Devido à crise hídrica, a pressão para melhoraria no manejo da água vem
aumentando. Com o crescimento da população, a demanda também aumenta, porém, o que se observa é que disponibilidade de água própria para consumo não acompanha este crescimento. A discussão sobre estratégias de gestão hídrica se tornam frequentes visto que a água desempenha papel social, cultural, econômico e de saúde pública. Neste panorama a introdução de fontes alternativas de água como o reúso de água residuárias é apontado como uma das alternativas para combater a crise hídrica.(COHIM et al , 2011). Do ponto de vista ambiental, o reúso de águas residuárias é bem visto e incentivado. Balassiano (2018) afirma que esta prática tem crescido significativamente em áreas urbanas e inclusive tem sido utilizada como estratégia de marketing sustentável por empreendimentos residenciais. Partindo da perspectiva da saúde pública, destaca-se que esta prática possui diversos riscos devido à veiculação de doenças hídricas pois podem apresentar patógenos como: vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Assim, os riscos associados à exposição rotineira ou acidental dessas fontes alternativas devem ser considerados para garantia de uma prática segura de reúso (MAY, 2009). A Escherichia coli é o exemplo de uma bactéria comum em águas domésticas visto que está presente na microbiota intestinal humana e por isto é comumente utilizado como indicador de contaminação fecal, fornecendo indícios sobre presença de outros patógenos como Salmonella ou vírus entéricos (BAZZARELLA, 2005) O uso do E. coli como indicador é amplamente aceito de modo que normas e diretrizes sobre qualidade de água trazem os limites para concentração deste microrganismo. Para o reúso de água no Brasil é possível citar a NBR 13.969 da ABNT (1997) e o Manual da SINDUSCON (2005) que são na ausência de legislação específica se tornam principais nortes para a prática. A Tabela 1 adapta os padrões exigidos de acordo com cada atividade fim.
Falar sobre AQRM
Citar pesquisas recentes que aplicaram AQRM e como aplicaram.
A análise quantitativa de riscos microbiológicos (AQRM) é um método que
combina conhecimento científico sobre a presença e natureza de um microrganismo, rotas de exposição e efeitos à saúde. Surgiu de estruturas de riscos químicos associados à poluição ambiental (RIGOTTO, 2013). Diversas organizações e agências regulatórias no mundo vêm se utilizando desta ferramenta a fim de estabelecer políticas que melhorem a qualidade da água, segurança alimentar e a promoção da saúde humana. Entre as organizações estão a USEPA, International Life Sciences Institute (ILSI), Food and Environmental Hygiene Department (FEHD) em Hong Kong, Department of Health no Canadá, European Food Safety Authority (EFSA) (RIGOTTO, 2013). Commented [CM1]: Reescrever este trecho do ivo
Bibliografia Revisão
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13.969:
Tanques sépticos: unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997. BALASSIANO, M, Análise da Aplicação de Reúso de Águas Servidas: Estudo De Caso Do Caxias Shopping/ Michel Balassiano. – Rio de Janeiro: UFRJ / ESCOLA POLITÉCNICA, 2018. COHIM, E.; NAKAGAWA-COSTA, A. K. ; JUNIOR, F. A. da C. Viabilidade econômica para reúso de água em edifício: estudo de caso em condomínio residencial. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2011. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SINDUSCON, FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – FIESP. Conservação e reúso da água em edificações. Prol Editora Gráfica: São Paulo, junho de 2005. RIGOTTO, C. Avaliação quantitativa de risco microbiológico no suporte à gestão de recursos hídricos. 2013. (Apresentação de Trabalho/Simpósio).
BAZZARELLA, B. B. Caracterização e aproveitamento de água cinza para uso
não potável em edificações. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, 2005.
MARINGÁ. Lei No 6345/2.003. Institui O Programa de Reaproveitamento de
Águas de Maringá. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/pr/m/maringa/lei- ordinaria/2003/635/6345/lei-66 ordinaria-n-6345-2003-institui-o-programa-de- reaproveitamento-de-aguas-de-maringa> Acesso em 07.09.2017.