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Universidade Anhembi Morumbi

Escola de Artes, Arquitetura, Design e Moda


Curso: Design de Moda – Projeto interdisciplinar 5º período: Design de Moda e
Desenvolvimento Sustentável

Camadas de Excessos

Alejandra Ávila, Cindy Akemi, Mayara Alves, Marina Pimentel, Thais Leite e Verônica
de Carvalho.

Professor orientador: Prof.ª Ms. Luciana Gragnato

Resumo

Este projeto tem como objetivo produzir uma coleção de 5 looks, confeccionada
a partir de materiais oriundos do upcycling. Com o olhar voltado para o
desenvolvimento sustentável e seu papel na moda, o questionamento em torno das
camadas de embalagens presentes no mercado foi levantado e definido como ponto de
interesse, a partir do qual as etapas seguintes do projeto foram norteadas, como por
exemplo a definição do conceito, a produção do painel semântico e a delimitação do
público, sendo que este deve, obrigatoriamente, abranger pessoas que se encontram
em situação de chuva, sempre atentando-se aos parâmetros obrigatórios e à coerência
entre os questionamentos levantados, as práticas e o resultado final do projeto.

Palavras-chave

Design de Moda. Sustentabilidade. Upcycling. Embalagens. Camadas.

Apresentação

Desenvolvido com base em estudo sobre Design de Moda e Sustentabilidade,


este projeto aborda a utilização de camadas excessivas de embalagem para o aumento
de valor do produto de moda. Devendo utilizar técnicas de upcycling para confeccionar
3 looks completos de uma coleção total de 5 looks, foi feito um levantamento de dados
acerca do tema, a partir do qual a problematização foi desenvolvida e, por sua vez,
delimitada.

Ao analisar os resultados da pesquisa teórica, foi definido o conceito de criação


como Camadas de Excessos com o intuito de dar ênfase às sensações causadas pelos
excessos e a sobreposição dos mesmos. O painel semântico busca materializar o
desdobramento de diversas camadas excessivas e traduzir o conceito de criação.

Pesquisa referencial

Seção 1 – Design de Moda e Sustentabilidade

O termo sustentabilidade surgiu na década de 1980 e é definida pela Comissão


Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como a ação de “atender às
necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações
em prover suas próprias necessidades”. Com o decorrer dos anos, o conhecimento e a
consciência da necessidade de adoção imediata de medidas que visem poupar o meio
ambiente serviram de impulso para a evolução do conceito sobre desenvolvimento
sustentável, definindo, segundo MIKHAILOVA (2004), que

[...] sustentabilidade é a capacidade de se sustentar, de se manter. Uma


atividade sustentável é aquela que pode ser mantida para sempre. Uma
sociedade sustentável é aquela que não coloca em risco os elementos do meio
ambiente. Desenvolvimento sustentável é aquele que melhora a qualidade da
vida do homem na Terra ao mesmo tempo em que respeita a capacidade de
produção dos ecossistemas nos quais vivemos. (MIKHALOIVA, 2004, pág,26)

A partir das mudanças do entendimento da sustentabilidade tanto na teoria


quanto na prática, a ONU (Organização das Nações Unidas) definiu três principais
pilares que devem ser considerados neste assunto, sendo eles o social, o econômico e
o ambiental (Figura 1). Com tais definições e especificações, produtores autônomos e
empresas em todos os setores se vêem inseridas em um cenário em que precisam
alinhar seus objetivos aos pilares, respeitando a importância de cada um, enquanto
estes devem interagir entre si harmonicamente.
Figura 1 - Na Imagem, é possível enxergar
figurativamente os três pilares da sustentabilidade, bem
como perceber visualmente a necessidade do equilíbrio
entre os mesmos.
Fonte: http://managerteamsust.blogspot.com.br/

A ideia de reutilizar materiais (sejam eles têxteis ou não) para a fabricação de


produtos novos não é recente, e, desde 1994, essa prática vem sendo chamada de
upcycling. Segundo BRAUNGART e MCDONOUGH (2012) o upcycling é uma maneira
de evitar desperdícios de materiais que pode ser considerada uma alternativa à
reciclagem, visto que a última muitas vezes gera resíduos químicos, consumo de
energia e desperdício de matéria.

