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PROGRAMAÇÃO E GESTÃO
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Ficha técnica:
EQUIPE DE PRODUÇÃO
DIRETOR DE PLANEJAMENTO
Carlos Henrique Ferraz
DIRETOR COMERCIAL
Rômulo Moura Afonso
CONTEÚDO
Avante Brasil
DESIGN INSTRUCIONAL
Cláudia Vasconcelos
Objetivos da disciplina:
Proporcionar aos participantes uma visão teórica e prática acerca da elaboração,
programação e execução orçamentária e financeira no setor público no intuito de:
• Dotar os participantes do conhecimento teórico acerca do sistema e do processo
orçamentário e financeiro da administração pública;
• Dotar os participantes de conhecimento básico acerca das Leis que compõem o sistema
brasileiro de planejamento e orçamento;
• Desenvolver avaliação crítica a respeito dos conceitos estudados e evidenciar a
aplicabilidade dos mesmos no dia a dia das instituições públicas.
Justificativa do curso:
O conhecimento de conceitos básicos acerca do funcionamento do sistema brasileiro de
planejamento e orçamento, sua aplicabilidade e abordagem sistêmica, que permite uma visão
ampla do funcionamento operacional da administração pública nas esferas federal, estadual e
municipal. A crescente integração existente entre o planejamento e o orçamento governamental
propiciará um maior entendimento acerca do funcionamento da máquina pública.
Sumário
PROGRAMAÇÃO E GESTÃO
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Objetivos do módulo:
Abordar as atribuições econômicas do governo, conceituando os temas relacionados à
Administração Pública, Governo, Funções do Estado, dentre outros. Apresentar também o
histórico da intervenção estatal na economia.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Reflexão
No Brasil, o orçamento reveste-se de formalidades legais. Existe uma lei
constitucionalmente prevista que estima a receita e fixa despesa para um exercício.
Por causa dessa rigidez, as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas
ou incorporadas ao orçamento.
O processo orçamentário brasileiro é extremamente rígido, haja vista que a maior parte das
receitas públicas está vinculada a determinados tipos de gastos ou investimentos.
Abaixo, colocamos um resumo da integração entre planejamento e orçamento públicos,
utilizados para solucionar os problemas da sociedade:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
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Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
a) Orçamento base-zero
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Modelo orçamentário já utilizado pelo Brasil na época da ditadura militar (anos 70).
Compreende a o período estabelecido entre o modelo tradicional e a previsão da Lei nº 4.320/64,
que previa a adoção do modelo de orçamento-programa.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Reflexão
Desvinculação entre planejamento e orçamento. É que para o atual tipo de
orçamento utilizado no Brasil (orçamento-programa), existe a previsão.
O objetivo do governo, na época, era mostrar apenas suas realizações, esquecendo-se das
prioridades e do planejamento para atingi-las.
O orçamento de Desempenho ou de Realizações surgiu após o orçamento clássico ou
tradicional e é uma evolução deste. A importância do orçamento de desempenho era saber “as
coisas que o governo faz e não as coisas que o governo compra”.
O orçamento de desempenho, embora já ligado aos objetivos do governo, ainda não
poderia ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe faltava algumas características
essenciais, entre elas, a vinculação ao sistema de planejamento a médio prazo, atual PPA.
d) Orçamento-programa:
Trata-se do modelo utilizado no Brasil nos dias de hoje e representa a concepção gerencial
do orçamento público, ou seja, o orçamento sendo utilizado como instrumento do governo para
atender às demandas da sociedade, sendo o modelo orçamentário mais cobrado atualmente
nos concursos.
Por intermédio do orçamento-programa, faz-se o elo entre o planejamento (PPA) e
a execução das ações do Estado, que objetiva o atingimento de objetivos e metas, sempre
analisando os custos dos programas e seguindo a classificação funcional-programática.
O termo “funcional-programático” significa dizer que ades pesa se encontra dentro de uma
função de governo, ou área de atuação do Estado. Uma função é uma área de atuação do
Estado (Educação, Saúde, Previdência, Defesa, Segurança etc.). Para cada despesa existe um
programa de trabalho, ou seja, toda despesa pública encontra-se dentro de um programa de
trabalho.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Reflexão
Portanto, pelos conceitos e definições, podemos observar que o orçamento-
programa não é apenas um documento financeiro, mas principalmente, um
instrumento de concretização das ações do governo.
Ele viabiliza os objetivos governamentais em consonância com os planos e
diretrizes estabelecidas.
e) Orçamento participativo:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
DENOMINA-
CARACTERÍSTICAS OBSERVAÇÕES
ÇÃO
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
I) Princípio da Unidade
O orçamento deve ser uno, isto é, cada unidade governamental deve possuir apenas um
orçamento. Unidade orçamentária tende a reunir em um único total todas as receitas do Estado,
de um lado, e todas as despesas, de outro. Em conformidade com esse princípio não deve
haver orçamentos paralelos, ou seja, as propostas orçamentárias de todos os órgãos e Poderes
devem estar contidas numa só lei orçamentária, mesmo considerando a independência dos
Poderes ou a autonomia administrativa, orçamentária e financeira dos órgãos.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
De acordo com este princípio, o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas
do Estado. Essa regra tradicional é considerada indispensável para o controle parlamentar sobre
as finanças públicas. Tal princípio é indispensável para o controle parlamentar sobre as finanças
do Estado. O princípio da universalidade possibilita ao Legislativo:
a) conhecer a priori todas as despesas e receitas do governo e d ar prévia autorização para
a respectiva arrecadação e realização;
b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia
autorização parlamentar; e
c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar
a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Segundo este princípio, o orçamento público deve ser elaborado e autorizado para um
determinado período, geralmente de um ano.
Este período varia entre os países. A maioria, entre eles o Brasil, faz coincidir o ano financeiro
com o ano civil. Mas nos EUA, o período vai de 1º de outubro a 30 de setembro; já na Inglaterra
e na Alemanha, vai de 1º de abril a 31 de março.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Segundo Sant’Anna e Silva: “Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou
comprometida para atender a certos e determinados gastos.”
A CF de 1988 restringe a aplicação do princípio aos impostos, observadas as exceções
indicadas na Constituição e somente nesta, não permitindo sua ampliação mediante quaisquer
outros instrumentos normativos. Assim sendo, uma lei ordinária ou complementar poderá
vincular receitas a determinadas despesas, desde que não seja de impostos.
Alguns tipos de receitas públicas são naturalmente vinculados à execução de determinadas
despesas. O produto da arrecadação de boa parte das taxas, por exemplo, é vinculado à
realização de despesas certas pois custeiam serviços prestados pelo Estado.
