líquidos)
gerados durante a realização dos serviços e apresentar em anexo todos os documentos
referentes ao transporte e destinação dos mesmos. Este item poderá ser apresentado em
relatório específico caso solicitado pela empresa contratante.
 Apresentar os métodos analíticos utilizados para quantificação analítica em laboratório
das substâncias químicas de interesse (SQI) presentes nas amostras de solo e água
coletadas na área de interesse para o projeto. Apresentar e descrever os padrões legais
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 92

aplicáveis utilizados para interpretação dos resultados analíticos laboratoriais. Em anexo


ao relatório, apresentar a cadeia de custódia da amostragem, comprovantes a respeito da
certificação ISO 17.025 dos laboratórios utilizados, laudos analíticos laboratoriais, check
list de recebimento de amostras.

8. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


8.1 MEIO FÍSICO
8.1.1 REGIONAL
 Descrever resumidamente o contexo geológico regional no qual a área de interesse do
projeto está inserida, por meio de pesquisa bibliográfica. Apresentar figura do mapa
geológico regional localizando a cidade ou região onde está localizada a área de interesse
do projeto.
 Descrever resumidamente o contexo hidrogeológico regional identificando a bacia
hidrológica na qual a área de interesse do projeto está inserida, por meio de pesquisa
bibliográfica. Apresentar figura do mapa hidrogeológico regional localizando a cidade ou
a região onde está localizada a área de interesse do projeto.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfico
e verificação em campo. Apresentar evidências fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.

8.1.2 LOCAL
 Descrever a geologia local por meio da interpretação dos perfis de sondagens executadas
na área de interesse, destacando aspectos relevantes relacionados a características
texturais, litológicas e espaciais, identificando os principais horizontes litológicos
presentes na área. Apresentar anexo com os perfis da sondagens executadas.
 Interpretar resultados da determinação dos parâmetros geotécnicos (amostra
indeformada de solo) e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico e os
parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada de solo), comparando os
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 93

resultados com bibliografias pertinentes Estabelecer a correlação dos resultados com os


tipos de solo investigados na área de interesse;
 Descrever a hidrogeologia local a partir dos dados obtidos nos poços de monitoramento
instalados na área de interesse para o projeto. Desenvolver a interpretação sobre o nível
de água dinâmico e estático, potenciometria e a direção do fluxo da água subterrânea
local, considerando o mapa potenciométrico evidenciar corpos d’água na área e em suas
adjacências, considerando a sensibilidade dos mesmos a eventos de contaminação, bem
como áreas de descarga e recarga do aquífero local. Apresentar tabela com a
identificação do poço de monitoramento, tipo do poços de monitoramento, UTME,
UTMN, cota, os níveis de água estático, dinâmico e corrigido quando ocorrer fase livre,
carga hidráulica, nível medido e corrigido de eventual fase livre. Apresentar figura com o
mapa potenciométrico local, destacando a localização e tipo dos poços instalados,
existentes e a direção do fluxo da água subterrânea.
 Descrever os aspectos geotécnicos locais por meio da interpretação de dados que
evidenciem cortes e a estabilidade de taludes/terrenos, aterros, bem como outros
aspectos identificados na área de interesse do projeto e suas adjacências. Apresentar
evidências fotográficas a respeito de aspectos geotécnicos relevantes.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfica
e verificação em campo. Apresentar evidências fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.
 Apresentar no mínimo duas seções geológicas, sendo uma transversal e outra longitudinal
da área de interesse para o projeto, indicando as camadas litológicas, nível de água e
potenciometria. Caso se confirme contaminação em fase livre e ou dissolvida, apresentar
as plumas inferidas.

8.2 CONTAMINAÇÃO
8.2.1 SOLO
 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 94

interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
solo considerando a identificação da sondagem e da amostra (sempre em ordem
crescente da identificação da sondagem), unidades, limite de quantificação, data da
coleta, profundidade de amostragem, identificação no laudo analítico e código da cadeia
de custódia e os padrões legais aplicáveis; caso existam, contemplar na mesma tabela,
resultados analíticos, em campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
solo.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase retida de cada substância química de
interesse que apresentar concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.

8.2.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA


 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
água subterrânea considerando a identificação do poços de monitoramento e da amostra
(sempre em ordem crescente da identificação do poço de monitoramento), unidades,
limite de quantificação, data da coleta, profundidade da seção filtrante, identificação no
laudo analítico e código da cadeia de custódia e os padrões legais aplicáveis; caso
existam, contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
água subterrânea.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 95

 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase dissolvida de cada substâncias


químicas de interesse que apresentaram concentrações acima dos padrões legais
aplicáveis aditados.
 Apresentar mapa com a pluma de fase livre, caso esta ocorra, identificando qual produto
ocorre em fase livre e sua espessura medida e corrigida em cada ponto de ocorrência.
 Caso não seja possível a realização da amostragem de água subterrânea em algum poço
de monitoramento, deverá ser relatado o motivo (seco, fase livre, obstruído, entre
outros), esclarencendo os motivos que levaram a não obtenção da amostra.

9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivaram a reabilitação da área objeto do projeto.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

11. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 96

 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 97

6.4 Avaliação de Risco

Para a apresentação do Relatório de Avaliação de Risco à Saúde Humana, deve ser executado no
mínimo, o escopo técnico disposto na NBR 16.209 – Avaliação de Risco à Saúde Humana para fins de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meio da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual a
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda, o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.

2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
 Apresentar a área total do empreendimento e a área de interesse (m2) para o
disgnóstico. Descrever e justificar a classificação do empreendimento conforme ABNT
NBR 13.786 quando aplicável, e descrever a geomorfologia local do empreendimento.
Apresentar tabela padrão da ABNT NBR 13.786, quando aplicável (Anexo I).
 Descrever as atividades atualmente desenvolvidas na área, bem como as atividades
históricas. Identificar o tipo de pavimentação e estado de conservação para as diversas
atividades desenvolvidas no local (áreas de tancagem, abastecimento, estacionamento,
troca de óleo, lavagem de veículos e etc.).
 Indicar a existência e condições de conservação das canaletas e caixa separadora de água
e óleo – CSAO, indicando as áreas atendidas por esses sistemas. Indicar a existência de
poços de monitoramento e origem da água consumida no local e nas cercanias. Descrever
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 98

a forma de execução dos demais serviços potencialmente poluidores desenvolvidos no


empreendimento. Informar se existem obras e ou reformas em execução ou já realizadas
no local. Informar os dados sobre a destinação dos resíduos gerados nas atividades afins e
a existência e resultados de monitoramento dos efluentes do empreendimento.
 Descrever o tipo de descarga, método de controle de estoque, armazenamento do óleo
queimado e apresentar os sistemas de proteção conforme NBR 13.786. Apresentar tabela
com a relação de tanques, conforme o número do empreendimento, quantidade, tipo
(aéreo ou subterrâneo), material, idade, capacidade de armazenamento, produtos e
status da operação (em operação, paralisado ou desativado). No caso de tanques aéreos,
descrever o estado de conservação da bacia de contenção, histórico de obras de
manutençãoo e eventuais derramamentos, bem como condições de impermeabilização e
controle.
 Apresentar tabela com a relação de filtros e bombas, conforme o número do
empreendimento, tipo, modelo, idade e status da operação (em operação, paralisado e
ou desativado). Apresentar figura da planta total da área com a área de interesse para o
projeto, em escala compatível e com a indicação do norte. Localizar na figura acima de
todas, as instalações e suas características citadas acima, conforme identificação
informada pelo responsável legal e a direção do fluxo. Locar as caixas de passagem de
serviços públicos (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.). Locar os poços de
monitoramento existentes e os tanques removidos e ou desativados.
 Neste item, deverá ser apresentada foto panorâmica das áreas objeto bem como das
regiões onde foram realizados os levantamentos supramencionados.

4. CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO LOCAL


 Descrever as características de uso e ocupação das cercanias para um raio de 200 metros
considerando tipo, densidade, potenciais poluidores (postos, oficinas, etc), pontos de
captação de água subterrânea e outras características pertinentes e listadas na norma
ABNT de Avaliação Preliminar. Indicar os elementos constantes na ABNT NBR 13.786,
separando-os por classe. Apresentar mapa detalhado de ocupação do entorno/cercanias,
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 99

no raio de 200 m, a partir do perímetro (ou conforme definição do órgão ambiental local)
em escala compatível, com a indicação do norte e o datum oficial utilizado. Indicar o fluxo
de água subterrânea inferido. Indicar a existência de corpos hídricos superficiais, com a
devida classificação de uso das águas – CONAMA 357 e a direção do fluxo. Locar as caixas
de passagem de serviços público (águas pluviais, esgoto, telefonia e etc.).

5. HISTÓRICO AMBIENTAL
 Descrever o histórico de vazamentos, derramamentos e acidentes, informando o histórico
de contaminação por meio dos possíveis eventos (vazamentos em tanques e linhas não
estanque), contemplando as informações de volume, produto e área atingida, quando for
possível. Quando possível, apresentar fugura com a área impactada.
 Descrever o histórico das bandeiras operadoras da área objeto do serviço, bem como os
eventos de reformas realizados no local.
 Descrever o histórico de serviços ambientais já realizados no empreendimento, relatando
brevemente a data e os serviços executados, emprese executora, resultados obtidos,
conclusões e recomendações de cada relatório previamente desenvolvido. No caso de
remediação, apresentar o período de execução do projeto.
 Relatar o histórico de notificações, convocações e autuações dos órgãos ambientais e ou
Ministérios Públicos, bem como situação quanto ao licenciamento ambiental.
 Apresentar Figura com a plantas dos serviços ambientais anteriores, caso sejam
relevantes.

6. MODELO CONCEITUAL
 Descrever e identificar as potenciais fontes primárias de contaminação, caminhos
potenciais de exposição, mecanismo de transporte de contaminantes e receptores
humanos, bem como ambientais sensíveis aos produtos derivados de petróleo
manuseados, conforme metodologia de desenvolvimento de Modelo Conceitual disposto
na ABNT/NBR 15.515-1.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 100

7. SERVIÇOS EXECUTADOS
 Descrever a metodologia aplicada para o desenvolvimento de todos os serviços
executados em campo.
 Descrever a metodologia e o equipamento utilizados para a execução das sondagens,
bem como para a coleta das amostras de solo. Apresentar tabela com as características
das sondagens executadas (identificação, UTME, UMTN, cota, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, justificativa da locação, entre outros).
Apresentar em anexo ao relatório, os perfis de todas as sondagens executadas na área de
interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação das sondagens executadas. Em anexo ao relatório, apresentar os
certificados de calibração dos equipamentos utilizados durante a obtenção das amostras
em campo.
 Descrever a metodologia e as características dos insumos utilizados para a instalação dos
poços de monitoramento considerando ABNT NBR 15.495-1 e 15.495-2. Descrever o
procedimento adotado para coleta de amostra de água subterrânea e água superficial
(caso necessário). Apresentar tabela com as caracteristicas dos poços de monitoramento
intalados (identificação, UTME, UMTN, cota, tipo, seção filtrante, profundidade, diâmetro,
nível d’água da perfuração, litologia predominante, espessura medida e corrigida de fase
livre quando ocorrer, justificativa de locação, entre outros). Apresentar em anexo ao
relatório, os perfis de todos os poços de monitoramento instalados na área de interesse
do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para investigação e
locação dos poços de monitoramento instalados, diferenciando os mesmos por tipo de
poço.
 Descrever o procedimento de sondagem para coleta da amostra geotécnica de solo
indeformado, amostra para granulometria e fração de carbono orgânico (e ou Carbono
orgânico total). Informar se as amostras foram coletadas em aterro. Apresentar figura
com a planta da área de interesse para investigação e locação da amostra geotécnica de
solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico (e ou
carbono orgânico total). Apresentar tabela com as características da amostra geotécnica
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 101

de solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico


(identificação, UTME, UTMN, profundidade, parâmetros analisados).
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de permeabilidade realizados.
Apresentar tabela com as medidas de tempo rebaixamento, bem como identificação,
seção filtrante e litologia predominante do poço de monitoramento onde foi realizado o
teste.
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de corrosão, apresentando a
profundidade de coleta da amostra. Apresentar tabela com as informações pertinentes à
sondagem e coleta de amostra de solo para o ensaio de corrosão.
 Descrever os métodos analíticos laboratoriais utilizados para a determinação dos
parâmetros geotécnicos (amostra indeformada de solo) e amostra para granulometria,
fração de carbono orgânico e os parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada
de solo). Apresentar tabela com os resultados considerando identificação da amostra,
UTME, UTMN, profundidade, tipo litológico predominante, data da coleta, resultados dos
parâmetros analisados com unidades pertinentes.
 Descrever a metodologia empregada para realização do levantamento planialtimétrico e
o tipo de equipamento utilizado, que deve seguir as especificações do escopo e as normas
ABNT NBR vigentes. Apresentar tabela com as cotas altimétricas das sondagens e poços
de monitoramento existentes e ou instalados na área. Apresentar a figura com o mapa
base para todas as figuras em planta do relatório, apresentando a Referência de Nível –
RN, ponto de aquisição das coordenadas UTM, nível altimétrico da pista e o datum oficial
utilizado.
 Apresentar a caracterização e quantificação dos resíduos gerados (sólidos e líquidos)
durante a realização dos serviços e apresentar em anexo todos os documentos
referentes ao transporte e destinação dos mesmos. Este item poderá ser apresentado em
relatório específico caso solicitado pela empresa contratante.
 Apresentar os métodos analíticos utilizados para quantificação analítica em laboratório
das substâncias químicas de interesse (SQI) presentes nas amostras de solo e água
coletadas na área de interesse para o projeto. Apresentar e descrever os padrões legais
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 102

aplicáveis utilizados para interpretação dos resultados analíticos laboratoriais. Em anexo


ao relatório apresentar a cadeia de custódia da amostragem, comprovantes da
certificação ISO 17.025 dos laboratórios utilizados, laudos analíticos laboratoriais,
checklist de recebimento de amostras.

8. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


8.1. MEIO FÍSICO
8.1.1.REGIONAL
 Descrever resumidamente o contexo geológico regional no qual a área de interesse do
projeto está inserida, por meio de pesquisa bibliográfica. Apresentar figura do mapa
geológico regional localizando a cidade ou região onde está localizada a área de interesse
do projeto.
 Descrever resumidamente o contexo hidrogeológico regional identificando a bacia
hidrológica na qual a área de interesse do projeto está inserida, por meio de pesquisa
bibliográfica. Apresentar figura do mapa hidrogeológico regional localizando a cidade ou
região onde está localizada a área de interesse do projeto.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfico
e verificação em campo. Apresentar evidências fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.

8.1.2.LOCAL
 Descrever a geologia local por meio da interpretação dos perfis de sondagens executadas
na área de interesse, destacando aspectos relevantes relacionados a características
texturais, litológicas e espaciais, identificando os principais horizontes litológicos
presentes na área. Apresentar anexo com os perfis da sondagens executadas.
 Interpretar resultados da determinação dos parâmetros geotécnicos (amostra
indeformada de solo) e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico e os
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 103

parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada de solo), comparando os


resultados com bibliografias pertinentes. Estabelecer a correlação dos resultados com os
tipos de solo investigados na área de interesse;
 Descrever a hidrogeologia local a partir dos dados obtidos nos poços de monitoramento
instalados na área de interesse para o projeto. Desenvolver a interpretação sobre o nível
de água dinâmico e estático, potenciometria e a direção do fluxo da água subterrânea
local, considerando o mapa potenciométrico Evidenciar corpos d’água na área e em suas
adjacências, considerando a sensibilidade dos mesmos a eventos de contaminação, bem
como áreas de descarga e recarga do aquífero local. Apresentar tabela com a
identificação do poço de monitoramento, tipo do poços de monitoramento, UTME,
UTMN, cota, os níveis de água estático, dinâmico e corrigido quando ocorrer fase livre,
carga hidráulica, nível medido e corrigido de eventual fase livre. Apresentar figura com o
mapa potenciométrico local, destacando a localização e tipo dos poços instalados,
existentes e a direção do fluxo da água subterrânea.
 Descrever os aspectos geotécnicos locais por meio da interpretação de dados que
evidenciem cortes e a estabilidade de taludes/terrenos, aterros, bem como outros
aspectos identificados na área de interesse do projeto e suas adjacências. Apresentar
evidencias fotográficas a respeito de aspectos geotécnicos relevantes.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfico
e verificação em campo. Apresentar evidências fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.
 Apresentar no , duas seções geológicas, sendo uma transversal e outra longitudinal da
área de interesse para o projeto, indicando as camadas litológicas, nível de água e
potenciometria. Caso se confirme contaminação em fase livre e ou dissolvida, apresentar
as plumas inferidas.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 104

8.2. CONTAMINAÇÃO
8.2.1.SOLO
 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
solo considerando a identificação da sondagem e da amostra (sempre em ordem
crescente da identificação da sondagem), unidades, limite de quantificação, data da
coleta, profundidade de amostragem, identificação no laudo analítico e código da cadeia
de custódia e os padrões legais aplicáveis; caso existam, contemplar na mesma tabela,
resultados analíticos, em campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
solo.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase retida de cada substância química de
interesse que apresentar concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.

8.2.2.ÁGUA SUBTERRÂNEA
 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
os padrões legais aplicáveis adotados. Adicionalmente, deverá ser realizada a
interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando comparados com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
água subterrânea considerando a identificação dos poços de monitoramento e da
amostra (sempre em ordem crescente da identificação do poço de monitoramento),
unidades, limite de quantificação, data da coleta, profundidade da seção filtrante,
identificação no laudo analítico e código da cadeia de custódia e os padrões legais
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 105

aplicáveis; caso existam, contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em


campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
água subterrânea.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase dissolvida de cada substância
química de interesse que apresentar concentrações acima dos padrões legais aplicáveis
aditados.
 Apresentar mapa com a pluma de fase livre, caso esta ocorra, identificando qual produto
ocorre em fase livre e sua espessura medida e corrigida em cada ponto de ocorrência.
 Caso não seja possível a realização da amostragem de água subterrânea em algum poço
de monitoramento, deverá ser relatado o motivo (seco, fase livre, obstruído, entre
outros), esclarencendo os motivos que levaram a não obtenção da amostra.
8.3. AVALIAÇÃO DO RISCO
8.3.1.AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
 A avaliação da exposição terá como objetivo a determinação do tipo, magnitude e
frequência da exposição humana às SQI presentes no meio físico a partir de uma
fonte de contaminação, associados a um dado evento de exposição atual e/ou futuro.
 A etapa de avaliação de exposição deverá ser dividida no relatório em dois passos
distintos, a saber:
o caracterização dos cenários de exposição;
o quantificação do ingresso.

8.3.1.1. Caracterização dos cenários de exposição


 A caracterização dos cenários de exposição deverá descrever no relatório todos os ca-
minhos pelos quais a contaminação se desloca a partir da fonte primária e chega a uma
população potencialmente exposta. Cada cenário de exposição deverá descrever um
único mecanismo pelo qual cada população pode ser exposta a uma substância química
de interesse (SQI), considerando um ponto de exposição (PDE) e uma via de ingresso. Os
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 106

cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos: (1) área
fonte de contaminação, (2) substâncias químicas de interesse, (3) caminho de exposição,
(4) receptores potenciais, (5) ponto de exposição e (6) via de ingresso. A caracterização
dos cenários de exposição deverá ser desenvolvido conforme procedimento constante na
ABNT NBR 16.209.
 Deverá ser considerado no relatório que uma área fonte está associada ao processo
produtivo da área de interesse, estocagem de produtos e matérias- primas, a
transformação e processamento, disposição de resíduos, ou qualquer outra atividade
humana que possa gerar impactos ambientais em diferentes compartimentos do meio
físico (solo superficial e subsuperficial, água subterrânea, água superficial), configurando
dessa forma a disposição à origem da contaminação. A identificação da fonte de
contaminação no relatório servirá de base para determinar quais compartimentos do
meio físico podem ser impactados e como as substâncias químicas de interesse chegam
aos receptores potencialmente expostos. Cada área fonte deve compreender um ponto
ou uma área perfeitamente identificada onde ocorre ou ocorreu a liberação das SQIs,
para o meio físico. Sendo assim, informações sobre a localização espacial atual e histórica,
bem como o período de operação das instalações que geraram o impacto ambiental,
histórico de utilização de substâncias químicas, produtos, matérias-primas ou resíduos
manuseados nesta área, mecanismos de geração da contaminação e o relato de acidentes
que possam ter gerado o impacto ambiental, entre outras informações, são essenciais
para caracterização adequada dessas áreas e deverão estar descritas neste item do
relatório. Utilizar a descrição detalhada do processo de caracterização das fontes de
contaminação encontrada na norma ABNT NBR 15.515-1 - Avaliação Preliminar (ABNT,
2009).
 No relatório, a identificação das substâncias químicas de interesse deve ser feita a partir
de uma prévia seleção com base nos dados referentes às substâncias identificadas na
área investigada e posteriormente, uma seleção das substâncias de interesse que tenham
significância para a avaliação de risco. Identificar as substâncias químicas para cada fonte
de contaminação e pontos de emissão do processo produtivo potencialmente
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 107

contaminante, conforme os critérios a seguir: a) verificar se todas as substâncias químicas


foram analisadas, as quais devem ser identificadas com base no histórico das fontes e
pontos de emissão do processo industrial (matérias-primas, produtos, produtos de
reação, metabólitos, resíduos, etc.); b) listar para cada compartimento de interesse do
meio físico (solo, água superficial e água subterrânea) e pontos de emissão do processo
produtivo, as substâncias químicas identificadas, que estão acima do limite de
quantificação, que possuem resultados válidos, que estão acima dos padrões legais
aplicáveis (valores orientadores, valores de investigação, padrões de potabilidade, entre
outros) ou se estão acima dos valores de referência ambiental (VRA), quando estes foram
calculados e estão disponíveis para análise.
 Cada caminho de exposição a ser descrito no relatório deverá considerar o trajeto
percorrido por uma SQI, em um ou mais compartimentos do meio físico, desde a área
fonte até o ponto de exposição de um receptor humano. Deverão ser considerados como
compartimentos do meio físico a água subterrânea, água superficial, solo superficial e
solo subsuperficial. A caracterização dos caminhos de exposição deverá ser feita a partir
das seguintes informações: a) compartimentos do meio físico que estão contaminados; b)
mecanismos de transporte das SQI desde a área fonte até os pontos de exposição; c)
localização dos pontos de exposição; d) receptores potencialmente expostos; e) caminhos
de exposição padronizados.
 No relatório o receptor deverá ser caracterizado por ser um indivíduo que possua
características que identifiquem uma população potencialmente exposta no presente
e/ou possa estar exposta no futuro considerando um dos caminhos de exposição
definidos acima. Devem ser considerados receptores válidos os residenciais que devem
ser identificados dentro e fora da área de interesse e caracterizam-se por representarem
a população que resida continuamente. Os trabalhadores que devem ser identificados
dentro e fora da área de interesse. Os trabalhadores de obras civis que devem ser
identificados dentro da área de interesse. Receptores eventuais devem ser identificados,
que podem ser visitantes à área em estudo e suas proximidades. A caracterização dos
receptores deverá envolver o levantamento das atividades, hábitos, dados demográficos
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 108

e exposicionais das populações identificadas como possíveis receptores, podendo ser