O princípio básico do upcycling faz uso da transformação do velho em novo


através da mudança de seus signos e funções, com o intuito de lhe agregar valor sem
necessariamente desfaze-lo por completo. Assim, essa pratica utiliza matérias primas
vindas de produtos sem uso para a fabricação de um novo produto, gerando, dessa
forma, resíduos mínimos ou até inexistentes.

O Princípio dos 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) relaciona-se intimamente


com este conceito, tanto em escala individual quanto organizacional. A redução do
desperdício e da produção de resíduos químicos e físicos é atingida através da
reutilização de materiais descartados que, por sua vez, agregam novas funções ao
produto, mesmo sem grandes alterações em seu estado físico. Por sua vez, a
reciclagem permite a transformação de resíduos inevitáveis em novos materiais.
Proposto pelo Instituto Akatu, o quarto R, o Repensar, seria inserido antes de todos os
outros, e sugere “(...) refletir sobre os seus atos de consumo, buscando que seu
comportamento e atitudes de consumo contribuam para a construção de um mundo
melhor.”. (Equipe Akatu, 2016).

Cada vez mais envolvida nestes conceitos, a indústria da moda vem buscando
suprir as necessidades do usuário de consumir um produto ético. O crescimento do
slow-fashion1 e a constatação dos efeitos insustentáveis do fast-fashion2 tem

1
Slow-fashion: O slow fashion é um conceito atual que busca produzir moda de forma consciente, sem afetar em demasia o meio
ambiente procurando respeitar aspectos sociais e econômicos. O slow fashion defende a criação de peças atemporais, feitas à
mão com processos artesanais. Também são práticas comprar de brechós e bazares, preferir peças de qualidade que irão durar
mais tempo e desconsiderar tendências (Fonte: https://orna.com.br/slow-fashion/)

2
Fast-Fashion: Significa um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados –
literalmente – rápido. Este modelo de negócios depende da eficiência em fornecimento e produção em termos de custo e tempo de
comercialização dos produtos ao mercado, que são a essência para orientar e atender a demanda de consumo por novos estilos a
baixo custo (Fonte: www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/fast-fashion-ganha-destaque-no-varejo)
acarretado em uma mudança de postura do consumidor para com o mercado. Segundo
a UNIETHOS,

[...] algumas empresas estão começando a estabelecer relações mais próximas


e colaborativas com consumidores, e um crescente número destes começa a
adotar comportamentos mais conscientes, demandando produtos que, além do
conforto, preço, qualidade e durabilidade, aliem tendências de moda a uma
postura ética e sustentável. (2013, pág. 47)

Paralelamente à adequação do mercado às novas necessidades do consumidor,


é possível observar uma crescente procura por métodos alternativos de consumo e
produção, que envolvem desde reutilização das peças de brechó e bazares até o
reaproveitamento de materiais diversos para a confecção de novas peças. De um
ponto de vista atrelado ao produtor, “a oportunidade nesse caso está tanto no
prolongamento da vida útil de uma roupa quanto na criação de peças novas a partir das
usadas, agregando valor ao produto por meio de restauração criteriosa (upcycling).”.
(UNIETHOS, 2013, pág. 47).
Podendo este ser um recurso valioso, o papel do designer enquanto agente
modificador de sociedade é, além de visar os fatores econômicos e necessidades do
consumidor, considerar a adequação do produto final e todo o seu processo aos
conceitos básicos de sustentabilidade. Nessas premissas, o profissional Ecodesigner
surgiu na década de 70 com o objetivo de criar produtos que tragam menor impacto ao
ambiente no decorrer do consumo e da produção do mesmo. Sendo assim, o designer
é um dos maiores protagonistas quando se diz respeito à sustentabilidade do produto,
e é de sua responsabilidade garantir que o resultado final de cada projeto atenda às
necessidades sustentáveis atreladas aos três pilares (social, econômico e ambiental),
trazendo soluções, questionamentos e mudanças reais tanto no produzir quanto no
projetar.

Seção 2 – Embalagens na Moda

As embalagens são objetos muito presentes no cotidiano do ser humano e vêm


sendo desenvolvidas essencialmente para a melhor preservação de seus conteúdos.
Além disso são utilizadas frequentemente em quantidades cada vez mais elevadas,
sendo a indústria de embalagens responsável por uma das maiores porcentagens no
que diz respeito à geração de resíduos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, "no
Brasil, aproximadamente um quinto do lixo é composto por embalagens(...) Esse
volume encheria mais de dois mil caminhões de lixo (...)"
Este assunto é muito discutido envolvendo questões ambientais e de
sustentabilidade que visam orientar e modificar a indústria para que a mesma pense
com responsabilidade, assim questionando a real necessidade da quantidade de
embalagens desenvolvidas e descartadas (Figura 2), uma vez que, quando a mesma
ultrapassa sua função, se torna desnecessária e passa a ser somente um adorno.