A CF 88 diz:
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para manutenção e
desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212, e a prestação
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas
no art. 165, § 8º, bem assim o disposto no § 4º deste artigo;
As exceções mencionadas dos artigos 158 e 159 são as participações que Estados,
Municípios e o Distrito Federal têm no produto da arrecadação de impostos sobre a renda,
proventos de qualquer natureza, de produtos industrializados, sobre a propriedade territorial
rural.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Reflexão
Observe que nas duas situações anteriores pode-se vincular receita de tributos,
e não só a de impostos.
Este princípio encontra-se consubstanciado no inciso VII do art. 167, da CF 88, o qual veda
a concessão de créditos ilimitados.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Surgiu com o objetivo de impedir que a Lei de Orçamento, em função da natural celeridade
de sua tramitação no legislativo, fosse utilizada como meio de aprovação de matérias outras
que nada tinham a ver com o orçamento.
A lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela qualquer
dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para o próximo exercício,
ressalvada a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de operações
de crédito, ainda que por antecipação da receita.
Esse princípio está consagrado no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, da seguinte
forma: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Descomplicando:
Reflexão
A CF veda a autorização para a abertura de créditos especiais e extraordinários
na LOA, permite somente a autorização para a abertura de crédito adicional
suplementar. Essa autorização é dada pelo Legislativo na própria lei orçamentária.
A autorização para a abertura de créditos adicionais na LOA é inconstitucional, haja
vista que a CF autoriza somente a espécie crédito suplementar, ou seja, apenas a
suplementação de recursos em ações que já se encontrem na Lei Orçamentária.
A Lei 4.320/64 também consagra esse princípio e estabelece exceções ao prever que:
“A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições
do artigo 43;
Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação
da receita, para atender a insuficiências de caixa.”
O artigo 43 refere-se às fontes de recursos para a abertura de créditos adicionais.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Matérias que podem ser inseridas na LOA e que não afetam o princípio da exclusividade:
• Autorização para a abertura de crédito adicional suplementar;
• Contratação de qualquer operação de crédito;
• Contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO.
Princípio do Equilíbrio
Determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos
sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos em determinada ação
do orçamento, deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar a
transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder
Legislativo, conforme disposto no inciso VI, do art. 167 da CF/88:
“Art. 167. São vedados:
(...)
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa.”
O orçamento público deve possuir uma estrutura estável e uniforme ao longo do tempo, de
modo a permitir a sua comparação nos sucessivos exercícios financeiros.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Essas três dimensões revelam que, em sentido amplo, o sistema orçamentário brasileiro
compõe-se não apenas de leis – como aquelas mencionadas acima – mas de todo um arcabouço
institucional composto de vários elementos: agentes políticos e entidades dos três Poderes; as
relações entre esses agentes e os eleitores e segmentos organizados da sociedade; e as regras
formais e informais que disciplinam essas relações e normatizam o processo decisório em torno
do orçamento público.
Em poucas áreas das políticas públicas a qualidade da democracia revela-se tão claramente
quanto na área do orçamento público: a democracia é uma função direta da capacidade de
segmentos organizados da sociedade de acompanharem de modo ativo e informado o processo
orçamentário, caso desejem fazê-lo.
Os agentes, ou seja, aqueles que participam ativamente do processo orçamentário são:
a) Unidades Orçamentárias (UO): Segmento da administração direta a que o Orçamento
da União consigna dotações específicas para a realização de seus programas de trabalho.
b) Setorial Orçamentária: Órgãos centrais no âmbito de cada ministério, que consolidam
as informações e transações realizadas pelas UOs que lhe são subordinadas.
c) Secretaria de Orçamento Federal (SOF): Trata de consolidar as informações recebidas
pelos Órgãos Setoriais e elaborar a LDO e a LOA. É o órgão responsável pela formulação
e gestão global do processo orçamentário, inclusive do PLOA encaminhado ao
Congresso Nacional.
d) Secretaria de Planejamento e Investimento (SPI): Órgão do Ministério do Planejamento
responsável pela elaboração do PPA, bem como pela inclusão ou exclusão de ações,
manutenção e consolidação de dados para o PPA.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
O Plano Plurianual, que vigora por quatro anos, estabelece diretrizes, objetivos e metas
da administração federal para as despesas de capital e os programas de duração continuada,
veiculando, portanto, um planejamento de médio prazo.
A Lei do Plano Plurianual é uma lei ordinária, editada a cada quatro anos
e, segundo dispõe o § 1º do art. 165 do texto constitucional, “...estabelecerá,
de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada”.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)é uma lei ordinária com validade apenas para
um exercício. De acordo com o § 2º do art. 165 do texto constitucional, a LDO “compreenderá
as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para
o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações da legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras de fomento”.
Estabelece, assim, de forma antecipada, as diretrizes, as prioridades de gastos e as normas
e parâmetros que devem orientar a elaboração do projeto de lei orçamentária para o exercício
seguinte (e.g., lista de projetos prioritários, normas sobre convênios, fixação das metas de
resultado primário, relação dos riscos fiscais).
As prioridades e metas definidas pela LDO para os programas e ações são apresentadas
em anexo ao texto legal, constituindo-se num detalhamento anual de metas estabelecidas no
PPA e que foram selecionadas para constar do projeto de lei orçamentária de cada exercício.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
A LRF instituiu algumas novas atribuições aos instrumentos legais já em vigor, no que diz
respeito ao processo orçamentário no Brasil.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, introduzida na nossa Constituição Federal de
1988 (art. 165, II e § 2º) tem por objetivo preparar as metas e prioridades para a execução
no exercício seguinte, incluindo as despesas de capital e dispondo sobre as alterações na
legislação tributária, a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, e
ainda:
• a autorização para concessão de quaisquer vantagens ou aumento de remuneração
aos ser\vidores, bem assim as alterações na estrutura funcional, que impliquem em
expansão da despesa prevista no orçamento da administração central (CF, art. 169, par.
Único. Inciso II e fixação dos limites do art.20, § 5º da LRF);
• a previsão e os critérios de contingenciamento (LRF, art. 5º III);
• a renúncia de receita e sua compensação (LRF, art. 14);
• a definição do que seja despesa irrelevante (LRF, ART. 16, § 3º);
• previsão da variação do índice de preços para efeito da atualização monetária do principal
da dívida mobiliária refinanciada (LRF, art. 5º, § 3º);
• fixação das condições para a contratação de horas extras quando for ultrapassado o
limite de 95% de que trata o art. 22, par. Ún., V da LRF);
• inclusão de novos projetos e o atendimento aos requisitos do art. 45 da LRF;
• autorização para que o municípios contribuam para o custeio de despesas de competência
de outros entes da Federação (LRF, art. 62, I).