efetuada por meio de levantamento local ou bibliográfico. Deve ser avaliada a presença
de subpopulações sensíveis e susceptíveis, como crianças, idosos, gestantes e portadores
de condições patológicas, associada à existência de escolas, creches, playgrounds, asilos,
unidades de saúde ou dados que evidenciem esta ocorrência. Neste item deve ser
avaliada a possibilidade da existência de populações que possuam hábitos alimentares
que indiquem a exposição por consumo de alimentos produzidos na área contaminada.
Também é importante a caracterização da origem de suprimento de água e seus usos
dentro e fora da área de interesse. Devem ser apresentados os receptores potenciais que
serão considerados como válidos e as respectivas justificativas, suas características,
localização e se constituem receptores sensíveis e susceptíveis expostos no passado,
atualmente expostos ou que estarão potencialmente expostos no futuro.
 Neste item do relatório, deve ser considerado que os pontos de exposição (PDE) estão no
local onde possa ocorrer o contato das SQIs com um receptor potencial. O PDE sempre
está associado a, pelo menos, um receptor potencial e um compartimento do meio físico
contaminado, considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação da área de
interesse. Por serem pontos especificamente definidos e objetivamente localizados,
podemos citar como exemplos de PDE poços e nascentes para abastecimento municipal,
industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais, ocorrência de
solo superficial contaminado, corpos d’água superficiais utilizados para o abastecimento
municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de
pesca; locais onde ocorram sedimentos contaminados com os quais trabalhadores e
outras populações possam estar em contato; locais em ambientes abertos e espaços
fechados que possam ocorrer concentrações de contaminantes voláteis na zona de
respiração do ar; e pontos de cultivo de alimentos em solo contaminado.
 Deve ser considerado que as vias de ingresso caracterizam-se por serem as vias pelas
quais as SQIs podem entrar no organismo dos receptores potencialmente expostos. As
vias de ingresso consideradas na avaliação de risco à saúde humana são a ingestão, a
inalação e o contato dérmico. Logo, uma vez identificada uma via de ingresso, esta tem
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 109

que, obrigatoriamente, estar relacionada a um caminho de exposição, um compartimento


de interesse e um receptor, como inalação de vapores em ambientes fechados originados
na água subterrânea.
 O relatório deve conter consilidação de todos os cenários de exposição decorrentes do
contato entre um receptor e uma SQI decorrente de uma fonte de contaminação,
considerando os diferentes caminhos de exposição. Sendo assim, todos os elementos
descritos nos itens anteriores (área fonte de contaminação, substâncias químicas de
interesse, caminho de exposição, receptores potenciais, ponto de exposição e via de
ingresso) participarão da consolidação dos cenários de exposição. Uma vez consolidado o
cenário de exposição, esse pode ser considerado como completo quando todos os seis
elementos estão presentes e caracterizados. O cenário não é considerado na avaliação de
risco quando um ou mais dos elementos puderem não estar presentes, mas não existir
informação suficiente para eliminar ou excluir os cenários de exposição incompletos
quando um ou mais dos elementos estiverem ausentes. Realizar a descrição de todos os
cenários de exposição completos, os cenários que ocorrem no presente ou que poderão
ocorrer no futuro, considerando condições específicas de exposição. Da mesma forma,
devem-se descrever os cenários eliminados, especificando os motivos da eliminação.
Neste momento, é fundamental que sejam avaliadas informações que permitam
estabelecer as condições temporais de exposição (crônica, subcrônica ou aguda).
8.3.1.2. Quantificação do ingresso
 Deverá ser desenvolvida por meio da utilização da Planilha de Avaliação de Risco para
Áreas Contaminadas da CETESB, a partir da qual deverão ser quantificados os riscos a
saúde humana e as concentrações máximas aceitáveis (CMA).

8.3.2.ANÁLISE DE TOXICIDADE
 Deverá ser assumida a base de dados toxicológicos da utilização da Planilha de Avaliação
de Risco para Áreas Contaminadas da CETESB, a qual será utilizada para a quantificação
dos riscos à saúde humana, e as concentrações máximas aceitáveis (CMA). Os dados
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 110

toxicológicos e físico-químicos das substâncias químicas de interesse (SQI) deverão ser


aqueles presentes na planilha supramencionada.
8.3.3.QUANTIFICAÇÃO DO RISCO
 Deverá ser desenvolvida por meio da utilização da Planilha de Avaliação de Risco para
Áreas Contaminadas da CETESB, a partir da qual deverão ser quantificados os riscos à
saúde humana, e as concentrações máximas aceitáveis (CMA). As tabelas de saída de
resultados calculados da Planilha supramenciondada deverão fazer parte deste item do
relatório, as quais deverão ser interpretadas quanto à ocorrência de risco acima dos
limites aceitáveis impostos pelo órgão ambiental.
 O risco deve ser quantificado para SQI carcinogênicos e não carcinogênicos
separadamente. O risco carcinogênico representa a probabilidade do desenvolvimento do
câncer no decorrer da vida de um receptor exposto (expectativa de vida de uma
população), resultante da exposição a uma determinada Dose de Ingresso “I” de uma SQI
“i” para um caminho de exposição “n”. O risco de câncer é adimensional e é expresso em
notação científica. Por exemplo, um risco de 10-5 (1:100.000) indica que um indivíduo
tem uma chance adicional em 100 mil chances de desenvolver câncer durante a sua vida,
como resultado da exposição à SQI avaliada.
 O risco não carcinogênico é avaliado pela comparação entre uma determinada Dose de
Ingresso “I” de uma SQI “i” e doses de referência (RfD) correspondentes à via de ingresso
avaliada. O resultado desta comparação é expresso como o Quociente de Risco (QR). Um
valor QR que ultrapasse a unidade (número um) sugere que a dose de ingresso é maior
que a dose de referência, considerando o cenário de exposição e a SQI avaliados.

8.4. METAS DE REMEDIAÇÃO


 Deverá ser desenvolvida por meio da utilização da Planilha de Avaliação de Risco para
Áreas Contaminadas da CETESB, a partir da qual deverão ser quantificados os riscos à
saúde humana e as concentrações máximas aceitáveis (CMA). As tabelas de saída de
resultados calculados de CMAs da Planilha supramenciondada deverão fazer parte deste
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 111

item do relatório, as quais deverão ser interpretadas quanto à ocorrência de


concentrações nas plumas de contaminação mapeadas acima das CMAs calculadas.
 Neste item, devem ser apresentados os mapas de risco e de restrição de uso,
considerando os cenários de exposição válidos consolidados em item anterior.
 Deverá ser apresentado o Mapa de Risco total para a área de interesse.
 Deverá ser apresentado o Mapa de Intervenção para a área de interesse considerando
todos os cenários de exposição válidos e que apresentaram risco acima dos níveis
aceitáveis pelo órgão ambiental local.
 Deverá ser apresentada tabela que contemple os resultados analíticos obtidos nas
sondagens e poços amostrados na área, comparando com as CMAs, para todos os
cenários de exposição, com seus respectivos receptores, indicando quando o cenário é
real ou hipotético. Esta tabela, deve apresentar as unidades pertinentes, data da coleta,
número da sondagem ou poço em que foram coletadas as amostras, limite de
quantificação do método, os valores de referência do órgão ambiental local e o padrão de
potabilidade segundo portaria atual do Ministério da Saúde.
 Deverá ser apresentado gráfico comparando os resultados analíticos obtidos nas
sondagens e poços amostrados na área com as CMAs calculadas, sendo um gráfico para
cada SQI;
 Deverá ser apresentado mapa com as plumas de fase adsorvida e fase dissolvida, onde as
concentrações obtidas nas sondagens e poços amostrados na área ultrapassaram as
CMAs sendo que, os mapas devem ser apresentados por composto.
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivarão a reabilitação da área objeto do projeto.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 112

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

11. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
 Tabela de Entrada de Dados na Planilha de Avaliação de Risco para Áreas Contaminadas
da CETESB.
 Tabelas de Apresentação de Resultados de Risco Carcinogênico e Não Carcinogênico.
 Tabelas de Apresentação de Resultados de Concentrações Máximas Aceitáveis.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 113

6.5 Plano de Intervenção

A estrutura de relatório apresentada a seguir foi elaborados considerando as definições e exigências


contidas nos artigos 44, 45, 46 e 48 do Decreto nº 59.263, de 5 de junho de 2013 que regulamenta a Lei
nº 13.577, de 8 de julho de 2009, do Estado de São Paulo.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meil da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
 Recomenda-se que seja mencionado, neste item, o número do projeto e outros
documentos que deram origem ao trabalho.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.
3. HISTÓRICO AMBIENTAL
 Descrever a sequência de eventos ligados às informações ambientais e os documentos
que formaram a base de entendimento da contaminação.
 Este item deverá constituir a base necessária para o avaliador do plano, criar o contexto
histórico e identificar as demandas específicas que estão sendo cumpridas pelo
gerenciamento da contaminação.
4. SÍNTESE DA INVESTIGAÇÃO DETALHADA E AVALIAÇÃO DE RISCO
 Apresentar os dados e informações técnicas que subsidiaram a elaboração do Plano de
Intervenção. Informações quanto ao uso e ocupação, meio-físico, fontes de contaminação
primária e distribuição especial da contaminação, devem ser resumidamente
apresentadas.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 114

 Informações extraídas da avaliação de risco também devem ser apresentadas como o


modelo conceitual de exposição, quais sejam, unidades de exposição consideradas,
concentrações máximas aceitáveis - CMAs calculadas para cada cenário de exposição,
mapas de intervenção considerando cada compartimento de interesse do meio físico,
dentre outras informações pertinentes à elaboração do Plano de Intervenção.
 O uso e ocupação deve apresentar a delimitação da propriedade em estudo (indicar sua
localização por meio de coordenadas geográficas), caracterizando a população
potencialmente exposta (interna e externa a área), com declaração do uso atual e futuro
do solo da área a ser reabilitada, que poderá incluir sua vizinhança, caso a contaminação
extrapole ou possa extrapolar os limites da propriedade.
 Quanto ao meio-físico devem ser apresentados todos os parâmetros físicos e físico-
químicos que possam influenciar a distribuição da contaminação (antes, durante e após o
processo de intervenção) e nas ações propostas que farão parte do Plano de Intervenção,
como no caso dos sistemas de controle de engenharia e remediação.
 Resumidamente, deve ser apresentado o contexto fisiográfico, hidrológico, pedológico,
geológico, hidrogeológico local com base nos dados da investigação detalhada.
 Apresenar descrição sintética das fontes primárias de contaminação deve ser
apresentada, visando estabelecer o nexo causal entre estas fontes e a contaminação que
se pretende controlar, conter, eliminar ou atenuar por meio das medidas propostas no
Plano de Intervenção.
5. MODELO CONCEITUAL DE EXPOSIÇÃO VALIDOS
 Apresentar o modelo conceitual, as unidades de exposição, padrões legais aplicáveis (PLA)
e concentrações máximas aceitáveis (CMA), considerando somente os cenários completos
e válidos que representam algum tipo de risco à saúde humana e que serão abordados
por alguma medida de intervenção a ser definida no PI.
6. ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE REMEDIAÇÃO
 Apresentar os critérios adotados para a tomada de decisão e definição das medidas de
intervenção adotadas para o plano de intervenção. Sugere-se pautar as decisões em
critérios técnicos, econômicos e ambientais.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 115