Figura 2 - Quantidade grande de embalagens


plásticas em margem de rio.
Fonte:
https://webpages.scu.edu/ftp/MAdair/concern.html

Segundo CORTEZ, (2011) as funções das embalagens podem ser divididas em


dois grandes grupos: estruturais e visuais. As funções estruturais são as de conter,
transportar e proteger, e as visuais possuem a responsabilidade de informar, destacar
e diferenciar um produto de seu concorrente, ressaltando a importância da embalagem
como mecanismo para atingir um determinado público-alvo com o intuito de fazê-lo
consumir. Sendo assim, é possível afirmar que as embalagens exercem influência de
forma direta na decisão de compra do consumidor. Segundo o Sebrae,

Pesquisas demonstram que dois números são estratégicos em relação ao


consumo dos produtos: 3 e 85. Três segundos seria o tempo que o produto tem
para atrair a atenção de quem está passando em frente a uma gôndola. Uma
vez atraído, a chance de que o consumidor adquira o produto é de 85%.
(SEBRAE, 2016)

O design da embalagem, seu conteúdo informativo, sua forma e sua linguagem


visual agregam valores emocionais e funcionais, capazes de propagar a marca
despertando o interesse, desejo, credibilidade e fidelização do consumidor.

A embalagem contém a identidade visual da marca e possui, em si, diversos


valores simbólicos que despertam no consumidor uma reação emocional. Ao ver uma
sacola incomum, atrativa e com um apelo de design emocional, um indivíduo se torna
ciente da existência daquela marca e até se sente estimulado a procurar mais sobre o
produto que ela oferece.

Podendo ser o primeiro contato com um potencial consumidor, a embalagem


(principalmente em formato de sacola) tem a responsabilidade de chamar atenção para
si mesma e despertar curiosidade em quem a vê, devendo se destacar em uma
imensidão de informação. É, também, uma forma de marketing similar ao método do
boca-a-boca, uma vez que passeia junto ao indivíduo por diversos lugares atingindo
uma grande diversidade de pessoas, inclusive sendo utilizada para transportar outros
objetos diferentes do produto com o qual foi adquirida.

A sacola como veículo de propaganda pode ser caracterizada como um meio


de transporte simples e prático no qual é possível, facilmente, agregar a
propaganda de uma marca. A sacola pode levar os valores e a essência da
identidade de uma marca aonde o consumidor for. Considerando que o
consumidor reutiliza a sacola, esta apresenta tempo de exposição maior que
um anúncio normal em outros meios, funcionando como uma propaganda
ambulante . (SANTOS, Kelly Vinente dos, 2012, pág 8)

Pensando na embalagem em si, o designer deve considerar como primordial o


cuidado para não gerar camadas excessivas que eventualmente acabam sendo
descartadas e inutilizadas. Muitas vezes, ao comprar determinado produto ele vem
embalado em diferentes camadas para, finalmente ser entregue ao destinatário. Na
relação entre loja e consumidor, após a compra do produto, o mesmo é embelezado e
embalado com o devido cuidado para que o produto adquirido pareça ter um valor
agregado mais alto. (Figuras 3 e 4)

Figura 3 - Embalagens individuais de uma mesma marca


(cada uma com uma fita para decorar) colocadas dentro de
uma caixa grande (que também possui sua própria fita e,
possivelmente, uma sacola para ser colocada dentro).
Fonte: http://www.constructlondon.com.net-a-porter
Figura 4 - Embalagem de bebida alcoólica com várias
camadas para efeito estético
Fonte:http://trendsharing.blogspot.com.br/2011/01/baca
rdis-bombay-sapphire-gin-case.html
Esse tipo de pratica pode ser vista mais figurativamente se for analisado, por
exemplo, o comércio de calçados. Ao comprar este produto, o mesmo vem com um
punhado de papel dentro dele para evitar que seja amassado durante o transporte. Ao
ser colocado dentro da caixa, que já serve de proteção para esse tipo de dano, ele
pode vir dentro de um saquinho ou envolto em papel de seda. Na finalização da
compra, além destas camadas já excessivas, a caixa é colocada dentro de uma sacola
para que o cliente possa carrega-lo ao sair da loja (Figura 5). Esse tipo de excesso
poderia ser evitado ao transformar a própria caixa em sacola e utiliza-la já como
proteção ao transportar a peça do fornecedor até a loja (Figura 6 a 8). Assim, além de
reduzir a quantidade de embalagem ao entregar o produto ao cliente, também reduz ao
transportar até o ponto de venda.