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
A falta deste anexo na LDO, dada a sua importância, implica em punição, segundo a Lei
nº 10.028/2000, art. 5º. Inciso II.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
O Anexo de Riscos Fiscais deve conter uma avaliação dos passivos contingentes, que
são obrigações que dependam de acontecimentos que poderão vir a ocorrer, como sentenças
judiciais, por exemplo, ou quaisquer outros riscos capazes de afetar as contas públicas, devendo
ser informados, também, as providências que serão tomadas caso os passivos se concretizem.
A segunda categoria compreende os chamados riscos de dívida, que podem gerar ou não
despesa primária. Os riscos de dívida são especialmente relevantes porque afetam a relação
entre dívida e PIB, que é considerada o indicador mais importante de solvência do setor público.
A exigência deste anexo dirige-se apenas à União, no qual deverão estar presentes os
objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções
para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício
subsequente (art. 4º. § 4º).
Pelo seu caráter orientador – para elaboração do orçamento anual do exercício subsequente,
a LDO, em princípio, não obriga a sua adoção integral, podendo o legislador não adotar certas
indicações ou fazer outras nela não contempladas.
Em alguns casos, porém, ela obriga, por exemplo, quando fixa critérios e condições para a
execução do orçamento ou faz exigências para a transferência voluntária de recursos públicos
para outros entes ou para a iniciativa privada.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
1) o orçamento fiscal,
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Os dois primeiros envolvem toda a programação de gastos dos Poderes da União, seus
fundos, autarquias e fundações. Em suma, abrangem toda a administração pública, direta e
indireta.
• O orçamento fiscal lista todos os gastos da União, como os destinados à manutenção
da máquina pública, educação, defesa, estradas, portos, folha de pessoal ativo, juros da
dívida etc., bem como todas as receitas que são esperadas para serem arrecadadas.
• O orçamento da seguridade social abrange os desembolsos com saúde e benefícios
previdenciários.
• O orçamento de investimentos das empresas estatais contém a previsão de investimentos
das entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto.
Pela análise conjunta desses três instrumentos, depreende-se que a concepção do processo
de planejamento e orçamento no Brasil confere ao PPA, à LDO e à LOA uma atuação integrada,
que pode ser assim resumida: o PPA estabelece o planejamento de longo prazo, por meio
dos programas e ações de governo, enquanto a LOA fixa o planejamento de curto prazo, ou
seja, materializa anualmente as ações e programas a serem executados por meio de projetos,
atividades e operações especiais. À LDO, por sua vez, cabe o papel de estabelecer a ligação entre
esses dois instrumentos, destacando do PPA os investimentos e gastos prioritários que deverão
compor a LOA, e definir as regras e normas que orientam a elaboração da lei orçamentária
que irá vigorar no exercício seguinte ao da edição da LDO. O diagrama a seguir ilustra o inter-
relacionamento entre os diversos instrumentos legais que compõem o ordenamento jurídico dos
planos e orçamentos.
Como dissemos anteriormente, a Lei Complementar nº 101 (LRF) trouxe mudanças
significativas aos instrumentos legais relativos ao planejamento e orçamento no Brasil.
Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) (arts. 5 a 7) a LRF estabelece, em seu art.
5º a interligação entre o planejamento e o orçamento, prevendo que o orçamento deverá ser
elaborado em consonância com o planejamento (PPA) e as diretrizes estabelecidas pela LDO e
pela própria LRF devendo conter, também:
• em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os
objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais
• documento com medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de
despesas de caráter continuado; e
• indicação deReserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante definido com
base na receita corrente líquida, destinada aoatendimento de passivos contingentes e
outros riscos e eventos fiscais imprevistos;
• todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que
as atenderão;
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
• o refinanciamento da dívida pública como também, se for o caso, nas leis de abertura de
crédito adicional;
• observar que a atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não
poderá superar a variação do índice de preços na LDO, ou em legislação específica.
• É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação
ilimitada.
• A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um
exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a
sua inclusão, conforme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Abaixo, temos o menu principal do SIOP, onde verificamos as abas relativas aos módulos
da Proposta Orçamentária para o exercício seguinte e para o Plano Plurianual, evidenciando a
integração:
Módulo relativo
ao Plano Pluria-
nual - PPA
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Módulo relativo
ao Plano Pluria-
nual - PPA
3.2 SIAFI
O SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – é o sistema
utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional para realizar o controle e o acompanhamento da
execução orçamentária e financeira do Governo Federal.
Este sistema foi criado para uniformizar os procedimentos relativos à execução do orçamento
e integra as movimentações orçamentárias, contábeis, financeiras e patrimoniais.
O sistema é operado por meio de transações realizadas pelas Unidades Gestoras dos órgãos
públicos onde são registrados os documentos que, por meio eletrônico, geram lançamentos
contábeis que modificam as contas do Estado a cada instante.
O SIAFI é dividido por exercícios, ou seja, em cada exercício encontramos o movimento
contábil, orçamentário e financeiro relativo ao ano em questão. Ademais, diferentes agentes do
sistema orçamentário (UG, Órgão Setorial) possuem diferentes condições de acessibilidade,
sendo que um órgão setorial tem amplo acesso às informações das UGs que lhe são
subordinadas, o que facilita o controle dos lançamentos.
É importante ressaltarmos alguns dos documentos principais utilizados no SIAFI, a saber:
1) NC – Nota de Movimentação de Crédito: é o documento utilizado para realizar as
transferências de créditos orçamentários entre UGs ou Órgãos.
2) NE – Nota de Empenho: Destinada à emissão de empenho, bem como seu reforço ou
anulação.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Objetivos do SIAFI
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem
implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total
controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
ESTRUTURA DO SIAFI
Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para
se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de
formação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do
sistema que se deseja acessar: SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002 etc.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes,
por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre
si características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas as
diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.
