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equações.
(Albert Einstein)
RESUMO
Stirred vessels are widely used in the industries process: chemicals, petrochemicals
pharmaceuticals, as well as wastewater treatment. Stirred vessel behavior has a great impact
in the product’s production cost and quality. The optimized project of a mixing system can
minimize the equipment power consumption and its processing time, improving product’s
uniformity. The power number is one of the most widely used design parameters in the
mixing operation and has proven to be a reliable predictor of power consumption. In industrial
mixing applications, the power consumption per unit volume of fluid is a parameter used
extensively for scale-up, scale-down and design. Computational fluid dynamics (CFD) is
playing a key role in helping to understand the highly complex flow inside stirred vessels. The
present work shows a comparison through different models used to treat rotating frame used
in CFD simulation. The simulation was done for 45° pitched blade turbine in a turbulent flow.
Moreover it is proposed a procedure to estimate the pumping number inside stirred reactor.
The results obtained by numerical simulations are validated by comparison with experimental
results published in the literature. The results have shown that power numbers obtained using
Frozen Rotor model are closely with Stage model. Both models produce results for the power
number practically constant in the turbulent regime. Consequently, different models have
shown results with great agreement to estimate the equipment power consumption. The
different models used to treat rotating frame used in CFD simulation have presented different
results in flow number, flow patterns inside stirred reactor (streamlines) and power number /
flow number relation, showing that the quality of results is influenced by the rotating frame
model.
Key words: Stirred vessels. Power Number. Computational fluid dynamics (CFD).
LISTA DE FIGURAS
Fig. 2.1 - Dimensões características do tanque: (a) tanque com chicana e (b) tanque sem
chicana......................................................................................................................................25
Fig. 2.2 - Impelidores utilizados: (a) Impelidor Rushton e (b) Impelidor do tipo 8 pás...........26
Fig. 2.3 - Vetores Velocidade em um plano vertical próximo à pá (a) θ = 0°, (b) θ = 30°, (c)
θ = 60°.......................................................................................................................................27
Fig. 2.4 - Geometria: tanque e impelidor..................................................................................28
Fig. 2.5 - Vetores plotados em um plano vertical no meio do tanque entre duas chicanas
sucessivas para duas elevações (C/T) diferentes em relação ao fundo do tanque e visualização
da malha utilizada.....................................................................................................................28
Fig. 2.6 - Impelidores: (a) tipo pás inclinadas (PBT) e (b) tipo Rushton (RT) ........................29
Fig. 2.7 - Efeito da razão (espessura(t)/diâmetro(D) da pá do impelidor) e o número de
Potência totalmente turbulento para o impelidor tipo RT e PBT..............................................30
Fig. 2.8 - Vetores velocidade e perfil da superfície livre para frações volumétricas de 0,2; 0,4;
0,6 e 0,8 (da linha da cor cinza claro ao preto): (a) utilizando-se malha hexaédrica e
velocidade de 0,303 m/s e (b) utilizando-se malha tetraédrica e velocidade de 0,205
m/s............................................................................................................................................ 33
Fig. 2.9 - Comparação do formato do vórtice através da simulação numérica e através da
técnica experimental para uma rotação do impelidor de 275 rpm............................................34
Fig. 2.10 - Curva: Números de Potência em função do Número de Reynolds para tanque sem
chicanas.....................................................................................................................................35
Fig. 2.11 - Curva: Números de Potência em função do Número de Reynolds para tanque com
chicanas.....................................................................................................................................36
Fig. 2.12 - Curva: Potência em função da Rotação do impelidor (rpm)...................................36
Fig. 2.13 - Curva: Potência em função da Rotação do impelidor (rpm)...................................37
Fig. 2.14 - Geometria do Modelo Estudado: Vista Lateral.......................................................38
Fig. 2.15 - Geometria do Modelo Estudado: Vista Superior....................................................38
Fig. 2.16 - Geometria do Impelidor..........................................................................................39
Fig. 2.17 - Resultados obtidos: Número de Potência x Número de Reynolds..........................40
Fig. 2.18 - Vetores velocidade para os ângulos 45°, 60°, 75° e 90° da pá do impelidor em
planos φ diferentes: (a) φ = 10° e (b) φ = 25°...........................................................................41
Fig. 3.1 - Impelidor do tipo pás inclinadas...............................................................................43
Fig. 3.2 - Impelidores típicos para fluidos com média à baixa viscosidade: a) Pás inclinadas,
b) Tipo Turbina e c) Tipo Fluidfoil...........................................................................................44
Fig. 3.3 - Modelo de Impelidores..............................................................................................46
Fig. 3.4 - Perfil de escoamento devido à mudança do ângulo de ataque para um impelidor do
tipo Fluidfoil.............................................................................................................................47
Fig. 3.5 - Volume de Controle ao redor do impelidor...............................................................54
Fig. 3.6 - Gráfico representativo do Np versus Re....................................................................55
Fig. 3.7 - Número de Potência versus Número de Reynolds para 3 tipos diferentes de
impelidores................................................................................................................................56
Fig. 4.1 - Geometria de coordenadas inerciais versus coordenadas não inerciais....................60
Fig 4.2 - Visualização do escoamento: (a) laminar (b) turbulento............................................63
Fig 4.3 - a) Escoamento colado à asa e b) Separação no escoamento......................................64
Fig. 4.4 - Visualização do escoamento turbulento sobre um cilindro.......................................64
Fig. 4.5 - Velocidade medida em um ponto em regime de escoamento turbulento..................65
Fig. 4.6 - Etapas para a solução numérica do problema...........................................................73
Fig. 4.7 - Tanque Agitado........................................................................................................76
Fig. 4.8 - 1/4 do Tanque Agitado dividido nos domínios estacionário e rotativo.....................77
Fig. 4.9 - Paredes do sistema de agitação.................................................................................78
Fig. 4.10 - Malha computacional não estruturada aplicada ao tanque agitado.........................79
Fig. 4.11 - Malha computacional não estruturada aplicada em ¼ do tanque agitado..............80
Fig. 4.12 - Malha computacional não estruturada aplicada no impelidor.................................81
Fig. 5.1 - Exemplo de aglomeração adaptativa em malhas não estruturadas (a) malha fina, (b)
primeira malha grosseira, (c) segunda malha grosseira............................................................88
Fig. 5.2 - Modelos para o sistema de referência.......................................................................90
Fig. 6.1 - Distância adimensional à parede (y+) na superfície do impelidor.............................93
Fig. 6.2 - Distância adimensional à parede (y+) na superfície das paredes do tanque
agitado.......................................................................................................................................94
Fig. 6.3 - Monitoramento do Número de Potência em função do tempo de simulação obtido
através de simulação transiente utilizando o modelo Sliding Mesh..........................................97
Fig. 6.4 - Resultados obtidos para o número de Potência.........................................................98
Fig. 6.5 - Apresentação do ângulo φ.......................................................................................100