Figura 5 - Passo a passo para abrir uma embalagem de sapato. Da esquerda


para a direita, de cima para baixo: caixa fechada, caixa sem tampa com
proteção de cartolina, conteúdo da caixa dentro de saco plástico, sacola de
cetim, papel de seda, sapato com papel e haste plástica. No centro há uma
imagem total do conjunto
Fonte: Acervo do grupo
Figura 6 - Caixa de sapato da marca Débora
Calçados que também serve como sacola,
reduzindo as camadas de embalagens.
Fonte: Acervo do grupo

Figura 7 - Caixa de sapato que também serve como


sacola, reduzindo as camadas de embalagens
Fonte: http://www.studiolunardiadv.it/packaging/scarpe/

Figura 8 - Caixa de sapato da marca Adidas que além de ter


inovação também serve como sacola, reduzindo as camadas de
embalagens.
Fonte: http://tutorgrafico.com/empaques-creativos-e-interesantes-
para-productos.html
As indústrias de embalagem têm se preocupado em combater dados alarmantes
em relação aos danos ambientais gerados, e estão, cada vez mais, avaliando seu
processo produtivo desde a concepção dos seus produtos e embalagens até sua forma
de descarte pelo consumidor. Algumas vêm utilizando a logística reversa (Figura 9),
onde a indústria tem como responsabilidade recolher as embalagens e resíduos
provenientes dos produtos já consumidos, podendo até reutilizar o material na
produção de novos produtos ou embalagens.

Figura 9- Fluxograma do funcionamento básico da logística reversa.


Fonte: http://web-resol.org/textos/e-book_2006_artigo_57.pdf
:

Este conceito pode ser aplicado na indústria da moda através da devolução da


embalagem à loja que, por sua vez, a utiliza para embalar novos produtos ou, se
necessitar de outra identidade visual (por exemplo, em mudança de coleção), reciclá-la
para dar uma cara nova à mesma. É possível, também, analisar embalagens que
possam ter sua identidade visual facilmente alterada, por exemplo, com adesivos ou
outros recursos facilmente removíveis. Assim, se a marca utilizar uma base neutra, é
possível que, após a devolução, ela seja alterada sem necessidade de gasto excessivo
de recursos monetários e ambientais com reciclagem ou produção de nova
embalagem, utilizando da pratica cradle to cradle3.

3 Cradle to Cradle: Em tradução livre do inglês, do berço ao berço, é a ideia discutida no livro de
mesmo nome dos autores Michael Braungart e William McDonough que defende a ideia de que as
coisas podem ser pensadas de maneira que, quando chegam no fim de sua vida útil, possam ser
reusadas com funções diferentes das quais foram primeiramente designadas, sem seres
descartadas de fato e sendo projetadas justamente para que não haja a geração de resíduos, mas
sim algo que pode ser transformado num novo objeto. (Fonte: BRAUNGART, Michael,
MCDONOUGH, William. Cradle to cradle - Criar e reciclar ilimitadamente. 2012,192 págs)
Manifestando-se como outra possível solução, a crescente popularidade das
Ecobags4 também pode ser apontada como recurso para agregar valor ao produto
consumido, podendo ser vendidas, dadas de brinde ou até trocadas por embalagens
antigas direto na loja. Oferecendo estímulos ao consumidor, a ecobag também pode
servir como uma forma de divulgação massiva da marca, uma vez que o consumidor
tende a usa-la para diversos tipos de compras e até como acessório, ao invés de
utiliza-la somente para a praça especifica na qual adquiriu.