Cada subsistema tem uma função própria e bem delimitada no SIAFI. Podemos organizá-
los informalmente em cinco grupos principais:
1) Controle de Haveres e Obrigações:
• Dívida Pública – DIVIDA
• Haveres – HAVERES
• Controle de Obrigações – OBRIGACAO
• Operações Oficiais de Crédito - O2C
2) Administração do Sistema :
• Administração do Sistema - ADMINISTRA
• Auditoria – AUDITORIA
• Centro de Informação – CI
• Conformidade – CONFORM
• Manual – MANUALMF
3) Execução Orçamentária e Financeira :
• Contábil – CONTABIL
• Documentos do SIAFI – DOCUMENTO
• Orçamentário e Financeiro – ORCFIN
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
4) Organização de Tabelas:
• Tabelas administrativas – TABADM
• Tabelas de apoio – TABAPOIO
• Tabelas do cadastro de obrigações – TABOBRIG
• Tabelas orçamentárias –TABORC
• Tabelas de receitas orçamentárias – TABRECEITA
5) Recursos Complementares com Aplicação Específica:
• Programação orçamentária – PROGORCAM
• Convênios – CONVENIOS
• Contas a pagar e a receber – CPR
6) Estados e Municípios - ESTMUN.
Reflexão
O SIAFI é um sistema destinado à execução orçamentária e financeira.A
elaboração do orçamento era executada no SIDOR, mas agora passou ao novo
sistema utilizado pelo MPOG, que é o SIOP – Sistema Integrado de Orçamento e
Planejamento.
CAIU EM PROVA!
(CESPE – MJ/Agente de Polícia Federal/2004) A elaboração e a execução orçamentárias
são processadas em um mesmo sistema informatizado, o que garante celeridade e uniformidade.
ERRADA. No Siafi realiza-se a execução do orçamento através dos registros contábeis de
cada ato ou fato praticado pelo Gestor. A elaboração do orçamento era executada no Sistema
Integrado de Dados Orçamentários – SIDOR, mas atualmente é feita no SIOP.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Segurança do SIAFI
Senha
Para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente por meio do cadastramento
de uma senha, quando são especificados os perfis e níveis de acesso de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídos a cada Operador, para atender
às necessidades de execução e consulta ao Sistema. Enquanto o nível de acesso determina o
grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas feitas pelo usuário no sistema SIAFI.
Cabe sempre lembrar que o usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a sua
senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se às
consequências das sanções penais ou administrativas cabíveis em decorrência do mau uso.
Estas Habilitações são regidas pelos seguintes instrumentos legais:
• NORMA DE EXECUÇÃO Nº 01 DE 13 DE JUNHO DE 2001,
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03 DE 23 DE MAIO DE 2001
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 06 DE 31 DE OUTUBRO DE 2007
Conformidade Contábil
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Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
Conformidade de Operadores
A Conformidade dos Registros de Gestão consiste na certificação dos registros dos atos
e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI e da existência de documentos hábeis
que comprovem as operações.
Identificação das Operações do Usuário
Quando o usuário entra no sistema, automaticamente são registrados o seu CPF, a hora e
de qual terminal foi feito o acesso. Esta medida tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou
fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificação
de dados no sistema também é registrada com a identificação do CPF, a hora e o nome do autor
da operação.
Atribuições do SIAFI
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados
em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos
órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas
federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal
e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
40
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 01: Orçamento Público: Conceitos e Princípios
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água,
energia elétrica, telefone etc.) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado
também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização
depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os
interessados e a STN, que é o órgão gestor do SIAFI.
Muitos são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz
uso, mas podemos dizer, a título de simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas
para registrar as informações pertinentes às três tarefas básicas da gestão pública federal dos
recursos arrecadados legalmente da sociedade:
• Execução Orçamentária;
• Execução Financeira; e
• Elaboração das Demonstrações Contábeis, consolidadas no Balanço Geral da União.
41
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ESPÍRITO SANTO
PROGRAMAÇÃO E GESTÃO
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Objetivos do módulo:
Apresentar os conceitos relacionados às Receitas e Despesas Públicas, Execução
Orçamentárias e Financeira, bem como as alterações orçamentárias.
43
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
O Manual de Procedimentos de Receitas Públicas aprovado pela Portaria STN N.º 219, de
29 de abril de 2004 conceitua como Receita Pública orçamentária todos os ingressos de
caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental,
para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário
constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
• Imposto: Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica em relação ao contribuinte.
• Fatos geradores:
• Patrimônio: Tributado por impostos diretos, como IPTU, IPVA, ITR.
• Renda: Tributada por impostos diretos cuja base de cálculo é constituída pelos fluxos
anuais de rendimento.
• Consumo: A compra e venda de mercadorias e serviços constitui o fato dominante,
variando apenas o momento em que o imposto é cobrado (se a nível de produtor, IPI. Ou
do consumidor, ICMS) e a base de cálculo de operação (se o valor adicionado ou o total
de transação). Atualmente todos os impostos sobre o consumo são IVA (Imposto sobre
Valor Agregado).
• Contribuição de melhoria: É o tributo pago pelo contribuinte que obtiver uma vantagem
econômica particular, em virtude da atividade administrativa do poder público, maior do
que a que advém ao restante dos cidadãos. Ex: Valorização de propriedade de imóvel
decorrente de obra pública.
• Taxa: Espécie de tributo que os indivíduos pagam ao Estado, em razão do exercício do
Poder de Polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
44
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Reflexão
Há, no entanto, de se distinguir duas modalidades de recebimentos: receitas
efetivas e receitas não efetivas. A Receita Pública Efetiva é aquela em que os
ingressos de disponibilidades de recursos não foram precedidos de registro de
reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes e
por isto alteram a situação líquida patrimonial, como a receita proveniente de
impostos ou a receita decorrente de uma prestação de serviços. A Receita Pública
Não-Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram
precedidos de registro do reconhecimento do direito e por isto não alteram a
situação líquida, como a receita proveniente da venda de bens permanentes
ou resultantes de operações de crédito.
A classificação da receita por natureza visa a identificar a origem do recurso segundo o fato
gerador. A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres
públicos, esta classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que a subdivide em
seis níveis:
45
Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
C O E R AA SS
Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea
1) Receitas Correntes:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
2) Receitas de Capital:
Origem da Receita
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
RECEITA CARACTERÍSTICA
1000. RECEITAS CORRENTES
A Receita Tributária ou Receita Derivada cor-
1100.00.00. RECEITA TRIBUTÁRIA
responde aos impostos, taxas e contribuições de
* 1110.00.00 - Impostos
melhoria que possuem características de rendas
* 1120.00.00 - Taxas
fiscais e sujeitas a cobrança compulsória em razão
* 1130.00.00 - Contribuições de Melhoria
da função social.