Figs. 6.6 e 6.7 - Plano traçado para a obtenção do perfil de velocidades...............................100
Fig. 6.8 - Vetores Velocidade (Frozen Rotor, N=30 RPM)....................................................101
Fig. 6.9 - Vetores Velocidade (Stage N=30 RPM).................................................................101
Fig. 6.10 - Vetores Velocidade (Sliding Mesh, N=30 RPM)..................................................102
Fig. 6.11 - Vetores Velocidade apresentado por Suzukawa et al (2006)...............................102
Fig. 6.12 - Padrão de escoamento no interior do tanque agitado (linhas de corrente)
(Frozen Rotor, N=30 RPM)....................................................................................................103
Fig. 6.13 - Padrão de escoamento no interior do tanque agitado (linhas de corrente)
(Stage, N=30 RPM).................................................................................................................104
Fig. 6.14 - Padrão de escoamento no interior do tanque agitado (linhas de corrente)
(Sliding Mesh, N=30 RPM)...................................................................................................105
Fig. 6.15 - Plano traçado para obtenção da vazão do impelidor.............................................106
Fig. 6.16 - Planos traçados para obtenção do número de Bombeamento...............................107
Fig. 6.17 - Número de Bombeamento em função do Plano traçado para N = 30 RPM..........108
Fig. 6.18 - Número de Bombeamento em função do Plano traçado para N = 90 RPM..........109
Fig. 6.19 - Número de Bombeamento em função do Plano traçado para N = 180 RPM........109
Fig. 6.20 - Número de Bombeamento para y = - 0,04 m para os três modelos MRF.............110
Fig. 6.21 - Número de Bombeamento em função do Número de Reynolds para diferentes
razões (D/T)............................................................................................................................111
Fig. 6.22 - Relação Número de Potência / Número de Bombeamento...................................112
Fig. 6.23 - Potência.................................................................................................................113
LISTA DE TABELAS
Tab. 2.1 - Comparação dos números de Potência obtidos na simulação numérica com os dados
disponíveis na literatura............................................................................................................26
Tab. 2.2 - Número de Potência para o Regime de Transição....................................................31
Tab. 2.3 - Número de Potência para o Regime Turbulento...............................................31 e 32
Tab. 2.4 - Erro percentual na comparação dos números de Potência para o Regime
Turbulento.................................................................................................................................32
Tab. 4.1 - Relações geométricas do tanque agitado..................................................................75
Tab. 6.1 - Resultados obtidos para o número de Potência para diferentes malhas (N=30
rpm)...........................................................................................................................................93
Tab. 6.2 - Relações Geométricas do Tanque Agitado...............................................................95
Tab. A.1 - Torque obtido através da Simulação Numérica....................................................120
Tab. A.2 - Número de Potência obtido através da Simulação Numérica................................121
Tab. A.3 - Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=30 RPM...........122
Tab. A.4 - Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=90 RPM...........123
Tab. A.5 - Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=180 RPM.........124
Tab. A.6 - Número de Bombeamento obtido para y = - 0,04 m ............................................125
Tab. A.7 - Resultados: Relação Número de Potência/Número de Bombeamento..................125
Tab. A.8 - Potência obtida através da Simulação Numérica...................................................125
LISTA DE SÍMBOLOS
LETRAS LATINAS
CD Coeficiente de Arrasto
K Constante de proporcionalidade
L Comprimento característico, m
L Vetor distância entre a partícula e o eixo
m Massa, kg
nb Número de chicanas
NP Número de Potência
P Pressão
Pw Potência, J/s = W
rn Resíduo
Re Número de Reynolds
S Vorticidade
Si Posição, m
Ss Termo fonte
t Tempo, s
Ti Intensidade Turbulenta
Tq Torque, N.m
u Velocidade, m/s
Flutuações da velocidade
Z Altura do líquido, m
LETRAS GREGAS
β Tempo de mistura
ηw
Tensão de cisalhamento na parede
θ Angulação da pá do impelidor
µt Viscosidade turbulenta
θ Propriedade escalar
Variância
Propriedade Genérica
p e i Propriedade Genérica em p e i
[ ] Vetor solução
Coeficiente de Difusão
∇ Operador gradiente
IO Inner Outer
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................24
2.1 Introdução....................................................................................................................24
3.1 Introdução....................................................................................................................42
4. MODELO MATEMÁTICO.......................................................................................59
4.1 Introdução....................................................................................................................59
4.4 Turbulência..................................................................................................................62
5. MÉTODO NUMÉRICO.............................................................................................82
6. RESULTADOS............................................................................................................92
6.7 Potência......................................................................................................................113
7. CONCLUSÕES.........................................................................................................115
APÊNDICE A............................................................................................................121
21
1. INTRODUÇÃO
energia elétrica. Além disso, o processo de agitação tem influência direta sobre a qualidade do
produto final.
O sistema de agitação e mistura consiste basicamente de um tanque cilíndrico, um ou
mais impelidores e um motor. Alguns tanques são providos de serpentinas ou camisas para
promover a troca de calor. Um exemplo clássico de utilização destes tanques está na produção
de resinas e em reações poliméricas onde o controle de temperatura é fundamental para o
processo produtivo. As características geométricas do sistema (diâmetro do impelidor,
diâmetro do tanque, largura da pá, presença ou não de chicanas, distância do impelidor ao
fundo do tanque e etc.) têm influência direta sobre o desempenho do processo e sobre o custo
da operação.
Vários resultados experimentais através de técnicas como LDV (Laser Doppler
Velocimetry) e PIV (Particle Image Velocimetry) estão disponíveis na literatura. Embora
abranjam um conjunto de condições de operação limitado, são de grande valor para a
validação de modelos de simulação numérica.
Diante do exposto, é necessário o uso de técnicas numéricas para um estudo mais
detalhado. A CFD (Computational Fluid Dynamics) tem sido cada vez mais utilizada para a
análise deste tipo de sistema. A dinâmica dos fluidos computacional resolve as equações de
conservação de massa, de energia e de quantidade de movimento.
O uso de técnicas numéricas para a solução de problemas complexos da engenharia e
da física é hoje uma realidade, graças ao desenvolvimento de computadores de alta velocidade
e de grande capacidade de armazenamento. Em função dessa disponibilidade computacional
que cresce exponencialmente, o desenvolvimento de algoritmos para a solução dos mais
diversos problemas tem recebido enorme atenção dos engenheiros, fazendo aumentar também
o número de pesquisadores e usuários de simulação numérica.
A simulação numérica não apresenta restrições podendo resolver problemas
complexos com condições de contorno gerais definidos em geometrias também complexas e
apresentando resultados com uma rapidez bastante grande. Outra grande vantagem da
utilização da simulação numérica está na possibilidade de se prever as condições de operação
de um determinado tanque de mistura antes de sua fabricação. Isto diminui as chances de se
obter um equipamento que não satisfaça algum requisito de projeto. A simulação do
comportamento do sistema através de protótipos numéricos antes de serem levados para testes
experimentais significa uma considerável economia de dinheiro e tempo.