7. MODELO CONCEITUAL DE INTERVENÇÃO


 Apresentar todas as medidas de controle para cada cenário descritos no item de cenários
de exposição válidos, bem como as CMA a serem atingidas conforme os mapas de
intervenção.
 Estas medidas podem ser de remediação para tratamento e para contenção dos
contaminantes, de controle institucional e de engenharia, que podem ser adotadas em
conjunto ou isoladamente. Medidas de natureza emergencial podem também ser
explicitadas, devendo ser apresentado um item específico, descrevendo a situação a ser
controlada e as medidas a serem aplicadas.
 Considerando os mapas de intervenção, descrever as medidas de natureza institucional,
tendoo cuidado de considerar todos os requisitos legais e normativos aplicáveis. Para este
tipo de medida de controle comprovar tecnicamente que a descrição da mesma e sua
função sejam suficientes, sem a necessidade de apresentar viabilidade técnica e custos.
 Apresentar conceitualmente as medidas de controle institucional que se pretende adotar
visando à extinção da exposição dos receptores aos diferentes compartimentos de
interesse do meio-físico contaminado, considerando sempre os mapas de intervenção.
 Apresentar conceitualmente as medidas de remediação que se pretende adotar para
redução da massa de contaminantes nos diferentes compartimentos de interesse do
meio-físico contaminado, considerando sempre os mapas de intervenção.
 Apresentar conceitualmente as medidas de engenharia que se pretende adotar para
controle e contenção da contaminação visando à extinção da exposição dos receptores
aos diferentes compartimentos de interesse do meio-físico contaminado, considerando
sempre os mapas de intervenção.
 Para as medidas de remediação e engenharia descrever o conceito técnico de cada
medida a ser adotada e apresentar o modelo conceitual, premissas técnicas para o
dimensionamento de projeto, distribuição da medida considerando os mapas de
intervenção e os diferentes compartimentos de interesse do meio físico. Apresentar o
fluxograma geral do sistema, com a descrição de seus elementos principais e
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 116

dimensionamento geral em termos de tempo de tratamento/operação e massa de


contaminante a ser removida e/ou contida.
8. VALIDAÇÃO DAS MEDIDAS DE INTERVENÇÃO
 Apresentar os resultados de testes de bancada, modelos físicos, e pilotos de campo que
foram desenvolvidos para gerar a base de dados para o dimensionamento das medidas.
Caso estes testes não estejam desenvolvidos no momento da elaboração do Plano de
Intervenção
 Apresentar a descrição técnica detalhada, premissas e resultados esperados dos testes
que serão desenvolvidos para validar cada medida a ser adotada.
9. ANTEPROJETO DE INTERVENÇÃO
 Apresentar o projeto conceitual destas medidas validas considerando todas as premissas
técnicas ligadas ao dimensionamento conceitual, o estudo preliminar de composição dos
custos de mobilização, implantação, operação, monitoramento e descomissionamento
(quando aplicável), bem como o cronograma específico para cada medida a ser adotada.
 Apresentar um cronograma integrado de mobilização, implantação, operação,
monitoramento e descomissionamento (quando aplicável) de cada medida de controle de
engenharia e remediação. Medidas emergenciais, testes para validação das medidas,
ações de complementação da investigação ambiental e outras atividades que estejam
previstas para execução adequada do Plano de Intervenção, devem estar descritas no
plano e fazer parte do cronograma.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 117

6.6 Projeto de Remediação

O relatório de projeto de remediação deverá conter o conjunto dos elementos necessários e


suficientes à execução completa da implantação, operação e monitoramento da alternativa
de extração de fase livre escolhida, de acordo com as normas pertinentes da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), devendo conter os seguintes elementos:

 Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e


identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
 Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar
a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto
e de realização das obras de montagem;
 identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar
à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
 informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações
provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo
para a sua execução;
 subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;
 orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de
serviços e fornecimentos propriamente avaliados.
 Para a medida escolhida será apresentado os seguintes itens de projeto:
 memorial descritivo;
 memorial de cálculo;
 plantas de localização das obras a serem desenvolvidas, como implantação de linhas,
centrais de equipamentos para tratamento, sistemas de rebaixamento de água
subterrânea, drenagem superficial e profunda, arrimos, fundações, entre outros;
 plantas do layout das instalações da medida de remediação;
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 118

 desenhos com detalhes de projeto em escala apropriada das obras a serem


desenvolvidas, como implantação de linhas, centrais de equipamentos para
tratamento, sistemas de rebaixamento de água subterrânea, drenagem superficial e
profunda, arrimos, fundações, entre outros;
 esquemas de orientação da execução do projeto;
 características dos insumos empregados;
 resultados dos testes desenvolvidos para o dimensionamento;
 dimensionamento e especificação de linhas, bombas, tanques, entre outros;
 planta com a pluma mapeada conforme critério adotado pelo órgão ambiental
competente, mapa de risco referente ao cenário de exposição de interesse e área de
influência da mediada de engenharia;
 cortes e seções contendo o esquema da ocupação da área, a distribuição espacial da
contaminação e a área de influência da medida de remediação;
 isométrico das instalações da medida de remediação, quando aplicável;
 quadro de quantitativos dos insumos, das instalações e equipamentos;
 pontos de conformidade para o monitoramento da eficiência da medida de
remediação;
 especificação técnica do monitoramento da eficiência da medida de engenharia;
 cronograma detalhado;
 A previsão da área e do volume a ser atingidos pela atuação dos sistemas a serem
implantados;
 Planilha de custo relativa à implantação das medidas contempladas nos projetos
destinados ao detalhamento dessas medidas;
 Resultados dos ensaios de bancada ou piloto realizados com vistas a estabelecer
parâmetros para dimensionamento e operação das técnicas de remediação a serem
implementadas (a não realização desses ensaios deverá ser justificada).

6.7 Monitoramento Operacional de Sistema de Extração de Fase Livre

1. INTRODUÇÃO
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 119

 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meil da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
 Recomenda-se que seja mencionado, neste item, o número do projeto e outros
documentos que deram origem ao trabalho.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.
3. MODELO CONCEITUAL DE EXPOSIÇÃO
 Apresentar o modelo conceitual, as unidades de exposição, padrões legais aplicáveis (PLA)
e concentrações máximas aceitáveis (CMA), considerando somente os cenários completos
e válidos que representam algum tipo de risco à saúde humana e que foram objeto do
processo de Remediação Ambiental.
4. ASPECTOS OPERACIONAIS DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO
 Descrever os aspectos operacionais do sistema, considerando o período de operação
(dias efetivos operados) em relação a:
 Condições operacionais dos equipamentos do sistema;
 Informar eventuais paralisações, com as respectivas justificativas;
 Condições operacionais do sistema (pressão, vazão de líquidos, vazão de vapores,
volumes extraídos e etc.).
 Descrever o processo de monitoramento da hidrodinâmica (água subterrânea) local,
considerando a metodologia utilizada, os procedimentos de campo, a periodicidade do
monitoramento, a caracterizaçãodo equipamento utilizado, a variação dos parâmetros
monitorados como nível de água (todos os poços), a presença de eventual fase livre, odor
ou indicio visual de contaminação, pH, oxigênio dissolvido, ORP, entre outros.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 120

 Deverá ser realizada a interpretação temporal dos resultados do monitoramento


operciaonal considerando os dados históricos obtidos para a área dos parâmetros
descritos no paragrafo anterior.
 Deverá ser apresentada tabela com os níveis de água, nível de eventual fase livre e a
carga hidráulica calculada/corrigida, odor ou indicio visual de contaminação, pH, oxigênio
dissolvido, ORP, entre outros. Esta tabela deverá conter os dados do monitoramento
ultimo monitoramento realizado, bem como de todos os monitoramento anteriores.
 Apresentar gráfico com a variação do NA e a envolução da espessura de fase livre,
registrando as variações mensais e acumuladas em todo o período de operação.
 Apresentar mapa potenciométrico representativo do período de monitoramento
reportado, com a localização dos poços instalados e existentes, considerando a direção
do fluxo da água subterrânea.
 Apresentar o volume explotado da mistura água + produto em fase livre, volume
recuperado de produto em fase livre, sendo necessário a apresentação dos volumes
mensais e acumulados durante todo o período de operação do sistema.
 Apresentar gráfico com a variação do volume explotado e a variação do volume
recuperado, registrando as variações mensais e acumuladas em todo o período de
operação.
 Apresentar a pluma de fase livre, quando esta ocorrer no período monitorado,
comparando com os mapas de pluma de fase livre dos meses anteriores.
 Descrever os procedimentos e os equipamentos utilizados no tratamento dos vapores e
dos líquidos explotados, volume de efluentes líquidos e massa de vapores tratados e as
leituras de VOC antes e depois de passar pelo tratamento.
 Apresentar em tabela os volumes de líquidos e massa de vapores tratados, as leituras de
VOC antes e depois do tratamento, devendo ser apresentados os registros do mês
monitorado e os acumulados em todo o período de operação;
 Apresentar gráfico com a variação dos volumes de líquidos e massa de vapores tratados, a
variação das leituras de VOC antes e depois do tratamento, devendo ser apresentados os
registros do mês monitorado e os acumulados em todo o período de operação.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 121

 Apresentar figura com o fluxograma esquemático do sistema de tratamento de vapores e


líquidos.
5. MONITORAMENTO ANALÍTICO DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO
 Descrever a metodologia utilizada e os procedimento de adotados para a coleta de
amostras de água em pontos de abestecimento para avaliação da potabilidade,
identificando em planta e tabela o local em que foi coletado (cozinha, banheiro,
bebedouro e etc.) e os aspectos visuais da amostra coletada.
 Apresentar em tabela a nomenclatura e locais dos pontos amostrados, a data de coleta e
os parâmetros que serão analisados.
 Apresentar o mapa com a localização dos pontos em que foram coletadas as amostras.
6. MONITORAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO
 Coleta de amostras de efluentes líquidos da CSAO
 Descrever a metodologia e o procedimento de coleta, o tipo de CSAO(s),
considerando o volume, os aspectos visuais em relação à limpeza e presença de
produto na caixa.
 Apresentar em tabela a nomenclatura e locais das caixas, a data de coleta e os
parâmetros que serão analisados.
 Apresentar mapa com a localização das caixas em que foram coletadas as amostras.
 Descrever os métodos analíticos utilizados, a(s) lista(s) orientadora(s) que será(ão)
usada(s) como referência, apresentar os resultados e a intrepretação dos resultados
pela sua comparando com resultados analíticos anteriores de relatórios operacionais
históricos da área de interesse.
 Apresentar tabela com os resultados, as unidades pertinentes, data das coletas,
CSAO(s) e filtro de carvão ativado em que foram coletadas, limite de quantificação do
método, os valores de referência do órgão ambiental local.
 Apresentar gráficos com os resultados para o mês em questão e quando os resultados
forem comparados com resultados analíticos dos meses anteriores, sendo um gráfico
para cada composto, óleos e graxas e TPH em suas faixas.
 Coletas de amostras de efluentes líquidos do filtro de carvão ativado
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 122

 Descrever a metodologia e o procedimento de coleta, a especificação do filtro de


carvão ativado, considerando a vazão e qual foi a última vez em que foi trocado o
carvão. Deverá ser coletada duas amostras, sendo uma na entrada e outra na saída
do filtro.
 Apresentar tabela com as características das amostras coletadas, contemplando data
e os parâmetros analisados.
 Descrever os métodos analíticos utilizados, a(s) lista(s) orientadora(s) que será(ão)
usada(s) como referência, apresentar os resultados e a intrepretação dos resultados
pela sua comparando com resultados analíticos anteriores de relatórios operacionais
históricos da área de interesse.
 Apresentar tabela com os resultados, as unidades pertinentes, data das coletas,
efluentes líquidos do filtro de carvão ativado em que foram coletadas, limite de
quantificação do método, os valores de referência do órgão ambiental local.
 Apresentar gráficos com os resultados para o mês em questão e quando os resultados
forem comparados com resultados analíticos dos meses anteriores, sendo um gráfico
para cada composto, óleos e graxas e TPH em suas faixas.
7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
 Apresentar a interpretação e discussão de todos os dados do monitoramento do mês em
questão, comparando-os com os resultados dos meses anteriores.
 Discutir a sobre as próximas ações operacionais do sistema de remediação ambiental.
 Apresentar tabela com o cronograma (previsto x realizado) de evolução da operação do
sistema de remediação, contemplando previsão e realização do inicio e fim da operação
do sistema, emissão dos relatórios de operação, monitoramentos analíticos e relatório de
encerramento.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 123

 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).

6.8 Monitoramento de Performance

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meil da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
 Recomenda-se que seja mencionado, neste item, o número do projeto e outros
documentos que deram origem ao trabalho.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.