Classificam-se, sob o título Receita de Contri-
buições, as contribuições compulsórias de ordem
1200.00.00 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES social e profissional, tais como as para a Previ-
* 1210.00.00 - Contribuições Sociais dência Social, Cofins, CPMF, CSLL, PIS/Pasep, PSS,
* 1220.00.00 – Contribuições Econômicas contribuição do salário-educação e as de ordem
econômica, tais como as contribuições ao Sebrae,
Senac, Senai etc.
1300.00.00 RECEITA PATRIMONIAL
A Receita Patrimonial resulta da utilização, por
* 1310.00.00 - Receitas Imobiliárias
terceiros, dos elementos patrimoniais: aluguéis,
* 1320.00.00 - Receitas de Valores Mobili-
arrendamentos, foros e laudêmios, taxa de ocupa-
ários
ção de imóveis, dividendos e outras participações
* 1390.00.00 - Outras Receitas Patrimo-
em capital de outras empresas.
niais
A Receita Agropecuária resulta das receitas
correntes das seguintes atividades ou explorações
1400.00.00 RECEITA AGROPECUÁRIA
agropecuárias: agricultura (cultivo do solo), inclu-
* 1410.00.00 - Receita da Produção Vege-
sive hortaliças e flores; pecuária (criação, recria-
tal
ção ou engorda de gado ou pequenos animais);
* 1420.00.00 - Receita da Produção Animal
silvicultura (ou reflorestamento) e extração de
e Derivados
produtos vegetais; atividades de beneficiamento
* 1490.00.00 - Outras Receitas Agropecu-
ou transformação de produtos agropecuários em
árias
instalações existentes nos próprios estabeleci-
mentos.
1500. RECEITA INDUSTRIAL
* 1510.00.00 - Receita da Indústria Extrati-
A Receita Industrial decorre das atividades indus-
va Mineral
triais definidas como tais pelo IBGE: indústrias de
* 1520.00.00 - Receita da Indústria de
extração mineral, de transformação, de constru-
Transformação
ção, de serviços industriais de utilidade pública.
* 1530.00.00 - Receita da Indústria de
Construção
Receita de Serviços abrange as receitas carac-
terísticas da prestação de serviços, tais como
1.600.00.00 RECEITA DE SERVIÇOS o comércio, transporte, comunicação, serviços
hospitalares, armazenagem, serviços recreativos
e culturais etc.
1700.00.00 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES Transferências Correntes são os recursos re-
* 1710.00.00 - Transferências Intragover- cebidos de outras pessoas de direito público ou
namentais privado, independentemente da contraprestação
* 1720.00.00 - Transferências Intergover- direta em bens e serviços. Podem ocorrer em
namentais nível intragovernamental ou intergovernamental,
* 1730.00.00 - Transferências de Institui- assim como recebidos de instituições privadas, do
ções Privadas exterior e de pessoas. São receitas transferidas
* 1740.00.00 - Transferências do Exterior e não próprias. Destinam-se a aplicações em des-
* 1750.00.00 - Transferências de Pessoas pesas correntes. Ex: ICMS que o município recebe
* 1760.00.00 - Transferências de Convênios do estado.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
RECEITA CARACTERÍSTICA
1900.00.00 OUTRAS RECEITAS CORRENTES
Outras Receitas Correntes constituem-se da
* 1910.00.00 - Multas e Juros de Mora
arrecadação de multas, juros e indenizações e
* 1920.00.00 - Indenizações e Restituições
restituições, receitas da dívida ativa e receitas
* 1930.00.00 - Receita da Dívida Ativa
diversas.
* 1990.00.00 - Receitas Diversas
2000.00.00 RECEITAS DE CAPITAL
2100.00.00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Operações de Crédito – recursos decorrentes da
* 2110.00.00 - Operações de Créditos
colocação de títulos públicos ou de empréstimos
Internas
obtidos junto a entidades estatais ou particulares,
* 2120.00.00 - Operações de Créditos
internas ou externas.
Externas
2200.00.00 ALIENAÇÃO DE BENS A Alienação de Bens constitui-se dos recursos
* 2210.00.00 - Alienação de Bens Móveis provenientes da alienação de bens móveis e imó-
* 2220.00.00 - Alienação de Bens Imóveis veis.
Amortização de Empréstimos – recursos prove-
2300.00.00 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS nientes da amortização de empréstimos concedi-
dos.
2400.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
* 2420.00.00 - Transferências Intergover-
namentais Transferências de Capital, por identidade, as
* 2430.00.00 - Transferências de Institui- descrições correspondem àquelas apresentadas
ções Privadas em transferências correntes. Destinam-se a apli-
* 2440.00.00 - Transferências do Exterior cações de capital.
* 2450.00.00 - Transferências de Pessoas
* 2470.00.00 - Transferências de Convênios
2500.00.00 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL Outras Receitas de Capital – com o desdobramen-
* Integralização do Capital Social to deste título encontram-se a integralização do
* Outras Receitas capital social e outras receitas.
Espécies de Receita
É o nível de classificação vinculado à Origem que permite qualificar com maior detalhe o
fato gerador das receitas. Por exemplo, dentro da origem Receita Tributária, identifica-se as
espécies “Impostos”, “Taxas” e “Contribuições de Melhoria”.
Rubrica
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Alínea
Subalínea
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
A Classificação da receita por grupos identifica quais agentes públicos possuem competência
legal para arrecadar, fiscalizar e administrar as receitas públicas. Desta forma, é instrumento
orçamentário-gerencial identificador de determinados segmentos arrecadadores do setor
público.
Cada grupo de receita é formado pela associação entre tipos específicos de unidades
orçamentárias e de naturezas de receita que atendam a certas particularidades sob a ótica
orçamentária. Os grupos são de: “Receitas Próprias”, “Receitas Administradas”, “Receitas de
Operações de Crédito”, “Receitas Vinculadas” e “Demais Receitas”.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Receitas Próprias
Receitas Administradas
São as receitas auferidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, que detém a
competência para fiscalizar, arrecadar e administrar esses recursos, com amparo legal no
Código Tributário Nacional e leis afins.
Recolhidas por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF ou
Guia da Previdência Social – GPS, utilizando-se dos bancos arrecadadores credenciados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB. A partir da data em que o contribuinte efetua o
pagamento do tributo, ou seja, da data de arrecadação (d), o banco tem um dia útil (d+1) para
repassar os recursos para a Conta Única do Tesouro no Banco Central*.
Receitas Vinculadas
Pertencem a esse grupo receitas que são vinculadas, por Lei, a determinada finalidade
específica, exceto as classificadas como “Receitas Administradas”.