A versatilidade e a generalidade dos métodos numéricos para a simulação de
problemas de engenharia são outros fatores motivadores para seu uso.
23
Este trabalho tem por objetivo avaliar os diferentes modelos utilizados na simulação
CFD de tanques de mistura para um impelidor do tipo pás inclinadas 45° e comparar seus
resultados com resultados experimentais disponíveis na literatura.
As seguintes técnicas de simulação de domínios rotativos são avaliadas: Modelo
Múltiplos Sistemas de Referência Rotacional (Multiple Reference Frames), através das
técnicas Frozen Rotor, Stage (Circumferential Average) e Sliding Mesh.
As duas primeiras estratégias de resolução são realizadas em regime permanente e a
última em regime transiente. Os resultados fornecidos pelos diferentes modelos são
comparados entre si e com os resultados experimentais disponíveis na literatura.
Estimar a potência é um dos maiores interesses para um projeto de um sistema de
mistura. As informações de consumo de potência para os impelidores são de fundamental
importância em uma planta química, visto que o consumo de potência é proporcional ao custo
da operação. Em função do exposto, o foco da análise é comparar o número de Potência e o
número de Bombeamento fornecido pelos diferentes modelos com os resultados
experimentais.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Introdução
Fig. 2.1 - Dimensões características do tanque: (a) tanque com chicana e (b) tanque sem chicana
Fonte: Ciofalo et al (1996)
26
Fig. 2.2 - Impelidores utilizados: (a) Impelidor Rushton e (b) Impelidor do tipo 8 pás
Fonte: Ciofalo et al (1996)
Tab. 2.1 – Comparação dos números de Potência obtidos na simulação numérica com os dados disponíveis na
literatura
Np Np
N (rpm) Re NFR Erro (%)
(simulação) (literatura)
139 23.200 0,052 1,19 1,47 -19,05
impelidor foi de 2672 rpm, resultando em um número de Reynolds de 7280. A simulação foi
realizada em regime permanente utilizando apenas um quarto do tanque por questões de
simetria. Malhas tetraédricas foram utilizadas. O pacote computacional usado foi o Fluent 5.
Para a discretização dos termos convectivos nas equações de conservação de
quantidade de movimento e turbulência, o esquema de 2° ordem QUICK foi utilizado. Um
modelo de segunda ordem foi utilizado para interpolar os valores de pressão nas equações de
conservação de quantidade de movimento. O acoplamento pressão-velocidade foi resolvido
utilizando-se o algoritmo SIMPLE. Os autores utilizaram o modelo de turbulência k-ε. Os
vetores velocidades foram obtidos próximos ao impelidor em um plano vertical em três
localizações tangenciais θ diferentes através da simulação numérica conforme mostra a figura
2.3. O plano θ = 0° refere-se ao plano fictício que passa sobre a pá. Os resultados obtidos
pelos autores mostraram boa concordância com os resultados experimentais obtidos por
Schafer et al (1998), apresentando uma diferença porcentual de 3%.
Fig. 2.3 – Vetores Velocidade em um plano vertical próximo à pá (a) θ = 0°, (b) θ = 30°, (c) θ = 60°
Fonte: Syrjlinen e Manninen (2000)
B = T /10
Altura do Líquido H = T
D= T /3
T = 290 mm
Fig. 2.5 - Vetores plotados em um plano vertical no meio do tanque entre duas chicanas sucessivas para duas
elevações (C/T) diferentes em relação ao fundo do tanque e visualização da malha utilizada.
Fonte: Montante (2001)
29
Comprimento
da pá
Largura
H=T
da pá
H=T
Largura da pá
Chapple et al 2002
H=T
Chapple et al 2002
H=T
Média
H=T
H=T
Razão (t/D)
Fig. 2.7 - Efeito da razão (espessura(t)/diâmetro(D)
H =da
T pá do impelidor) e o número de Potência totalmente
turbulento para o impelidor tipo RT e PBT
Fonte: Adaptado de Chapple et al (2002)
Tab. 2.4 – Erro percentual na comparação dos números de Potência para o regime turbulento
Erros porcentuais na comparação dos Números de Potência
Erro (%) Erro (%) Erro (%) Erro (%) Erro (%)
Modelo k-ε Modelo k-ε Modelo k-ε Modelo Low Modelo Low
N
padrão x padrão x padrão x k-ε x k-ε x
(rpm)
Modelo Low - Correlação de Correlação de Correlação de Correlação de
k-ε O'Connell Nagata O'Connell Nagata
50 30,65 -25 3,85 -42,59 -20,51
100 46,15 -29,63 10,14 -51,85 -24,64
200 3,03 -37,04 15,25 -38,89 11,86
500 -14,67 -40,74 45,45 - -
1000 - -37,96 97,06 - -
2000 - -38,89 153,85 - -
5000 - -40,74 236,84 - -
Fonte: Autor
Fig. 2.8 - Vetores velocidade e perfil da superfície livre para frações volumétricas de 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 (da linha
da cor cinza claro ao preto): (a) utilizando-se malha hexaédrica e velocidade de 0,303 m/s e (b) utilizando-se
malha tetraédrica e velocidade de 0,205 m/s
Autor: Glover e Fitzpatrick (2006)
34
Fração Fração
de Volume de Água
de volume
de água
H=T
Fig. 2.9 - Comparação do formato do vórtice através da simulação numérica e através da técnica experimental
para uma rotação do impelidor de 275 rpm.
Autor: Torré et al (2007)
35
Número de Reynolds
Fig. 2.10 – Curva: Números de Potência em função do Número de Reynolds para tanque sem chicanas
Fonte: Adaptado de Silva, Bezerra e Nunhez (2004)
A Figura 2.11 mostra as curvas de potência para o impelidor tipo pás inclinadas para
tanques com chicanas.
36
Número de Potência
Número de Reynolds
Fig. 2.11 – Curva: Números de Potência em função do Número de Reynolds para tanque com chicanas
Fonte: Adaptado de Silva, Bezerra e Nunhez (2004)
Potência (Watts)
RPM
Fig. 2.13 – Curva: Potência em função da rotação do impelidor (rpm).
Fonte: Adaptado de Silva, Bezerra e Nunhez (2004)
Nota-se que os resultados obtidos pelos autores são próximos aos obtidos por Nagata
para o regime laminar. Para o regime turbulento, os resultados são mais distantes devido à
própria dificuldade do tratamento da turbulência. Evidencia-se também que há uma maior
concordância nos resultados para a simulação realizada para tanque com chicanas.
Provavelmente isto se deve ao fato de que os efeitos da superfície livre são mais intensos para
um número de Reynolds elevado.