3. SÍNTESE DA INVESTIGAÇÃO DETALHADA E AVALIAÇÃO DE RISCO


 Apresentar os dados e informações técnicas que subsidiaram a elaboração do Plano de
Intervenção. Informações quanto ao uso e ocupação, meio-físico, fontes de contaminação
primária e distribuição especial da contaminação, devem ser resumidamente
apresentadas.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 124

 Informações extraídas da avaliação de risco também devem ser apresentadas como o


modelo conceitual de exposição, quais sejam, unidades de exposição consideradas,
concentrações máximas aceitáveis - CMAs calculadas para cada cenário de exposição,
mapas de intervenção considerando cada compartimento de interesse do meio físico,
dentre outras informações pertinentes à elaboração do Plano de Intervenção.
 O uso e ocupação deve apresentar a delimitação da propriedade em estudo (indicar sua
localização por meio de coordenadas geográficas), caracterizando a população
potencialmente exposta (interna e externa a área), com declaração do uso atual e futuro
do solo da área a ser reabilitada, que poderá incluir sua vizinhança, caso a contaminação
extrapole ou possa extrapolar os limites da propriedade.
 Quanto ao meio-físico devem ser apresentados todos os parâmetros físicos e físico-
químicos que possam influenciar a distribuição da contaminação (antes, durante e após o
processo de intervenção) e nas ações propostas que farão parte do Plano de Intervenção,
como no caso dos sistemas de controle de engenharia e remediação.
 Resumidamente, deve ser apresentado o contexto fisiográfico, hidrológico, pedológico,
geológico, hidrogeológico local com base nos dados da investigação detalhada.
 Apresenar descrição sintética das fontes primárias de contaminação deve ser
apresentada, visando estabelecer o nexo causal entre estas fontes e a contaminação que
se pretende controlar, conter, eliminar ou atenuar por meio das medidas propostas no
Plano de Intervenção.
4. MODELO CONCEITUAL DE EXPOSIÇÃO
 Apresentar o modelo conceitual, as unidades de exposição, padrões legais aplicáveis (PLA)
e concentrações máximas aceitáveis (CMA), considerando somente os cenários completos
e válidos que representam algum tipo de risco à saúde humana e que estão sendo objetos
do processo de remediação ambiental.
5. SERVIÇOS EXECUTADOS
 Descrever a metodologia aplicada para o desenvolvimento de todos os serviços
executados em campo.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 125

 Descrever a metodologia e o equipamento utilizados para a execução das sondagens,


bem como para a coleta das amostras de solo. Apresentar tabela com as caracteristaicas
das sondagens executadas (Identificação, UTME, UMTN, Cota, Profundidade, Diametro,
Nível D’água da perfuração, Litologia Predominante, Justificativa da Locação, entre
outros). Apresentar em anexo ao relatório os perfis de todas as sondagens executadas na
área de interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação das sondagens executadas. Em anexo ao relatório apresentar os
certificados de calibração dos equipamentos utilizados durante a obtenção das amostras
em campo.
 Descrever a metodologia e as características dos insumos utilizados para a instalação dos
poços de monitoramento considerando ABNT NBR 15.495-1 e 15.495-2. Descrever o
procedimento adotado para coleta de amostra de água subterrânea e água superficial
(caso necessário). Apresentar tabela com as caracteristicas dos poços de Monitoramento
intalados (Identificação, UTME, UMTN, Cota, Tipo, Seção Filtrante, Profundidade,
Diametro, Nível D’água da perfuração, Litologia Predominante, espessura medida e
corrigida de fase livre quando ocorrer, Justificativa de Locação, entre outros). Apresentar
em anexo ao relatório os perfis de todas os poços de monitoramento instalados na área
de interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação dos poços de monitoramento instalados, diferenciando os mesmo
por tipo de poço.
 Descrever o procedimento de sondagem para coleta da amostra geotécnicas de solo
indeformado, amostra para granulometria e fração de carbono orgânico (e ou Carbono
orgânico total). Informar se as amostras foram coletadas em aterro. Apresenta figura
com a planta da área de interesse para investigação e locação da amostra geotécnica de
solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico (e ou
Carbono orgânico total). Apresentar tabela com as caracteristicasda amostra geotécnica
de solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico
(Identificação, UTME, UTMN, Profundidade, Parâmetros analisados).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 126

 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de permeabilidade realizados.


Apresentar tabela com as medidas de tempo rebaixamento, bem como identificação,
seção filtrante e litologia predominante do poço de monitoramento onde foi realizado o
teste.
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de corrosão, apresentando a
profundidade de coleta da amostra. Apresentar tabela com as informações pertinentes a
sondagem e coleta de amostra de solo para o ensaio de corrosão.
 Descrever os métodos analíticos laboratoriais utilizados para a determinação dos
parâmetros geotécnicos (amostra indeformada de solo) e amostra para granulometria,
fração de carbono orgânico e os parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada
de solo). Apresentar tabela com os resultados considerando identificação da amostra,
UTME, UTMN, profundidade, tipo litológico predominante, data da coleta, resultados dos
parâmetros analisados com unidades pertinentes.
 Descrever a metodologia empregada para realização do levantamento planialtimétrico e
o tipo de equipamento utilizado, que deve seguir as especificações do escopo e as normas
ABNT NBR vigentes. Apresentar tabela com as cotas altimétrica das sondagens e poços
de monitoramento existentes e ou instalados na área. Apresentar a figura com o mapa
base para todas as figuras em planta do relatório, apresentando a Referência de Nível –
RN, ponto de aquisição das coordenadas UTM, nível altimétrico da pista e o datum oficial
utilizado.
 Apresentar a caracterização e quantificação dos resíduos gerados (sólidos e líquidos)
gerados durante a realização dos serviços e apresentar em anexo todos os documentos
referentes ao transporte e destinação dos mesmos. Este item poderá ser apresentado em
relatório específico caso solicitado pela empresa contratante.
 Apresentar os métodos analíticos utilizados para quantificação analítica em laboratório
das substâncias químicas de interesse (SQI) presentas nas amostras de solo e água
coletadas na área de interesse para o projeto. Apresentar e descrever os padrões legais
aplicáveis utilizados para interpretação dos resultados analíticos laboratoriais. Em anexo
ao relatório apresentar a cadeia de custódia da amostragem, comprovantes a respeito da
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 127

certificação ISO 17.025 dos laboratórios utilizados, laudos analíticos laboratoriais, check
list de recebimento de amostras.

6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


6.1. MEIO FÍSICO
6.1.1.LOCAL
 Descrever a geologia local por meio da interpretação dos perfis de sondegens executadas
na área de interesse, destacando aspectos relevantes relacionados a características
texturais, litológicas e espaciais, identificando os principais horizontes litológicos
presentes na área. Apresentar anexo com os perfis da sondagens executadas.
 Interpretas resultados da determinação dos parâmetros geotécnicos (amostra
indeformada de solo) e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico e os
parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada de solo), comparando os
resultados com bibliografias pertinente. Estabelecer a correlação dos resultados com os
tipos de solo investigados na área de interesse;
 Descrever a hidrogeologia local a partir dos dados obtidos nos poços de monitoramento
instalados na área de interesse para o projeto. Desenvolver a interpretação sobre o nível
de água dinâmico e estático, potenciometria e a direção do fluxo da água subterrânea
local, considerando o mapa potenciométrico Evidenciar corpos d’água na área e em suas
adjacências, considerando a sensibilidade dos mesmos a eventos de contaminação, bem
como áreas de descarga e recarga do aquífero local. Apresentar tabela com a
identificação do poço de monitoramento, tipo do poços de monitoramento, UTME,
UTMN, Cota, os níveis de água estático, dinâmico e corrigido quando ocorrer fase livre,
carga hidráulica, nível medido e corrigido de eventual fase livre. Apresentar figura com o
mapa potenciométrico local, destacando a localização e tipo dos poços instalados,
existentes e a direção do fluxo da água subterrânea.
 Descrever os aspectos geotécnicos locais por meio da interpretação de dados que
evidenciem cortes e a estabilidade de taludes/terrenos, aterros, bem como outros
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 128

aspectos identificados na área de interesse do projeto e suas adjacências. Apresentar


evidencias fotográficas a respeito de aspectos geotécnicos relevantes.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfica
e verificação em campo. Apresentar evidencias fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.
 Apresentar no mínimo duas seções geológicas, sendo uma transversal e outra longitudinal
da área de interesse para o projeto, indicando as camadas litológicas, nível de água e
potenciometria. Caso se confirme contaminação em fase livre e ou dissolvida, apresentar
as plumas inferidas.
6.2. CONTAMINAÇÃO
6.2.1.SOLO
 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com
as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco. Adicionalmente, deverá ser realizada
a interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando compardos com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
solo considerando a identificação da sondagem e da amostra (sempre em ordem
crescente da identificação da sondagem), unidades, limite de quantificação, data da
coleta, profundidade de amostragem, identificação no laudo analítico e código da cadeia
de custódia e as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco, caso existam,
contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
solo.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase retida, mapa de risco atualizado e
mapa de restrição atualizado de cada substâncias químicas de interesse que
apresentaram concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.
6.2.2.ÁGUA SUBTERRÂNEA
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 129

 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com


as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco. Adicionalmente, deverá ser realizada
a interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando compardos com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
água subterrânea considerando a identificação do poços de monitoramento e da amostra
(sempre em ordem crescente da identificação do poço de monitoramento), unidades,
limite de quantificação, data da coleta, profundidade da seção filtrante, identificação no
laudo analítico e código da cadeia de custódia e as CMAs calculadas na etapa da Avaliação
de Risco, caso existam, contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em
campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados foram comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
água subterrânea.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase dissolvida, mapas de risco
atualizados e mapas de intervenção atualizados de cada substâncias químicas de
interesse que apresentaram concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.
 Apresentar mapa com a pluma de fase livre, caso esta ocorra, identificando qual produto
ocorre em fase livre e sua espessura medida e corrigida em cada ponto de ocorrência.
 Caso não seja possível a realização da amostragem de água subterrânea em algum poço
de monitoramento, deverá ser relatado o motivo (seco, fase livre, obstruído, entre
outros), esclarencendo os motivos que levaram a não obtenção da amostra.
6.3. ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO MCE
 Deverá ser calculada a massa de contaminate presente neste compartimento do meio
físico, considerando as plumas mapeadas em planta e em profundidade para cada SQIs
objeto do processo de remediação.
 Deverá ser realizada análise e interpretação considerando o Modelo Conceitual de
Exposição dimensionado na etapa de Avaliação de Risco considerando o cruzamento
espacial os cenários de exposição válidos e dos mapas de risco atualizados.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 130

 Deverá ser realizada análise e interpretação considerando a variação da concentração em


função do processo de remediação, considerando a performance do sistema de
remediação adotado. Também deverá ser realizada a análise de eficiência de remoção de
massa do processo de remediação, visando estabelecer quais possíveis adequações serão
necessárias para otimização do processo de remediação.
 Deverá ser realizada a atualização do Modelo Conceitual de Exposição (MCE)
considerando os novos cenários de exposição, concentrações máximas obtidas para as
amostras, bem como eventuais mudanças de configuração das plumas de contaminaçãoo
e pontos de exposição.
 Neste item deve ser apresentado os mapas de risco e de restrição de uso, considerando
os cenários de exposição válidos e atualizados. Deverá ser apresentado o Mapa de Risco
total para a área de interesse.
 Deverá ser apresentado o Mapa de Intervenção para a área de interesse considerando
todos os cenários de exposição atualizados e que apresentaram risco acima do níveis
aceitáveis pelo órgão ambiental local.
 Deverá ser apresentado mapas com as plumas de fase adsorvida e fase dissolvida, onde
as concentrações obtidas nas sondagens e poços amostrados na área ultrapassaram as
CMAs sendo que, os mapas devem ser apresentados por SQI.
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivaram a reabilitação da área objeto do projeto.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 131