A utilização destes métodos de embalar pode, também, se tornar parte da


identidade da marca, se tornando uma estratégia de marketing e fidelização do cliente,
visto que reforça os princípios éticos do produto que está sendo adquirido. Do ponto de
vista monetário, é possível estimular o consumidor a fazer parte da pratica do refil ou
do uso da ecobag por meio de descontos, sorteios ou até um programa de fidelidade
com recompensas.

Seção 3 – Conceito de criação

A utilização do excesso de camadas de embalagens para a valorização de um


mesmo produto tem se tornado um grande problema aos olhos da sustentabilidade,
visto que, quando a embalagem se distancia de sua real função (proteger, transportar e
comunicar) ela se torna descartável, e, por conseguinte, um resíduo.
Ao analisar a forma como as embalagens são utilizadas para agregar valor ao
produto de moda e com base na pesquisa teórica realizada, foi concebida, em um
primeiro momento, a ideia do conceito como “Camadas”. Observou-se, porém, que as
camadas por si só não representam, de fato, a base do problema, mas sim as camadas
que não desaparecem simplesmente quando descartadas, as camadas de acúmulos e
o excesso das mesmas.
Adotando um olhar não somente figurativo, mas também simbólico, o conceito
foi definido como “Camadas de Excessos”, e traduz a utilização da ostentação de
objetos e experiências materiais como valorização do indivíduo, não somente do
produto. Aumentando o valor agregado, tanto em relação à questão de preço, quanto à

4 Ecobag: “É uma sacola reutilizável, que não agride o meio ambiente e que pode ser utilizada diversas
vezes, diminuindo os danos causados pelas sacolas de plástico à natureza” (GOMES, 2012, pág 50),
podendo ser feita em polietileno, PVC, ráfia, tecido não tecido (TNT), PET reciclado e até algodão,
embora menos duradouro e sustentável que as opções anteriores. (Fonte:
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/1585/discover?rpp=10&filtertype_0=subject&filter_
relational_operator_0=equals&filter_0=Luxo&filtertype=author&filter_relational_operator=equals&filter=Go
mes%2C+Bianca+Antonio)
questão de signos sociais transmitidos, a sobreposição de excessos marca a
necessidade humana de obter experiências exclusivas e tratamento personalizado.

Painel Semântico

Figura 10 - Imagens do Painel semântico composto de um cubo repleto de embalagens de produtos de


moda em cores alternadas. Ao abri-lo, ele se desfaz como dobradura em outras 20 camadas com 60
quadrados e tem seu caminho finalizado por um quadrado vazado, ou seja, sem fundo .
Fonte: Acervo do grupo

Figura 11 –
Imagem do
Painel
Semântico
aberto, para
ter a dimensão
de seus
recortes e
embalagens.
Fonte: Acervo
do grupo.

O número 20 (escolhido para satisfazer a quantidade de cubos que seriam


necessárias) expõe a noção de excesso, materializando a ideia de um todo em dobro,
ou seja, uma vez mais do que o necessário. A dobradura se relaciona com o conceito
de camadas. A parte interna da tampa é composta por uma imagem que contém todas
as embalagens utilizadas no processo de construção do painel.
Com o intuito de traduzir a necessidade de preencher o vazio existencial de
cada um com excessos de camadas das quais ninguém necessita de fato, além da
satisfação que ela momentaneamente pode causar, o espaço vazado no final do painel
questiona esta prática e aponta que, não importando a quantidade de objetos
adquiridos, este espaço sempre será um vazio a ser preenchido, ficando vago.

Seção 4 – Público Alvo

Figura 18 - Painel de público alvo composto de fotografias do público escolhido na situação de uso
trabalhada.
Fonte: Acervo do grupo