Tampa
H=T
Chicanas
Impelidor
H=T
H=T
Chicanas
Impelidor
H=T
H=T
Seção de
Medição
H=T
Uma tampa foi colocada acima da superfície do líquido na altura H=T, logo não há
entrada de bolhas de ar para o líquido na superfície superior. O diâmetro do impelidor
estudado é de D=T/2 = 245 mm, espessura de 2,0 mm e largura W=D/5 = 49 mm. A distância
do fundo do tanque ao centro do impelidor é de H = T/2. Os detalhes da geometria do
impelidor podem ser vistos na figura 2.16
autores mostram que o valor do número de Potência aumenta com o aumento do ângulo de
ataque quando comparados ao mesmo número de Reynolds, conforme figura 2.17.
Número de Potência
H=T
Número de Reynolds
H = Número
Fig. 2.17– Resultados obtidos: T de Potência x Número de Reynolds
Fonte: Suzukawa (2006)
Os autores apresentaram também os vetores velocidade para os ângulos 45°, 60°, 75° e
90° da pá do impelidor em planos φ diferentes: (a) φ = 10° e (b) φ = 25°, conforme mostra a
figura 2.18. Todas as medições foram realizadas em função deste ângulo φ. O valor de φ = 0°
significa um plano vertical que atravessa a pá, vide figura 2.15.
Os autores mostraram que para uma angulação da pá do impelidor de 90° não há a
formação de vórtices atrás da pá, enquanto para as outras angulações de 45°, 60° e 75° há a
formação de vórtices atrás da mesma, apresentando assim um comportamento semelhante no
escoamento.
41
Fig. 2.18 - Vetores velocidade para os ângulos 45°, 60°, 75° e 90° da pá do impelidor em planos φ diferentes:
(a) φ = 10° e (b) φ = 25°,
Fonte: Suzukawa (2006)
3.1 Introdução
Joaquim Junior et al (2007) afirmam que dentre as muitas características dos produtos
a serem processados em um sistema de agitação é necessário se conhecer: o comportamento
reológico; o valor ou a faixa de valores de viscosidade em função da temperatura; a variação
da massa específica em função da temperatura; a concentração dos componentes e suas
características; a granulometria ou tamanho das partículas dos componentes sólidos; a
velocidade de sedimentação; a dureza e abrasividade e a tendência à formação de espuma,
aeração ou oxidação.
Para cada processo específico é necessário o uso de um tipo específico de impelidor,
que pode priorizar a geração de fluxos axiais, radiais ou tangenciais.
As dimensões características de um sistema de agitação são: o diâmetro interno do
tanque de mistura (T); o diâmetro da pá / hélice / disco do impelidor (D); a largura da pá /
hélice / disco do impelidor (w); a distância entre o fundo do tanque e a pá / hélice / disco do
impelidor (C); a altura do líquido (Z) e a largura das chicanas (B). Estas dimensões são
clássicas e podem ser encontradas em todos os livros que abordam o assunto. Na literatura
encontram-se diversas relações geométricas entre as diversas partes de um tanque, porém
essas relações são muito particulares e variam muito em função da aplicação desejada e das
características dos fluidos envolvidos. A figura 3.1 ilustra o agitador do tipo pás inclinadas e
um tanque com chicanas.
medidores de nível, por exemplo. Além disso, o cisalhamento é baixo entre o impelidor e o
fluido devido o movimento ser circulante, o que pode causar uma perda de estabilidade no
eixo (vibração no sistema) e até mesmo o derramamento do material devido ao
transbordamento de produto para fora do tanque.
Os impelidores são normalmente classificados de acordo com o regime que operam:
laminar ou turbulento. Para escoamento laminar, o diâmetro do impelidor é grande e
dependendo do tipo de aplicação pode até se aproximar ao tamanho do tanque. Para estes
casos chicanas não são utilizadas, pois não há a necessidade. No escoamento laminar
utilizam-se os principalmente os impelidores do tipo âncora e o tipo hélice.
No escoamento turbulento a transferência de quantidade de movimento é eficiente e
assim o diâmetro do impelidor é muito menor quando comparado aos impelidores utilizados
no escoamento laminar. Para este caso, o diâmetro do impelidor dificilmente chega á metade
do diâmetro do tanque. No escoamento turbulento os impelidores são classificados em
impelidores de fluxo axial e fluxo radial.
Os três principais tipos de impelidores utilizados para o regime turbulento são o tipo
naval, tipo pás (retas ou inclinadas) e tipo turbina.
Segundo Oldshue (2000), três tipos de impelidores são normalmente utilizados para
fluidos com média a baixa viscosidade: a) Pás retas inclinadas (A200) (fluxo axial), b) Tipo
Turbina (fluxo radial) e c) Tipo Fluidfoil (fluxo axial).
Fig. 3.2 - Impelidores típicos para fluidos com média à baixa viscosidade: a) Pás inclinadas, b) Tipo Turbina e
c) Tipo Fluidfoil
Fonte: Oldshue, 2000
O padrão de escoamento no interior do tanque agitado pode ser alterado por alguns
parâmetros como a geometria do impelidor, geometria do tanque, viscosidade do fluido e etc.
45
Fig. 3.3 – Modelo de Impelidores: (A) PBTD30W5545-3; (B) PBTD3020W50-6; (C) PBTD30W50-6; (D)
PBTD60W3085-6; (E) PBTD60W50-6; (F) PBTD45W50-4; (G) PBTD45W5030-6; (H) PBTD45W3050-6; (I)
HF30W25-3; (J) HF45W25-3; (K) HF4530W2517-3; (L) HF6030W2513-3; (M) HF6045W2520-3; (N) HF2;
(O) HF3; (P) HF3060-4; (Q) HF4560-4; (R) Disco Turbina padrão.
Fonte: Kumaresan e Joshi, 2006
47
Fig. 3.4 - Perfil de escoamento devido à mudança do ângulo de ataque para um impelidor do tipo Fluidfoil
Fonte: Oldshue (2000)
(3.1)
(3.2)
(3.3)
(3.4)
Esta breve introdução apresentada por Fox et al (2004) no capítulo sobre análise
dimensional e semelhança ilustra de forma interessante o poder desta ferramenta no projeto de
experimentos. Livros especializados têm sido escritos sobre a aplicação da análise
dimensional em metrologia, astrofísica, economia, construção de modelos em escala, usinas
49
(3.5)
(3.6)
(3.7)
(3.8)
(3.9)
amplamente citados como o primeiro trabalho nesta área. Segundo Chapple et al (2002),
Rushton através da análise dimensional desenvolveu um grupo de números adimensionais,
incluindo o número de Potência dado pela equação 3.10:
(3.10)
(3.11)
(3.12)
(3.13)
(3.14)
Uma análise alternativa pode ser feita através de um balanço de momento angular em
um volume de controle em volta do impelidor como mostra a figura 3.5.
54
(3.15)
( 3.16)
Chapple et al (2002) afirmam que esta abordagem possui a vantagem de usar perfis de
velocidade ao redor do impelidor, logo a conexão entre os fluxos e o número de Potência pode
ser examinada e o efeito da geometria no número de Potência pode ser melhor entendido.