 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade


 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 132

6.9 Monitoramento Ambiental e de Pós Remediação

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meil da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
 Recomenda-se que seja mencionado, neste item, o número do projeto e outros
documentos que deram origem ao trabalho.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.
3. MODELO CONCEITUAL DE EXPOSIÇÃO
 Apresentar o modelo conceitual, as unidades de exposição, padrões legais aplicáveis (PLA)
e concentrações máximas aceitáveis (CMA), considerando somente os cenários completos
e válidos que representam algum tipo de risco à saúde humana e que foram objeto do
processo de Remediação Ambiental.
4. SERVIÇOS EXECUTADOS
 Descrever a metodologia aplicada para o desenvolvimento de todos os serviços
executados em campo.
 Descrever a metodologia e o equipamento utilizados para a execução das sondagens,
bem como para a coleta das amostras de solo. Apresentar tabela com as caracteristaicas
das sondagens executadas (Identificação, UTME, UMTN, Cota, Profundidade, Diametro,
Nível D’água da perfuração, Litologia Predominante, Justificativa da Locação, entre
outros). Apresentar em anexo ao relatório os perfis de todas as sondagens executadas na
área de interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação das sondagens executadas. Em anexo ao relatório apresentar os
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 133

certificados de calibração dos equipamentos utilizados durante a obtenção das amostras


em campo.
 Descrever a metodologia e as características dos insumos utilizados para a instalação dos
poços de monitoramento considerando ABNT NBR 15.495-1 e 15.495-2. Descrever o
procedimento adotado para coleta de amostra de água subterrânea e água superficial
(caso necessário). Apresentar tabela com as caracteristicas dos poços de Monitoramento
intalados (Identificação, UTME, UMTN, Cota, Tipo, Seção Filtrante, Profundidade,
Diametro, Nível D’água da perfuração, Litologia Predominante, espessura medida e
corrigida de fase livre quando ocorrer, Justificativa de Locação, entre outros). Apresentar
em anexo ao relatório os perfis de todas os poços de monitoramento instalados na área
de interesse do projeto. Apresentar figura com a planta da área de interesse para
investigação e locação dos poços de monitoramento instalados, diferenciando os mesmo
por tipo de poço.
 Descrever o procedimento de sondagem para coleta da amostra geotécnicas de solo
indeformado, amostra para granulometria e fração de carbono orgânico (e ou Carbono
orgânico total). Informar se as amostras foram coletadas em aterro. Apresenta figura
com a planta da área de interesse para investigação e locação da amostra geotécnica de
solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico (e ou
Carbono orgânico total). Apresentar tabela com as caracteristicasda amostra geotécnica
de solo indeformado e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico
(Identificação, UTME, UTMN, Profundidade, Parâmetros analisados).
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de permeabilidade realizados.
Apresentar tabela com as medidas de tempo rebaixamento, bem como identificação,
seção filtrante e litologia predominante do poço de monitoramento onde foi realizado o
teste.
 Descrever a metodologia e os procedimentos dos ensaios de corrosão, apresentando a
profundidade de coleta da amostra. Apresentar tabela com as informações pertinentes a
sondagem e coleta de amostra de solo para o ensaio de corrosão.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 134

 Descrever os métodos analíticos laboratoriais utilizados para a determinação dos


parâmetros geotécnicos (amostra indeformada de solo) e amostra para granulometria,
fração de carbono orgânico e os parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada
de solo). Apresentar tabela com os resultados considerando identificação da amostra,
UTME, UTMN, profundidade, tipo litológico predominante, data da coleta, resultados dos
parâmetros analisados com unidades pertinentes.
 Descrever a metodologia empregada para realização do levantamento planialtimétrico e
o tipo de equipamento utilizado, que deve seguir as especificações do escopo e as normas
ABNT NBR vigentes. Apresentar tabela com as cotas altimétrica das sondagens e poços
de monitoramento existentes e ou instalados na área. Apresentar a figura com o mapa
base para todas as figuras em planta do relatório, apresentando a Referência de Nível –
RN, ponto de aquisição das coordenadas UTM, nível altimétrico da pista e o datum oficial
utilizado.
 Apresentar a caracterização e quantificação dos resíduos gerados (sólidos e líquidos)
gerados durante a realização dos serviços e apresentar em anexo todos os documentos
referentes ao transporte e destinação dos mesmos. Este item poderá ser apresentado em
relatório específico caso solicitado pela empresa contratante.
 Apresentar os métodos analíticos utilizados para quantificação analítica em laboratório
das substâncias químicas de interesse (SQI) presentas nas amostras de solo e água
coletadas na área de interesse para o projeto. Apresentar e descrever os padrões legais
aplicáveis utilizados para interpretação dos resultados analíticos laboratoriais. Em anexo
ao relatório apresentar a cadeia de custódia da amostragem, comprovantes a respeito da
certificação ISO 17.025 dos laboratórios utilizados, laudos analíticos laboratoriais, check
list de recebimento de amostras.
5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1 MEIO FÍSICO

5.1.1 LOCAL
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 135

 Descrever a geologia local por meio da interpretação dos perfis de sondegens executadas
na área de interesse, destacando aspectos relevantes relacionados a características
texturais, litológicas e espaciais, identificando os principais horizontes litológicos
presentes na área. Apresentar anexo com os perfis da sondagens executadas.
 Interpretas resultados da determinação dos parâmetros geotécnicos (amostra
indeformada de solo) e amostra para granulometria, fração de carbono orgânico e os
parâmetros geotécnicos analisados (amostra deformada de solo), comparando os
resultados com bibliografias pertinente. Estabelecer a correlação dos resultados com os
tipos de solo investigados na área de interesse;
 Descrever a hidrogeologia local a partir dos dados obtidos nos poços de monitoramento
instalados na área de interesse para o projeto. Desenvolver a interpretação sobre o nível
de água dinâmico e estático, potenciometria e a direção do fluxo da água subterrânea
local, considerando o mapa potenciométrico Evidenciar corpos d’água na área e em suas
adjacências, considerando a sensibilidade dos mesmos a eventos de contaminação, bem
como áreas de descarga e recarga do aquífero local. Apresentar tabela com a
identificação do poço de monitoramento, tipo do poços de monitoramento, UTME,
UTMN, Cota, os níveis de água estático, dinâmico e corrigido quando ocorrer fase livre,
carga hidráulica, nível medido e corrigido de eventual fase livre. Apresentar figura com o
mapa potenciométrico local, destacando a localização e tipo dos poços instalados,
existentes e a direção do fluxo da água subterrânea.
 Descrever os aspectos geotécnicos locais por meio da interpretação de dados que
evidenciem cortes e a estabilidade de taludes/terrenos, aterros, bem como outros
aspectos identificados na área de interesse do projeto e suas adjacências. Apresentar
evidencias fotográficas a respeito de aspectos geotécnicos relevantes.
 Descrever os aspectos geomorfológicos regionais por meio de levantamento bibliográfica
e verificação em campo. Apresentar evidencias fotográficas a respeito de aspectos
geomorfológicos relevantes.
 Apresentar no mínimo duas seções geológicas, sendo uma transversal e outra longitudinal
da área de interesse para o projeto, indicando as camadas litológicas, nível de água e
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 136

potenciometria. Caso se confirme contaminação em fase livre e ou dissolvida, apresentar


as plumas inferidas.
5.2 CONTAMINAÇÃO

5.2.1 SOLO

 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com


as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco. Adicionalmente, deverá ser realizada
a interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando compardos com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
solo considerando a identificação da sondagem e da amostra (sempre em ordem
crescente da identificação da sondagem), unidades, limite de quantificação, data da
coleta, profundidade de amostragem, identificação no laudo analítico e código da cadeia
de custódia e as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco, caso existam,
contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados forem comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
solo.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase retida, mapa de risco atualizado e
mapa de restrição atualizado de cada substâncias químicas de interesse que
apresentaram concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.
5.2.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA

 Apresentar a interpretação dos resultados analíticos laboratoriais pela comparação com


as CMAs calculadas na etapa da Avaliação de Risco. Adicionalmente, deverá ser realizada
a interpretação dos resultados obtidos para o presente relatório quando compardos com
os resultados laboratoriais históricos obtidos para a área de interesse do projeto.
 Apresentar tabela com os resultados analíticos laboratoriais obtidos para as amostras de
água subterrânea considerando a identificação do poços de monitoramento e da amostra
(sempre em ordem crescente da identificação do poço de monitoramento), unidades,
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 137

limite de quantificação, data da coleta, profundidade da seção filtrante, identificação no


laudo analítico e código da cadeia de custódia e as CMAs calculadas na etapa da Avaliação
de Risco, caso existam, contemplar na mesma tabela, resultados analíticos, em
campanhas anteriores.
 Sempre quando os resultados foram comparados com dados históricos, apresentar
gráficos de evolução/variação histórica das concentrações obtidas para as amostras de
água subterrânea.
 Apresentar mapas individuais com as plumas de fase dissolvida, mapas de risco
atualizados e mapas de intervenção atualizados de cada substâncias químicas de
interesse que apresentaram concentrações acima dos padrões legais aplicáveis aditados.
 Apresentar mapa com a pluma de fase livre, caso esta ocorra, identificando qual produto
ocorre em fase livre e sua espessura medida e corrigida em cada ponto de ocorrência.
 Caso não seja possível a realização da amostragem de água subterrânea em algum poço
de monitoramento, deverá ser relatado o motivo (seco, fase livre, obstruído, entre
outros), esclarencendo os motivos que levaram a não obtenção da amostra.
5.3 ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO MCE

 Deverá ser calculada a massa de contaminate presente neste compartimento do meio


físico, considerando as plumas mapeadas em planta e em profundidade para cada SQIs
objeto do processo de remediação.
 Deverá ser realizada análise e interpretação considerando o Modelo Conceitual de
Exposição dimensionado na etapa de Avaliação de Risco realizando o cruzamento espacial
os cenários de exposição válidos e dos mapas de risco atualizados.
 Deverá ser realizada análise e interpretação considerando a variação da concentração em
função da ultima etapa de monitoramento ambiental (ou de pós-remediação),
considerando a continuidade da atenução natural dos contaminates após a etapa de
avaliação de risco ou da finalização do processo de remediação remediação adotado.
 Deverá ser realizada a atualização do Modelo Conceitual de Exposição (MCE)
considerando os novos cenários de exposição, concentrações máximas obtidas para as
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 138

amostras, bem como eventuais mudanças de configuração das plumas de contaminação e


pontos de exposição.
 Neste item deve ser apresentado os mapas de risco e de restrição de uso, considerando
os cenários de exposição válidos e atualizados. Deverá ser apresentado o Mapa de Risco
total para a área de interesse.
 Deverá ser apresentado mapas com as plumas de fase adsorvida e fase dissolvida, onde
as concentrações obtidas nas sondagens e poços amostrados na área ultrapassaram as
CMAs sendo que, os mapas devem ser apresentados por SQI.
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
 Com base nos resultados obtidos nos serviços executados em campo, bem como na
interpretação destes resultados, concluir sinteticamente sobre o modelo conceitual da
área, meio físico investigado e contaminação identificada. Sintetizar as principais
interpretações relevantes para a próxima etapa do gerenciamento ambiental da área de
interesse do projeto.
 Apresentar as recomendações técnicas que serão a base para a execução das ações
futuras que objetivaram a reabilitação da área objeto do projeto.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 139


Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 140

6.10 Relatório de Encerramento de Sistema de Extração de Fase Livre

Esse relatório deverá ser apresentado com a mesma forma e conteúdo, referente a todos os itens do
Relatórios Operação do Sistema de Remediação Ambiental. Entretanto a discussão dos resultados deverá
ser realizada em torno das evidencias temporais da operação do sistema, indicando claramente quais
foram os pontos que indicam o sucesso da operação, quais os pontos críticos e falhas operacionais, quais
os resultados alcançados, quais os pontos de melhorias identificados durante o processo, bem como as
recomendações a respeito das próximas etapa a serem realizadas.

Neste relatório deve constar a cconsolidação de todos os dados operacionais, químicos laboratoriais,
hidrodinâmicos e de geração/destinação de resíduos. As conclusões e recomendações desse relatório
devem contemplar todos os resultados obtidos desde o início até o final da operação do Sistema de
Remediação e Extração de Fase Livre.