A escolha de público alvo para este projeto foi regida pelo parâmetro obrigatório
que determina que a situação de uso esteja relacionada à chuva. Observando a
dificuldade de locomoção na chuva, o público foi definido como pessoas que andam do
seu ponto inicial/final até outro ponto onde pegam transporte coletivo, enfrentando
exposição à chuva nesses curtos espaços de tempo e distância.
A partir de observações de pontos de ônibus e estações de metrô, concluiu-se
que, de modo geral, o público feminino adulto demonstra maiores problemas com seu
vestuário para dias chuvosos, devido a limitações tais como bolsas, código de
vestimenta, salto alto, entre outros, apresentando, também, a necessidade e a
dificuldade em unir o funcional ao estético.
Assim, delimitou-se o público para mulheres adultas de 25 a 35 anos que
utilizam em seu cotidiano transporte coletivo para se locomover, andando pequenas
distâncias a pé e enfrentando dificuldades em dias de chuva.
Com intuito de levantar as principais dificuldades do público escolhido e de
buscar problemas a serem solucionados na coleção, foi feito um questionário aplicado
de duas formas: online e presencial em forma de entrevista. Em ambas foram aplicadas
as mesmas perguntas.
Feita no ponto de ônibus localizado entre a Avenida Santo Amaro e a Avenida
Morumbi, na zona sul da cidade de São Paulo - SP, e aplicada em uma amostra de 6
mulheres, a entrevista teve como resultado os seguintes dados: 100% das
entrevistadas fazem uso do transporte coletivo com frequência (6/6); 83,33%
abdicariam do guarda-chuva se tivesse uma alternativa a ele (5/6); 33,33% protegeriam
o tronco, 33,33% protegeriam a cabeça ou cabelo e 33.33% protegeriam a panturrilha e
os pés (2/6); 50% tem o costume de carregar o guarda-chuva e se incomodam com ele
e apontam, ainda, que é pesado e atrapalha no transporte coletivo. Os outros 50% não
se incomodam de carregar o guarda-chuva, apesar de terem o costume, porém utilizam
a versão reduzida do mesmo, sempre carregado dentro de uma sacola plástica (3/6).
Quando questionadas sobre o que consideram indispensável e o que evitam usar na
chuva, é possível observar uma constância nas respostas: casacos e capuzes são
indispensáveis para se proteger enquanto peças longas, saias e peças que deixam as
panturrilhas expostas são evitadas, uma vez que a primeira fica com a barra molhada,
incomodando o dia todo, e as últimas não protegem a panturrilha. As entrevistadas
apontam, ainda, que o maior incômodo da chuva é permanecer molhada, tanto pela
demora na secagem da roupa, quanto pela falta de peças impermeáveis que realmente
protejam o corpo.
Resultados semelhantes foram encontrados na pesquisa online, mesmo tendo
abrangido um número consideravelmente maior que na primeira (222 questionários
respondidos). Considerando todos os formulários respondidos e semelhante à análise
de pesquisas presenciais, o público tem opiniões proporcionalmente divididas sobre as
prioridades em relação à proteção do corpo da chuva, destacando a importância de
peças que protejam o corpo todo. Em questão do incômodo gerado pelo guarda-chuva,
uma maioria se sente incomodada com o mesmo, ainda tendo o costume de carregá-lo,
e mais da metade aponta o fato de não ter onde guardar o guarda-chuva molhado
como o maior incômodo nesta prática, observando-se, ainda, que quase ¾ das
entrevistadas abdicariam do guarda-chuva caso houvesse uma solução funcional e de
fácil utilização.
Concluiu-se, então, que as maiores preocupações ao realizar o desenvolvimento
da coleção deveriam estar atreladas à praticidade, à fácil adaptação às necessidades
diárias e à secagem rápida, bem como a proteção da cabeça e da panturrilha e pés.

Seção 5 – Desenvolvimento Técnico

Elementos Formais Projetuais


Fundamentada na leitura do painel semântico, a análise de quais seriam os
elementos formais projetuais determinou que as formas devem ser geométricas e
retilíneas, destacando o foco para os quadrados e cubos (Figura 19), que são as
formas mais recorrentes no painel. Também orientada por tais formas, a silhueta deve
ser retangular (Figura 20), sem grandes porções de volume distribuídos em um único
lugar, e seguindo rente ao corpo, porém sem marcar as curvas e volumetrias do
mesmo.

Figura 20 - Silhueta retangular

Figura 19 - Cubo Fonte:


http://www.robertacarlucci.com.br/wp-
Fonte: https://image.freepik.com/icones-gratis/cubo- content/uploads/2009/10/retangulo.jpg
quadrado-sem-tampa_318-56500.jpg

Do ponto de vista tátil e visual, foi percebido através da observação do painel


que as diferentes texturas e estampas se destacam e propõe elementos visuais
marcantes, devendo, também, estar presente na coleção. As cores que compõem a
cartela foram definidas de acordo com a frequência de aparição das mesmas no painel,
uma vez que, por ser proveniente de diversas embalagens, apresenta ampla variedade,
e as mesmas foram organizadas de proporcionalmente de acordo com sua aparição
(Figura 21).