A dependência do número de Potência pelo número de Reynolds é análoga aos
resultados bem estabelecidos do fator de atrito em escoamento de tubos e o coeficiente de
arrasto em uma esfera.
No regime laminar, onde as forças viscosas dominam (Re < 10 - 100, dependendo do
impelidor de interesse), o número de Potência é inversamente proporcional ao número de
Reynolds (Np ∝ 1/Re) e a potência depende fortemente da viscosidade do fluido. Para o
escoamento turbulento (Re > 2 · 104) o número de Potência é constante e independe do
Número de Reynolds. Entre as regiões de regime laminar e turbulento existe uma zona de
transição gradual. A figura 3.6 ilustra esta característica.
55
Re > 104
Número de Potência
H=T
Laminar Transição Turbulento
Com chicanas
H=T
Sem chicanas
H=T
H=T
Número de Reynolds
H=T
Fig. 3.6 - Gráfico representativo do Np versus Re
Fonte: Adaptado de Joaquim Júnior (2007)
escala porque desta forma o equacionamento fica limitado a apenas uma correlação
matemática e não são levados em consideração os fenômenos físicos envolvidos.
As curvas de potência para diferentes impelidores podem ser encontradas na literatura,
mas é preciso ressaltar que tais curvas são aplicáveis a fluidos newtonianos e também para a
geometria em que foi testada. Autores plotaram o Np em função de Re na forma de gráficos.
A figura 3.7 ilustra curvas do número de Potência (eixo Y) em função do número de
Reynolds (eixo X) para três tipos diferentes de impelidores: (1) impelidor do tipo pás retas
para tanque com chicanas; (2) impelidor do tipo pás curvas para tanque com chicanas e (3)
impelidor do tipo propeller para tanque com chicanas ou impelidor fora de centro.
Número de Potência
2
H=T
Número de Reynolds
Fig. 3.7 – Número de Potência versus
H = T Número de Reynolds para três tipos diferentes de impelidores
Fonte: Oldshue, 2000
(3.17)
(3.18)
(3.19)
(3.20)
(3.21)
(3.22)
58
(3.23)
Deve-se observar que as correlações obtidas através das equações 3.17 e 3.21 não
levam em consideração o número de chicanas (nb) e a largura das chicanas (B). Nagata (1975)
propõe então uma nova correlação para o cálculo de um novo número de Potência (Npm)
levando-se em consideração estes fatores, através da equação 3.24:
(3.24)
onde
(3.25)
(3.26)
4. MODELO MATEMÁTICO
4.1 Introdução
(4.1)
(4.2)
(4.3)
(4.4)
(4.5)
(4.6)
(4.7)
Uma segunda derivada fornece a aceleração absoluta, dada pela equação 4.8:
(4.8)
(4.9)
onde r é o vetor entre a origem do referencial não inercial e o centro do volume de controle.
4.4 Turbulência
(4.10)
componentes de velocidade, pressão, temperatura, densidade, etc. irão apresentar este mesmo
comportamento dependente do tempo.
A decomposição de Reynolds define uma propriedade de escoamento φ nesse ponto
como o somatório do valor médio fixo e a componente de flutuação variando no tempo
θ’(t), através da equação 4.11
(4.11)
(4.12)
(4.13)
(4.14)
(4.15)
(4.16)
(4.17)
(4.18)
(4.19)
As equações contêm os termos dos fluxos turbulentos adicionais aos fluxos difusivos
moleculares. Os novos termos são os tensores de Reynolds. A barra acima significa que
valores são médios no tempo. Estes termos são devido aos termos convectivos não lineares
nas equações de RANS. Eles refletem o fato de que o transporte convectivo devido às
flutuações de velocidade turbulenta contribui para intensificar a mistura causada por
flutuações em nível molecular. Para altos números de Reynolds, as flutuações de velocidade
ocorrem em uma escala de comprimento muito maior do que a trajetória média das
flutuações; então os fluxos turbulentos são muito maiores que os fluxos moleculares.
Os modelos de turbulência aproximam os tensores de Reynolds por expressões que são
conhecidas como modelos de turbulência. Para se obter as quantidades turbulentas é
necessário impor algumas simplificações aos tensores de Reynolds permitindo um tratamento
matemático aos termos turbulentos. A hipótese de Boussinesq assume que os tensores de
Reynolds podem ser expressos por gradientes de velocidade e este conceito é utilizado na
maioria dos modelos de turbulência.
O termo que aparece na equação 4.19 é dado pela equação 4.20:
69
(4.20)
(4.21)
Stress Transport); modelo de Tensão de Reynolds (Reynolds Stress Model), os modelos que
simulam os grandes vórtices, conhecidos como LES (do inglês Large Eddy Simulation) e os
modelos que realizam uma simulação numérica direta, conhecidos como DNS (do inglês
Direct Numerical Simulation).
Menter, Kuntz e Langtry (2003) apresentam uma revisão sobre a utilização do modelo
SST nos últimos 10 anos. O método SST foi desenvolvido devido à necessidade da
acuracidade da predição de escoamentos aeronáuticos com grandes gradientes adversos de
pressão e separação.
Um dos principais problemas em modelar a turbulência é a precisão da predição da
separação do escoamento de uma superfície plana. Os modelos de turbulência de duas
equações freqüentemente falham em estimar o início e a quantidade de separação do
escoamento frente às condições do gradiente de pressão adverso. Os modelos de turbulência
71
de duas equações (k-ε, k-ω) oferecem bons resultados para a maioria dos problemas
relevantes de engenharia. Em escoamentos onde o transporte turbulento ou os efeitos do não-
equilíbrio estão presentes, a hipótese de viscosidade turbulenta não é mais válida e os
resultados para os modelos de viscosidade turbulenta são imprecisos.
Este é um fenômeno importante em muitas aplicações técnicas, particularmente para a
aerodinâmica de aviões, onde, por exemplo, as estolagens características dos aviões são
controladas pela separação do escoamento da asa do avião. Por esta razão, a comunidade da
aerodinâmica tem desenvolvido um grande número de modelos de turbulência para estas
aplicações. Geralmente, os modelos de turbulência de duas equações predizem o início da
separação muito tarde e estimam uma região de separação menor. Isto é problemático, pois
este comportamento fornece uma característica de performance otimista para um aerofólio,
por exemplo.
Existem outros modelos desenvolvidos para resolver esse tipo de problema. O modelo
k-ω baseado no modelo SST (Shear-Stress Transport) foi projetado para dar uma alta precisão
na predição do início e da quantidade de separação frente às condições dos gradientes
adversos de pressão pela inclusão dos efeitos de transporte na formulação da viscosidade
turbulenta. Esses resultados são muito melhores para predizer a separação de escoamentos.
O modelo SST é recomendado para simulações com alta precisão na camada limite e
este modelo foi desenvolvido para superar as deficiências do modelo k-ω. Uma das vantagens
do modelo de k- ω é o tratamento próximo à parede para baixos valores de número de
Reynolds. O comportamento de convergência do modelo k- ω é freqüentemente similar ao
modelo k- ε.
