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Atuar/jogar (To act/To play) (Igrat’) A palavra Russa mais comumente usada
para descrever o que um ator faz durante a performance pode ser traduzida
como “atuar” (“to act”) e “jogar” (“to play”). Porque o uso normal em Russo
sugere a artificialidade da convenção do palco (muito como
“representar/interpretar” (“to playact”) faz em Inglês), Stanislávski rejeita esse
termo para o seu Sistema. [Ver em comparação “Agir/entrar em ação” (“To
act”/“to take action”)]
Agir/entrar em ação (To act/to take action) (Deistvovat’) [É] o verbo que
Stanislávski usa para descrever o que o ator faz durante a performance. Na
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Eu agradeço Marten Kurtén por compartilhar comigo seu glossário de 1987 para o Sistema
em Finlandês e Sueco, Laurence Senelick e Jean Benedetti por suas muitas conversas comigo
sobre a terminologia de Stanislávski, e ao Centro Stanislávski, de Moscou, pela organização do
Seminário Internacional, Stanislávski Traduzido (Stanislavsky in Translation) (Moscou, Maio de
1990).
escolha por qual [palavra] ação optar (do Russo deistvie, “ação”) [In choosing
what action to take (from the Russian “action,” deistvie)], ele enfatiza que o
teatro se comunica por meio da ação. Portanto, a função essencial do ator na
performance é “entrar em ação” (“to take action”). Ao defender este verbo para
o seu Sistema, Stanislávski invoca a etimologia de “drama” do grego dran
(“fazer” [“to do”]). As traduções ao Inglês mais comuns de deistvovat incluem
“agir” (“to act”), “desempenhar” (“to enact”) e “comportar-se” (“to behave”). [Ver
“Ação” (“Action”)]
Étude Stanislávski usa a palavra francesa “étude” para se referir a uma cena
não-roteirizada (non-scripted) realizada/performada (performed) por atores, que
no uso americano é chamada de “improvisação”. Ele pedia aos atores para
realizar/performar (perform) études em suas próprias palavras dos cenários
que ele inventava, ou para parafrasearem cenas de um texto. Ele também
empregava “études silenciosos”, nos quais as cenas se desenrolavam
silenciosamente, através da troca de raios de energia e do gestual físico
expressivo.
Sentir (To feel)/Sentir (To sense) (Chuvstvovat’) Este verbo em Russo tem
muitos significados: “sentir” (como na percepção sensorial), “sentir emoção”,
“entender”, “tornar-se consciente de”, etc. Stanislávski usa a palavra e seus
derivados conscientemente para invocar essa multiplicidade. No reino dos
“sentimentos” o Sistema do ator trabalha/funciona (works) em todos os níveis –
físico, emocional, e intelectual – de uma só vez. Quando Stanislávski quer
limitar sua discussão dos “sentimentos” ao físico, ele usa “sensação”
(oshchushenie). [Veja “Cognição Afetiva”, “Memória Afetiva”, “Sentimento”,
“Memória dos Sentidos/Sensorial” (Sense Memory”]
Lógica (Logika) Para Stanislávski, toda a ação no palco deve fazer sentido
para o ator dentro das “circunstâncias dadas” da peça. Se a peça não parece
lógica na superfície (como pode não ser em uma peça Simbolista ou [do Teatro
do] Absurdo ou para um personagem que enlouquece), o ator procura/busca
(seek) criar uma lógica interna (um “subtexto”). Para Stanislávski, a lógica
sempre começa com a avaliação dos “fatos/circuntâncias” (“facts”) do texto; a
lógica interna então atende/se explica (accounts for) por estes fatos. [Veja
“Ação”, “Fato”]
‘Se’ Mágico (Magicheskoe esli by) Uma das técnicas que inspiram estado
criativo do ator. O ator [se] pergunta: “O que eu faria se eu me encontrasse
nesta circunstância?” A resposta deve ser um verbo ativo/de ação (“a ação”
para a cena). Para o Método [Norte] Americano, Lee Strasberg rejeitou esta
formulação, adotando o que ele pensava ser uma modificação de Eugeni
Vartangov: “O que me motiva, o ator, a me comportar da mesma forma que o
personagem?” Esta pergunta permite que o ator substitua a circunstância da
peça por uma pessoal (que se chama uma “substituição”). [Veja
“Atrativo/Chamariz/Isca” (“Lure”)] Na prática: Exercícios para esta técnica
incluem: (1) alterar sucessivamente sua relação com um objeto e tratá-lo
adequadamente. Se [o objeto] fosse uma carta de minha mãe, de um amigo
próximo, de Stanislávski, de um soldado da Guerra Civil? (2) Se desloque pela
sala com um objeto e imagine que el seja diferente do que é. E se esta pedra
fosse um diamante, radioativa, uma escultura do Antigo Egito, etc.? (S. S. II
1989:119)
Objetos de Atenção [Veja “Concentração”] O que quer que [seja que] o ator
preste atenção durante a performance. Na prática: Exercite sua concentração
estabelecendo mental ou fisicamente (caminhando) um pequeno círculo de
atenção, observando quais objetos estão dentro dele; a seguir amplie o círculo
para uma área média e observe como muitos mais objetos estão dentro deste
círculo maior; finalmente expanda sua atenção para o maior círculo de atenção
possível, e determine quantos objetos estão dentro deste círculo. Enquanto
você presta atenção aos objetos, use todos os seus sentidos.
Prana Uma palavra [em] Sânscrito, do Yoga para descrever a energia que dá
vida ao corpo. Embora ela possa ser traduzida como “energia da vida” ou
“energia vital”, ela normalmente não aparece em forma traduzida. O Prana é
visualizado como respiração sendo transportada através do corpo. Exercícios
que treinam a respiração, chamados pranayama, usam a função corporal para
controlar a energia metafísica da vida. Stanislávski usa freqüentemente a
palavra [em] Sânscrito em seus escritos, e a relaciona aos raios de energia que
facilitam a comunicação. [Veja “Comunicação”, “Psicotécnica”, “Yoga”] Na
prática: O controle da respiração exercita melhor o prana. Por exemplo: (1)
Relaxe completamente . (2) Estabeleça uma respiração ritmada inspirando em
seis batimentos cardíacos, segurando a respiração por três, e expirando
lentamente por mais seis batimentos cardíacos. (3) Agora, inspire e expire,
imaginando que o ar viaja através dos ossos das pernas, então através dos
ossos dos braços [e] então para dentro e para fora do crânio. (4) Volte sua
imaginação para os órgãos vitais do seu corpo, com a respiração entrando e
saindo de cada órgão um de cada vez. (5) Conforme você trabalha
mentalmente através dos ossos e órgãos, conscientize-se da respiração se
movendo através de seu corpo como uma força energizante (Ramacharaka
1904:166-8).