1. INTRODUÇÃO
 Identificar a área onde foi desenvolvido o projeto por meil da razão social, endereço
completo, UTME, UTMN e o datum oficial utilizado. Descrever objetivamente qual
motivação do desenvolvimento do projeto relatado, bem como o escopo dos serviços
executados. Apresentar ainda o mapa de localização da área e período de realização dos
serviços de campo.
 Recomenda-se que seja mencionado, neste item, o número do projeto e outros
documentos que deram origem ao trabalho.
2. OBJETIVOS
 Descrever os objetivos do relatório considerando o escopo executado, bem como as
demandas da empresa contratante do serviço e as possíveis demandas definidas pelo
órgão ambiental controlador.
3. MODELO CONCEITUAL DE EXPOSIÇÃO
 Apresentar o modelo conceitual, as unidades de exposição, padrões legais aplicáveis (PLA)
e concentrações máximas aceitáveis (CMA), considerando somente os cenários completos
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 141

e válidos que representam algum tipo de risco à saúde humana e que foram objeto do
processo de Remediação Ambiental.
4. ASPECTOS OPERACIONAIS DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO
 Descrever os aspectos operacionais do sistema, considerando o período de operação
(dias efetivos operados) em relação a:
 Condições operacionais dos equipamentos do sistema;
 Informar eventuais paralisações, com as respectivas justificativas;
 Condições operacionais do sistema (pressão, vazão de líquidos, vazão de vapores,
volumes extraídos e etc.).
 Descrever o processo de monitoramento da hidrodinâmica (água subterrânea) local,
considerando a metodologia utilizada, os procedimentos de campo, a periodicidade do
monitoramento, a caracterização do equipamento utilizado, a variação dos parâmetros
monitorados como nível de água (todos os poços), a presença de eventual fase livre, odor
ou indicio visual de contaminação, pH, oxigênio dissolvido, ORP, entre outros.
 Deverá ser realizada a interpretação temporal dos resultados do monitoramento
operciaonal considerando os dados históricos obtidos para a área dos parâmetros
descritos no paragrafo anterior.
 Deverá ser apresentada tabela com os níveis de água, nível de eventual fase livre e a
carga hidráulica calculada/corrigida, odor ou indicio visual de contaminação, pH, oxigênio
dissolvido, ORP, entre outros. Esta tabela deverá conter os dados do monitoramento
ultimo monitoramento realizado, bem como de todos os monitoramento anteriores.
 Apresentar gráfico com a variação do NA e a envolução da espessura de fase livre,
registrando as variações mensais e acumuladas em todo o período de operação.
 Apresentar mapa potenciométrico representativo do período de monitoramento
reportado, com a localização dos poços instalados e existentes, considerando a direção
do fluxo da água subterrânea.
 Apresentar o volume explotado da mistura água + produto em fase livre, volume
recuperado de produto em fase livre, sendo necessário a apresentação dos volumes
mensais e acumulados durante todo o período de operação do sistema.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 142

 Apresentar gráfico com a variação do volume explotado e a variação do volume


recuperado, registrando as variações mensais e acumuladas em todo o período de
operação.
 Apresentar a pluma de fase livre, quando esta ocorrer no período monitorado,
comparando com os mapas de pluma de fase livre dos meses anteriores.
 Descrever os procedimentos e os equipamentos utilizados no tratamento dos vapores e
dos líquidos explotados, volume de efluentes líquidos e massa de vapores tratados e as
leituras de VOC antes e depois de passar pelo tratamento.
 Apresentar em tabela os volumes de líquidos e massa de vapores tratados, as leituras de
VOC antes e depois do tratamento, devendo ser apresentados os registros do mês
monitorado e os acumulados em todo o período de operação;
 Apresentar gráfico com a variação dos volumes de líquidos e massa de vapores tratados, a
variação das leituras de VOC antes e depois do tratamento, devendo ser apresentados os
registros do mês monitorado e os acumulados em todo o período de operação.
 Apresentar figura com o fluxograma esquemático do sistema de tratamento de vapores e
líquidos.

5. MONITORAMENTO ANALÍTICO DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO


 Descrever a metodologia utilizada e os procedimento de adotados para a coleta de
amostras de água em pontos de abestecimento para avaliação da potabilidade,
identificando em planta e tabela o local em que foi coletado (cozinha, banheiro,
bebedouro e etc.) e os aspectos visuais da amostra coletada.
 Apresentar em tabela a nomenclatura e locais dos pontos amostrados, a data de coleta e
os parâmetros que serão analisados.
 Apresentar o mapa com a localização dos pontos em que foram coletadas as amostras.
6. MONITORAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO
 Coleta de amostras de efluentes líquidos da CSAO
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 143

 Descrever a metodologia e o procedimento de coleta, o tipo de CSAO(s),


considerando o volume, os aspectos visuais em relação à limpeza e presença de
produto na caixa.
 Apresentar em tabela a nomenclatura e locais das caixas, a data de coleta e os
parâmetros que serão analisados.
 Apresentar mapa com a localização das caixas em que foram coletadas as amostras.
 Descrever os métodos analíticos utilizados, a(s) lista(s) orientadora(s) que será(ão)
usada(s) como referência, apresentar os resultados e a intrepretação dos resultados
pela sua comparando com resultados analíticos anteriores de relatórios operacionais
históricos da área de interesse.
 Apresentar tabela com os resultados, as unidades pertinentes, data das coletas,
CSAO(s) e filtro de carvão ativado em que foram coletadas, limite de quantificação do
método, os valores de referência do órgão ambiental local.
 Apresentar gráficos com os resultados para o mês em questão e quando os resultados
forem comparados com resultados analíticos dos meses anteriores, sendo um gráfico
para cada composto, óleos e graxas e TPH em suas faixas.
 Coletas de amostras de efluentes líquidos do filtro de carvão ativado
 Descrever a metodologia e o procedimento de coleta, a especificação do filtro de
carvão ativado, considerando a vazão e qual foi a última vez em que foi trocado o
carvão. Deverá ser coletada duas amostras, sendo uma na entrada e outra na saída
do filtro.
 Apresentar tabela com as características das amostras coletadas, contemplando data
e os parâmetros analisados.
 Descrever os métodos analíticos utilizados, a(s) lista(s) orientadora(s) que será(ão)
usada(s) como referência, apresentar os resultados e a intrepretação dos resultados
pela sua comparando com resultados analíticos anteriores de relatórios operacionais
históricos da área de interesse.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 144

 Apresentar tabela com os resultados, as unidades pertinentes, data das coletas,


efluentes líquidos do filtro de carvão ativado em que foram coletadas, limite de
quantificação do método, os valores de referência do órgão ambiental local.
 Apresentar gráficos com os resultados para o mês em questão e quando os resultados
forem comparados com resultados analíticos dos meses anteriores, sendo um gráfico
para cada composto, óleos e graxas e TPH em suas faixas.
7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
 Apresentar a interpretação e discussão de todos os dados do monitoramento do mês em
questão, comparando-os com os resultados dos meses anteriores.
 Discutir a sobre as próximas ações operacionais do sistema de remediação ambiental.
 Apresentar tabela com o cronograma (previsto x realizado) de evolução da operação do
sistema de remediação, contemplando previsão e realização do inicio e fim da operação
do sistema, emissão dos relatórios de operação, monitoramentos analíticos e relatório de
encerramento.
8. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
 Deverá ser realizada a descrição detalhada do processo de geração de resíduos durante o
período de operação do sistema de de extração de fase livre, bem como todas as etapas
de investigação e implantação do sistema de remediação, devendo ser identificado:
 Fato gerador (investigação, confirmatória, investigação detalhada, implantação do
sistema de remediação, operação do sistema de remediação, descomissionamento do
sistema de remediação);
 Tipo do material de resíduo (solo, água, borra, efluente, resíduo sólido, fase livre);
 Tipo, período e condições de condicionamento temporário;
 Data da remoção (inicial e final);
 Tipo de transporte para remoção;
 Volume e massa remodida;
 Forma de acondicionamento para transporte
 Número da nota fiscal de remessa do resíduo
 Identificação da Empresa Transportadora
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 145

 Número da LO do transportador
 Número do Manifesto de Transporte
 Telefone de emergência
 Contato do profissional responsável
 Identificação da Empresa Destinadora
 Número da LO destinador
 Número do certificado de destinação
 Método de destinação
 Valor da destinação
 Número da nota fiscal relativa ao pagamento dos serviços
 Deverá ser realizado um histórico fotográfico detalhado do acondicionamento,
transporte, remoção e destinação final dos resíduos.
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10. ANEXOS
 Tabela de classificação de entorno, conforme ABNT NBR 13.786
 Certificado de calibração do equipamento medidor de VOC e explosividade
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) com comprovante de pagamento
 Cadeia de custódia das amostras de solo e água subterrânea. Ficha de recebimento das
amostras. Comprovante de certificação ISO 17.025 do laboratório. Laudos analíticos
laudos analíticos laboratoriais acompanhados dos respectivos cromatogramas.
 Levantamento planialtimétrico.
 Todos os formulários de campo que comprovem o levantamento realizado.
 Registros fotográficos.
 Formulários de Segurança (Diálogo Diário de Segurança – DDS, Permissão para Trabalho –
PT, entre outros).
 Tabela de Entrada de Dados na Planilha de Avaliação de Risco para Áreas Contaminadas
da CETESB.
 Tabelas de Apresentação de Resultados de Risco Carcinogênico e Não Carcinogênico.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 146

 Tabelas de Apresentação de Resultados de Concentrações Máximas Aceitáveis.


 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART da empresa responsável pela destinação
final dos resíduos.

7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES & DISEASE REGISTRY. Toxicological profile for Alpha-, Beta-, Gamma-,
And Delta-Hexachlorocyclohexane. Atlanta: ATSDR, 1995.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES & DISEASE REGISTRY. Hexachlorocyclohexane. Atlanta: ATSDR, 2003a.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEAS E REGISTRY. Hexachlorocyclohexane CAS # 608-73-1.
Atlanta: ATSDR, 2005.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY. Public Health Statement
Hexachlorocyclohexane CAS # 608-73-1. Atlanta: ATSDR, 2005.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY. Toxicological profile for alpha-, beta-, gamma-
, and delta-hexachlorocyclohexane.Atlanta: ATSDR,2005.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY. Department of Health and Human Services.
Toxicological profile for a-, b-, g-, and d-hexachlorocyclohexane. Atlanta: ATSDR, 2005.

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY. Department of Health and Human Services.
Toxicological profile for Boron, XXXXXX. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services,
Public Health Service. ATSDR, 2010.

AMERICAN SOCIETY OF TESTING MATERIALS. ASTM D7352: Standard Pratice for Direct Push Technology
for volatile Contaminant Logging with the Membrane Interface Probe (MIP). USA, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA. Ensaios de permeabilidade em solos:


orientações para sua execução no campo. Antonio Manoel dos Santos Oliveira e Diogo Corrêa Filho. 3.
ed. São Paulo: ABGE, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004 Versão Corrigida:2008.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 147

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 5419:Brocas helicoidais - Termos, definições e
tipos. Rio de Janeiro, ABNT, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60079: Atmosferas explosivas. Rio de Janeiro,
ABNT, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60079-14: Atmosferas explosivas Parte 14:
Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas. Rio de Janeiro, ABNT, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60079-2: Atmosferas explosivas Parte 2:
Proteção de equipamento por invólucro pressurizado "p", Rio de Janeiro, ABNT, 2009

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60079-10: Atmosferas explosivas Parte 10-1:
Classificação de áreas - Atmosferas explosivas de gás. Rio de Janeiro, ABNT, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5590: Tubos de aço-carbono com ou sem solda
longitudinal, pretos ou galvanizados — Especificação. Rio de Janeiro, ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15847: Métodos de Purga para Amostragem de
Águas Subterrâneas em Poços de Monitoramento. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10005:Procedimento para obtenção de extrato


lixiviado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10006:Procedimento para obtenção de extrato


solubilizado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004c.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10007:Amostragem de resíduos sólidos. Rio de


Janeiro: ABNT, 2004d.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13600: Solo –Determinação do Teor de Matéria
Orgânica por Queima a 440ºC, CB2: 2 p. ABNT, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502:Granulometria - Classificação. Rio de


Janeiro: ABNT, 1995.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 148

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457:Amostras de Solo – Preparação Para Ensaios
de Compactação e Ensaios de Caracterização, CB2: 9p. ABNT, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para a
competência de laboratórios de ensaio e calibração, 4p. ABNT, 2005, errata 2:2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13786: Posto de serviço - Seleção dos
equipamentos para sistema para instalações subterrâneas de combustíveis. 1p. ABNT, 2005 Errata
1:2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 16210:Modelo conceitual no gerenciamento de


áreas contaminadas — Procedimento. 4p. ABNT, 2013.

BEUS, A. A.; E GRIGORIAN, S. V.Geochemical Exploration Methods for Mineral Deposits. Applies
Publishing Co. 278 p. Wilmette, 1997.