O modelo SST combina as vantagens dos modelos k-ε e k-ω. Na região próxima à
parede, utiliza-se o modelo k-ω e para regiões mais afastadas utiliza-se o modelo k-ε. O
tratamento dado nas regiões próximas às paredes pelo modelo SST reduz os requisitos de
resolução de malha nessas regiões, o que contribui para uma melhoria significativa para as
estimativas industriais de transferência de calor. Sua formulação é baseada em funções de
ajuste (blending functions) na qual se garante uma seleção apropriada das zonas k-ε e k-ω sem
que seja necessária a interação do usuário.
Conforme descrito por Menter (2003), o modelo resolve duas equações diferenciais de
conservação, dadas pelas equações 4.22 e 4.23
(4.22)
72
(4.23)
(4.24)
(4.25)
(4.26)
onde S é uma medida da taxa de deformação e F2 é uma segunda função de juste dada pela
expressão 4.27:
(4.27)
(4.28)
73
Todas as constantes são determinadas pela mistura das constantes correspondentes dos
modelos k-ε e k-ω, através de interpolação linear, como na equação 4.29:
(4.29)
Design Modeler
ou CAD Externo CFX-Mesh CFX Pre CFX Solver CFX Post
As figuras 4.7 e 4.8 apresentam o tanque agitado e ¼ do mesmo tanque dividido nos
domínios estacionário e rotativo, respectivamente.
76
Domínio Rotativo
Domínio Estacionário
Fig. 4.8 – 1/4 doTanque Agitado dividido nos domínios estacionário e rotativo
Fonte: Autor
Superfície 1 Superfície 2
5. MÉTODO NUMÉRICO
Os métodos numéricos para a solução de problemas na mecânica dos fluidos são muito
úteis, pois são muito raras as soluções analíticas para esses tipos de problemas, restando assim
apenas uma abordagem via simulação numérica ou através da realização de experimentos,
principalmente para geometrias complexas.
A tarefa do Método dos Volumes Finitos é o de resolver uma ou mais equações
diferenciais substituindo as derivadas existentes por expressões algébricas que envolvem
valores da variável a ser resolvida para um número de volumes da malha em um domínio de
cálculo.
Ao calcular os valores da variável no domínio, têm-se incógnitas. Para resolvê-las, são
necessárias equações formando um sistema linear.
Com a finalidade de se obter resultados mais precisos deve-se aumentar o número de
volumes da malha. A solução numérica será mais próxima da solução exata quanto maior for
esse número. Isto aumenta o número de incógnitas do sistema linear e desta forma também
aumenta o custo computacional.
Os métodos tradicionais para a solução numérica de equações diferenciais são os
Métodos de Diferenças Finitas (MDF), de Volumes Finitos (MVF) e de Elementos Finitos
(MEF).
Os softwares comerciais disponíveis atualmente utilizam o MVF em função
principalmente da sua robustez e devido às suas características conservativas. É fundamental
que o método satisfaça os princípios de conservação, dados pelas equações na seção 4.2 do
presente trabalho. Assim, não há chance de existir gerações ou sumidouros de quantidades
conservadas no interior do domínio de cálculo, como massa, quantidade de movimento e
energia, desde que seja obtida a solução do sistema linear.
Segundo Darwish, Saad e Hamdan (2008) as técnicas de CFD envolvem basicamente
uma primeira etapa denominada de discretização, que é a obtenção de um sistema de equações
algébricas lineares a partir das equações diferenciais parciais que representam os princípios de
conservação e uma segunda etapa que é a solução propriamente dita destas equações
83
(5.1)
(5.2)
(5.3)
(5.4)
(5.5)
(5.6)
86
(5.7)
que fornecerá correções a serem aplicadas na malha mais refinada. A idéia é obter uma
solução aproximada na malha fina, em um número de iterações que elimine os erros de alta
freqüência. Não se deve ficar iterando muito na malha fina, pois após terem sido eliminados
os erros de alta freqüência, os de freqüência mais baixa diminuem muito lentamente nesta
malha. Passa-se então para a malha mais grossa imediatamente acima. Através da passagem
para uma outra malha ainda mais grossa, elimina-se os erros com outros comprimentos de
onda em um processo até chegar-se a uma malha bastante grosseira, onde até uma solução
direta, portanto exata, possa ser aplicada. Obtida a solução na malha mais grossa possível, as
correções são agora passadas para a penúltima malha mais grossa. Nesse ponto deve-se
decidir se continua subindo com o processo até chegar na malha mais fina ou se da penúltima
malha volta-se para a última malha. Esses procedimentos dão origem aos chamados ciclos V e
W.
No ciclos V parte-se da malha mais fina, desce até a mais grossa e volta para a mais
fina, repetindo-se este ciclo se necessário. No ciclo W, inicia-se na mais fina até atingir a mais
grossa, volta-se uma malha ou duas para cima e novamente desce-se para a mais grossa
repetindo-se o processo.
Keller et al (2004) ilustram o método ACM através das figuras 5.1 (a), (b) e (c).
Embora os blocos sejam formados de um modo inconveniente, neste exemplo os volumes são
unidos em blocos com cinco células. Pode-se ver que o bloco da malha grosseira é formado
pela junção dos volumes de controle da malha grosseira em diferentes direções, resultando em
uma aglomeração com formas não-estruturadas.
88
(a) (b)
(c)
Fig. 5.1 – Exemplo de aglomeração adaptativa em malhas não estruturadas (a) malha fina, (b) primeira malha
grosseira, (c) segunda malha grossseira
Fonte: Keller et al (2004)
O CFX utiliza o método algébrico Multigrid (AMG) para a solução das equações
linearizadas. As soluções são realizadas e controladas pelos passos de tempo (physical time
scale ou timestep) para as análises em regime permanente e transiente.
O sistema linearizado das equações discretizadas pode ser escrito em uma forma de
matriz, conforme a equação 5.8:
(5.8)
onde [A] é o coeficiente da matriz, [ ] é o vetor solução, [b] é o lado direito da equação. A
n
equação 5.8 pode ser resolvida iterativamente, começando com uma solução aproximada ,
n+1
na qual será melhorada pela correção ’, dando uma melhor solução . Por exemplo,
(5.9)
(5.10)
(5.11)
(5.12)
Frozen Rotor
Regime
Permanente
Stage
MRF
Regime
Transiente Sliding Mesh
6. RESULTADOS
Tab. 6.1 – Resultados obtidos para o número de Potência para diferentes malhas (N=30 rpm)
A análise dos resultados das simulações forneceu diferença entre o maior e o menor
valor do número de Potência de apenas 3,9%, indicando que as malhas utilizadas apresentam
um refinamento satisfatório. Deve-se salientar que a hipótese de regime permanente pode ser
um tanto simplista para este tipo de problema, tendo em vista a dificuldade de se
obter convergência com RMS menor que 5x10-5. Possivelmente, o padrão de escoamento no
interior do tanque de mistura é instável, dificultando a obtenção de soluções para regime
permanente.