Geralmente, são receitas cuja fiscalização, administração e arrecadação ficam a cargo das
próprias entidades arrecadadoras, às quais resta a obrigação de efetuar o recolhimento para a
Conta Única do Tesouro.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Demais Receitas
Grupo destinado às receitas previstas em Lei ou de natureza contratual, que não estejam
enquadradas em nenhum dos grupos anteriores.
Esta classificação orçamentária da receita tem por objetivo identificar quais são as receitas
que compõem o resultado primário do Governo.
Receita primária é o somatório das receitas fiscais líquidas (aquelas que não geram
obrigatoriedade de contraprestação financeira, como ônus, encargos e devolução).
O cálculo da Receita Primária é efetuado somando-se as Receitas Correntes com as de
Capital e, depois, excluindo da conta as receitas: de operações de crédito e seus retornos
(juros e amortizações), de aplicações financeiras, de empréstimos concedidos e do superávit
financeiro.
Receitas Financeiras são as provenientes de operações de crédito internas e externas,
de aquisição de títulos de capital, de aplicações financeiras, de juros, de amortizações e do
superávit financeiro.
A receita é classificada, ainda, como Primária (P) quando seu valor é incluído na apuração
do Resultado Primário no conceito acima da linha, e Não-Primária ou Financeira (F) quando
não é incluído nesse cálculo. Esse conceito surgiu quando o Brasil adotou metodologia de
apuração do resultado primário oriunda de acordos com o Fundo Monetário Internacional - FMI.
As receitas que financiam a Seguridade Social são previstas pelo art. 195 da CF/88, e a
forma de composição delas, pelos arts. 11 e 27 da Lei nº 8.212/91, que “instituiu o Plano de
Custeio da Seguridade Social”.
Essas receitas classificam-se como “Contribuições Sociais” e “Demais Receitas”, por meio
da seguinte metodologia:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Contribuições Sociais
Para integrarem o Orçamento da Seguridade Social, devem cumprir dois requisitos básicos:
1 - Quanto à origem, a norma constitucional ou infraconstitucional instituidora deve explicitar
que a receita se destina ao financiamento da Seguridade Social; e
2 - Quanto à finalidade, a receita criada deve ser destinada para as áreas de saúde,
previdência ou assistência social.
Demais Receitas
1) RECEITAS CORRENTES
Receitas Tributárias
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Impostos
Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao
contribuinte, o qual não recebe contraprestação direta ou imediata pelo pagamento.
O art. 167 da Constituição Federal proíbe, salvo em algumas exceções, a vinculação de
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Os impostos estão enumerados na Constituição
Federal, ressalvando-se unicamente a possibilidade de utilização, pela União, da competência
residual prevista no art. 154, I, e da competência extraordinária, no caso dos impostos
extraordinários de guerra prevista no inciso II do mesmo artigo.
Taxas
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no
âmbito das respectivas atribuições, são, também, espécie de tributo na classificação orçamentária
da receita, tendo, como fato gerador, o exercício regular do poder de polícia administrativa, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto a sua disposição.
Nesse contexto, taxas são tributos vinculados porque o aspecto material do fato gerador é
prestação estatal específica “diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação
de serviços” – porém, via de regra, são tributos de arrecadação não-vinculada, pois as receitas
auferidas por meio das taxas não se encontram afetas a determinada despesa, salvo, se a lei
que instituiu o referido tributo assim determinou.
A taxa está sujeita ao princípio constitucional da reserva legal e, sob a ótica orçamentária,
classificam-se em: Taxas de Fiscalização e Taxas de Serviço.
São definidas em lei e têm como fato gerador o exercício do poder de polícia, poder
disciplinador, por meio do qual o Estado intervém em determinadas atividades, com a finalidade
de garantir a ordem e a segurança. A definição de poder de polícia está disciplinada pelo art. 78
do CTN:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
São as que têm como fato gerador a utilização de determinados serviços públicos, sob
ponto de vista material e formal. Nesse contexto, o serviço é público quando estabelecido em lei
e prestado pela administração pública, sob regime de direito público, de forma direta ou indireta.
A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, o Estado atua com
supremacia sobre o particular. É receita derivada e os serviços têm que ser específicos e
divisíveis.
Conforme o art. 77 do CTN:
“Os serviços públicos têm que ser específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou
colocados à sua disposição.”
Para que a taxa seja cobrada, não há necessidade de o particular fazer uso do serviço,
basta que o Poder Público coloque tal serviço à disposição do contribuinte.
Contribuição de Melhoria
Receitas de Contribuições
Contribuições Sociais
Classificada como espécie de contribuição, por força da Lei nº 4.320/64, a contribuição
social é tributo vinculado a uma atividade estatal que visa atender aos direitos sociais previstos
na Constituição Federal.
Pode-se afirmar que as contribuições sociais atendem a duas finalidades básicas: seguridade
social (saúde, previdência e assistência social) e outros direitos sociais como, por exemplo: o
salário educação.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Receitas Patrimoniais
São receitas provenientes da fruição dos bens patrimoniais do ente público (bens mobiliários
ou imobiliários), ou, ainda, de participações societárias. São classificadas no orçamento como
receita corrente e de natureza específica de origem como receita patrimonial.
Quanto à procedência, tratam-se de receitas originárias. Podemos citar como espécie de
receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Compensações Financeiras
“É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração
de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
por essa exploração”.
Receitas Agropecuárias
Receitas Industriais
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Receitas de Serviços
São receitas correntes, cuja classificação orçamentária constitui origem específica, abrangendo as
receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais
como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos,
culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa.
Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais;
serviços de transporte; serviços portuários etc.
Transferências Correntes
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
2) Receitas de Capital
Alienação de Bens
Reflexão
Nos termos do artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, é vedada a aplicação
da receita de capital decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o
patrimônio público, para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei
aos regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Amortização de Empréstimos
Transferências de Capital:
São classificadas nessa origem as receitas de capital que não atendem às especificações
anteriores; ou seja: na impossibilidade de serem classificadas nas origens anteriores.
II – Despesas Públicas
É o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público, para o
funcionamento dos serviços públicos. Ou seja, compreendem a distribuição e emprego das
receitas para custeio de diferentes setores da Administração e para os investimentos.
Para uma melhor análise e um controle mais efetivo da despesa pública, a mesma pode
ser classificada sob duas óticas (proposições) distintas: a proposição qualitativa, que aborda
aspectos qualitativos da despesa e a proposição quantitativa, cuja ênfase se dá nos aspectos
econômicos/financeiros. Ambas possuem algumas classificações que nos permitem enxergar o
gasto público sob os mais diversos aspectos. Vejamos cada uma delas:
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Classificação Institucional
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Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Classificação Funcional
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Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Classificação Programática
• Mais moderna.
