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Avaliação do excesso de ferro no organismo por métodos não invasivo

*
Antonio Adilton. O. Carneiro1, Juliana P. Fernandes1, Dráulio B. de Araújo1, Oswaldo Baffa1,
Dimas T. Covas2, Jorge Elias Jr2, Ana L. C. Martinelli2.
1
Departamento de Física e Matemática, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto
(FFCLRP), Universidade de São Paulo (USP), Brasil; 2Departamento de Clínica Médica, Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Brasil

Introdução: O ferro presente no organismo é muito importante para o seu bom funcionamento. No
entanto, quando em excesso, ele se torna prejudicial, sendo o fígado o seu principal depósito. O
excesso de ferro no organismo é comum em pacientes que fazem transfusões regulares de sangue,
como os que sofrem de anemia crônica, e pacientes com hemocromatose. Para o tratamento de
pacientes com essas anomalias, a avaliação do nível de ferro no organismo é de grande importância.
Este trabalho apresenta uma forma não invasiva para a quantificação do ferro acumulado no
organismo usando técnicas de imagens por Ressonância Magnética (MRI) e Susceptométria
Biomagnética (BMS). A técnica por MRI permite avaliar o ferro em qualquer órgão e a técnica por
BMS permite avaliar apenas no fígado. Sendo ambas, não invasiva e inócua ao organismo
Metodologia: MRI: O método de quantificação do ferro por MRI consiste na medida do tempo de
relaxação transversal dos prótons através de um a seqüência de imagens adquiridas com dois ou
mais diferentes tempos de eco (TE). A taxa de relaxação transversal; dos prótons (R2=1/T2) é
diretamente proporcional ao acúmulo de ferro nos tecidos avaliados. Esta metodologia é
denominada de relaxometria. O protocolo desenvolvido para esta finalidade usa seqüências de
aquisição de imagem do tipo spin-eco com TR longos (> 2000 ms) e TE curtos (<20 ms). BMS: A
medida da susceptometria biomagnética hepática é feita aplicando uma campo magnético alternado
e homogêneo da ordem de 100 µT na região hepática e medindo a magnetização dos tecidos
simultaneamente. Os tecidos biológicos são diamagnéticos, enquanto que o ferro depositado (Fe3+)
é paramagnético. A amplitude da magnetização no tecido é da ordem de 500 vezes maior que à do
ferro no tecido hepático normal e, a intensidade destas magnetizações são da ordem de 107 menor
que a intensidade do campo aplicado. Portanto, sua medida só é possível com uso de detectores
magnéticos ultra-sensíveis denominados SQUID. O susceptômetro usado nesta medida foi
desenvolvido no laboratório de Biomagnetismo da USP de Ribeirão Preto.
Resultados: A figura 1 mostra a correlação do nível de ferro hepático quantificado pelas
duas técnicas; MRI e MBS. Essas medidas foram realizadas em um grupo de 28 pacientes
politransfundidos. A figura 2 mostra a correlação ente o ferro no coração e o ferro no fígado
avaliado pela relaxometria.
Conclusões: O protocolo de medidas esta em sua fase final e já está parcialmente
implantado na rotina de diagnóstico do centro de imagens do Hospital das Clinicas e Ribeirão Preto.
40
100
35
Taxa de relaxação no coração (s )
-1
CFH por MRI (mgFe/gtecido seco)

30 80

25
60
20

15 40

10 R=93 %
20
5
R = 0,73
0 0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
-1
Resposta do SQUID (u.a.) Taxa de relaxação no fígado (s )

Fig.1 Fig.2

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