Além disso, para se verificar a independência da malha na obtenção dos resultados,
verificou-se o valor de y+ (distância adimensional à parede), que é definida pelo manual do
CFX (ANSYS CFX-Solver Theory Guide) através da equação 6.1:
(6.1)
Fig. 6.2 – Distância adimensional à parede (y+) na superfície das paredes do tanque agitado
Fonte: Autor
95
Este tópico apresenta os números de Potência obtidos pelos três modelos utilizados na
simulação CFD de tanques de mistura: Frozen Rotor, Stage e Sliding Mesh. Além disso,
comparam-se os resultados numéricos obtidos com os resultados experimentais obtidos por
Suzukawa et al (2006) e por autores consagrados tais como Nagata (1975) e Nishikawa et al
(1979). A avaliação do número de Potência utilizando as correlações propostas por Nagata e
Nishikawa et al foi feita usando os dados apresentados na tabela 6.2. As correlações propostas
pelos autores estão disponíveis no item 3.5 do presente trabalho (páginas 57 e 58) e não são
repetidas aqui.
Como resultados da utilização das correlações propostas por Nagata, foram obtidos os
valores de Np=1,35 e Npmod=1,27. Deve-se lembrar que apenas o número de Potência
modificado leva em consideração a presença de chicanas no tanque de mistura. Através da
utilização da correlação de Nishikawa, obteve-se o valor de Np=1,34.
É importante ressaltar que as correlações obtidas pelos autores não levam em
consideração maiores detalhes da geometria do sistema de agitação (impelidor e tanque); e
sabe-se que a geometria influencia diretamente o perfil de escoamento no interior do tanque
agitado.
96
(6.2)
torque seja devido a uma possível interação entre o impelidor de quatro pás e as quatro
chicanas presentes no tanque. Pode-se chegar a esta conclusão observando que é de
aproximadamente quatro o número de oscilações no torque para cada volta do impelidor. Em
função deste comportamento, calculou-se um valor de torque e de número de Potência médio,
conforme mostra a figura 6.3. O valor médio apresentado no gráfico da figura 6.3 é obtido
através da média móvel do Np na última volta do impelidor. Para a simulação mostrada na
figura, com rotação de 30 rpm, o impelidor leva 2,0 segundos para completar uma volta.
Embora o número de Potência não seja constante para o modelo Sliding Mesh, para se
comparar com os outros modelos, considerou-se o valor médio do Np nas últimas duas voltas
da simulação (de um total de sete voltas), resultando no valor 1,37.
2.0
1.8
Número de Potência
1.6
1.4
1.2
1.0
0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo (s)
Fig. 6.3– Monitoramento do Número de Potência em função do tempo de simulação obtido através de simulação
transiente utilizando o modelo Sliding Mesh (rotação do impelidor de 30 rpm)
Fonte: Autor
produzir o resultado da figura 6.3 é bastante alto (aproximadamente 20 dias). Esta é uma
característica que torna a simulação com o modelo Sliding Mesh muito custosa do ponto de
vista computacional.
Os resultados obtidos na simulação numérica para o torque e o número de Potência
para os três modelos MRF diferentes estão disponíveis no apêndice A do presente trabalho. A
figura 6.4 resume através de um gráfico os resultados obtidos via simulação numérica em
comparação com resultados experimentais disponíveis na literatura.
3.0
2.5
Número de Potência
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
0.1 0.6 1.1 1.6 2.1
possa ser realizada uma melhor avaliação dos resultados obtidos através da simulação
numérica.
A simulação numérica realizada através do modelo Sliding Mesh é muito mais custosa
do ponto de vista computacional. Entretanto, deve-se ressaltar que a simulação utilizando o
modelo Sliding Mesh fornece um resultado adicional em relação aos outros modelos: a
variação do torque em função do tempo, que pode ser útil para se analisar problemas
envolvendo a vibração do equipamento.
Comparando-se os resultados obtidos pelos modelos Frozen Rotor e Stage, pode-se
afirmar que os resultados dos dois modelos são bastante próximos, para número de Reynolds
maior que 1,0 · 105. Para valores de Reynolds abaixo dessa faixa, os resultados são
ligeiramente diferentes, o que era esperado, pois o regime de escoamento passa a não ser
mais turbulento, entrando assim em um regime de transição.
Chicanas
Impelidor
Seção de
medição
As figuras 6.6 e 6.7 ilustram a posição do plano traçado para a obtenção dos vetores
velocidade.
O modelo Stage apresenta uma descontinuidade nas velocidades entre os domínios, pois
apenas a velocidade média na interface entre os domínios é transportada para o domínio
estacionário.
O modelo Sliding Mesh apresenta através da figura 6.14 resultados diferentes quando
comparados aos modelos em regime permanente Frozen Rotor e Stage. Embora alguns
trabalhos da literatura apresentem apenas duas recirculações principais, sabe-se que a
distância do impelidor ao fundo do tanque influencia diretamente as recirculações que
ocorrem no interior do tanque agitado.
105
(6.3)
junto a ele, e portanto espera-se que o modo de cálculo destas vazões para cada tipo de
impelidor sejam também diferentes.
O presente trabalho propõe uma alternativa para o cálculo da vazão de descarga do
impelidor. O primeiro passo é a criação de uma nova variável Vmod que pode ser feita com o
programa de pós processamento (CFX-Post), definida pela função 6.4
(6.4)
(6.5)
As regiões em azul escuro na figura 6.15 são regiões onde o escoamento é ascendente.
Nas demais, o escoamento é descendente, observando a escala de cores presente na figura.
Multiplicando a velocidade média fornecida pela equação 6.5 pela área do plano, tem-se a
vazão de descarga do impelidor Q. Se a vazão de descarga do impelidor fosse calculada sem
um maior cuidado, seria obtido zero como resultado. Isto se deve ao fato do escoamento
descendente ser compensado em outras partes do plano pelo escoamento ascendente.
Calculando-se a vazão através das componentes ascendentes de velocidade, o resultado é o
mesmo, confirmando que o procedimento proposto está adequado.
Como a literatura não fornece maiores detalhes de onde o plano deve estar localizado,
estudou-se o número de Bombeamento para diferentes localizações deste plano, conforme a
figura 6.16.
diferença significativa, mostrando que a qualidade dos resultados obtidos é influenciada pelo
modelo escolhido.
Deve-se observar que o bombeamento calculado para o modelo Sliding Mesh
considera apenas um instante no tempo. Não foi possível calcular um valor médio, baseado
na observação de vários instantes no tempo. É possível que este parâmetro sofra variações no
tempo, dependendo da posição relativa entre as pás do impelidor e as chicanas.