Figura 21 – Cartela de cores.


Fonte: Acervo do grupo.

Material de Upcycling
A pesquisa de materiais a serem utilizados foi focada na premissa de que a
maior parte deles deveria ser provinda de upcycling e, ainda, deveriam ser
impermeáveis ou de secagem rápida. Definido como ponto de interesse, foi
determinado, também, que qualquer material utilizado além daqueles envolvendo
upcycling deveria ser adquirido através de bancos de tecido ou reuso.
Desta forma, através de buscas investigativas, foi levantado que uma grande
transportadora brasileira, apesar de oferecer uniforme resistente à chuva para seus
funcionários e renova-lo constantemente, não oferece descarte adequado para as
peças em desuso e, muitas vezes, os funcionários as descartam em lixo comum ou
deixam as jaquetas e calças paradas e sem uso no armário, inutilizando-as. Segundo
funcionários, a falta de lugar para acomodar seus uniformes e a despreocupação da
empresa com o descarte é a principal causa do descarte incorreto.
Feitos para dias chuvosos, os uniformes são feitos de material 100% nylon e nas
cores amarelo, ocre, preto e azul, condizentes com as necessidades funcionais e
visuais do projeto. Escolhidos para compor as partes principais dos looks da coleção,
os uniformes foram desmontados e lavados e, então, aplicados às peças como recortes
e soluções impermeáveis de acordo com cada look.
Necessários para a composição e confecção das outras partes da coleção, outros
materiais provenientes de reuso foram selecionados, como tecidos adquiridos em
Banco de Tecido, localizado na cidade de São Paulo – SP, que, além de disponibilizar
materiais anteriormente em desuso, possibilita a troca de materiais já adquiridos por
aqueles disponíveis em seu acervo. Além disso, foi observado o descarte excessivo e
inadequado de bandeiras de tecido enviados para aprovação em uma das maiores
magazines brasileiras. Com o intuito de reforçar a reutilização de materiais, tais
bandeiras foram incorporadas às peças também em local de destaque, satisfazendo o
parâmetro estético de estampas com escritas e imagens figurativas.

Tabela de Sustentabilidade

Critério Pontuação
-1 0 +1
Peças
Possui propriedade estética? X
Possui propriedade semântica? X
É durável? X
É usável? X
É autêntica? X
Design
Possui durabilidade estética? X
Atende às funções do produto vestuário? X
É adequado ao processo de produção? X
Ecodesign
Pré-produção
Utiliza materiais renováveis, reciclados(áveis)? X
Emprega algum principio de redução, reuso ou reciclagem no processo? X
Estende o ciclo de vida do produto? X
Uso
Prevê o uso intenso do produto? X
Prevê o uso mesmo com as mudanças de estação e tendências de moda? X
Prevê a possibilidade do produto não precisar ser lavado e/ou passado? X
Total +14 Total em porcentagem 100%
Tabela 1 – Tabela de sustentabilidade que analisa de forma didática se o produto é ou não
sustentável com base em perguntas que avaliam requisitos tais quais pré-produção, design e
produção de um produto, no caso da tabela deste projeto, o resultado foi 100% sustentável.
Fonte – BRANDÃO, Romário. SANTOS, Caroline Rocha Monteiro dos. “Saborear”. Trabalho de
Conclusão de Curso. Curso de Design de Moda. Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo,
2013.
Parâmetros Projetuais

Os Parâmetros projetuais estabelecidos para este projeto são: A questão


sociocultural, para que fosse desenvolvida uma coleção com valores e simbologia
mantendo a ética em todos seus processos, aonde foi possível através das pesquisas e
questionários com o público desenvolver, com materiais que não agredissem o meio
ambiente, uma coleção sustentável pela ótica dos três pilares da sustentabilidade; A
questão sustentável, já mencionada anteriormente sendo a aplicação de upcycling na
coleção através de uniformes descartados e retalhos adquiridos no banco de tecidos;
Estético, visando os melhores acabamentos e adequação aos conceitos e elementos
formais projetuais que as peças deveriam ter.
Há também a questão mercadológica, que seria a delimitação de um público-
alvo e o estudo sobre seus anseios e necessidades (de qual maneiras o público
gostaria de se proteger da chuva); O uso, pré-estabelecido como locomoção em dias
de chuva e se as peças se adequam às necessidades de um constante uso e a
funcionalidade, que testa se as peças estão ergonomicamente funcionando para a
proposta, por meio de moulage e por último a durabilidade, certificando-se da qualidade
dos materiais para a frequência de uso e projetando seu tempo de vida, visando uma
forma sustentável de construção e manutenção das peças.
Minicoleção