• Finalidade de demonstrar o resultado final do trabalho do governo.
• Responde à indagação “Para Que” os recursos são alocados? (finalidade)
• Composição: 8 dígitos
Programa:
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Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Tipos de programa
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Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Ação
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem
paraatender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as
transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e
jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições etc., e os financiamentos.
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos
ou operações especiais.
a) Atividade
b) Projeto
c) Operação Especial
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE,
CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando
necessário. É vedada na especificação do subtítulo referência a mais de uma localidade, área
geográfica ou beneficiário, se determinados.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Reflexão
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por
natureza de despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que pertence, a
modalidade de aplicação e o elemento de despesa.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
CATEGORIA ECONÔMICA:
A classificação por categoria econômica nos permite entender o impacto dos gastos públicos
na economia do país. A despesa é classificada em duas categorias econômicas:
• Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Então, enquadram-se nesta categoria despesas com Pessoal, manutenção, obras de
conservação, juros da dívida etc.
• Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Então,
aqui classificamos construções, aquisições de imóveis e material permanente, bem como
amortizações de empréstimos.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
4 - Investimentos
5 - Inversões Financeiras
4 – Despesas de Capital
6 - Amortização da Dívida
9 – Reserva de Contingência
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
ELEMENTO DE DESPESA
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens
fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma,
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os
códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial
nº 163, de 2001.
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
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Planejamento e Execução Financeira
Módulo 02: Receitas e Despesas Públicas/Execução
Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
1) Fixação da despesa:
É o valor total da despesa estabelecida na LOA. Este valor deverá ser igual ao total das
receitas previstas (princípio do equilíbrio orçamentário). Poderíamos denominá-lo de dotação
inicial ou apenas dotação. Entretanto, não se trata de um dos estágios de execução da despesa,
é apenas um estágio estático da lei de orçamento, entretanto, o valor fixado inicialmente pode
ser alterado durante a execução do orçamento. Ao ser alterado, o resultado da execução é
normalmente denominado de dotação atualizada.
2) Empenho da despesa:
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição (art. 58, da Lei nº 4.320/64).
O empenho representa o primeiro estágio de execução da despesa e é emitido pela unidade
que recebeu créditos orçamentários consignados no orçamento ou por descentralização de
créditos de outro órgão ou unidade orçamentária. Com esse estágio (empenho) se inicia
efetivamente a execução da despesa pública.
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Atenção!
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Orçamentária e Financeira e Alterações Orçamentárias
Modalidades de empenho:
3) Liquidação:
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito (art. 63, e § 1º e 2º da Lei nº 4.320/64).
A liquidação compreende o 2º estágio de execução da despesa e é caracterizada pela
entrega da obra, bens, materiais ou serviços, objeto do contrato com o fornecedor. Após a
conclusão do serviço ou entrega dos bens, essa liquidação é realizada formalmente no SIAFI,
através da Nota de Lançamento – NL.
A liquidação da despesa pelo serviço de contabilidade do órgão, consiste na verificação
do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
Na liquidação da despesa é verificado se o contrato ou a entrega dos bens adquiridos foi
efetivamente cumprido pelo fornecedor.
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O § 1° do art. 36 do Decreto 93.872/86 determina que essa verificação tem por fim apurar:
4) Pagamento:
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Os estágios da despesa pública não podem ser descumpridos, haja vista que a legislação
não permite, em hipótese alguma, a inversão de qualquer estágio. Assim sendo, a título de
exemplo, não se pode pagar uma despesa sem ter sido empenhada ou empenhar uma despesa
sem estar prevista na lei orçamentária ou em lei especial.
Portanto, para que a despesa seja legalmente realizada e cumprido o seu estágio final,
deverá estar fixada e autorizada na LOA, programado o seu desembolso, empenhada, liquidada
e paga.
MAS ATENÇÃO!!!
EXECUÇÃO DA
EMPENHO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO
DESPESA -
SIAFI
A CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL foi implantada em setembro de 1988. Com ela,
todas as unidades gestoras on-line do SIAFI passaram a ter seus saldos bancários registrados
e controlados pelo sistema, sem contas escriturais no Banco do Brasil.
O princípio da unidade de caixa é aquele que respalda a conta única, que é mantida junto
ao Banco Central do Brasil e operada por meio do Banco do Brasil ou, excepcionalmente, por
outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda.
O princípio da Unidade de Caixa está consagrado no art. 56 da Lei 4320/64, que diz:
“Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio da
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.”
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Reflexão
Apesar dessa regra, as receitas de aplicações financeiras de fundos e de convênios
não são recolhidas à Conta Única. Elas revertem às suas respectivas contas-
correntes, sendo exceções do princípio.
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No entanto, seu uso tem sido desvirtuado por grande parte dos entes governamentais,
que acabam por inscrever entre eles valores de bens e serviços a serem adquiridos no futuro,
não sendo adequado, neste caso, o registro da obrigação, ainda que derivantes de contratos
já assinados, pois há um direito incondicional de compensação, haja vista que comprador e
vendedor ainda não desempenharam os serviços.
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Cumpre lembrar que o não pagamento, no exercício, de despesas nele empenhadas não
compromete o equilíbrio orçamentário estabelecido no art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964.
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.”
Assim, as despesas legalmente empenhadas, não pagas até o dia 31 de dezembro, não
canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam os requisitos previstos em
legislação específica, devem ser inscritas contabilmente como obrigações a pagar do Estado
junto a seus credores.
Essas despesas não deverão afetar o universo orçamentário do exercício seguinte,
pois deverão ser pagas com recursos financeiros provenientes do exercício em que
foram empenhadas, com o propósito de manter o equilíbrio orçamentário dentro do regime de
competência legal já citado e para não comprometer as fontes de financiamento do programa
de trabalho do exercício seguinte.
1.2 Classificação
Entretanto, pelo entendimento da Lei nº 4.320/64, os restos a pagar não processados devem
ser escriturados como obrigação. Com esse procedimento, a Contabilidade Pública respeita a
referida lei, mas fere o Princípio da Competência, o qual define que a despesa só deve afetar o
resultado do exercício no momento em que ocorreu o seu fato gerador.