1.4
1.2
Número de Bombeamento
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.24 -0.20 -0.16 -0.12 -0.08 -0.04 0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20 0.24
1.4
1.2
Número de Bombeamento
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.24 -0.20 -0.16 -0.12 -0.08 -0.04 0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20 0.24
Posição do Plano (m)
FROZEN ROTOR STAGE
1.4
1.2
Número de Bombeamento
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.24 -0.20 -0.16 -0.12 -0.08 -0.04 0.00 0.04 0.08 0.12 0.16 0.20 0.24
Fig. 6.19 – Número de Bombeamento em função do Plano traçado para N = 180 RPM
Fonte: Autor
1.2
1.0
Número de Bombeamento
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 50 100 150 200
Rotação (RPM)
Número de Bombeamento (Frozen Rotor)
Número de Bombeamento (Stage)
Número de Bombeamento (Sliding Mesh)
Fig. 6.20 – Número de Bombeamento para y = - 0,04 m para os três modelos MRF
Fonte: Autor
111
Número de Reynolds
Fig. 6.21 – Número de Bombeamento em função do Número de Reynolds para diferentes razões (D/T).
Fonte: Adaptado de KRESTA et al (2004)
2.5
Número de Potência / Número de
2
Bombeamento
1.5
0.5
0
0 50 100 150 200
Rotação (RPM)
Núm. Potência / Núm. Bomb. (Frozen Rotor)
Núm. Potência / Núm. Bomb. (Stage)
Núm. Potência / Núm. Bomb. (Sliding Mesh)
O modelo Frozen Rotor apresenta resultados melhores que o Stage, mostrando que a
relação Np/NB permanece quase constante. O modelo Sliding Mesh apresenta o valor de 1,27
para a relação Np/NB para uma rotação do impelidor de 30 rpm, porém é necessária uma
avaliação com uma amostragem maior para obter uma avaliação mais precisa deste modelo.
Isto não será realizado aqui em função do alto recurso computacional requerido, ficando
como sugestão para um trabalho futuro.
6.7 Potência
40
35
30
Potência (Watts)
25
20
15
10
0
0 50 100 150 200
(6.6)
Desta forma, realizou-se o estudo da relação dada pela expressão 6.7, com a finalidade
de se avaliar qual o modelo fornece os melhores resultados para a potência.
(6.7)
A partir do gráfico 6.23, as equações das curvas dos modelos Frozen Rotor e Stage
foram ajustadas para funções do tipo potência, como mostrado nas equações 6.8 e 6.9,
respectivamente.
(6.8)
(6.9)
Comparando-se os expoentes das equações, obtidos com o ajuste (3,04 para o modelo
Frozen Rotor e 2,94 para o modelo Stage), conclui-se que ambos os modelos fornecem
resultados fisicamente consistentes, de acordo com a teoria. Os resultados obtidos por ambos
os modelos são próximos aos resultados reportados por Nagata (1975).
Nota-se que para a estimativa da potência do sistema de agitação não há praticamente
diferença entre os modelos.
115
7. CONCLUSÕES
Com base no presente estudo, pode-se afirmar que através da metodologia empregada
no presente trabalho é possível simular o comportamento de um tanque de mistura agitado por
um impelidor do tipo pás inclinadas a 45° utilizando métodos computacionais e obter
resultados similares aos resultados obtidos experimentalmente por outros autores. Diferentes
modelos para simulação de domínios rotativos foram empregados e comparados. Dessa
forma, pode-se dizer que os objetivos do presente trabalho foram atingidos.
Este trabalho contribui para os estudos de sistemas de agitação por prover informações
sobre como realizar o cálculo do número de Potência e número de Bombeamento através de
simulações CFD. A comparação entre os modelos de domínios rotativos disponíveis no
pacote computacional CFX versão 12, mostra que a qualidade dos resultados obtidos é
influenciada pelo modelo escolhido.
A análise das curvas de potência obtidas para o impelidor de pás inclinadas 45° mostra
que os resultados foram semelhantes aos resultados da literatura. Pode-se observar que o
número de Potência tende para um valor constante para altos números de Reynolds.
A avaliação dos números adimensionais (Número de Potência, Número de
Bombeamento) e o consumo de potência mostraram-se satisfatórios quando comparados aos
dados de literatura.
Para a estimativa da potência do sistema de agitação, o modelo Frozen Rotor apresenta
resultados bem próximos ao modelo Stage. O modelo Sliding Mesh necessita de um estudo
mais aprofundado para uma melhor avaliação. Em função da não disponibilidade de recurso
computacional necessário, os resultados apresentados no presente trabalho para o modelo
Sliding Mesh são bastante incompletos e inconclusivos.
A grande vantagem da utilização da simulação computacional está na possibilidade de
se prever as condições de operação de um determinado sistema antes de sua fabricação. A
simulação do comportamento do sistema através de protótipos numéricos antes de serem
levados para testes experimentais significa uma considerável economia de dinheiro e tempo,
porém para a obtenção de resultados mais precisos se faz necessário o uso de computadores
com grande capacidade de armazenamento e processamento.
A maior desvantagem da utilização da simulação computacional é que uma simulação
não reproduz necessariamente a realidade. É necessária sempre uma validação para cada novo
116
modelo empregado em cada classe de problema. Em outras palavras, o resultado não está
correto até que seja provado através de uma comparação com um experimento.
Comparando o estudo através de simulação CFD com programas computacionais
baseados em correlações experimentais (VISIMIX, por exemplo), nota-se que a análise com o
CFX é muito mais lenta. Os dados fornecidos pelas correlações são confiáveis dentro de
certos limites, pois foram obtidas a partir de dados experimentais. Entretanto, a simulação
CFD permite algo que estes programas não permitem: analisar novas geometrias ainda não
construídas, analisar em detalhe o fenômeno físico que ocorre dentro do tanque agitado, etc.
117
Este trabalho possibilita um vasto campo para trabalhos futuros. Como sugestão, seria
possível realizar um estudo experimental para comprovar que o torque não é constante em
função do tempo conforme mostra os resultados obtidos com o modelo Sliding Mesh; realizar
um estudo experimental através da técnica de PIV (Particle Image Velocimetry) para
comprovar que o número de bombeamento não é constante, mas varia em função do plano
onde se mede o bombeamento e realizar o mesmo tipo de estudo para outros tipos de
agitadores.
118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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free surface unbaffled tanks stirred by radial impellers, Chemical Engineering Science, Vol.
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DARWISH, M.; SAAD, T.; HAMDAN, Z.; Parallelization of an Additive Multigrid Solver
Numerical Heat Transfer, Part B: Fundamentals, An International Journal of Computation and
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121
APÊNDICE A
Fonte: Autor
122
Fonte: Autor
123
Tab. A.3 – Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=30 RPM
Tab. A.4 – Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=90 RPM
Tab. A.5 – Número de Bombeamento para uma rotação do impelidor de N=180 RPM
90 0,816 0,896 -
Fonte: Autor
90 1,851 1,660 -
Fonte: Autor
90 4,488 4,420 -
Fonte: Autor
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