Figura 22 – Coleção Completa


Fonte: Acervo do grupo
Figura 23 - Look 1 - Não
confeccionado
Fonte: Acervo do grupo

O primeiro look (Figura 23) é composto por três peças e não foi confeccionado.
A primeira peça é uma blusa cropped na cor branca feita de tecido plano adquirido no
banco de tecidos. A segunda uma calça pantacourt na cor azul, feita de uniformes
descartados e com recortes feitos de patchwork por material oriundo de descarte de um
grande magazine, e a terceira, um colete na cor laranja feito também de tecido do
banco de tecidos e barbatanas, com capuz “Caixa” drapeado.

Figura 24 - Look 2 - Confeccionado


Fonte: Acervo do grupo

O segundo look (Figura 24) é composto por três peças, sendo elas: blusa regata
nas cores preta e azul, feita de uniformes descartados e crepe de cetim comprado em
banco de tecido, calça reta nas cores preta (crepe) e ocre, com barra impermeável e
dobrável feita de uniformes descartados, e casaco dupla face. A primeira face é na cor
preta em material impermeável de uniforme descartado e possui aplicação de três
bolos sobrepostos com texturas diferenciadas, já que a segunda face é feita de retalhos
recolhidos de descarte de grande magazine. O look acompanha capuz removível e
estruturado com aspecto de “Sanfona” em material impermeável também do descarte
de uniformes.

Figura 25 - Look 3 -
Confeccionado
Fonte: Acervo do grupo
O look 3 é composto por um vestido curto nas cores preta, laranja, amarela e
ocre, confeccionado, respectivamente de tecidos impermeável adquirido no banco de
tecidos, reuso (Mash laranja e Tricoline de algodão amarelo) e de uniformes
descartados. A peça possui mangas impermeáveis removíveis na cor ocre, extensores
no corpo como possibilidade de respiração, podendo novamente serem guardados
através de botões de pressão e bolso frontal em malha de tela. Possui capuz “Cubo”
feito de material impermeável e barbatanas.

Figura 26 - Look 4 – Não


confeccionado.
Fonte: Acervo do grupo
Composto por 2 peças, o look 4 (Figura 26) é um vestido com comprimento mídi
nas cores branca e azul, em material adquirido do banco de tecidos e uniformes
descartados. Possui recortes pregueados e parte inferior removível por meio de botões
de pressão. Complementando o vestido, o casaco impermeável tem manga kimono e
pregueados, nas cores amarela e laranja, também em tecido plano adquirido no banco
de tecidos e uniformes descartados. Os bolsos sobrepostos do casaco são feitos a
partir de patchwork com bandeiras recolhidas de descarte de um grande magazine.

Figura 27 - Look 5 -
Confeccionado
Fonte: Acervo do grupo
Composto por peça única, o look 5 (Figura 27) é um vestido com camadas no
comprimento mídi nas cores preta, branca e amarela, feito de retalhos adquiridos no
banco de tecido. Possui mangas kimono com recorte impermeável e destacável através
botões de pressão, feito de tecido com textura geométrica. A última camada do
comprimento do vestido é feita de tecido com maior fluidez, e possui uma fenda na
parete posterior para facilitar a locomoção. O capuz assimétrico feito de material
impermeável e provindo de uniformes descartáveis finaliza o look e a coleção.

Considerações finais

Ao final do projeto, a necessidade de um desenvolvimento de produtos ser


norteado pelo envolvimento da sustentabilidade em seu ciclo de vida é reforçada e
destacada, abrangendo, inclusive, o descarte, que tem mostrado ser o grande
problema do século quando feito inadequadamente. Com auxílio das disciplinas do
semestre atual, foi possível fazer uma escolha mais clara e coerente de materiais e
produzir modelagens e moulages que condissessem com as necessidades surgidas.
Conclui-se, então, que a tarefa de um designer é pensar não apenas no design e
funcionalidade do que cria e projeta, mas também considerar a maneira como o
produto será descartado, projetando soluções para os descartes já existentes,
podendo, inclusive, incorporá-los em suas criações.
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