BINTEIN, S.; DEVILLERS, J. Evaluating the environmental fate of Lindane in France. Chemosphere, v.32,
n.12, p.2427–2440, June 1996.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 36, de 19 de Janeiro de 1990. Ementa da Portaria do Diário
Oficial da República Federativa de Brasil]. Supremo Tribunal Federal. Diário Oficial da União, Brasília, 19
jan. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 518, de 25 de março de 2004. Diário Oficial da União, Brasília,
26 mar. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atuação do Ministério da Saúde no Caso de Contaminação Ambiental por
Pesticidas Organoclorados, na Cidade dos Meninos, Município de Duque de Caxias, RJ. Brasília:
Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde,
2003.

BUTLER, J.J.Jr. (1997). The design, performance, and analysis of slug tests. Lewis Publishers, London.
252p.

CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS A AGRICULTURA. Clima dos


Municípios paulistas: Santo André. Campinas: Unicamp, 2009. Disponível em:
<http://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima_muni_537.html>. Acesso em: 27 nov. 2009.

CHAVES, M. M.; et. al.; Tecnologia Moderna para a Agricultura; Vol. I – Defensivos Vegetais; pgs. 7-9, 16-
19, 49-56 e 65-78; Instituto de Planejamento Econômico e Social – Setor de Agricultura; Brasília-DF; 1973
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 149

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS. Projeto Integração Geológico - Metalogenética


Folha Rio de Janeiro Carta Geológica. São Paulo: CPRM, 1999. (Escala 1:250.000).

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Decisão de Diretoria nº 195-2005- E 23 de


novembro de 2005. Dispõe sobre a aprovação dos Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas
no Estado de São Paulo São Paulo: CETESB, 2005. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/valores.asp>. Acesso em 30 nov. 2009.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de gerenciamento de áreas


contaminadas. (Projeto CETESB-GTZ. Cooperação Técnica Brasil-Alemanha. 2ª Edição. Capítulo 8000), São
Paulo-SP, CETESB, 1999, atualizado em 2004.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Norma nº. 4230 – Aplicação de Lodos de


Sistemas de Tratamento Biológico em Áreas Agrícolas. São Paulo: CETESB, 1999.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Investigação para remediação. In: Manual de
gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo: CETESB, 2001. cap. 10. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/manual.asp>. Acesso em: 23 out. 2009.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.Relatório de Estabelecimento de valores


orientadores para solos e águas subterrâneas no Estado de São Paulo.Dorothy C. P. Casarini [el al].73p.
São Paulo-SP, CETESB, 2001, atualizado em 2005.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Governo sanciona projeto de Lei Estadual de
áreas contaminadas. São Paulo: CETESB, 2009. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Noticias/2009/07/14_governo.asp>. Acesso em: 15 nov. 2009.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Valores de referência de toxicidade para a


saúde humana, 1:aldrin, dieldrin e endrin. São Paulo: CETESB, 2008.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Qualidade das Águas Interiores no Estado


de São Paulo. São Paulo: CETESB, 2007.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Parecer nº 004/87. Sobre a disposição dos


resíduos gerados nas escavações da retificação do leito do córrego dos Meninos na propriedade das
Indústrias Reunidas Matarazzo. São Paulo: CETESB, 1987.

CONCHA-GRANA, E. et al. Evaluation of HCH isomers and metabolites in soils, leachates, river water and
sediments of a highly contaminates area. Chemosphere, v.64, n.4, p.588-595, July 2006.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 150

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 18 mar. CONAMA, 2005.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº396, de
04 de abril de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o
enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 07
abr. CONAMA, 2008.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº420, de
30 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qulidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, CONAMA,
2009.

COOPER, H. H. Jr.;BREDEHOEFT, J.D.; PAPADOPULOS, I.S. Response of a finite diameter well to an


instantaneous charge of water. Water Resources Research. 3 (1): 263-269, 1967.

CORRÊA, T. O desvio da Swift-Armour em Utinga. Disponível em:


<http://brazilrailway.blogspot.com/2010/01/o-desvio-da-swift-armour-em-utinga.html>. Acesso em: 22
mar. 2010.

COSTA NETO P.L.O.; Estatistica. Editora Edgard Blucher Ltda. 262 p. São Paulo, 1977.

DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA.Investigação Ambiental e Avaliação de Riscos à Saúde


Humana, em Área onde será Construído Conjunto Residencial – Rua Cápua, Vila Metalúrgica, Santo
André/SP. GEOCON Projetos e Consultoria. Relatório RG11_057. São Paulo, DAEE, 2011.

DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Complementação da Investigação Detalhada e da


Avaliação de Risco à Saúde Humana, na Área Localizada na Rua Cápua, Vila Metalúrgica, em Santo
André/SP. GEOCON Projetos e Consultoria. Relatório RG11_073. São Paulo, DAEE, 2011.

DAVIES, M. P.; CAMPANELLA, R. G. Environmental site characterization using in-situ testing methods. In:
Canadian Geotechnical Conference, 48., 1995, Vancouver. Proceedings... Vancouver: Canadian
Geotechnical Society, 1995.

DIÁRIO DO GRANDE ABC. DAEE retoma obras no Meninos em uma semana. Reportagem de jornal. São
Paulo, 25 de outubro de 1987.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 151

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manual de análises químicas de solos, plantas e


fertilizantes. 2. ed. 627p. Brasília: EMBRAPA, 2009.

FEIDIEKER, D. et al.Field-scale investigations on the biodegradation of chlorinated aromatic- compounds


and HCH in the subsurface environment. Journal of Contaminant Hydrology, v.19, n.2, p.145-169, 1995.

FETTER, C.W. (2001) Applied hydrogeology. 4a ed. New Jersey, Prentice Hall Merril Publishing Company.
598 p.

GARRET, R. G. ; (1969) . The determination of Sampling and Analytical Errors in Exploration


Geochemistry. Economical Geology vol. 64, pp. 568 -574.

GEOPROBE SYSTEMS.MIP Training Manual. EUA, 2009.

GEOPROBE SYSTEMS.The Membrane Interface Probe was developed by Geoprobe® Systems. It is sold
and distributed solely by Geoprobe® Systems. It is protected under patent number 5,639,956 by the
United States Patent Office. Disponível em:<http://geoprobe-di.com/content/view/22/32/>. Acesso em
agosto de 2010.

HVORSLEV, M.J. (1951). Time lag and soil permeability in ground water observations. U.S. Army Corps of
Engineers Waterway Experimentation Station, Bulletin 36.

INNOV-X SYSTEM, Spectrometer XRF User Manual, March, 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ. Grupo Executivo de Racionalização da Cafeicultura - GERCA. Foto


aérea escala 1:25000. São Paulo: IBC-GERCA, 1972.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Estatística Para Melhoria da


Qualidade de Medições em Laboratórios - Divisão de Química. 169 p. São Paulo, IPT, 1997.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Avaliação de alternativas


Tecnológicas para tratamento de solo e água subterrânea, contaminados com HCH
(Hexaclorociclohexano), em área situada na Rua Cápua, Santo André, SP. Relatório Técnico IPT nº
80063-205. São Paulo: IPT, 2005.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Desenvolvimento de alternativas


tecnológicas para tratamento de solo e água subterrânea, contaminados com HCH
(Hexaclorociclohexano), na área do Bota-fora situado à Rua Cápua, Santo André, SP. Relatório técnico
IPT nº 115053-205. São Paulo: IPT, 2009.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 152

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Diagnóstico de contaminação de


solo e água subterrânea de Bota-fora situado à Rua Cápua, Santo André, SP. Relatório técnico Convênio
DAEE/IPT nº 6- Parecer Técnico IPT nº 7.775/00. São Paulo: IPT, 2000.

INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR RESEARCH ON CANCER. Monographs on the evaluation of


carcinogenic risks to humans:some thyrotropic agents.IARC Monographs v.79.Lyon: IARC, 2001.

INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY.Copper and copper salts. Disponível em:


<http://www.inchem.org/documents/pims/chemical/ pimg002.htm>. Acesso em: 17 dez. 2009a.

INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY. Nickel, nickel carbonyl and some nickel
compounds health and safety guide. Disponível em:
<http://www.inchem.org/documents/hsg/hsg/hsg062.htm#SectionNumber:1.4> Acesso em: 17 dez.
2009b.

INTERSTATE TECHNOLOGY REGULATORY COUNCIL.Technical and Regulatory Guidance for the Triad
Approach: A New Paradigm for Environmental Project Management. U.S.A, ITRC, december,2003.
Disponível em: http://www.itrcweb.org/Documents/SCM-1.pdf.

JOHRI, A. K. et al.Genetic manipulations of microorganisms for the degradation of hexachlorocyclohexane.


FEMS Microbiology Reviews, v.19, n.2, p.69–84, 1996.

JURY, W. A.; SPENCER, W. F.; FARMER, W. J. Behavior assessment model for trace organics in soil: I.
Model description.Journal of Environmental Management, v.12, p.558–564, 1983.

KINYAMU, J. K. et. al.Levels of organochlorine pesticides residues in milk of urban mothers in Kenya.
Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, v.60, n.5, p.732-738, 1998.

LAN, T. N. Um nouvel esai d’identification dês sols: l’essai au bleu de methyléne. BulletinLiaison
Laboratoire dês Ponts et Chaussée, Paris, p.136-137, 1977.

MENDES, R.; Hexaclorociclohexano (HCH) e a saúde humana: síntese do estágio atual do conhecimento
e Identificação das principais questões controversas, março, 2001

NILSSON et al. New halogen-specific detector applied to the analysis of chlorinated fatty acids.Journal of
Chromatography, A, 912,2001, pp 99–106.

PHILLIPS, T. M. et al. Biodegradation of hexachlorocyclohexane (HCH) by microorganisms.


Biodegradation, v.16, p.363-392, 2005.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 153

PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ. Sumário de Dados 2007: Prefeitura de Santo André, ano base 2006.
Santo André-SP, 2007. Disponível em:
<http://www.santoandre.sp.gov.br/biblioteca/bv/hemdig_txt/080806001.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2009.

RAÍZES – São Caetano do Sul, periódico - Ano XV, nº 27, página 54, São Paulo-SP, junho, 2003

ROHRICH, THOMAS & WATERLOO HYDROGEOLOGIC, INCORPORATED (2002). Aquifertest Pro User's
Manual: Praphical Analysis and Reporting of Pumping & Slug Test Data. 270 p.

RONDINELLI, D.; TOLEDO, L. A. A. A qualidade em dados analíticos de duplicatas de sedimentos de


corrente da Folha Guapiara - SP. Publicação IPT. São Paulo, 1998.

UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Assessment and remediation of contaminated


sediments (ARCS) program. Assessment guidance document. Chapter 2. EPA 905-B94-002. United States,
USEPA, 1994.

UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. List of drinking water contaminants & MCLs.
national primary drinking water regulations. (EPA 816-F-02-013). Washington: USEPA,2002.

UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Guidelines for carcinogen risk assessment.
(EPA/630/P-03- /001B). Washington D.C.: USEPA, 2005

UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Integrated Risk Information System: gamma-
Hexachlorocyclohexane (gamma-HCH) (CASRN 58-89-9).USEPA, s.d. Disponível em:
<http://www.epa.gov/NCEA/iris/subst/0065.htm>. Acesso em: 15 jun. 2009.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL (UERGS). Noções Fundamentais sobre Sensores.
Disponível em: <http://www.uergsai.hpg.ig.com.br/trabalhos/fat/grupo2/sensores.html>. Acesso em
junho de 2010.

VALENTIM, L. S. O. Requalificação urbana, contaminação do solo e riscos à saúde: um caso na cidade de


São Paulo. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 1997.159 p.

WALKER, K. et. al.; Factors Influencing the Distribution of Lindane and Other Hexachlorocyclohexanes in
the Environment; Environmental Science & Technology, Vol. 33, nº 24; Washington, EUA; 1999

WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Programme on Chemical Safety.Lindane. Enviromental


Health Criteria 124. Geneva: WHO, 1991.
Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Elaboração Revisão Data Página

04/2015 00 04/2015 154

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Lindane in Drinking – water. Geneva: WHO, 2004.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Alpha- and Beta Hexachlorocyclohexanes. Environmental Health


Criteria, 123.Geneva: WHO, 1992.

You might also like