Não há dúvidas de que a lei 4.320/64 adotou como fato gerador da despesa orçamentária o
empenho e que o Princípio da Competência adotou como fato gerador de qualquer despesa, em
qualquer ramo da Contabilidade, o recebimento do serviço, o consumo dos materiais ou o uso
dos bens. Ao fazermos a inscrição de Restos a Pagar, no final do exercício, reconhece-se como
despesa um fato que ainda vai ocorrer, ou seja, uma despesa que não ocorreu, contrariando
frontalmente o princípio da competência. Cabe lembrar que a Lei de Responsabilidade Fiscal
definiu que a despesa seja reconhecida pela competência, o que ensejaria a eliminação dos
restos a pagar não processados.
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Veja-se também que o art. 38 da Lei nº 4.320/64 só poderá ser cumprido se a inscrição da
despesa em Restos a Pagar for responsavelmente lastreada com o respectivo comprometimento
da receita obtida no exercício de seu empenho. Esse artigo determina que o valor decorrente de
uma eventual anulação da despesa empenhada deverá retornar à dotação inicial e, quando essa
anulação ocorrer após o encerramento do exercício em que a despesa tiver sido empenhada
(caso típico da despesa inscrita em Restos a Pagar), a importância correspondente reverterá
como receita do exercício em que ocorrer a referida anulação.
1.3 Pagamento
A despesa orçamentária que não for paga no exercício em que foi autorizada sua realização
será inscrita, em 31 de dezembro, como Restos a Pagar. O pagamento da despesa inscrita em
Restos a Pagar, sejam Processadas ou Não Processadas, é feito no ano seguinte ao da sua
inscrição, necessitando para o pagamento dos Não Processados que a despesa seja antes
liquidada, ou seja, que haja ocorrido após o recebimento o aceite do objeto do empenho.
Em se tratando de pagamento de despesa inscrita em Restos a Pagar, pelo valor estimado,
poderão ocorrer duas situações:
a) VALOR REAL > VALOR INSCRITO EM RAP: o valor real a ser pago é superior ao valor
inscrito. Nessa condição, a diferença deverá ser empenhada à conta de despesas de
exercícios anteriores;
b) VALOR REAL < VALOR INSCRITO EM RAP: o valor real é inferior ao valor inscrito. O
saldo existente deverá ser cancelado.
O órgão competente para exercer o controle e disciplinar o tratamento de Restos a Pagar é
a Secretaria do Tesouro Nacional.
1.4 Cancelamento
Se a mesma não for paga no exercício seguinte, deveria ter sua inscrição cancelada.
Esse procedimento é admitido nos arts. 69 e 70 do Decreto nº 93.872/86:
“Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento
que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de
exercícios anteriores.
Art. 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.”
A maioria dos entes da federação adota o procedimento de cancelar os saldos remanescentes
dos Restos a Pagar no final do exercício seguinte ao da sua inscrição. Alguns entes da federação
cancelam somente os Não Processados, enquanto que outros cancelam os Processados e os
Não Processados.
Cabe lembrar que os Restos a Pagar Processados representam dívidas reais do ente,
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necessitando, que os mesmos sejam registrados no passivo permanente para compor a dívida
fundada do ente.
1.5 - Prescrição
Durante o período antes da prescrição, essas despesas poderão ser, nos termos do art. 22
do Decreto nº 93.872/86, pagas à conta de nova dotação orçamentária e de novo empenho, à
conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica específica:
“Art . 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida,
e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
poderão ser pagos à conta de dotação destinada a atender despesas de exercícios
anteriores, respeitada a categoria econômica própria.
...
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
...
restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a
pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;”
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Mencione-se ainda que, conforme orienta o dispositivo, os pagamentos das dívidas assim
reconhecidas deverão obedecer, sempre que possível, a ordem cronológica.
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Com tal prática, acabam “atendendo” ao comando legal, mas continuando a transferir as
dívidas por eles constituídas a seus sucessores. Exemplifiquemos com uma administração que
apresenta os seguintes dados nos últimos dois quadrimestres de seu mandatário:
O próximo mandatário herdará, portanto, uma dívida contraída por seu antecessor no valor
de $ 200 unidades monetárias. Tal situação é nociva à administração das contas públicas na
medida em que a dívida contraída (e não paga) terá de ser saldada pelo próximo governante,
fato que, indubitavelmente, pressionará o caixa de seu primeiro ano de mandato.
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A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de Cota e deve ser realizada
em consonância com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria do Tesouro
Nacional. Assim, cota é o montante de recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de
Programação Financeira – OSPF pela Coordenação-Geral de Programação Financeira – COFIN/
STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional.
A segunda fase é a liberação de Repasse ou Sub-repasse. Repasse é a movimentação de
recursos realizada pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades
da Administração Indireta, bem como entre esses; e sub-repasse é a liberação de recursos dos
OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão, ministério
ou entidade.
A partir daí, com recursos em caixa, ou seja, com disponibilidades financeiras, as unidades
podem dar início à fase de pagamento de suas despesas.
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A figura abaixo fornece um esquema simplificado dos dois processos que, como já dissemos
em outra oportunidade, geralmente, ocorrem de modo simultâneo.
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Créditos suplementares
Créditos especiais
Destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária específica (em termos
de subtítulo/localizador), devendo ser autorizados exclusivamente por lei. Desta forma, um
crédito especial sempre será necessário caso o subtítulo não exista. Os créditos especiais não
poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização
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for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, poderão ser
reabertos, nos limites dos seus saldos, por Decreto do Poder Executivo.
Créditos extraordinários
Vale esclarecer:
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Relembrando: Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
Porém, no crédito extraordinário não existe autorização legislativa e sim comunicação
imediata ao Poder Legislativo. Ou seja, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do
Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo, conforme dispõe
a Lei nº 4.320/64.
No entanto, a Constituição Federal, em seu artigo 167, §3º, c/c (combinado com) o art. 62,
dispõe que a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, e que em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Desse modo, na União, a abertura de créditos extraordinários é realizada por meio de
medida provisória, haja vista disposto constitucional, porém, nos estados ou municípios em
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que não haja dispositivo na constituição estadual ou na lei orgânica (município) prevendo o
instituto da medida provisória para abertura de crédito extraordinário, deve-se fazer por decreto
do executivo.
Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.
Resumo
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Bibliografia Referenciada
GIACOMONI, James. Orçamento público. 13. ed. ampl. e rev. São Paulo: Atlas, 2005.
SILVA, Sebastião de Sant’Anna e. Os princípios orçamentários. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1962.
Manual técnico de orçamento MTO. Versão 2012. Brasília, 2011.
Receitas Públicas: manual de procedimentos. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004 –
Anual.
_BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Denominado
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_Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Disponível em: <https://www.siop.
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contadorPublico/_ Acesso em: 15 ago. 2011.
_Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/
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