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Um Correspondente

do Kölnische ZeitungContra
o Rheinische Zeitung
Karl Marx
17 de Novembro de 1842

Escrito:em 16 de novembro de 1842;


Primeira Edição: Rheinische Zeitung, nº 321, 17 de novembro de 1842;
Fonte: Marx-Engels Collected Works, volume 1, p.277;
Tradução: Rafael Duarte Oliveira Venancio, janeiro de 2009.
HTML: Fernando A. S. Araújo, fevereiro de 2009.
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e
indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

Colônia, 16 de novembro. O maior defensor da “separação


entre cidade e campo” no Kölnische Zeitunglevanta,
novamente hoje, sua imponente voz e não é a província, mas
o Rheinische Zeitung que ele seleciona para ter a honra de ser a
vítima de sua própria inteligência e de suas próprias ilusões.
Nós acreditamos no bom homem quando ele diz que a sua
leitura dos artigos sobre a constituição comum publicados
no Rheinische Zeitung no café-da-manhã paralisou sua mente e o fez
cair em “sonhos confusos em demasia”. Nós acreditamos que
é bastante inconveniente para aqueles que conhecem bem
Colônia e Bickendorf serem subitamente levados pelo Oriente,
através da Grécia, Roma, Império Alemão, Gália e França e
até mesmo por pensamentos que necessariamente parecem
ser “sofismas” e “truques dialéticos” para a rotina de contato
prático e de perspectiva bastante limitada. Nós não queremos
julgar essa vivaz autocomplacente imperfeição por não ter
cortesias moderadas pelas quais é capaz de se congratular
por suas próprias conquistas; isso pertence ao caráter
limitado da mente que considera suas próprias limitações
como limitações e princípios do mundo. E, tal como nosso
bom e bem-humorado amigo não cita nenhuma teoria, mas
apoia a visão que uma teoria que já foi rejeitada e refutada
em sua primeira apresentação pode, tal como um requerente
inoportuno, conseguir seus objetivos se tem a obstinação de
sempre retornar; assim, nosso amigo, fiel aos princípios
estabelecidos a respeito dos artigos de jornais, espera os
efeitos de seu raciocínio correto e bem construído não por
causa do mérito deles, mas sim por sua repetição; assim não
sobra nada para nós que não seja banir do mundo real o
pouco de fantasia que veio para ele no “sono” e nos “sonhos
confusos” e assim contribuir, dentro do nosso alcance, para
eliminar a crença recém-reavivada em fantasma, que são
famosos em confundir seus sonhos sobre objetos com os
próprios objetos. Nosso sonâmbulo viu em um sonho como os
camponeses foram alertados pelo Rheinische Zeitung para
marchar com espadas e enxadas nas cidades por causa das
intenções tirânicas urbanas.

Em seus intervalos de clara consciência, nosso sonâmbulo


terá que concordar consigo mesmo que as “cidades” não
mentem no Kölnische Zeitung, que nós rejeitamos sua
interpretação arbitrária das intenções citadinas e que,
finalmente, um trabalho que vai além da perspectiva “de
alguém que conhece bem Colônia e Bickendorf ” é menos capaz de
provocar o camponês para pegar em “espadas e enxadas” –
já que provavelmente apenas fazem seu papel de exemplo
dado pelas “visões sem preconceito” desenhadas “da vida e
relações práticas”. Em seu despertar, nosso sonâmbulo irá
além de qualquer suspeita colocar que o tal “correspondente”
do Kölnische Zeitung não “distorceu a verdade”; que provocar
a “insatisfação” com oKölnische Zeitung que gerou a oposição
contra o jornalista contemplativo não é “levantar insatisfação
e frenesi entre partidos” contra o estado; ou que não apenas
as “cidades” mentem no Kölnische Zeitung, mas o Estado e
seus contribuidores estão envolvidos nisso! Nosso amigo
ainda irá compreender que alguém pode ter a “arrogância
sem limites” em irritar as produções literárias do momento
sem “desafiar através de indecentes investidas as autoridades
estatais mais importantes”, a quem ele responsabiliza não
apenas por suas opiniõesmas também por seus argumentos e
por aqueles que gostam de criticar esse aliado.

Com o atual nível da ciência alemã, será mais que uma


convulsão se as teorias obscuras que se concebem como
resultado da história mundial e a perspectiva geral da
doutrina atual experimentarem o amargo destino de achar
seus argumentos críticos dentro de visões “sem preconceitos”
retiradas da relação civil e da vida prática de “alguém que
conhece bem Colônia e Bickendorf”. Esse senhor irá achar isso
incompreensível que, ao defender a época dessa Reforma e
dessa magnitude literária conjectural, nós consideramos as
empreitadas atuais muito fragmentadas e, com sua
permissão, muito insignificantes no cultivo de seu sonho
através de seu julgamento.

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